3ª edição - Magazine emKont@cto

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Edição Nº 03 Setembro 2013 a Março 2014 | Lançamento Abril 2014 | emkontactomagazine@gmail.com

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Mais para ver: Eleições PSD Odivelas

Na Opinião de...

Em Foco

Carlos Bodiã o

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INDICE ENTREVISTA Duarte Marques

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Editorial

No seguimento das anteriores edições da Magazine emKont@cto, conseguimos nesta 3ª HISTORIAS COM HISTORIA 6 edição contar novamente com duas excelentes Maria Maxima Vaz entrevistas, do ex-presidente da JSD e deputado Duarte Marques e do ex-presidente do PSD Odivelas e vereador Carlos Bodião.

Carlos Bodiao Contamos também com a rúbrica “histórias com história” da autoria da Drª Maria Máxima Vaz, a quem agradecemos toda a sua disponibilidade em partilhar connosco o seu conhecimento.

Festa Natal 1 9 Eleicoes Autarquicas 18 Fazemos votos para que, quem de direito, atente à riqueza da sua sabedoria e conhecimentos Formacao Autarquica 26/27 históricos acerca do passado de Odivelas e permita que os mesmos sejam postos ao dispôr do município e dos munícipes…

Recuando até às eleições autárquicas, e a esta distância, pouco mais haverá para acrescentar, A C C I D I T 3 ESPEKTRO 1 2 ISSUE 25 pelo que me limito a desejar, em meu nome e da JSD Odivelas, a todos os eleitos(as) um profícuo mandato em prol de todos os odivelenses!

A rúbrica JSD no distrito surgiu com o intuito de Praxes 29 Co Adocao 28 partilhar as boas ideias (iniciativas/atividades/ políticas) de cada uma das secções do distrito de AUTARQUICAS 10 Lisboa. Por boas ideias, entenda-se boas práticas, e as boas práticas devem sempre ser partilhadas!

De salientar que todas as concelhias do distrito, através dos seus presidentes foram convidadas a participar nesta rúbrica, de forma a poderem publicar as suas iniciativas/atividades (passadas, presentes ou futuras), com a ideia de tentarmos uma maior interação entre as concelhias do distrito, bem como uma maior participação por Saude 20/21 Educacao 22 parte dos Jovens Social Democratas. Até à hora Financas 21 Direito 23 do fecho desta edição, apenas havíamos recebido os textos da JSD Sintra (através do seu presidente Redação Comunicação Externa Ficha Técnica Diogo Geraldes) e da JSD Oeiras (através do Catarina Silva Paulo Pinheiro seu presidente Alexandre Poço), a quem desde Carla Marcelino Propriedade já agradecemos a celeridade com que nos Daniela Duarte Fotografia JSD Odivelas Diogo Godinho Diogo Godinho disponibilizaram os seus textos!

Filipe Moreira Termino fazendo um apelo a todos os nossos Editorial Design Filipe Sanches leitores, para que no próximo dia 25 de maio de Diretor: Rodolfo Cardoso Guilherme Duarte Hugo Alves 2014 não abdiquem do seu direito ( e na minha Diretor Adjunto: Hugo Alves Inês Fonseca Rodolfo Cardoso opinião dever) de irem às urnas votar, pois nestas João Correia Planeamento Estratégico eleições europeias decide-se muito do futuro de Pedro Cardoso Sede de Redação Bruno Duarte Portugal e dos portugueses!

Rodrigo Pereira Rua Alfredo Roque Gameiro Rodolfo Cardoso 11 CV Dta. 2675-279 Odivelas Exerçam o vosso poder de voto e escolham quem decide na Europa! emkontactomagazine@gmail.com Texto: Rodolfo Cardoso

EM FOCO 4

FOTO REPORTAGEM COLUNAS

N A O P I N I A O D E. . .

JSD NO DISTRITO 24

BLOG 13

DICAS UTEIS

Todos os textos de opinião são da responsabilidade dos seus autores.

Esta magazine encontra-se redigida sobre o novo acordo ortográfico.

ACCIDIT

Sátira das Coincidências

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magina um condado dos tempos medievais.

Imagina esse mesmo condado, condado esse bem recente, que tenha recebido o seu foro real há pouco mais de uma década, governado por uma condessa. Uma condessa que, apesar de ter o apoio da maioria (absoluta) do povo, é um apoio popular que já teve mais expressão noutros tempos.

Irónico de facto, que só se explica porque os outros nobres que auspiciavam tal título não auguraram fama maior.

Agora imagina que a condessa é convidada para ser uma tribuna de prestígio fora do reino. Terá assim de abdicar do seu título de condessa, mas ganha uma reforma de ouro no desterro!

Certamente aceitará o repto!

Se a condessa emigrar, imagina que há dois sucessores ao título nobiliárquico: um que graceia a sua simpatia, crescido nos gabinetes do condado, outro que é seu sucessor de jure (por ser seu substituto) e de factum (por ter o controlo da maioria dos subditos leais à condessa).

Algo que parecido com o que aconteceu em 180 d.C. em que o general romano Maximus, servindo ao seu imperador Marco Aurélio prepara seu exército para impedir a invasão dos Germânicos . Após o combate, Maximus fica a saber que Marco Aurélio já velho e ciente de sua morte, quer lhe passar o comando do Império Romano. Cómodo, filho do imperador mata o seu pai, como vingança por este não o escolher como sucessor ao trono, por preferir Maximus, assumindo assim o comando do império, e persegue o general.

Restam poucas dúvidas quem herda o título-mor do condado: Cómodo. Neste condado, imagina que o resultado é igual.

Como ficará o equilíbrio de forças no palácio condal e na corte condal? E na hora de renovar o título de conde, este Cómodo estará a altura para manter o título que herdou?

Neste enredo medieval, os princípios da nobreza e da cavalaria não são os mais seguidos. Imagina que afinal a condessa e os seus sucessores já se sabiam que a nobre deixaria o condado, já muito antes de ver renovado o seu título. Mas quem não sabia eram os servos do condado, que são quem garante o título!

Então, o que poderemos ter é um herdeiro do título de conde encaputado, porque o obteve sem apoio popular!

Mesmo assim, alianças já foram feitas, até mesmo entre

Paulo Pinheiro

conspiradores e os candidatos a condes. Veremos que aliança conseguirá perdurar mais ao capricho do tempo, à força das des(lealdades), ao obscurantismo dos segredos e à revolta do povo enganado.

Imagina, por fim, que qualquer semelhança com a realidade odivelense é pura coincidência!

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EM FOCO

Carlos Manuel Maio Bodião Data de Nascimento: 25 de Outubro de 1959 Naturalidade: Angola, Benguela a cidade das acácias rubras Cargo actual: Vereador com o pelouro dos Transportes e Oficinas e o Gabinete Veterinário Municipal Formação: Licenciado em Ensino da Biologia e Geologia, mestre em ensino das ciências, mestre em administração educacional, doutorando em ensino. Especialista em árvores e arbustos.

Hobbies: O pouco tempo que tenho, pois estou a acabar um doutoramento e a fazer um curso sobre identificação e tratamento de orquídeas, dedico-o a tratar dos meus gatos (sou um louco por gatos) e a ler.

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Vereador Carlos Bodião, com os Pelouros de Transportes e Oficinas e o Gabinete Veterinário Municipal, no mandato 2013-2017

Vereador Carlos Bodião, após a experiência como vereador no anterior mandato (2009 - 2013), conta-nos, o que mudou no nosso concelho? O que mais destacas? Qual o projeto que mais prazer te deu abraçar?

de verba não foi concluído. As pessoas desfrutam do espaço fazendo jogging em alternativa ao parque da cidade em Loures.

Curioso foi sempre o facto de ter mais feedback de pessoas que não moram na freguesia, mas que frequentam o parque.

O mandato 2009/2013 devido as contingências financeiras foi um mandato de consolidação dos projetos realizados no mandato anterior. No ambiente foram preservados e melhorados os jardins construídos e foi dado um incremento aos espaços verdes na urbanização das colinas do cruzeiro, que sendo da responsabilidade do urbanizador este não os concluiu.

O projeto que mais prazer me deu abraçar foi a construção das hortas urbanas na Codivel, pela complexidade e pelo empenho das pessoas, que se constituíram como verdadeiros parceiros da câmara municipal.

Ainda relativamente ao mandato autárquico 2009/13, enquanto ex-vereador do ambiente, e na tua opinião, o que falta ainda ser feito no nosso concelho, que seja uma prioridade na área do ambiente?

O parque das rolas, na Póvoa de Santo Adrião, foi um dos projetos desenvolvidos pelo Carlos e que muito nos honra.

Após a sua construção e inauguração, qual a utilização do mesmo por parte da população e qual o feedback que tens, dos moradores desta zona, sobre este mesmo parque?

O parque das rolas era um espaço abandonado, cuja titularidade até estava em dúvida, pois os serviços não se entendiam sobre se pertencia a Loures ou a Odivelas. Apliquei naquele espaço soluções inovadoras na construção de espaços verdes e não está concluído, pois o projeto que inicialmente desenhei, por falta

Um político nunca olha para trás. O que fez está feito. E também não fala do futuro, quando já não tem essa responsabilidade. É uma das regras da ética na política. Como odivelense espero que o local ondo moro seja cada vez melhor.

Enquanto vereador dos transportes e oficinas e do gabinete veterinário municipal, neste mandato de 2013/17, que equipamentos e serviços estão sobre a tua alçada e quais as principais dificuldades que enfrentas? Quais os projetos que tens para os próximos 4 anos?

Neste mandato foi-me atribuído um serviço que tem como principal missão, municiar os restantes serviços da câmara municipal. Os transportes e oficinas desempenham por isso um papel fundamental na concretização de muitos projetos municipais. As dificuldades são iguais às dos meus colegas, a redução das receitas municipais e a necessidade do executivo

EM FOCO ter de chegar a muitos problemas. Relativamente ao parque dos bichos, o meu sonho para este mandato era colocar no parque dos bichos a valência do gatil.

Um assunto que está na ordem do dia, há algum tempo, é a quebra do acordo com os SMAS de Loures. Conhecendo o Carlos todo este processo desde o seu início, na tua opinião, qual seria a decisão/situação mais vantajosa para os munícipes de Odivelas?

Falar sobre os SMAS não é um assunto fácil. Ainda me lembro do almoço que tive com o Dr. Hernâni Carvalho e o Eng.º.

Carlos Teixeira em Telheiras. Comi uma boa açorda de ovas e sável frito e sei o que conversámos sobre como solucionar o problema, que é complexo. No mandato anterior secundamos o PS na proposta que nos apresentou de concessionar a água, porque os serviços se degradavam no nosso concelho à vista de todos e não era possível um diálogo com Loures. Eu acreditei e ainda acredito nesta solução, pelos avultados investimentos que são necessários fazer na rede, pois sempre me foi dito que os SMAS estavam falidos. Todavia a Srª. presidente da câmara Drª. Susana Amador, face ao novo interlocutor, a CDU, resolveu cancelar o concurso e voltar à proposta inicial de criação de uma empresa intermunicipal, pois considera que com a CDU em Loures o diálogo é mais fácil e que os SMAS afinal já não estão endividados e podem fazer o mesmo investimento que os privados. Se assim é, quem sou eu para insistir na concessão da água? O que me interessa enquanto munícipe é que os serviços sejam bem prestados. Eu não sou sócio de nenhuma empresa, não tenho nenhum interesse no setor. Apenas tenho o meu voto.

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Na tua opinião, qual a importância e o papel da juventude na política do concelho de Odivelas?

Um concelho sem juventude é um concelho morto. Veja-se o que se passa em alguns concelhos do interior do país. Sem uma juventude ativa e interessada, não pode haver renovação nos partidos. Mas o mais importante para mim é a integração da juventude. Só podemos exigir se integrarmos os jovens e levá-los a participar nas decisões, sem receio e sem conflitos geracionais.

Define a JSD Odivelas…

A JSD Odivelas é o porta-aviões do PSD e se o partido não olhar para ela como um parceiro igual e leal, o resultado está à vista.

Não faz sentido o presidente da JSD não integrar neste mandato nenhum órgão Municipal, ou seja, os jovens não têm voz na Câmara Municipal nem na Assembleia Municipal, o que é muito mau para a democracia.

“Um concelho sem juventude é um concelho morto. Veja-se o que se passa em alguns concelhos do interior do país.”

Entrevista realizada por: Rodolfo Cardoso

HISTÓRIAS COM HISTÓRIA

Origem dos nomes das freguesias do concelho de Odivelas Os nomes das freguesias do concelho podem ter origem lendária ou histórica, havendo algumas cujo nome se deve à situação geográfica.

Odivelas tem origem em duas palavras árabes: Odi + Belaa.

As duas palavras juntas deram Odibelaa, que por evolução linguística deu Odivelas.

Odi traduz-se por rio. Belaa quer dizer remoinho. E daí Odibelaa significar rio do remoinho. Em toda esta zona houve povos árabes, desde a conquista de Lisboa Por D. Afonso Henriques, que os enviou para o território situado a norte da cidade de Lisboa. O nome foi-lhe posto por árabes que aqui habitavam, certamente.

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Póvoa de Santo Adrião chamou-se primeiro Póvoa de Loures, por ser anexa da freguesia de Loures. Quando, no século XVI se desanexou de Loures mudaram para Santo Adrião da Póvoa porque o patrono da igreja era este santo e mais tarde passaram a chamar-lhe Póvoa de Santo Adrião.

Olival Basto o nome desta povoação provém dos olivais que cobriam os terrenos quando ali começaram a construir as primeiras habitações em 1912/13. É uma terra recente e o nome não resulta do imaginário ou de velhas lendas. É lógico e objetivo.

Havia densos olivais, de que ainda há vestígios, e daí o nome Olival Basto.

Caneças é também nome de origem árabe e quer dizer “templo de cristãos”, mas o nome tem origem lendária com pretensões históricas. Diz-se que andando D. Dinis em passeio por aquelas terras no verão, pediu que lhe trouxessem água e rapidamente uma saloia lhe entregou uma caneca de água pura e cristalina.

Satisfeito o rei, chamou àquela terra, “Caneca”, que mais tarde passou a Caneças.

HISTÓRIAS COM HISTÓRIA

Ramada o nome da Ramada deve-se à ribeira e à pesca. Na ribeira que vem de Caneças, quando o leito era mais caudaloso e a água não estava poluída, havia bom peixe. Os habitantes daqueles núcleos dispersos que ficavam próximos, colocavam redes no leito da ribeira e disfarçavam-nas com ramadas cortadas nas árvores e colocadas sobre as redes, de forma a não impedir a passagem da água e assim se enchiam as redes de peixes. Daí veio o nome da Ramada.

Pontinha o seu nome deve-se à localização geográfica. A Várzea de Loures tem do lado sul uma elevada encosta monoclinal, que começa em Sacavém e termina precisamente na Pontinha, onde existia uma quinta. Havia muitas outras quintas naquela zona, mas como aquela ficava mesmo no extremo dessa encosta, chamaram-lhe a quinta da Pontinha. À volta dessa quinta é que foi crescendo a população e veio a formar-se a povoação. Pertencia à freguesia de Odivelas, mas separou-se em 1984.

Famões o Doutor Luís Farinha é que nos apresenta uma hipótese de origem para o nome de Famões. Em minha opinião é mesmo essa a origem do nome, mas ele é que considera que é mesmo apenas uma hipótese. Transcrevo a explicação que é de sua autoria: A primeira referência da localidade encontramo-la num documento de 1457, no tempo do nosso rei D. Afonso V. Trata-se da confirmação, feita pelo rei do aforamento de um casal de pão que é da gafaria de Almada onde chamam Famões.

Este casal tinha sido oferecido à gafaria de Almada. As pessoas que ofereciam bens a instituições deste género, eram designados servos de Deus, que em latim se dizia famulos. Da palavra latina famulos é que se formou a palavra Famões.

Resumindo: houve um famulos, ou seja, um servo de Deus, que doou á gafaria um casal neste sítio, que por isso terá sido chamado Famões.

Drª Maria Máxima Vaz

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ENTREVISTA

Duarte Marques

Nome: Duarte Filipe Batista de Matos Marques Data de nascimento: 1981-05-09 Naturalidade: Mação, Santarém Profissão: Consultor Partido: PSD Hobbies: HELPO (Organização Não Governamental para o Desenvolvimento, sem fins lucrativos e de Direito Português.)

Cargos políticos desempenhados: Assessor do Gabinete do Ministro da Presidência (2002-2005), Chefe de Gabinete do Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata no Parlamento Europeu (2005-2011), Presidente da JSD (2010-2012), 1º VicePresidente do YEPP - Youth of the European Peoples Party (2011-2013) Cargo Atual: Deputado à Assembleia da República (XII legislatura) Comissões parlamentares a que pertence: Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas [Suplente] Comissão de Assuntos Europeus Comissão de Educação, Ciência e Cultura Comissão para a Ética, a Cidadania e a Comunicação [Suplente]

8 És descrito por muitos como o melhor de todos os presidentes que a JSD já conheceu. O que achas que te distinguiu em relação a outros presidentes e o que leva as pessoas a terem esta opinião?

Eu acho que todos os presidentes foram bons à sua maneira, uns com mais relevância que outros, com áreas diferentes. Eu acho que o que me distinguiu mais e tenho mais orgulho foi a autenticidade, a proximidade com as pessoas, a procura e capacidade de ter conseguido apresentar propostas para os problemas dos jovens.

E conseguimo-lo muitas vezes com intensidade. Além disto, conseguimos prever e antecipar problemas que hoje são atuais mas que há três anos poucas pessoas falavam e que hoje são a realidade em Portugal, como o problema do desemprego jovem, da justiça entre gerações, da qualidade da educação e portanto conseguimos antecipar problemas que se calhar tivemos razão antes do tempo e fomos mal compreendidos, mas que felizmente hoje se confirma que na altura tínhamos razão.

Dos projetos que lideraste na JSD, qual é que consideraste que foi aquele que teve maior destaque?

Aquele que eu acho que teve mais impacto público, terá sido a responsabilização dos titulares de cargos públicos pelos seus atos. Foi talvez aquele que teve mais impacto mediático e que foi mais inovador, mas aquele que na minha opinião teve mais consequências, de todos, foram as propostas que apresentámos para combater o desemprego jovem, o alerta que fizemos e sobretudo aquilo que conseguimos implementar com o governo já

em funções. Hoje existe um programa que é o Impulso Jovem que chega a 90.000 jovens Portugueses e que foi no fundo o embrião do Garantia Jovem, da forma como é aplicada em Portugal. Estas foram as nossas propostas que tiveram mais impacto na vida das pessoas, sem querer parecer injusto.

Ao longo do teu trajeto político tens estado ligado às questões europeias, seja como chefe do gabinete do grupo parlamentar do PSD no parlamento europeu, como 1º vice-presidente do YEPP, como deputado na assembleia da república portuguesa integrando, entre outras, a comissão dos assuntos europeus.

Conta-nos quais os principais problemas e desafios que a Europa de hoje enfrenta?

O maior desafio de todos é a sua própria credibilidade junto das pessoas. Hoje damos já pouco valor aos valores da Europa, é preciso ir para fora para percebermos o que as pessoas depreendem da Europa e para percebermos aquilo que nós temos de fantástico e único. Eu acho que o maior desafio, o maior problema da Europa hoje, é o reconhecimento das suas qualidades e das suas conquistas por parte dos Europeus. Há neste momento uma crise de confiança na própria Europa, porque desvalorizamos o bom que conseguimos e o que de bom temos. Assim, o maior desafio da Europa é o de voltar a amar-se a si própria e a fazer valer os valores Europeus, que foram o embrião de todo este projeto Europeu.

Mais recentemente estiveste na Ucrânia e marcaste presença na manifestação ucraniana pró-europeia que decorreu na praça da independência e onde tiveste a oportunidade de

ENTREVISTA discursar e sentir de perto os anseios do povo ucraniano. Qual a sensação com que ficaste relativamente à vontade da maioria dos ucranianos na questão europeia?

Naquele dia, a maior sensação que tive e que mais me faz pensar, é que enquanto nós no resto da Europa estamos preocupados com a crise da Europa e falamos que a Europa é a culpa de muita coisa que nos acontece, ali reparei em cerca de 300.000 pessoas a falar da Europa, a apelar à Europa, a querer ser europeu, a querer participar no projeto europeu por causa dos valores europeus, isto é, não é por causa do dinheiro da Europa. É por causa da liberdade, da mobilidade, dos direitos de cidadania, da justiça de qualidade e do nosso modelo social. Aquelas pessoas querem fazer parte da Europa pelos valores que a Europa representa, e é este o grande ensinamento que se trás quando se sai fora da Europa para dar valor ao que temos. Acabamos por ver de fora e saber o que os outros pensam de nós e talvez a inveja que têm e a vontade de ser como nós. Isto é uma grande lição que se tira de um momento como aquele, onde o povo está expressivamente unido por uma causa que é a causa dos valores da Europa, e eles querem fazer parte dessa Europa.

conseguimos discutir em congresso, aprovar em congresso e chegou à assembleia da república e foi aprovada. Foi a primeira vez na história da assembleia, que eu me recordo, que foi aprovada uma moção sobre os comportamentos de risco, de vida saudável e o combate à obesidade infantil. Se houve alguém que contribuiu para aquela moção foi a proposta da JSD Odivelas e as pessoas que a fizeram. Estamos a tentar mudar mentalidades e comportamentos, o que nem sempre resulta, mas que vamos sempre tentando.

Se tivesses que definir a JSD Odivelas em 3 palavras, que palavras usarias?

Eu defino a JSD Odivelas como desafiante, trabalhadora e muito responsável, e isso vê-se todos os dias.

“...conseguimos prever e antecipar problemas que hoje são atuais mas que há três anos poucas pessoas falavam e que hoje são a realidade em Portugal...”

Nos últimos anos tens feito parte da equipa organizadora da universidade de verão do PSD. Na tua opinião qual a importância da UV na formação política dos jovens e que mensagem queres deixar aos jovens que ainda não participaram?

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A importância da UV da formação política dos jovens é hoje fundamental. A UV hoje assumiu um lugar de destaque na formação dos jovens do partido e é muito importante para criar bases de conhecimento, de comportamento, de solidariedade, de espírito de sacrifício e de responsabilidade para alguém que quer exercer política e fazer exercício de política ativa no partido e fora do partido. Os valores que nós transmitimos na universidade europa, universidade de verão e universidade do poder local são a base de tudo e tenho a certeza que hoje há uma geração mais qualificada, mais preparada, com valores mais afirmados que nasce dali. A universidade de verão é a base de tudo, e quem me dera que no futuro, por exemplo, para se ser dirigente da JSD, para ter um cargo eleito, que haja um requisito que é ter feito aquela formação, porque tenho a certeza que depois daquela formação as pessoas estão mais preparadas, mais qualificadas e que detenham melhor os valores do PSD, da JSD e do serviço à causa pública.

No XXI congresso nacional da JSD, no qual foste eleito presidente, defendeste na tua moção de estratégia global como uma das tuas prioridades, o combate aos comportamentos de risco. Em que medida a moção cobre o combate à obesidade apresentada nesse mesmo congresso pela secção de Odivelas contribuiu para a recomendação que mais tarde apresentaste ao governo sobre a adoção de medidas de combate à obesidade infanto-juvenil?

Essa proposta que nós fizemos teve muito das ideias da moção da JSD Odivelas, e como houve alguém que escreveu essa moção de Odivelas, também ajudou a compor a minha moção ao congresso.

Foi uma moção participada por muita gente, em várias áreas e grupos temáticos e felizmente essa era uma daquelas áreas que

Entrevista realizada por: Daniela Duarte

AUTÁRQUICAS

R E S U LTA D O S

E L E I T O R A I S

Foi no passado dia 29 de Setembro de 2013, que decorreu o ato eleitoral para as Autárquicas 2013.

No concelho de Odivelas, tínhamos os seguintes Órgãos a serem eleitos: i) Câmara Municipal; ii) Assembleia Municipal e iii) Assembleias de Freguesia: a) Odivelas, b)União de Freguesias Pontinha e Famões; c) União de Freguesias Ramada e Caneças e d)União de Freguesias Póvoa de Santo Adrião e Olival Basto.

Após a contagem dos votos, verificou-se uma larga vitória do Partido Socialista, tendo este alcançado a maioria dos votos para a Câmara Municipal, e alcançado a vitória em três das Freguesias do Concelho.

Os resultados para a Câmara Municipal foram de 39,52% para o Partido Socialista que alcançou a maioria absoluta no Município de Odivelas, ficando Susana Amador como Presidente da Câmara Municipal de Odivelas e elegendo ainda cinco vereadores para o Município, de 21,25% para a CDU, ficando esta como segunda força política no Concelho, elegendo 3 vereadores, de 18,46% para o PSD, que alcançou dois vereadores, 5% para o BE, 4,14% para o CDS, 1,42% para o PCTP/MRPP, 0,75% para o PTP.

10 Os resultados para a Assembleia Municipal foram semelhantes, ficando com os seguintes resultados, 36,35% para o Partido Socialista, elegendo assim como Presidente da Assembleia Municipal Miguel Cabrita e elegendo 14 Deputados Municipais, 24,13% para a CDU, que elegeu 9 Deputados Municipais, 18,43% para o PSD que elegeu 7 Deputados Municipais, 6,19% para o BE elegendo assim 2 Deputados Municipais, 4,94% para o CDS que elegeu assim 1 Deputado Municipal.

Na Assembleia Municipal o Partido Socialista não conseguiu alcançar a maioria absoluta, uma vez que os 14 mandatos alcançados e com três presidentes de Juntas de Freguesia ganhas pelo PS, este ficaria apenas com 17 mandatos, necessitando desta forma de realizar um acordo político com uma das restantes forças políticas mais votadas. No Município de Odivelas o acordo político decorreu com o PSD. Atualmente o PSD tem como vereadores da Câmara Municipal de Odivelas Sandra Pereira com os Pelouros de Habitação e Gestão Patrimonial e Administração Geral e o Carlos Bodião com os Pelouros de Transportes e Oficinas e o Gabinete Veterinário Municipal.

AUTÁRQUICAS Nas Freguesias os resultados foram consistentes com os alcançados nos anteriores órgãos, sendo que o PS ganhou 3 das Juntas de Freguesia, conquistando a Freguesia de Odivelas, onde no mandato anterior tinha sido eleito o PSD, tendo ficado na Presidência Nuno Gaudêncio, a União de Freguesias da Pontinha e Famões, ficando na Presidência Corália Rodrigues e a União de Freguesias de Póvoa e Olival de Basto, ficando na Presidência Rogério Breia. A CDU manteve a União de Freguesias da Ramada e Caneças, ficando como Presidente Ilídio Ferreira.

Nos executivos das Juntas de Freguesia, o PSD conta ainda com os seguintes elementos, em Odivelas Marco Pina e Joaquim Malcato, em Pontinha e Famões com Rui Teixeira e em Ramada e Caneças com Cecília Martins.

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Da atual Comissão Política da JSD Odivelas, foram 4 os elementos eleitos para as Assembleias de Freguesia, nomeadamente em Odivelas, Pontinha e Famões e Ramada e Caneças.

Atualmente os líderes de bancada do PSD em três das Freguesias do Concelho foram indicados pela JSD, nomeadamente Filipe Sanches na Junta de Freguesia de Odivelas, Daniela Duarte na União de Freguesias da Pontinha e Famões e Rodolfo Cardoso na União de Freguesias da Ramada e Caneças.

A todos os Autarcas eleitos votos de um excelente mandato e bom trabalho!

Texto: Inês Fonseca

ESPEKTRO

Idiossincrasias e resoluções de um novo ano

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U

m bom ano a todos! Sendo esta a primeira coluna publicada neste novo ano da graça de 2014 não poderia deixar de vos dirigir estes votos com esperança sincera que este será, pelo menos, o ponto de partida para tempos melhores.

Hoje não me sinto particularmente inspirado para escrever esta coluna… Não é por não ter opiniões para partilhar ou pensamentos para exprimir. O problema é mais profundo. Nestes primeiros dias são já tantos e tão variados os temas que é difícil focar-me. Em termos políticogastronómicos ficámos a saber que militantes do CDS-PP são grandes apreciadores de leitão e que François Hollande passou a ter um palato mais austero. Situação mais séria, foi o conhecimento da existência de períodos de espera (mais do que) inaceitáveis para o acesso a exames de diagnóstico em Hospitais. Em termos desportivos o panorama também não foi uniforme: por um lado, parte um dos grandes nomes do futebol nacional, Eusébio, por outro, temos Cristiano Ronaldo a receber (pela segunda vez) o maior prémio mundial de futebol, para euforia de todos.

Diz quem sabe (ou devia saber) que os indicadores publicados demonstram uma tendência de recuperação do nosso país e ficamos a saber ainda que serão sorteados automóveis como forma de incentivar a emissão de faturas. Discute-se, sem grande substância, o direito à adoção e à coadoção por

casais do mesmo sexo, com maior ou menor reflexão sobre as implicações em quem mais importa: as crianças.

Multiplica-se o extremar de posições sobre este e aquele assunto e oscilamos entre o folclore e a discussão mais séria.

Enquanto jovem, confrontado com tanta informação e com tão volátil sociedade tento adaptar-me, afirmar-me e encontra-me. Já é um cliché, e não é por isso deixa de ser verdade, que os jovens têm cada vez menos oportunidades de encontrar o seu espaço em Portugal. As condições são adversas mas reconheçamos a nossa responsabilidade: não estamos todos unidos no mesmo objetivo, raramente estivemos. Porquê? Porque ainda não o definimos e porque estamos mais concentrados em entrar numa espiral de agressão, de egoísmo, de confronto e de desunião entre iguais. Construamos e cresçamos, pois, em trabalho, ética e respeito mútuo.

Para terminar, deixo-vos uma frase que ouvi pela primeira vez na primeira aula da minha licenciatura: “Os homens podem dividir-se em dois grupos: os que seguem em frente e fazem alguma coisa e os que vão atrás a criticar” Séneca (filósofo).

Não estejamos, portanto, resignadamente, à espera de que 2014 seja inevitavelmente difícil ou pouco promissor. Não sejamos “espectadores de nós mesmos” como Fernando Pessoa. Façamos o nosso próprio 2014!

Rodrigo Pereira

S E T E M B R O

BLOG

Mês de Setembro – Campanha Autárquica Este mês ficou marcado pela campanha às eleições autárquicas, que decorreram no dia 27 de Setembro, sendo que a JSD Odivelas participou ativamente nas várias ações de campanha pelo concelho, das quais se destacam: apresentação das candidaturas, inauguração da sede de campanha, visitas institucionais, ações de rua pelas várias freguesias, organização da Festa Jovem, elaboração do Programa Eleitoral Jovem, divulgação da campanha nos seus meios de comunicação e indicação de representantes jovens nas listas aos órgãos autárquicos.

O U T U B R O 13 Dia 10 - 5º Plenário de militantes da JSD Neste plenário foi feita uma análise geral sobre a campanha autárquica, quer sobre o resultado eleitoral, quer sobre o processo conduzido pelos órgãos internos. Conclui-se que diversos fatores contribuíram para o resultado eleitoral, que ficou muito aquém do desejável, sendo necessária reflexão sobre esses fatores. Destacaram-se ainda os elogios aos autarcas da JSD no mandato que terminou e o desejo de mandatos produtivos aos novos autarcas eleitos.

Dia 25 – Reunião com ANJI-DJAP A JSD Odivelas convidou José Eduardo Maginga e Mauro Silva, representantes da Associação Nacional Juvenil de Imigrantes, Diáspora Juvenil Africana em Portugal (ANJI-DJAP) a participarem numa reunião temática, para nos darem a sua perspectiva sobre as relações políticas, económicas, culturais e sociais entre Portugal e Angola, e para nos falarem do seu trabalho desenvolvido no âmbito da juventude dos PALOP. Para além da atualidade do tema, esta organização tem sede em Odivelas, o que fortaleceu o debate do ponto de vista da necessidade e importância de estreitar relações entre a JSD e a ANJIDJAP.

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Dia 25 – Tomada de Posse na Assembleia da República Na passada quinta-feira dia 25 de Outubro, a companheira Hermínia Azenha tomou posse como deputada na Assembleia da República Portuguesa. A JSD Odivelas deseja à companheira Hermínia Azenha um mandato profícuo em prol das pessoas, em especial dos Odivelenses!

Última semana – Tomadas de Posse Na última semana decorreram as tomadas de posse dos eleitos, sendo que se destacam as intervenções dos militantes da JSD eleitos, que tiveram oportunidade de discursar em representação das respectivas bancadas do PSD nas Assembleias de Freguesia de Odivelas (Filipe Sanches), União de Freguesias de Ramada e Caneças (Rodolfo Cardoso) e União de Freguesias de Pontinha e Famões (Daniela Duarte).

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N O V E M B R O Dia 9 - Eleições para o PSD Odivelas e PSD Distrital de Lisboa Realizaram-se na passado dia 9 de Novembro, entre as 16h e as 23h, as eleições para o mandato 2013/2015 para os órgãos concelhios do PSD de Odivelas e para os vários órgãos Distritais do PSD de Lisboa.

Nas eleições mais disputadas de sempre do PSD em Odivelas, os resultados eleitorais concelhios foram os seguintes: Comissão Política de Secção: 391 votantes, Lista A - 248 votos, Lista B - 140 votos, Brancos – 2, Nulos – 1 voto Mesa de Plenário: 391 votantes, Lista A - 246 votos, Lista B - 137 votos, Brancos – 7 votos, Nulos – 1 voto Delegados à AML: 391 votantes, Lista A - 256 votos, Lista B - 130 votos, Brancos - 4 votos, Nulos - 1 voto A JSD Odivelas dá os parabéns aos eleitos, desejando-lhes um óptimo trabalho em prol das populações de Odivelas e Lisboa!

Dia 14 – Magusto A JSD Odivelas marcou o Magusto com uma comemoração na sede, desta vez com dois convidados, José Eduardo Maginga e Mauro Silva, representantes da Associação Nacional Juvenil de Imigrantes, Diáspora Juvenil Africana em Portugal (ANJI-DJAP). Mantendo a tradição, JSD Odivelas reuniu-se desta vez num momento de convívio, onde não faltaram as tradicionais castanhas e água-pé, proporcionando assim aos seus militantes um momento de agradável convívio.

D E Z E M B R O

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Dia 13 – 6º Plenário de militantes da JSD A JSD Odivelas realizou o 6º plenário de militantes em 18 meses de mandato!

No mesmo foi debatida a situação política nacional e local, e foi apresentado o plano de atividades da comissão política para o próximo semestre.

Dia 14 – Jantar de Natal Realizou-se o tradicional jantar de Natal da JSD Odivelas, que este ano teve lugar no restaurante “A Floresta” na Póvoa de Santo Adrião. O jantar foi mais um momento de convívio entre os militantes, que contou com diversas surpresas e jogos interativos.

15 Dia 21 – JSD Odivelas lamenta a não convocação, atempada, do Conselho Municipal de Juventude A JSD Odivelas lamenta o facto de não ter sido convocada pela Sr.ª Presidente da CMO uma reunião do conselho municipal de juventude, para que este pudesse emitir um parecer, que é obrigatório, sobre o orçamento municipal para 2014. O mesmo sucedeu o ano passado, em que houve também uma manifesta desconsideração por este órgão consultivo, que não foi convocado a reunir para se pronunciar sobre as matérias de juventude no Orçamento para 2013. Lamentamos tal facto e consideramos que a juventude de Odivelas fica a perder!

J A N E I R O Dia 6 - JSD Odivelas esteve no Jardim de infância – “Crianças de São José” da PROSALIS Em mais uma atividade no âmbito do projeto “JSD Odivelas: juventude solidária”, a JSD Odivelas esteve no jardim de infância – “Crianças de São José” da PROSALIS, na Urmeira - Pontinha. Após partilha de alguns brinquedos com as crianças tivemos o prazer de ver, através de adivinhas, de músicas e da sempre animada conversa com os mais pequenos, o trabalho realizado pelos profissionais desta associação. Por fim, houve ainda tempo para deixar alimentos e discutir os problemas da associação.

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Dia 21 - Entrevista concedida por Duarte Marques à JSD ODIVELAS TV Duarte Marques, anterior presidente da JSD e atual Deputado na Assembleia da República na XII Legislatura, concedeu uma entrevista à JSD Odivelas TV. Esta entrevista realizou-se no final da reunião de Comissão Política da JSD Odivelas a 21 de Janeiro de 2014, onde se debateu, entre outros, “A Europa e a União Europeia”.

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Dia 25 - Eleição do presidente do PSD e dos delegados ao XXXV congresso nacional do PSD Realizaram-se no passado dia 25 de Janeiro 2014, entre as 16h e as 22h, as eleições do Presidente do PSD e dos delegados ao XXXV congresso nacional do PSD. Divulgamos abaixo os resultados eleitorais: ELEIÇÃO DOS DELEGADOS AO XXXV CONGRESSO DO PSD: Lista A - 65% (163 votos) - 5 delegados, Lista B - 35% (88 votos) - 2 delegados Desta forma, os delegados representantes da secção concelhia de Odivelas no 35.º Congresso do PSD serão: Sandra Pereira, João Carvalho, Marco Pina, Marco Almeida, Bruno Duarte, Carla Correia Silva e Hipólito Cunha.

(RE) ELEIÇÃO DO PRESIDENTE DO PSD: Votos a favor - 200 (78.7%), Votos nulos - 12 (4.8%), Votos brancos - 42 (16.5%) Parabéns aos eleitos, a quem desejamos um óptimo trabalho no congresso!

F E V E R E I R O Dias 7, 8 e 9 – 7ª Universidade Europa Nos dias 7, 8 e 9 de Fevereiro de 2014 decorreu, na Curia, a 7ª edição da Universidade Europa, organizada pela JSD, PSD, GEPSD (Grupo Europeu do PSD), Instituo Francisco Sá Carneiro e o PPE. Esta formação é destinada a aprofundar o estudo das questões europeias. A JSD Odivelas dá os Parabéns a toda a organização da 7ª Universidade Europa, e regozija-se pela participação interventiva que os seus membros tiveram nesta formação (Bruno Duarte, Catarina Silva, Guilherme Duarte e Rodolfo Cardoso), acabando por ser a secção mais representada do Distrito de Lisboa!

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Dias 21, 22 e 23 – XXXV Congresso Nacional do PSD Decorreu em Lisboa, no Coliseu dos Recreios, o 35º Congresso Nacional do PSD. Destacamos o facto que tanto o Presidente da Comissão Política da JSD Odivelas, como o Presidente de Mesa do Plenário da JSD Odivelas terem sido delegados a este congresso. A juventude de Odivelas esteve, assim, bem representada!

Dia 25 – Formação Autárquica A JSD Odivelas continua a apostar na formação dos seus militantes, pelo que no passado dia 25 de Fevereiro organizou uma formação autárquica dirigida à Comissão Política, que teve lugar no salão da Junta de Freguesia de Ramada, onde se realizam algumas das sessões das Assembleias de Freguesia da União das Freguesias de Ramada e Caneças.

A JSD Odivelas agradece à companheira Cecília Martins, por ter estado presente acompanhando os trabalhos, e ainda à Junta da União das Freguesias de Ramada e Caneças, pela excelente oportunidade de ter realizado a formação num ambiente real, facto que enriqueceu muito a iniciativa.

M A R Ç O Dia 12 – Entrevista concedida pela Dra. Maria Máxima Vaz à JSD ODIVELAS TV A historiadora de referência em Odivelas e ex-professora no nosso Concelho, Drª Maria Máxima Vaz, concedeu uma entrevista à JSD Odivelas TV, que se realizou no final da reunião de comissão política da JSD Odivelas, e onde se discutiu, entre outros assuntos, “A história de Odivelas” onde a entrevistada foi nossa convidada especial.

Dia 18 – 7º Plenário de militantes da JSD Em vésperas de eleições europeias e de um novo virar de rumo para Portugal, tivemos no passado dia 18 de Março o 7º plenário da JSD de Odivelas, o penúltimo do atual mandato, no qual o Presidente Bruno Duarte transmitiu várias informações aos vários militantes presentes da juventude social de democrata.

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DICAS ÚTEIS

SAÚDE

É (outra vez) época de gripe!

Estamos a chegar ao pico da atividade gripal, e de vez em quando, surgem notícias que alertam a gripe ou para os seus perigos. O que preciso de saber?

A gripe, é uma doença aguda causada pelos vírus Influenza e que afeta predominantemente as vias respiratórias. Manifestase pelo início súbito de mal-estar, febre alta, dores musculares e articulares, dores de cabeça e tosse seca. Pode também ocorrer inflamação dos olhos. Nas crianças, os sintomas dependem da idade predominando sintomas inespecíficos (febre, prostração), gastrointestinais (náuseas, vómitos, diarreias) e respiratórios (laringite, bronquiolite).

A gripe é igual à constipação? Não. Os vírus que as causam são diferentes e, ao contrário da gripe, os sintomas/sinais da constipação são limitados às vias respiratórias superiores: nariz entupido, espirros, olhos húmidos, irritação da garganta e dor de cabeça. Raramente ocorre febre alta ou dores no corpo e os sintomas surgem de forma gradual.

O vírus da gripe é transmitido através

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de partículas de saliva expelidas através da tosse de pessoas infetadas, espirros, do respirar “em cima de outra pessoa”, ou por contacto direto (através das mãos por exemplo). O período de contágio começa 1 a 2 dias antes do início dos sintomas e vai até 7 dias depois. Podem imaginar pelo que vos disse que no pico do inverno, uma pessoa infetada num autocarro, rapidamente se transforma num autocarro infetado.

Pela natureza do vírus, que é altamente variável, estirpes diferentes (“sub-tipos” dos vírus) predominam em diferentes alturas, e nós nunca lhe conseguimos ser completamente imunes. Consoante a estirpe, o vírus é mais ou menos perigoso.

O “medo”, é que surja um sub-tipo para o qual não estamos preparados ou altamente perigoso. As vacinas, resultam de um estudo e previsão das estirpes mais comuns, e as que potencialmente surgirão nesse ano, sendo assim a primeira proteção. A prevenção é a melhor arma.

Quem deve ser vacinado contra a gripe?

Devem ser vacinadas as pessoas que têm maior risco de sofrer complicações depois da gripe: Pessoas com 65 ou mais anos de idade, principalmente se residirem em instituições.

As pessoas com mais de 6 meses de idade que sofram de: Doenças crónicas dos pulmões, do coração, dos rins ou do fígado.

Diabetes em tratamento (comprimidos ou insulina).

Outras doenças que diminuam a resistência a infeções.

Quem não deve ser vacinado contra a gripe? As pessoas com alergia grave ao ovo ou que tenham tido uma reação alérgica grave a uma dose anterior de vacina contra a gripe.

A vacina contra a gripe funciona? Sim. A vacina reduz muito o risco de contrair a infeção e se a pessoa vacinada for infetada terá uma doença mais ligeira.

Quando deve ser feita a vacinação? Deve ser feita preferencialmente em outubro/novembro, podendo, no entanto, decorrer durante todo o outono ou inverno.

Se estiver com gripe: - Cuide-se: Fique em casa, em repouso.

Não se agasalhe demasiado.

Meça a temperatura ao longo do dia.

Se tiver febre pode tomar paracetamol (mesmo as crianças). Não dê aspirina às crianças.

Utilize soro fisiológico para a obstrução nasal.

Não tome antibióticos sem recomendação médica. Não atuam nas infeções virais, não melhoram os sintomas, nem aceleram a cura.

Beba muitos líquidos: água e sumos de fruta.

Se viver sozinho, especialmente se for idoso, deve pedir a alguém que lhe telefone regularmente para saber como está.

- Evite transmitir a gripe: Reduza, na medida do possível, o contacto com outras pessoas.

Lave frequentemente as mãos com água e sabão. Caso não seja possível utilize toalhetes.

Use lenços de papel de utilização única (deite nos sanitários ou no lixo comum).

Ao espirrar ou tossir, proteja a boca com um lenço de papel ou com o antebraço. Não utilize as mãos.

Texto: Guilherme Duarte

DICAS ÚTEIS

SAÚDE Mitos à mesa

A fruta não engorda Diversas são as pessoas que utilizam esta expressão. Todos os alimentos contêm energia, logo valor calórico. A fruta é uma excelente fonte de vitaminas, fibra, minerais e água. Contudo, tem na sua constituição frutose, um açúcar simples que deve ser consumido com moderação. A quantidade diária de fruta recomendada é entre 3 a 5 peças por dia para pessoas saudáveis e sem patologias associadas.

O pão se for torrado tem menos calorias O pão torrado em casa não é mais que o aquecimento do pão, onde ocorrem dois grandes fatores: desidratação do pão e a reação de maillard.

A desidratação é apenas diminuição da quantidade de água no pão. A reação de maillard é uma reação química que permite a obtenção da cor acastanhada típica do pão torado.

Durante estes processos não existem perdas significativas de nutrientes, ocorre apenas e só, diminuição do teor de água e esta não tem valor nutricional.

Assim, o valor nutricional de uma fatia de pão fresco é igual ao do pão torrado.

Texto: Daniela Duarte

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FINANÇAS O Cartão de Crédito O cartão de crédito é uma forma de pagamento eletrónica.

Pode ser usado como meio de pagamento para comprar um bem ou pagar um serviço. Todas as contas de cartões de crédito têm um limite de compras definido pelo banco emissor. As compras efetuadas reduzem o limite disponível até que, quando insuficiente, novas compras ou pagamentos são negados. O pagamento da factura (valor utilizado até um dado momento) liberta o limite para ser usado novamente.

O titular recebe mensalmente na sua morada um extracto com o valor em dívida, resultante da utilização do cartão de crédito, que poderá ser pago de uma só vez (sem juros), ou a prazo e, neste caso, será acrescido dos juros correspondentes à taxa de juro associada ao cartão.

Assim, o cartão de crédito é uma forma rápida e fácil de obter liquidez (dinheiro) que, naturalmente, tem de ser paga, como qualquer empréstimo feito ao banco. Contudo este tipo de pagamento é visto como uma forma rápida e fácil de “ter”

dinheiro que pode levar ao descontrolo total dos limites e consequentemente do orçamento do titular do cartão. Assim deixamos aqui alguns aspectos a ter em conta: Estabeleça com o banco limites de utilização diários, semanais ou mensais.

Controle e confira os gastos feitos com o cartão.

Leia com atenção a Ficha de Informação Normalizada (FIN) onde constam os serviços e custos associados aos cartões de crédito anuidades, taxas de juros e comissões.

Pague, se possível, o crédito utilizado de uma só vez, não pagando juros pela utilização do crédito.

Amortize mensalmente o máximo do valor em divida para reduzir os juros a pagar É importante referir que com o uso de cartão de crédito os bens adquiridos poderão sair mais caros (custo do crédito: taxas de juro e encargos do financiamento) pelo que sugerimos sempre um bom planeamento no uso deste tipo de cartão.

Texto: João Correia

DICAS ÚTEIS

EDUCAÇÃO Quando o Saber não ocupa lugar... sejamos diferenciadores Durante a nossa vida enquanto estudantes estamos constantemente a tomar decisões, quer no ensino secundário quer no ensino universitário. Quer tenhamos 15 ou 18 anos, devemos encarar a nossa vida académica como um passo fundamental na nossa formação profissional e pessoal pois a nossa carreira não começa apenas quando recebemos o primeiro diploma de curso. Também não é aqui que tem o seu fim!

De certeza que um dos fatores mais importantes termos 22 para uma carreira profissional de sucesso é sem dúvida termos prazer naquilo que fazemos, quer seja a salvar vidas, quer seja a educar e ajudar pessoas, quer seja a criar riqueza ou até a fazer pesquisa científica. Façam aquilo que gostam e mais partido tiram dessa experiência. Sejam otimistas e juntem o trabalho à vertente do lazer. É tão mais fácil explicar ou desenvolver conceitos de algo que temos uma verdadeira paixão que nada nos faz deter.

Em segundo lugar, e tendo já passado por algumas experiências internacionais vos digo, não hesitem por um segundo que seja o de viajar e estudar além fronteiras.

Sejam destemidos. Procurem novas aventuras. Ponham-se à prova! Quer seja através da partilha de conhecimento com pessoas de outros países, quer seja através do choque civilizacional e cultural, quer seja através da comunicação na língua inglesa (ou outra), façam depender de vocês mesmos o vosso conhecimento cognitivo e a vossa capacidade de sobrevivência em ambientes mais adversos e desconhecidos.

Em terceiro lugar, lutem por entrar numa universidade de renome na área que estudam. A vossa universidade podevos levar à carreira mais inesquecível que vocês podem sonhar. Dependendo

sempre de vocês (claro), a universidade é uma alavanca enorme na vossa carreira profissional e é aqui que vocês aprendem a ser gestores da vossa vida,

matemáticos da vossa ciência, cultos da vossa sociedade. As universidades não formam apenas profissionais, formam também pessoas, e as pessoas são o bem mais preciso em qualquer estrutura empresarial.

Em quarto lugar, não pensem que uma dada disciplina pode ser feita com um mero exame. Se temos a oportunidade de fazer uma disciplina em avaliação contínua através de uma aprendizagem

ininterrupta e consistente, para quê depender apenas de um exame? Encarem todos os trabalhos e todas as aulas como algo necessário e que vos fará resistir melhor ao mundo empresarial. Hoje em dia nas empresas é essencial o trabalho em equipa e a consistência da mesma. Ajudemse uns aos outros e aprendam uns com os outros!

Por fim, pensem no país em que vivem.

Pensem nas necessidades de Portugal neste momento.

Estudem o m e r c a d o laboral e as suas deficiências.

Eu não me esqueci que disse para trabalharem no que gostam, mas se isto vos fará ir para um mercado demasiado competitivo (no mau sentido) em que a progressão na carreira está completamente estagnada, em que irão competir com mil e uma pessoas que passaram pela mesma formação (grosso modo), optem por uma especialização, optem por uma área em que realmente Portugal precisa de jovens para crescer e não façam como muita gente hoje em dia tem de fazer, emigrar.

Infelizmente é uma triste realidade mas se adequarmos a nossa vontade à realidade do país e às necessidades do mesmo, tenho a certeza que iremos equilibrar Portugal mais depressa e de uma forma consiste, razoável e ponderada.

Texto: Diogo Godinho

DICAS ÚTEIS

DIREITO Adoção Atendendo ao muito que se tem falado nos últimos tempos sobre a adoção de crianças institucionalizadas, nesta edição vamos dar uma ideia, necessariamente simplificada, sobre como decorre o processo, e em que condições se pode efectivamente adotar, à luz da lei em vigor.

1. A adoção é um instituto do direito da família, que vem regulado desde logo no código civil, que de acordo com o seu artigo 1974.º “visa realizar o superior interesse da criança e será decretada quando apresente reais vantagens para o adotando, se funde em motivos legítimos, não envolva sacrifício injusto para os outros filhos do adotante e seja razoável supor que entre o adotante e o adotando se estabelecerá um vínculo semelhante ao da filiação”.

2. Quem pode adotar? Podem adotar (adoção plena) duas pessoas casadas há mais de 4 anos e não separadas judicialmente de pessoas e bens ou de facto, se ambas tiverem mais de 25 anos.

No caso de adoção singular, pode adotar quem tiver mais de 30 anos de idade, ou mais de 25 anos no caso de o adotando for filho do cônjuge do adotante (a chamada “co-adoção”); as pessoas com mais de 60 anos não podem adotar, sendo que a partir dos 50 anos a diferença de idades entre o adotante e o adotado não poderá ser superior a 50 anos, senão a título excecional. Para além destes requisitos formais, atender-se-á à idoneidade,

personalidade e condições familiares e económicas do candidato.

3. Quem pode ser adotado? Crianças com menos de 15 anos, ou até aos 18 anos no caso de “co-adoção” em determinadas circunstâncias, que sejam filhos do cônjuge, ou que sejam entregues mediante confiança administrativa ou confiança judicial. Nem todas as crianças institucionalizadas estão em condições

de ser adotadas.

4. O processo é burocrático e é tramitado em primeiro lugar nos serviços de Segurança Social, onde decorrem sessões informativas, e onde são realizadas

diversas avaliações dos candidatos. Caso a candidatura seja aceite, o candidato passa a constar da lista nacional da adoção, até lhe ser proposta uma criança para adotar. Quando tal acontece, são promovidos contactos entre a criança e o candidato durante um período, após os quais, se correr bem, a criança é entregue ao candidato, ficando em estado de préadoção. É elaborado um relatório para o tribunal que por sentença judicial constitui, ou não, o vínculo da adoção.

5. Quais os efeitos da adoção plena?

A criança adotada passa a ser filha do adotante, com todas as consequências legais daí decorrentes, incluindo, cessar os vínculos familiares à família de origem.

6. É possível adotar uma criança em qualquer país? Não. Apenas nos países que aceitem as candidaturas transmitidas pela autoridade central portuguesa, independentemente de serem ou não países vinculados à convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, relativa à proteção de crianças e à cooperação em matéria de adoção internacional.

7. Um casal do mesmo sexo não pode adotar, mas uma pessoa com orientação homossexual pode adotar? A lei portuguesa não permite a adoção por casais do mesmo sexo (artigo 7.º da lei n.º 7/2001, de 11 de Maio), mas não existe qualquer restrição na lei sobre a adoção singular por um homossexual.

Texto: Carla Marcelino

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JSD NO DISTRITO

Uma JSD Oeiras de Ação!

Desde a eleição a 30 de novembro de 2013, a JSD Oeiras tem-se afirmado como uma estrutura bastante ativa, somando já uma série de iniciativas que vão ao encontro das nossas intenções aquando da candidatura. Presentes na rua, na comunidade, a ouvir e a discutir os problemas com as pessoas e presentes na realização de propostas políticas. Assim, a atividade da JSD Oeiras até ao momento é a seguinte: - Campanha solidária “Jovens Solidários”, entrega dos bens à associação social de Caxias.

- Visita a 3 escolas do concelho (Luís de Freitas Branco, Quinta do Marquês e Sebastião e Silva) para reunir com as AEs. - 2 moções (uma de ambiente/saúde pública e outra virada para o empreendedorismo universitário) apresentadas no conselho regional de 20 de Janeiro pelo vice-presidente David Silva.

- Apresentação da proposta de constituição do cartão jovem municipal ao vereador da juventude da CM Oeiras, Ângelo Pereira.

- Realização do debate “Co-adopção e adopção por casais homossexuais” com Carlos Reis (jurista) e Dr. Rui Rocha Martins (psiquiatra).

- Reunião com a associação de estudantes da linha.

- Grande conferência sobre a constituição com o Dr. Pedro Santana Lopes (como orador)

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Alexandre Poço (Presidente da JSD Oeiras) Fevereiro 2014

No passado sábado, dia 15 de fevereiro, mais de 150 pessoas deslocaram-se à casa da juventude em Sintra, para a tomada de posse dos órgãos da JSD em Sintra.

Perante muitos dirigentes do partido e da JSD, o presidente da JSD Sintra, Diogo Geraldes, no seu discurso de encerramento, apresentou as linhas condutoras do mandato, conjuntamente propostas concretas para melhorar a vida dos jovens sintrenses.

Diogo Geraldes (Presidente da JSD Sintra) Fevereiro 2014

ISSUE

A

Para onde vamos?

história da integração europeia é a mesma história dos euro-céticos. Os factos são comuns e as possibilidades, essas distintas, partem das também comuns virtudes e defeitos que a União Europeia tem na sua natureza.

Mas mais que nunca, face às circunstâncias particulares que colocaram à prova os mais acérrimos defensores da União, crescem as opiniões discordantes do caminho que a mesma tem seguido. Crescem aquelas que defendem a desintegração e o fim do percurso que, segundo os mesmos, fracassou. Com a crise económica que despoletou em 2007, engrossaram as dúvidas sobre a capacidade de os Estados Membros em união económica conseguirem superar as dívidas soberanas e fazer valer o princípio da solidariedade entre si, que é um dos pilares fundamentais dos tratados da UE. Estarão os países mais ricos dispostos a cumprir com esse princípio, e até que ponto o estarão? Por outro lado, foi colocado em causa o papel dos próprios órgãos da União, que não terão sido suficientemente aptos para evitar o surgimento da crise, nem tão pouco sabemos se conseguirão fazê-lo no futuro. Progredimos na união monetária e na harmonização da política monetária, mas o caminho para uma verdadeira e una política económica ainda não foi alcançada. E este é um facto que faz parte da história comum dos europeístas e dos euro-céticos. Se é verdade que não evitámos a crise financeira, não evitámos a falência de vários bancos nacionais que custaram cerca de 4,5 triliões de euros aos contribuintes europeus e não evitámos o paradoxo contrário ao tratado, de agravamento da supremacia económica de uns países face a outros, também é verdade que hoje se discutem soluções para que no futuro tais situações não voltem a acontecer. E é nessa esperança

Carla Marcelino

que nos devemos focar, no esforço de encontrar mecanismos preventivos suficientemente fortes para que não voltemos a depender de ajuda financeira externa, ou sequer interna e com isso divergir ainda mais na integração. Tais mecanismos não poderão funcionar se não acreditarmos que a União tem futuro e que a sua existência depende da vontade política em continuar a dar vida aos princípios que foram estruturais à sua criação. É portanto um momento de profunda reflexão sobre a Europa que queremos construir. A Europa onde nós jovens iremos viver, estudar, trabalhar e onde iremos depositar a confiança e as ambições que são os instrumentos para o desenvolvimento e a competitividade no presente e no futuro. Os clássicos eurocéticos dirão que a crise provou que não é possível continuar a investir na União, uma vez que os seus órgãos não puderam evitála nem têm meios eficientes de resolução.

Dirão ainda que no futuro se agravarão as diferenças entre os estados membros que, diferentes entre si do ponto de vista do crescimento económico, não encontrarão qualquer ligação que permita uma aproximação. Mas é esta a mesma Europa onde podemos circular livremente como cidadãos reconhecidos, onde podem circular bens e capitais, e onde encontramos, em todas as pontas do mapa europeu, traços comuns com a nossa cultura, a cultura de sermos europeus e de isso fazer parte da nossa identidade. Também é esta a Europa que historicamente se soube adaptar às mudanças e mesmo àquelas que não foram combatidas por si, ou que em tempo de paz não foram alcançadas por si. É talvez por esta Europa que já é comum a portugueses, alemães, finlandeses ou gregos, que vale a pena continuar a investir na harmonização formal, legal e económica, e com ela, investir no futuro de todos nós.

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ELEIÇÕES PSD ODIVELAS

No passado dia 9 de Novembro 2013 realizaram-se eleições para os orgãos concelhios do PSD Odivelas. A votacão decorreu na sede do PSD Odivelas, entre as 16h e as 23h. Submeteram-se a escrutínio duas listas, a lista A- Construir o Futuro - e a lista B – Renovar o PSD de Odivelas.

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Formação A lista A, encabeçada pela companheira Sandra Pereira, atual presidente da comissão politica do PSD Odivelas e vereadora com pelouro na Câmara Municipal de Odivelas, contava ainda com o candidato a presidente da Mesa da Assembleia João Carvalho, e o Cabeça-de-Lista à Assembleia Metropolitana de Lisboa Marco Pina. Apresentaram um programa eleitoral do qual constavam medidas como a procura de uma nova sede do partido, a formação de um gabinete autárquico com vista ao auxílio e uniformização dos

ELEIÇÕES PSD ODIVELAS

trabalhos autárquicos, e a integração efetiva das estruturas autónomas do partido, JSD e TSD nos processos decisórios, entre outros.

A lista B tinha como candidato a presidente da comissão política o companheiro João Pedro Silva, presidente da Mesa da Assem-

Autárquica

27 27 bleia José Eduardo Zoio, e a

Cabeça-de-Lista à Assembleia Metropolitana de Lisboa Zélia Amorim.

Com o apoio da deputada da Assembleia da República Hermínia Azenha, a lista B tinha como principais bandeiras a renovação do partido, o potenciar e melhorar a comunicação através da criação de um site, que conteria toda a informação importante para os

militantes e odivelenses assim como o desenvolvimento de redes sociais e o envio regular de uma newsletter virtual e em suporte de papel para os militantes. Propunha também a maior abertura e dignificação da atual sede, maior incentivo á participação dos militantes e formação política através de debates, conferências e colóquios.

Saiu vencedora a lista A de Sandra Pereira com um total de 243 votos perfazendo 62 % do eleitorado votante. Com uma adesão de 76% dos votantes habilitados para tal, foi uma das votacões onde mais militantes se mobilizaram para escolher a comissão política que irá atuar nos próximos 2 anos.

NA OPINIÃO DE...

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Nos últimos tempos tem-se vindo a discutir a co-adoção por casais homossexuais.

O assunto é sensível, envolve o debate de convicções fortes, não sendo nada consensual e confesso que ao longo das inúmeras discussões que tive sobre este tema, já fui surpreendido pela opinião e mudança de opinião de algumas pessoas.

Tenho as minhas convicções e aclarei a minha posição após uma ponderada reflexão.

Não me oponho à co-adoção e passo a explicar por que motivo. Se um pai ou uma mãe ficarem viúvos, para mim faz sentido que, voltando estas pessoas a casar, quer formem um casal heterossexual ou homossexual, o(a) companheiro(a) possa adoptar o(a) filho(a) ou filhos do esposo ou esposa. As crianças, de uma forma ou de outra, vão conviver com a realidade imposta pelas escolhas dos seus pais, não me parecendo benéfico para as crianças que haja uma lei que proíba a co-adoção nestas circunstâncias.

Por outro lado, oponho-me convictamente à adoção de crianças por solteiros ou por casais homossexuais.

Poderão chamar-me preconceituoso.

Não aceito isso. Neste caso, como em muitos outros, confunde-se mudança, com evolução positiva da sociedade e isso é um erro que pode custar caro a muitas crianças. É minha opinião que uma criança em situação de ser adotada, tem o direito a ter uma família com um pai e uma mãe.

Eu fui educado assim e tenho a perfeita noção que recebi experiências, conselhos e conhecimentos do meu pai que a minha mãe não me deu e vice-versa, a minha mãe teve sensibilidade para lidar com situações ao longo da minha infância que o meu pai não teve e o contrário também se verificou. Ou seja, o que quero dizer é que a minha educação, por ter sido partilhada e complementada por pai e mãe, foi mais completa, rica, estável e saudável.

Pondo-me na posição de um pai solteiro que queira adotar um filho, penso que seria egoísmo da minha parte não possibilitar a essa criança a oportunidade de ter uma família com um pai e uma mãe. A

Adoção / Co-Adoção mesma coisa relativamente à adoção por casais homossexuais. Imagino um casal de dois homens a cuidar de uma menina.

Não ponho em causa a educação, o amor, os valores e afeto que possam dar à menina, mas certamente não vão conseguir dar à criança muitas coisas que só uma mulher pode dar.

Não é uma questão de preconceito relativamente aos solteiros e aos casais homossexuais, é apenas a minha opinião relativamente ao que considero melhor para uma criança.

Mas vejamos a realidade portuguesa.

Hoje temos em Portugal mais de 8500 crianças que estão separadas dos seus

pais. Destas crianças, cerca de 95% estão “institucionalizadas” e só 5% vivem com famílias de acolhimento. Esta é uma realidade miserável, quando comparada com a de outros países desenvolvidos na Europa, como por exemplo a França, em que 62% das crianças nesta situação vivem com famílias de acolhimento e a Inglaterra em que este valor sobe para os 75%. É sabido que quanto mais tempo uma criança passa numa instituição de acolhimento, mais traumas e danos acumulam e mais difícil se torna a sua integração numa família de acolhimento ou adotiva.

Por esse motivo, muitas acabam por permanecer institucionalizadas grande parte da sua infância.

Uma criança que viva no seio de uma família de acolhimento tem logo à partida um ambiente mais estruturado e saudável para o seu desenvolvimento e educação. Um ambiente onde pode viver e aprender os valores da família, tão im-

portantes para a nossa sociedade.

Para além disso, o facto de um menor viver com uma família de acolhimento tem um custo para o Estado inferior a metade do custo de viver numa instituição.

Será que em Portugal, um dos povos mais fraternos e solidários do mundo, não existem famílias de acolhimento disponíveis para receber estas crianças?

Se é definitivamente melhor para as crianças e mais económico para o Estado, porque é que apenas 5% das crianças nesta situação vivem com famílias de acolhimento?

Se é uma realidade noutros países, porque não no nosso?

As leis devem ter em conta os melhores interesses da criança.

Existindo em Portugal milhares de famílias capazes de oferecer uma realidade às crianças nesta situação onde tenham uma pai e uma mãe, não me parece que seja com decretos que permitem que solteiros e casais homossexuais possam adotar uma criança, que se resolve o problema de fundo, até porque representam uma percentagem mínima de adotantes.

O que, em Portugal, é preciso fazer para melhorar a vida das crianças nesta situação é, de uma forma séria, clara e determinada, implementar um programa de acolhimento familiar em todo o país, para que as crianças não tenham de passar uma única noite numa instituição de acolhimento. As famílias de acolhimento existem. É preciso é procurá-las, cativá-las, dar-lhes formação e apoio, para que a sua experiência possa ser tão positiva como a das crianças.

Este é com certeza o caminho correto para mudar o paradigma atual e diminuir consistentemente o número de crianças sem família em Portugal.

Texto: Filipe Sanches

Adoção / Co-Adoção Antes de mais, e para separar um pouco as questões, a co-adoção e a adoção são conceitos diferentes, mas aprovando o projeto-lei que trouxe estes assuntos à berra, na prática vão dar mais ou menos à mesma coisa. Isto porque se a adoção monoparental já foi aprovada, com a aprovação da coadoção nada vai impedir um indivíduo homossexual de adotar uma criança, e de seguida o seu parceiro co-adotar essa mesma criança. Na prática, o casal acabou por adotar a criança.

Portanto, considero que antes de discutirmos “meias-leis”, que abrirão portas não previstas de início (a adoção plena foi chumbada em maioria parlamentar já nesta legislatura), devemos pensar, com calma e ponderação, em todas as condicionantes.

Eu sou tendencialmente a favor da adoção plena de crianças por casais do mesmo sexo, e por isso sou também tendencialmente a favor da co-adoção.

Estou inclinado para ser a favor, em primeiro lugar porque acredito que um casal homossexual disposto a isso e com condições para tal conseguirá sempre educar e amar uma criança que não sendo sua, encontrará naquele casal o suporte que necessita ao seu crescimento - será uma criança com as mesmas condições

para realizar o seu potencial que qualquer outra criança adotada por um casal tradicional. A situação é descrita em estudos publicados em revistas internacionais de psiquiatria, que não reconhecem diferenças. Este é para mim, o ponto basilar nesta questão.

Depois, como existe atualmente uma seleção rigorosa da parte do estado, acredito em segundo lugar que casais a quem o estado decida confiar uma criança, apresentem de facto as condições reconhecidas para tal. Porque é inegável que há casais com muito jeito, pouco jeito ou nenhum, preparados para ter filhos, não preparados para ter filhos; e como essas diferenças existem nos casais heterossexuais, também as haverá nos casais homossexuais. Neste ponto, as condicionantes são exatamente semelhantes, pelo que resta guiar-nos pelo critério comum e atualmente usado nos processos de adoção.

Por último, não podemos ser indiferentes às inúmeras falhas do sistema que acolhe as crianças em condições de adotabilidade, e imaginar como seria se conseguíssemos providenciar um lar e uma família, para cada menor nessas condições. Se esta alteração à lei significar uma melhoria significativa na vida das

NA OPINIÃO DE... crianças adotadas, se representar um progresso visível no sentido de potencializar a criança, e trouxer realização e felicidade, então acredito que todos em conjunto, sem preconceitos, e com menos ou mais dúvidas, aprovamos esta mudança.

Não quero deixar de apontar que o meu centro de decisão nesta matéria são apenas os direitos das crianças. Rejeito que a questão aqui seja o direito das minorias homossexuais, porque isso seria reduzir a criança a um segundo plano - ao plano de ser somente um mecanismo de concretização das aspirações de uma minoria independentemente da sua luta legítima de direitos.

Sendo esta uma questão que levanta algumas questões, considero também que o parlamento e a sociedade, ao invés de querer passar esta lei - que mudará o conceito de família da sociedade portuguesa - à pressa, com segundas agendas, e com a leveza de espírito da bandeira progressista, beneficiará de mais esclarecimento e transparência, livres de preconceitos, com espírito aberto, e também com mais informação. Só assim o passo que queremos dar, será dado e entendido por todos.

Texto: Guilherme Duarte

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NA OPINIÃO DE...

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PRAXES

Às vezes levo-me a acreditar que os portugueses, de tempos a tempos, se convertem aos desígnios emocionais de um detetive frustrado que vive do escândalo e da histeria. Um povo que divaga no mistério do desconhecido, e a comunicação social claro está, nestas alturas, dá ao povo aquilo que ele mais gosta, o escândalo e a histeria. Foi assim com a pequena Maddie. Foi assim com a gripe A. Foi assim com o Colégio Militar. E é assim com a praxe.

Um grupo de seis amigos juntam-se para passar um fim-de-semana numa casa, vão até à praia, são colhidos por uma onda, cinco têm a infelicidade de falecer e um é encontrado num estado de pré-afogamento. Estão encontrados os ingredientes para semanas seguidas em que nos esquecemos dos reais problemas sociais, económicos e políticos e nos debruçamos todos um pouco a divagar sobre como a praxe torna a vida do estudante miserável e chega a ser um atentado à integridade física e psicológica de um jovem. Por momentos, todos temos a nossa “intuição” policial, que nos diz quem é o culpado, sem nunca termos estado presentes no local, e sugando tudo o que uma caixa com cores e um jornal nos diz. Até surgir um novo escândalo que ocupe as pessoas durante mais umas semanas… e assim se vive em Portugal.

Perguntem aos alunos da escola superior agrária do instituto politécnico de Viana do Castelo cuja praxe os “obrigou” e “forçou”

a ajudar e contribuir de forma “(in)voluntária” para melhorar as condições dos utentes (ou vítimas, como preferirem) do centro comunitário de Refoios. Ou às 5 instituições em Bragança que foram “vítimas” dessa praxe (solidária) que reuniu os caloiros do IPB e recolheu alimentos e angariou vestuário para os idosos e carenciados.

Para tudo existe um copo meio cheio e um copo meio vazio.

Eu penso que a praxe é importantíssima, para não dizer vital, na integração dos alunos provenientes de diferentes zonas do país, que caem de “paraquedas” num mundo novo, diferente de tudo o que até hoje vivenciaram. O que é profundamente condenável são os excessos - que existem- cometidos nessa mesma integração. Não compactuo com qualquer género de violência numa integração, e isso sim deve ser punido internamente, repito, internamente, dentro de cada Instituição. Não há lugar na praxe para a criação de tiranos hierárquicos de quem os reitores receiam, ou de “jovens” que demoram 40 anos a tirar um curso. O estado não pode, nem deve, avançar com leis para tudo o que é escândalo neste país. Até porque a praxe não iria acabar só porque o estado a proíbe. O efeito de integração iria existir sempre. Talvez não tão aberto e pomposo como estamos habituados, mas de uma forma criminosa e prejudicial.

DVRA PRAXIS, SED PRAXIS Texto: Filipe Moreira

NA OPINIÃO DE...

PRAXES Nos últimos tempos tem vindo a ser levantada pelos media portugueses uma questão que há muito se encontrava “adormecida” e que diz respeito ao objetivo da praxe dentro das universidades do nosso país e quais as consequências que esta acarreta para os estudantes que nela participam. Também ao longo destes últimos dois meses tenho vindo a constatar a campanha publicitária, para denegrir esta tradição tão enraizada no nosso país e tão única no mundo, que tem vindo a ser levada a cabo por parte de alguns jornais e canais televisivos, generalistas e não só, devido a um acontecimento trágico, na praia do Meco em dezembro de 2013, que levou à morte de cinco estudantes que se haviam juntado para passar um fim-de-semana e que foram (segundo o que se diz) colhidos por uma onda na praia durante a noite.

Pois bem, muito se tem especulado acerca deste facto e da possibilidade de estes estudantes estarem a ser praxados pelo Dux (figura mais alta na hierarquia da praxe e único sobrevivente da tragédia) no momento em que a tal onda os colheu.

Sobre isto eu não posso deixar de referir que podendo ou não estar a ser praxados nessa mesma altura o facto de se terem aproximado de um mar tão agitado ao ponto de serem colhidos por uma onda, pondo assim em risco as suas próprias vidas, foi a meu ver um ato inconsciente e irresponsável da parte dos seis estudantes que estavam presentes naquela noite na praia e não apenas do Dux. A praxe com todas as pressões a que os

estudantes possam ser submetidos para nela participar, o que não nego que aconteça, não deixa de ser um ato voluntário e não é por ter um traje académico vestido que a pessoa perde a consciência das suas próprias ações. Se eu visse que o facto de me aproximar do mar naquela situação, pudesse pôr em risco a minha vida, podiam estar 50 Dux’s atrás de mim a darme ordens para tal que eu jamais o faria.

Para além disso, aquilo que se passou no Meco poderia ter acontecido na mesma, caso estes estudantes não estivessem trajados ou em qualquer atividade de praxe e tivessem simplesmente a conversar ou a beber uns “copos” à beira da água.

Bem, mas passando à frente, a praxe a meu ver é uma ferramenta fundamental para os novos alunos das universidades do nosso país pois contribuí de forma efetiva para acelerar o processo de integração destes numa realidade completamente diferente, com novos colegas, novos professores, novos métodos de ensino e por vezes novas cidades e locais para viver. Era impensável um estudante vir de Trás-os-Montes para Lisboa estudar e no prazo de uma semana conhecer mais de 70% dos seus novos colegas pelo nome, caso não existisse a praxe. É claro que tudo o que tem um lado positivo, bastante forte a meu ver, também tem sempre um lado negativo, e embora a praxe que eu conheço e com a qual me identifico não seja de alguma forma ofensiva, humilhante ou ponha a integridade física dos novos alunos em causa, tenho conhecimento que existem facul-

dades onde esta realidade é um pouco diferente, no entanto, começa a emergir, no meu entendimento, uma consciência coletiva das boas práticas de praxe e tem vindo a ser feito um esforço por parte de alguns grupos estudantes e associações académicas pelo país fora para que estas situações que em nada beneficiam a praxe tenham tendência a diminuir com o passar dos anos.

A praxe não é só um trajado a ordenar a um caloiro que rebole no chão, ou que faça flexões ou que encha o corpo com fezes de animais. A praxe vai muito para além disso, é muito mais que isso. São as tunas, os fados, as cerimónias, o queimar das fitas, o grito académico, as bênçãos de finalistas… Ali criam-se relações e laços afetivos, partilham-se alegrias e dissabores, partilham-se experiências dos mais velhos para os mais novos, conhecem-se boas pessoas, e outras menos boas, e, por vezes, fazem-se amizades para uma vida.

Na minha opinião a praxe é uma tradição que não deve ser proibida, até porque não iria deixar de acontecer, mas sim deve ser melhorada e aperfeiçoada com os anos. Como tudo o resto que existe no mundo, nada é perfeito e a praxe não é exceção, mas eu acredito que se todos contribuírem da melhor forma para manter e melhorar esta tradição daqui a uns anos todos se orgulharão de dizer: Eu praxei e fui praxado enquanto fui estudante.

DVRA PRAXIS, SED PRAXIS Texto: Pedro Cardoso

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