Revista 3º Ano Ensino Médio - EE 8 de Maio

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Thiago

IDENTIDADE A noção de identidade, no âmbito psicológico, é um processo continuo de elaboração de um conceito estável de si mesmo como individuo e adoção de um sistema de valores que promove um senso de direção. É um processo no qual se forma a auto-imagem, a integração das idéias sobre si e sobre o que os outros pensam de você. Um dos componentes que promove a elaboração da identidade do individuo é o processo de identificação com o outro ou com modelos de referencia. Seu desenvolvimento envolveria busca por auto-afirmação, papéis e inserções nas estruturas sociais, formando-se princípios e valores orientadores de conduta, resultando, em geral, numa afirmação pessoal e social, de que se é alguém, e de que se ocupa um lugar no mundo. A noção de identidade implica também, na construção de um senso de direção, de uma estrutura psicológica e emocional que possa promover certa noção de equilíbrio de atitudes, valores e princípios norteadores para que o indivíduo consiga assumir a vida adulta e social, que lhe é pedida pelo desenvolvimento físico, psicológico Para Ciampa a principal motivação do consumidor é a busca de uma identidade própria, pois consumindo é que adquire uma identidade, a sua forma de interagir com o mundo está ligada a sua auto-identidade, como ele se vê e como os outros o vêem, realizando uma troca de identidades. A busca pela satisfação, não deixa espaço para a reflexão, o que leva a uma desconstrução, fragmentação do sujeito e uma perda de referências. A lógica capitalista busca igualar a todos. A mesma lógica se perpetua para o resto, se você é pobre é porque não trabalha o suficiente. Com isso a industria cultural promove segundo Adorno e Horkheimer a “homogeneização das consciências”. Isso faz com que os sujeitos passem a se esforçar e trabalhar mais, atendendo assim, a necessidade do sistema, e o sistema se utiliza do homem para circular mercadoria. Não existe nenhuma tecnologia criada para o beneficio do homem, ela existe para atender as necessidades do sistema. E é este pretenso caráter de neutralidade, que permite a ideologia.

“Os meios de transporte e comunicação em massa, as mercadorias, casa, alimento, roupa, a produção irresistível da indústria de diversão e informação, trazem consigo atitudes e hábitos prescritos, certas reações intelectuais e emocionais, que prendem os consumidores aos produtos. Os produtos doutrinam, manipulam, promovem uma falsa consciência. Estando tais produtos à disposição de maior número de indivíduos e classes sociais, a doutrinação deixa de ser publicidade para tornar-se um estilo de vida “

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O fetiche é criado pela própria mercadoria com seu poder de sedução, na qual ela trará prazer e satisfação, que gera uma necessidade no indivíduo mesmo que esta não exista. Mas isso não se dá de forma inconsciente, pois o indivíduo quer fazer parte da massa, ele precisa ter e consumir aquilo que os outros têm e consomem para tentar se igualar ao outro, e esse comportamento é captado pelo marketing para manipular o desejo do indivíduo. A indústria cultural obtém assim, uma homogeneização dos comportamentos, e a massificação do sujeito. Poder comprar é o que classifica o sujeito a um determinado grupo social, gerando um desejo enorme de se ter para poder ter uma identidade parecida com o outro, o qual é motivo de inveja. Se antes valorizava o SER, hoje valoriza o TER (BAUDRELLARD, 1995). Para Marcuse, a dominação funciona como administração total das necessidades e prazeres, escravizando o homem no trabalho e no lazer, preenchendo o tempo livre dos indivíduos com programações dirigidas, fabricando uma humanidade apta a consumir objetos inúteis, cuja obsolescência fora desejada. As pessoas querem CONSUMIR estilos de vida, em busca da satisfação desejada frente à frustrante realidade. Estilo de vida pode ser definido como mais ou menos uma série de práticas, da qual os indivíduos abraçam, não apenas por satisfazerem necessidades úteis, mas porque elas dão forma material para uma narrativa particular de auto-identidade. São práticas rotineiras, as rotinas incorporadas aos hábitos de vestir, comer e modos de agir. A gama de informações e pressões a que estão submetidos às pessoas inseridas na faixa dos que são capazes de consumir, é enorme. Isso causa não só uma angústia, por maquiar um perfil a ser aceito socialmente, mas denuncia o vazio ao qual estão submetidos, haja vista o processo de anulação dos quais muitos se revestem em prol de uma aceitação social. A sociedade contemporânea, diluída e efêmera, constrói padrões de aceitabilidade social que conflitam com o perfil almejado por muitos indivíduos. Comentando sobre a cultura do consumo, as pessoas gastam um dinheiro que não possuem, para comprar coisas que não necessitam, para impres-

Informação, formação e deformação Talvez valha a pena, nestes tempos de tanta barbárie, pararmos para refletir um pouco sobre o que poderia estar acontecendo. Entra semana e sai semana e as coisas só vão piorando. São alunos que dece-

-decepam dedo de professoras, que explodem o banheiro da escola, põem fogo no carro da mestra; jovens que espancam mulheres, prostitutas ou não, que ateiam fogo em pessoas nas ruas, índio ou não, que

estupram e matam a própria irmã, que sacrificam uma criança de apenas cinco anos, destroçando-a pelas ruas, enfim, que fazem coisas para as quais apenas a falta de oportunidade tem funcionado

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Parece que os preceitos de humanismo, respeito ao próximo, solidariedade, fraternidade, humildade estão sendo jogados na lata de lixo. Nestes momentos, não dá para fazer de conta que não temos nada a ver com isso, porque acabamos estando em um dos lados: dos que são roubados, espancados, queimados vivos, desrespeitados, feitos de trouxas, ou então, do lado de quem faz isso tudo, chamados a responder como pais, porque é isso o mais grave, a delinqüência é cada vez mais infanto-juvenil. Esses pais, dos pequenos vândalos, devem uma explicação à sociedade

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e, antes de tudo, a si mesmos: o que estaremos fazendo com nossos filhos? Será que jovens podem se comportar como verdadeiros animais selvagens? Será que os homens estão se endurecendo? Será falha da educação ou da forma de se educar? Já não se trata mais de episódios isolados, mas, de uma tendência, ou seja, acontecimentos que servem de combustível para alimentar seu próprio fogo. Como tal, certamente não é simples de se explicar, pois que junta uma série de fatores; muito menos será simples de reverter, porque

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nos coloca numa posição de incredulidade e impotência. É a sensação que sofremos quando, por exemplo, somos atropelados. Ninguém deseja ou trabalha pra que isso aconteça, nem mesmo acredita que possa acontecer consigo, mas, acontece mesmo assim. E daí, dá pra fazer alguma coisa em prol de não sermos atropelados? Numa primeira análise parece que dá para prevenir; garantir, é claro, jamais. Penso que uma abordagem da prevenção pela via da forma pode ajudar. Forma, formato, o jeito de ser de alguma coisa, determinado pela fôrma a que foi submetida.


Da mesma origem, vem a palavra informa, e dela informação. Pode ser um começo. Paradoxalmente, estamos na época da informação, e de pais que se esmeram por dar a melhor delas para seus filhos. Crianças muitas das vezes estão sendo transformadas em carregadores de mochila: da escola para o inglês, daí pra natação, dela pro kumon, pro judô e, lá se foi mais um dia. Talvez seja por isso que dá até gosto observar como eles se desfazem das mochilas ao chegar em casa: arremessando-as ao chão, livrando-se do fardo que podem representar sem que ninguém se dê conta disso. Informação é importante, mas só se pode in-formar depois de se haver formado. Com os tempos modernos, com a facilidade e necessidade de adquirir bens materiais para garantir status, com o trabalho feminino fora do lar, todas tendências que não há como contestar, a família tem sofrido alguns golpes profundos. E, até prova contrária, não há nada que possa exercer essa função de formar com a competência da família. Poderíamos talvez dizer que os que não as tem estão fadados ao fracasso? Categoricamente, não; mas, de que fica muitíssimo mais difícil, alguém duvida? É da família o papel central na educação de uma criança. Vale lembrar que educar é impor restrições. É ensinar o que pode e o que não pode, é dizer não, em uma infinidade de circunstâncias.

Começamos por delimitar o território de segurança da própria criança: “não enfie o dedo na tomada”; em seguida por ensinar o que é dela: “devolva, isso não é seu“, para finalmente possibilitar a ela a compreensão do que é de direito do outro: “isso é de seu irmão”. Estamos falando de coisas? Sim, também das coisas, mas, através delas, de sentimentos, afetos, respeito, carinho, o famoso “não faça aos outros aquilo que não quer que façam com você”. E a escola pode ajudar a formar? Certamente. Mas o que vemos é cada vez mais o engano de pais que acham que é da escola, cujo papel principal é informar, a competência de substituir a família na função de formar. Por falta de tempo, incompetência dos pais, desmoronamento da instituição familiar, tudo isso junto e mais alguma coisa? Com um pouco de atenção, podemos perceber isso, por exemplo, quando o pai do menino que espancou a pobre mulher no ponto de ônibus, sai em defesa do filho, dizendo que ele não pode ficar preso porque tem que ir à escola. Neste momento ele privilegia a escola na função que deveria ser a dele. Afinal, podemos perguntar: e daí, que

garantia a escola está dando ao filho dele de respeitar o próximo? Nenhuma, porque, insisto, respeito se aprende em casa, e precisa ser exercitado na escola. Mas, estou cansada de ver pais que, basta uma repreensão da professora, para ativarem um arsenal de impropérios contra a escola que estaria desrespeitando o seu filho. Pois é, de quem é a falta de respeito? Essa lente invertida que a sociedade atual está usando, é, a meu ver, um dos fatores mais importantes para a criação de vândalos. Não podemos esquecer de que, quem tem a obrigação de formar, acaba fazendo isso de uma forma ou de outra: quem não forma, deforma. Quero crer, também, que ninguém quer ver seu filho deformado, a menos que ele próprio seja um doente mental, e isso é uma minoria. Então, os tempos são mesmo para reflexões, para pensar como se educa alguém. Pode parecer muito complicado, mas é muito simples: educação, tanto a boa quanto a má, se dá com exemplos. Tudo o que fizer, pare e pense: é isso que espero do meu filho? Se a resposta for não, mude você primeiro, para só depois se tornar digno de ensinar isso a ele.

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O que é padronização? Padronização é a uniformização de produtos, serviços e atividades. Idealmente, ela é conduzida através de padrões que representam a melhor forma de execução de um trabalho, considerando a maneira mais segura, fácil, barata e confiável de um operador garantir a qualidade. A padronização geralmente engloba os padrões técnicos (especificações) do produto, bem como os procedimentos operacionais para produzi-lo. Levam-se em conta também as atividades relacionadas ao controle da qualidade, meio ambiente e segurança. Com isso, a padronização contribui para a estabilização dos processos, harmonizando a mão de obra com os demais elementos. O conjunto máquina, método, mão de obra e material conectam-se formando um sistema de produção poderoso. No Lean, a visão de padronização é um pouco diferente. Na produção enxuta, considera-se o desenvolvimento da padronização como uma base para a melhoria contínua, isto significa que se espera que os resultados futuros superem os padrões. Já na visão tradicional, os padrões são considerados como o objetivo a ser seguido, como se fosse o último nível de desempenho. Na primeira, padroniza-se para melhorar. Na segunda, padroniza-se para que não seja necessário pensar mais naquele procedimento.

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Como realizar a padronização da qualidade?

Para a padronização desses itens, devemos considerar que são baseados nas expectativas dos clientes e estão relacionados com as exigências estéticas e funcionais do produto como:

*Aparência geral e qualidade da superfície; *Tamanho do produto e combinação de cores; *Observação de falhas ou tolerâncias; *Quantidade de defeitos existentes; *Existência de rebarbas. E, como ferramentas para registrarmos essa padronização, lançamos mão de da instrução de trabalho, de um quadro com os padrões, de uma folha de instrução de trabalho (FIT) ou de um procedimento. Com esses materiais, é possível registrar e disseminar entre a equipe todas as características de qualidade que são importantes para o cliente. Tais documento são a garantia de que todos sabem exatamente o que é qualidade para o cliente e, se seguirem as instruções, conseguirão produzir tal qual ele deseja.

Como é feita a padronização segurança e meio ambiente? Esse tipo de padronização é criado para obedecer às leis Estaduais e Federais referentes aos temas. Se você tem uma empresa de moagem de quartzo, por exemplo, terá de ter padrões para manusear o material, para proteção individual dos colaboradores, para descarte os resíduos, para uso da água e assim por diante. A Cetesb, por exemplo, possui vários regulamentos que devem ser observados, sob pena de interdição da operação. Geralmente, essa padronização é elaborada pelos departamentos de Engenharia e não podem ser modificados por outros departamentos sem o consentimento de quem elaborou. Além disso, devem ser desenvolvidos métodos para se atingir a segurança do operador e do meio ambiente,

como exemplo deve-se eliminar: -Riscos de acidente com pisos escorregadios e ferramentas inadequadas; -Vazamentos de óleo e produtos químicos no solo; -Atmosfera poluída, etc. E como está a padronização na sua empresa? Quais são seus padrões de qualidade, segurança e meio ambiente? Os operadores conhecem os padrões? Foram treinados? Essa padronização é visível ou atualizada?

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O que é procedimento operacional padrão?

É um documento cujo objetivo é fornecer as informações operacionais para definir as regras da operação. Eles são utilizados em: regras e parâmetros do Kanban; rotas de fluxo de peças na fábrica; exigências de 5S e TPM definidas; quadro de acompanhamento da produção e em muitas outras aplicações. Por isso, são conhecidas como uma das mais importantes ferramentas de padronização.

O que são especificações padrão ou padrões técnicos? São padrões que fornecem as informações técnicas e de processos sobre a operação correta dos equipamentos para a produção. As especificações geralmente são fornecidas pela Engenharia Industrial, Métodos e processos ou Processos e Projetos. Tais especificações não podem ser alteradas pela produção, pois podem impactar diretamente a qualidade ou custo dos produtos. Exemplos de especificações padrão: -Folha de Instrução de Trabalho (FIT); -Dimensões e tolerâncias dos produtos; -Método de processamento (método de solda, acabamento, etc); -Parâmetros da operação do equipamento (tempo,

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E os seus padrões técnicos, como estão?

1. Como está atualmente o posto de trabalho? 2. Coletar os dados e informações necessárias; 3. Quais são as Especificações Padrão existentes? 4. Os operadores conhecem as Especificações Padrões? Foram treinados? 5. As Especificações estão visíveis e atualizadas? 6. Quem é o responsável e qual a frequência de atualização? 7. Faça uma análise do Estado Atual e informe quais as oportunidades identificadas.


O que é a padronização do trabalho ou trabalho padrão? Trabalho Padrão é a base das operações para a produção de produtos corretos, do modo mais seguro, fácil e eficaz a partir das tecnologias e dos processos existentes. São procedimentos exatos para o trabalho de cada operador e está baseado em três elementos: -Tempo Takt – ritmo de produção: define e direciona o trabalho e os movimentos do operador; -Sequência de trabalho: fornece uma ordem de atividades aos operadores dentro do Tempo Takt; -Estoque padrão (estoque em processo): é a quantidade mínima de peças necessárias para o sistema funcionar sem interrupções. Como pré-requisitos para o trabalho padrão, as tarefas devem ser repetitivas, pois se a mesma tiver a opção de “se….então” não será possível padronizar. Já as máquinas e equipamentos da linha de montagem ou das células de produção devem ser confiáveis. Não é possível padronizar se o trabalho é constantemente interrompido. Os problemas de qualidade devem ser mínimos pois, se constantemente o funcionário muda a sequência

para “consertar” defeitos não será possível padronizar. Na maioria das empresas, a pessoas confundem o conceito de padronização do trabalho. Enviar os estagiários ou analistas para mapear as atividades executadas pelo colaborador e, depois, medir o tempo para executar cada uma, não é padronização do trabalho. Mapear as atividades e tomar os tempos são passos importantes, mas se não estiverem ligados a real padronização, não funciona. Mas meu trabalho tem exceções Virgilio. Não é possível eu padronizar tudo que pode acontecer na minha área de atendimento, por exemplo. Diante dessa constatação, eu pergunto: será? Ou você é adepto do velho “aqui não funciona assim”?

É muito mais fácil adotar essa política, mas ela costuma não funcionar. Vá a fundo na padronização. Uma vez, fizemos um projeto de SMED que foi interessante. Eu deveria ter uns 23 anos e era o meu primeiro projeto Lean. Quando comecei a padronizar o setup, logo me falaram que a máquina não pegava ajuste. Como assim “pegar” ajuste? Depois de muita conversa, me explicaram que a máquina (uma encartuchadeira de perfume) perdia o ajuste depois de 1 hora de funcionamento. Entendido o problema, fiz a pergunta ingênua: por que não arrumar a máquina? Mil respostas vazias e rasas foram comentadas. Não dá.

Com Trabalho Padronizado

Sem Trabalho Padronizado

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Quem utiliza o trabalho padrão?

O Trabalho Padrão deve ser utilizado principalmente pelo líder de produção como uma ferramenta de análise da operação. É oTrabalho Padrão que deve estabelecer as bases para a melhoria contínua e tem como benefícios: -Documentação dos processos; -Redução das variações; -Treinamento de novos funcionários.

Como criar o trabalho padrão?

Existem três documentos principais utilizados na criação e desenvolvimento do Trabalho Padrão, são eles: 1. Quadro de Capacidade do processo: é utilizado para calcular a capacidade das máquinas e equipamentos no processo produtivo e também identificar quais são os processos gargalos existentes no sistema. Para os cálculos são utilizados o tempo manual e automático da máquina, o tempo de troca de ferramentas e a quantidade de peças por troca; 2. Diagrama de Trabalho Padrão: é utilizado para mostrar as etapas do processo e os tempos, os movimentos do operador, a localização dos materiais em relação à máquina e ao layout geral do processo e os pontos importantes de qualidade e segurança; 3. Tabela de combinação de Trabalho Padrão: é utilizado para mostrar a combinação do tempo de trabalho manual, tempo de caminhada e o tempo de processamento da máquina para cada operador numa sequência de operação. A Tabela mostra a interação entre o trabalho do homem e da máquina e permite uma rápida análise caso haja variação no tempo de tempo Takt. As folhas de Trabalho padrão devem estar voltadas para fora da célula para serem verificadas pelos líderes e não pelos operadores.

Como garantir a padronização do trabalho?

Liderança: A primeira tarefa do supervisor é garantir que a sua equipe conheça e aplique os Padrões de Trabalho estabelecidos. Auditorias: São necessárias para criar o hábito de manutenção das melhorias. É a chave para manter a estabilidade do processo. 12 |

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RAZÃO INSTRUMENTAL Razão instrumental é um termo usado provavelmente por Max Horkheimer no contexto de sua teoria crítica, para designar o estado em que os processos racionais são plenamente operacionalizados (Escola de Frankfurt). À razão instrumental, Horkheimer opõe a razão crítica. A razão instrumental nasce quando o sujeito do conhecimento toma a decisão de que conhecer é dominar e controlar a Natureza e os seres humanos. A razão ocidental, caracterizada pela sua elaboração dos meios para obtenção dos fins, se hipertrofia em sua função de tratamentos dos meios, e não na reflexão objetiva dos fins. Na medida em que razão se torna instrumental, a ciência vai deixando de ser uma forma de acesso aos conhecimentos verdadeiros para tornar-se um instrumento de dominação, poder e exploração, sendo sustentada pela ideologia cientificista, que, através da escola e dos meios de comunicação de massa, engendra uma mitologia - a Religião da Ciência - contrária ao espírito iluminista e à emancipação da Humanidade. Tendo cedido em sua autonomia, a razão tornouse um instrumento. No aspecto formalista da razão subjetiva, sublinhada pelo positivismo,

enfatiza-se a sua não-referência a um conteúdo objetivo; em seu aspecto instrumental, sublinhado pelo pragmatismo, enfatiza-se a sua submissão a conteúdos heterônomos. A razão tornou-se algo inteiramente aproveitado no processo social. Seu valor operacional, seu papel de domínio dos homens e da natureza tornou-se o único critério para avaliá-la.”’ (Max Horkheimer, Eclipse da Razão, Ed. Centauro, p. 29). Embora a expressão razão instrumental tenha sido cunhada por Horkheimer, muitos autores clássicos se preocuparam, antes dele, em desvendar as novas bases das sociedades modernas, sobretudo o seu caráter eminentemente mercantil.

Entre eles, destaca-se Max Weber, o primeiro a relacionar o surgimento da modernidade ao predomínio, em todas as esferas da sociedade, da ação racional com relação a fins - isto é, aquela que ocorre quando o indivíduo orienta sua ação pelos fins, meios e consequências secundárias, ponderando racionalmente tanto os meios em relação às consequências secundárias, como os diferentes fins possíveis entre si(Economia e sociedade). Esta seria, portanto, a marca do desencantamento do mundo característico do Aufklärung e dos tempos modernos.

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Ainda segundo Weber, embora esse padrão de ação resulte em maior poder e domínio sobre a Natureza, também escraviza o Homem, reprimindo a sensibilidade, a afetividade, a emotividade e as demais formas sensíveis de conduta humana, gerando especialistas sem espírito e sensualistas sem coração, nulidades que imaginam ter atingido um nível de civilização nunca antes alcançado (A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo). Mais recentemente, também Habermas, ao abordar a Modernidade, criticou a ação racional com relação a fins ou razão instrumental. Todavia, ao contrário de Weber, que era pessimista quanto ao futuro da Humanidade, Habermas mantém sua crença no projeto moderno e no crescente desenvolvimento da razão como base para a emancipação humana.

O QUE É ALIENação? Na Filosofia quer dizer estado daquele que não é senhor de si, que é tratado como uma coisa e se torna escravo das atividades e instituições humanas, de ordem econômica, social ou ideológica.

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O LAZER ALIENADO O lazer alienado age de tal forma que reformula o pensamento de grandes parcelas da população, principalmente nas camadas mais baixas da sociedade. Assistir novelas, filmes, séries de televisão; ir a shopping centres como se não houvesse nada mais interessante a fazer; ir a restaurantes, lanchonetes e outros locais públicos, que estão populares no momento, são exemplos do chamado lazer alienado. A alienação ocorre de forma implícita. Muitos nem percebem que estão sob efeito desse fenômeno e por isso nem se incomodam. Mesmo porque, acham que estão entretidos. Acham que estão fazendo bem a eles próprios, sendo que estão, nada mais, nada menos, que alimentando a cultura capitalista do dinheiro. A falta do verdadeiro lazer, como: parques, campos, jardins, espaços culturais e eventos favorecem a alienação.

NOVELAS: ENTRETENIMENTO OU ALIENAÇÃO? Entretenimento, porque reflete uma característica de grande parte da massa, que não quer saber de cultura, mas de diversão. A grande maioria não gosta de ler livros, mas não dispensa um filme ou uma música.

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lienação, porque a TV não só manipula como também só mostra atores e atrizes bonitas. Muitas crianças e adolescentes querem ser que nem eles, então ficam se preocupando de forma descontrolada com sua beleza física, pois pensam que assim serão aceitos.

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A novela é uma incrível ferramenta de manipulação de mentes, na qual pessoas preenchem suas vidas vazias, sofrendo com frustrações, agonias e problemas de personagens que moram em mansões, viajam com luxo pela Europa e andam em carros conversíveis. Portanto a telenovela é um meio de lazer alienado.

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“Ao lidar com pessoas, lembre-se de que você não está lidando com seres lógicos, e sim com seres emocionais.”


O que é Relacionamento Interpessoal? Relacionamento interpessoal é um conceito do âmbito da sociologia e psicologia que significa uma relação entre duas ou mais pessoas. Este tipo de relacionamento é marcado pelo contexto onde ele está inserido, podendo ser um contexto familiar, escolar, de trabalho ou de comunidade. O relacionamento interpessoal implica uma relação social, ou seja, um conjunto de normas comportamentais que orientam as interações entre membros de uma sociedade. O conceito de relação social, da área da sociologia, foi estudado e desenvolvido por Max Weber. O conteúdo de um relacionamento interpessoal pode ser de vários níveis e envolver diferentes sentimentos como o amor, compaixão, amizade, etc. Um relacionamento deste tipo também pode ser marcado por características e situações como competência, transações comerciais, inimizade, etc. Um relacionamento pode ser determinado e alterado de acordo com um conflito interpessoal, que surge de uma divergência entre dois ou mais indivíduos.

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relacionamento interpessoal no trabalho

No contexto das organizações, o relacionamento interpessoal é de extrema importância. Um relacionamento interpessoal positivo contribui para um bom ambiente dentro da empresa, o que pode resultar em um aumento da produtividade. No trabalho, esse relacionamento saudável entre duas ou mais pessoas é alcançado quando as pessoas conhecem a si mesmas, quando são capazes de se colocar no lugar dos outros (demonstram empatia), quando expressam as suas opiniões de forma clara e direta sem ofender o outro (assertividade), são cordiais e têm um sentido de ética. A sociologia estadunidense abordou de forma intensiva as questões relacionadas com relações humanas e as suas aplicações no contexto das políticas organizacionais.Estas relações humanas podem ser categorizadas em relações industriais (relativas à indústria), laborais (no ambiente de trabalho) e relações públicas (relacionamento da empresa com intervenientes do exterior). Elton Mayo e Fritz Jules Roethlisberger foram dois dos nomes mais sonantes no estudo das teorias das relações humanas.

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DESVALORIZAÇÃO E VALORIZAÇÃO DAS EXPERIÊNCIAS JUVENIS O jovem atual vem sofrendo, a cada ano, consideraveis transformações morais, físicas e psicológicas. É visto pela sociedade como inconsequente, irresponsável; tais acusações tem fundamento, visto que ele proprio destruiu sua imagem dando inicio a uma degradação moral, talvez, irreversível. Ao contrário das expectativas, nao esta preocupado com o futuro profissional; simplesmente abstém-se. Tais demandos terão consequencias futuras, para uns, pois outros já sofrem suas irresponsabilidades, devido a emansipação sexual

juvenil incoerente, em que proliferam as DST e a gravides precoce. Cogita-se, também, o uso de drogas, um dos fatores que mais comprometem essa geração inconsequente que diz visar à liberdade. Entretanto há uma minoria que se opõe a essas posições, lutando pelo que deseja, monstrando que possui garra de força de vontade. Estuda, previne-se consciente da importância do amor pela vida sem deixar de ser, porém jovem. O jovem brasileiro é desinteressado dos problemas sociais do país e do

mundo; pode e deve contribuir mais para a sociedade onde vive, pois hoje em dia, individualiza tudo e convém, mas, o que muitas vezes ele nao assimila, é que os problemas sociais são fatores que toda a sociedade são responsáveis, mas não tao somente em fazê-los ou criá-los mas também resolvê-los ou minimizá-los, pois se quisermos que nosso país torne-se um país “desenvolvido”, devemos cooperar para que isso aconteça.

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3º ANO - ENSINO MÉDIO - MATUTINO - 2017 Alunos: Vinícius, Diórgenes, Bryan, William, Jonilson, Gislaine, Ana Veber, Harmedean, José Lucas, José Victor, Ana paula, Thais, Talita, Fabrícia, Tabhata, Gabriel Valiati, Thiago, Tony, Eduarda, Cleisiane, Adrielli, Renato.

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