Menestrel Eu cantarei o amor cheio da graça Que o desejo de amar tanto me inspira; Eu cantarei o amor que me perpassa O coração que só de amor suspira; Eu cantarei o amor que se entrelaça Nos meandros do meu ser que assim delira, E que tímido às vezes se embaraça Nas sonâncias da minha pobre lira; Eu cantarei o amor que se mistura Na mesma taça em que a ilusão derrama Do seu doce sabor toda amargura; E o cantarei por todos os espaços, Qual louco menestrel que amor reclama, Carregando-te amor, pelos meus braços.
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