Revista Escada ed.37

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número 37 | ano 10

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

jan/fev/mar 2019

Publicação Sinepe/PR

Sinepe/PR completa sete décadas a favor da educação EX-PRESIDENTES RELEMBRAM CONQUISTAS HISTÓRICAS DA CATEGORIA E REFORÇAM A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO CONJUNTA EM TEMPOS DE CRISE

BNCC 2019 será crucial para que as escolas preparem as mudanças no projeto político-pedagógico e proposta curricular


ENCONTRO COM ENCONTRO COM ENCONTRO COM JOSÉ SALIBI NETO JOSÉ SALIBI NETO JOSÉ SALIBI NETO


Em comemoração aos seus 70 anos de fundação, o Sinepe/PR - Sindicato Particulares, Em comemoração aosdas seusEscolas 70 anos de fundação, realizar um café da manhã com gestores ovai Sinepe/PR - Sindicato das Escolas Particulares, Em comemoração aos seus 70 anos de fundação, educacionais, empresários e lideranças vai realizar um café da manhã com gestores o Sinepe/PR - empresários Sindicato Escolas Particulares, empresariais para conversar com das José Salibi Neto, educacionais, e lideranças vai realizar umbrasileiros café com da manhã com gestores umempresariais dos maiores executivos e coautor do para conversar José Salibi Neto, educacionais, empresários e lideranças sellerexecutivos “Gestão dobrasileiros Amanhã”.e coautor do um dosbest maiores empresariais para conversar com José Salibi Neto, Um encontro deseller grande importância para todos best “Gestão do Amanhã”. um dos maiores executivos brasileiros coautor do que Um pensam e procuram refletir sobre o futuro encontro de grande importância para edas todos best seller “Gestão do Amanhã”. empresas, as diferentes formas de liderança e seusdas que pensam e procuram refletir sobre o futuro Um encontro de grande importância processos Oportunidade única napara empresas,sucessórios. as diferentes formas de liderança e seustodos que para pensam e procuram refletir sobre o futuro das perspectiva a continuidade da organização processos sucessórios. Oportunidade única na empresas, asadiferentes formas de liderança e seus em mercados altamente competitivos e inovadores. perspectiva para continuidade da organização processos sucessórios. Oportunidade única na em mercados altamente competitivos e inovadores. perspectiva para a continuidade da organização mercados altamente competitivos e inovadores. 02emDE ABRIL • TERÇA-FEIRA

DAS 8H ÀS• TERÇA-FEIRA 10H30 02 DE ABRIL DAS 8H ÀS 10H30 02 DE ABRIL • TERÇA-FEIRA TORRES EVENTOS DAS 8H ÀS2.377 10H30 TORRES EVENTOS AVENIDA PRESIDENTE KENNEDY, • CURITIBA

AVENIDA PRESIDENTE KENNEDY, 2.377 • CURITIBA

TORRES EVENTOS Reserve já o seu ingresso e da sua equipe e garanta sua vaga. AVENIDA PRESIDENTE 2.377 •sua CURITIBA Reserve já o seu ingresso e da suaKENNEDY, equipe e garanta vaga. (41) 3078-6933 • gisele@sinepepr.org.br Reserve owww.sinepepr.org.br seu ingresso e da sua equipe e garanta sua vaga. (41) já 3078-6933 • gisele@sinepepr.org.br www.sinepepr.org.br (41) 3078-6933 • gisele@sinepepr.org.br www.sinepepr.org.br Patrocínio: Patrocínio: Patrocínio:


e.di.to.ri.al adj m+f

ex.pe.di.en.te adj m+f

SINEPE/PR Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná www.sinepepr.org.br / wwww.facebook.com/sinepepr

Em 1947, um grupo de diretores de instituições de ensino particular em busca de representatividade fundou a primeira Associação de Classe dos estabelecimentos privados do Paraná. O objetivo maior era a obtenção da legalidade de um órgão oficial para representar o setor e ser reconhecido como tal pela sociedade. Em 20 de abril de 1949, nasceu a Associação dos Estabelecimentos Particulares de Ensino no Estado do Paraná. O registro oficial da entidade aconteceu em dezembro daquele ano, comunicada aos demais pelo então presidente, Irmão Policarpo Ziliotto. Estava assim constituída legalmente a Associação dos Estabelecimentos Particulares de Ensino no Estado do Paraná.

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De lá para cá, são 70 anos de trabalho, lutas e conquistas em prol da educação particular do Paraná. Desde 1950, a entidade atende pelo nome de Sindicato com a nobre missão de estabelecer a união da categoria, estimular o associativismo, padronizar as políticas administrativas e prestar a devida assessoria aos seus associados em busca do bem comum. Atualmente, o Sinepe/PR representa cerca de 2 mil instituições de ensino, sendo que destas 452 são associadas. Além da sede principal em Curitiba, foram criadas seis diretorias regionais para aumentar a capilaridade das nossas ações e prestação de serviços, nas cidades de Ponta Grossa, Guarapuava, Pato Branco, Cascavel, Foz do Iguaçu e Paranaguá. Aos 70 anos, o Sinepe/PR chega a maturidade enfrentando mudanças econômicas e legislativas, sempre em busca de adaptações para continuar o trabalho em prol dos associados. Nesta edição da revista Escada, aproveitamos esta emblemática data e convidamos você a conhecer um pouco melhor a trajetória desenvolvida pelo nosso Sindicato ao longo desses anos e alguns dos desafios que temos pela frente.

CONSELHO DIRETOR BIÊNIO 2018 / 2020 DIRETORIA EXECUTIVA Presidente

Esther Cristina Pereira

1º Vice-Presidente

Douglas Oliani

2º Vice-Presidente

Dirley Carlos Correa

Diretor Administrativo

Sérgio Herrero Moraes

Diretor Econômico/Financeiro

Rosa Maria Cianci Vianna de Barros

Diretor de Legislação e Normas

Nilson Izaias Pegorini

Diretor de Planejamento

Ednilson Aparecido Guioti

Diretoria de Ensino Diretor de Ensino Superior

José Antonio Karam

Diretor de Ensino Médio

Durval Antunes Filho

Diretor de Ensino Fundamental

Ir. Maria Zorzi

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Dorojara da Silva Ribas

Diretor de Ensino dos Cursos Livres

Valdecir Cavalheiro

Diretor de Ensino dos Cursos de Idiomas

Magdal Justino Frigotto

Diretor de Ensino das Academias

Vanessa Cabanillas Sanches

Diretor de Marketing

Rogério Mainardes

Diretor de Ensino da Educação Profissional Técnica de Nível Médio Gilberto Paulo Zluhan Diretor dos Cursos Pré-Vestibulares

Renato Ribas Vaz

Diretor da EaD

Wilson de Matos Silva Filho

Diretor de Sistemas de Ensino

Acedriana Vicente

Diretor de Ensino de Pós-Graduação

Cristiane Mello David

CONSELHEIROS 1º Conselheiro

José Elias Castro Gomes

2º Conselheiro

Pedro Roberto Wiens

3º Conselheiro

Haroldo Andriguetto Junior

4º Conselheiro

Roberto A. Pietrobelli Mongruel

5º Conselheiro

Jorge Apóstolos Siarcos

6º Conselheiro

Leonora Maria J. Mongelós

7º Conselheiro

Eloína Helena Farias da Costa Guerios

8º Conselheiro

Gisele Mantovani Pinheiro

9º Conselheiro

Ronaldo Campos Cavalheri

10º Conselheiro

Jaime M. Marinero Vanegas

11º Conselheiro

Volnei Jorge Sandri

12º Conselheiro

José Luis Chong

13º Conselheiro

Osni Mongruel Júnior

14º Conselheiro

Fabrício Pretto Guerra

15º Conselheiro

Gelson Luiz Uecker

16º Conselheiro

Bruno Ramos Neves Branco

17º Conselheiro

Antonio Aparecido Cardoso

CONSELHO FISCAL Efetivos Suplentes Dilceméri Zimermmann Padilha

Carmen Luiza da Silva

Armindo Vilson Angerer

Orlando Serbena

Raquel A. M. M de Camargo

Luiz Antônio Michaliszyn Filho

DELEGADOS REPRESENTANTES - FENEP/CONFENEN Ednilson Aparecido Guioti

José Antonio Karam

CONSELHO DE EX-PRESIDENTES DO SINEPE/PR

Boa leitura Esther Cristina Pereira Presidente Sinepe/PR

Jacir J. Venturi

Emília Guimarães Hardy

José Manoel de Macedo Caron Jr.

Maria Luiza Xavier Cordeiro

Naura Nanci Muniz Santos

Ademar Batista Pereira

Maria Alice de Araújo Lopes


DIRETORIAS REGIONAIS SINEPE/PR - Regional Oeste (Cascavel) Diretor-Presidente

Gelson Luiz Uecker

Diretor de Ensino Superior

Sérgio De Angelis

Diretor de Ensino da Educação Básica

Ir. Antonio Quintiliano

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Ir. Marli de Melo Campanharo

Diretor dos Cursos Livres/Idiomas

Denise Veronesi

SINEPE/PR - Regional Cataratas (Foz do Iguaçu) Diretor-Presidente

José Elias Castro Gomes

Diretor de Ensino Superior

Fábio Hauagge do Prado

Diretor de Ensino da Educação Básica

Antonio Krefta

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Graziela Rodrigues

e Asperti Basim Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas

Nerval Martinez Silva

e Adriana da Silva Gomes

SINEPE/PR - Regional Sudoeste (Pato Branco/Francisco Beltrão) Diretor-Presidente

Fabricio Pretto Guerra

Diretor de Ensino Superior

Ivone Maria Pretto Guerra

Diretor de Ensino da Educação Básica

Velamar Cagnin

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Márcia Fornazari Abasto

Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas

Vanessa Pretto Guerra Stefani

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SINEPE/PR - Regional Campos Gerais (Ponta Grossa) Diretor-Presidente

Osni Mongruel Junior

Diretor de Ensino Superior

Marco Antônio Razouk

Diretor de Ensino da Educação Básica

Irmã Edites Bet

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Maria de Fátima

Pacheco Rodrigues Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas

Paul Chaves Watkins

Revista Escada Publicação periódica de caráter informativo com circulação dirigida e gratuita. Desenvolvida para o Sinepe/PR.

SINEPE/PR - Diretoria da Regional Central (Guarapuava/União da Vitória) Diretor-Presidente Dilcemeri Padilha de Liz Diretor de Ensino Superior

Roberto Sene

Diretor de Ensino da Educação Básica

Cristiane Siqueira de Macedo

Conteúdo e comercialização

IEME Comunicação

Razão Social: IEME - Integração em Marketing, Comunicação e Vendas Ltda CNPJ 05.664.381/0001-27. Rua Comendador Araújo, 534, sala 4, Curitiba (PR).

Juelina Marcondes Simão Diretor de Ensino da Educação Infantil

Ir. Roselha Vandresen

Ir. Sirlene Costa Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas Dir. de Ensino da Educação Profissional Téc. de Nível Médio

Marcos Aurélio Lemos de Mattos Marcos Aurélio Lemos de Mattos

Projeto gráfico e ilustrações

D-Lab - www.dlab.com.br

Jornalista responsável

Marília S. Bobato DRT/PR 6828

Críticas e sugestões marilia@iemecomunicacao.com.br (41) 3253-0553 Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião desta revista.

SINEPE/PR - Regional Litoral (Paranaguá) Diretor-Presidente

Luiz Antonio Michaliszyn Filho

Diretor de Ensino Superior

Ivan de Medeiros Petry Maciel

Diretor de Ensino da Educação Básica (Ensino Fundamental) Selma Alves Ferreira Diretor de Ensino da Educação Básica (Ensino Médio)

Mirian da Silva Ferreira Alves

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Lilian R. M. Borba

Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas

Liliane C. Alberton Silva

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

Conselho editorial Esther Cristina Pereira Fátima Chueire Hollanda Ir. Maria Zorzi José Antonio Karam Márcio M. Mocellin Rosa Maria C. Vianna de Barros Rogério Mainardes Aprovação

Esther Cristina Pereira

Impressão e acabamento Logística e Distribuição

Optagraf – Editora e Gráfica Correios


ín.di.ce sm

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CARREIRA

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HISTÓRIA

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BNCC

Depoimentos de educadores sobre a escolha da profissão

Colégio Marista Cascavel completa 57 anos em prol da educação

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ESPECIAL 70 ANOS

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ATENDIMENTO DE QUALIDADE

2019 será crucial para as instituições prepararem as mudanças no PPP

Ex-presidentes do Sinepe/PR relembram conquistas históricas

Ganhar um novo aluno ou trabalhar na retenção dele depende do bom atendimento

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UNIVERSO DAS ASSOCIADAS

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AÇÕES DA DIRETORIA

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AGENDA

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ARTIGO DE OPINIÃO

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ARTIGO DE OPINIÃO

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NOVOS ASSOCIADOS

ENTREVISTA

Desatando nós, com a mestre em Educação Jane Patrícia Haddad

Novidade das associadas do Sinepe/PR

Confira as ações realizadas pela diretoria do Sinepe/PR

Cursos e palestras para o 1o semestre

Os desafios da gestão educacional, por Douglas Oliani

Alerta aos pais: como identificar uma escola regularizada, por Esther Cristina Pereira

Conheça as novas instituições associadas ao Sinepe/PR



car.rei.ra

subst.

EDUCADOR,

POR QUE VOCÊ ESCOLHEU ESTA CARREIRA E QUAL HISTÓRIA MAIS TE MARCOU ATÉ HOJE?

Há mais de 30 anos um dos meus sonhos se realizou: fui contratada para ser professora no Colégio Nossa Senhora de Belém, o mais conceituado de nossa cidade, onde trabalho até hoje. A emoção que senti nos primeiros dias ainda é a mesma. Apaixonei-me pela profissão ao ter o primeiro contato com os meus alunos - queridos e inesquecíveis. Começava, então, uma experiência muito gratificante, tive a certeza de que seria muito feliz.

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A Educação mudou, mas sempre foi um grande desafio, e a equipe diretiva desta instituição me dá o suporte do qual preciso para vencer as dificuldades. Confia, apoia, orienta e se preocupa com a formação intelectual, social e espiritual de seus profissionais e educandos.

Chega uma criança no 1º ano do Ensino Fundamental com os olhinhos brilhando, querendo descobrir tudo que lhe era apresentado. Passamos um ano juntas e aprendi com esta menina que realmente fazer educação foi a minha melhor escolha. Anos se passaram e esta pequena menina curiosa querendo sempre desbravar o mundo com suas perguntas curiosas cresceu e depois de 11 anos resolveu fazer faculdade de Turismo e eu fui convidada para ser homenageada

Escolhi a carreira docente porque ela me dá a possibilidade de contribuir com a transformação da sociedade. O que mais gosto da profissão é o poder emancipador que a educação possibilita, pois é através da coletividade pedagógica que podemos construir uma sociedade mais justa e igualitária. Comungo da retórica de Celso Antunes, quem atua na educação sabe

A busca pelo conhecimento é constante. ‘Recebestes a missão de anunciar e ensinar? Estuda e aplica-te às coisas que são necessárias para bem cumprir este dever’ (São Carlos Borromeo patrono da Congregação das Irmãs Scalabrinianas). É isso que se procura fazer para os objetivos sejam atingidos. Neste colégio, convivi e convivo com pessoas extraordinárias que buscam, assim como eu, vivenciar os valores educacionais scalabrinianos, os quais norteiam e fortalecem nossa prática pedagógica”. Ana Maria Diniz Professora de Língua Portuguesa e Oficina de Redação ESI – Colégio Nossa Senhora de Belém Guarapuava

no seu último ano de escola, no terceirão, como uma professora que marcou a sua vida. Ao receber aquele convite a emoção tomou conta de meu coração e as lágrimas rolaram em meu rosto. Realmente escolhi a profissão certa, todos os alunos que passaram em minha vida fazem parte da minha história”. Luciana Ormeneze Assistente educacional da Ed. Infantil ao 1° ano do Ensino Fundamental Colégio Marista Santa Maria Curitiba

que abraçou um projeto interminável, chamou para si a responsabilidade de semear sem nem mesmo ter a certeza de que poderá apreciar os frutos que, bem depois, irão brotar”. Dr. Leandro Sieben Diretor Geral Colégio Martinus Curitiba

EDUCADOR, QUER ENVIAR SEU DEPOIMENTO? ESCREVA PARA MARILIA@IEMECOMUNICACAO.COM.BR. DAMOS PRIORIDADE PARA A PUBLICAÇÃO DE DEPOIMENTOS DE ASSOCIADOS.


Você está preparado para o Futuro? Com os cursos de Pós-Graduação na área de Educação da Universidade Positivo, você se torna o profissional que o mercado exige.

Cursos na área de Educação: CURITIBA: • Alfabetização e Letramento: Processos de Aprendizagem e Ensino • Direito Educacional: Teoria e Prática no Cotidiano Escolar • Educação Especial e Inclusiva • Educação Internacional • Educação Matemática: Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental • Formação de Professores para atuar no Ensino Superior, Tecnológico e Técnico • Inovações na Educação: o Hibridismo e as Metodologias Ativas na Prática Docente • Neuropsicologia Educacional • Negócios Escolares • Programa de Especialização Docente no Ensino da Ciências • Programa de Especialização Docente no Ensino da Matemática • Psicopedagogia Institucional e Clínica LONDRINA: • Direito Educacional: Teoria e Prática no Cotidiano Escolar • Gestão das Organizações Educacionais • Psicopedagogia Institucional e Clínica

Pós-Graduação


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COLÉGIO MARISTA CASCAVEL

COMPLETA 57 ANOS

EDUCAÇÃO MARISTA

se pauta em tradição aliada à inovação

O Colégio Marista está em Cascavel desde 1962. No início das atividades contava com 350 alunos matriculados. Atualmente, tem de 1100 alunos atendidos por uma equipe de aproximadamente 200 professores e colaboradores. O Colégio atende toda a vida escolar, desde a Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio. Ao longo destes 57 anos, mantém as tradições e valores que tornam única a educação marista, ao mesmo tempo em que acompanha as principais tendências educacionais, dialogando com os interesses dos jovens.


INÍCIO

A instituição se pauta por sólidos princípios cristãos e por uma pedagogia baseada na Filosofia de Educação, com base nos ensinamentos do Padre São Marcelino Champagnat, fundador dos Irmãos Maristas, na França, em 1817, que tinha como lema: “Para bem educar as crianças e os jovens é preciso antes de tudo amá-los”. A presença dos Irmãos em Cascavel destacou-se pela sua integração na igreja local, nos movimentos religiosos da cidade e da paróquia: catequese, promoção vocacional, canto, etc. No lazer, o esporte e a Banda Marcial foram atividades de destaque.

DIFERENCIAIS

A Rede Marista de Colégios acredita que a tansformação do mundo acontece por meio de crianças e jovens solidários e investigativos. A educação marista se pauta em tradição aliada à inovação para oferecer aos alunos ferramentas que os preparem para um mundo em contante mudança. Por meio de propostas pedagógicas diferenciadas, os alunos desenvolvem conhecimento, pensamento crítico, autonomia e se tornam mais preparados para viver em uma sociedade em constante transformação.

CORPO DOCENTE

A educação marista tem como principal objetivo contribuir para formar alunos protagonistas, com consciência crítica, éticos e solidários. Para isso, investe em formação ampla e continuada para o corpo docente. Tanto professores como alunos são incentivados a trabalhar as disciplinas de maneira integrada nos Projetos de Intervenção Social, por exemplo. São momentos, dentro da vivência acadêmica, que promovem uma leitura da realidade e tomadas de posições dos sujeitos escolares para irem ao encontro das situações apresentadas no entorno/ contexto sócio-histórico em que vivem. A partir disso, eles são convidados a pensarem em soluções viáveis, criativas, promotoras do bem comum.

Enquanto na Educação Infantil as crianças exploram as primeiras relações com o mundo de maneira afetuosa e criativa, no Ensino Fundamental I e II os alunos exploram as diferentes linguagens e culturas para ampliar a bagagem intelectual para criar um posicionamento crítico perante o mundo. No Ensino Médio, a aprendizagem é focada na excelência acadêmica e a preparação para as provas do vestibular e do Enem, bem como na construção de cidadãos conscientes, solidários e protagonistas. Além disso, os alunos podem vivenciar a língua inglesa tanto no período regular como no centro de línguas, o Marista Idiomas, e com vivências internacionais por meio de intercâmbios. O Núcleo de Atividades Complementares (NAC) oferece a prática de modalidades esportivas, artísticas e culturais para promover a integração com os valores maristas, como cooperação, integração e valorização da saúde. Com a ação da Pastoral Marista, os alunos podem exercer a solidariedade e autonomia em projetos que aliam conhecimento, ética e cidadania.

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

NOVIDADES PARA 2019

De olho nas principais tendências educacionais, o Colégio Marista de Cascavel reformou e ampliou a biblioteca, seguindo o projeto desenvolvido pela Rede Marista de Colégios. O espaço, inaugurado no início de fevereiro de 2019, estimula a cooperação da comunidade com o setor pedagógico, convidando alunos, professores, famílias e colaboradores para ocupar o novo local no colégio. A biblioteca conta com 238 m² de área, com capacidade para 85 alunos acomodados nos espaços de leitura, estudo e multimídia. A nova concepção oferece a possibilidade de uso de notebooks, tablets e leitores de livros digitais. O mobiliário foi pensado de maneira a manter as áreas de convivência mais centralizadas e as áreas de estudos ficaram localizadas nas laterais. Com salas customizáveis para diferentes tipos de aula, conteúdos digitais e audiovisuais e espaços de aprendizagem multidisciplinar, a biblioteca deixa de ser um ambiente de silêncio para ser um espaço de colaboração. O diretor Edmilson Rodrigues Martins conta que foi um investimento feito com muito carinho e dedicação do grupo Marista aos alunos do Colégio Marista Cascavel.

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COMO IMPLANTAR

A BNCC NAS ESCOLAS? A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR deve ser

executada pelas escolas de todo o Brasil a partir de 2020; O ano de 2019 será crucial para que as escolas preparem as mudanças no projeto político-pedagógico e proposta curricular


Revista Escada - A implantação da BNCC ainda gera dúvidas nas escolas. Como o Paraná está se organizando sobre esta questão, quais as principais dúvidas e o prazo que as escolas têm para fazer valer estas novidades?

A implantação da Base Nacional Comum Curricular – BNCC, que deve ser executada pelas escolas de todo o Brasil a partir de 2020, ainda gera muitas dúvidas nas escolas. A Base é um documento de caráter normativo que define o conjunto progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo da Educação Básica. O Paraná foi um dois primeiros estados a trabalhar com a implementação da BNCC, que depois de homologada pelo MEC, se tornou obrigatória para todas as instituições, sistemas e redes de ensino. O ano de 2019 será crucial para que as escolas preparem as mudanças no projeto politico-pedagógico e proposta curricular. A fim de conhecer melhor o assunto, a revista Escada conversou com duas especialistas: a assessora pedagógica do Sinepe/PR, Fátima Chueire Hollanda e a mestre em Ciências da Educação, Prof.ª Naura Nanci Muniz Santos. Você confere o tema em detalhes na entrevista a seguir.

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FÁTIMA E NAURA - O Paraná foi um dos primeiros estados a trabalhar com a implementação da BNCC que depois de homologada pelo MEC, em dezembro de 2017, se tornou obrigatória para todas as instituições, sistemas e redes de ensino, após grandes discussões e amplo debate nacional em audiências públicas para colher sugestões. Logo em seguida, o Paraná iniciou a elaboração de um documento orientador dos currículos chamado “Referencial Curricular do Paraná: Princípios, Direitos e Orientações”. Esse documento, em cumprimento ao disposto na legislação educacional, amplia os direitos e objetivos de aprendizagem colocados na BNCC, comtemplando as características e particularidades do Estado do Paraná.

“O trabalho escolar deve ser um conjunto de: conhecimentos + habilidades + atitudes”+ valores.”

Ele é bem mais abrangente, pois a BNCC torna obrigatório um mínimo que todo estudante deve se apropriar ao longo de sua trajetória na Educação Básica em todo o território nacional. Assim como houve mobilização das três redes de ensino do Estado: estadual, municipal e privada na elaboração do documento-referência, também sua implantação está sendo orientada tanto pela SEED, como pelas Secretarias Municipais e pelo Sinepe/ PR que estabeleceram seus respectivos cronogramas para a capacitação dos gestores e docentes que serão os responsáveis pelas mudanças previstas nesta reforma do ensino. A dificuldade reside em como elaborar o Projeto Político Pedagógico e a Proposta Pedagógica Curricular e, consequentemente, os Planos de Aula, partindo das Competências/ Habilidades/Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento e não mais a partir dos conteúdos tradicionais a serem vencidos ao longo do período letivo. Como também o diálogo que deverá ser estabelecido entre os componentes curriculares visando um trabalho contextualizado, interdisciplinar e dialógico entre eles. A princípio, as instituições de ensino têm o ano de 2019 para reelaborarem seus Projetos Pedagógicos e Proposta Curricular as quais deverão ser encaminhadas aos Núcleos Regionais de Educação para aprovação, para serem implantados no ano de 2020, na Educação Infantil e no Ensino Fundamental.

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RE - Quais as principais novidades que a BNCC vai trazer para o ensino infantil e fundamental? Como os professores podem se organizar em sala de aula?

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“Para os professores e equipes pedagógicas será um grande desafio. Exige quebra de paradigmas já há muito enraizados no fazer pedagógico.”

FÁTIMA E NAURA - Justamente uma nova organização do trabalho pedagógico. A partir de dez competências gerais norteadoras de toda a educação
básica, da educação infantil até o ensino médio, foram estabelecidos direitos e aprendizagens essenciais definidas como habilidades/objetivos de aprendizagem obrigatórios para cada ano do Ensino Fundamental e não mais a partir dos conteúdos. Isto é, cada instituição de ensino terá autonomia para definir o seu currículo e sua escolha metodológica, desde que estes ofereçam ao estudante a possibilidade de usar o conhecimento adquirido em situações que requerem aplicá-lo para tomar decisões. O trabalho escolar deve ser um conjunto de: conhecimentos + habilidades + atitudes + valores. Foi alterada a organização da Educação Infantil, que passa a ter definidos como obrigatórios seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento, fundamentados nos princípios éticos, estéticos e políticos anteriormente definidos pelas diretrizes curriculares nacionais e que serão programados de forma sistemática, intencional e integrada em cinco campos de experiências, tudo girando em torno dos eixos estruturantes cuidar e educar, por meio de brincadeiras e múltiplas interações. Enquanto na BNCC estão previstas três etapas/faixas etárias, no Referencial Curricular do Paraná estas foram detalhadas em seis níveis, desde bebês de 6 meses até crianças de 5 anos, com programa específico para cada idade.

Também, a BNCC valoriza a conversa que deve acontecer entre as etapas da educação básica. Até então, havia uma ruptura entre a educação infantil e os anos iniciais do ensino fundamental; entre os anos iniciais do fundamental e os anos finais; e entre os anos finais do fundamental e o ensino médio. Vale a pena ressaltar que a BNCC traz 10 competências gerais que deverão ser trabalhadas desde a educação infantil até o ensino médio. A mesma competência que vai se ampliando ao longo de todo o processo e interagindo com as demais competências de cada área do conhecimento e componentes curriculares. Para os professores e equipes pedagógicas será um grande desafio. Exige quebra de paradigmas já há muito enraizados no fazer pedagógico. RE - O referencial curricular do Estado do Paraná é um documento que acrescenta definições a BNCC? Quais as suas particularidades e importância? FÁTIMA E NAURA - Não podemos dizer que acrescenta definições, mas sim que esclarece algumas definições da Base de forma bastante detalhada e inclui os assuntos regionais que valorizam as características históricas e geográficas do Estado do Paraná, seu repertório cultural e as tradições artísticas locais, visando o desenvolvimento integral dos estudantes.

Fátima Chueire Hollanda

Naura Nanci Muniz Santos


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DESATANDO NÓS A MESTRE EM EDUCAÇÃO JANE HADDAD fala sobre como trabalhar as relações de transferências entre alunos, professores e famílias para gerar mais confiança e conhecimento

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ


Revista Escada – Parece que as relações humanas estão desgastadas, inclusive no ambiente escolar. Por que estamos enfrentando uma certa resistência por parte dos alunos?

Com o início de mais um ano letivo, a revista Escada conversou com a mestre em Educação, a psicopedagoga Jane Patrícia Haddad sobre como administrar o afeto e a confiança nas relações entre alunos, professores e famílias.

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Jane atuou por mais de 22 anos em escolas como professora, coordenadora pedagógica e diretora. Ela entende a relação de transferência como um circuito afetivo criado entre crianças e adultos. De acordo com ela, é através desse circuito ambivalente (amor e ódio) que mora a possibilidade de rever as relações humanas. A especialista traz à tona este tema num momento em que muitas instituições tem enfrentado uma certa resistência por parte dos alunos durante as aulas. Ela convida educadores e gestores a refletir e diz que é hora de estabelecer uma relação afetiva com as novas gerações, e assim gerar mais confiança e conhecimento.

JANE HADDAD - Tenho estudado muito o conceito de transferência à luz da Psicanálise, onde Freud começou a escutar suas pacientes “histéricas” e foi percebendo que a transferência era um instrumento de “cura” analítica. E no caso contrário, de não haver uma transferência entre o analista e seu analisante, poderia ser um grande obstáculo no trabalho de análise. Não seria assim também na educação? Tenho tentado refletir sobre esse conceito junto à educação, e venho ousando em criar algumas ideias para nossa reflexão frente a tantos ocorridos que temos vivido. Em quem confiamos? Gosto muito de buscar alguns pontos em Henri Wallon, que acreditava que a base do processo de constituição do sujeito se encontrava atrelado à construção da afetividade. Isso fica mais fácil de entender, observando os bebês na escola, o vínculo que as crianças em sua primeira infância estabelecem com seus cuidadores. Para Wallon, os afetos possibilitavam o elo de contato inicial entre os sujeitos. Desta forma, gosto de pensar a transferência como um circuito afetivo criado entre criança e adultos, é através desse circuito ambivalente (amor e ódio) que mora a possibilidade de rever as relações humanas.

Observem como as crianças imitam os adultos, ela o imita por uma relação afetiva, que pode ser positiva (relação de confiança) ou negativa (relação de desconfiança). Quer perceber como uma criança está psiquicamente? É só observá-la e escutá-la em suas brincadeiras. Hoje, percebo uma desconfiança das crianças e adolescentes frente a seus pais e professores, é como se eles tivessem dúvidas se podem ou não confiar nos adultos. Vocês aprenderiam algo com alguém que não confiassem? Percebam que quando uma relação afetiva é estabelecida, ela é uma porta de entrada para que os adultos possam transferir algo para as novas gerações, como uma herança simbólica, valores crenças, conhecimentos... Então de uma forma mais simples, penso em desenvolver esse conceito nas relações educativas, relações essas que não andam fáceis. Gosto de partir de um ponto, onde penso em transferência de trabalho: levar o sujeito à investir em algo que lhe dê sentido, que lhe faça criar, que lhe faça trabalhar, que lhe faça ler, escrever... Algo que ele possa colocar um estilo próprio sem um modelo único a ser seguido.

“Vocês aprenderiam algo com alguém que não confiassem?”


RE - Como as relações de transferência podem funcionar de forma positiva entre escola, famílias e alunos?

“…fato é que se não houver confiança da família para a escola, não haverá possibilidade de mudança”.

JH - As relações de transferência poderão funcionar de forma positiva, quando houver aposta dos adultos (famílias e professores) em seus filhos e alunos. Quando pararmos de classificar crianças e adolescentes apenas por um olhar simplista. O momento é de (re)calcular a rota, criar atalhos e considerar que deverá haver uma diversidade de olhares frente ao ato de educar. Vamos pensar no ocorrido sobre os meninos que foram resgatados na caverna na Tailândia no ano passado. Eles foram explorar as cavernas com o seu professor, acabaram ficando presos por dias e sobreviveram. Isso foi um milagre? Com certeza também foi, mas ali entre aqueles meninos e aquele professor havia uma transferência de trabalho positiva de todos os envolvidos. - Os pais deixaram seus filhos irem para aquele aventura com seu professor. Naquele momento os pais transferiram um ato de confiança ao professor. - Os meninos confiavam no professor e por isso naquele momento “limite” permitiram que seu professor transferisse a ele um conhecimento que ele tinha: a meditação.

RE - Como gestores e professores podem trabalhar esse conceito de transferência de forma positiva? JH - Acredito que esse conceito deverá ser refletido por cada instituição à luz de sua proposta pedagógica. Mas fato é que se não houver confiança da família para a escola, não haverá possibilidade de mudança. A família confere prestígio à escola que escolheu para seus filhos (lhe transmite uma posição de autoridade), dessa forma os filhos estarão “autorizados” a confiar em seus professores e gestores. Apesar de todos os avanços tecnológicos, a ferramenta da transferência é a palavra que o adulto endereça a uma criança ou adolescente. A possibilidade de transferir algo ao outro, é primeiramente, um ato de confiança. Aprendizagem tem a ver com o que nos toca, o que nos lança, o que nos move a acordar todos os dias.

Se ali, não houvesse uma relação afetiva e de confiança, não haveria transferência e não haveria hoje, sobreviventes. Eu só transfiro algo ao outro, se houver permissão, se houver confiança e principalmente se houver um circuito afetivo.

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

Vocês já perceberam, o quanto nós adultos acabamos repetindo o que nos foi passado? E, às vezes, tudo o que desejamos é não repetir? Pois é, a transferência positiva, requer ousadia de fazer diferente, requer perceber sem juízo de valor os velhos erros, para que eles não sejam repetidos. Portanto, o meu convite é considerar os sentimentos de admiração, e respeito transferidos dos pais para os professores, dos gestores para os professores e dos professores para seus alunos. Assim, lembremos que cada um de nós traz em sua bagagem, suas marcas psíquicas, suas histórias de vida, seus próprios desejos e traumas e é pela via da transferência que o sujeito poderá oferecer a outro sujeito, formas criativas de pensar, de criar e de se relacionar. Não há certezas prontas para o século XXI, o que há é a coragem de reconhecer qual é a sua causa de vida, o que te faz acordar todos os dias. Será que nós professores e gestores, ainda sabemos qual é a nossa causa?

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es.pe.ci.al adj.

T / Mariana Franco Ramos F / Divulgação

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SINEPE/PR COMPLETA SETE DÉCADAS A FAVOR DA EDUCAÇÃO EX-PRESIDENTES RELEMBRAM CONQUISTAS HISTÓRICAS da categoria e reforçam a importância da atuação conjunta em tempos de crise


O Sinepe/PR (Sindicato das Escolas Particulares) completa em 2019, oficialmente, 70 anos de atuação em defesa da educação privada. Embora a entidade já existisse desde 1947, como associação, foi em 20 de abril de 1949 que ela recebeu seu registro e passou a atuar de maneira formal. De lá para cá, 19 presidentes e inúmeros dirigentes desempenharam juntos a missão de fortalecer as mais de duas mil instituições do setor existentes no Estado, da Educação Infantil ao Ensino Superior, passando pelos cursos livres (como os de idiomas, dança, música). São colégios grandes e pequenos, laicos e religiosos, das mais diversas denominações. Atualmente, o Sinepe conta com sede em Curitiba e está presente em seis regionais localizadas nas cidades de Guarapuava, Ponta Grossa, Cascavel, Pato Branco, Foz do Iguaçu e Paranaguá. “Fazer 70 anos para qualquer instituição hoje - se manter financeiramente, trabalhando, sendo útil para a sociedade - não é fácil. Mas juntos sempre somos mais fortes. E quanto mais perto estivermos das pessoas, mais seremos felizes e traremos resultados”, destaca a atual presidente, Esther Cristina Pereira.

Esther Cristina Pereira, atual presidente do Sinepe/PR

Um dos ex-presidentes mais antigos na ativa - participa do Sindicato desde 1967 -, José Manoel de Macedo Caron Jr. acompanha a mesma linha de raciocínio. “O setor público é muito importante para a educação, mas o privado é o que baliza a liberdade das pessoas. Enquanto existir ensino privado, vai continuar existindo liberdade de pensamento, literalismo... A escola particular é realmente um baluarte da democracia”.

Segundo ela, as escolas particulares algumas vezes são vistas como o “patinho feio” perante a comunidade porque cobram mensalidade. Entretanto, “os resultados alcançados no País, nas diferentes áreas, estão muito ligados a quem se formou nas instituições privadas. A qualidade do ensino é uma preocupação constante nossa”, acrescenta.

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

De acordo com o presidente da Fenep (Federação Nacional das Escolas Particulares), Ademar Batista Pereira, o ramo movimenta por ano, no Brasil, R$ 150 bilhões. “São 2,5 milhões de funcionários, 15 milhões de alunos e 40 mil empresas, sendo duas mil no Paraná [que empregam mais de 40 mil pessoas]. Então, a gente tem um papel relevante, muito importante para o Brasil, apesar dos problemas tributários que enfrentamos”, comenta.

Ata de fundação do Sinepe/PR, 1949

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HISTÓRIA

Para Naura Nanci Muniz Santos, que dirigiu o Sinepe/PR de 1989 a 1992, todas as gestões tiveram em comum a união e a luta a favor das escolas. “Passamos por períodos muito difíceis, nos quais as escolas sempre puderam contar com o Sinepe. No tempo em que eu fui presidente, nosso foco era a mensalidade escolar. Tínhamos um ministro que nos perseguia. Mas a gente foi driblando a crise e acabou superando. E só conseguimos porque estávamos juntos”, opina.

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Naura Nanci Muniz Santos presidiu o Sinepe/PR de 1989 a 1992

O embate que Naura cita se deu durante o governo do ex-presidente José Sarney, quando se instituiu o Plano Funaro. A “tabela da Sunab”, publicada nos jornais e fixada em estabelecimentos como supermercados, mostrava quanto cada produto ou serviço deveria custar. Na área educacional, o corte chegou a 20%. “Foi a época na parte financeira mais difícil. Começou um pouco antes, com o Caron e depois continuou quando eu deixei a presidência”, relata.

Caron lembra que a redução forçada de preços veio acompanhada de um congelamento, que durou ainda mais tempo. “20% era mais que a nossa margem de lucro. Os que tinham produtos fáceis, como uma fábrica de camisas, mudavam o botão e diziam que era outro produto completamente diferente. Mas nós não. Cobrávamos um valor e, de repente, deixamos de poder cobrar”, recorda. “Normalmente as nossas dificuldades mais acirradas são no aspecto financeiro. Queremos ter liberdade de praticar o preço justo e cada vez mais melhorar o serviço, preservando a qualidade. O Sinepe tem acompanhado isso. Não tem um assunto que envolva as escolas que o Sinepe não esteja presente”, prossegue a ex-presidente Naura.

CONQUISTAS E DESAFIOS

Caron lista outras conquistas igualmente importantes. “Acho que a primeira do Sindicato como instituição foi a compra da primeira sede na Getúlio Vargas. Participei do processo, da inauguração. Depois vieram as grandes lutas – inclusive nacionais. Por exemplo, as escolas particulares serem consideradas livres para serem constituídas. Essa foi uma conquista da [Assembleia Nacional] Constituinte, em 1988”.

“Os desafios foram mudando também. Na época da elaboração da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação, sancionada em 1996), a gente teve participação ativa e, à medida que foram surgindo as atualizações na lei, da Educação infantil até o Ensino Superior, o Sinepe acompanhou - de verdade, não pelo jornal. Há uma participação ativa do Sinepe e também da federação”, completa. Ainda conforme Naura Santos, não tem um assunto relacionado com as escolas que passe despercebido. “A gente participou no ano passado do Fórum Estadual de Educação e da organização da Conae (Conferência Nacional de Educação) no Paraná. Tivemos assento na organização. Agora, com a BNCC - Base Nacional Comum Curricular nós também estamos o tempo todo cumprindo o nosso papel. O Sindicato é muito ativo nesse sentido”, afirma.

José Manoel de Macedo Caron Jr. presidiu o Sinepe/PR nas gestões de 1987 a 1989 e no período de 2004 a 2008


IMPORTÂNCIA

Segundo ele, políticos de esquerda queriam que as instituições privadas se tornassem concessão do Estado. “Foi uma briga muito feia, fomos em 40 e poucos diretores do Paraná para Brasília. Conseguimos, com muito trabalho, muita briga e lobby, continuar livres na Constituição. Claro que tem algumas regras nacionais, que a gente se submete ao MEC (Ministério da Educação) e às secretarias, mas existe liberdade de qualquer pessoa poder abrir uma escola, independente de religião ou filosofia”, explica. Ademar Pereira cita ainda o trabalho desenvolvido com a Vigilância Sanitária, com a Secretaria de Estado da Educação e com o Conselho Estadual de Educação, “contra a burocracia”. “É um negócio absurdo a demora e a pepelada. Uma escola tem cem anos e precisa ficar renovando”, critica. “A luta nunca termina, em defesa do setor produtivo. É um belo trabalho social, de educação para a sociedade brasileira”. Hoje, de acordo com ele, a escola tem trabalhado em três frentes. “A primeira é a desoneração da folha de pagamento, com a reforma tributária. O Sinepe tem ajudado, é parceiro. A segunda é deixar de contribuir para o Sistema S, o comércio. Queremos deixar de pagar porque o comércio faz escolas para concorrer com a gente. Tenho uma frente contra esse desvio de finalidade”, diz. “Por último, é ajudar os estados e o governo federal a fazer a gestão das escolas”.

EXTINÇÃO DO IMPOSTO SINDICAL REPRESENTOU PERDAS, MAS AUMENTOU ENGAJAMENTO Em junho de 2018, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical é constitucional, validando esse ponto da reforma trabalhista aprovada pelo Congresso Nacional no ano anterior. Embora favoráveis à medida, diretores do Sinepe/PR contam que ela impactou negativamente nas finanças.

Nesse sentido, os ex-presidentes, que integram o conselho do Sinepe/PR, reforçam a importância do engajamento das escolas. “Alguns representantes acham que o Sindicato é órgão oficial, que vai puni-los ao invés de ajudá-los. Ainda tem certo ranço, como se fôssemos contra e não a favor. É complicado”, lamenta Caron. Na visão de Naura Nanci M. Santos, a marca das escolas particulares, salvo raras exceções, é a qualidade dos serviços prestados à comunidade. “O valor da escola particular tem sido comprovado em termos de tecnologias e iniciativas de desenvolvimento social. Procuramos estar à frente das necessidades, se antecipar. A gente está num tempo de mudanças. Muitas instituições já estão organizadas. Embora seja bom o trabalho que fazemos, sempre precisa melhorar. E há abertura para isso”.

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“Para nós, representava em torno de 15% da receita. Era o que dava fôlego para investimentos maiores, como a compra da sede, na minha segunda gestão. Vinha de uma forma compulsória, mas querendo ou não estava disponível”, diz José Manoel de Macedo Caron Jr. De acordo com ele, a entidade vem lutando para aumentar as mensalidades espontâneas, que as escolas pagam porque acreditam no Sindicato e no que ele faz por elas. “Os sindicatos têm de ser assim mesmo. Aquele que não faz nada para o seu associado não merece estar funcionando”, defende. Na avaliação de Ademar Pereira, a cobrança era uma aberração. “Qualquer tipo de imposto que tutele a sociedade é ruim. O Sinepe perdeu arrecadação patronal. Mas agora a situação nos obriga a nos reinventar, buscar mais união da categoria “, assegura.

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

Ademar Batista Pereira, presidente da Fenep

Ela aponta como mais uma vantagem do segmento a seriedade daquilo que é oferecido. “A gente não tem problema de greve, de faltas ou de diminuição de horas. Tem um papel importante, e principalmente no ensino superior. Não há tanta burocracia. Tem exigência de entrada, mas a maior exigência é na saída, com competência, que se formem profissionais competentes. Na grande maioria a gente vê isso: a escola preocupada com a formação do aluno, do cidadão e trabalhador”.


en.tre.vis.ta s.f

T / Marília Bobato F / Divulgação

ATENDIMENTO DE QUALIDADE

E LIDERANÇA

Revista Escada - Com a sua experiência no ramo educacional, como enxerga a qualidade do atendimento nas escolas atualmente? JUSSARA OLIVEIRA - Percebo que não somente nas escolas, mas nas empresas de uma maneira geral, as pessoas não estão preparadas para atender os clientes naquilo que necessitam. As equipes, muitas vezes, não têm conhecimento das informações, sendo necessário o cliente passar por várias pessoas para receber as informações de que necessita, gerando insatisfação das famílias. Além de conhecer a sua escola, ter informações completas e processos eficientes, a equipe precisa antes de tudo estar orientada por um valor, que guie todas as ações. Deve oferecer um atendimento acolhedor, ninguém escolhe uma escola em que não se sinta bem ao ser atendido. Devemos ser incansáveis na dedicação, gentis, porque gentileza também é um valor e corresponder sempre a confiança das famílias.

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Jussara Oliveira

GANHAR UM NOVO ALUNO ou trabalhar na retenção dele depende do bom atendimento

A revista Escada aproveitou este início de ano letivo para conversar com a gerente de relacionamento e ouvidora do Colégio Positivo, Jussara Oliveira. Ela acumula oito anos de experiência em qualidade de atendimento ao cliente e captação, em instituições bancárias e mais dezesseis anos de experiência no ramo em instituições de ensino fundamental e superior.

Ser acolhido e respeitado. É isso que a família espera ao matricular o filho na escola. O atendimento é um dos fatores mais importantes na hora de ganhar ou reter um aluno. É claro que a proposta pedagógica, a estrutura, o corpo docente importam muito no momento de decidir a melhor instituição de ensino, e o atendimento faz parte desse conjunto de fatores que os pais e alunos levam em consideração.

Jussara diz que é comprovado que a escolha da escola pelos pais é emocional, por isso é tão relevante que todos os colaboradores prestem um atendimento de qualidade. Aos líderes fica o recado: comprometimento com a equipe, acompanhamento dos resultados e responsabilizar-se pelas possíveis falhas faz com que o processo funcione bem para todos os interessados. Confira outras dicas da especialista na entrevista a seguir.

RE - Em que ponto os colaboradores podem melhorar quando se trata sobre atendimento de qualidade? Nas escolas a maioria dos clientes são os alunos e seus pais, como construir uma relação de confiança? JO - Melhorar o atendimento sempre passará por atenção e solução. Uma relação de confiança se constrói nas menores coisas, todos os dias, é quando consideramos importante o que é importante aos pais e aos alunos e eles conseguem perceber esse nosso compromisso. Quando uma mãe retorna para entregar um lanche esquecido no carro, o que ela espera é uma sincera preocupação por parte da pessoa que a atende, uma atitude imediata para solução. O termo “levantar da cadeira” resume muito bem inúmeras situações. Chegar ao final do dia e perguntar-se “Hoje eu atendi todas as pessoas da maneira como eu gostaria que a pessoa mais importante da minha vida você tratada?” é um bom caminho, deixa claro o compromisso que temos com que fazemos e com aqueles que dependem do nosso trabalho.


“O motivo pelo qual as famílias procuram uma escola é pela confiança inicial na proposta pedagógica… entretanto as famílias desistem dessa mesma escola, em razão do atendimento que receberam”. Construir confiança é ser dedicado, verdadeiro, comprometido em tudo o que o cliente precisa, pode ver e especialmente naquilo que ele não pode ver. RE - Quais as principais dificuldades e críticas quando o assunto é atendimento de qualidade? JO - Falando especificamente sobre as escolas, os momentos de alta demanda, em que o atendimento presencial ou telefônico ficam comprometidos, são críticos. São momentos em que a equipe precisa estar preparada para fazer muitas coisas ao mesmo tempo, ser resiliente, ágil e especialmente demonstrar espírito de equipe, em que outras áreas se unam para atender as necessidades. Não pode existir em uma escola o conceito “isso não é comigo, isso não é da minha área”. Tudo é com todos nós, o tempo todo. Todos somos responsáveis pela satisfação dos clientes. Outra questão muito importante é a falta de retorno rápido. Retornos precisam ser dados rapidamente, devem ser uma prioridade, mesmo que não possamos atender a solicitação da família. Dar retorno rapidamente demonstra atenção, comprometimento e respeito e é um dos fatores essenciais para a fidelização. Receber um retorno, com respeito, com argumentos, mesmo que negativo, demonstra comprometimento da instituição.

RE - Para gerir equipes sempre é importante ter um líder, seja o gestor ou um coordenador. Quais habilidades este profissional deve desenvolver para poder gerenciar melhor sua equipe de colaboradores? JO - Um líder deve comprometer-se com eficiência de sua área, formar equipes autônomas, acompanhar os resultados e responsabilizar-se pelas possíveis falhas. Deve ser uma pessoa acessível, aberta ao diálogo, às sugestões de mudança, excelente ouvinte e especialmente um exemplo daquilo que espera da equipe. Deve ser a primeira pessoa a estar disponível em uma necessidade. A equipe deve sentir-se apoiada e devidamente orientada. Formar as novas lideranças deve ser uma das principais atribuições de um líder, antecipar problemas para evitá-los e responsabilizar-se pelo desempenho da área é fundamental. Atualmente temos muitos profissionais ocupando cargos de gestão, mas não necessariamente assumindo suas responsabilidades de gestão, o que é facilmente percebido pela equipe. RE - A tecnologia permite uso de câmeras e temos o Whatsapp que tornou a comunicação muito mais instantânea. Podemos dizer que isso tem ajudado ou atrapalhado os profissionais que trabalham com educação? Como se adaptar? JO - A tecnologia sempre deverá contribuir e só não o faz quando utilizada indevidamente. Quanto às câmaras, são muito necessárias especialmente por questões de segurança. Em relação às mensagens instantâneas entre escola e famílias deve ser uma forma eficiente e rápida de comunicação, desde que observadas as devidas diretrizes, para que a escola não deixe de oferecer atenção à educação e aos alunos, para transferi-la essencialmente aos pais. Lembrando que as escolas são feitas para os alunos, este é o nosso principal compromisso. Em relação aos grupos formados pelos pais, cabe a escola sempre orientar que todos os assuntos devem ser primeiramente tratados dentro da escola. Tratá-los por mensagens e redes sociais, poderá, em inúmeras ocasiões, desvirtuar o tema e gerar sérias dificuldades. Todos têm que ter clareza de que repassar informações sem a devida veracidade e emitir opiniões sem o devido conhecimento, é uma séria responsabilidade.

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

RE - Como continuar encantando o cliente e fazer a retenção do mesmo no caso das escolas? JO - Especialmente sendo honesto em tudo o que diz e em tudo o que faz. Esta honestidade deve ser perceptível em todas as áreas e profissionais da instituição. Somado a isso o acolhimento, a atenção, a eficiência, a solução rápida das questões trazidas pelas família, contribuem para a construção de um relacionamento de confiança. Atender bem, oferecer o melhor, não significa atender tudo. Significa compromisso sincero com o que é correto, com que atende os alunos, a proposta da escola, a igualdade e a confiança. Haverá ocasiões em que negaremos as solicitações, mas faremos isso com respeito, atenção e argumentos sólidos sobre a decisão da escola.

“Todos somos responsáveis pela satisfação dos clientes”. RE - Nas escolas é preciso desenvolver uma relação de confiança com as famílias, muitas vezes são elas que indicam a instituição para outras pessoas. Para ser lembrado/ indicado o bom atendimento conta pontos? JO - Conta muito e inúmeras famílias informam que indicaram a escola em razão do atendimento que receberam. O motivo pelo qual as famílias procuram uma escola é pela confiança inicial na proposta pedagógica, em razão do histórico da instituição, dos resultados, das indicações. Entretanto as famílias desistem dessa mesma escola, em razão do atendimento que receberam, porque está comprovado que a decisão dos pais é emocional. A qualidade pedagógica é insubstituível, é a força motriz de uma escola, razão pela qual as famílias a procuram. Mas é a qualidade de atendimento é, muitas vezes, o motivo pelo qual os pais desistem de matricular seus filhos naquela escola. Ninguém escolhe um lugar em que não se sinta acolhido e respeitado.

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as.so.ci.a.das adj

UNIVERSO

DAS ASSOCIADAS UNIVERSIDADE POSITIVO ESTÁ ENTRE AS MAIS SUSTENTÁVEIS DO MUNDO A Universidade Positivo foi classificada entre as 100 instituições mais bem colocadas no ranking de sustentabilidade da UI GreenMetric, criado pela Universidade da Indonésia. Divulgado no final de 2018, o ranking traz apenas três universidades brasileiras entre as 100 melhores: USP, Universidade Federal de Lavras e Universidade Positivo. O GreenMetric é o primeiro e, atualmente, único ranking no mundo a mensurar a questão ambiental. Foram avaliadas, ao todo, 719 instituições de 81 países diferentes. Entre os quesitos analisados pela UI GreenMetric estão questões de infraestrutura, como a relação entre área aberta e área total, o uso consciente e eficiente de água, eficiência energética, entre outras coisas.

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COLÉGIO MARTINUS APOSTA NA FORMAÇÃO PEDAGÓGICA E EM NOVOS AMBIENTES DE APRENDIZAGEM O Colégio Martinus (Curitiba) começou 2019 apostando na formação pedagógica da equipe institucional, bem como no desenvolvimento de novos ambientes de aprendizagem que permitem o desenvolvimento integral dos estudantes. O objetivo é buscar a plenitude do protagonismo juvenil, alicerçado aos princípios éticos e cristãos. O protagonismo juvenil é uma marca da instituição e, dessa forma, a instituição deseja desenvolver projetos cocriativos e colaborativos com os estudantes e a equipe pedagógica. Na linha #MartinusEmMovimento, o Colégio sediará no mês de março o 25º Encontro de Lideranças Estudantis da região setentrional da Rede Sinodal de Educação. O tema central será A juventude e a Liderança Servidora.

CURSO INÉDITO NO PAÍS SOBRE QUALIDADE DE SOFTWARE NO UNIOPET Idealizado para profissionais focados no alto desempenho de softwares em ambientes corporativos, que precisam de confiabilidade neste processo e formação em gestão, o curso de Especialização em Qualidade de Software do UniOpet abre sua primeira turma em março, em Curitiba. É o primeiro curso nesse formato lançado no país. Na modalidade presencial, com 18 meses de duração e aulas aos sábados, no Campus Rebouças, o curso foi criado em parceria com a Prime Control, empresa de tecnologia que realiza testes de qualidade de softwares de gestão. Mais informações: www.opet.com.br/opetxp/ cursos/especializacao-em-qualidade-de-software/


CONFIRA AS NOVIDADES DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO ASSOCIADAS AO SINEPE/PR

INTERATIVIDADE NO ENSINO DA MATEMÁTICA NO COLÉGIO SION A Sala Interativa InovaSion do Colégio Sion Curitiba proporciona, em conformidade com os preceitos da Metodologia Montessori, a utilização de forma integrada de mídias de última tecnologia com mídias convencionais. Educadores da escola já adotaram a nova sala em sua proposta didática. Entre elas, a Matemática vem abrindo novas possibilidades aos alunos com a sala interativa. “A exploração dos recursos e ferramentas tecnológicas possibilita um aprendizado mais dinâmico, interessante e envolvente para nossos alunos, a conhecida geração Z, que trabalha de uma forma muito natural com os recursos tecnológicos, sem tornar a tecnologia uma dependência. Planejar as aulas neste espaço é muito prazeroso e motivador, gerando mais e mais conhecimento”, revela Fernanda Mocelin Schena, professora das disciplinas de Matemática e Oficina de Matemática do Ensino Médio e do Fundamental.

COLÉGIO POSITIVO ARRECADA 18 TONELADAS DE MATERIAL DIDÁTICO USADO O Grupo Positivo é responsável pela concepção, produção e impressão de milhares de livros didáticos por meio da Posigraf, da Editora Positivo e do Colégio Positivo. Com o lançamento do projeto Logística Reversa, no final de 2018, o grupo passa a ser responsável, também, pelo destino final dos materiais, fechando com responsabilidade essa cadeia. A ideia do projeto foi da estudante do Colégio Positivo Internacional, Helena Giotto, que pensou em uma forma de ajudar o meio ambiente após ler a frase “Como nossa escola pode reduzir o impacto ambiental?” no mural do colégio. Todo o material coletado é encaminhado para o processo de reciclagem, virando matéria-prima que será vendida para a fabricação de outros produtos. A receita arrecadada com a comercialização será dividida entre os colégios participantes, conforme a arrecadação de cada um. Neste início de projeto, o objetivo era arrecadar 8 toneladas, mas a expectativa foi superada e, até fevereiro, foram recolhidas cerca de 18 toneladas.

SUA INSTITUIÇÃO É ASSOCIADA AO SINEPE/PR? ENTÃO, ENVIE AS NOVIDADES QUE ESTÃO ACONTECENDO NA SUA ESCOLA COM FOTO PARA JESSICA@IEMECOMUNICACAO.COM.BR QUE PUBLICAREMOS NA PRÓXIMA EDIÇÃO DA REVISTA.

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

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a.ções da di.re.to.ri.a sf / prep / sf

AÇÕES DA

DIRETORIA SEMANA DE PALESTRAS NAS REGIONAIS Sinepe/PR promoveu uma semana de palestras nas seis Regionais (Ponta Grossa, Guarapuava, Cascavel, Pato Branco, Foz do Iguaçu e Paranaguá), entre os dias 04 e 11 de fevereiro. A assessora pedagógica do Sindicato, Fátima Chueire Hollanda, acompanhada da mestre em Ciências da Educação, Prof.ª Naura Nanci Muniz Santos, ministraram palestra sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que deverá valer nas escolas a partir de 2020. Na oportunidade, os secretários, recepcionistas, telefonistas e demais envolvidos com o atendimento nas instituições de ensino também tiveram a oportunidade de conferir a palestra “Atendimento de Qualidade e Liderança”, com a especialista Jussara de Oliveira.

PARCERIA COM CÂMARA DE CONTRATOS 26

Em janeiro, o Sinepe/PR assinou parceria com a empresa CAE Digital/Câmara de Contratos. As instituições de ensino associadas terão um desconto de 10% nos serviços ofertados de diplomas digital, documentos, contratos, matrículas e rematrículas com 100% tecnologia digital. Além do desconto, as instituições também ganham economia de tempo, de recursos financeiros e operacionais, com total segurança legal e jurídica, de forma a atender a Portaria do MEC n.º 330, de 30/08/2018, que trata sobre e-Diploma (Diploma Digital) bem como a Portaria do MEC n.º 315/2018 artigo 45, de 30/08/2018, que trata sobre a obrigatoriedade de digitalização de todo o acervo acadêmico. Mais informações para as instituições de ensino associadas interessadas pelo telefone: (41) 3906-8798

MUDANÇAS NO PROJETO PLANETA RECICLÁVEL Em 2019, o projeto Planeta Reciclável completa dez anos e apresenta algumas mudanças. Dentre as novidades, este ano não haverá mais a exposição dos trabalhos dos alunos no Shopping Palladium. Em fevereiro, a equipe do Sinepe/PR realizou reuniões nas cidades de Curitiba, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu e Guarapuava para apresentar o projeto para os associados e convidar as escolas para participarem da edição deste ano. O principal objetivo do Planeta Reciclável é abordar sobre a reciclagem do Poliestireno Expandido – EPS, mais conhecido como Isopor®.


cur.sos s.m

AGENDA CONFIRA O CALENDÁRIO DE CURSOS E PALESTRAS DO SINEPE/PR PARA O PRIMEIRO SEMESTRE DE 2019

CURITIBA

MARÇO /ABRIL

JUNHO

O DIREITO DO TRABALHO NAS INSTITUIÇÕES PARTICULARES DE ENSINO À LUZ DA REFORMA TRABALHISTA – EDUCAÇÃO BÁSICA E SUPERIOR

CENÁRIOS PARA A EDUCAÇÃO EM 2020

Palestrante: Dr. Diego Felipe Muñoz Donoso

Palestrante: Eugênio Cunha Data: 03/06/2019 Local: Sinepe/PR (Curitiba)

Data: 26/03, 10 e 17/04/2019 Local: Sinepe/PR (Curitiba) Data: a definir

REGIONAIS Semana de Palestras nas Regionais

Local: Foz do Iguaçu

SINEPE/PR R. GUARARAPES, 2028, VILA IZABEL CURITIBA/PR MAIS INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: WWW.SINEPEPR.ORG.BR 41 3078-6933

SEMANA DO ENSINO FUNDAMENTAL

MAIO

Local: Sinepe/PR (Curitiba)

DESAFIOS DA EDUCAÇÃO PARA O SÉCULO XXI – COMPORTAMENTO DOS PERFIS GERACIONAIS

Programação MÉTODO E ESTRATÉGIAS PARA ENGAJAMENTO DOS ALUNOS Palestrante: Paulo Tomazino Data: 01/04/2019 A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL Palestrante: Guilherme Romanelli Data: 02/04/2019 INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS Palestrante: Mabel Cristina Dal Toé Data: 03/04/2019 PLANEJAMENTO EM FOCO x INDISCIPLINA Palestrante: Ceres Renata Saldanha da Costa Data: 04/04/2019 O PAPEL DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NA FIDELIZAÇÃO DOS ALUNOS Palestrante: Rita Egashira Vanzela Data: 05/04/2019

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

Palestrante: Rocimar Santos Oliani MÉTODO E ESTRATÉGIAS PARA ENGAJAMENTO DOS ALUNOS Palestrante: Paulo Tomazinho Data: 13/05/2019 Local: Regional Cataratas (Foz do Iguaçu) Data: 14/05/2019 Local: Regional Oeste (Cascavel) Data: 15/05/2019 Local: Regional Sudoeste (Pato Branco) Data: 16/05/2019 Local: Regional Central (Guarapuava) Data: 17/05/2019 Local: Regional Campos Gerais (Ponta Grossa) Data: 20/05/2019 Local: Regional Litoral (Paranaguá)

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ar.ti.go s.f

T / Douglas Oliani - Administrador, gestor educacional, professor, membro do Conselho Gestor do Grupo Educacional Madalena Sofia e vice-presidente do Sindicato das Escolas Particulares - Sinepe/PR

OS DESAFIOS

DA GESTÃO EDUCACIONAL

S

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ão tantas inovações - novas tecnologias, serviços, além de um cenário educacional que a todo instante vem apresentando mudanças - que os gestores educacionais são provocados de forma inquietante e incessante. Percebemos nos dias atuais uma procura desapoderada ao novo e à perspectiva do que possa fazer a diferença nas tomadas de decisões no processo da gestão escolar. Junto deste cenário, ainda temos de lidar com os desejos e anseios humanos, que são propulsores da transformação humana e que modificam as ações de uma gestão escolar. Como manter então o desempenho e o êxito da organização escolar, sem se descompassar das inovações tecnológicas e da volumosa oferta de novos serviços e acessórios? Chamo a atenção para alguns princípios gerenciais básicos da organização escolar, como, por exemplo, o controle sobre os recursos técnicos, tecnológicos, materiais, estruturais, econômicos, financeiros, humanos, didáticos, pedagógicos, metodológicos e de apoio ao educando, que transformam qualitativamente o processo de prestação dos serviços educacionais. O princípio da gestão educacional propõe que as escolas, na aplicação do seu planejamento anual, mantenham o foco sobre seus objetivos e pretensões, estreitando os parâmetros e os processos organizacionais atuais delineados às estratégicas futuras. Os planejamentos diários, semanais, mensais e anuais devem ser acompanhados e rearranjados cotidianamente a fim de garantir a qualidade e os resultados da gestão educacional. Reuniões eficientes e objetivas calcadas em cronogramas são imprescindíveis para que o resultado estratégico aconteça.

A direção, juntamente com as equipes pedagógica e administrativa, deve construir um ambiente organizacional onde fiquem claros os objetivos gerais, intermediários e diários a serem desenvolvidos. Para tanto, torna de suma importância que todos os atores no âmbito escolar conheçam os processos e saibam o que deverá ser feito para assim se dedicar ao que realmente é necessário. Neste sentido, com um planejado organizado e controlado, a gestão de uma unidade educacional terá uma forte probabilidade de atingir seus resultados. A compreensão, a convicção e a identificação dos colaboradores a respeito da missão, visão e valores da escola contribuirá para o comprometimento das atitudes, das habilidades e das competências

individuais sobre o todo da escola, tornando-se um facilitador sinergético no desenvolvimento qualitativo dos processos educacionais. Em vista disto, a escola deve disseminar e fazer conhecer seus preceitos institucionais por todo seu quadro colaborativo. Sem se desprender das inovações tecnológicas e da volumosa oferta de novos serviços e acessórios, o controle cauteloso sobre os resultados quantitativos e qualitativos da escola - que demanda diversas leituras e decisões sobre o cenário da escola em relação aos seus ambientes interno e externo - é prioritário. Por consideração, manter o foco nas metas e objetivos planejados é primordial para uma gestão educacional satisfatória e de qualidade.


ar.ti.go s.m

T / Esther Cristina Pereira, presidente do Sinepe/PR

ALERTA AOS PAIS: COMO IDENTIFICAR UMA ESCOLA REGULARIZADA

P

ara poder funcionar, uma instituição de ensino deve preencher uma série de requisitos definidos pelos órgãos competentes e possuir uma autorização confirmando que a instituição está apta a oferecer ensino com segurança aos alunos. No entanto, há escolas que funcionam irregularmente, sem proposta pedagógica fundamentada, com professores incapacitados e instalações precárias, colocando em risco a formação dos alunos. Como estamos em início de ano letivo, fazemos este alerta aos pais – e aos próprios estudantes - para que fiquem atentos na hora de escolher a melhor escola. São muitos os ítens a serem levados em consideração: e o preço é apenas um deles.

Lembrando que uma escola pode funcionar legalmente quando recebe o documento da Secretaria de Estado da Educação ou da Secretaria Municipal de Educação que credencia, autoriza seu funcionamento e reconhece os seus cursos. É a Resolução de Autorização de Funcionamento, de Credenciamento e de Reconhecimento de Curso que tem validade após ser publicada no Diário Oficial do Estado e/ou do Município. É importante que as escolas deixem a Resolução em local visível para que todos tomem conhecimento. Desde 1998, o Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe/PR) - que representa aproximadamente de 2 mil escolas no Paraná - lançou uma ferramenta poderosa para auxiliar as famílias a encontrarem uma escola particular legalizada. Trata-se do Selo Escola Legal que atesta se a instituição é legal perante os órgãos oficiais. O Selo Escola tem a intenção principal de oferecer mais segurança aos pais no momento da matrícula. Além da resolução de funcionamento, para obter o Selo Escola Legal 2019 junto ao Sinepe/PR a instituição deve apresentar cópia do Alvará da Prefeitura do CNPJ do Ministério da Fazenda, ser associada e estar em dia com as contribuições sociais.

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

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as.so.ci.a.das adj

QUADRO ASSOCIATIVO

NOVAS ASSOCIADAS

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CONHEÇA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO QUE SE ASSOCIARAM AO SINEPE/PR DE OUTUBRO DE 2018 A FEVEREIRO DE 2019:

UNIDADE DE ENSINO

CIDADE

Escola de Educação Infantil Brincantes

São José dos Pinhais

Colégio Integração

Ponta Grossa

Centro de Educação Infantil Alegria de Ser

Curitiba

Centro de Educação Infantil São Vicente de Paulo

Curitiba

Centro de Educação Infantil Santa Luisa

Pato Branco

Centro de Educação Infantil Nova Criança

Curitiba

Colégio Adventista Foz do Iguaçu

Foz do Iguaçu

Centro de Educação Infantil Tia Cida

Curitiba

Centro de Educação Infantil Vovó Alfonsa

Curitiba

Faculdades Integradas Camões

Curitiba

Colégio São Pedro Canísio

Irati

O SINEPE/PR REPRESENTA MAIS DE 2 MIL INSTITUIÇÕES DE ENSINO. CONHEÇA AS VANTAGENS DE SER UM ASSOCIADO: WWW.SINEPEPR.ORG.BR E 41 3078-6933




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