Revista Ecoturismo - edição 211

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SUMÁRIO

Edição 211– Ano 21 – Novembro 2011.

Osni Branco

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O Prêmio Ecoturismo & Justiça Climática existe desde 2002 para homenagear e valorizar aqueles que fazem a diferença em prol do meio ambiente e desenvolvimento social no mundo.

Amazônia Preservada Copa Sustentável o Desafio de Belo 2014 Monte Impactos ambientais da Copa

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Preservar a Amazônia é o desafio, expresso tanto na adequação técnica pela qual o projeto da hidrelétrica tem passado, quanto no planejamento das ações sociais e ambientais que beneficiarão os 360 mil habitantes

do Mundo 2014 viraram pauta no Brasil desde que o país foi escolhido como sede.

Um paraíso nas alturas 21 O Lago Titicaca é o lago navegável mais alto do mundo e encanta turistas de todos os gostos a 3820 metros de altitude

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EDITORIAL Uma publicação de H. J. Jornais e Revistas de Turismo Ltda ME. Edição 211 - Ano 21 - Novembro 2011 Hércules Góes – MTB 15.973 Diretor e Editor Paulo Corrêa Diretor Adjunto André Vinícius G. Góes Diretor Comercial Hércules Magnus G. Góes Editor Assistente e Mídias Eletrônicas. Olinda Marinho Diretora Executiva Jacira G. Gonçalves Góes Editora Assistente Martin Augusto G. Góes Editor de Fotografia, Design e Eventos Dóris e Jens Ruschmann Conselho Editorial Maurício Baltazar de Lima Consultor Jurídico Luiza Lobo Coordenação de Reportagem Marla Maria Assistente de Comunicação James de Castro Design Gráfico Correspondentes nacionais e estrangeiros: Marta Mara Lobo Correspondente Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná Robinson Barroso e Washington Costa Correspondentes Sergipe e Bahia Remi Moraes Correspondente Maranhão Viviane Farina Correspondente Ceará José Barbosa Leite Neto Correspondente São Paulo – Capital Randolph Scooth Correspondente no Amapá Dárius Vaquer e Fernando Barbosa Correspondentes em Rondônia Artur Hugen Correspondente em Brasília Léo Madeira Diretor Internacional EUA e Canadá Wagner Santiago Correspondente em Nova Iorque Rafael Ayres Correspondente em Los Angeles e São Francisco Escritórios: Nacionais: • Santos/SP - Avenida Pedro Lessa, 2721, Sala. 21, Aparecida, Santos / SP, CEP. 11025-003. Tel. (13)3223.9650/ (13)9102.4451 Internacionais: Santa Monica, Venice e California Simone Alexandrino tel: 626 2642992, monealexandrino@hotmail.com • Los Angeles South withmer street 503 tel: 213 2800651 • Los Angeles (USA) - Magnus Góes( 415, S.Berendo, ST 309, zip cod 900-20) • MERCOSUL – Verônica Calmucci (Rosales 268, piso 8, depto 1, CP 1704, Ramos Mesia, tel. 0054.11.4661.6817, veracalmucci@hotmail.com) • Buenos Aires (Argentina)- Mirta F. Ramos (Las Heras, 3892, piso 9, tel. 0054.11.4806.5163, ramos.mirta@hotmail.com) • Portugal – Jefferson Martiniano (Apartado 82, CP 4610, Felgueiras, tel. 0021.351.255482.611 / 963.609736, pastor.jeferson@hotmail.com)

Ao chegar no encerramento do ano de 20ll, que foi proclamado pela Onu como o Ano Internacional das Florestas, com o Brasil no epicentro da questão ambiental mundial e com a polêmica votação do Código Brasileiro Florestal, que vem sofrendo críticas da comunidade ambiental internacional, a Revista Ecoturismo, que caminha para a sua maioridade em março de 20l2, resolveu enfrentar de frente um dos temas mais polêmicos desta década. Abrimos nossas paginas para ouvir outros lados da questão que envolvem a Construçao da Usina Hidreletrica de Belo Monte, já que a mídia mundial tem dado todas as aberturas para apenas aqueles que criticam abertamente a construção desta obra do século XX e XXI. Assim é que partindo de Holywood nos EUA, temos vozes de cineastas engajados no pleito ambiental, artistas nacionais e estrangeiros, líderes indígenas têm procurado afirmar as vicissitudes de Belo Monte no Pará que está sendo sondado para ser dividido em 3 estados, dentro de um só Estado. No Brasil, comunidade de astros tem se mostrado favorável a profundas críticas contra a obra amazônica e recentemente um fato novo surge no horizonte que é uma comunidade de estudantes universitários paulistas que, ao contrario deste outro grupo de contrários a obra, estão mostrando e provando que a Usina de Belo Monte é um turbilhão de construção de energias limpas e renováveis, portanto de grande utilidade para o Brasil e seu meio ambiente. Abrimos as páginas para os lados sustentáveis de Belo Monte e já que não se faz gemada, sem quebrar os ovos, não existe absolutamente qualquer obra que de alguma forma não agrida um pouco o meio ambiente. Desta forma, como o apagão pode chegar ao Brasil novamente e não existe possibilidade no momento de crescimento nacional de uso de outras energias renováveis que sejam menos poluentes que a Usina que será construída no Estado do Pará, vamos nos acostumando com a Belo Monte e minimizando seus impactos sócio ambientais e buscando a mitigação tão necessária para um meio ambiente íntegro e o menos atingido possível, buscando a contenção da onda de aumento de gases de efeito estufa e contra o aquecimento global. Na Cop l7 o Brasil se compromete novamente com metas ousadas de redução de gases de efeito estufa e exibe compromisso contra as mudanças climáticas que atingem o planeta poderosamente, como se constata com El Nino, La Nina e outros fenômenos climáticos devastadores. No turismo, falamos de locais míticos como Fernando de Noronha, território pernambucano tão espetacular quanto a beleza de Machu Picchu, o Lago Titicaca no Peru que estamos abordando em algumas edições nacionais e internacionais como é o caso desta edição nas mãos de nossos leitores. As vésperas da Rio + 20, uma agenda internacional climática que o Brasil hospedará em Junho de 20l2 e outros eventos turísticos e ambientais, vamos nos preparando para grandes desafios e testemunhas oculares das grandes mudanças deste país.

Hercules Góes, Editor e fundador do Jornal e Revista Ecoturismo rumo à Maioridade (21 anos)


Osni Branco

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Prêmio Ecoturismo & Justiça Climática existe desde 2002 para homenagear e valorizar aqueles que fazem a diferença em prol do meio ambiente e desenvolvimento social no mundo. A premiação acontece sempre durante o Seminário Internacional de Sustentabilidade e agora, em sua 10ª edição, tem entre os indicados Gisele Bundchen (embaixadora da boa vontade do PNUMA), Luciano Hulk (pelo trabalhos aliando TV e inclusão social), Roberto Carlos (por cantar contra a matança de baleias) e outros.

no Japão, onde ele próprio começou um programa de inclusão social. O Encontro da Arte surgiu em 1995 para ensinar escultura, cerâmica, fotografia e pintura a jovens brasileiros que trabalhavam nos fundos das fábricas de Nagoya. O primeiro workshop teve 12 participantes e foi tão bem sucedido que em um ano o programa já contava com 130 jovens. Osni ministrou oficinas em diversas outras cidades japonesas durante oito anos e, apesar de serem em língua portuguesa, eram abertas a todos os interessados por arte.

A estatueta de premiação é uma árvore de Peroba Rosa sobre madeira reciclada de demolições das antigas casas paulistas. O artista plástico Osni Branco nomeou a obra de Tributo, por ser um tributo a essa espécie de árvore cujo carvão foi usado para fundir ferro no Brasil, em 1597. Osni é natural de Araçatuba, São Paulo, mas já viveu na Itália, EUA e 20 anos

Hoje, o artista continua com o trabalho social em Itapecerica da Serra e Capão Redondo. Ele trabalha principalmente com a chamada arte fundida e esculturas de latas de alumínio recicladas. As obras de Osni, a exemplo da estatueta do Prêmio Ecoturismo, estão sempre ligadas à natureza, interação humana, amor, afeto e exaltação à vida. Revista Ecoturismo

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Fotos: Rodrigo Vasconcellos.

Preservar a Amazônia é o desafio, expresso tanto na adequação técnica pela qual o projeto da hidrelétrica tem passado, quanto no planejamento das ações sociais e ambientais que beneficiarão os 360 mil habitantes A construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte (UHE Belo Monte), no Oeste do Pará, representa um marco na engenharia nacional sem colocar de lado a questão da sustentabilidade ambiental. O projeto vai além da necessidade inquestionável de aumentar a capacidade de geração de energia elétrica para que o país continue a crescer economicamente (necessidade de se agregar 5.000 MW de novos empreendimentos nos próximos 10 anos). Belo Monte permitirá o desenvolvimento dessa região brasileira carente de investimentos importantes desde a abertura da rodovia Transamazônica (BR 230), na década de 1970. Preservar a Amazônia é o desafio, expresso tanto na adequação técnica pela qual o projeto da hidrelétrica tem passado, quanto no planejamento das ações sociais e ambientais que beneficiarão os 360 mil habitantes, na área de influência da UHE Belo Monte. Alguns desses desafios já têm sido vencidos. As soluções adotadas para adequar o projeto ini-

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cial, concebido há cerca de trinta e cinco anos, em pleno regime militar, à nova realidade democrática brasileira demonstram amadurecimento no setor elétrico e atenção às novas demandas da sociedade. Após o desenho inicial de um complexo com seis usinas que inundariam mais de 18.000

km² com 20.000 MW de potência total instalada, evoluiu-se para um projeto de uma única usina, reduzindo-se ainda mais o reservatório do final dos anos 90, de 1.225 km² para os atuais 503 km². O objetivo alcançado nesta redução de 60% foi a diminuição dos impactos que a UHE Belo Monte poderia causar


Do total da área alagada prevista, 228 km² já correspondem à calha do próprio rio Xingu. no meio ambiente e na população da região, sem alagar nenhuma Terra Indígena. A engenharia brasileira planejou um canal de cerca de 20 km de extensão que irá permitir o aproveitamento do desnível de 90 metros, existentes em 100 km de rio, proporcionando a geração de 11.000 MW nas turbinas da casa de força principal, do Sítio Belo Monte. A construção deste “canal de derivação” não significa que o trecho do rio chamado Volta Grande do Xingu irá secar. A licença ambiental para Belo Monte garante uma vazão mínima de 700 m³/s na Volta Grande no período de seca, cujo pico ocorre entre outubro e novembro de cada ano. Este volume está acima da vazão mínima histórica, de apenas 400 m³/s. A vazão neste trecho, portanto, está garantida ao manter o curso original do rio, preservando o ecossistema local e o modo de vida das populações tradicionais. A formação do reservatório de Belo Monte tem outra característica relevante do ponto de vista ambiental. Do total da área alagada prevista, 228 km² já correspondem à calha do próprio rio Xingu. O restante, em sua maioria, são áreas já antropizadas, ou seja, submetidas à ação humana bem antes do início da construção da usina. Estas áreas têm sido usadas por criadores de gado e agricultores ao longo dos anos, desde a abertura da

Transamazônica. Com a UHE Belo Monte, a expectativa é que a preservação aumente, uma vez que todo o entorno do reservatório, a chamada Área de Preservação Permanente (cerca de 280 km²), será protegido.

Nacional do Índio (Funai) é que o sistema de rádio possibilitará ainda que informações importantes em áreas como saúde, educação e monitoramento territorial cheguem com maior rapidez aos órgãos responsáveis

PRESERVAÇÃO DA CULTURA INDÍGENA

IMPORTÂNCIA PARA O BRASIL

Na região de Belo Monte, existem cerca de 2.200 índios em uma área de 51.214,28 km². A preservação de todas as 12 Terras Indígenas na área de influência da UHE Belo Monte, sem que nenhuma seja alagada, também está entre os resultados da adequação do projeto à legislação ambiental. Nenhum índio será retirado de sua terra. Ao contrário. Para as doze Terras Indígenas na região da hidrelétrica, estão planejados diversos programas de apoio e proteção às comunidades, elaborados, inclusive, com a participação destas comunidades e de antropólogos escolhidos por elas. Já foram iniciadas, por exemplo, ações de controle de doenças, principalmente a malária, com visitas em cada aldeia.

Todas as mudanças realizadas na construção de Belo Monte, para preservar aquela parte da Amazônia, não reduziram sua importância para o atendimento à demanda energética. A energia firme, ou seja, a capacidade de gerar 4.571 MW médios ao ano é suficiente para atender 40% do consumo residencial de todo o País. Além disso, o fato deste número representar 41% da capacidade total instalada de 11.233,1 MW não é uma discrepância em relação à taxa média brasileira de 52%.

O acesso a informações também já foi aprimorado com a instalação de rádios de comunicação em 25 aldeias da região. O Programa de Comunicação Indígena, implementado pela Norte Energia S.A., responsável pelo empreendimento, é uma das condicionantes para a construção da UHE Belo Monte e tem elevado a participação dessas comunidades no debate sobre a obra. A avaliação da Fundação

Quando considerada a relação área alagada/MW instalado, o resultado é ainda mais expressivo. Enquanto a média nacional de área alagada é de 0,45 km² por MW instalado, a UHE Belo Monte apresenta uma relação de 0,04 km² por MW instalado (descontada a calha do Rio Xingu, essa proporção cai para 0,025 km²/MW instalado). Outro aspecto relevante é a destinação da energia produzida. Toda a energia de Belo Monte será destinada ao Sistema Interligado Nacional (SIN), dos quais 70% serão para 27 distribuidoras em todo o país, no chamado Ambiente de Contratação Regulada. A modicidade tarifária também foi Revista Ecoturismo

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privilegiada, uma vez que o preço por MWh de Belo Monte é o segundo menor valor dentre todos os empreendimentos elétricos dos últimos dez anos (R$78/MWh). Essas são algumas razões porque Belo Monte é considerada a melhor alternativa, na atualidade, de geração de energia, limpa e renovável. Opções como a geração eólica e solar são complementares às hidrelétricas, hoje responsáveis por cerca de 80% de toda energia elétrica consumida no país. Por isso, o Brasil tem investido em fontes alternativas de geração e, a cada ano, novos empreendimentos eólicos têm sido adicionados ao sistema. No Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, por exemplo, estão incluídos 218 projetos de geração eólica, que totalizam cerca de R$ 22 bilhões em investimentos com mais de 5.600 MW de potência.

DESENVOLVIMENTO REGIONAL Outro paradigma assumido em Belo Monte é o do desenvolvimento regional como resultado a ser perseguido na implantação da hidrelétrica. Com uma das mais rigorosas legislações ambientais do mundo, as Licenças Ambientais (Prévia e de Instalação) determinam ao empreendedor ações listadas no Plano Básico Ambiental – PBA que, no caso de Belo Monte, é composto por 14 planos, 54 programas e 86 projetos. Esse plano é permanentemente discutido com representantes da região como prefeitos, trabalhadores rurais e urbanos, empresários, pescadores, indígenas e outros. O Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu (PDRS Xingu), uma inovação introduzida entre as condicionantes do projeto, prevê ainda mais ações por parte da Norte Energia, com investimentos em projetos sociais e de infraestrutura da ordem de R$ 500 milhões, ao longo dos próximos 20 anos. Estes recursos são catalisadores de mais investimentos sociais dos Governos Federal e Estadual carreados para a região do Xingu, estimados em mais de R$ 2,5 bilhões.

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Desta forma, municípios, historicamente carentes de investimentos e iniciativas estruturantes, têm a oportunidade de alcançar avanços concretos em termos sociais e econômicos. As onze cidades, com cerca de 360 mil habitantes, receberão o total de R$ 3,7 bilhões da Norte Energia em iniciativas que vão desde a regularização fundiária até ações fundamentais de Saúde, Educação e Saneamento Básico. Estas ações já estão em plena execução, com a entrega de escolas, postos de saúde, equipamentos para a segurança pública, defesa civil, entre outras.

Para se ter uma ideia, Altamira, maior cidade do entorno de Belo Monte, com mais de 105 mil habitantes, deverá receber sistema completo de água e esgoto na área urbana, realidade ainda pouco observada até mesmo em grandes cidades brasileiras. O município de Vitória do Xingu também será beneficiado com ação semelhante. Também em Altamira, cerca de 18 mil pessoas deixarão as margens do rio Xingu, onde vivem em palafitas e condições insalubres, para uma nova área, munida de equipa-


mentos públicos de saúde, educação e segurança. Todo o processo de esclarecimento destes moradores sobre as mudanças que irão ocorrer com a chegada de Belo Monte tem sido feito de casa em casa e, ainda, em reuniões a fim de que as dúvidas e anseios possam ser conhecidos. O cronograma do projeto estabelece que tudo deverá estar pronto até o final de 2014, quando está previsto o enchimento do reservatório de Belo Monte.

Escola reformada pela Norte Energia em Vitória do Xingu

Belo Monte é considerada a melhor alternativa, na atualidade, de geração de energia, limpa e renovável.

A mesma disposição para dar esclarecimento é aplicada em se tratando dos moradores de áreas rurais que precisarão ser adquiridas para a construção da usina. As opções de relocação ou indenização são amplamente discutidas entre as partes e a atuação da Norte Energia vai muito além. Está definido que a empresa deverá dar todo apoio técnico, social e financeiro para que estas famílias tenham condições de se desenvolverem. Segundo a própria licença ambiental, todos devem aprovar as áreas de realocação, que devem ser próximas de onde viviam e permitir que mantenham suas atividades. Todas essas ações reforçam que erguer a UHE Belo Monte é, sem dúivida, uma iniciativa complexa. O ser humano e a Amazônia vão encontrar os caminhos para o desenvolvimento sutentável. Este é o compromisso.

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IX Seminário Internacional de Sustentabilidade

A palestra do diretor do SEDAM – RO, Paulo Bonavigo, gerou discussões. Ele apresentou as ações governamentais para pressionar e coibir abusos por parte da indústria madeireira e pecuarista. 10

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Os paticipantes do IX Seminário Internacional de Sustentabilidade (SIS) aprovaram por unanimidade a Carta de Rondônia, além de outro documento com intenções para negociações junto à direção do SWU pretendendo aumentar o destaque sobre sustentabilidade na região amazônica em 20l2 e nos anos seguintes. A

decisão aconteceu após dois dias de discussões e debates com mais de mil pessoas, com grande circulação de público, que compareceram nas dependências da Faculdade de São Lucas entre os dias dezoito e dezenove de novembro. Eduardo Fischer - criador do SWU, do Fórum Global de Sustentabilidade e presidente do


Grupo Totalcom – e sua curadora de eventos Ingrid Francine, já mostravam, em conversas preliminares ocorridas em Paulínia, o interesse em estender seus bem sucedidos eventos musicais, artísticos e culturais sustentáveis para a região amazônica, atendendo inclusive apelo da Prêmio Nobel da Paz Rigoberta Menchu da comunidade Maia guatemalca. A organização do IX SIS, por intermédio de seu presidente, o ativista ambiental Hércules Góes, levou a sugestão à plenária do evento. Ficou convencionada, por unanimidade, a possibilidade de se iniciar acordos com o festival paulista para levar em itinerância ambos os eventos para outros lugares da Amazônia nacional ou internacional. A decisão foi muito aplaudida pela grande maioria dos presentes, pessoas vindas de vários lugares do interior de Rondônia, Acre, Amapá e do Amazonas que superlotaram a faculdade, em Porto Velho, devido à discussão. Durante os dois dias do evento (17 e 18 de novembro) passaram pelos palcos do 9º SIS celebridades e ativistas, que participaram pessoalmente ou via videoconferência. Entre eles estava Gustavo Chianca que falou sobre a erradicação da fome e miséria no Brasil e no mundo e é doutor pela Universidade Sorbonne em Paris. Chianca estava representando José Graziano que assume o cargo de diretor geral da FAO em janeiro -ele é o primeiro latino americano a ocupar esta posição internacional em um organismo da ONU. O tema discutido por Chianca é prioridade dos governos federal e rondoniense, e foi debatido também com o Profº da UNIR, Malty que discorreu sobre sua visão à respeito do assunto.

Jannet Benavides da Odebrecht Peru que falou sobre a Rodovia e o Guia Interoceanica... A Secretária do Estado e Desenvolvimento Ambiental de Rondônia (SEDAM-RO), Nanci Rodrigues, cumprimentou a plenária em nome do governador Confúcio Moura e falou dos preparativos do governo rondoniense para encarar as

O tema discutido por Chianca é prioridade dos governos federal e rondoniense crises de desmatamento e mudanças climáticas, visando o COP 17 e o Rio +20. A palestra do diretor do SEDAM – RO, Paulo Bonavigo, gerou discussões. Ele apresentou as ações governamentais para pressionar e coibir abusos por parte da indústria madeireira e pecuarista. O desrespeito aos limites impostos pela legilação rondoniense

coloca o estado como um dos mais desmatados da região. Como Rôndonia e a população podem se preparar para uma apresentação mais aprimorada no Rio +20, com propostas e objetivos que visam o desenvolvimento sustentável, também foi discutido por ele. A Rodovia Interoceânica ou Rodovia do Pacífico, como é conhecida popularmente, foi inaugurada esse ano e liga o território acreano ao Porto Maldona, no Peru, foi o tema da palestra da engenheira Jannet Benavides da Associação Odebretcht Peru, uma das empreiteiras responsáveis pela conclusão da obra. Durante uma hora, Jannet descreveu os benefícios que serão gerados da integração cultural, social e econômica dos povos boliviano, peruano e brasileiro, nos estados Acre, Rondônia e Mato Grosso. O Diretos de Promoção Turística do Acre, Heitor Silva, debateu o tema abordando o possível aumento do turismo entre os Revista Ecoturismo

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Floresta Faz a DIferença e a Amazônia Para Sempre. Construções Verdes também foram pauta no IX SIS. O arquiteto Antonio Macedo Filho, do Green Building Council, uma ONG mundial que trabalha com a divulgação de formas de construir sustentáveis, apresentou as ideias mais recentes em arquitetura e construção sustentável. Quem debateu com ele foi Maurilio Vasconcelos, vice-presidente do Sinduscon Rôndonia – O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Rondônia.

Gustavo Chianca – Representante da FAO

países, apontando o fato da Amazônia ter sido vencedora do Concurso das Sete Maravilhas do Mundo. Como as Cataratas do Iguaçu também foram uma das sete selecionadas, o título abre a possibilidade de se criar um Fundo Fronteiriço como o Fundo Iguaçu, da aliança tríplice Brasil, Paraguai e Argentina. Outra Participação de Jannet Benavides no IX SIS foi receber o Prêmio Ecoturismo & Justiça Climática em nome de sua conterrânea Susana Baca, Ministra da Cultura do Peru. O país está celebrando os 100 anos do descobrimento de Machu Picchu. A cidade Inca foi revelada ao mundo pelo americano Hiram Bingham. Elson Espinoza, Cônsul Geral do Brasil em Cusco, participou de uma conferência virtual exibida no evento ao final da manhã do dia 17. Diretamente de Machu Picchu, ele falou sobre a arqueologia peruana e as novidades do turismo com a perspectiva da formação da primeira Caravana Popular Brasil-Peru, que usará a Rodovia do Pacífico para inaugurar uma série de ações integracionistas.

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Mario Mantovanni, diretor da mobilização SOS Mata Atlântica, participou de uma outra webconferência. Diretamente de Brasília, onde fazia uma vigília cívica contra o a votação próNovo Código Florestal. Ele denunciou abusos de ruralistas no pleito do Código e chamou os seminaristas e a comunidade que o assistia para engajar na luta ativista com personalidades como Vitor Fasano e Christiane Torloni do Movimento

No primeiro dia do evento, o governador do Camilo Capiberibe e senador João Capiberibe, ambos do Amapá, receberam os prêmios Prêmios Ecoturismo & Justiça Climática, pela resistência democrática na região amazônica, uma homenagem especial à batalha sustentável feita pelo exdeputado Eduardo Valverde. Já o expetista foi homenageado pela esposa, Mara Valverde, do Movimento Popular das Mulheres de Porto Velho, devido sua incessante luta e sua relação de compromisso com a sustentabilidade amazônica.

José Reinaldo Picanço – Secretário de Indústria, Comércio e Mineração do Estado do Amapá


A cineasta baiana lançou a premiere amazônica do filme “Grito”, de Franz Krazeberg. Juntamente ela propôs um manifesto para ONU transformar 2012 no Ano Internacional da Amazônia, todos os seminaristas apoiaram a moção.

Foram premiados também a Presidenta Dilma Rousseff, que vai receber o laurel no Palácio do Planalto, Gisele Bündchen e o piloto de Fórmula l Lewis Hamilton, que deverá receber o Prêmio no próximo domingo, quando participa Prêmio Brasil de Fórmula l, em Interlagos. A cineasta baiana lançou a premiere amazônica do filme “Grito”, de Franz Krazeberg. Juntamente ela propôs um manifesto para ONU transformar 2012 no Ano Internacional da Amazônia, todos os seminaristas apoiaram a moção. A produtora Charlene Lima lançou os filmes “Ollos e Suenos” do cineasta peruano Ricardo Cabellos e “Me Voy” da cineasta acreana Marilia Emilia. Carlos Levy lançou seu filme “A tormenta”, como indicação do Festival do Amazonas, falando das perspectivas da cultura e do

cinema em Rondônia, representando a Associação Curta Catarinense. No último dia do evento, Cassandra Molissani, engenheira do Consórcio Norte Energia, representou a Eletrobrás e apresentou pontos científicos sobre a os controversos lados da discutida obra de Belo

Elson Espinoza, Cônsul Geral do Brasil em Cusco, participou de uma conferência virtual exibida no evento ao final da manhã do dia 17. Diretamente de Machu Picchu, ele falou sobre a arqueologia peruana e as novidades do turismo com a perspectiva da formação da primeira Caravana Popular Brasil-Peru,

Monte. Ela mostrou os cuidados que serão tomados para não prejudicar as comunidades indígenas entorna da Usina, que é criticada internacionalmente por ONGs como a Amazon Watch. Ela mostrou que o alarde internacional em torno da situação indígena tem tido um papel importante para estimular um diálogo com as comunidades ribeirinhas. A obra está em litígio com a Organização dos Estados Americanos e com muitas liminares, mas ainda intende cumprir com seu compromisso com a comunidade amazônica e mundial. As Usinas Ferreira Gomes foram apresentadas como um investimento em energia limpa no estado considerado o mais preservado da região norte: O Amapá. O Secretário de Indústria, Comércio e Mineração do estado, Reinaldo Picanço, apresentou as Revista Ecoturismo

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Antônio Macedo – Membro do Ecobuilding potencialidades deste tipo de energia. Apoiando o deputado, o engenheiro Gastão Rocha representou o grupo Alupa, a primeira empresa a construir uma hidrelétrica no estado e que demonstrou respeitar o meio ambiente e a comunidade local. O doutorando da Fundação Federal de Rôndonia (UNIR) palestrou

A Carta Final de Rôndonia foi aprovada por voto unanimamente e foi enviado ao Senado Federal. Uma cópia do documento será entregue no COP 17, em Durban, e no Rio +20

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sobre o engajamento da sociedade rondoniense e amazônica para preservar os bens arqueológicos e culturais. Denunciou abusos de universidades brasileiras e a falta de interesse governamental na educação nacional. Também mostrou os aspectos científicos fundamentais dos povos incas que habitaram a região do antiplanalto andino e a planaltina; entre elas a Amazônia. Um dos debatedores foi o arqueólogo Danilo Curado, que estuda arqueologia rondoniense. A palestrante Amyra El Khalili, economista brasileira, expôs uma aula sobre commodities ambientais e os impactos sobre a economia dos estados da floresta amazônica e como a exploração dos produtos locais pode ajudar no crescimento sustentável através da economia verde. Outras personalidades da sociedade nortista se apresentaram

nos dois dias de Seminários como professores do Instituto Federal de Rondônia, da Faculdade São Lucas e da UNIR. A Carta Final de Rôndonia foi aprovada por voto unanimamente e foi enviado ao Senado Federal. Uma cópia do documento será entregue no COP 17, em Durban, e no Rio +20 Muitos debatedores da sociedade amazônica passaram pelos palcos nos dois dias entre os quais, professores da IFRO, Faculdade São Lucas, UNIR, com os mestres dando verdadeiras aulas de compromisso com a sustentabilidade e o meio ambiente. A carta final de Rondônia foi votada por unanimidade e será enviada para o Senado Federal, Cop l7 em Durban e Rio + 20. O evento teve o patrocínio da Eletrobrás, Correios, Usinas Ferreira Gomes, Sebrae Rondônia, Sedam Rondônia, Jornal Alto Madeira,


Graças ao apoio da comunidade amazônica, existe o projeto de relançamento do livro Madeira Mamoré Patrimônio da Humanidade,

Estadão do Norte, CREA-RO, CocaCola, Grupo Simões, Teklatur, Jornal e Site O Nortão, Correio de Notícias, Notícia na Hora, Gente de Opinião, TV Candelária, Record News, Rádios Parecis, Caiari e FM Madeira e outros apoiadores. O evento foi transmitido pelo fan page do 9º Seminário Internacional de Sustentabilidade no Facebook, Twitter, Tv e Revista Ecoturismo obtendo uma audiência de mais de 3 mil internautas, e disponibilizando todo o material nestes sites, no Jornal O Nortão e demais parceiros eletrônicos ao fim do Seminário.

Centenário da Madeira Mamoré e o Ano da Amazônia

Em 2005 foi lançada uma obra sobre a Estrada de Ferro Madeira Mamoré,

escrita com base em entrevista com o historiador Manoel Rodrigues Ferreira, autor da Ferrovia do Diabo, em São Paulo, quando também foi fundada a Sopreparo - Sociedade de Preservação do Patrimônio Histório de Rondônia. Foi então protocolado na Unesco o primeiro pedido oficial para transformar a Ferrovia em Patrimônio Histórico da Humanidade, o primeiro bem amazônico com esse título. Na época foi lançada uma das obras com o selo de Rumo ao Centenário que acontecerá em 2012. Com a eleição da Amazônia como uma das Sete Maravilhas do Mundo - junto com as Cataratas do Iguaçu está sendo proposto a criação de um

Fundo Tri nacional, que inclui Brasil, Bolívia e Peru. Este tem por objetivo conseguir apoios e recursos para os bens que envolvem a Bolívia, como a Madeira Mamoré, sua ponte com construção prevista para 2012 e a Interoceânica (que vai gerir ações para a rodovia rumo ao Peru, juntando ações do Acre, Rondônia e Mato Grosso). Graças ao apoio da comunidade amazônica, existe o projeto de relançamento do livro Madeira Mamoré - Patrimônio da Humanidade, edição atualizada do centenário, que deve ser lançado em português e em espanhol. Juntando ações de filmes e documentários Revista Ecoturismo

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Teleconferência – Elson Espinoza – Cônsul Honorário do Brasil em Puno

como o do cineasta rondoniense Carlos Levy e outros pensadores da região, buscando parcerias públicas e privadas, para durante o 10º Seminário Internacional de Sustentabilidade, que acontece em novembro de 2012, exibir para a Amazônia a obra e discutir com as comunidades dos entornos seus efeitos, estendendo para países vizinhos da OTCA (Organização do Tratado de Cooperação da Amazônia) e com o objetivo de apresentar para o SWU este projeto pan amazônico que une música, cinema, livro, e cultura das discussões seminariais. Em parceria com a Associação Odebrecht e outras instituições, busca-se apoio para a tradução do Guia de La Interoceânica, ou Rodovia do Pacífico, do espanhol para o português, e para relançar a obra Bloco do Norte do Mercosul Saída do Pacifico, Estrada Já, cujas primeiras obras se iniciaram em 1995,

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quando a Interoceânica ainda era um sonho na cabeça de idealistas, como Morimoto, Tourinho, Miguel de Souza, Hércules Góes e outros visionários. No momento está em andamento a criação do livro Desmatamento Zero, fruto dos registros do 9º Seminário Internacional de Sustentabilidade e do 10º Prêmio de Ecoturismo & Justiça Climática, realizado em novembro de 2011. Ele está sendo escrito pelos jornalistas rondonienses Franciso José do Nascimento e Nonato Cruz, que já participam destas obras há mais de 15 anos, em co-autoria com o jornalista Hercules Góes. Com o apoio do 9º SIS, acaba se de incorporar a luta e o pleito de Franz Krazberg para que a ONU proclame 2012, o Ano Internacional da Amazônia, o que dará boa visibilidade para a marca Madeira Mamoré e seu centenário.

Gastão Rocha – Diretor Técnico da UHE Ferreira Gomes



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O nome é Fernando de Noronha, mas pode chamar de paraíso. É que um lugar com tantos encantos e belezas não parece ser real. E o mais incrível de tudo é que você não viu nada. Pernambuco tem muitos outros lugares imperdíveis como este. Venha conhecer. Aqui, não falta diversão para você curtir as férias da sua vida.

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GUAJARÁ PALACE HOTEL 35 ANOS DE HISTORIA

“A orquestração desse empreendimento de novos hotéis em Porto Velho deve-se em parte daqueles que acreditam em Rondônia como é o caso de grandes grupos empresariais, que representam o divisor progresso deste gigantesco estado, antes e depois das construções das usinas Santo Antônio e Jirau”. Dois marcos significativos que impulsionaram os brasileiros de todos os quadrantes do país

a demandarem a Rondônia nas décadas de 70 e 80: a febre do ouro de aluvião na extração do Rio Madeira desde o seu nascimento, junção dos rios Mamoré e Beni, ambos rios brasileiros até a cachoeira do Santo Antônio em Porto Velho e em seguida a instalação do Estado de Rondônia, imitando uma impetuosidade do Velho Teixeirão. De repente, muito mais que de repente, as autoridades hoteleiras tomaram conta do entusiasmo de vários empresários e ai nascia o Rondon Palace Hotel,o Hotel Floresta, o Hotel Regina, o Hotel Samauma,o Novo Hotel, o Hotel Aquarius, o Vila Rica e tantos outros. A reboque do entusiasmo que contaminou o Estado, o Senhor Antonio Pontes de Aguiar construiu o primeiro hotel popular impulsionado pela febre do ouro de Porto Velho em 1978; este construído todo no concreto e mármore, dando-lhe o nome de Porto Velho Palace Hotel. 15 anos depois, por força da origem do novo proprietário, passou a chamar-se Guajará Palace Hotel. O Guajará Palace Hotel serve-se, assim no contexto histórico de Rondônia, dir-se-ia um hotel para os rondonienses desde as cachoeiras do Rio Cabixis, lá para as bandas do Guaporé, o rio mais lindo do mundo, até Guajará Mirim, ali onde avistamos parte com os castelhanos, aos pés das Cordilheiras dos Andes. Desde o inicio de suas atividades, o Guajará Palace Hotel, propôs-se, isto é, receber a todos com alegria e cordialidade, não distinguindo rico ou pobre, funcionando como uma espécie de residência a distancia de quantos nos deram a honra de hospedar ao longo das últimas três décadas.

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Aqui hospedam-se Prefeitos, Deputados, Vereadores, Fazendeiros, Vendedores,e também profissional liberal como o jornalista , escritor e conferencista Dr. Hércules Góes que nas suas andanças pelas bandas de Rondônia acha o Guajará Palace Hotel um pouso fantástico. Isso retrata como é gostoso reencontrar pessoas que há mais de 34 anos nos dão a preferência. No momento estamos no estado novo, o hotel possui Internet wifi, lavanderia, dois estacionamentos monitorados 24 horas, TV em LCD e a cabo, Sala de Reunião, Café da Manhã servido a estilo colonial. O Hotel Guajará, como a maioria dos hotéis de Rondônia esta encravado numa das regiões mais bonitas do país. E quando vier a Porto Velho, hospede-se no Guajará Palace Hotel e complemente a sua viagem visitando pontos turísticos deslumbrantes como o Mirante a frente do Rio Madeira, onde o sol, nas tardes ensolaradas, parece ter um olho maior que o mundo, o museu da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, a lendária Estrada do Diabo, a Culinária de Rondônia, com seus apetitosos pratos de peixes amazônicos, como o Tucunaré, o Pirarucu, o Dourado, o Tambaqui, a Jatuarana, o Pacu, a Pirapitinga, o Pintado e as famosas piranhas, com as quais são feitos os milhares de caldos de peixe do Brasil. É isso ai, venha a Rondônia, saborear e desfrutar das coisas boas desse pedaço do Brasil. Se nos der preferência, ficaremos honrados, afinal o Guajará Palace Hotel é também um pedaço do coração de Rondônia.


A quarenta quilômetros de Brasilia, o Olhos D’Agua Palace hotel esta instalado no cerrado Goiano com apartamentos: luxo, semi-luxo e máster. A Poucas horas do Planalto Central, seus clientes aos finais de semana 50% são do Distrito Federal, fazemos parceria com grupos empresariais que acredita em Alexinia. Goiás. Esperamos por você em visita a Alexinia, seja em turismo ou à negocio. Venha desfrutar da nossa hospitalidade. Teremos muito prazer em atende-lo. Telefone para contato: Escritório: (61)3226-5543 | Hotel: ( 62) 3336-4055

www.olhosdaguapalacehotel.com.br Email: reserva.hotelolhosdaguapalace@hotmail.com


Um paraíso nas alturas

O Lago Titicaca é o lago navegável mais alto do mundo e encanta turistas de todos os gostos a 3820 metros de altitude Entre o Peru e a Bolívia, o Lago Titicaca se encontra a 3.820 metros sobre o nível do mar, com uma superfície de 8.560 quilômetros quadrados, tendo um comprimento de 194 quilômetros e uma largura média de 65 quilômetros, na Cordilheira dos Andes. Nas áreas onde a profundidade ultrapassa os 25 metros, as águas têm cor azulada e, nas menos profundas, por causa das plantas aquáticas, apresenta cor esverdeada. A fauna encontrada no lago é muito rica e existe grandes variedades de peixes - inclusive trutas, que foram introduzidas no lago e hoje é um dos principais pratos dos restaurantes da região. O lago Titicaca é alimentado pela água das chuvas e pelo degelo das geleiras que rodeiam o altiplano. É fonte do rio Desaguadero, que corre para o sul através da Bolívia até o Lago Poopó; no entanto, este afluente é responsável por menos do que cinco por cento da perda de água, o resto ficando por conta da evaporação devida ao ventos intensos e à exposição extrema à luz do Sol nesta altitude.

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História A origem do nome Titicaca é desconhecida; foi traduzido como “Pedra do Puma”, combinando palavras da língua local Quíchua e Aimará. Localmente, o lago é conhecido sob diversos nomes. Segundo a lenda andina, foi nas águas do Titicaca que nasceu a civilização inca. O “deus Sol” instruiu seus filhos para procurarem um local ideal para seu povo. Manco Capac e Mama Ocllo chegaram, então, a uma ilha - mais tarde batizada de Isla del Sol. O local teria sido o berço da famosa civilização pré-colombiana entre os séculos XII e XVI, quando se deu a invasão espanhola.

Copacabana - Bolívia Copacabana é considerada a principal cidade ao redor do Lago Titicaca. É de lá que saem os barcos para realizarem o passeio na Isla do Sol e Isla de la Luna. Está localizada a 341 metros acima do nível do mar e a 155 quilômetros de La Paz, fazendo fronteira com o Peru.

Puno - Peru A cidade de Puno no Peru fica localizada as margens do lago e é a porta de acesso para quem pretende visitá-lo. É conhecida por Capital Folclórica das Américas, com festivais anuais acontecendo em todas as suas pequenas aldeias. Puno foi sede de uma das culturas mais importantes da época pré-inca, a cultura Tiahuanaco, cujos

restos arqueológicos, encontrados em seus museus e sítios arqueológicos, causam grande admiração nos visitantes. Segundo a lenda, o primeiro Inca, Manco Cápac e sua esposa Mama Ocllo emergiram do Lago Titicaca por ordem de seu pai o Deus do Sol para fundar o Império de Tawantisuyo, que se estendia por todos os Andes. É possível visitar museus históricos na cidade.

O nome da cidade deriva da expressão kota kahuana do dialeto Aymara, que significa “vista do lago”. Em Copacabana, está a Igreja de Nossa Senhora de Copacabana, padroeira do país, onde se encontra uma das imagens mais cultuadas da Virgem Maria. Construída na época da colonização espanhola, é bem conservada, possui grandes quadros e pinturas religiosas. O altar tem a altura mais ou menos de dez metros, com grande quantidade de ouro e prata, que reluz por toda a igreja. No Morro do Calvário, pode-se admirar a vista da cidade. No século XIX, uma réplica local da imagem de Nossa Senhora de Copacabana foi levada por comerciantes espanhóis ao Rio de Janeiro, onde foi criada uma pequena igreja para abrigá-la. A igreja cresceu e acabou por nomear o atual bairro de Copacabana.


Ilhas O Lago Titicaca possui 41 ilhas, algumas delas são densamente povoadas.

Ilha do sol Pertencente à Bolívia, a Ilha do Sol tem seu acesso através da cidade de Copacabana . Tem área de 14,3 km² e é a maior ilha do lago. Tinha o nome de Isla Titicaca. É uma ilha sagrada para os Incas, onde se encontravam os santuários das “vírgenes del sol”, dedicado ao Deus Sol. A ilha atualmente é povoada por indígenas de origem quechua e aymara, dedicados ao artesanato e ao pastoreio, principalmente de gado ovino. Existem muitos sítios arqueológicos

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em volta da ilha. Estudos indicam que a civilização Inca teve origem na ilha, com o surgimento de Manco Capac. Possui muitos atrativos e faz parte da rota conhecida por muitos mochileiros. Na ilha se encontra o museu arqueológico de Challapampa, onde se encontram peças resgatadas ao redor da ilha. A paisagem é magnífica em toda a ilha, existe uma trilha para uma caminhada de norte à sul da ilha, que pode ser feita em cerca de 3 horas.

Ilha da Lua A Ilha da Lua, também chamada de Ilha Koati, fica próxima à Ilha do Sol, com seu acesso também através de Copacabana. É pequena, possuindo cerca de 105 hectaress, com relevo escarpado.

É uma ilha sagrada para os Incas, onde se encontravam os santuários das “vírgenes del sol”, dedicado ao Deus Sol. Na época do Império Inca, contou com um templo chamado Iãkuyu, o Palácio das virgens de Sol. Dizem que lá ficavam mulheres aprendendo vários ofícios que podiam se tornar esposas secundárias do imperador ou serem usadas para sacrifícios. Apenas o imperador, autoridade máxima dos incas, podia entrar na Ilha da Lua. Hoje, está povoada por poucas famílias de origem quechua e aimara, dedicando-se à agricultura, ao pastoreio e à venda de artesanatos.

Amantani Localizada no Peru, na região de Puno, a ilha de Amantani tem um formato quase circular de diâmetro médio de três quilômetros e meio e é a maior ilha peruana do Lago. A ocupação de Amanti é pré-Inca, mas por volta de 1580 foi vendida pelo el Rei Carlos V para o espanhol Pedro González. Desde 1950, no entanto, os habitantes camponeses ocuparam quase a totalidade da ilha. Tidos no local praticamente como nativos, Revista Ecoturismo

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vivem em uma socidade baseada no parentesco e na divisão familiar de terras e de trabalho. Cerca de 800 famílias, dividas em oito comunidades de Santa Rosa, Lampayuni, Sancayuni, Alto Sancayuni, Occosuyo, Incatiana, Colquecachi y Villa Orinojón estão lá. Através da agricultura, produzem grande parte dos seus alimentos localmente.

Taquile A Ilha de Taquile, também chamada de Intika, em quechua, situa-se a 45 quilômetros de Puno. O local remonta a época pré-Inca e, hoje, ainda são encontrados alguns restos arqueológicos. Existem antigas torres funerárias em cima das colinas, construídas em pedras, com forma de pequenas habitações retangulares. A sociedade local, assim como na Ilha de Amantani, baseiase no trabalho coletivo e no código Inca “Ama sua, ama llulla, ama qilla” (não roubarás, não mentirás e não serás preguiçoso). Vivem da pesca, da agricultura e dos turistas, os quais recebem cerca de 40 mil por ano. O grande diferencial de Taquile está em seus tecidos e vestimentas.

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“Taquile e sua arte têxtil” são tombados patrimônio da UNESCO. Os bordados tem características da população local. Os homens, por exemplo, utilizam gorros para indicar se são solteiros, casados, altoridades, ou solteiros procurando noiva. Após o casamento, a esposa deve elaborar um cinturão para o marido, feito com seus próprios cabelos. O matrimônio, no entanto, só é efetivado após dois anos de vida conjunta entre o casal. Depois, não há divórcios. Carneiros, ovelhas, vacas e galinhas fazem parte do cultivo alimentício local. Porém, cachorros e

gatos praticamente não existem na ilha e, quem quiser possui um, deve pedir permissão às autoridades. O cultivo da folha de coca é tradicional e ajuda a combater os efeitos da altitude para os turistas. Taquile adotou um modelo de turismo que atrai uma série de viajantes. Não há modernidades e, para quem visita, pode comer em restaurantes feitos nas próprias casas dos moradores. Os nativos também oferecem transporte e serviços de guia, inovando e fomentando o turismo na região.


Titicaca foi criada em 1978 protegendo ao redor de 37 mil hectares.

Uros As Ilhas Flutuantes de Uros são um grupo de ilhas artificiais, feitas de totora (um tipo de junco). Situadas apenas a meia hora de Puno, no Peru, mil e oitocentas pessoas, divididas em 70 ilhas familiares, vivem lá. São os próprios habitantes, descendentes dos Uroitos - povo que no século XV mudou-se da terra para dentro do lago – que constroem a e mantém as ilhas. Cada ilha, mesmo com “boa manutenção”, não dura mais do que oito anos. Findo esse prazo, é abandonada e uma outra é construída em seu lugar. A Totora cresce nas margens do lago Titicaca e é usada, além das contruções das suas casas, no artesanato, na alimentação e em medicamentos. A população de Uros vive da caça, da pesca e, mais recentemente, do turismo.

Reserva Nacional do Titicaca A Reserva Nacional do Titicaca foi criada em 1978 protegendo ao redor de 37 mil hectares. É compartilhada em dois setores: Ramis, nos municípios de Huancané e Ramis; e Puno, no município do mesmo nome. A área abriga dúzias de espécies nativas de pássaros (mais que 60 entre residentes e migratórios), peixes (4 famílias diferentes) e anfíbios (18 espécies originarias); também, três ilhas existem: Huaca Huacani, Toranipata e Santa María.

“Ama sua, ama llulla, ama qilla” (não roubarás, não mentirás e não serás preguiçoso). Vivem da pesca, da agricultura e dos turistas, os quais recebem cerca de 40 mil por ano.

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É tempo de férias! Para quem ainda não decidiu o que fazer na temporada de verão de 2012, já está na hora de planejar. Ficar em casa descansando pode parecer uma boa opção, mas as promoções em passagens aéreas para esta temporada vão despertar o espírito viajante de cada um.

São Paulo

Nos voos domésticos, a companhia aérea Passaredo está com a promoção Verão Promocional Passaredo, com passagens para janeiro e começo de fevereiro. Para conseguir a tarifa promocional é preciso comprar passagens de ida e volta e há preços de apenas R$39 por trecho. As companhias GOL e TAM também embarcaram na onda de promoções. São mais de 120 trechos a partir de R$120. Vale a pena também conferir o site da Webjet, que normalmente traz tarifas com valores baixos. Porto Alegre Rio de Janeiro Já para quem deseja viajar ao exterior, os preços estão ótimos. A GOL, por exemplo, está vendendo passagens de Porto Alegre, São Paulo e do Rio de Janeiro para Santiago a partir de US$199, nos trechos de ida e volta. Também em rotas da América Latina, a companhia Pluna está com passagens a partir de US$99 nos voos Campinas-Montevidéu-Campinas.

Sydney

Vale ficar atento às últimas promoções da LAN. Entre os trechos mais interessantes, ida e volta, com saídas de São Paulo e Rio de Janeiro, estão Lima a partir de US$251, Sydney a partir de US$849, Buenos Aires a partir de US$288, Santiago a partir de US$336 e Cidade do México a partir de US$536. México

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Impactos ambientais da Copa do Mundo 2014 viraram pauta no Brasil desde que o país foi escolhido como sede. O maior evento de futebol do mundo movimentará o turismo em diversas regiões que precisam estar preparadas. Somente durante os 30 dias da Copa de 2014, o Ministério do Turismo estima que 600 mil estrangeiros visitem o Brasil. Para o país poder atender a todo esse fluxo de pessoas com alto nível de excelência, não só o ramo hoteleiro, de restauração e logístico devem estar preparados, mas também é preciso pensar em tudo isso com níveis sustentáveis. Para isso, o governo federal decidiu aliar a imagem da Copa de 2014 à questão ambiental, trazendo para os produtores orgânicos brasileiros oportunidades de ampliação dos mercados consumidores e de expansão da produção. O tema vem sendo discutido em seminários pelo país, como o Green Rio – Oportunidades e Desafios da Copa de 2014.

Segundo reportagem da Agência Brasil, a coordenadora do Centro Sebrae de Inteligência em Orgânicos, Sylvia Wachsner, considera que a entrada dos alimentos orgânicos na programação da Copa abre caminho para que o mesmo tratamento seja dado às Olimpíadas de 2016. “Essa determinação governamental sinaliza para o crescimento da agricultura orgânica no país, das informações para os produtores e das cadeias que podem oferecer esses produtos”, disse ela. O foco será nas 12 cidades-sede dos jogos. Como nem todas essas cidades têm produtores orgânicos, a ideia do governo é comprar os produtos de pequenos agricultores localizados


perto de cada sede da Copa, explicou Sylvia. “Sempre tratando de comprar dos produtores que ficam próximos dos grandes centros, em um raio de cento e tantos quilômetros. Isso é uma oportunidade enorme para os produtores orgânicos, não só para os chamados produtos verdes, como para produtos beneficiados, entre eles laticínios e grãos, para alimentação de atletas e de visitantes”, acrescentou. Além disso, as cidades que receberão os jogos da Copa do Mundo de 2014 terão projetos de mobilidade urbana ambientalmente sustentáveis privilegiados pelo Ministério do Meio Ambiente com financiamento do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima. A informação foi dada nesta terça-feira (26) pelo secretário nacional de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do ministério, Eduardo Assad, durante o Seminário de Tecnologias Sustentáveis, no Rio. Segundo ele, a principal meta é iniciar uma renovação no sistema de transporte público feito por ônibus, principalmente na capital fluminense, que também sediará os Jogos Olímpicos de 2016. Outros eventos e governos vêm criando em menor escala, campanhas e projetos para a Copa Sustentável. Em novembro, o Festival Planeta Brasil e o Governo do Estado de Minas Gerais por meio da Secretaria de Estado Extraordinária da Copa do Mundo promoveram o seminário Copa Sustentável em Minas Gerais, que propondo discussões sobre os impactos e benefícios que a Copa do Mundo FIFA 2014 pode trazer para o meio ambiente, a sociedade e o Poder Público.

Rio de Janeiro

Belo Horizonte

Curitiba

Brasília

Itaquerão

Manaus

São Paulo Natal

Porto Alegre

Recife

Cuiabá Fortaleza

Salvador


Destinos

de Fim de Ano

Copacabana

Farol da Barra No nordeste, os pacotes mais procurados para a virada do ano encontram-se na Bahia. Dentre os destinos mais famosos está a tradicional festa do Farol da Barra, em Salvador. Assim como no carnaval, o revéillon no local é um dos maiores do Brasil. Cerca de um milhão de pessoas, todos os anos, lotam a praia, em setenta e cinco quilômetros de orla, para assistir à queima de fogos, fazer suas oferendas e pular sete ondas na hora da virada. Grandes shows animam a multidão. A Prefeitura anunciou que, para 2012, o grupo Parangolé irá agitar a noite da capital baiana.

Uma das festas mais concorridas do Brasil e do mundo, a virada do ano na praia de Copacabana traz milhões de turistas todos os anos para o Rio de Janeiro. A cidade é bem servida de aeroportos e centenas de hotéis, porém a data exige reservas antecipadas já que praticamente todas as agências de turismo do ramo oferecem pacotes para o réveillon da Cidade Maravilhosa. A animação em Copacabana já é tradicional. No ano passado, vinte minutos de fogos de artifício foram sincronizados com uma trilha sonora – algo inédito até então. Foi, então, apresentado o logotipo do s Jogos Olímpicos de 2016, junto com vídeo, animações em luzes e laser. Para 2012, as expectativas são grandes e a cidade promete mais uma vez apresentar uma das festas mais badaladas do mundo. Visando maior segurança e conforto, vários hotéis de Copacabana oferecem pacotes para festa e/ou ceia. Os preços variam de R$100 a R$800 por pessoa e a reserva deve ser feita com antecedência.

São Paulo Quem acredita que réveillon só é bom na praia se engana. A virada do ano em São Paulo é feita não só para os paulistanos, mas também para milhares de turistas que se dirigem a maior cidade do país durante o final de ano. Quem mora na capital e não pode fugir para o litoral pode aproveitar a bela festa organizada na cidade. A famosa Avenida Paulista é palco anualmente de uma festa que vem chamando a atenção a cada ano que passa. Com shows, fogos de artifício e muita festa, São Paulo tem se tornado um destino para a virada do ano que pode ser realmente inesquecível. A grande oferta de restaurantes, bares, boates e eventos na capital paulista costumam garantir que não opções é algo que não falta para os turistas que escolhem São Paulo para curtir o ano novo.




Pelourinho - Salvador

Carnaval da Bahia

Lavagem do Bonfim - Salvador

Além do sol, das praias, do azul do mar, do verde das montanhas cortadas por rios e cachoeiras, a força da história. O vigor e a diversidade de uma cultura viva. O sorriso de um povo que gosta e sabe receber bem. O verão do Brasil começa aqui. A Bahia é muito mais.

Praia de Itapuã - Salvador Berimbau e fitas do Senhor do Bonfim

Morro de São Paulo - Costa do Dendê

Baía de Todos-os-Santos

Poço do Diabo – Chapada Diamantina

Capoeira - Farol da Barra



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