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Energies

Neoenergia inicia sistema de controle e gerenciamento avançado da distribuição

A Neoenergia concluiu, em julho, mais uma fase do projeto de modernização e padronização dos sistemas de controle e gerenciamento da distribuição do grupo, com a entrada em operação do novo Sistema de Controle e Gerenciamento Avançado da Distribuição do Grupo.

Novas funcionalidades, alta tecnologia, digitalização, velocidade e soluções baseadas em inteligência artificial fazem parte do novo sistema. A expectativa é de que a nova ferramenta traga mais agilidade e eficiência, com o objetivo de melhorar ainda mais a qualidade do serviço de fornecimento de energia.

Iniciado em 2018, o Programa SISCON é composto por vários projetos que contemplam a implementação de novos sistemas, a modernização da infraestrutura de informação e a padronização dos processos de operação. Até 2024, serão implantados todos os projetos do programa beneficiando os clientes dos quase 1.000 municípios atendidos pela Neoenergia Pernambuco (PE), Neoenergia Coelba (BA), Neoenergia Cosern (RN) e Neoenergia Elektro (SP e MS).

“O programa SISCON faz parte de uma estratégia robusta de investimentos em digitalização, buscando eficiência e aumento da qualidade do serviço de fornecimento de energia, prestado aos clientes da Neoenergia. Até 2024, continuaremos modernizando os centros de operação e datacenters, além de reforço de práticas de cibersegurança e novas ferramentas que impulsionarão a transformação digital no modelo de operação das distribuidoras”, afirma Carlos Eduardo Ferreira Soares, superintendente de Desenvolvimento e Aplicação da Neoenergia.

A etapa de Pernambuco já permite a operação remota de todas as 162 subestações, e mais de 2.760 equipamentos de redes, como religadores e sensores, atualmente espalhados por toda a área de concessão da distribuidora, além de permitir o restabelecimento do fornecimento de energia em até 60 segundos, por meio de uma tecnologia de recomposição automática, conhecida como self healing.

“A implantação de novos sistemas de gerenciamento da distribuição é sempre um grande desafio, já que falamos de um serviço crítico em uma empresa de distribuição de energia. Através desse projeto, asseguramos maior robustez, tecnologia, segurança e eficiência aos nossos processos e, consequentemente, a melhoria da prestação do serviço de distribuição a todos os pernambucanos” ressalta Benedito Somaio, gerente do Programa SISCON na Neoenergia.

A Neoenergia Pernambuco possui uma área de concessão de 98,5 mil km2, fornece energia para 3,8 milhões de clientes (9,4 milhões de habitantes), e distribui energia elétrica e qualidade de vida para os 184 municípios pernambucanos e a Ilha de Fernando de Noronha, além da cidade de Pedra de Fogo, na Paraíba.

Energia solar ultrapassa R$ 93 bilhões em investimentos, no Brasil

O Brasil ultrapassou mais uma nova marca histórica, a de 18 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia elétrica em telhados, fachadas e pequenos terrenos, o equivalente a 8,5% da matriz elétrica do país. Segundo mapeamento, de janeiro a agosto deste ano, a energia solar cresceu 38,4%, saltando de 13 GW para 18W. E, nos últimos 90 dias, o ritmo de crescimento tem sido de um GW por mês, o que colocou a fonte na terceira posição da matriz elétrica brasileira.

A solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 93,7 bilhões em novos investimentos, R$ 25,4 bilhões em arrecadação Rodrigo Sauaia e Ronaldo Koloszuk aos cofres públicos, e gerou mais de 540,5 mil empregos acumulados, desde 2012. Com isso, também evitou a emissão de 26,5 milhões de toneladas de CO2, na geração de eletricidade.

Para o CEO da Absolar – Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica –, Rodrigo Sauaia, o avanço da energia solar no país, via grandes usinas, e pela geração própria em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos, é fundamental para o desenvolvimento econômico, social e ambiental do Brasil. “A fonte ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do país, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos, e o risco de mais aumentos na conta de luz da população. As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário dos últimos anos sobre os consumidores”, diz Sauaia.

O Brasil possui mais de 5,6 GW de potência instalada em usinas solares de grande porte. Desde 2012, as grandes usinas solares já trouxeram ao Brasil cerca de R$ 28,1 bilhões, em novos investimentos, e mais de 168,5 mil empregos acumulados, além de proporcionarem uma arrecadação de R$ 9,0 bilhões aos cofres públicos. No segmento de geração própria de energia, são mais de 12,4 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale a cerca de R$ 65,7 bilhões em investimentos, R$ 16,4 bilhões em arrecadação, e mais de 372 mil empregos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é utilizada atualmente em 98% de todas as conexões de geração própria no país, liderando com folga o segmento.

Somadas as capacidades instaladas das grandes usinas e da geração própria de energia, a fonte solar ocupa o terceiro lugar na matriz elétrica brasileira, à frente das termelétricas, movidas a gás natural e biomassa.

Segundo Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar, além de competitiva e acessível, a energia solar é rápida de instalar, e ajuda a aliviar o bolso dos consumidores, reduzindo em até 90% seus gastos com energia elétrica. “Energia elétrica competitiva e limpa é fundamental para o País recuperar a sua economia e conseguir crescer. A fonte solar é parte desta importante solução”.

R$ 400 milhões em linha de crédito para energia renovável

O Banco do Brasil desembolsou mais de R$ 400 milhões com a linha BB Crédito Energia Renovável, contribuindo com a transição para a energia verde em cerca de 14 mil projetos residenciais.

Em maio deste ano, o Crédito Energia Renovável teve seu prazo ampliado de 60 para 96 meses, tornando a linha ainda mais competitiva. Mais de 35% do valor desembolsado foi realizado pelo aplicativo. Com a novidade, os clientes podem contar com prestações menores, adequadas às suas necessidades, o que permite, por exemplo, a substituição do valor da conta de energia pela prestação do financiamento, sem aumento do gasto mensal familiar. A ampliação do prazo faz parte das ações de incentivo a soluções financeiras para aquisição de sistemas de energia renovável e eficiência energética (iluminação, motores, climatização, equipamentos mais eficientes, entre outros), como forma de auxiliar os clientes na transição para uma economia de baixo carbono. Pessoas físicas podem financiar até 100% do valor de sistemas fotovoltaicos para geração de energia solar em residências, urbanas e não urbanas, com valores que variam de R$ 5 mil a R$ 100 mil. A operação pode ser contratada pelo aplicativo do banco ou de forma presencial nas agências do Banco do Brasil. A carência é de até 180 dias para pagamento da primeira parcela. A aquisição dos materiais e a montagem do projeto devem ocorrer em um dos mais de 3 mil fornecedores conveniados ao banco.

PUCRS recebe especialistas em mobilidade elétrica

Atenta às necessidades do presente e do futuro, a PUC-RS tem sido uma importante agente para a expansão segura e qualificada da mobilidade elétrica no Brasil e no final de agosto, recebeu especialistas do Brasil e da Coreia do Sul para debater os avanços da mobilidade elétrica. O evento internacional integra as ações do projeto E-mobility, que instalará na Universidade o primeiro laboratório da América Latina para ensaios de baterias para carros elétricos.

O projeto é fruto de uma cooperação entre a PUCRS, por meio de seu complexo de Laboratórios Especializados em Eletroeletrônica, Calibração e Ensaios (Labelo), o grupo global de certificação de produtos PCN, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), e o KTL, um dos maiores e mais tecnológicos laboratórios de ensaios e avaliações da conformidade do mundo, ligado ao Ministério do Comércio, Indústria e Tecnologia da Coreia do Sul.

Reunindo pesquisadores, estudantes e empresas ligadas ao setor, o evento E-mobility: experiências sul-coreanas e brasileiras em PD&I contou com a presença de mais de 100 pessoas. "Precisamos estar inseridos no movimento global em direção a mobilidade sustentável. Na PUCRS, possuímos a inovação e o desenvolvimento como posicionamento estratégico, e acreditamos que a Universidade pode contribuir para que essa transformação aconteça com qualidade e segurança para a sociedade. A sociedade espera e demanda nosso protagonismo", destacou Israel Teixeira, diretor do

Labelo.

Para Kim Rieffel, CEO da PCN na América Latina, existe uma grande oportunidade para o Brasil tornar-se protagonista, quando se fala em mobilidade elétrica. “Reunimos aqui todas as condições para termos as novas soluções. O objetivo é que possa haver contribuição nesse processo. Temos um segmento específico, mas em paralelo, nos colocamos à disposição para empreender dentro dessa área”, afirma Kim.

Os especialistas sul-coreanos também foram recepcionados pelo reitor da PUCRS, Evilázio Teixeira, e realizaram uma visita técnica para conhecer a estrutura da Universidade. Entre os espaços visitados, estiveram o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), e o Plug: Future Mobility Hub.

Principal referência mundial na mobilidade elétrica, a Coreia do Sul tem avançado na transição de veículos a combustão para modelos eletrificados, com a produção de veículos e instalação de estrutura para o carregamento. Em 2020, o governo da cidade de Seul, capital sul-coreana, anunciou a iniciativa “Sem Diesel”, que pretende substituir 100% dos carros a combustão por veículos elétricos e movidos a hidrogênio, em todo o setor público, até 2025.

Na PUCRS, o Diretor Geral do KTL, Tae-Seung Son, apresentou o laboratório sul-coreano e as ações para implementar soluções que garantam a segurança da IoT nos veículos autônomos. A pesquisadora de testes e certificação global no KTL, Sunhee Shin, ressaltou as tendências no setor, a partir da emergência da indústria 4.0 e a experiência coreana no desenvolvimento de carregadores para carros elétricos. Já o Diretor do Centro de Tecnologia Elétrica e Eletrônica do KTL, Bum-Jong Kim, destacou a experiência nas testagens de segurança para baterias.

Os especialistas foram recebidos pelo diretor-geral da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas –, Ricardo Fragoso, e o diretor de Normalização, Nelson Al Assal Filho. A pauta do encontro incluiu apresentação da ABNT e KTL, discussão de possíveis parcerias, troca de ideias entre as organizações, e apoio à candidatura à Presidência da ISO do Dr. Sung Hwan Cho (presidente da Hyundai Mobis Co. Ltd). O atual estágio da normalização e regulamentação técnica nos dois países, e eventuais impactos nos campos de ensaios e certificação, intercâmbio de informações sobre cybersegurança e, principalmente, eletromobilidade, também foram abordados. A comitiva coreana chegou acompanhada de Marco Aurélio de Lima, gerente de Projetos do Instituto Nacional de Metrologia Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Israel Teixeira, diretor dos Laboratórios Especializados em Eletroeletrônica, Calibração e Ensaios (Labelo) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e Kim Rieffel, diretor no Brasil do grupo sulcoreano PCN, que atua no apoio à certificação de produtos desde 1966. Karina Ninzoli Luro Nazello, da Gerência de Normalização Internacional da ABNT, também participou da recepção aos visitantes.

Hitachi promove um futuro com energia sustentável

Certifi cação para todos os elos da cadeia solar

A Hitachi Ltd. e a Hitachi Energy compartilham o compromisso de impulsionar o bem com inovação social, e promover um futuro de energia sustentável para todos. Em um esforço global de transição para um sistema de energia sustentável, trabalham em colaboração com seus clientes e parceiros, para desenvolver as soluções necessárias para acelerar essa transição.

As empresas apresentam inovações para sustentabilidade e recursos digitais aprimorados, como o EconiQ, portfólio ecoeficiente, que oferece um desempenho ambiental excepcional, em comparação com a soluções convencionais; o Portfólio de alta tensão EconiQ, que elimina o hexafluoreto de enxofre (SF6); através dos serviços EconiQ, o impacto ambiental e a pegada de carbono, ao longo do ciclo de vida, são significativamente reduzidos. Também é novidade o Grid-eXpand, uma nova gama abrangente de soluções modulares pré-fabricadas de conexão de rede, isoladas a ar e a gás; o IdentiQ, solução de gêmeo digital para corrente contínua de alta tensão (HVDC), e portfólio de qualidade de energia que permitem a colaboração digital entre equipes, para acelerar a execução do projeto, e minimizar os riscos do projeto.

“Hoje, vemos uma urgência crescente para fortalecer, expandir e evoluir a rede elétrica, estamos cumprindo todas as nossas promessas futuras das redes, e apoiando a aceleração da transição energética”, disse Claudio Facchin, CEO da Hitachi Energy. “Estamos ultrapassando os limites com tecnologia inovadora e novos modelos de negócios, colaborando com clientes e parceiros para promover um futuro de energia sustentável para todos”, acrescenta.

Solar Group lança tecnologias de fi xação de painéis solares

A Solar Group, indústria especializada em sistemas de fixação para o mercado de energia solar, vai apresentar ao mercado brasileiro novas tecnologias de fixação de painéis solares, que reduzem tempo de instalação, e ajudam no escoamento mais rápido da água de chuva.

Entre os lançamentos, estão o Fibro+ e Dreno Smart. No caso do Fibro+, trata-se de um produto que atende a principal necessidade do integrador, que é agilizar o tempo de obra nos telhados de fibrocimento, com espessura mínima de 5 milímetros, que pode reduzir em 35% o tempo de instalação do prestador de serviço.

Já o Dreno Smart ajuda a escoar a água sobre o módulo mais rapidamente. Assim, evita o acúmulo de água rente ao frame do módulo fotovoltaico, prevenindo o sombreamento causado pelas partículas de fuligem que a água deixa uma vez evaporada. A solução é também muito econômica, simples de instalar, e ajuda a melhorar a eficiência do sistema.

“A companhia planeja mais uma série de lançamentos de novos produtos e tecnologias nos próximos meses”, comenta Norberto da Costa, gerente de Marketing e Vendas da Solar Group.

Atualmente, a Solar Group conta com 410 colaboradores, e conta com participação em projetos fotovoltaicos em todo o território brasileiro, e parte da América do Sul. “Nossos investimentos estão direcionados para expansão das operações e na garantia de excelência no atendimento aos players do mercado”, conclui Maurício Cunha, CEO da Solar Group.

A Absolar – Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica – lançou um programa de certificação das empresas que atuam no setor de energia solar, nomeado “Qualidade Absolar”. Estima-se que o mercado solar fotovoltaico tenha cerca de 25 mil empresas no país. O objetivo do programa é promover a competitividade saudável a partir das melhores práticas empresariais, e elevar os níveis de segurança, qualidade, desempenho e satisfação, nos produtos e serviços entregues aos consumidores de energia.

O certificado terá adesão voluntária, e será destinado às distribuidoras de equipamentos, fabricantes, instaladoras, integradoras, operadoras, projetistas e companhias que oferecem treinamento. Além disso, o programa possui três níveis de adesão, que contemplam certificação para empresas que atendam aos requisitos básicos, intermediário e avançado.

De acordo com a Absolar, a iniciativa é estruturada no chamado ‘mecanismo de designação’, processo em que uma entidade reconhece a capacidade e autoriza terceiros competentes em certificação a realizarem análises e avaliações de qualidade e segurança. A associação disponibilizará ao mercado um site oficial do programa com todos os detalhamentos.

Segurança cibernética: normas e boas práticas não impedem ataque

Estima-se que, em 2021, as empresas perderam na ordem de trilhão de dólares, com ataques cibernéticos. Então, não é de se estranhar que o tamanho do mercado global de segurança cibernética saia dos estimados US$ 173,5 bilhões, em 2022, para US$ 266,2 bilhões, em 2027, segundo pesquisa “Mercado de segurança cibernética” da MarketsandMarkets,

O crime cibernético acontece por três motivos: dinheiro, poder e vingança. Os dois primeiros são os mais comuns, e as causas (ambientais, religiosas, pessoais...) entrariam nesse terceiro motivador.

Guilherme Neves, diretor de segurança cibernética da ISA Rio de Janeiro Section, pontua que a qualidade dos dados que se tem associada é que determina se somos ou não um alvo. Hoje, esse mercado paga cerca de US$ 20/pessoa, com um dado bem estruturado com perfil completo, como dados médicos e financeiros. Esse dado serve de insumo para outros crimes, e pode ser vendido mais de uma vez. E acontece ainda de o cybercriminoso – ou blackhat, indivíduo com grandes conhecimentos de redes, sistemas operacionais e programação, que tem como objetivo invadir sistemas computacionais com intenção maliciosa (PROVOS, 2007) – corromper ou modificar os dados que ficam na base original, como de fato aconteceu numa seguradora, no ano passado. Muito dificilmente, alguém não está com dados na darkweb; resta saber se você é um alvo preferencial – pessoas que têm cargo de poder de decisão, funcionário público, sistema de saúde, sistemas públicos ou muito dinheiro. Até algum tempo atrás, existia um senso comum, de que o ramsomware estava centrado em receber resgate; hoje, os Centros de Resposta a Incidentes apontam que o resgate não é solicitado para ganhar dinheiro, mas para tumultuar e avisar o mercado quem tem os dados roubados disponíveis para venda.

E não são casos isolados. Sistemas financeiros, provedores de serviços de telecomunicação, de saúde, de eletricidade, forças armadas, enfim, sistemas críticos são atacados várias vezes por dia, incessantemente, em todo o mundo. “É imprescindível ter um Monitoramento de Segurança da Rede para detectar e reagir rapidamente. Porque o ataque cibernético não é uma questão de SE, mas de QUANDO” frisa Guilherme, que sugere, para montar a proteção, que se siga a lógica da norma da ISA 62443. “A proteção não deve ser elaborada com vistas ao perfil do usuário, mas olhando para contra quem é preciso se defender, ou seja, deve-se montar a proteção de acordo com o perfil dos invasores”.

Pela norma, existem quatro níveis de perfis de segurança: o nível de segurança 1 seria para ataques não direcionados, ou seja, a pessoa não era um alvo, mas tinha uma vulnerabilidade, ou não possuía um mínimo de segurança para evitar a propagação do ataque; no nível 2, temos ataques direcionados geralmente atribuídos a ação de um único hacker, utilizando ferramentas disponíveis de mercado. No nível 3, são atribuídos para grupo criminosos com ferramentas personalizadas, mais recursos e tempo para investigar seu alvo, e finalmente o nível 4, seriam grupos com muitos recursos financeiros, e conhecimento para criar ferramentas muito sofisticadas, geralmente atribuído a países como financiadores

E, para além dessa classificação, existe a guerra ci-

@Reprodução

Mensagem deixada pelo Lapsus$ Group nos sites do Ministério da Saúde em 10/12/2021.Os hackers afi rmam ter obtido 50 terabytes de informações...

O grupo por trás do ransomware Everest está vendendo na darkweb 3 TB de dados e contas de acesso, dados coletados em um ataque contra o governo brasileiro, por US$ 85 mil, cerca de R$ 445 mil em conversão direta. O pagamento pode ser realizado nas criptomoedas Bitcoin ou Monero

O site do governo do Distrito Federal foi hackeado em março de 2022, por um hacker que se autointitula “Shawty Boy” que conseguiu acesso ao servidor por meio de um plugin desatualizado

bernética, que pede dos países uma estrutura nacional de honeypots – vários servidores espalhados pelo país, cheios de vulnerabilidades, feitos para serem atacados e analisados. Um honeypot é um recurso computacional de segurança dedicado a ser sondado, atacado ou comprometido, e uma rede de honeypots ajuda a detectar o perfil dos ataques. Um bom exemplo é o perfil dos atacantes, antes e depois da guerra na Ucrânia: agora percebe-se que a maioria dos ataques foca o protocolo VoiP, de voz sobre IP, ou seja, foca em escutar as comunicações. E quanto mais real o honeypot, melhor. Vale destacar que ele é bem real, mas não é uma redundância, ainda que a redundância dos sistemas de proteção esteja na norma ISA.

Vale lembrar que a ISA 99 surgiu com uma força tarefa, nos EUA, depois do 11 de setembro, uma iniciativa para proteger infraestruturas críticas – tudo que pode causar dano para a sociedade na qualidade de vida, como sistemas de energia, transporte, saúde, porém, hoje, seu escopo permite que seja utilizada basicamente por qualquer tipo de indústria.

“A ISA criou um Grupo de Trabalho para discutir segurança cibernética, e o escopo da norma é bem amplo, alcança todas as empresas que trabalham com essas infraestruturas críticas como sua responsabilidade, no que tange a implementação da segurança. E ganha importância, porque foi uma das primeiras a focar em sistemas industriais. Com o passar do tempo, para que sua aplicação fosse mundial, a ISA recebeu apoio de suas parceiras de longa data ANSI e ISO, e posteriormente a IEC, que acreditou a ISA 99 com um número seu, 62443, da mesma forma como se faz aqui no Brasil com a tradução de normas para ABNT – que já tem um grupo trabalhando traduzindo a IEC 62443”, comenta Felipe Costa, diretor de segurança cibernética da ISA no Brasil e especialista ICS da Moxa.

Felipe lembra que a ABNT/IEC tem recomendações e instruções contidas em diversos documentos, porém, dependendo do segmento e aplicação, pode ser necessária a utilização de normas especificas do setor em questão, para complementar a segurança, já que a nor-

Effi cient Multi-platform Honeypot for Capturing Real-time Cyber Attacks ma 62443 é considerada uma norma horizontal, ou seja, que é geral, para ser utilizada em basicamente qualquer aplicação industrial. “Existem outras normas complementares à IEC62443. E não há obrigatoriedade de usar uma norma ou outra. Ainda que a ABNT faça uma versão brasileira, ela não será compulsória, num primeiro momento. Nos EUA, existem normas obrigatórias (regulatórias), como a NERC CIP, específica para o setor de energia. O plano de Proteção de Infraestrutura Crítica da North American Electric Reliability Corporation (NERC CIP) é um conjunto de padrões que visa a regular, fazer cumprir, monitorar e gerenciar a segurança do Sistema Elétrico (BES) norte-americano. Cada mercado possui necessidades específicas, porém, devido à sua flexibilidade, todos têm trabalhado basicamente com a 62433 agregando outras boas práticas, como, em alguns casos, no setor de óleo e gás, que tem trabalhado IEC com NIST, por exemplo,” acrescenta Felipe. As boas práticas partem do senso comum, mas o problema de segurança cibernética vem crescendo, e pede maior atenção. Guilherme Neves pontua que desligar o sistema funciona para parar o ataque, mas não para remediar o que foi feito. Porque o dia em que se percebe um ransomware, não é o dia do ataque; a criptografia acontece muito depois da infecção. Primeiro, alguém clicou em algo que baixou um malware/trojan/cavalo de troia, que vai abrir uma porta para se comunicar com o atacante, e vai instalar um worm, tipo de malware que se propaga horizontalmente pela sua rede, sem ação do usuário, e se vai disseminando. Dependendo do tamanho da rede, a porta fica meses aberta. Um malware bem-feito pode ficar mais 180 dias na rede, sem ser detectado, sorrateiramente roubando

os dados, devagar, para não alertar as proteções. Normalmente, roda um programa de dentro para fora, e envia informações por vias legítimas. Depois que não tem mais nada para roubar, pode ou não disparar o ransomware, e se mostrar.

E, mesmo com todo o treinamento, ainda acontece muito o fishing ou speer fishing (pega o alvo a partir das redes sociais – os algoritmos leem o comportamento do alvo e dos amigos; então, manda um email usando um nome do amigo sobre assuntos de interesses comuns, por exemplo). “É importante dar atenção no email e outras mensagens, às palavras e expressões que se usam, e lembrar de que o movimento nas redes sociais faz toda a diferença, na medida em que facilita um invasor fazer a engenharia social do seu perfil para poder fazer ataque e tentar descobrir sua senha – que normalmente está relacionada a pessoas, animais, acontecimentos, esporte...” diz Guilherme.

Engenharia Social é um termo dos anos 1960, usado para descrever a coleta de dados para perfilar alguém, e que foi exposto no livro “a arte de enganar”, de Kevin MItnick e William Simon. Kevin raqueou sistemas federais dos EUA, ficou muito tempo preso, e depois trabalhando para as agências governamentais daquele país.

Então, dar de ombros não é opção. Principalmente, quando todo mundo usa nuvem e os veículos estão cada vez mais conectados. Nos EUA, há muita propaganda chamando a atenção para ataques hackers a automóveis que deixaram o sistema multimídia ligado, por exemplo. Porque o perigo não existe apenas para sensores ao longo das vias para os veículos autônomos; ele já existe com a quantidade de eletrônica embarcada conectada para otimizar a manutenção – essa mesma monitoração e atuação remota que já é muito utilizada na indústria de mineração, óleo e gás, agro, etc.Nem sempre é possível atualizar os softwares, como nas redes corporativas, se um computador parar de funcionar por causa da atualização ou a falta dela, é mais fácil de se resolver na área corporativa; porém, uma atualização no sistema da sala de operação pode fazê-la travar, e deixar uma planta sem controle, ou fazer um shutdown inesperado.

“Já é possível testar os efeitos de uma atualização num gêmeo digital, porém, por segurança, a indústria só instala patch de atualização se o fabricante do sistema autorizar – porque ele já testou, o que normalmente acontece depois de um tempo. O ciclo de vida de um sistema industrial é muito diferente do sistema corporativo; o ciclo de vida de um sistema de automação pode chegar a 50 anos, e o de um computador corporativo é de cerca de quatro. Muitas vezes, o sistema de automação ou o instrumento não pode ser atualizado porque, de tão antigo, não há como incluir segurança – nestes casos, para se manter o sistema em operação de uma forma mais segura, pode-se colocar uma camada de novos instrumentos externos, para protegê-lo. Ainda que não haja orçamentos abundantes, deve-se pensar que incidentes cibernéticos podem custar milhões de dólares – além da perda da produção – talvez seja melhor gastar algumas centenas na sua prevenção. É preciso incluir a arquitetura de segurança/Security by design em todo novo projeto e, nas modernizações, pensar nas camadas de segurança desde o começo – que podem

incluir camadas físicas, e incluir cases de incidentes no treinamento dos operadores” reflete Guilherme.

E Felipe Costa lembra que a ISA 99/ IEC 62443 não foca só na empresa crítica, mas tem livros focados para ajudar o fabricante a desenvolver produtos mais seguros. Já existem empresas certificadas, e certificação para produtos. A ISA disponibiliza certificação para testar um produto em laboratório, simulando alguns tipos de hacking. Além da certificação para o profissional, para que ele possa aprender a selecionar as melhores proteções, baseadas nos principais riscos cibernéticos de sua empresa, ainda existe um gap deste tipo de profissionais certificados. A certificação oficial da ISA, ISA/ IEC 62443 Cybersecurity Expert certifica profissionais com os fundamentos da segurança cibernética, como avaliar sistemas e ataques, como implementar a segurança, como estabelecer as respostas e melhores práticas, e como manter o sistema seguro. Não é um curso barato, mas vale o que protege.

Com a exposição dos sistemas de automação, provocada pelo movimento IIoT, as equipes de TI+TO tiveram que reduzir o tempo de reação a incidentes. Com relação a certificação da empresa, esta ajuda a assegurar que a empresa possui processos de segurança consistentes, incluindo um time de resposta às vulnerabilidades encontradas. A dificuldade de atualizar sistemas, contudo, continua. Diferentemente do sistema corporativo, que possui paradas mais frequentes, as paradas na indústria são muito espaçadas. Além do fato de o usuário ter de testar a atualização/patch fora do sistema, e depois instalar no sistema desligado para fazer um teste em produção. “Isso é a validação. E depois de descoberta a ameaça, esse processo é longo. O especialista de segurança precisa tomar a decisão, se vale a pena seguir esse procedimento, ou se é possível, caso a caso analisado, implantar uma contramedida, trabalhar isso de outra maneira. A resposta da indústria é boa, mas a implementação acaba sendo mais desafiadora. E tudo depende do segmento industrial e do processo. E esse problema aumenta com a criticidade”, conta Felipe.

O processo de avaliação deve ser contínuo. Porque é preciso pensar no imponderável.

Os equipamentos/instrumentos devem ser testados antes da aplicação, no teste de aceitação em fábrica. As normas da ISA têm requisitos para testes, porque, no teste de aceitação, se verifica se o parafuso é o certo, se a tensão está correta, e outras coisas, mas é preciso adicionar o teste de segurança cibernética, para conhecer se existem vulnerabilidades nesse quesito. E aqui se inserem os equipamentos (notes, handhelds, etc.) utilizados por terceiros, e que necessitam se plugar ao sistema – eles devem ser preparados para isso, e ser testados todas as vezes em que forem ser utilizados. “É sábio multiplicar barreiras, porque, se um equipamento passa sem teste, é preciso diminuir a chance de ele encontrar uma porta aberta, é preciso manter o rack trancado. Mas, supondo que esse invasor teve acesso ao switch, na hora que ele plugar, o switch deve estar configurado, para entender que aquela placa de rede não está cadastrada, e desligar a porta. Para isso, é preciso utilizar um switch gerenciável com nível de segurança definido”, explica Guilherme.

Um switch não gerenciável custa em torno de US$ 500, e o gerenciável custa cerca de US$ 1.500, mas quanto custa evitar um problema? Lembrando que o switch não gerenciável não permite sequer monitoramento.

Sim, a invasão é um efeito colateral da Indústria 4.0. Lidemos com isso!

5G e conectividade no campo

Um sistema de comunicação 5G é um padrão de quinta geração de redes móveis, que converge múltiplas tecnologias integradas, e é capaz de suportar uma ampla gama de aplicativos e serviços, que devem dar suporte à sociedade da informação. Esse sistema está em contínua evolução, em três pilares: dados, conectividade e experiência do usuário. É algo monumental. A China, por exemplo, foi responsável por três quartos das conexões de IoT por meio de celulares em todo mundo, em 2020, graças à implantação avançada do 5G. O Brasil já tem cerca de 80% de sua população conectada à Internet, e a previsão é de que, até dezembro deste ano, a tecnologia 5G chegue a todas as cidades brasileiras.

A tecnologia 5G impulsiona a Internet das Coisas (IoT), o catalisador de uma nova etapa na revolução tecnológica e industrial, que aprofunda a integração entre a economia real e a digital, levando a “era da informação” para a “era da inteligência”. E o Brasil já elaborou uma estratégia nacional para o desenvolvimento do IoT, elegendo quatro áreas prioritárias – a cultura, manufatura, cidade inteligente e saúde – que devem ganhar impulso com o 5G – começando com a infraestrutura para que isso tudo funcione.

O mercado mundial de infraestrutura 5G está avaliado em cerca de US$ 784 milhões (2019), podendo chegar a US$ 47.775 milhões, até 2027 – os fatores que impulsionam a tecnologia são a menor latência no 5G, a crescente adoção da arquitetura virtual em telecomunicações, e o crescimento do tráfego de dados móveis, além do aumento das conexões M2M em vários setores.

Estudo da marketsandmarkets vê maior impulso em bandas que tendem a apoiar a harmonização do espectro e, assim, reduzir a complexidade dos aparelhos – a disponibilidade de espectro 5G harmonizado parece ser essencial para permitir velocidades mais rápidas, dispositivos de baixo custo e minimização da interferência.

Marketsandmarkets

mento no mercado de infraestrutura 5G, nos próximos anos – a implantação do 5G no setor industrial está em estágio inicial, no entanto, com o crescimento da comunicação IoT e M2M, a tecnologia deve desempenhar um papel vital na manufatura, saúde, setor aeroespacial e defesa, industrial, etc. O levantamento da marketsandmarkets mostra a Huawei como líder no mercado de infraestrutura 5G, com 36 centros de inovação, 14 centros de P&D, e presença em cerca de 170 países.

Já o Gartner coloca a Ericson em primeiro lugar, no que tange a infraestrutura 5G, com a Huawei seguindo de perto. O Gartner também acredita que o número de CSPs (provedores de serviços de comunicação) devem sair dos 10% em 2020 para 60% até 2024, o que é uma taxa de adoção semelhante às tecnologias LTE e 4G no passado – muito por conta das necessidades de escritório e trabalho remoto.

O Gartnet avalia os fornecedores de infraestrutura de rede 5G de ponta a ponta, para saber como permitem que o desempenho do provedor de TI seja competitivo, eficiente e eficaz, e impacte positivamente a receita; a avaliação da capacidade de execução inclui os produtos e serviços, operações, execução de vendas e preços, capacidade de resposta ao mercado e histórico, execução de marketing, experiência do cliente e viabilidade geral. A Ericsson possui atualmente 170 acordos comerciais 5G com provedores de serviços de comunicação exclusivos, e alimenta 114 redes 5G em todo o mundo... e contando....

Paulo Humberto, diretor de Corporate Solutions da TIM Brasil, lembra que, entre as possibilidades oferecidas pela tecnologia 5G, está a alta capacidade de transferência de dados, e com velocidade de internet centenas de vezes superior à do 4G. “O 5G gera uma série de benefícios e soluções, inclusive para o agronegócio, e representa uma enorme oportunidade para o avanço tecnológico do Brasil, em várias frentes. No campo, o 5G poderá transmitir dados e conectar milhares de dispositivos na mesma rede. Com isso, será possível, por exemplo, ampliar o uso de inteligência artificial com máquinas autônomas, sem interferência humana e internet das coisas (máquinas e dispositivos conectados à internet). Está previsto o uso remoto de tratores, colheitadeiras e outras máquinas agrícolas. Mas, a chegada efetiva do 5G em áreas rurais depende da liberação de espectro e do cronograma estabelecido pela Anatel, que contempla cobertura a todo o país, até o final de 2029. Mesmo assim, a TIM tem diversos projetos-piloto, que são de grande importância para a operadora e, certamente, impactarão o segmento. A melhora da conectividade pode fazer diferença na rotina, não só de uma propriedade, como também das comunidades no entorno, o que já ocorre com o projeto TIM 4G no Campo”.

Hoje, o sinal 4G atende a todas as demandas e necessidades das atuais operações agrícolas. A conectividade fornece mais recursos de suporte remoto, otimizando o tempo de máquinas e operadores, reduzindo o período de inatividade. Além disso, permite aos produtores rurais trabalharem com dados gerados em tempo real. Essa é uma mudança significativa. A TIM, por exemplo, está mudando sua abordagem para chegar aos produtores, porque levar conectividade ao campo significa também alavancar ações de inclusão digital, proporcionando inúmeros benefícios para a sociedade. O acesso à rede irá facilitar o dia-a-dia da população rural, que contará com o sinal de internet no trabalho, na escola, para acessar os serviços públicos e de emergência, e também nas estradas.

O 4G atende às necessidades das atuais operações agrícolas nacionais, e dá suporte para outras tecnologias. “A TIM tem ainda o primeiro Marketplace IoT de uma operadora no Brasil, inclusive com ofertas de parceiros para o Agronegócio (marketplaceiot.tim. com.br). O produtor pode consultar as soluções disponíveis, e solicitar o contato de um representante. São 11 soluções para o agronegócio, conectando escritórios, fazendas ou máquinas, capazes de otimizar a gestão de equipe, o monitoramento de lavouras, e o acompanhamento, em tempo real, do transporte de mercadorias, tanto para centros de distribuição, quanto para o cliente final. É a maior rede de IoT do Brasil: mais de 4 mil cidades com a tecnologia NB-IOT (Narrow Band em IoT), conectando máquinas e pessoas para apoiar a transformação e inclusão digital no campo”, conta Paulo Humberto.

A TIM é cofundadora da iniciativa ConectarAGRO, uma associação para fomento do uso da tecnologia no agronegócio que conta com 36 empresas como AGCO, FieldView (do grupo Bayer), CNHI, Jacto, Nokia, Solinftec, TIM e Trimble. A Fazenda Conectada, uma parceria com a Case IH, marca da CNH Industrial, que também integra o ConectarAGRO, nasceu para mostrar como a conectividade rural aumenta a produtividade no campo, mesmo em regiões que já apresentam alto rendimento de safra. Para isso, o local recebeu conexão 4G da TIM, para reunir todas as soluções avançadas em máquinas conectadas. No local, a conectividade estabelecida pela operadora, com duas antenas 4G, em frequência de 700MHz, atendem às necessidades do campo, e estão

A Conexão garantindo a segurança em lugares remotos

Os competidores do Rally dos Sertões 2022 tiveram um dia de descanso em Palmas/TO, depois de 4.013 km rodados, sendo 2.355 km cronometrados. É o maior rally do mundo que, em 2022, percorre oito estados, e quase 7.200 km, em 15 dias.

Este é o primeiro rally do mundo a ter transmissão ao vivo do meio das especiais, com 6 links de Internet via satélite Primefield. A estrutura de conectividade da organização em todos os trechos será por meio de tecnologia de satélite e fibra óptica, com soluções de dispositivo na NUVEM, o que permite gerenciamento rápido e eficaz, com conexão a Internet.

Com o apoio da PrimeField (empresa que entrega a internet) e da Go2next (criação, distribuição e gerenciamento da rede de dados e segurança), o evento conta com links de satélite de banda Ka nas trilhas, além de fibra ótica nas vilas, que irão garantir todo o gerenciamento e controle da prova.

O NOC “Network Operations Center” mantém o ambiente de TI o mais estável possível, com uma equipe especializada da Go2next, que realiza o monitoramento e, através de softwares específicos, gera alertas pelos ativos de TI conectados à rede, como hardwares, sistemas, aplicativos, dispositivos de rede, links de internet, e todos os indicadores de tecnologia da informação. Também é possível criar alarmes, personalizados especificamente para cada ativo, e agir de maneira antecipada diante de problemas que viriam a interferir na continuidade do evento. O sistema também disponibiliza um dashboard diário de consumo de internet, transmissão de dados, velocidade de banda. As áreas com cobertura Wi-Fi são Organização, a Secretaria de Prova, a Cronometragem, a Sala de imprensa, e o departamento de Comunicação. Na Sala de Inteligência, há um dispositivo que traz informações em tempo real da localização dos competidores, em todo o trecho da etapa (Stella); um aplicativo instalado no celular, que envia e recebe mensagens de texto através da Internet ou via satélite – Conversat – facilita a comunicação entre competidores, equipes de apoio e organização, no envio de mensagens e localização, mesmo quando não há internet da rede de telefonia. Nestes casos, a transmissão é feita via satélite, e o App ConverSAT se comunica com a antena satelital, usando Bluetooth; há ainda o Smart Driving, dispositivo de monitoramento da frota de staff, que traz todos os dados pertinentes ao veículo e seu condutor, bem como a utilização de cinto dos integrantes, aceleração e frenagem, nos auxiliando na prevenção de possíveis quebras ou falhas do veículo, além de disponibilizar a orientação de posicionamento GPS das equipes,

(Foto: Flávio André/MTUR) @DoniCastilho

de acordo com um projeto de expansão da conectividade em áreas agrícolas, com movimentação de dados em tempo real. Além das duas antenas, a Fazenda Conectada tem equipamentos e máquinas da Case IH, que usam Big Data e Data Analytics, com dados analisados em tempo real, pelo AFS Connect Center da marca parceira.

Paulo Humberto destaca que a infraestrutura necessária muda de acordo com a necessidade do projeto. “Para cobertura de grandes áreas ou de muitas propriedades, é necessário investir em ampla infraestrutura, como no posicionamento de antenas. Já em casos mais específicos, em que apenas um local deseja receber cobertura, as soluções são mais simples. Uma alternativa interessante para os pequenos produtores é se associarem ou buscarem por cooperativas, que ajudem a viabilizar a instalação da infraestrutura e contratação do serviço de internet 4G para a região”, conta ele.

Os dados são a base de uma estratégia que suporta a transformação digital das empresas que têm, com um primeiro foco, a melhoria da produtividade de suas equipes, dos seus equipamentos e dos processos. E, nesse caminho de levar soluções, não se deve ter em mente apenas 4G ou 5G, porque já existem muitas aplicações com fibra e satélite, e híbridas. É importante que a conectividade seja a mais adequada, seja por por 4G, 5G ou por redes específicas para comunicação de IOT com NB-IOT, CATM, LORA, e ainda conexões com RFID e Bluetooth, em ambientes restritos.

O agronegócio é uma vertical importante para todos os fornecedores – de qualquer tecnologia – até porque representa mais de 24% do PIB nacional.

A Telefônica Tech (Vivo), empresa do grupo Telefôni-

trazendo mais segurança a todos; e a BGAN, uma antena de comunicação fornecida pela Primefield, e desenvolvida especialmente para regiões remotas, nas quais serviços 3G/4G não funcionam. Assim, os Diretores adjuntos e o departamento ambiental podem comunicar-se via texto, gerando segurança dobrada.

E como ficam os competidores? A equipe X Rally Team – penta campeão do rally, que tem patrocínios da Vedacit, Motul, BF Goodrich e Rodobens – conta um pouco sobre a tecnologia que conecta o time de oitenta pessoas e 9 carros, 9 motorhomes, 1 caminhão tanque, 3 caminhões oficina, 1 food truck, 8 carros de apoio.

A navegação do rally, para o competidor, não tem internet – ela é bloqueada pela organização. Uma coisa que os corredores têm é um mapa com TODAS as torres de celular, dentro de cada telefone da equipe, para saber onde ir buscar sinal, caso se percam.

Mas, existe wifi nos carros de apoio da Equipe, que têm antenas externas, e uma caixa com dois chips de telefonia, então, o Apoio está quase 100% do tempo conectado, porque, se acontece algo com o competidor, ele precisa ter a localização exata pelo GoogleMaps, para atendimento.

“Na X Rally Team, estamos usando uma tecnologia industrial de Internet das Coisas, para aumentar a conectividade e automação da equipe, com 3 componentes principais: Antena 4G externa de alto ganho da Poynting Antennas da África do Sul, que aumenta significativamente a área de cobertura; Roteadores Industriais da Teltonika (Lituânia), que fazem a conexão e automações, além de trabalhar com diversidade de operadoras (2 chips); SIM cards com 100GB de volume de banda. Os competidores já são rastreados pela própria organização do rally. Mas, é fundamental que os carros de apoio tenham esta informação também durante o acompanhamento da prova. Além disso, precisamos saber a localização dos carros de apoio, para despachar o veículo mais próximo do competidor em caso de necessidade – para isso usamos estes kits”, conta Daniel Fink, responsável pela conexão da equipe, que tem um sistema de rastreamento próprio.

Tudo isso permite elaborar caminhos alternativos para o resgate, para que o Apoio possa trabalhar com calma com toda esta informação a disposição. E, mesmo à distância, a conectividade permite à coordenação acompanhar tudo o que se passa, trabalhando com várias telas deste sistema, e passando as informações para as equipes em campo. @Arquivo pessoal Cleber Bernuci/Daniel Fink

ca com foco em digitalização, utiliza um ecossistema para juntar conectividade, integração de dispositivos, e aplicações específicas para cada setor ou segmento da economia; leva conectividade e aplicações ao campo como o Clima Inteligente e o Drone Pro.

A Huawei Brasil também disponibiliza um ecossistema de soluções com mais de três mil produtos, aplicados em todas as verticais industriais, desde manufaturas, cidades inteligentes, na área de agricultura aeroportos, educação, etc., combinando a computação com uma nuvem inteligência artificial e conectividade, seja ela agora com 5G ou 4G, ou outra solução. A Huawei tem participado de projetos, como o desenvolvido com a Embrapii e o CPQD, que coloca conectividade no campo.

@Huawei/iLPF DigitalDay

O projeto da Huawei/Embrapii/CPQD é de integração lavoura/pecuária/floresta (iLPF), que automatizou a coleta das informações geradas por sensores que antes era feita manualmente e sem periodicidade, sendo que, agora, essas informações são coletadas automaticamente, através de conectividade, inteligência artificial e armazenamento em nuvem, e conseguem dar uma visão de como está crescendo o seu rebanho, dentro desse sistema lavoura, pecuária e floresta. Então, o produtor consegue ter uma visibilidade do seu rebanho, por exemplo, se ele está abaixo ou acima da produtividade, se ele precisa ter alguma intervenção pontual com aquele gado, e, dentro deste modelo, ele consegue tomar decisões em tempo real. E com o sistema de iLPF, o produtor consegue desenvolver alguns programas nacionais de certificação, bem como obter o selo de carbono neutro: investir em tecnologia dá maior produtividade, e pode abrir para o produtor as possibilidades das empresas sustentáveis.

A Huawei também usou a conectividade 5G, em 2020, em projetos desenvolvidos em parceria com a Universidade Federal do Tocantins, em Rio Verde: o monitoramento do gado leiteiro – câmeras com inteligência artificial monitoram o gado 24 horas por dia e, com inteligência artificial, analisam o comportamento desse gado; e uma outra aplicação em detecção de pragas e doenças numa plantação, utilizando drones para mapear todo o campo e, com inteligência artificial e nuvem, identificando os pontos de ervas daninhas com um mapa de calor para, num segundo momento, o drone aplicar pesticida pontualmente – reduzindo o custo da aplicação de pesticidas e fertilizantes em 70%, e diminuindo o impacto ambiental.

O Brasil demorou para realizar o leilão, mas tomou a decisão de ir para o que se chama de 5G puro, ou 5G stand alone. Ou seja, O Brasil está implantando a última versão – o release 16 – do 5G, que habilita todas as características da tecnologia. O que o mercado tinha até então era chamado de 5G de marketing, o DSS, que é o compartilhamento dinâmico de espectro que usa o espectro da rede 4G para a utilização de 4G e 5G, mas a experiência não é a mesma, principalmente as características para a indústria não são aplicáveis. O 5G puro começa com a ativação de Brasília, e assim por diante.

A grande importância, quando se fala de massificação e uso do 5G na indústria, o papel das operadoras de telecomunicações é que o Brasil tem sete milhões de CNPJs de empresas, na sua grande maioria pequenas e médias, não são grandes empresas que têm a capacidade de fazer implantação de LTE privado – e que, por uma questão de conhecimento, de experiência de implantação, operação e manutenção, preferem que as operadoras implantem essas redes privadas. No segmento de pequenas e médias indústrias, o papel da operadora vai ser ainda maior para levar Soluções As a Service. Porque o 5G tem três grandes características: ultra banda larga, baixíssima latência e IoT massivo.

Quando se analisa o agronegócio e outras aplicações de indústria, que já estão operando no Brasil, nessa jornada de transformação digital, se percebe que o movimento começou com o 3G, agora está migrando para o 4G, e essa jornada vai levar as empresas ao 5G. Vale notar que o que leva uma empresa para uma tecnologia são – ou deveriam ser – as demandas de mercado e as necessidades de uso, que vão definir a solução e as aplicações. Porque, seja no agronegócio ou em qualquer outra indústria, o 5G habilita novas possibilidades em um elo da cadeia de valor, a automação e, dentro dessa automação, ganham mais as aplicações críticas, ou seja, aquilo que não pode falhar... Aí o 5G vai ser fundamental.

Agricultura Digital

A Climate FieldView, plataforma de agricultura digital da Bayer, registrou um alcance recorde nas lavouras brasileiras, e se tem tornado uma aliada cada vez mais relevante para os agricultores. Entre 2020 e 2021, o uso da ferramenta no país saltou, de 12,8 milhões de hectares monitorados, para 22 milhões, um incremento de 72% – dados do começo deste ano – a área equivale a mais da metade dos hectares de soja plantada no Brasil, principal produtor mundial do grão. Globalmente, o monitoramento da plataforma teve uma alta de 20%, em relação a 2020, saindo, de 60 milhões de hectares, para 72 milhões.

Este crescimento mantém a Climate FieldView como plataforma líder de agricultura digital, e comprova a disposição dos agricultores, em especial dos brasileiros, de adotar soluções inovadoras no campo. Lançada no Brasil na safra 2017/2018, a plataforma já ajudou produtores rurais brasileiros a economizar na aplicação de adubos e defensivos, otimizar o uso de recursos naturais, e a tomar decisões mais assertivas para diferentes lavouras, desde soja, milho e algodão, até outras culturas como café, cana-de-açúcar e hortaliças. Hoje, agricultores de mais de 20 países dispõem das funcionalidades e benefícios do FieldView.

A transformação digital está modificando a forma do produtor rural de enxergar sua propriedade, ajudando-o a extrair o máximo potencial das soluções que ele já utiliza, como biotecnologias e insumos, permitindo que ele gerencie as operações com mais eficiência. O FieldView, por exemplo,

tem capacidade exclusiva e única de capturar dados mais importantes de uma produção, algo que, no final, possibilita ao agricultor enxergar valor na tecnologia que contratou. Com FieldView, os agricultores podem integrar seus dados em um único lugar, gerenciar suas operações com mais eficiência, e maximizar sua produtividade e lucratividade, de maneira muito mais sustentável. A ferramenta ainda permite que o produtor monitore cada metro quadrado de sua propriedade. Desta forma, as aplicações de sementes, fertilizantes e defensivos são realizadas com uma distribuição mais eficiente. E, para acelerar e facilitar ainda mais o processo de integração, o FieldView firmou uma parceria com a Leaf Agriculture, empresa de infraestrutura de dados. Com esta iniciativa, tem sido possível ampliar ainda mais o leque de startups conectadas, proporcionando uma experiência digital mais eficiente, com mais agilidade e escala no momento de integrar soluções.

ConectarAGRO e Banco do Brasil assinam Memorando de Intenções

Com o objetivo de difundir a conectividade em áreas rurais no Brasil, a Associação ConectarAGRO e o Banco do Brasil assinaram um Memorando de Intenções, para expressar a colaboração mútua, que visa à ampliação do alcance à informação, ao conhecimento e à cultura da conectividade, nas áreas rurais, e seus benefícios. Essa colaboração poderá ser vista na produção de conteúdo, participação em palestras, cursos, eventos ou workshops.

A assinatura oficial do Memorando ocorreu no estande do Banco do Brasil no evento 5G.BR do Ministério das Comunicações, e contou com a participação da Presidente da Associação, Ana Helena de Andrade; do líder do Comitê de Expansão da ConectarAGRO, Renato Bueno; e do Diretor de Agronegócios do Banco do Brasil, Antonio Carlos Wagner Chiarello.

“Com este Memorando de Intenções, reforçamos nosso compromisso em estimular o ecossistema para novas soluções de produtos e serviços, incentivando, assim, a adoção da conectividade no campo, que irá revolucionar a forma de produzir, facilitando a integração e a gestão de toda a cadeia produtiva, além de aumentar a qualidade e a competitividade dos trabalhadores rurais,” afirma Ana Helena de Andrade.

“Para o Banco do Brasil, é motivo de muita satisfação e alegria celebrar essa parceria com a ConectarAGRO, promovendo ações para disseminação de informações sobre a conectividade no campo, fomentando a transformação digital, e apoiando os produtores rurais com soluções e tecnologias, que contribuam para o aumento da produção, da produtividade e da renda”, destaca Antonio Carlos Wagner Chiarello.

“O agro conectado é mais produtivo. Por isso, temos a necessidade de disseminar conhecimento, para que cada vez mais produtores rurais estejam incluídos digitalmente e, consequentemente, socialmente. Pensando não só na produtividade, como na aproximação dos serviços públicos, Educação, integração com facilidades da vida urbana e qualidade de vida.” reforça Renato Bueno. A ConectarAGRO é uma associação civil sem fins lucrativos que visa a fomentar a expansão do acesso à internet nas áreas remotas do Brasil, para conectar pessoas, máquinas e instrumentos, viabilizando a Internet das Coisas (IoT) na agricultura. Para isso, propõe a adoção de uma tecnologia aberta, acessível e simples: 4G, com frequência de 700 MHz. Criada por conta do problema comum de falta de conectividade no campo, enfrentado pelo agronegócio, a iniciativa já contribuiu para levar internet para mais de 7 milhões de hectares. A ConectarAGRO conta atualmente com 10 empresas associadas, e 34 apoiadoras.

Principais ameaças cibernéticas da atualidade

A Apura Cyber Intelligence, empresa que desenvolve produtos avançados e provê serviços especializados em segurança da informação e defesa cibernética, lançou um relatório sobre o panorama de crimes cibernéticos (e tentativas), no primeiro semestre de 2022.

Segundo o CEO da empresa, Sandro Süffert, o objetivo é condensar e avaliar os dados coletados nas plataformas da Apura, entender onde residem as maiores ameaças, e quais são as melhores medidas protetivas que empresas, indústrias, corporates e órgãos governamentais devem tomar para se protegerem de ataques cibernéticos, e manterem seus dados salvos de sequestros (via ransomware) e intactos.

Ele conta que a guerra entre Rússia e Ucrânia foi uma grande oportunidade para o ataque de grupos cibernéticos, tanto a órgãos governamentais como grandes empresas, especialmente as que são envolvidas com a parte de produção de energia, como as petrolíferas, de gás e minérios. Por exemplo, operadores da agência de inteligência ucraniana realizaram ataques contra redes da empresa russa de gás natural (Gazprom), uma das maiores exportadoras do mundo, alterando a pressurização dos gasodutos, levando-os a entrarem em combustão. Pelo menos dois gasodutos foram rompidos como resultado deste tipo de ataque.

O relatório mostra que órgãos governamentais da Ucrânia foram atingidos com uma nova amostra de malware do tipo “wiper”, cuja função era apagar todos os dados dos sistemas atingidos. Além disso, dezenas de tentativas de ataques contra organizações ligadas à infraestrutura crítica da Ucrânia foram identificadas, mas a maioria foi bloqueada com a ajuda de empresas do Ocidente, como a Cisco e a Microsoft.

Segundo o FBI, com o encerramento das atividades do ransomware Conti, grupo hacker russo que fez mais de mil vítimas no ano passado, com mais de 150 milhões de dólares em resgates de informações sequestradas, vários outros grupos menores acabaram surgindo, possivelmente criados por criminosos associados ao Conti ou financiados por eles.

“A administração do Conti original, verticalizada, sob uma disciplina rígida, quase militar, dá lugar a uma administração mais difusa, horizontal, com menos operadores em posição de comando, porém, trazendo ainda ameaças reais e sérias, que exigem uma atenção gigantesca”, explica Sandro Süffert.

Apesar de o Brasil já estar sob a égide da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), ainda é bastante comum a venda de dados roubados de empresas em mercados underground. Porém, é importante destacar que muitos desses dados roubados são frutos de vazamentos anteriores, que continuam a ser compartilhados de forma livre pelos mais diversos meios, sejam redes sociais ou aplicativos de mensagens instantâneas.

Vale lembrar que as empresas e instituições que não se adequarem às medidas de proteção exigidas pela LGPD podem sofrer gravíssimas multas e punições legais.

Por muito tempo, foi do consenso entre os desenvolvedores, até mesmo usuários, que a plataforma Linux era um ambiente muito mais seguro, quase que livre de “vírus”, devido à sua arquitetura e forma de uso.

Mas, novos malwares avançados, focados em servidores Linux executados em máquinas virtuais, como VMware ESXi, foram descobertos nos últimos meses, inclusive amostras de ransomware, como a Black Basta, o que aumenta gradativamente o campo de ação dos criminosos.

Amostras do primeiro semestre de 2022 foram identificadas escritas em Go e Rust, e tendo como alvo sistemas Linux e ambientes ESXi: uma nova versão do ransomware Hive, escrita em Rust; nova versão do BlackByte, escrita em Go; nova versão do Lockbit 3.0. com programa de bug bounty; Ransomware ALPHAV (BlackCat), escrito em Rust; Ransomware Luna, focado em Linux e ESXi; Ransomware BlackBasta, focado em ESXi; Ransomware RedAlert/N13V, focado em ESXi; Ransomware “Cheers”, focado em ESXi. Outros exemplos são: OrBit, malware exclusivo para Linux, que rouba senhas, e tem avançados recursos para a persistência nos sistemas atingidos; o Syslogk, rootkit para Linux, que opera a nível do kernel, abrindo portas para privilégios elevados, e é utilizado como backdoor; e o Symbiote, malware para Linux, com avançados recursos de ocultação, focado no roubo de credenciais e possibilidade de acesso remoto aos sistemas afetados.

Algumas vulnerabilidades graves foram identificadas em produtos de grandes fabricantes, que são usados por milhões de pessoas no mundo todo, em empresas como Microsoft, Google, Palo Alto e Atlassian, o que colocou em risco a infraestrutura e os sistemas delas. E, apesar da maioria já ter sido consertada pelos respectivos responsáveis, muitas instâncias desatualizadas ainda podem ser encontradas voltadas para a internet, o que fornece uma excelente porta de entrada para atores maliciosos.

A equipe de threat hunting da Apura se deparou com novos casos de BEC (Business Email Compromise), uma fraude avançada conhecida como “Fraude do CEO”, ou golpe do “Homem no e-mail”, nos primeiros meses de 2022. A ideia desse tipo de ataque é criar um e-mail ou credencial falsa, e se passar por alguém com um cargo elevado na empresa, coletando informações vitais e sigilosas.

“Para combater este tipo de ameaça, o ideal é sempre manter uma política de treinamento pessoal para que a equipe esteja habilitada a identificar possíveis tentativas de fraudes”, finaliza Sandro Süffert.

Conferência Mundial de Robôs 2022

Robôs humanoides com alta inteligência deslumbraram a Conferência Mundial de Robôs 2022 (WRC 2022), que aconteceu em Pequim, de 18 a 21 de agosto. A conferência, que aconteceu de modo híbrido, contou com três grandes eventos: um fórum, uma exposição e uma competição.

Na exposição, os visitantes puderam não apenas ver robôs humanoides parecidos com celebridades, incluindo o cientista Albert Einstein, mas também um parecido com seu desenvolvedor.

“Ele foi feito de acordo com a minha aparência. Na verdade, pode ser feito de acordo com a aparência de qualquer pessoa, como um clone de alguém. Só precisamos de três meses para fazer um novo”, disse Xier, engenheiro de pesquisa e desenvolvimento da Exrobots.

Como uma espécie de robôs de serviço, os robôs humanoides têm sido usados como guia de serviço, performance de palco e entrega de café.

“Embora entregar café pareça uma tarefa pequena, uma pegada bem-sucedida testa a coordenação olho-mão do robô. No processo de entrega, fazer bom uso da navegação visual tridimensional, para passar por uma passagem estreita, também é muito desafiador para o robô”, disse Fu Chunjiang, vicepresidente da UBTECH Robotics.

O evento atraiu mais de 130 empresas, com mais de 500 exposições, e as últimas conquistas da robótica.

De robôs biomiméticos a robôs médicos e robôs agrícolas, que podem colher frutas, o evento apresentou cerca de 500 robôs diferentes. A fabricação e uso de robôs, que tem sido usada como indicador para medir a inovação científica e tecnológica de um país, encontra na China uma indústria que vem desenvolvendo-se de forma extremamente rápida, injetando forte impulso no desenvolvimento econômico e social do país.

E a China emitiu uma diretriz para a indústria de robótica para o 14º período do Plano Quinquenal, elaborado em dezembro de 2021, que intenta colocar o país como um centro global de inovação em robótica até 2025, reunindo

um grupo de empresas líderes com competitividade internacional, e formando vários clusters industriais com influência internacional.

De fato, a Área de Desenvolvimento Econômico-Tecnológico de Pequim agora tem mais de 60 fábricas inteligentes, nas quais robôs de logística e serviços desempenham um papel vital. A China tem um amplo mercado para robôs, recursos para inovação, um ambiente de desenvolvimento desejável, e um ecossistema industrial de robôs.

Tecnologia LoRa cresce rapidamente no Brasil e promete revolucionar a conectividade IoT com a rede Helium

A BrDot e a Parlacom Brasil, que realizaram encontro comercial durante a LoraWan Expo, em Paris, estão iniciando parceria no mercado nacional. A BrDot está investindo no fornecimento de conectividade à rede Helium, a partir de um gateway LoRaWAN escalável, certificando localmente hardwares compatíveis com Helium, para licenciamento e venda dos equipamentos. Nesse processo, a Parlacom agrega com a simplificação do processo de roaming entre redes, gestão de ativos IoT, billing e integração da Rede ao ecossistema, enquanto a BrDot traz toda a sua bagagem de desenvolvimento junto à Nova Labs (empresa dos fundadores da Helium, The People’s Network) para introduzir a solução no mercado latino-americano de IoT.

O 5G para IoT e a LoRaWAN são tecnologias complementares, e a diferença está até onde cada uma dessas conectividades vai. “O 5G tem uma curva de implementação de longo prazo, enquanto tecnologias LPWAN e, em específico, LoRaWAN, é a última milha para todas as tecnologias – uma cobertura rápida e de amplo alcance geográfico”, afirma Sandro Tamman, diretor executivo da Parlacom.

Segundo Rodrigo Junco, co-founder da BrDot, a massificação do IoT não é possível via 5G, inclusive pela característica dessa tecnologia. “Por isso, é preciso tecnologias mais baratas e eficientes, para que seja possível ganhar essa escala no IoT, conforme esperado. Então, nosso papel é democratizar a conectividade do IoT, da maneira que ele precisa ser viabilizado, com baixo custo e impacto financeiro mínimo para a realização de aplicações de negócio”, diz.

O modelo possibilita que fabricantes, integradores e clientes possam expandir sua cobertura conforme o volume de dispositivos conectados, sem investimento de infraestrutura – atualmente uma das principais barreiras de entrada de recursos que permitem transformar indústrias, trazendo eficiência, economia de custos e previsibilidade. A expansão da cobertura da rede de telecomunicações acontece de maneira orgânica e descentralizada, com participação direta de consumidores finais dos diversos equipamentos Helium, que por sua vez atuam como nós de conexão dentro da rede.

“Nosso principal objetivo, enquanto embaixador da Rede Helium, é democratizar o acesso ao IoT através da Rede que mais cresce no mundo. The People’s Network, desenvolvida no conceito Web3, com cerca de 950 mil pontos de acesso, será expandida com o envolvimento de vários parceiros, ISPs, Telcos/MVNOs a vários municípios”, afirma Rodrigo Junco. “O comprador de equipamentos Helium pode ser remunerado e recuperar o dinheiro investido. A rede do povo, como é chamada pelos seus fundadores, traz benefícios, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas.”

Empresas de tecnologia que desejem usar a rede para oferecer ao mercado soluções de rastreamento de ativos e monitoramento de energia, gás, água e cidades inteligentes, entre outros, encontram um pacote completo. “Como fornecedora da plataforma inteligente de gestão de billing do controle dos ativos, das regras de negócio, pelas quais a Parlacom se tem destacado há mais de 10 anos, no mercado de M2M e IoT, garantimos a conexão dos respectivos sensores/endpoints ao servidor de rede e de aplicação, para apresentar o resultado dos dados coletados na rede Helium, em forma de dashboards simplificados e amigáveis”, afirma Clóvis Lacerda, CEO da Parlacom.