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Estudo mostra que tecnologia acelera transformação agrícola

A demanda por mais produtos para alimentar o mundo está aumentando, devido ao crescimento populacional e à imprevisibilidade climática. Como resultado, as principais empresas agrícolas estão usando a AgriTech para otimizar a agricultura e transformar a economia agrícola para um futuro progressivo e sustentável, revela a GlobalData, uma empresa líder em dados e análises.

As principais empresas da AgriTech estão usando tecnologias notáveis, como big data, robótica, drones e inteligência artificial (IA) para plantio mais rápido, crescimento de culturas em qualquer ambiente, e melhor colheita.

Analistas da GlobalData comentam que a automação na agricultura elimina a necessidade de trabalho manual, usando plataformas de hardware e software para aumentar a produção geral de alimentos, e minimizar a perda de qualidade. Áreas inovadoras na agricultura, como fenotipagem digital, genômica, técnicas moleculares e estufas inteligentes estão ganhando força. E que explorar novas variedades e descobrir novas características genéticas, usando conceitos agrícolas inovadores são vistos como uma tendência crescente. A combinação de tecnologias como sensores, visão computacional, IA e interface homem-máquina permite a previsão do rendimento e desempenho das culturas, além de realizar processos de controle de ervas daninhas e pragas.

O Disruptor Intelligence Center, da GlobalData, destaca menções de notícias, registros de empresas, contratações de empregos, registros de patentes, e inovações entre as principais empresas agrícolas, para implementar várias tecnologias agrícolas emergentes, aceleradas e maduras.

A fenotipagem digital expandiu o escopo da tecnologia na agricultura com um número crescente de casos de uso em melhoramento de plantas, redução de estresse de plantas, proteção de ervas daninhas, e manejo de pesticidas. O desenvolvimento de novas tecnologias e inovações de produtos, como sensores de tratores, câmeras e veículos aéreos autônomos, são cada vez mais encontrados nos arquivos das empresas. A maioria das empresas agrícolas procura especialistas em vários fluxos de trabalho de fenotipagem digital, que lidam com tecnologias como visão computacional, IA e interfaces homem-máquina.

A fome e a desnutrição são os principais impulsionadores para projetar ferramentas genômicas. Os avanços na tecnologia podem resultar no cultivo de culturas resilientes às mudanças climáticas, incluindo plantas com melhor tolerância ao estresse biótico e abiótico. Técnicas de edição de genes, como CRISPR-Cas 9, são proeminentes em publicações de notícias com empresas agrícolas e universidades, fazendo desenvolvimentos no espaço, para criar novas características de culturas. Os registros de patentes relacionados ao CRISPR e à edição de genes cresceram, a uma taxa de crescimento anual composta de 30% (CAGR), entre 2019-2021.

Práticas inteligentes de produção de estufas mitigam o impacto das mudanças climáticas no cultivo protegido. A automação de estufas baseada em IoT tem sido cada vez mais destacada em publicações de notícias. As empresas AgriTech desenvolvem soluções de monitoramento do crescimento das plantas para minimizar a intervenção humana. As estufas inteligentes exigem digitalização para operar sem intervenção humana. As empresas estão recrutando especialistas em automação na área de gerenciamento de dados e robótica, bem como especialistas em agricultura para rastrear a saúde das culturas.

A GlobalData acredita que o futuro reserva avanços atraentes para aumentar o rendimento e minimizar a perda de produção. O uso de ferramentas como sequenciamento paralelo massivo e pool de biomarcadores pode ajudar a aumentar o valor nutricional das sementes, para otimizar a proteína das sementes. O uso de técnicas de AR e VR pode resultar em aumentos dinâmicos ou complexos, baseados em marcadores, sem marcadores, e para monitorar as culturas, bem como mapear a saúde das culturas, em um ambiente de estufa.

OPC Foundation e FieldComm Group cooperam para desenvolver OPC UA Field eXchange

O foco da iniciativa OPC UA FX está em torno das comunicações controlador-controlador e controladordispositivo nas áreas de determinismo, movimento, E/S, instrumentos e segurança

Como a interoperabilidade possibilitada pelo OPC UA FX está alterando a concepção da conhecida pirâmide de automação em uma rede mais dispersa com vários pontos de interconexão

A OPC Foundation e o FieldComm Group estão colaborando para impulsionar a interoperabilidade de vários fornecedores de dispositivos de instrumentação, baseados em OPC UA, e as extensões para o nível de campo, denominadas OPC UA FX (Field eXchange). Esse desenvolvimento incorpora o trabalho preliminar de ambas as organizações, e visa a garantir que o mercado tenha apenas um padrão único. O objetivo é fornecer uma interface interoperável entre PLC/DCS e dispositivos de instrumentação, como transmissores, instrumentos e atuadores. As organizações dizem que a solução deve atender a diferentes indústrias, como petróleo e gás, farmacêutica, química, energia, água e esgoto e papel e celulose.

Para iniciar este trabalho, a OPC Foundation está com um novo Grupo de Trabalho de Instrumentação OPC UA, sob a liderança da Iniciativa Field Level Communications (FLC). A participação no grupo de trabalho está aberta a membros da Fundação OPC, bem como a membros de entidades corporativas do Grupo FieldComm. Os fabricantes das indústrias de automação de processos e fábricas estão representados neste grupo de trabalho para garantir um padrão uniforme, mundial e coordenado, para dispositivos de instrumentação baseados em OPC UA.

Para alcançar a interoperabilidade entre fornecedores de dispositivos de instrumentação, o Grupo de Trabalho adicionará às especificações básicas do OPC UA FX a definição de interfaces e comportamentos típicos para dispositivos de instrumentação, incluindo: • interfaces e tipos de dados comumente usados para as indústrias mencionadas acima, incluindo segurança funcional; • informações de diagnóstico específicas para dispositivos de instrumentação; • modos de operação de dispositivos de instrumentação; • máquinas de estado e modelos de tempo para funcionalidade específica de instrumentação, quando apropriado.

A nova especificação de perfil de dispositivo de instrumentação usará PubSub, e pode ser combinada com diferentes protocolos de comunicação subjacentes (por exemplo, UDP/IP) e camadas físicas (por exemplo, Ethernet-APL), para oferecer suporte a todos os casos de uso relevantes em manufatura discreta e de processo, incluindo instrumentação de segurança baseada em OPC UA, Troca de dados determinísticos e de segurança, com base em Ethernet TimeSensitive Networking (TSN), quando apropriado.

A Faceta de Instrumentação deve ser complementar ao OPC 30081 / FCG TS10098 “OPC UA para Dispositivos de Automação de Processo (PA-DIM)” de propriedade conjunta e outras Especificações Complementares. O grupo de trabalho também se esforçará para gerenciar a sobreposição com outros modelos de informação, já divulgados ou em desenvolvimento.

“A união de forças da Fundação OPC e do Grupo FieldComm no Grupo de Trabalho de Instrumentação é um marco significativo”, disse o presidente do Grupo FieldComm, Thoralf Schulz (ABB). Ele irá harmonizar a integração de dispositivos, enquanto suporta a transição de tecnologias de dispositivos existentes e suas instalações para o futuro. Combinado com o gerenciamento de dispositivos baseado em FDI e a camada física avançada (APL) para conectividade de camada inferior, este é um marco importante para uma infraestrutura de troca de dados harmonizada, que beneficiará, tanto os usuários de automação de processos, quanto os fornecedores de produtos de automação de processos e soluções.

A digitalização precisa de interoperabilidade. A interoperabilidade precisa de padrões. A extensão da estrutura OPC UA, para incluir um modelo de informação para dispositivos de instrumentação, é importante para garantir a interoperabilidade entre fornecedores e semântica

comum. Nenhuma organização pode conseguir isso sozinha, portanto, a colaboração entre organizações é essencial – da automação de processos à fabricação discreta, do cliente ao fornecedor, do fabricante de máquinas-ferramenta aos parceiros de soluções, e assim por diante. Por meio dessa colaboração, um passo importante para atender às necessidades de nossos clientes e da indústria é alcançado.

“Estender o OPC UA Framework com um modelo de informação para dispositivos de instrumentação é importante para garantir – em combinação com OPC UA Safety, Deterministic Communication, Motion e EthernetAPL/SPE – uma real interoperabilidade entre fornecedores e semântica comum, não apenas para os casos de uso de controlador para controlador, e controlador para dispositivo na automação de fábrica e de processo, mas também suportando OPC UA como uma tecnologia totalmente escalável do sensor, em todos os níveis, para MES/ERP, e também para a nuvem”, postula Peter Lutz, diretor da Iniciativa FLC da OPC Foundation.

Centro de Excelência Solar

O principal projeto da América do Sul para P&D e treinamento de mão-de-obra do segmento de rastreadores solares inteligentes, o Centro de Excelência Solar do Brasil (CFSE), foi inaugurado em Sorocaba/SP, com a presença de autoridades e lideranças da indústria de geração solar. A iniciativa da Nextracker, empresa global em rastreadores inteligentes, em parceria com o FIT – Flex Instituto de Tecnologia –, é um investimento de milhões de dólares para apoiar o desenvolvimento da crescente indústria de geração centralizada de energia fotovoltaica.

Dan Shugar, CEO e fundador da Nextracker, apresentou o CFSE aos presentes – autoridades, clientes e parceiros da empresa. Entre eles, representantes da Atlas Renewable Energy, Shell do Brasil, SCATEC, Lightsource e EDF Renewable, e Leandro Santos, vice-presidente da Flex do Brasil, Carlos Ohde, gerente geral do FIT, Antonio Imbassahy, da Invest São Paulo, representando o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, bem como o deputado federal Vitor Lippi, e Hamilton Mendes, coordenador geral do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

De acordo com a Wood Mackenzie Power & Renewables, a Nextracker alcançou a primeira posição no mercado de rastreadores solares no Brasil, com uma participação de mercado de 38%. A empresa conquistou seis projetos nos últimos nove meses, com capacidade acumulada de 2,6 GW, elevando o total de projetos de rastreadores no Brasil para 5,5 GW – seja em operação ou em construção.

“O Brasil é o mercado da Nextracker que mais cresce no mundo. Temos fabricado nossos controles eletrônicos e componentes chave no Brasil, nos últimos cinco anos, e estamos investindo pesado em uma instalação para um centro de Pesquisa & Desenvolvimento e Testes de nível mundial. Já realizamos treinamento de instalação para centenas de profissionais da indústria solar, por meio da nossa PowerworX Academy. E, em conjunto com o FIT, contratamos dezenas de pessoas altamente especializadas e talentosas, para continuar a aprimorar a tecnologia do estado da arte que melhor poderá atender os nossos clientes. Este centro é um desdobramento deste esforço”, afirmou Dan Shugar

O novo hub brasileiro de P&D da Nextracker tem como modelo o Centro de Excelência Solar da empresa, localizado em sua sede, em Fremont, na Califórnia (EUA).

O hub de tecnologia CFSE abrangerá estudos do ciclo de vida completo dos sistemas de rastreadores solares, incluindo, desde o desenvolvimento projetos de estrutura, mecânica e elétrico, à sua construção, operação e manutenção. Os pesquisadores do CFSE realizarão, ainda, pesquisas aprofundadas e testes sobre dinâmica do vento, mecânica do solo, e melhoria de performance do rastreador, por meio de software e sistemas de backup de bateria. O projeto Nextracker – FIT inclui uma instalação solar adjacente de 770 quilowatts (kW), de 30 mil m2, que servirá como um laboratório ao ar livre, para a prototipagem e teste de novos produtos, e ao centro de treinamento.

Relatório revela lacuna para se tornar verde

Uma pesquisa recente, da Oxford Economics e SAP SE, descobriu barreiras significativas às iniciativas de sustentabilidade corporativa. Os problemas incluem falta de comunicação e engajamento dos executivos, uso ineficaz de dados, tecnologias isoladas, que não compartilham processos ou informações, e falta de colaboração e parceria entre empresas e setores.

No entanto, embora o valor das iniciativas de sustentabilidade não esteja sendo amplamente percebido, o estudo também mostra que o caso de negócios para elas é bem compreendido. Os executivos expressaram desejo de que suas organizações se tornem mais sustentáveis, citando a eficiência (58%), melhorando a reputação da marca (46%), e atendendo às necessidades dos clientes (44%) como os principais benefícios de negócios para os esforços de sustentabilidade. No geral, 63% dos executivos pesquisados indicaram que sua empresa já possui um plano formal de sustentabilidade.

“Os executivos reconhecem que os esforços de sustentabilidade podem levar a uma melhor lucratividade, atrair clientes e funcionários e gerar um impacto positivo em suas cadeias de suprimentos”, disse Vivek Bapat, vice-presidente sênior de Propósito e Sustentabilidade da SAP. “Mas, atingir esses objetivos requer um alto grau de comunicação e engajamento. Na SAP, estamos tentando entender como podemos apoiar essas empresas, na obtenção de resultados de suas metas de sustentabilidade e na definição das melhores práticas em todos os setores.”

A maioria das organizações que responderam à pesquisa descreveu compromissos de sustentabilidade vagamente definidos, e conexões limitadas com os públicos interno e externo. Aproximadamente dois terços dos executivos, que têm planos de sustentabilidade em vigor, dizem que o escopo e a visão dos planos não são comunicados de forma eficaz em toda a organização ou externamente.

No entanto, a pesquisa identificou um pequeno grupo de executivos – cerca de 9% – que adotou processos focados em sustentabilidade, e está colhendo os benefícios. Esses “líderes de sustentabilidade” são definidos por características, como definir expectativas claras no nível estratégico, aplicar o poder transformador da tecnologia e gerenciamento de dados, e se envolver com públicos importantes, como funcionários, parceiros da cadeia de suprimentos, e formuladores de políticas.

O estudo da Oxford Economics e da SAP oferece dados abrangentes para traçar um quadro amplo dos esforços de sustentabilidade corporativa. A partir das respostas, surgem os principais desafios, em que as empresas podem se concentrar para melhorar seus resultados de sustentabilidade, e passar para a categoria “Líderes”. Os esforços começam com o patrocínio executivo – os esforços de sustentabilidade devem começar com a definição de um plano explícito, que é comunicado e enfatizado em toda a organização. É preciso promover comunicações claras e consistentes, porque, enquanto os esforços de sustentabilidade começam no topo, a visão deve ser transformada em ação pelos funcionários. Conectar as principais equipes com objetivos claros é importante para impulsionar um maior desempenho de sustentabilidade. Também é fundamental integrar processos, tecnologias e dados. A maioria das empresas não incorporou a sustentabilidade em suas estratégias principais, levando a tecnologias desconectadas, que contam duas vezes, impedem o planejamento estratégico, e deixam informações financeiras e não financeiras desconectadas. A unificação desses ativos fornece visibilidade do progresso e do desempenho. E estender práticas sustentáveis para clientes, parceiros e fornecedores: os fornecedores de energia são um componente-chave das práticas de sustentabilidade, mas mais de um terço dos entrevistados não considera o uso de fornecedores de energia sustentável fundamental para suas metas de redução de carbono (36%). Eles também não impõem aos parceiros os mesmos requisitos que impõem a si mesmos. A sustentabilidade é um esporte de equipe, que requer participação em toda a cadeia de suprimentos.

Fundamental lembrar que os dados são críticos. Capturar e analisar dados fornece informações sobre recursos e eficiência. Ele permite que a organização avalie os resultados e acene quando melhorias são necessárias. Esse componente-chave é uma área propícia à inovação em todos os setores.

A SAP e a Oxford Economics estão empenhadas em continuar a estudar e compreender as melhores práticas de sustentabilidade, e a ajudar as empresas em todo o mundo a construir operações mais eficientes e sustentáveis.

Hub de inovação da Holambra Cooperativa Agroindustrial

Com a crescente competitividade que o agronegócio vem ganhando a cada dia, a capacidade das empresas em se reinventarem é fator definitivo para o sucesso. A tecnologia e inovação no campo vem contribuindo para os resultados positivos da produção agrícola, e ajudando líderes deste segmento a se atualizarem.

As cooperativas, por exemplo, têm trabalhado cada vez mais para atingirem a renovação constante, por meio de ações e iniciativas que buscam implementar uma cultura inovadora nas regiões em que estão inseridas. Segundo Shandrus Hohne de Carvalho, CEO da Holambra Cooperativa Agroindustrial, o foco está no produtor rural, e no ato de atender todas suas necessidades para fazer o negócio prosperar com a menor complexidade para tomadas de decisões. “Para que isso seja possível, é preciso apresentarmos soluções inovadoras, para resolver os desafios reais, e transformar novos conhecimentos em resultados. A capacidade de inovação que as organizações possuem é fator essencial para as estratégias de negócios e os novos modelos de operações”, afirma Carvalho.

A Holambra Cooperativa Agroindustrial lançou, em agosto, seu primeiro hub de inovação para o agronegócio, o Telescope Holambra – conceito inspirado no telescópio, criado pelo holandês Hans Lippershey, em 1608, para observação de objetos a distância.

O novo projeto foi inspirado na ideia de enxergar aquilo que não se vê no dia-a-dia comum de um produtor rural, ou que amplifica a visão de problemas e necessidades existentes em todo ecossistema da jornada do empreendedor do agribusiness. Para Luiz Morcelli, gerente de Inovação da Holambra Cooperativa Agroindustrial, o intuito com a proposta é desenvolver soluções que resolvam as “dores” e diminuam os impactos negativos que podem ocorrer na dinâmica de uma fazenda, em todos seus aspectos. “Buscamos, assim, criar um lugar de desenvolvimento e fomento de soluções inovadoras para antes, durante e depois da porteira de cooperados e clientes parceiros, considerando as características culturais, regionais de solo, clima, uso de tecnologia e gestão do negócio, sendo, a nossa Cooperativa, a provedora desses serviços, com parceria estratégica com as empresas que tenham as melhores soluções”, explica Morcelli.

“Queremos atender as necessidades do nosso cooperado, oferecendo uma experiência de sucesso. O Telescope foi desenvolvido para aproximar cada vez mais o produtor da transformação digital, permitindo que ele possa participar diretamente do desenvolvimento sustentável – ambiental e do negócio. Nossa ideia é agregar valor aos novos modelos que temos hoje, e expor todo o potencial que possuímos na área de Inovação”, afirma Michele Gonçalves, Head de Marketing da Holambra Cooperativa Agroindustrial.

De acordo com um estudo realizado pela Abstartups – Associação Brasileira de Startups –, o Brasil conta com mais de 12.600 startups ativas. Desse total, segundo a pesquisa Radar Agtech Brasil 2020/2021, pelo menos 1.574 são agtechs, sendo que 48% delas estão localizadas no estado de São Paulo.

A conexão do hub com o mundo externo será feita através da interação com outros hubs, aceleradoras do agro, incubadoras/academia, parceiros, fornecedores e entidades. O hub atuará como um grande observatório das realidades e iniciativas de inovação que estejam ocorrendo no agro, mediante o convívio com estes ecossistemas e fatores mencionados, considerando como filtro e prioridade às necessidades emergentes do dia a dia da Cooperativa. Além disso, é importante ressaltar também a importância da sinergia deste projeto com áreas de assistência técnica e CRM, por exemplo, na geração de inteligência de dados, sendo possível a criação de machine learning.

O Open Innovation, o acesso à estrutura física, o compartilhamento de conhecimento e o impulsionamento para a criação de tecnologias, são algumas das vantagens que o hub de inovação proporciona. O Telescope Holambra assumirá o papel de catalisar, estimular, provocar e materializar oportunidades de inovação, e se dará por meio de uma estrutura amparada pela área de marketing e comandada por Luiz Morcelli, e uma equipe de execução e comercialização, junto aos clientes produtores rurais, incluindo, principalmente, as equipes das startups.

Fundada em 1960, a Holambra Cooperativa Agroindustrial tem sua sede localizada no município de Paranapanema/SP, e se destaca pela excelência no agronegócio. Com área de atuação no território nacional, que soma 70 mil hectares de área explorada e cerca de 160 cooperados, a cooperativa é hoje referência na produção de grãos em todo o Brasil.

Relatório de Perspectivas do Mercado Global de Automação Inteligente: Transformação de ponta a ponta para processos de negócios

As Organizações de Serviços Compartilhados (SSOs) estão focadas em economia de custos, eficiência, criação de valor e transformação em seus negócios, e é por isso que a automação de processos de ponta a ponta (E2E) se tornou um tópico importante para serviços compartilhados.

De fato, o Relatório do Estado dos Serviços Compartilhados 2022 da SSON Research & Analytics mostrou que 81% dos serviços compartilhados os profissionais votaram a integração de processos E2E, como uma das principais prioridades para sua organização, citando a automação inteligente como a maneira de chegar lá. Segundo esse mesmo relatório, 67,08% dos serviços compartilhados têm buscado soluções inteligentes.

Nos últimos dois anos, a Pandemia e outros eventos globais apenas tornaram ainda mais clara essa necessidade de transformação E2E, e o relatório detalha a importância das ferramentas de automação e IA para atingir essa integração.

A Pesquisa de Benchmarking de Automação Inteligente 2022 fornece uma boa visão de onde os SSOs estão em matéria de IA, e é composta por um grupo diversificado de entrevistados de APAC, Europa e América do Norte, e inclui aqueles em Cargos de C-Suite, executivos e líderes de divisão em todo o reino de serviços compartilhados.

Quando os entrevistados foram perguntados: “Como você percebe sua níveis gerais de automação GBS/SSO?” apenas 13,4% sentiram que tinham altos níveis de automação, enquanto 39,1% descreveram sua automação em níveis baixos. Assim, apesar da consciência de que a automação é a chave para desbloquear a excelência do processo, muitos entrevistados ainda sentem como se seus níveis de automação estivesse aquém de onde eles gostariam.

Embora as ferramentas de AI normalmente possam atender a metas de benchmarking, como cortar custos e

melhorar a eficiência, muitas organizações não têm certeza de quais processos devem ser automatizados, e quais ferramentas podem ajudar melhor a atingir suas metas de automação. É aqui que a descoberta e a mineração de processos se tornam úteis. Automação Inteligente é o presente e o futuro, da E2E e da transformação de processos para SSOs. Qualquer negócio capaz de implementar tecnologias de automação com sucesso pode reformular seus processos de maneira econômica, aumenta eficiência e impulsiona a produtividade dos funcionários. Uma estratégia importante para o processo de transformação é a automação do fluxo de trabalho. Ao trazer tecnologias de comunicação, dados digitais e processos, por meio de automação de fluxo de trabalho, as organizações tornam isso possível. E a gestão do desempenho permite aos usuários do processo entenderem melhor os pontos fortes e fragilidades de seu processo. Quando os recursos de automação são trazidos para o gerenciamento de processos, os SSOs podem obter uma compreensão ainda mais profunda das deficiências de seus processos, de como enfrentá-las, e quais soluções trariam os melhores resultados.

John Deere faz parceria com startup para análise de yield gap de lavouras

A John Deere anunciou parceria com a DataFarm, spinoff criada em 2018, pelo laboratório IBRA – Instituto Brasileiro de Análise –, para o desenvolvimento de análise de carbono no solo, a partir de uma tecnologia da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

A parceria tem como meta analisar o yield gap, que representa a diferença entre a produtividade potencial das lavouras de uma propriedade, e a real produção que sai do campo. A DataFarm é uma plataforma de inteligência de dados que identifica a origem das perdas de produtividade, e fornece insights suportados por algoritmos agronômicos e modelagem climática.

“A aproximação com startups, como a DataFarm, é essencial para que a companhia consiga potencializar a

integração de novas soluções”, diz Dan Leibfried, diretor de inovação da John Deere na América Latina. “Com essa colaboração, a John Deere visa também a potencializar os ganhos sustentáveis das máquinas, já olhando para o mercado brasileiro de crédito de carbono.”

A meta é, por meio das ferramentas de análise de dados e conexão presentes nas máquinas da empresa, que seja possível os diagnósticos de yield gap. Para analisar e ajudar a reduzir o gap entre a produtividade real e a atingível, são levados em consideração as interações do clima, no ambiente de produção, em função do relevo, tipos de solo, compactação e práticas agrícolas. A coleta cria um banco de informações para o produtor. As análises do yield gap podem contribuir, também, para a formação de um banco de dados sobre a agricultura de baixo carbono.

A relação da John Deere com a DataFarm começou há dois anos. A companhia organiza anualmente o Startup Collaborator Program, iniciativa que aprofunda a interação com empresas iniciantes. Em 2020, a agtech foi uma das selecionadas para o programa – além de três outras startups: uma dos EUA, uma da Dinamarca, e outra de Israel.

“Essa colaboração vai gerar valor compartilhado para todo o ecossistema, ao conectar produtores, consultores, parceiros e concessionárias John Deere”, diz o cofundador da DataFarm, Thiago Camargo, juntamente com Armando Parducci.

Primeira simulação de mobilidade aérea urbana nos EUA

A Eve Holding prepara a primeira simulação de Mobilidade Aérea Urbana (UAM) na América do Norte, usando um helicóptero fornecido pela Blade Air Mobility, Inc. para mostrar a chegada da aeronave elétrica de pouso e decolagem vertical (eVTOL). O objetivo é estudar as operações, serviços terrestres e jornada dos passageiros, bem como as necessidades do operador do eVTOL, criando conexões mais acessíveis e rápidas para o centro de Chicago. A Eve fará a simulação de UAM em Chicago, Illinois, durante três semanas, começando com testes em solo em 12 de setembro, e voos de passageiros no dia 14. Após a simulação, a cidade de Chicago obterá conhecimento sobre a infraestrutura e o ecossistema necessários para permitir o lançamento e o crescimento de longo prazo esperado para a UAM na região.

“A simulação da operação do eVTOL em Chicago nos permite estudar como as pessoas irão vivenciar este serviço, e entender todos os requisitos do ecossistema para nossos produtos e serviços, ao mesmo tempo que apresentamos o benefício da mobilidade aérea urbana em uma das cidades mais importantes e populosas da América do Norte. Estamos finalizando os preparativos para executar essas simulações de forma eficiente e sustentável, e esperamos ajudar a preparar Chicago para receber uma solução de transporte com emissão zero”, explica André Stein, co-CEO da Eve.

Os testes de solo serão no Vertiport Chicago, um heliporto no centro da cidade, simulando requisitos de serviços, infraestrutura e equipamentos para o eVTOL. Na infraestrutura de UAM, um vertiporto é uma área com estrutura usada para pouso, decolagem e operação de aeronaves eVTOL. “Para a Eve, é fundamental entender e endereçar, por meio desses projetos, que envolvem parceiros e a comunidade, os principais desafios associados aos mais importantes pilares do ecossistema de mobilidade aérea urbana. Nossa proposta reúne todos os públicos de interesse, e conta com diferentes visões e pareceres para estruturar e entregar as melhores soluções”, disse Luiz Mauad, vice-presidente de Serviços e Operações de Frotas da Eve.

Para esta simulação, a Eve formou um consórcio de parceiros, incluindo a Blade, Republic Airways, Halo Aviation, Vertiport Chicago, Village of Tinley Park, Village of Schaumburg, ACCIONA, SkyWest, Inc. e Speedbird Aero. Um helicóptero representando o futuro eVTOL da Eve transportará passageiros das instalações da Vertiport Chicago para dois helipontos localizados a noroeste e sudoeste de cidade. A primeira rota irá conectar o vertiporto de Chicago e o heliponto municipal de Schaumburg, e a segunda rota, o vertiporto de Chicago e o heliporto de Tinley Park, em Illinois. Os voos foram colocados à venda hoje no aplicativo e site da Blade

Em novembro de 2021, a companhia realizou o primeiro simulado no Brasil, conectando a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Tom Jobim – RIO (galeão). Essa iniciativa, que agora acontece em Chicago (EUA), está colaborando para que toda a indústria possa, num futuro próximo, democratizar o acesso do público ao novo modal de transporte aéreo, por meio de inovações disruptivas e preços mais acessíveis. Atualmente, a Eve possui a maior e mais diversificada carta de intenção de compra do mercado, com mais de 2 mil pedidos, de 22 empresas do setor.

Westcon é premiada pela Schneider Electric como melhor IAD de 2021

Neste segundo semestre, a Westcon recebeu da Schneider Electric o prêmio de melhor IAD de 2021. Fazer parte do Alliance IAD (Industrial Automation Distributor) significa ser um distribuidor especialista em automação industrial.

Paolo Capecchi, fundador e proprietário da Westcon, explica que, desde seu início, a empresa focou na distribuição e representação de produtos eletroeletrônicos de alta complexidade por meio da venda por aplicação. Nessa modalidade, a Westcon não apenas vende um determinado produto, mas orienta o cliente com o objetivo de ajudá-lo a encontrar as soluções para suas demandas. Como parceiro Alliance IAD, a Westcon tem por atribuição expandir o ecossistema de Integradores

Fernando Veloso (Westcon), Bruno Xavier (Schneider), Wagner Donizete do Carmo (Schneider), Paolo Capecchi (Westcon), Daniel Gatti (Schneider), Erik Maran (Westcon), Alex Soares (Westcon)

de Sistemas (I.S), empresas especializadas em execução, montagem e instalação de projetos de automação industrial. “Nossa missão é ajudar os nossos parceiros I.S. a serem competitivos nos seus negócios utilizando os produtos da Schneider. E eles sempre contam com o nosso suporte técnico antes, durante e depois de concluído o projeto”, afirma Capecchi. “O intuito da Schneider é estar mais próximo do cliente final, com consultoria técnica, desde soluções mais simples de automação até soluções complexas de

Ana Cristina Rodrigues

Business Development Manager da divisão Industrial Automation da Schneider. Paolo Capecchi

Fundador e Proprietário da Westcon

modernização de parque instalado e projetos turnkey, com laboratório completo de automação para testes e capacitação de nossos clientes finais e parceiros de integração de sistemas”, explica Ana Cristina Rodrigues, Business Development Manager da divisão Industrial Automation da Schneider. A gestora da Schneider conta que a Westcon foi convidada ao projeto no final de 2018 por ser um distribuidor especializado que valoriza a capacitação do seu time técnico e comercial. “Desde então, a Westcon tem se desenvolvido com o portfólio de automação industrial da Schneider Electric, alcançando rapidamente todas as certificações necessárias para se tornar um Alliance IAD Certified e reconhecido no Brasil como um de nossos melhores parceiros”, afirma. Fazer parte do Alliance IAD permite aos funcionários da Westcon conquistar especializações que são revertidas em diferenciais para seus clientes. A equipe técnica e de vendas recebem treinamentos mensais da Schneider desde 2018. Além disso, a Westcon conta com um Laboratório IAD que é equipado com grande variedade de produtos Schneider, disponíveis aos clientes. Os integradores de sistema (I.S) parceiros podem fazer testes e simulações e também receber treinamentos ministrados pelos funcionários especialistas da Westcon. “Graças a essa estrutura, conseguimos conquistar novos parceiros I.S., que puderam ver, na prática, a solução proposta pelos nossos especialistas funcionando perfeitamente e atendendo à necessidade do projeto que estavam desenvolvendo”, conta Capecchi. Essa parceria ajuda os I.S a oferecerem ao cliente final uma solução técnica eficiente e confiável. “Chamamos isso de Win-Win-Win, em que todos ganham: ganha o cliente final, o I.S. e a Westcon/Schneider”, explica Capecchi. Foi isso que experimentou a empresa Precision Robotics, de Taubaté, São Paulo. “Ser atendido pela Westcon nos capacitou a utilizar e apresentar de forma clara ao cliente as soluções de automação e controle Schneider”, conta Rui Moura Junior, diretor da Precision Robotics, que procurou a Westcon em busca de soluções em PLC’s. Ele conta que o suporte da Westcon na capacitação da equipe e implementação das soluções ajudou a conquistar novas parcerias. “A eficiência, segurança e confiabilidade da Westcon como IAD abriu para nós novas possibilidades de negócio com satisfação total por parte do cliente”, conta. O CEO da Westcon conta que a parceria gerou efeitos positivos mesmo em tempo de trabalho remoto e restrições às visitas presenciais aos clientes. “Conseguimos expandir as vendas e atingir muitos clientes novos, justamente pela maior oferta de produtos de automação proporcionada pelas linhas Schneider. O crescimento do nosso volume de vendas em geral foi bastante acentuado a partir do segundo semestre de 2020”, explica. Para ele, receber o prêmio como Top IAD é um reconhecimento importante à empresa. “Fiquei muito feliz por essa premiação, pois é o reconhecimento do esforço conjunto de todas as pessoas da Westcon. Isso prova que estamos no caminho certo”, afirma.