Revista Digital Passear Nº48 Versão Gratuita

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passear sente a natureza

Crónica BTT

CAMINHO DE

SANTIAGO

Destino

ALDEIA DO CUTELO

EMPRESAS

ZêzereTrek

TESTES

Nº. 48 . Ano VI . 2016 . PVP: 2 € (IVA incluído)

CASACO FORCLAZ 200 RAIN BOTA FORCLAZ 600 HIGH

CAMINHADA DE

INVERNO


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Director Vasco Melo Gonçalves Editor Lobo do Mar Responsável editorial Vasco Melo Gonçalves Colaboradores António José Soares; Francisco Cordeiro; João Fernandes; Rui Ferreira, Luis Contente. Publicidade Lobo do Mar Contactos +351 261 867 063 + 351 965 510 041 e-mail geral@lobodomar.net Grafismo

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Registada na Entidade Reguladora para a Comunicação Social sob o nº. 125 987 Direitos Reservados de reprodução fotográfica ou escrita para todos os países

Capa Fotografia

Caminhada de Inverno (pág.44)

Os números do Turismo a crescer. O Turismo de Portugal divulgou os resultados do inquérito sobre a caracterização e a procura nas empresas de animação turística. O inquérito foi realizado às empresas de animação turística registadas no Registo Nacional de Animação Turística, entre março e junho de 2015. A taxa de resposta obtida foi de 39%. Segundo o RNAAT, em novembro de 2015 “... estavam ativas 2729 empresas, 72% eram empresas de animação turística (1966 EAT) e 28% operadores marítimo-turísticos (763 OMT). Mais de metade das empresas indicaram que o volume de negócios aumentou em 2014 (51%) e cerca de 63% do total das empresas preveem ainda o aumento do volume de negócios em 2015. As atividades turismo de ar livre/ turismo de natureza e aventura continuam a ser as mais procuradas (62%). Do total de empresas, 38% tiveram um volume de negócios menor ou igual a 10.000€ e 28% entre 10.000€ e 50.000€, o que significa que 66% das empresas inquiridas são micro e pequenas empresas. Ainda em termos do volume de negócios, de destacar que 49% dos operadores marítimoturísticos e 35% das empresas de animação turística registaram um volume de negócios menor ou igual a 10.000€. De referir igualmente que, em 2014, 14% dos operadores marítimo-turísticos e 26% das empresas de animação turística registaram um volume de negócios superior a 100.000€ Independentemente do grupo de atividades, as atividades que mais se destacam são os passeios marítimo-turísticos, as visitas guiadas a museus, monumentos e outros locais de interesse patrimonial, e o aluguer de embarcações com tripulação. A duração média dos programas das atividades mantém-se com uma duração inferior a um dia (57%) e apenas 23% das empresas tem programas de atividades que duram mais do que 1 dia. Para 42% das empresas inquiridas, a procura aumentou em 2014...” São sem dúvida boas notícias que demonstram que o Turismo de Natureza e Cultural tem um elevado potencial na oferta turística de Portugal. Entretanto, a Bolsa de Turismo de Lisboa 2016 já foi apresentada e a tendência também é de crescimento. Um Bom Ano de 2016. Diretor vascogoncalves@lobodomar.net


3 Edição Nº.48

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Sumário 04 Atualidades

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Versão completa paga

gratuita

14 Caminhada:

Zêzere Trek

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BTT: Crónica

A caminho de Santiago

30 Teste:

Quechua Forclaz 200 Rain

36 Teste:

Quechua Forclaz 600 High

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Apresentação de artigos

do Passear (versão paga)

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ASSINATURA Passear

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Caminhada de Inverno

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54 Destino:

Aldeia do Cutelo

60 Conversa:

Monte da Lua

Tenha acesso à versão compl eta da rev ista pa s s ear por ap enas 1 €

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atualidades

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ÁREAS PROTEGIDAS DO NORTE COM NOVOS MAPAS O Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Norte editou os mapas das cinco áreas protegidas que o integram: Parque Nacional da Peneda-Gerês, Parque Natural do Alvão, Parque Natural do Douro Internacional, Parque Natural do Litoral Norte e Parque Natural de Montesinho. São mapas à escala 1/80 000 que, para além da habitual informação da rede viária, rede hidrográfica e localidades, oferecem um conjunto de informação útil ao visitante que quer programar a sua visita à área protegida. É o caso dos percursos pedestres sinalizados, do património construído mais relevantes, dos pontos de interesse geológico, miradouros e áreas de merenda. No verso, é feita uma descrição dos principais valores naturais e culturais do parque. Para além desta informação de âmbito turístico, os mapas possuem ainda o zonamento da área protegida e uma síntese explicativa do mesmo. Os mapas, em português, encontram-se à venda nas Áreas Protegidas do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Norte pelo preço unitário de 2,46€. Mapa do Parque Nacional da Peneda-Gerês Mapa do Parque Natural do Litoral Norte Mapa do Parque Natural do Alvão Mapa do Parque Natural de Montesinho Mapa do Parque Natural do Douro Internacional Fonte: Natural.pt

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138 DIAS COM CAMINHADAS GUIADAS NO GERÊS EM 2016 A 4ª edição do Programa Anual de Caminhadas Guiadas que decorrerá no Gerês até 31 de Dezembro de 2016, é uma vez mais organizado pela associação empresarial Gerês Viver Turismo e conta novamente com o apoio da Câmara Municipal de Terras de Bouro. Fruto de parceria estabelecida, as caminhadas são levadas a efeito por cinco empresas de animação turística daquele concelho, com guias especializados e conhecedores do território. No corrente ano, são mais de trinta os trilhos a usufruir, sendo que a maioria repetir-se-á ao longo de doze meses, num total de 138 dias com caminhadas guiadas. À semelhança de edições anteriores, os possíveis interessados poderão participar em caminhadas nocturnas, à sexta-feira, de Junho a Setembro num total de 14. Incluída no programa anual, está a 4ª edição do Festival de Caminhadas que se realizará nos dias 19 e 20 de Março, sendo já o maior do género em Portugal, a 2ª edição do evento Solstício de Verão em Junho e a 3ª edição do Trilho das Bruxas. Novidade em 2016 é a celebração, com caminhadas guiadas, de várias datas

comemorativas e festivas, como é exemplo o Dia Mundial da Árvore, o Dia Internacional da Biodiversidade, o Dia Mundial da Fotografia e o Dia Mundial do Turismo entre muitas outras. Celebrações que serão transformadas em eventos com promoção e condições de participação específicas. Pelo quarto ano consecutivo, a entidade organizadora pretende uma vez mais evidenciar o Gerês enquanto território de excelência para a prática de caminhadas na Natureza, destacando toda uma rede de trilhos que neste destino turístico se pode encontrar e percorrer em segurança. É objectivo também, a promoção de um estilo de vida mais saudável em conjugação com o diversificado património natural e cultural existente no Gerês. À excepção de eventos específicos inseridos no Programa Anual de Caminhadas Guiadas, as inscrições na maioria das caminhadas são gratuitas, devendo ser realizadas através dos estabelecimentos aderentes ao programa e nas condições por eles fixadas. Informação completa pode ser consultada em www.geres.pt


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Legenda: Socalcos de Sistelo. Fotografia: ARDAL

ARCOS DE VALDEVEZ INICIA CLASSIFICAÇÃO DE SISTELO COMO PAISAGEM CULTURAL

Sistelo, freguesia do concelho de Arcos de Valdevez, viu reconhecida, por publicação em Diário da República de 10 de Dezembro, a abertura da classificação como “Paisagem Cultural”, numa iniciativa do Município de Arcos de Valdevez junto da Direção Regional de Cultura Norte, que colheu agora a validação superior Direção Geral do Património Cultural. Esta classificação é a primeira do seu género, uma vez que parte de iniciativa exclusiva de agentes nacionais, sendo que as outras quatro existentes são classificadas pela UNESCO. A área agora considerada para classificação abrange um alargado espaço de inigualável qualidade ambiental e natural, vizinho do único Parque Nacional português (PenedaGerês), mas também portador de um notável património etnográfico e histórico, marcado por centenas de anos de ocupação humana que moldaram a paisagem, com destaque para os singulares e excepcionais socalcos de produção agrícola, únicos no país, e que valeram já a Sistelo uma outra classificação informal, a de “pequeno Tibete português”. A abertura deste processo é o reconhecimento de um esforço continuado da autarquia arcuense para a potenciação e preservação deste território, sendo que se espera a classificação definitiva desta Paisagem, e após todo o processo complexo de trabalho com as entidades da tutela, em meados do próximo ano. Fonte: C.M.A. de Valdevez



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NOVA CONQUISTA NA DEFESA DAS LEIS EUROPEIAS DE PROTEÇÃO DA NATUREZA Uma conquista na defesa das Leis Europeias de Proteção da Natureza aconteceu durante a última reunião do Conselho de Ministros do Ambiente no passado dia 16 de Dezembro em Bruxelas. Os 28 ministros reiteraram o seu apoio à Estratégia de Biodiversidade, reconhecendo a importância chave das Diretivas Aves e Habitats e da sua completa implementação para atingir as metas previstas na Estratégia. Após o anúncio da Comissão Europeia, no final de 2014, de abertura de um processo de avaliação profunda da eficácia das leis de proteção da natureza, conhecidas como Diretivas Aves e Habitats, as principais organizações não-governamentais de ambiente da UE - WWF, BirdLife, EEB e Friends of the Earth, lançaram a campanha SOS Natureza pela defesa destas leis. Em Portugal, dinamizaram a campanha os membros da coligação C6 - GEOTA, FAPAS, LPN, Quercus, SPEA e WWFi. A campanha resultou na maior participação, até hoje, numa consulta pública europeia, com mais

de 500 mil pessoas a defenderem as Diretivas. Em novembro de 2015, o relatório de avaliação encomendado pela Comissão Europeia, evidencia a qualidade da legislação e a sua eficácia na proteção da vida selvagem e dos habitats naturaisii. Agora foi a vez dos ministros do ambiente, reunidos em Conselho da UE, apoiarem uma melhor implementação das Diretivas. No decorrer do processo de avaliação falta ainda o voto do Parlamento Europeu, que ocorrerá em fevereiro de 2016. A coligação C6 congratula-se pela decisão e afirma-se convicta que a mobilização dos cidadãos pode sempre fazer a diferença e exigir aos decisores que tomem opções que protejam o Ambiente e a Natureza. Esperamos agora que tanto a nível comunitário como a nível nacional se tomem as medidas necessárias, sejam de gestão, sejam de investimento ou ainda de proteção jurídica efetiva, para implementar adequada e decididamente as Diretivas da Rede Natura.


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RECUPERAÇÃO DO JARDIM BOTÂNICO NOS JARDINS DO PALÁCIO NACIONAL DE QUELUZ

A Parques de Sintra arrancou em dezembro com as obras de recuperação do Jardim Botânico nos Jardins do Palácio Nacional de Queluz. Esta intervenção, com um investimento superior a meio milhão de euros, faz parte do projeto global de recuperação do Palácio Nacional e Jardins de Queluz, cujas obras arrancaram em janeiro de 2015. Os Jardins do Palácio Nacional de Queluz foram, desde a sua construção, considerados como espaço privilegiado de lazer para a Família Real, constituindo hoje um

importante valor paisagístico e patrimonial, sendo considerado um dos mais interessantes jardins históricos europeus. Esta intervenção surge ainda como resposta à urgente necessidade de recuperação, salvaguarda e valorização do património cultural e paisagístico que os jardins de Queluz compreendem, com o intuito de lhes devolver o caráter lúdico e interpretativo, respeitando a sua composição e a sua relação com a envolvente. Fotografia: PSML / Wilson_Pereira


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BTL 2016 AFIRMA-SE COMO A MAIOR FEIRA DE TURISMO EM PORTUGAL A 28ª edição da BTL – Feira Internacional de Turismo, de 02 a 06 de março, na FIL, Parque das Nações, está a andar a todo o vapor e já conta com algumas novidades. A primeira fase de atribuição dos espaços aos expositores já foi realizada, “o que significa que este ano retomámos uma prática que já havíamos concretizado há alguns anos, ou seja, atribuímos os primeiros espaços em Dezembro, antecipando, assim, um mês em relação à BTL 2015”, refere Fátima Vila Maior, directora de área de feiras da FIL responsável pela BTL. Fiquemos com alguns destaques. PROGRAMA DE HOSTED BUYERS O programa de hosted buyers mantém-se como uma prioridade para a organização da BTL e o objetivo passa por consolidá-lo junto do profissionais. A Comissão Organizadora da BTL espera receber mais de 400

compradores internacionais e Fátima Vila Maior conclui: “estamos a trabalhar nesse sentido com os nossos parceiros, nomeadamente a TAP, o Turismo de Portugal, Entidades promotoras das várias Regiões, APAVT e os representantes dos hotéis em Lisboa. Este ano, iremos manter a estratégia de especialização e os produtos turísticos, ou seja, direcionar a comunicação tendo em conta as especificidades de cada mercado”. ALGARVE É O DESTINO NACIONAL CONVIDADO Durante os cinco dias da Feira Internacional de Turismo, o Algarve irá estar em destaque no Pavilhão 1 e apresentar aos visitantes a sua vasta oferta turística. Sendo o Algarve a região turística mais importante a nível nacional, que em 2014 registou cerca de 16,4 milhões de dormidas, é natural que na próxima edição da BTL este


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importante destino seja valorizado e promovido junto dos mais de 72 mil visitantes que esta Feira recebeu em 2015. EXPOSITORES DINAMIZAM BTL 2016 A BTL 2016 irá contar com mais de 1000 expositores e pretende afirmar-se não só como uma Feira de Destinos mas também um espaço dinâmico e de realização de diversas iniciativas de interesse quer para os profissionais quer para o público em geral. Entre as atividades já confirmadas podemos desde já enumerar os Prémios Publituris, a realizar no dia 2 de Março; no dia 3 de Março a realização do Fórum do Instituto para a Promoção e Desenvolvimento da América Latina (IPDAL) e de uma conferência sobre Turismo e os Festivais de Música organizada pelo TalkFest. No dia 4 de Março irão realizar-se os Prémios “Tourism Train Experiences” organizada da Universidade Europeia.

De destacar ainda que o Talkfest 2016 decorre em simultâneo com a BTL e a Gala dos Iberian Festival Awards irá decorrer no dia 3 à noite no auditório do Pavilhão 1 e que irá contar com um Prémio BTL. Ainda no dia 4 de Março, o Fórum Turismo 2.1 em colaboração com a Amadeus Portugal e a BTL irão posicionar se como uma ponte entre a formação e o mercado de trabalho, criando a maior feira de empregabilidade do sector do Turismo, tendo como principal objectivo juntar mais de 40 empresas com interesse na contratação e captação de talento- a feira de empregabilidade pretende disponibilizar mais de 200 oportunidades de emprego.


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PANERAI LANÇA DOIS RELÓGIOS DE EDIÇÃO ESPECIAL DEDICADOS A LISBOA A Officine Panerai dá a boas-vinda a 2016 e presta homenagem a Lisboa com o relançamento de dois relógios de Edição Especial. Ambos os relógios são personalizados com a mesma gravura no fundo da caixa - o monumento “Padrão dos Descobrimentos”, uma homenagem nacional a um período glorioso em que os portugueses navegaram os mares e conquistaram o mundo. O primeiro relógio de Edição Especial dedicado a Lisboa (PAM00541), do qual apenas foram produzidas 80 unidades, é um Luminor Marina - 44 mm com caixa em aço polido e com a ponte que protege a coroa em aço escovado. O relógio possui o clássico mostrador Panerai preto, alternando entre os indicadores de horas e os números revestidos com Super-LumiNova® em tom cru. A decoração do mostrador consiste simplesmente na inscrição das palavras “Luminor Marina”, “Panerai” e uma imagem de um torpedo de baixa velocidade, o navio em que os mergulhadores da Marinha Real italiana realizaram as suas missões históricas na década de 1940, usando os primeiros relógios Panerai no pulso. Os ponteiros das horas e minutos, assim como o ponteiro dos pequenos segundos às 9 horas, são revestidos com a mesma substância luminosa, combinando assim a máxima visibilidade com um visual “vintage”, também marcado pela correia de couro envelhecido. O movimento é mecânico de corda manual, o calibre OP II. A segunda Edição Especial (PAM00550), com 20 unidades produzidas, é um Radiomir 10 Days GMT – 47mm, com uma elegante caixa almofadada em aço polido. Todos os elementos do mostrador preto com estrutura “sandwich”, assim como os ponteiros, são em Super-LumiNova® em tom cru: os números, a indicação linear da reserva de marcha de 10 dias, os mostradores dos pequenos segundos às 9 horas, o calendário e a inscrição “Radiomir Panerai”. A correia é em couro “vintage” e o movimento é o calibre automático P. 2003, produzido integralmente na manufatura da Officine Panerai em Neuchâtel.


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caminhada

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ZêzereTrek A PROPÓSITO DE COGUMELOS A ZÊZERETREK É UMA EMPRESA DE ANIMAÇÃO TURÍSTICA RECENTEMENTE CRIADA E COM SEDE EM VILA DE REI. NO PASSADO MÊS DE DEZEMBRO FUI PARTICIPAR NUM PASSEIO MICOLÓGICO E CONHECER MAIS DE PERTO A REALIDADE DESTA NOVA EMPRESA.

Ponte da Atalaia na ribeira da Isna

Texto e fotografia: Vasco Melo Gonçalves


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Caminhada e degustação eram as propostas da ZêzereTrek para um dia em São João do Campo. Numa abordagem mais direcionada à forma de trabalhar da empresa gostei da forma como os seus responsáveis se apresentaram aos participantes e de como conduziram o evento. A contratação de um especialista para guiar a atividade de identificação e confeção de cogumelos pareceu-me acertada apesar

de Bruno Cardoso (Eng. Florestal e responsável de ZêzereTrek ter conhecimentos sobre a matéria). O uso de vestuário que identifica rapidamente a organização é, para o utente, um aspeto positivo e demonstra cuidado com a imagem. Passeio Micológico em São João do Peso Aproveitando o ambiente de Outono e o cenário bucólico da localidade de São João


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do Peso, no Concelho de Vila de Rei, a ZêzereTrek propõe para o dia 19 de Dezembro um passeio micológico, dando a conhecer aos participantes o mundo misterioso dos cogumelos. O passeio foi conduzido por um técnico (José Pais) especialista nesta área que nos desvendou as curiosidades e particularidades das espécies locais. A atividade contou também com um “showcooking”, com a demonstração de diferentes formas de preparação dos cogumelos colhidos.

Foram mais de 20 as pessoas que responderam positivamente a esta proposta da ZêzereTrek. De uma forma informal, o responsável da empresa Bruno Cardoso e o guia José Pais apresentaram-se e fizeram um pequeno briefing sobre a atividade de observação, identificação e recolha de cogumelos. São João do Peso, uma povoação a cerca de 12 km de Vila de Rei, é curiosa devido ao seu casario diferente do resto da região. Demonstra algum poder económico e um


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Bruno Cardoso, um dos responsáveis da ZêzereTrek, em ação


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Durante a saída de campo, os nossos guias foram prestando algumas informações sobre o que estávamos a ver e a colher.


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JosĂŠ Pais explica aos participantes como identificar os cogumelos.


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um cuidado arquitetónico fora do vulgar. A atividade desenvolveu-se nos campos, dominados pelo pinheiro, a pouca distância da povoação. Os participantes, munidos de cestas e canivetes, espalharam-se pelo campo à procura dos cogumelos que teimam em se “esconder” por debaixo das folhas e da caruma... Quando era descoberto um cogumelo, o grupo voltava-se a reunir para ouvir o guia que, de uma forma simples, identificava a espécie e referia a utilidade gastronómica ou não da mesma. Sem dar pelo tempo passar as cestas foram-se enchendo e estava na hora de regressar à Casa do Povo de São João do Peso para o trabalho de limpeza dos cogumelos, identificação mais pormenorizada e, por fim, a confeção culinária. Quando chegámos à sala tínhamos à nossa espera uma refeição como nunca tinha comido numa caminhada! Eu estava convencido que iría-

mos apenas degustar os cogumelos que tínhamos colhido mas não! A ZêzereTrek organizou uma refeição servida com todos os requintes composta por sopa, prato quente de carne, vinho e refrigerantes e sobremesas. Um luxo! Na altura questionei o responsável da empresa se não seria “demasiado” aquele tipo de refeição. Bruno Cardoso foi perentório, “... nós queremos marcar pela diferença e pela prestação de um serviço de qualidade...”. Após o repasto passámos então à fase de trabalho de sala com a preparação e identificação dos cogumelos a que se seguiu mais um repasto! José Pais escolheu diferentes espécies de cogumelos para confecionar diferentes tipos de pratos: omeleta, feijoada e arroz. Realmente são sabores muito diferentes que só se conseguem através da utilização de cogumelos silvestres!


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A EMPRESA A ZêzereTrek é uma Empresa de Animação Turística, criada em 2015, com o objetivo de oferecer uma abordagem diferenciadora às atividades de Animação Turística, apoiada em duas vertentes: na personalização dos serviços prestados e na integração de elementos originais na sua oferta turística. Operando a partir de Vila de Rei (o Centro Geodésico de Portugal), a ZêzereTrek tem como área de atuação a área de influência do Rio Zêzere e da Albufeira do Castelo do Bode. Sendo esta uma zona de grande valor ambiental e cultural, aposta na oferta de experiências de vivência desse meio rural e natural, proporcionando aos nossos clientes a participação em tarefas tradicionais envolvendo as gentes locais e/ou a realização de atividades em Natureza, desde percursos temáticos interpretativos até experiências de sobrevivência em meio natural. Como nota final, a ZêzereTrek possui já certificação de Turismo de Natureza e a marca Natural.PT. Por outro lado, estando integrada na rede das Aldeias do Xisto, e partilhando da sua filosofia de promoção do desenvolvimento desse território, temos também já a marca de parceiro das Aldeias do Xisto. Em 2016, a ZêzereTrek vai continuar a apresentar propostas diferenciadas aproveitando as datas de épocas festivas, trabalhando com empresas, efetuando passeios temáticos, estágios de sobrevivência tudo, numa vertente pluridisciplinar (canoagem e pedestrianismo).


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PELA VIA NOVA E “CAMINO NATURAL DEL INTERIOR. SAN ROSENDO”,

A CAMINHO DE SANTIAGO 4.º DIA, CELANOVA – CEA

Texto e Fotografia: António José Soares / http://coimbrasantiago.blogspot.pt/

EM CELANOVA, O ITINERÁRIO DO CAMINHO DE “SAN ROSENDO” RECOMEÇA NA “PLAZA MAYOR”, MESMO EM FRENTE AO MOSTEIRO BENEDITINO E FINALIZA NA PONTE ROMANO-MEDIEVAL DE OURENSE. POUCOS QUILÓMETROS PERCORRIDOS E LOGO SE AVISTA A PEQUENA POVOAÇÃO DE VILANOVA DOS INFANTES, DISTINGUE-SE PELA SUA PAISAGEM E PELO PEQUENO NÚCLEO URBANO COMPACTO E BEM CONSERVADO, EM REDOR DA SINGULAR CASA TORRE DA BAIXA IDADE MÉDIA, DE ONDE DEVERÁ OBSERVAR, CERTAMENTE, UMA EXCELENTE PANORÂMICA DE TODO O VALE.

Continuando pelo itinerário de São Rosendo, passámos pelas povoações de “Carfaxiño” e “Viveiro”, antes de chegar ao rio Arnoia, onde encontrámos uma área de lazer junto às suas margens. Continuámos por um estreito caminho ao longo da sua margem esquerda, acompanhados pelo constante murmúrio da água, até chegar a uma ponte de granito que nos permitiu passar para a outra margem... A extrema beleza destas paragens, onde um cenário verdadeiramente idílico se conjuga com o constante murmúrio da água a cair das levadas, transmitindo-nos uma rara sensação de bucolismo. A partir do leito do rio subimos por uma pista florestal que nos levou ao santuário mariano de “Nosa Señora das Marabillas”. Esta igreja barroca é de grande simplicidade, com a fachada principal ladeada de pilastras adossadas, sendo este o único elemento ornamental.

Continuando pela Galiza rural, chegamos à aldeia de Nigueiroá, onde podemos ver um conjunto de milheiros, “hórreos”, em galego, símbolo de uma terra de abundância, que soube modernizar e diversificar os seus cultivos. Prosseguimos por frondosos bosques, até chegar a Loiro, à entrada da povoação encontra-se a igreja paroquial de “San Martiño”, de estilo românico. Por esta altura já estávamos a ficar fatigados da dureza do pisos, com muita brita nalguns troços. Assim rolámos os últimos dez quilómetros por estrada até alcançar A Valenza, onde, finalmente, nos deliciámos com “pulpo à feira”, ou polvo à galega. Prestes a entrar em Ourense, como já conhecíamos o casco antigo, dirigimo-nos à Ponte do Milénio, a qual percorremos de uma ponta à outra, captando imagens de várias perspectivas. Logo de seguida pedalámos pela zona verde, junto à margem


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Casa Torre Medieval


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Vilanova dos Infantes

Trilho na margem esquerda do Rio Arnoia


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Pequena ponte em granito

esquerda do Minho, até atingir a ponte antiga. Na ponte romana - medieval encontrámos novamente a sinalização do Caminho de Santiago e, um pouco à frente, a bifurcação por Tamallancos ou por Canedo, até Casanovas, onde o caminho se reúne novamente num único troço. A partir da ponte romana, seguimos em frente pela avenida “de las Caldas”, passando em frente à estação de caminho de ferro e continuando pela N-120. Um pouco à frente encontramos o restaurante “O Fogón”, que ladeámos pela direita, subindo pela rua da zona industrial. Mais adiante passamos sob a linha do caminho de ferro, por um túnel. Iniciámos de seguida a dura subida da “Costiña de Canedo”, uma estreita estrada em asfalto, quase toda em recta, numa distância de 2,1 km, vencendo uma altura de

275 m. O Joaquim Tavares foi o primeiro a chegar a Castro de Beiro, seguido do José Botelho, com o autor destas linhas a encerrar o grupo de fuga. Apenas sei dizer que a minha prestação, nesta mesma subida, relativamente ao ano de 2012, aquando do Caminho Português Interior, foi incomparavelmente melhor. Em Castro de Beiro o restaurante onde nos deliciámos com um magnífico polvo à galega, encontrava-se encerrado, assim prosseguimos por um longo e recto caminho em terra até Reguengo, onde encontrámos “Parada do Peregrino”, o bar do César, também ele um peregrino, onde podemos comer ou beber, sem necessidade de pagar, aqui o pagamento é voluntário, contribui-se com o que se pode. Ainda ficámos para cima de meia hora à conversa com César, que adora Portugal. Orgulhosamente mostrou-nos uma cami-


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Santuário de “Nosa Señora das Marabillas”

sola da Selecção Nacional, assim como me exibiu um pin da Académica de Coimbra. Para lhe evidenciar o meu academismo, de imediato me apressei a tirar do alforge uns calções da Briosa, a fim de posarmos para a foto. César ainda comunicou com o estalajadeiro do albergue de Cea, para que nos aguardasse, uma vez que a partir das 20:00 H. era habitual o Senhor ir fazer a ronda pelos cafés, e, caso não o encontrássemos teríamos dificuldade em ali pernoitar. Estávamos, sem dúvida no Caminho e a viver o seu espírito... Depois de nos despedirmos continuámos a pedalar, cerca de um quilómetro à frente, enveredámos por um bucólico caminho que serpenteia entre castanheiros e carvalhos, percurso exigente, uma vez que foi preciso navegar por cima de enormes pedras, o que exigiu de nós alguma perícia, até chegar a uma interessante ponte medieval, de um só

Casa típica da Galiza


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“Camiño de San Rosendo”

Ourense, ponte romana - medieval

Bifurcação do Caminho – Ourense

“Costiña de Canedo”

César, O Peregrino - Foto José Botelho


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“Buen Camiño”

“FELIZMENTE FOMOS BEM ACOLHIDOS E JANTÁMOS MUITO BEM, POR BOM PREÇO, SE O DEIXASSEM, O JOSÉ BOTELHO TINHA COMIDO TODO O PÃO QUE HAVIA! NA VERDADE, O PÃO ERA MUITO BOM.” arco, sobre o rio Barbantiño, a Puente de Mandrás. Depois de cruzar o rio atravessámos a aldeia de Mandrás, prosseguimos por uma zona de bosque até chegar a Cea, onde nos instalámos no albergue de peregrinos. Inicialmente ainda pensámos em cozinhar, mas o adiantado da hora não o permitia. Assim, saímos para jantar no único restaurante que encontrámos. Felizmente fomos bem acolhidos e jantámos muito bem, por bom preço, Se o deixassem, o José Botelho tinha comido todo o pão que havia! Na verdade, o pão era muito bom. Cea é muito conhecida pelo famoso pão

artesanal e ancestral, uma vez que a sua origem remonta ao século XIII, sendo considerado por muitos o melhor pão do mundo. É único na Galiza e Espanha. Também as casas em granito, milheiros - “hórreos”, e a torre do relógio, do início do século XX, na Praça Maior, singularizam a imagem de Cea, a qual, antes de nos deitarmos, percorremos a pé quase na totalidade. Esta penúltima etapa, acabou por ser mais curta que a anterior, Até Cea, desde, que começamos a pedalar no Porto, completámos 301,87 km, como em Celanova o valor acumulado era de 237,55 km, acabámos por apenas fazer 64,32 km.


29 Torre do Rel贸gio na Pra莽a Maior

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Trilho dos castanheiros

Cea - Albergue de peregrinos


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QUECHUA FORCLAZ 200 RAIN POLIVALÊNCIA DE UTILIZAÇÃO O CASACO DE CAMINHADA FORCLAZ 200 RAIN (3 EM 1) FOI CONCEBIDO PARA O PRATICANTE DE CAMINHADA EM MONTANHA, PARA PROTEÇÃO DA CHUVA, VENTO E FRIO, AJUSTANDO O CALOR EM FUNÇÃO DO ESFORÇO. Texto: Vasco de Melo Gonçalves Fotografia: Decathlon e Passear

recom enda

do


31 Estamos perante um equipamento com uma boa relação qualidade / preço e para uma utilização diversificada. Tive a oportunidade de experimentar este casaco em quatro dias diferentes e tipos de caminhadas diferenciadas.

1ª CAMINHADA

No primeiro dia (12km), iniciei a caminhada com uma temperatura a rondar os 8º. O perfil do percurso era ligeiramente ondulado, ao longo do rio Vez, sem grandes exigências físicas. Optei por utilizar as duas camadas no início, abrindo os fechos de ventilação situados por debaixo dos braços. O controlo da temperatura do tronco era feito através da fecho central principal. Com cerca de duas horas de caminhada optei por retirar o enchimento pois, a temperatura do corpo começava a ser elevada. Já com apenas o casaco e uma primeira camada consegui efetuar uma caminhada confortável com um bom controlo da temperatura e transpiração do corpo e proteção do vento (geralmente fraco!). Durante todo o trajeto o céu esteve enublado.

2ª CAMINHADA

Na segunda caminhada efetuada na Serra da Peneda, o perfil da mesma foi completamente diferente. No início, uma subida constante com nevoeiro e a temperatura a rondar os 6 e 7º. Optei por iniciar a caminhada com o casaco completo e uma primeira camada. Fiz a subida tentando controlar a temperatura e transpiração do corpo abrindo e fechando o fecho principal e os fechos por debaixo dos braços. Utilizei os velcros, no casaco principal pois, durante a subida caiu cacimba com alguma intensidade. O conjunto mostrou-se confortável e eficiente. Contudo, prolonguei demais a utilização do casaco interior e só o retirei quando desapareceu a neblina. Como resultado do esforço final da subida, entre a primeira camada e o casaco interior o suor acumulou-se e fiquei desconfortável. Devia ter retirado o casaco interior mais cedo!


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TESTEz 200 Rain

la c r o F a u h c e Qu

3ª CAMINHADA

A terceira caminhada, na Serra do Gerês, foi feita com condições meteorológicas excelentes. Céu limpo e uma temperatura inicial de 13º. Optei por não utilizar o casaco interior ficando apenas com o exterior e uma primeira camada. O perfil da caminhada, no início, uma subida e uma descida complicadas ao nível do esforço devido ao trilho ser composto essencialmente por rochas e pedras. A escolha da composição casaco exterior e primeira camada mostrou ser a certa. Mais uma vez utilizei as aberturas dos fechos para controlar a temperatura. A passagem por trilhos estreitos e repletos de vegetação deu para testar a resistência do casaco exterior à vegetação mais agreste nunca tendo ficado “preso” numa silva.

4ª CAMINHADA

A quarta caminhada, com 7,5 km de extensão, foi efetuada com uma chuva miudinha e, por vezes, mais forte. Devido à temperatura e à pouca exigência física do percurso, optei por utilizar apenas o caso exterior (com os fechos debaixo dos braços parcialmente abertos) e uma primeira camada. O casaco teve um bom comportamento com chuva e o capuz protege bem e possui diversas afinações. Realmente, quando bem equipado (complementei o casaco com umas calças impermeáveis Forclaz 100 que apresentarei na próxima edição), é bem interessante efetuar caminhadas com chuva! Não tive qualquer problema com a transpiração.


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TESTEz 200 Rain

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A MINHA OPINIÃO

O Quechua Forclaz 200 Rain é um equipamento com uma boa relação qualidade / preço e suficientemente versátil, o que permite abordar qualquer tipo de caminhada em diferentes ambientes físicos e meteorológicos. Achei o casaco confortável e com os bolsos suficientes e bem distribuídos. Os fechos por debaixo dos braços abrem e fecham sem qualquer dificuldade.

exterior


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interior

BENEFÍCIOS DO PRODUTO SEGUNDO O FABRICANTE:

Impermeabilidade - Tecido ripstop 2 camadas membrana NOVADRY (8000 mm). 100% de costuras estanques. Calor: Casaco interior acolchoado 120 g/m2 para uma excelente proteção contra o frio. Ventilação: Fechos de ventilação sob os braços: permitem limitar a condensação. Respirabilidade: Membrana resistente à água NOVADRY (RET=12): permite eliminar a transpiração. Modularidade: Casaco 3 em 1: Casaco interior acolchoado amovível c/ fechos. Capuz removível.

FICHA

Marca: Quechua Modelo: Forclaz 200 Rain (3 em 1) Peso: 1 310 g no tamanho L Tamanhos: do S ao XXXL Preço: 99.90 Euros Comercialização: Decathlon Mais informação:

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TESTE

100%

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QUECHUA FORCLAZ 600 HIGH PARA QUEM GOSTA DE CAMINHAR EM TODO O TIPO DE TERRENO A QUECHUA FORCLAZ 600 HIGH, DA DECATHLON, É UM MODELO DE BOTA CONCEBIDO PARA A CAMINHADA EM MONTANHA DE UM A VÁRIOS DIAS, COM TODAS AS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS, EM PISOS TÉCNICOS. Texto: Vasco de Melo Gonçalves Fotografia: Decathlon e Passear

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do


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A proposta feita à Decathlon foi a de experimentar uma bota que, numa primeira análise efetuada no site da marca, transmitiu uma boa relação preço/qualidade. A escolha recaiu no modelo Forclaz 600 High. Para experimentar as botas escolhi a região da Peneda-Gerês pois, face ao programa de caminhadas de uma semana, iria encontrar diferentes tipos de percursos e de terreno. Complementei a minha experiência com uma caminhada de 20 km entre Ericeira e Odrinhas efetuada, maioritariamente, ao longo do rio Lizandro. Como já referi a escolha deste modelo de botas baseou-se na informação recolhida no site da marca (parece-me completa e verdadeira) e no aspecto visual da bota.

EM AÇÃO

Num primeiro contacto as botas possuem um bom toque, são maleáveis e leves. Como já referi, estreei as botas numa série de caminhadas diárias na Peneda-Gerês. Na primeira caminhada - um troço da Ecovia de Arcos de Valdevez com 8 km de extensão - joguei um pouco à defesa e escolhi um percurso com pouco desnível, com um piso por vezes escorregadio e com abundância de água. A meteorologia foi amiga, o céu esteve sempre nublado e a temperatura foi baixa inicialmente aumentando progressivamente. A segunda caminhada – percurso na Serra da Peneda com 11,6 km - foi mais exigente com

subidas e descidas acentuadas por trilhos em pedra e terra batida. A meteorologia foi diferenciada com nevoeiro e cacimba até cerca de metade do percurso e sol e temperatura amena na outra metade. O início do percurso foi feito com a rocha molhada. A terceira caminhada – percurso na Serra do Gerês Portela do Homem) com 10,1 km – teve um início trabalhoso devido à subida e descida por um troço estreito e quase sempre com rochas e calhaus com 2 km de extensão. Os outros 8 km foram efetuados por estradões e caminhos em bom estado e não muito exigentes para o calçado.


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A quarta caminhada – percurso Lindoso / Parada / Lindoso com 7 km – foi fácil e visava experimentar as botas em terrenos urbanos e no empedrado das aldeias. Todo o percurso foi feito com tempo seco. A quinta caminhada – percurso Ericeira / Odrinhas com 20 km – teve como objetivo testar as botas numa caminhada de maior extensão e efetuada, na sua grande maioria, junto ao rio Lizandro por terrenos enlameados e com algumas travessias. Como podem constatar, os cenários e os tipos de piso foram diferenciados o que me permitiu ficar com uma noção mais alargada do potencial das botas. As botas calçam-se com grande facilidade, o sistema de atacadores é eficiente e cano da bota protege bem. A sensação que tive, depois de apertadas, é que não estava perante uma bota nova! Usei, sempre, as botas com meias de caminhada e não tive qualquer lesão nos pés que permaneceram secos e com uma temperatura confortável. Como utilizador fiquei com uma boa impressão

das Forclaz 600 High, as botas possuem uma boa capacidade de amortecimento nos calcanhares (bem evidentes nas descidas sobre rochas e calhaus), flexibilidade da sola nas subidas (rocha, empedrado e cascalho), boa aderência da sola mesmo em descidas em rocha e calhau, a sola mostrou ser pouco rígida quando caminhei durante algum tempo sobre calhau, o sistema de atacadores e o cano permitem uma boa estabilidade do pé e grande confiança nas descidas. Ao nível da estanquicidade e capacidade de respiração, atravessei por diversas vezes rios e ribeiros sem qualquer problema tendo os pés ficado secos e a uma temperatura confortável. Devido a este Outono sem chuva, não tive a oportunidade de efetuar uma caminhada com chuva! Numa apreciação final, as Quechua Forclaz 600 High são uma escolha acertada para quem gosta de caminhadas em todo o tipo de terreno e não implicam um orçamento muito elevado.


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BENEFÍCIOS DO PRODUTO SEGUNDO O FABRICANTE

Estabilidade / Cano alto de couro com 2 ganchos e suporte no interior da sola. Durabilidade / Cano em couro de flor integral para maior longevidade. Tração / Sola Crosscontact em TPU, grampos de 5 mm : Excelente tração e aderência Impermeabilidade / Membrana Novadry® impermeável e respirável. Amortecimento / Amortecimento em PU: durabilidade e eficácia. Palmilha moldada anatómica. Respirabilidade / Topo do cano em couro de flor integral e parte superior da palmilha absorvente.

FICHA

Modelo: Quechua Forclaz 600 High Tipo: Bota de cano Tamanhos: do 39 ao 47 Peso: 692 g o pé (nº.43) Preço: 99,95 Euros Comercialização: Decathlon www.decathlon.pt

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ALDEIA DO CUTELO - CONVERSA: MONTE DA LUA

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