ECl NEWS - 2ª Edição

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Ano 1

Escola Comércio Lisboa

N.º 2 – 2.ª edição junho 2014

ECL em movimento! Fator E Realizou-se nos dias 24 e 25 de fevereiro o Fator E. Esta ação contou com a presença de vários mentores, antigos alunos e empresários que apoiaram e analisaram as ideias propostas pelos alunos concorrentes.

Estágios Nacionais Durante o mês de janeiro várias empresas receberam os nossos alunos do 3º ano. Não percam os seus testemunhos, tal como de alguns empresários.

Comércio Século XXI: novo paradigma No dia 14 de março realizou-se uma mesa redonda onde estiveram presentes várias personalidades do setor do comércio.

Canto dos Empresários

Canto dos Alunos

By the Book

“Os meus primeiros contactos com a Escola do Comércio de Lisboa iniciaram-se a nível institucional, fruto do apoio que a UACS deu no arranque desta Escola. “

“Já na ECL é o segundo ano e o processo de integração ou, por outras palavras “praxe”, mesmo não sendo chamada de tal, consiste numa semana de constante contacto de alunos de diversos anos.”

“Nesta antologia vamos encontrar um Fernando Pessoa praticamente desconhecido: apaixonado e carnal, cáustico e sensual, romântico e irónico, e muito mais…”

Por Pedro Pulido Valente

Por André Bacalhau

Por Lídia Geraldes


Aqui na Redação Ficha Técnica ECL News – Jornal Escolar Propriedade: Escola de Comércio de Lisboa (ECL) Periodicidade: Trimestral Ano 1, n.º 2 | junho de 2014

press@eclisboa.net Direção:

Piedade Redondo Pereira (Diretora)

Diretor de Redação:

Mauro Silva (2º ano de Informática de Gestão)

Direção Gráfica:

Isabel Oliveira (Formadora de Português)

Direção Fotográfica:

Mauro Silva (2º ano de Informática de Gestão)

Revisão de Textos:

Isabel Oliveira (Formadora de Português)

Mais um ano passou e terminamos com a última edição do ECL News deste ano. Gostaríamos de ter tido três edições, mas por razões diversas, acabámos por não concretizar o nosso objetivo.

Rui Neves (2º ano de Informática de Gestão)

Houve muito trabalho, trabalho e mais trabalho! Foi difícil selecionar o conteúdo a sair nesta edição. Haveria muito mais a incluir com certeza!

Equipa de Redação Edição Gráfica: Repórteres:

Mariana Hajry (3º ano de Vitrinismo) Sílvio Semedo (2º ano de Vendas) Tânia Merca (3º ano de Banca e Seguros) Marta Fonseca (3º ano de Organização de Eventos) Joana Batista (3º ano de Marketing)

Fotografia:

Renata Silva (2º ano de Comércio) Sílvio Semedo (2º ano de Vendas)

Colaboradores:

Isa Silva (Técnica Bibliotecária) Helga Duarte (Coordenadora de Curso) Lisete Silva (Formadora de Português) Magda Magro (Coordenadora de Gestão de Carreira) Lídia Geraldes (Coordenadora dos O.E.) Tânia Martins (Técnica de Comunicação e Imagem)

Nestes dois últimos trimestre tivemos oportunidade de presenciar muitas ações por parte dos nossos alunos (colegas) que se esforçaram para trazer a toda a comunidade atividades como a UP Partner e a Mesa Redonda e mais projetos como os da Junior Achievement / Braço Direito e INOVA. Nesta edição, contamos ainda com algumas participações empresariais, às quais agradecemos pela disponibilidade e entusiasmo em colaborar connosco.

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Editorial Competências para a Vida Derivado do lema da escola, “uma escola para a vida”, o título deste artigo, procura desenvolver uma reflexão na ótica de que a escola é para a vida porque aqui se adquirem competências que serão utilizadas ao longo da vida profissional e pessoal. A atual conjuntura e as previsões para o futuro indicam-nos uma vida de maior incerteza e volatilidade no trabalho e, por consequência, uma atitude de maior flexibilidade. Tal prognóstico pode levar, caso não se esteja preparado para o enfrentar, a alguma ansiedade ou até a medo do futuro. É isso que pretendemos evitar na ECL. E como o fazemos? Começamos por diagnosticar aquelas que são as competências necessárias no mundo atual e criar vivências e experiências que permitam aos alunos a assimilação e a prática dessas competências: quer pessoais, quer profissionais. Os eventos e acontecimentos relatados neste jornal são disso um bom exemplo, pois permitem a aquisição de uma atitude empreendedora e flexível, fundada nas competências de criatividade, inteligência emocional e social e no networking. O já referido aumento de incerteza face ao futuro, implica também a inexistência de dogmas e a necessidade de preparar os alunos para uma análise constante da envolvente e, face à realidade percebida, a decisão de adaptação através da aprendizagem ao longo da vida. A vida implica adaptação e aprendizagem constante, por isso a ECL tem também um papel ativo na formação para empresas, desenvolvendo cursos de inscrição livre, ou à medida das necessidades das organizações; transferindo assim o seu atualizado saber aos profissionais, no ativo, que necessitam de ajustar as suas competências. A maior, e talvez, mais importante competência que procuramos passar aos nossos alunos é Aprender a Aprender, para que, a cada momento, procurem ativamente as competências que necessitam.

Por António Jorge (Assessor da Direção para a Formação Empresas)

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Fotorreportagem Projeto Up Partner’s No dia 26 de março às 15 horas, no espaço Marquês de Pombal da Escola de Comércio de Lisboa, foram apresentadas as seis melhores propostas desenvolvidas pelos alunos dos 2.ºs anos dos cursos de Comércio, Vendas e de Organização de Eventos que, em grupos interdisciplinares, trabalharam no sentido de criar um conceito criativo para uma campanha do Dia da Criança nas lojas Continente.

Membros do júri, membros da Up Partner e formadores da Escola de Comércio de Lisboa que acompanharam os trabalhos

Esta proposta veio no âmbito da parceria que a Escola de Comércio de Lisboa tem com a UP Partner, através do seu núcleo de Consumer Intelligence. Esta ação teve como principal objetivo trabalhar em conjunto com os jovens das áreas acima mencionadas, contribuindo desta forma para que tenham uma aproximação ao mercado de trabalho.

Um dos eixos principais, quer da Escola de Comércio de Lisboa, quer do Consumer Intelligence da UP Partner é aliar a prática à teoria e aos especialistas, bem como ao mundo do trabalho/académico, cabendo a ambas as instituições proporcionar todos os conhecimentos indispensáveis à formação destes futuros profissionais e clientes.

Inês Valente Rosa (UP Partner) entrega 1.º Prémio aos vencedores

Também o Continente surge como parceiro desta iniciativa, não só devido à relação de quase duas décadas que detém com a UP Partner mas, sobretudo, porque este tipo de projetos contribuem para a prossecução dos objetivos de responsabilidade social e cidadania da marca.

As propostas selecionadas foram apresentadas perante um júri composto por Piedade Redondo Pereira, Diretora da Escola de Comércio de Lisboa; por Conceição Pinheiro, Diretora Comercial da UP Partner; por Jorge Nascimento, Brand Management Indoor Communication na Sonae MC; por Márcia Ferreira, formadora da área técnica da Escola de Comércio de Lisboa e por Bruno Farias, Diretor da revista

Grande Consumo.

Por Helga Duarte (Coordenadora do Curso Técnico de Comércio)

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Testemunho de Paulo Carreira, Orientador Profissional 2ºAno do Curso de Técnico de Vendas/Sales Manager Qual é a importância de ser orientador profissional da ECL? Essa importância tem a ver com o contributo, com a relação/parceria estabelecida com a escola. A escola vê na empresa valores com que se identifica, nomeadamente, o profissionalismo pela qual esta se rege. Personaliza-se essa relação com o Orientador Profissional que tem capacidades para contribuir de diversas formas. A nível pessoal, dá grande prazer testemunhar e participar em projetos novos e inovadores. O grande desafio é saber se é viável, pois há sempre pontos de vista diferentes. Procuram-se críticas construtivas e uma visão imparcial, para avaliar a capacidade dos alunos, o seu cunho pessoal e académico. Como tem decorrido esta experiência? Tem decorrido bem. Fico entusiasmado quando assisto que de uma pequena ideia pode nascer algo maior. Tal como expectante das ideias novas, ou de algo que já existe, mas que pode ser melhorado. Qual é a mais-valia desta parceria? É brutal. Tenho um exemplo de uma relação “win-win”. Ao partilharmos a visão da interligação com o mercado empresarial, isso permite criar melhores profissionais dos alunos atuais. Tem sido uma experiência fantástica, pois os alunos que estagiam connosco ajudam a quebrar com a rotina, trazem dinamismo à equipa e tornam-nos mais atentos e a sermos mais rigorosos. Ao questionarem-nos porque fazemos as coisas de determinada forma, levam-nos a ponderar de novo sobre as mesmas, o que é sempre salutar. Que conselho dá aos alunos? No que diz respeito à apresentação de trabalhos, percebe-se quando é só mais um trabalho, ou se é por vontade, por gosto e querer. Ter vontade própria e acreditar é fundamental para qualquer projeto, trabalho académico ou empresarial. Convencer, seduzir alguém para um trabalho, requere conhecer bem o mesmo e fazer uma boa comunicação. O «package» tem que ser bom e suscitar interesse. Acima de tudo, há que saber ouvir também, pois a escuta ativa é fundamental para o sucesso.

Por Sílvio Semedo (2º ano do Curso de Técnico de Vendas)

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Fator E e Mesa Redonda Comércio Século XXI: novo paradigma Na manhã do dia 14 de março, no espaço Marquês de Pombal, os alunos do 1.º ano do Curso de Técnico de Comércio organizaram a 1.ª edição da mesa redonda na Escola Comércio de Lisboa, cujo tema foi: “Comércio Século XXI: novo paradigma”. Neste evento contámos com a presença de Filipe Gil, Diretor Geral da Distribuição Hoje e que foi o moderador da mesa redonda, tendo a seu lado José António Rousseau, Presidente do Fórum do Consumo, Nuno Oliveira, Diretor Geral do Freeport e Luís Beato e João Coelho fundadores da Lisbon Lovers. No decorrer desta mesa redonda os oradores focaram as suas abordagens no que consideram ser o futuro do comércio, tendo sido inúmeras vezes referido que a multicanalidade é um dos aspetos que as empresas, hoje em dia, não podem descurar, não esquecendo a venda online, devido à massificação do uso das novas tecnologias, bem como o investimento num atendimento encenado, para criar sensação e emoção no consumidor, conduzindo-o assim à compra. Foi, sem sombra de dúvida, um momento de enorme aprendizagem, quer para os alunos que organizaram o evento, quer para todos aqueles que assistiram, conforme também referiram os oradores convidados. Após esclarecidas algumas dúvidas da assistência e agradecimento por parte da organização e da Direção da Escola, os convidados almoçaram no ECL Restaurante da nossa Escola, tendo sido servidos pelos alunos do curso de Restaurante/Bar.

Por Márcio Fernandes (1º ano do curso Técnico de Comércio)

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Junior Achievement e Braço Direito

“Não se nasce Empreendedor. Aprende-se.”

O projeto Junior Achievement permite aos alunos participantes entrar em contacto com o mundo empresarial e saber como se cria uma empresa, desde a identidade corporativa até às variadíssimas questões que podemos encontrar ao longo da criação da empresa. Temos a ajuda de voluntários empresários que se prestam a colaborar com os alunos no desenvolvimento do projeto e que estão presentes do início ao fim deste projeto empreendedor e que apoia cada grupo de trabalho. O projeto Junior Achievement é um dos melhores projetos que a Escola de Comércio de Lisboa proporciona a todos os seus alunos. Como futuros empreendedores, temos oportunidade de desenvolver capacidades profissionais que nos irão ajudar no futuro. É com orgulho que participamos neste projeto. Os projetos de hoje são o futuro de amanhã!

Por Mariana Carvalho (2º ano do curso de Técnico de Vendas)

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Estágios Os momentos de estágios são muito importantes na vida dos alunos, pois é nessa fase que encontramos a possibilidade de colocar em prática os conteúdos teóricos que são lecionados na escola. Para que esses momentos de estágio possam ser os melhores possíveis, cabe ao aluno fazer uma boa análise, na fase do processo de procura de estágio. Nessa análise, temos que ter em conta a área em que pretendemos estagiar, as empresas que nos podem oferecer as melhores condições, para podermos desempenhar com eficácia e eficiência as atividades a desenvolver no estágio, tal como perceber a importância das relações humanas, entre outras. Na minha experiência pessoal, todos os momentos de estágio foram bastante positivos. Tive oportunidade de estagiar nas três áreas (seguros, banca e contabilidade) que o Curso de Técnico de Banca e Seguros proporciona, ficando a conhecer o modo como funcionam e agem as empresas deste ramo no mercado. Todos os momentos de estágio foram muito importantes e não senti diferenças entre o primeiro e o terceiro. A ligação e interação que houve com os acompanhantes de estágio foram perfeitas, pois fui acolhida como se fizesse parte das empresas por onde passei. O sucesso alcançado teve como fatores o trabalho, muito trabalho e o profissionalismo, pois sem eles o nosso desempenho não pode ser bom. Deixando uma boa imagem, seja esta pessoal ou profissional é sempre uma porta entreaberta para o futuro, pois nunca sabemos se as empresas por onde passámos podem vir a ser um dia o nosso local de trabalho...

Por Tânia Merca (3º ano do curso Técnico de Banca e Seguros)

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Entrevista a Helena Moreira da Fundação Portuguesa das Comunicações 1. Tem parceria ou não com a Escola de Comércio de Lisboa? Não temos parceria com a Escola de Comércio de Lisboa, não por não nos interessar, mas é um caso a pensar, até porque não sei até que ponto tem fundamento uma fundação sem fins lucrativos estar associada de alguma forma à integração comercial. 2. Qual é a mais-valia e aspetos que queiram realçar ao aceitarem alunos nossos como estagiários?

A aceitação dos estagiários neste ponto de venda é relativamente novo, mas posso realçar que tem aspetos muito positivos no que toca à troca de experiências profissionais, tal como assistir à progressão do estagiário e ver que, de alguma forma, tivemos um impacto muito positivo na sua formação profissional. 3. Os nossos alunos estagiários são preparados para os estágios e para o mundo do trabalho. Reflete-se essa postura profissional no aluno? Pessoalmente, enquanto acompanhante por parte da empresa do aluno estagiário, vejo essa postura quanto à apresentação pessoal do mesmo, na sua forma de se expressar, e nos seus métodos de trabalho, mas ainda assim, são jovens e têm uma certa dificuldade em pôr a teoria em prática, o que é perfeitamente normal, pois ainda não têm a experiência profissional para serem avaliados numa escala tão elevada. 4. Qual é a missão desta empresa? Esta empresa como Fundação tem como missão promover o estudo, a conservação e a divulgação do Património Histórico, Científico e Tecnológico das Comunicações, bem como realizar atividades de investigação, cooperação e de imagem que visem divulgar a evolução histórica e as novas tecnologias do setor e demonstrar o seu contributo para o desenvolvimento económico e social do país e da comunidade. Já o ponto de venda da Fundação tem como missão divulgar os projetos de ação social e institucional e dar a conhecer as reproduções artísticas portuguesas.

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5. O que representa este ponto de venda? Este ponto de venda funciona como um cartão-de-visita para a Fundação Portuguesa das Comunicações e como uma referência de loja para os clientes que procuram artigos únicos, diferentes e que representem o que é português. 6. Que impacto esta empresa causa na sociedade/economia portuguesa? Como referi anteriormente, esta empresa (ponto de venda) tem como missão divulgar os projetos de ação social e institucional e dar a conhecer as reproduções artísticas portuguesas. Sendo que, de um modo geral, enquanto Fundação assume-se como uma interveniente ativa na promoção da cidadania, da literacia, do conhecimento e da inclusão social, tendo assim um impacto na organização e vivência quotidiana dos cidadãos e das sociedades. Por Mariana Hajry (3º ano do Curso de Técnico de Vitrinismo)

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Entrevista a Patrícia Oliveira da Cruzeta Torcida 1. Qual é a mais-valia e aspetos que queira realçar na aceitação dos nossos alunos como estagiários? Os alunos conseguem desenvolver projetos, são criativos e responsáveis.

2. E o que tem a dizer sobre a postura profissional dos mesmos? Os alunos têm tido uma postura ativa nos trabalhos que lhes são propostos.

3. Fale-nos um pouco sobre o historial da empresa, o ramo de atividade e a representatividade/posicionamento da Cruzeta Torcida na economia portuguesa. Foi da paixão pela Moda e pela comunicação que, em 2009, nasceu a Cruzeta Torcida - uma agência de comunicação e showroom dedicada em exclusivo à área da Moda, da Cosmética, da Perfumaria e dos Acessórios. Vivemos cada marca como se fosse nossa e, por isso, criámos estratégias de comunicação 360º que marcam pela diferença: da assessoria de imprensa ao endorsement, dos eventos ao product placement, apostamos sempre em soluções diferenciadoras e eficazes.

Por Marta Fonseca (3º Ano do Curso de Técnico de Organização de Eventos)

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Testemunho de estágio na Neste 3º ano estou a estagiar na loja da 69 Slam, no Centro Comercial Oeiras Parque. A 69 Slam é uma marca internacional de beachwaree underware, sendo que as suas lojas em Portugal se reinventaram e comercializam agora outras marcas, algumas até exclusivas (Funcky Project e Keep). Há uns anos que conheço a loja e sempre gostei do seu espírito e conceito diferentes, da sua dinâmica e irreverência. Já no 1º Ano tinha tentado trabalhar com esta marca, mas como ainda se encontrava no processo de implementação do negócio em Portugal, os responsáveis não estariam aptos a acompanharme como queriam. No 2º Ano, a minha intenção era estagiar no estrangeiro, de maneira que tive que adiar mais um ano o contacto da empresa. A única vez que trabalhei neste ramo de atividade foi durante o módulo de Inventário no 2º Ano. Os alunos realizaram efetivamente um inventário na loja C&A, onde trabalharam com peças de roupa, mas apenas durante dois dias. Neste caso, mais do que o tipo de ramo, foi o conceito da loja que me atraiu. Queria muito realizar o meu projeto, num tipo de loja que é a 69 Slam. Tem tudo para ser um sucesso, ter qualidade, criatividade, dinamismo e impacto. Eu queria trabalhá-la numa comunicação mais agressiva, inserida num plano de marketing guerrilha, e fazer crescer «3000x» a sua notoriedade. No 1º ano também estagiei num centro comercial, portanto as diferenças sentidas não foram relativamente ao formato de comércio, mas sim a nível profissional. Este ano sinto-me muito mais segura do que estou a fazer, das decisões que estou a tomar e, consequentemente, sou mais prestável e útil para a empresa. Espero que todos os meus colegas encarem os estágios duma forma tão profissional e, ao mesmo tempo, tão divertida como eu. Primeiro que tudo, devem aplicar-se no processo de procura e encontrar um estágio que lhes agrade. Por fim, é só tirar o máximo proveito da experiência, para o presente e futuro! Testemunho da minha acompanhante, Ana Paula Aguiar. É importante aproveitar todas as oportunidades para receber estagiários nas empresas porque, apesar de haver algum dispêndio de tempo, o saldo é francamente positivo para as instituições, sendo possível usufruir de pessoal competente e habilitado para ajudar naquelas tarefas que, mesmo sendo relevantes, são deixadas para segundo plano mercê das prioridades de execução imediata. Fora o ponto de vista de aproveitamento de capacidades e mão-de-obra extra, não devemos esquecer a chegada de "sangue-novo" que pode contribuir com novos pontos de vista e visão externa de processos e sistemas, sem a habitual vista viciada de quem se encontra dentro da estrutura da empresa. Muitas das vezes é uma excelente fonte de recursos para futuras admissões / recrutamento, evitando processos morosos, dispendiosos e algumas vezes mal avaliados por falta de tempo, de contacto/experiência com os candidatos.

Por Joana Baptista (3º ano do Curso Técnico de Marketing)

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Vamos aos Mercados? Os alunos da Turma A do Curso Vocacional Básico do 3º ciclo de 1 ano estão há um mês nos Mercados da Encarnação Norte e Sul, no âmbito da Atividade Vocacional de Comércio. Neste período de tempo, os alunos trabalham os conteúdos da Atividade Vocacional às 2ªs e 3ªs feiras em sala de aula, através da análise de documentos de apoio, pesquisa ou atividades na ECL Alimentar. Sendo que às 5ªs e 6ªs feiras estão nos mercados, em grupos de dois ou individualmente, preenchendo assim um número considerável de Bancas e Lojas existentes. Inicialmente, os alunos começaram por observar o funcionamento do mercado, analisar o mesmo e os pontos de venda nos aspetos relacionados com a saúde e segurança no trabalho, com as variáveis do retailing mix, sempre munidos de grelhas de observação que lhes permitem registar e sintetizar a informação. Posteriormente, passaram a uma fase mais interventiva onde aplicam as competências técnicas e comportamentais no atendimento, pondo em prática questões tão importantes no negócio, como a fidelização de clientes. Este trabalho culmina, no fim do trimestre, com uma apresentação oral onde cada grupo/aluno explicará à turma a sua experiência, propondo melhorias, sugestões ou alterações de funcionamento para cada Banca ou Loja. É interessante ouvir os alunos a dizerem “Oh Dra. eu já disse à Sra. D. X que devia fazer promoções, ou o dia dos legumes ou da manga ou do abacaxi, para chamar mais clientes e fidelizar os existentes, mas a senhora diz que não é preciso, que os clientes já estão garantidos! Não acha que é um disparate??? Eu acho que assim ela perde clientes…”. Os alunos descrevem esta experiência como “interessante; uma forma de adquirir conhecimentos em contexto real; uma oportunidade única para nós, não é qualquer escola que nos dá esta oportunidade; fazemos algo diferente.”. Quanto aos comerciantes, descrevem os alunos como “muito educados; humildes e com excelente desempenho”. Os formadores acompanhantes destacam o interesse, empenho e dedicação que os alunos demonstram em cada posto de trabalho, Banca ou Loja, criando laços com comerciantes e clientes, pondo em prática os conhecimentos adquiridos e assumindo sempre uma postura muito profissional! Por Magda Magro (Coordenadora de Gestão de Carreira)

No dia 20 de fevereiro de 2014 os alunos do Curso Vocacional Básico, com duração de um ano, começaram a ter aulas práticas nos Mercados da Encarnação Norte e Sul no âmbito da disciplina de Atividade Vocacional de Comércio. O objetivo desta ação é que os alunos ponham em prática os conteúdos apreendidos em aula, para que fiquem preparados para a prática simulada que irá realizar-se no fim do curso. A turma foi dividida em dois grupos e cada grupo ficou num mercado e dentro do mercado foram divididos por várias bancas, pois os comerciantes aceitaram a sua presença. A turma está a adorar a experiência no Mercado, pois tem contacto com um mundo que não conhecia, muitos dos alunos criaram laços com os comerciantes. É uma experiência muito importante que vai ajudar os alunos a trabalhar futuramente com mais experiência, tanto em conhecimento técnico na área de comércio, como a lidar com as diferentes pessoas. O Mercado serviu para tornar os alunos mais responsáveis em diferentes aspetos. Achamos que está a ser uma experiência única pela qual toda a gente deveria passar e esperamos que as próximas experiências sejam tão interessantes como esta.

Por Inês e Margarida (Curso Vocacional Básico de 1 ano)

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Canto dos Empresários Testemunho de Pedro Pulido Valente, 53 anos, casado e com duas filhas de 25 e 26 anos, formado em Relações Públicas e Publicidade.

«Tendo iniciado a minha atividade profissional no Grupo Horto do Campo Grande, S.A. como Diretor Comercial há 26 anos, exerço atualmente o cargo de Administrador e sou responsável pela área de Comunicação e Imagem da Empresa. Sou ainda Diretor e Editor da revista “Horto do Campo Grande Magazine”.

Ligado ao Associativismo há mais de 22 anos, sou desde 2004 Presidente da Direção da “Associação dos Comerciantes de Produtos Hortícolas, Frutas, Flores, Sementes, Plantas, Peixes e Criação do Distrito de Lisboa” e Diretor Executivo da UACS - União de Associações de Comércio e Serviços, eleito para o mandato de 2011/2013 e 2014/2017 (A UACS - União de Associações do Comércio e Serviços, é uma instituição, centenária, de direito privado, de utilidade pública, que existe desde 1870, que representa mais de 8.000 associados, englobados em 15 Associações dos mais diversos ramos de atividade, com exceção da restauração).

Os meus primeiros contactos com a Escola do Comércio de Lisboa iniciaram-se a nível institucional, fruto do apoio que a UACS deu no arranque desta Escola. Hoje, as relações com a Escola do Comércio de Lisboa são mais profundas e está mesmo formalizado entre o Horto do Campo Grande e a Escola, um protocolo para receber anualmente alunos em regime de Estágio.

Para além disso, é com imenso prazer que no final de cada ano escolar sou convidado para júri das Provas de Aptidão Profissional de alunos finalistas. Provas essas que me deixam sempre surpreso pela sua qualidade e que são prova real das competências e dedicação dos seus professores.» Por Pedro Pulido Valente (Administrador do Horto do Campo Grande)

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Canto dos Alunos Ser Ex-Aluno Antes de mais, o que foi a Escola de Comércio de Lisboa para mim? Foi onde passei os meus melhores momentos de aluno na vida académica, muitas saudades ficaram e o tempo, esse, não volta para trás. Restam-nos as recordações e que boas, da nossa velhinha escola em frente à antiga FIL. Saudades dos colegas. Felizmente, ainda hoje, passados 20 anos, mantemos contacto uns com os outros. Saudades dos nossos professores. Cheguei à Escola de Comércio de Lisboa sem saber muito bem que carreira seguir, ou o que fazer. Saí dessa escola mais homem, mais maduro, tudo devido à maneira especial de os professores lidarem connosco, não como mais uns que tinham que aturar para ganharem o seu rendimento, mas sim como um amigo que ali tinham para ensinar, ajudar. E isso fazia com que todos quisessem estar sempre nas aulas. Aprendi na escola o que é liderança, ser assertivo quando se tem que ser, saber calar quando devemos fazer, saber ouvir e usar muito bem as palavras nos termos corretos e nas alturas certas. Resumindo, a vida é um jogo de palavras que quando mal jogado perdemos e, felizmente, na Escola de Comércio de Lisboa, aprendi a jogar bem esse jogo, por pôr tudo o que aprendi na Escola em prática. Tenho progredido na minha carreira assim. Só posso deixar aqui um muito obrigado à Escola de Comércio de Lisboa, pois ajudou-me a ser mais forte na luta por aquilo que queremos na nossa vida. E um muito obrigado à escola por ainda se lembrar dos antigos alunos. Estarei ao dispor para o que for preciso. Por Nuno Queija (Curso Técnico de Comércio - Triénio 1990/1993)

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As Drogas Como tudo começou Tudo começou quando o João tinha apenas 12 anos e sentia-se sozinho, pois não se integrava em nenhum grupo social. Para resolver isso começou a meter-se no álcool, inserindo-se assim num grupo de “amigos”. O álcool levou a outros caminhos, caminhos esses que evoluíram rapidamente e, aos 14 anos, João já consumia drogas leves, os ditos “charros”. Seguindo sempre por esse caminho, foi aos 16 anos que se iniciou nas drogas mais pesadas (cocaína, ácidos, cogumelos mágicos, etc.) e foi nessa altura também que aprendeu a preparar todo esse tipo de estupefacientes, sendo mais fácil evoluir e aumentar cada vez mais o consumo. Aos 18 anos decidiu iniciar-se no tráfico, para conseguir ter dinheiro para consumir, começando debaixo, vendendo pequenas doses a conhecidos da sua área. Mas, como sempre, o processo de tráfico foi evoluindo e aos 20 anos era considerado um traficante considerável na área, mexendo com uma maior quantidade de droga. Entretanto, juntou-se com o seu primo, que era um traficante de droga internacional, ou seja, ia comprar droga a Marrocos e a Espanha e trazia para Portugal para ser vendida posteriormente. A vida destes dois jovens baseava-se em consumir droga e nada mais. Com esta parceria, João aumentou ainda mais a quantidade de droga vendida e aos 22 anos era considerado um barão da droga (já tinha pessoas a vender droga por ele).

O início do fim Nesta altura, João já estava identificado pela polícia, o que o levou a ser alvo de quatro rusgas num espaço de tempo de mais ou menos 3 meses. Nessas rusgas, em três delas foi encontrada droga na sua casa. Na última rusga foi levado a tribunal e sujeito a julgamento. Durante o processo, João conseguiu admitir que era viciado em cocaína e que todas as atitudes irresponsáveis que tinha, deviam-se ao vício. Posto isto, o tribunal considerou que o melhor para ele seria ir para uma clínica de reabilitação e não para uma prisão, concluindo assim o processo com uma sentença de 2 anos e 9 meses na clínica e o restante em casa, mas com exames regulares e provas de bom comportamento cívico. João celebrou os 23 anos na clínica e está agora a terminar a sentença em casa. Desde que saiu, começou a estudar com o objetivo de concluir o 12º ano de escolaridade.

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O durante Durante todos os anos que o João esteve envolvido com as drogas, teve também diversos problemas na sua vida, tanto a nível familiar, como pessoal e profissional. E é disso que vou falar agora. Problemas Familiares Enquanto a sua vida se movia em torno das drogas, ele teve vários problemas, tanto com a polícia, como com outros traficantes a quem devia dinheiro. Durante as rusgas feitas a sua casa (ainda morava com os pais), grande parte desta foi destruída, para além de que os traficantes a quem ele devia dinheiro, para cobrarem essas dívidas assaltavam-lhe a casa, roubando quase tudo o que lá havia. Consequentemente, os seus pais foram perdendo a confiança e a fé no seu filho, perdendo qualquer tipo de relação com ele. Até porque João estava tão afetado pelas drogas que era o próprio a afastar o contacto afetuoso com os pais. Problemas pessoais João não conseguia manter uma relação amorosa com ninguém, chegando mesmo a afastar as pessoas por se tornar demasiado possessivo, ao ponto de as perseguir e fazer constantes cenas de ciúmes. A nível de amizade também teve problemas, pois grande parte das pessoas afastaram-se dele ao ver os caminhos pelos quais optou e os que ficavam não era pela amizade, mas sim por interesse. Problemas profissionais Durante todo este processo, frequentou quatro escolas apenas para conseguir terminar o 12º ano, mas mesmo assim sem sucesso. Teve também vários trabalhos, porém não conseguiu ficar com os cargos muito tempo, pois arranjava sempre problemas: ou porque consumia droga no local de trabalho, ou porque tinha de se esconder por tempo prolongado por causa dos traficantes a quem devia dinheiro e que queriam “ajustar contas”.

O presente Neste momento, João está limpo há 11 meses e diz arranjar força ao ajudar os outros e também porque prova a si mesmo que consegue. Já conseguiu recuperar a confiança da sua família, está mais estável a nível emocional, tendo os amigos certos do seu lado. Começou a estudar com o objetivo de concluir o 12º ano. Atualmente, dedica ainda o seu tempo ao voluntariado, ajudando ex-toxicodependentes a lidarem com o processo de reabilitação em prisões e centros de apoio.

Por Cláudia Carvalheira (2º ano do Curso Aprendizagem de Técnico Comercial)

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Abertura do Ano Letivo Antes de mais, não sou contra as praxes, porém não sou uma pessoa completamente a favor das mesmas (da maioria) e irei apenas apresentar certos tópicos que acho essenciais e que devem ser vistos e estudados de mente aberta, por parte de todos e discutidos quando falamos sobre este assunto. Irei começar com uma pequena definição do que é a praxe: a "praxe académica" é um conjunto de atividades que têm como objetivo principal e apenas, a receção e a integração de novos alunos nas instituições de Ensino Superior. Este conceito de praxe é, por vezes, confundido/distorcido por grande parte dos que a praticam e até mesmo de quem participa e que têm uma opinião, que por vezes é mal interpretada e de diversas maneiras. Atualmente, a grande maioria das praxes é exercida por veteranos bastante mais velhos. Alguns aproveitam-se desta prática para tomar uma postura intimidadora, ou por vezes até mesmo agressiva, aos olhos dos caloiros, que em certas situações e ocasiões se vêm obrigados a fazer coisas contra a sua vontade, como beber álcool. Pondo em tópico a integração, por norma quem não aceita por bem a praxe é humilhado, insultado e ainda colocado num ligeiro papel de outsider, não sendo bem-vindo a outros eventos de iniciação, sendo um momento extremamente negativo para quem frequenta uma universidade de um certo local, e que se tenha deslocado de um sítio longínquo, ou seja, que não mora no mesmo local da universidade e se sente afastado do seu ambiente (família, amigos de infância, zona de conforto), os que dizem "não" à praxe, não poderão então praxar outros caloiros no futuro. Em suma, este tópico pode ser resumido ao seguinte, para quem é classificado como uma pessoa tímida, e que se encontra fora do seu ambiente de conforto e que seja contra as praxes é um papel bastante constrangedor porque a sua zona de conforto seria "violada", pois não terá iniciativa de ripostar contra este ato ou sequer expressar a sua escolha face ao que lhe está por acontecer, e por conseguinte, sendo algo que dificulta cada vez mais a sua integração saudável para com todos os outros. Friso que não estou a concluir de todo que todas as praxes sejam feitas de forma abusiva e que um dos seus objetivos/intuitos seja humilhar o caloiro, porém a grande maioria é feita com esse intuito, que irá passar de geração em geração, sendo assim um ciclo de uma má interpretação do sentido da praxe. Por exemplo, alguém (o caloiro) que não se sinta confortável com a sua forma física e no momento da praxe é ordenado por um veterano para retirar a sua t-shirt, partindo do suposto que é algo razoável para alguém que está no comando ou a assistir, porém pode ser altamente humilhante para o caloiro porque irá ser retirado da sua zona de conforto. Caso não o faça e sem que haja outra opção é castigado. De facto, este castigo pode ser bastante pior, apesar de ser a única solução que o caloiro tem para evitar esta sua vergonha na maioria das situações. Imaginemos então, quando este for veterano, quem garante aos caloiros das futuras gerações de que não irão passar por tal vergonha ou pior? É uma questão retórica da qual a resposta depende de vários fatores, em que estão inseridos também e principalmente, a consciência daquele que um dia passou pelo papel de caloiro, que determina se é correta ou errada a sua forma de praticar a praxe, influenciando o rumo, sendo este positivo ou negativo, das futuras praxes (pois esta sua visão é transmitida aos caloiros em questão).

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A praxe é vista como uma tradição, não estando totalmente contra e respeitando todos os motivos que excluam a obrigação e humilhação do caloiro, apenas deve participar aquele que se sente capaz, de forma voluntária, tendo direito na sua escolha, sem qualquer contestação. Contudo, mesmo que sejam retirados alguns privilégios, como o de poder praxar quando este for veterano, deveria ser aceite a sua presença em todos os eventos de iniciação, para que este não seja de imediato posto de lado, como alguém que já não faz parte da comunidade universitária. Todavia, a praxe não é um sinónimo de algo humilhante, nem deve ser. Se existem razões para isso, devem-se aos veteranos que não sabem valorizar o devido significado e intuito da praxe e utilizam-na como armas de intimidação e de comando tornando-se, então, pequenos ditadores para os recémchegados. O sentido da praxe não deveria ser muito mais que pequenas brincadeiras, tradições e como papel principal, estimular a confraternização dos caloiros com os veteranos, integrando-os então, com toda a dignidade e respeito. Não estou de todo a afirmar que a praxe em si seja algo negativo, muito pelo contrário, acho que precisa apenas de ser estudada com mais atenção, acerca dos seus objetivos, na maioria das ocasiões. Experienciei numa escola secundária algo que os alunos da mesma diriam praxar, que como óbvio não continha nem respeitava o seu significado ou valores, no entanto não participei por escolha minha, apesar de ter sido preciso tomar uma atitude e postura pouco amigável e já conhecer alguns, ditos como "veteranos" nessa mesma escola. Os que não o fizeram ou não tiveram as vantagens que tive não foi, nada mais, nada menos, para algo que foi contra a sua vontade, sendo então humilhados, apesar de diversos avisos por parte da escola de que estes atos eram puníveis, mas devido a ser uma escola de nível secundário é compreensível no nosso quotidiano, que estes atos podem ser interpretados por brincadeiras de mau gosto, por parte de crianças que não têm a mínima noção do que é a praxe, mas que mesmo assim podem ter impactos negativos no crescimento dos "caloiros". Já na ECL é o segundo ano e o processo de integração ou, por outras palavras praxe, mesmo não sendo chamada de tal, consiste numa semana de constante contacto de alunos de diversos anos. No primeiro ano, no primeiro dia desta semana, senti-me um pouco retraído por não conhecer absolutamente ninguém, algo que achei bastante normal e, nesse mesmo dia, foi-me atribuído um padrinho e, por rara ocasião, uma madrinha com quem reparti uma fita azul (cor representativa do curso) em dois pedaços e os "caloiros" teriam de andar com essa fita da forma mais original, ao seu gosto, não sendo obrigatório. Após várias atividades, entre elas um peddy papper em turmas e atividades escolares, foi feito um piquenique que, na minha opinião, foi o auge de toda esta agradável semana. Todos os alunos relacionaram-se com alguém e os "veteranos" comunicavam com os iniciantes, integrando-os de forma pacífica, dando um exemplo em concreto: numa ocasião, eu e a minha turma e ainda outros alunos de outras turmas de Informática de Gestão, a certa altura, unimo-nos e amarrámos as nossas fitas entre todos, formando uma enorme corrente humana. Apesar de ser algo bastante simples e básico, penso que é um dos melhores exemplos que tenho para demonstrar que o processo foi bem-sucedido. Ninguém foi humilhado, ninguém foi magoado e com certeza duvido que alguém tenha feito algo contra a sua vontade, apesar de não ter sido do agrado de todos, por outras razões e não pondo ao mesmo nível das praxes académicas, mas mesmo assim contornando outros aspetos da famosa praxe é um exemplo de um processo de integração que é feito todos os anos como uma tradição na nossa escola, que demonstra até hoje ser algo muito saudável e muito necessário, e que na minha perspetiva seja algo que se reflete no "à vontade" que o aluno irá demonstrar ao longo do seu ano letivo, nos seus resultados escolares, mais concretamente, nas apresentações orais, das quais os alunos da ECL possuem uma boa reputação.

Por André Silva (2º ano do Curso de Técnico de Informática de Gestão)

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O Antes e o Depois do No ano letivo de 2001/2002 foi inaugurado o espaço FNAC, por Franklin Abreu. O C.R. da Escola de Comércio de Lisboa, situava-se no 1º piso do edifício principal e tinha 3 espaços distintos: espaço audiovisual; um espaço de trabalho e um de informática.

O C.R. tinha à disposição de toda a comunidade escolar, monografias, revistas técnicas, cassetes, vídeos, jogos, postais e slides.

Com o passar dos anos, a escola cresceu, o número de alunos aumentou e, consequentemente, o espaço C.R. tornou-se insuficiente para uma frequência bastante assídua dos nossos alunos.

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No ano letivo de 2012/2013 foi inaugurado o novo C.R., situado no piso 0. Como é possível ver nas fotos, o espaço é agradável, luminoso e atraente.

O novo C.R. conta igualmente com 3 espaços distintos: espaço leitura, um espaço de trabalho, que inclui 3 cabos universais em cada mesa, para que os alunos possam trabalhar com os seus próprios portáteis; e o espaço de informática, onde é possíveis os alunos pesquisarem, concluírem os seus trabalhos e também para utilização livre. O C.R. possui ainda sistema wi-fi, assim como toda a escola, tal como um serviço autónomo para impressões e digitalizações. Também efetua encadernações. À semelhança do antigo C.R. temos disponíveis para toda a comunidade escolar, monografias, revistas técnicas, dvd, vídeos, jogos, postais, agendas culturais, folhetos… “O objetivo do Centro de Recursos é coordenar os recursos disponíveis da escola, apoiando o processo pedagógico, bem como meios informáticos à disposição dos alunos, para execução dos seus trabalhos e apoio dos tempos livres. “ Também possuímos o Blogue do Centro de Recursos, onde é possível consultar as últimas novidades, ver as nossas sugestões, informações úteis, atividades, concursos, entre outros. Não deixem de nos visitar! Por Isabel Oliveira (Coordenadora do C.R.) e Isa Silva (Técnica bibliotecária) http://eclcentrorecursos.blogspot.pt/

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Cultura

Escritos de Amor de Fernando pessoa Antologia inédita organizada por Mariana Gray de Castro

Fernando Pessoa e sempre F. Pessoa… Que visão teria ele do Amor? Sim, desse sentimento fundamental e obrigatório para qualquer poeta! Nesta antologia vamos encontrar um F. Pessoa praticamente desconhecido: apaixonado e carnal, cáustico e sensual, romântico e irónico, e muito mais… Surpreendente é também a forma com este livro foi organizado: a visão do amor no seu todo e em todas as vertentes que passa pelo olhar/sentir deste poeta múltiplo. Mas porque tudo nele é ao mesmo tempo verdade e ficção, e porque a sua arte e a sua vida se confundem, vamos encontrar nesta obra: poemas, escritos, cartas, frases soltas, fragmentos… com todas as facetas do poeta e do tema, ou seja, todos os Heterónimos estão presentes para contribuírem na explicitação da complexidade do tema e do próprio ortónimo…

Amo como o amor ama: Escritos de Amor de Fernando Pessoa está organizado em cinco secções, todas

elas encabeçadas por uma epígrafe do poeta sobre um dos vários tipos de amor: “ O amor é uma amostra mortal de imortalidade”, “Eu gosto tanto de ti que tenho vergonha de mim”,” Uma aventura amorosa vale uma inquietude astral”, “Não o amor, mas os arredores é que vale a pena…”, e “Todas as casadas do mundo são mal casadas”. Estas páginas transpiram amor … e sabem deliciosamente ao nosso poeta!

Por Lídia Geraldes (Formadora de Português)

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Let’s look at the trailer Na minha opinião, acho que o filme «Desligados» é perfeito para amantes de histórias verídicas, histórias que não refletem um imaginário, nem um submundo, mas sim situações com as quais vivemos e lidamos no nosso dia-a-dia. Desde a pornografia até às redes socias, a ligação que as mesmas transmitem de uma maneira não muito evidente é simplesmente adorável. É nisso que os jovens se baseiam ultimamente e focando as redes sociais, o alerta que este filme dá para a população juvenil de hoje é que as mesmas não servem meramente para o bem. Falarmos com pessoas que não conhecemos, que nunca vimos pessoalmente é um risco e este filme de extremista não tem nada. É um filme que mexe com o nosso interior, pois tudo o que sucedeu é possível acontecer connosco e sem complexidades. Um fator importante também neste filme que o torna, de facto, num filme extraordinário é que foi demonstrado que nem jovens, nem adultos estão livres de se encontrarem nesta situação! Ou seja, com isto a realização do filme não limita um público-alvo, mas sim abrange todas as gerações e isso para mim é um fator mais! Há momentos na nossa vida em que precisamos de passar pelas situações que nos rodeiam, para podermos entender efetivamente do que se fala, porque falar e dar a opinião é fácil e a questão do cyberbullying focada no filme é intrincada. Eu tive o prazer, o privilégio de poder estar presente numa ação realizada pelo 1º ano do Curso de Técnico de Organização de Eventos acerca do bullying. Foi uma ação que me fez sentir na pele o que realmente os sofredores de tal violência sentem. Fizeram-me perceber que não é fácil passarmos por isso, não é fácil quando acontece connosco aquilo que tantos falam, mas também me fizeram aplaudir de pé os que não se mantêm no chão, os que tiveram coragem de se levantarem e combaterem pelos outros! Concluo afirmando afincadamente que nada, nada é fácil quando é connosco, então, não olhes só para o teu “eu”, vê o que te rodeia, hoje são os outros que sofrem, amanhã podem ser os teus!

Por Eduardo Anapaz (2º Ano do Curso de Técnico de Informática de Gestão)

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Numa entrevista dada ao Jornal i, há dois anos, Inês Pedrosa revelava que embora já presumisse, só descobriu a loucura existente à volta do poeta Fernando Pessoa desde que se tornara diretora artística da Casa-museu. E foi isso mesmo que os alunos do 2.º ano do curso de Aprendizagem de Técnico Comercial puderam comprovar, quando realizaram a visita de estudo ao universo deste prestigiado poeta português. Um entra e sai constante de visitantes com ânsia de ver tudo ao mais ínfimo pormenor.

Espaço privilegiado da cultura, a Casa Fernando Pessoa, situada em Campo de Ourique, contém em cada canto um pouco do poeta. Deparamo-nos com uma sala onde, com recurso a ferramentas digitais, somos convidados a percorrer a biografia de Pessoa, desde a sua infância em Lisboa, a partida para a África do Sul e o regresso ao nosso país, isto com direito a contemplar uma vasta coleção fotográfica que já conta com mais de 100 anos. Atravessando o “Sonhatório”, passa-se para o piso inferior, onde encontramos algum do seu espólio afixado nas paredes – cartas, diplomas, reproduções das assinaturas dos seus heterónimos e a máquina de escrever. Depois de passar pela biblioteca, chega-se, por fim, ao quarto que fora de Fernando Pessoa, onde viveu os últimos quinze anos de vida. No quarto conservam-se a cómoda, a cama, uma arca e uns sapatos. É a divisão da casa mais fiel à original e, é-nos dito, que alguns visitantes estrangeiros se acercam da cómoda e ali ficam, como se de um verdadeiro altar se tratasse. Já próximo da saída existe uma sala ampla, que alberga exposições de artistas mundiais. A Casa – Museu Fernando Pessoa recebe milhares de visitantes por ano, sendo a sua maioria de nacionalidade brasileira. É local de passagem obrigatório!

Por Lisete Silva (Formadora de Português)

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Cultura Low-Cost Por Isa Silva (Técnica Profissional Bibliotecária) Praça do Martim Moniz 21 junho às 17:00 LISBOA Preço: 0€ Classificação: M12 Dedydread, arquiteto de profissão, nas horas vagas entre outras coisas, diverte-se a si e aos que o rodeiam com o seu trabalho como editor musical e dj. Membro do coletivo Poff Poff Snipers, nos seus sets a solo mistura estilos como Funk, Soul, Reggae, Afro-Beat, tudo isto numa só música se necessário e funcional. http://entradalivre.sapo.pt

Praça do Martim Moniz 27 setembro às 17:00 Preço: 0€ Classificação: M12 Este concerto é protagonizado projeto Mão na Massa http://entradalivre.sapo.pt

Jardim da Graça - Jardim Augusto Gil 19 setembro às 18:00 Largo da Graça - Calçada da Graça Preço: 0€ Classificação: M06 Projeto que explora a fusão entre o jazz e elementos de outros universos musicais como a música pop, folk e rock. O resultado é uma música refrescante e criativa onde o jazz se cruza com o lirismo e melancolia da música popular, a energia do rock e os grooves dançáveis do dub e do drum'&'bass. http://entradalivre.sapo.pt

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Sede da Companhia Nacional de Bailado (Chiado) 23 setembro, 24 setembro e 25 setembro às 14:00 23 a 25 de setembro Rua Vítor Cordon, 20 1200-484 LISBOA Preço: 0€ Classificação: M06 Os serviços educativos da Companhia Nacional de Bailado seguem as premissas lançadas nos anos anteriores, onde através de pequenos projetos idealizados por convidados, estudantes entre os 9 e os 16 anos podem conviver com criadores e intérpretes, assistir a ensaios, familiarizar-se com diferentes linguagens artísticas e experimentar a dança nas suas diversas dimensões. Cada workshop serve ainda de introdução aos espetáculos para escolas a que os participantes são convidados a assistir gratuitamente. Neste workshop a convidada será Teresa Simas. http://entradalivre.sapo.pt

Casino Estoril 21 agosto às 22:30 Preço: 0€ Classificação: M04 "Desfado", o 5.º álbum originais de Ana Moura, representa um momento de viragem na carreira da artista. A fadista apostou em nomes da nova geração de compositores nacionais (como Manuel Cruz dos Ornatos Violeta), Márcia, Pedro da Silva Martins dos Deolinda, Miguel Araújo dos Azeitonas, Luísa Sobral e António Zambujo) e em nomes consagrados da música portuguesa (como Aldina Duarte, Tózé Brito, Manuela de Freitas e Pedro Abrunhosa) para a criação dos temas. Para a produção Ana Moura foi buscar Larry Klein, o multigalardoado produtor norte-americano que no seu currículo tem trabalhos com Joni Mitchell, Herbie Hancock - que tem uma participação especial em "Desfado" - , Madeleine Peyroux, Melody Gardot, Tracy Chapman, entre muitos outros. http://entradalivre.sapo.pt

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The Oitavos Hotel 9 agosto às 19:00 Rua de Oitavos (Quinta da Marinha) 2750-374 CASCAIS Preço: 0€ Classificação: M12 Os Brass Wires Orchestra são uma banda de "indie-folk-rock-non-varietyband" formada por Miguel da Bernarda, Hugo Medeiros, Afonso Lagarto, Rui Gil, Luís Grade Ferreira, Zé Valério, Nuno Faria e Zé Guilherme Vasconcelos. http://entradalivre.sapo.pt

Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado 20 de julho a 20 de setembro de 3ª a Dom às 10:00 Rua Serpa Pinto, nº 4 - Lisboa Preço: 0€ Exposição coletiva de vídeo, intitulada "Bodies In Space". http://entradalivre.sapo.pt

Tapada das Necessidades 6 julho às 17:00 Largo das Necessidades (à Infante Santo) 1350-215 LISBOA Preço: 0€ Classificação: M12 Júlio Resende apresenta neste concerto o álbum, "You taste like a song". http://entradalivre.sapo.pt

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Teatro Camões 27 junho às 19:30 Parque das Nações 1990-121 LISBOA Preço: 0€ Classificação: M06 As horas de Sophia é uma das iniciativas a propósito da obra poética de Sophia de Mello Breyner Andresen, que se realizará ao longo de todo o ano de 2014. Serão sessenta minutos dedicados aos poemas da escritora, antes de um dos espetáculos de cada programa da temporada, nos quais o público será convidado a participar (se for esse o seu desejo), lendo os poemas que queira trazer de casa. Dentro da sua vasta obra, será desejável a escolha de temas relativos a cada uma das produções da CNB ou, genericamente, ao tema da dança. http://entradalivre.sapo.pt Quinta das Conchas e dos Lilazes Alameda das Linhas Torres, Lumiar 26 jun a 12 jul/14 21h45 O CineConchas é já um programa habitual das Festas de Lisboa e regressa em 2014 com as noites de cinema ao ar livre na Quinta das Conchas. Aposta, mais uma vez, numa programação com filmes de géneros, estilos e nacionalidades diferentes. http://www.agendalx.pt/

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Flash Feira I(limitada)

Miniempresa Eco-Lunch (2ºano de Técnico de Informática de Gestão)

Miniempresa F-Management, ae (2ºano de Técnico de Informática de Gestão)

Miniempresa Easyview (2ºano de Técnico de Vendas/Sales Manager)

Miniempresa Ocean Security (2ºano de Técnico de Vendas/Sales Manager)

Passaporte para a Competição final!

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Flash

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Visita de estudo a Londres À semelhança do que tem sido uma práxis constante em anos anteriores, alguns alunos de 1ºano aproveitaram mais uma das valias da nossa escola, que é a visita de estudo a Londres. Às 5h40m, no dia 31 de maio, no aeroporto de Lisboa, o grupo apresentou-se bastante animado e expectante. A visita teve um ritmo célere, pois era desejo de todos ver tudo em pouco tempo. Percorreram-se as ruas mais famosas em termos de comércio e os alunos comentaram o contraste entre a diversidade e luxuosidade de ruas como a Oxford Sreet e a Bond Street com algumas ruas de Lisboa, como a rua Augusta e a avenida da Liberdade. A pé, de metro ou autocarro visitaram-se museus, jardins, monumentos, num estado constante de ebulição e fascínio. O cansaço foi substituído pela avidez em conhecer mais. O momento auge da visita, para a maioria, foi o espetáculo musical «Lion King», que constituiu uma noite maravilhosa e mágica. Na hora da despedida havia a grande vontade de rever familiares e amigos, mas também a pena de ter acabado esta fantástica visita! Por Catarina Pratas (Formadora de Matemática) e Isabel Oliveira (Formadora de Português)

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Montras… Alunos do Curso de Vitrinismo venceram concurso “Faz a tua Montra” promovido pela Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional. A Escola de Comércio de Lisboa ganhou 3 categorias que foram a concurso. «Foi uma experiência agradável e foi bom participar, pois pudemos criar algo desde origem, como queríamos, ou seja, ao nosso gosto. Ganhámos uma das categorias, o que é ótimo de sentir e já recebemos prémios e diplomas, mas o melhor ainda está para aquando da realização da montra.» Pedro Grilo (1º Ano do Curso Técnico de Vitrinismo)

…e Criatividade

Conceção de curriculum vitae criativo, por alunos do curso de Aprendizagem de Técnico Comercial.

O aluno Rafael criou um curriculum em forma de barra de chocolate, sendo os ingredientes as suas informações pessoais e profissionais, tal como o aluno Fernando o fez numa t-shirt (frente e verso).

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Prolepse Provas de Aptidรฃo Profissional

Estรกgios Nacionais e Internacionais

Abertura do Ano Letivo 2014/2015

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