Leia as 20 primeiras páginas do livro Rio: 450 anos de histórias, da #e ditora]

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Marieta Pinheiro de Carvalho Ana Cristina de Oliveira Fraga Leonardo Barros Medeiros Vagner Leite Rangel Francisco Antonio Romanelli

Rio: 450 anos de histórias 1ª edição

Organizadora Leonor Pelliccione Bianchi

2015 e-ditora]

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C331r Carvalho, Marieta Pinheiro de

O livro Memória e História das Bandas e Sociedades Rio: 450 anos de histórias /Marieta Pinheiro de Carvalho; Ana Musicais Brasileiras é uma publicação da e-ditora]. Cristina de Oliveira Fraga; Leonardo Barros Medeiros; Vagner Leite Rangel; Francisco Antonio Romanelli Nova Friburgo: E-ditora, 2015. 210 p.: il. Editora Leonor Pelliccione Bianchi ISBN: 978-85-69603-00-9 Projeto gráfico, diagramação e revisão de texto Leonor Pelliccione Bianchi Ilustração da capa: Vue de l'entrée de la Baie de Rio de Janeiro. Vue gle. de la 1. História - História Brasil -daHistória RiodedeJaneiro. ville de Rio de Janeiro. Tradução: Vista dadoentrada Baía dodoRio - Rio 450 2. Literatura brasileira – Crítica Vista geral da Janeiro cidade do Rio deanos. Janeiro, 1835, grav.: litografia pb; Debret, Jean Baptiste, 1768-1848. literária. I. Título.

CDD: B981.9 CDU: 821.134.3 (81)-94 Todos os direitos desta edição estão reservados à e-ditora]. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico) ou arquivada em qualquer sistema de banco de dados sem permissão da e-ditora]. Vendas do impresso e do e-book deste livro www.lojadaeditora.wordpress.com

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Apresentação

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Sobre os autores

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Marieta Pinheiro de Carvalho Ana Cristina de Oliveira Fraga Leonardo Barros Medeiros Vagner Leite Rangel Francisco Antonio Romaneli

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I “Foi um Rio que passou em minha vida…” d. João VI, de príncipe a rei no Rio de Janeiro Marieta Pinheiro de Carvalho 21 II Iguaria Literária: Filé a Osvaldo Aranha - Contos Fluminenses Ana Cristina Oliveira Fraga 59 III Vastas Emoções e Pensamentos (Im)perfeitos: Rubem Fonseca e o Cenário Crítico Leonardo Barros Medeiros 83 IV Um bom negócio e uma grave lição Vagner Leite Rangel 137 V Rio de Janeiro: Uma cidade dividida pelo samba Francisco Antonio Romanelli 161

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Apresentação Com o objetivo de fomentar e incentivar a produção e a difusão literária de textos inéditos de novos autores brasileiros no campo da História, a e-ditora] realizou, no primeiro semestre de 2015, seu terceiro Edital Nacional de Fomento à Produção e Difusão Literária. Com o título ‘Rio: 450 anos de histórias’, o prêmio literário recebeu artigos de pesquisadores de todo Brasil; cinco deles foram contemplados: “Foi um Rio que passou em minha vida…” d. João VI, de príncipe a rei no Rio de Janeiro, de Marieta Pinheiro de Carvalho; Iguaria Literária: Filé a Osvaldo Aranha - Contos Fluminenses, de Ana Cristina Oliveira Fraga; Vastas Emoções e Pensamentos (Im)perfeitos: Rubem Fonseca e o Cenário Crítico, de Leonardo Barros Medeiros; Um bom negócio e uma grave lição, de Vagner Leite Rangel e Rio de Janeiro: Uma cidade dividida pelo samba, de Francisco Antonio Romanelli. Os artigos que compõem este livro integram duas das três categorias propostas pelo edital: Patrimônio, Memória e Identidade Cultural, e Personagens do Rio. A categoria Memória da Imprensa Carioca não teve nenhum artigo inscrito. Os artigos que você lerá a seguir são introdutórios; todos integram pesquisas mais amplas e profundas, as quais esperamos publicar e disponibilizar aos leitores da e-ditora] numa próxima oportunidade. Parabéns a todos os autores contemplados pelo edital! Espero que este livro seja um instrumento de motivação para que vocês permaneçam atuantes neste campo de pesquisa. Sucesso a todos!

Boa leitura!

Leonor Pelliccione Bianchi Diretora de Publicações e-ditora]

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Sobre os autores

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Personagens do Rio

Marieta Pinheiro de Carvalho São Gonçalo (RJ) Professora Doutora em História Política pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2010) fez graduação em Licenciatura em História (1998) e mestrado em História Política nesta mesma universidade (2003). Tem experiência na área de pesquisa em História do Brasil, com atuação em diversos arquivos da cidade do Rio de Janeiro, trabalhando com temas referentes à intelectualidade, ao poder, à política e à sociedade e à cidade do Rio de Janeiro. Em maio de 2008 ganhou o Prêmio d. João VI, organizado pela Secretaria Municipal das Culturas da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, com o trabalho intitulado Uma idéia ilustrada de cidade: as transformações urbanas no Rio de Janeiro de d. João VI. É professora do Programa de Pós Graduação em História do Brasil da Universidade Salgado de Oliveira, vinculada à linha de pesquisa Sociedade, Cultura e Trabalho. Principais publicações: CARVALHO, Marieta P. de. Uma idéia ilustrada de cidade: as transformações urbanas no Rio de Janeiro de d. João VI (1808-1821). 1. ed. Rio de Janeiro: Odisséia, 2008. v. 1. 19 CARVALHO, Marieta P. de. Um lugar-modelo para o Império: abastecimento e agricultura na Fazenda Santa Cruz. In: AMANTINO, Marcia; ENGEMANN, Carlos. (Org.). Santa Cruz: de legado dos jesuítas a pérola da Coroa. 1ed.Rio de Janeiro: EdUERJ, 2013, v. 1, p. 275-290. CARVALHO, Marieta P. de . José Bonifácio de Andrada e Silva: notas sobre a organização política do Brasil, quer como reino unido a Portugal, quer como estado independente.. In: PRADO, Maria Emília. (Org.). Obras políticas do Brasil Imperial: Dicionário do Pensamento Brasileiro.. 1ed.Rio de Janeiro: Revan, 2012, v. 1, p. 147-152.

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Texto contemplado: “Foi um Rio que passou em minha vida…” d. João VI, de príncipe a rei no Rio de Janeiro Um dos locais que mais marcaram a memória de d. João VI, sem dúvida foi o Rio de Janeiro. Para esse personagem, um dos mais conhecidos e queridos dos cariocas, os treze anos vividos na cidade foram fundamentais, afinal de contas nessas terras foi aclamado rei. O objetivo deste artigo é analisar as relações entre d. João VI e a cidade do Rio de Janeiro, destacando a importância da transferência da corte na trajetória política desse personagem. O período de permanência na antiga capital do vice-reinado pode ser encarado como o auge da governação joanina. Para administrar o império a partir do Rio de Janeiro d. João teve que demonstrar toda a sua habilidade política. De igual maneira, a presença na cidade possibilitou ao monarca maior flexibilidade e autonomia para lidar com as pressões dos países europeus. Não foi a toa que se encantou pelo Rio de Janeiro e enquanto pode evitou retornar.

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Ana Cristina de Oliveira Fraga Uberaba (MG) Escritora Ana Cristina Fraga. Brasil. Nesta terra linda e varonil, nasci. Entre sete colinas – na cidade de Uberaba – Estado de Minas Gerais. Em tenra idade, pegava pedacinhos de ‘papel de pão’ e escrevia frases e rimas compondo singela grafia que doravante seriam muitas mais, ensejando assim o amor ao sublime dom – o dom da escrita. O tempo passou, fui laborar em outras áreas, mil voltas deambulei, todavia um papel, canetas e lápis na bolsa eu tinha, e em qualquer cantinho poetizava… Minha família de origem humilde, contudo sem deixar faltar o necessário e principalmente a ‘Lição do Amor’, foi grande incentivadora à realização palpável do sonho em partilhar com o mundo os meus escritos guardados. Pois bem, eis que assim compartilho mais um opúsculo que viajará o mundo, quem sabe, tornando meu sonho realizado. E depois deste virão outros, mais outros e por aí vão… O tempo não para. Hoje são celulares, notebooks e coisas tais, mesmo assim não deixo o lápis, a caneta e o papel, meus companheiros inseparáveis. A inspiração conclama como guia e luz e eis que respondo: “Simbora” escrever mais! Texto contemplado: Iguaria Literária: Filé a Osvaldo Aranha – Contos Fluminenses “A vida, por exemplo, comparada a um banquete é ideia felicíssima. Cada um de nós tem ali o seu lugar; uns retiram-se logo depois da sopa, outros do coup dumilieu, não raros vão até a sobremesa…” (Machado de Assis, A Gazeta de Notícias, 1894) Quão bom é o fruto no pé – amora, cajá ou caqui – tem cheiro de infância que ficou logo ali… Quão bom é adentrar a horta da vovó, aguar as hortaliças que tem cheiro cuja cor é verde e serve para tempero… Melhor ainda é misturar esses odores distinguindo os sabores, entre o sal e o doce. Qual doce? Qual sal? Não há! Há o sumo ser. Ser poeta, ser polímata, ser humano. Rui Barbosa. Casimiro de Abreu. Brilhantes e louvados sábios na arte de expressar, quais

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cascatas donde musgos beija-flores vêm voejar… Não raro, são exemplos a não imitar e sim espelhos cuja transparência transcendente nos impulsiona a sê-los quais em suma. Nesta iguaria literária, oferecemos o “Filé a Osvaldo Aranha”, acompanhando os contos fluminenses… Deliciosamente brasileiro este clássico da comida típica carioca, feito com bife alto, alho frito, arroz branco, farofa e batatas portuguesas, foi criado especialmente para o diplomata brasileiro Osvaldo Aranha, que nos idos anos de 1930, costumava almoçar no Restaurante Cosmopolita, cujo apelido era “Senadinho” na Lapa – Rio de Janeiro – local de concentração de políticos na época. Surpreendido pelo sabor, ali o diplomata habituava almoçar o prato que levou seu nome. Rio de Janeiro. Cidade Maravilhosa! Cheia de Encantos mil… Eis que inspiramos os encantos mil poetizando os contos que ora saúdam os quatrocentos e cinquenta anos do Rio, augurando-lhe muitas felicidades! E que continue para sempre lindo. Aquele abraço!

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Leonardo Barros Medeiros Petrópolis (RJ) Escritor e Professor de Literatura Leonardo Barros Medeiros é graduado em Letras pela Universidade Católica de Petrópolis com mestrado em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutorando em Literatura Brasileira, com bolsa CAPES, na Universidade de Coimbra. Foi Professor Assistente Convidado de Literatura Brasileira na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, foi professor substituto de Literatura Brasileira na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e é, junto com Marcos Pasche, organizador do livro de ensaios Hoje é dia de hoje em dia: literatura brasileira da primeira década do século XXI. Texto contemplado: Vastas Emoções e Pensamentos (Im)perfeitos: Rubem Fonseca e o Cenário Crítico

Análise e levantamento temático da produção intelectual de Rubem Fonseca.

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Vagner Leite Rangel São Gonçalo (RJ) Mestrando em Literatura (UERJ) e Pesquisador Júnior (Real Gabinete Português de Leitura) Graduado em Letras pela Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Especialista em Estudos Literários pela mesma instituição. Atualmente é Mestrando na UERJ e Pesquisador Júnior do Real Gabinete Português de Leitura, onde desenvolve pesquisa sobre a dita primeira fase da produção literária de Machado de Assis. Texto contemplado: Um bom negócio e uma grave lição

m bom neg cio e uma grave lição provaste-me ainda uma vez que o melhor drama está no espectador e não no palco.” Trata-se de uma leitura contemporânea do conto “O Espelho”, de Machado de Assis.

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Patrimônio, Memória e Identidade Cultural

Francisco Antonio Romanelli Varginha (MG) Advogado Advogado, magistrado aposentado, mestre em Letras (UNINCOR), bacharel em Estudos Sociais (UNIS-MG) e em Direito (FADIVA-MG). Pós-graduado em Direito Ambiental (PUCRGS) e em Educação Ambiental (FIJRJ). Membro da Academia Varginhense de Letras Artes e Ciências (AVLAC). Texto contemplado: Rio de Janeiro: Uma cidade dividida pelo samba

O samba, elemento de união identitária nacional, foi inicialmente símbolo de um Rio de Janeiro dividido entre morro e asfalto. De um lado, o glamour da cidade que pretendia ser a “Paris dos tr picos”, de outro a miséria de negros confinados às encostas dos morros. Da mesma forma como se fez porta-voz da divisão, o samba a remendou, consolidando-se como expressão da cultura brasileira, entre apropriações, trocas e circularidades culturais, interesses políticos e reconhecimento de seu alto valor artístico e de sua valiosa significância. Coube a Noel Rosa culminar o remendo definitivo da secção cultural que dividia o Rio e alimentava a falácia da cidade partida pelo samba.

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Personagens do Rio

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