"Temos de começar a Jantar à Mesa" - Ficha de leitura

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Língua Portuguesa – Ficha de Leitura 2011-2012

Título

Temos de Começar a Jantar à Mesa

Autor

Alice Vieira

Editora

Ed. Caminho

Resumo

1ª Parte: Era um dia diferente. Todos diziam que era um dia muito especial. A mãe de Carolina utilizou a toalha que só saía da gaveta, na noite de Natal, e o serviço de porcelana que raramente saía do armário. Graças à vida atribulada de cada um, nunca ninguém comia à mesa, sentavam-se no sofá em frente do televisor a ver as novelas mexicanas, com um tabuleiro nas pernas. Um um dia o pai disse que tinham de começar a jantar à mesa e, no dia seguinte, já todos se tinham esquecido do combinado. 2ª Parte: Certo dia, o pai voltou a dizer que deviam começar a jantar à mesa, a mãe voltou a concordar, quando se preparavam para pegar nos tabuleiros e sentarem-se no sofá a jantar, como habitual, o pai disse que tinha um assunto sério para falar com a família. Carolina não conhecia o tom de voz do pai e começaram a ficar preocupados. Pensaram que tinha a ver com a saúde do pai, mas quanto a isso estava tudo bem. O pai começou por relembrar a mãe de um telefonema que lhe tinha sido feito pela Junta de Freguesia, depois lá admitiu que o assunto que tinha inventado à cerca desse assunto era mentira e que a verdade

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Língua Portuguesa – Ficha de Leitura 2011-2012 é que tinha descoberto que tinha uma filha. Esta conversa acompanhada da novela mexicana que mais interessava a Carolina tal como a comida que estava a arrefecer, já a mãe fazia bolinhas com o miolo do pão. 3ª Parte: Estava Carolina e Zé Pedro no quarto muito atentos a ver a telenovela mexicana, quando Carolina começou a conversa acerca da irmã nova de que o pai tinha falado com muita clareza, enquanto os pais estavam no fundo do corredor a discutir e foi aí quando o pai decidiu contar toda a verdade à mãe. Tinha namorado com uma rapariga há vinte e tal anos, mas nunca soubera que tinha uma filha. A mãe sossegou um pouco, mas Carolina não queria de todo uma irmã com aquela idade a entrar pela porta dentro. 4ª Parte: Carolina não reconhecia o pai. Recusou-se a ir ao programa onde o pai e o novo membro da família tinham ido fazer uma transmissão. Carolina fora sempre “a menina do papá”, nem queria imaginar uma irmã mais velha entrar pela porta dentro a dar-lhe ordens e a proibir as telenovelas mexicanas. 5ª Parte: Quando lhe deram a conhecer o dia da transmissão, Carolina pediu para ir dormir à casa da avó Eduarda, e assim foi, apesar do ai ter ficado com um olhar triste. Carolina pensava que a avó Eduarda que costumava ter sempre a mesma opinião que ela, concordava com ela à cerca deste assunto, mas enganou-se. Sempre que via Felicidade no televisor, sorria encantada. No pensamento de Carolina, a menina que deixou de ser filha única, a mãe estava incomodada com a situação, mas só depois percebeu que estava enganada, a mãe estava a reagir muito bem, tal como os restantes familiares. Esta começou a ver o programa onde o pai gostaria que ela tivesse participado, mas não aguentou mais ouvir a avó a elogiar a sua nova irmã. Foi-se deitar a pensar no que os colegas da escola iam pensar daquela história atribulada.

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Comentário

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6ª Parte: Carolina, olhando para a mesa da casa de jantar, pensou por momentos ter reações infantis, para “estragar” o jantar tão ansiado pela família com a nova irmã. Mas não se esqueceu, que apesar de ter muita raiva, devia manter o respeito e a boa educação. Quando olhou para os pais e para o irmão Zé Pedro, estavam vestidos a rigor para o jantar prometido a Felicidade. Depois de certas respostas de Felicidade, Carolina começou a mudar de opinião acerca da nova irmã, porque notou que Felicidade tinha receio do que podia acontecer e porque a mesma achava que de um dia para o outro não se podia achar que a família seria a mesma, ou seja, Felicidade tinha a mesma opinião que ela. Apesar disso, Carolina não queria simpatizar com ela, queria continuar a odiá-la. 7ª Parte: Já estavam todos prontos para o jantar, só faltava mesmo Carolina, foi quando bateram à porta e entregaram um ramos de rosas com um cartão. A mãe recebeu e no cartão Felicidade agradecia, mas dizia que vinte e cinco anos era muito tempo, talvez fosse melhor deixar passar algum tempo. Carolina sentiu um sentimento de culpa muito grande, a irmã mais velha tinha-se apercebido dos seus maus pensamentos e no seu egoísmo. Ao ver o pai triste tentou animá-lo, este respondeu com um sorriso na cara e tudo voltou ao normal. Este conto fala-nos de uma família composta por cinco elementos, Carolina, a personagem principal, a mãe, o pai, o Zé Pedro, o seu irmão, e a avó Eduarda. Todos eles tinham uma vida agitada. Raramente se sentavam à mesa para jantar, o costume era sentarem-se no sofá com os tabuleiros nas pernas a ver a tão famosa novela mexicana, de quer todos gostavam. A autora ao escrever este conto, fez uma ligação muito grande entre a vida da família e a telenovela. Neste texto narrativo, as falas das personagens da história estão apresentadas com travessão e o diálogo da telenovela está entre aspas. Os capítulos são sempre posteriores uns aos outros. Quando o pai contou a novidade atribulada à família sobre a filha que descobre que tem ao fim de vinte e cinco anos, Carolina é quem reage pior. Para ela, este


Língua Portuguesa – Ficha de Leitura 2011-2012 aparecimento de uma irmã mais nova é um pesadelo e passa a odiá-la. Depois de ver uma parte do programa em que o seu pai e a Felicidade participaram, Carolina ficou a perceber que o elemento novo da família não se queria aproveitar da situação e não estava disposta a mudar o rumo e a rotina daquela família. Aí Carolina sentiu que ainda era capaz de simpatizar com a irmã mais velha, mas isso ia contra os planos e os pensamentos dela. Depois de Felicidade ter faltado ao jantar prometido pelo pai seguido do programa, Carolina percebeu que esta se tinha apercebido dos seus maus pensamentos e do seu egoísmo, ficou a sentir-se mal, mas o conto termina com uma conversa e troca de sorrisos entre Carolina e o pai, tal como na telenovela mexicana, tudo se resolveu e voltou ao normal. Com esta história, escrita por Alice Vieira, podemos concluir mais uma vez que a televisão hoje em dia é muito importante para as nossas vidas, podemos concluir também que passamos muito tempo com a companhia da televisão e que a televisão pode trazer tanto consequências positivas como negativas.

Damiana Mateus Nº6 8ºA

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