Direção Executiva Antônio Tiné Michele Cruz
Texto
Eduardo Sena
Fotografia
Rodrigo Lôbo/Rói Rói Filmes
Projeto Gráfico Gabrielle Souza
Edição
Juliana Ângela
Revisão
Aleph Consultoria Linguística
Produção Dupla Comunicação
sumário
O começo de tudo
Pontos altos de uma trajetória
Entrevista:
Mércia Moura, fundadora e diretora geral da MM
A fábrica que desenvolveu uma região
Economia:
30 anos em números
Moda:
o empenho pelo produto perfeito
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ItambĂŠ - Pernambuco
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história
Entre sonhos, cana e costura
O
universo da costura exerceu forte influência na empresária Mércia Moura desde muito cedo. Nas suas memórias infantis, estão divertidas tardes de férias na casa das tias e avó
em Timbaúba, cidade da Zona da Mata Norte de Pernambuco, a 92 km do Recife. Dessa época, veio a inspiração; mas foi da própria Mércia, com o direcionamento da sua mãe, dona Marisa, que partiu toda a vontade para colocar os sonhos em prática e construir sua empresa. Apesar dos negócios da família serem inclinados para a indústria açucareira - seus pais eram donos de engenhos na região - a vocação da empreendedora sempre se desenhou na delicadeza dos traços rabiscados nos croquis. A empresária estudou no Recife. E na década de 1970, cursou Desenho Industrial no 2º grau e iniciou a faculdade de Design Gráfico. O casamento e a chegada dos filhos interromperam a carreira acadêmica, mas não a empurraram para uma vida voltada unicamente para os afazeres domésticos. O interesse em abrir um negócio ia muito além dos bens materiais. O principal objetivo era a mudança de vida e, para isso, ela escolheu investir em algo que lhe desse prazer e pudesse combinar seus dois talentos: costura e criação. A mudança de rumos na trajetória de Mércia influenciou positivamente muitas pessoas do engenho onde a MM Special está instalada. Engenho Pangauá A empresa começou a se concretizar em pilares sólidos em 1984, mas foi em abril de 1985 que a fábrica da MM Special começou a operar dentro das terras do Engenho Pangauá, em Itambé, a 89,5km de distância do Recife, a poucos metros da varanda de casa em que Mércia ainda mora com sua família. Começou pequena: ao lado dela, Nelita, Penha, Aldenita, Emília, Vera e Tezinha, moradoras da região,
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história
Espinha dorsal Vera, Penha e Tezinha aceitaram o convite de Mércia e iniciaram a confecção em 1985
Precursora Nelita também fez parte da equipe de cinco costureiras que fundou a MM Special / Marie Mercié
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As mulheres dos funcionarios do engenho passaram a aprender uma nova profissao, conquistando o empoderamento de genero
Incentivadora Foi com o apoio de sua mãe, dona Marisa, que Mércia levou à frente a ideia da implantação da fábrica
casadas com os agricultores que trabalhavam com cana-de-açúcar. Após convencê-las a aderir à empreitada, o próximo passo foi capacitá-las. Aos poucos, com o crescimento da MM Spe-
gênero e a autonomia financeira. Antes de costurar a primeira peça, a confecção investiu em capacitação para as novas costureiras com o auxílio do Sebrae-PE. A primeira coleção
cial, a paisagem do engenho foi se modificando.
teve como mote os anos 1970, época que Mércia
O canavial continuava ali, fazendo limite com o
vivenciou bem. O diferencial ficou por conta da
horizonte, mas uma edificação em linha branca
releitura de estampas e customização, com muitos
se desenvolvia cada vez mais, tornando-se o ponto
detalhes, bordados e patchwork. Os produtos
alto da trajetória da empresária que modificou
encantaram o mundo da moda local e arrancaram
não só sua a vida, mas a do seu entorno. As mu-
elogios dos empresários. Um deles, Assis Farinha,
lheres dos funcionários do engenho passaram a
dono da prestigiada e extinta loja de vestuário no
aprender uma nova profissão, conquistando, por
Recife “Ele e Ela”, chancelou a marca nesse início
meio da profissionalização, o empoderamento de
promissor.
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AlĂŠm das fronteiras
Bom Retiro Loja para o atacado funciona desde o inĂcio dos anos 1990 na capital paulista
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O segundo grande marco foi a participação da
ainda não era das maiores, mas saiu da feira intei-
neomarca numa feira de confecção em Düssel-
ramente vendida. O feito se repetiu na semana de
dorf, Alemanha. A MM Special foi uma das únicas
abertura da primeira loja em São Paulo. Em 1993,
empresas brasileiras a conseguir vender no local.
a MM inaugurou uma unidade no São Paulo Mart
A segunda investida fora das divisas de Pernam-
Center, na Vila Guilherme, e as portas precisaram
buco foi em São Paulo, na Feira Nacional da
ser fechadas durante algumas ocasiões porque as
Indústria Têxtil (Fenit) de 1987 onde, já no segun-
peças haviam sido todas comercializadas.
do dia de participação, o estande tinha um cartaz
Apesar da preocupação com o crescimento
estampado com os dizeres: “Vendas encerradas”,
sustentável do negócio, as apostas em diferenciais
tamanho o fluxo de pedidos.
nunca ficaram para trás. A marca é a única do
Os cerca de 20 modelos expostos na arara, mas
Brasil a ter licença para produzir camisas de al-
de forma repetida (para dar mais volume), fize-
faiataria, em tecidos planos, com os personagens
ram o estande lotar. A aceitação do produto por
da Warner Bros, desde 1998. O Piupiu, simpático
empresários experientes do ramo têxtil de São
passarinho amarelo que usa como bordão “Eu
Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Brasília, Forta-
acho que vi um gatinho”, já estampou uma série
leza, entre outros, deixou claro o potencial que a
de camisas da MM, e foi um marco na história de
marca tinha para crescer. Nessa época, a produção
vendas da empresa.
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história
Chegar ao bairro do Bom Retiro, na capital
abrigar um novo projeto especial. Então, no come-
paulista, fazia parte da estratégia de negócios da
ço dos anos 2000, dentro da MM Special, nasceu a
MM; e acreditando na força da marca, mas sobre-
marca Marie Mercié. Enquanto a primeira trazia
tudo na qualidade das peças, essa foi uma ideia
peças marcadas classicamente pelo branco e
que avançou, e a MM Special se instalou na Rua
preto, a segunda surgiu com uma proposta mais
Aymorés. Em pouco tempo, o espaço físico da loja
diversificada e colorida, mas não menos elegante.
ficou pequeno e uma mudança para um prédio
Apesar do sucesso, as lojas de São Paulo são
maior era solução inevitável. Mas a antiga sede
voltadas apenas para o atacado, o que fez a MM
tinha muito valor sentimental para ser simples-
sentir a necessidade de dialogar diretamente com
mente descartada, e sua nova missão passou a ser
o seu consumidor final. Em maio de 2014, mais
No comeco dos anos 2000, dentro da MM Special, nasceu a marca Marie Mercie
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Shopping Recife Em maio de 2014, a Marie Mercié inaugurou sua primeira loja para o varejo
um passo importante foi dado. A marca escolheu os shoppings Recife e RioMar, em Pernambuco, para abrir, quase que simultaneamente, suas duas primeiras lojas de varejo, com o nome Marie Mercié. Nas operações, também são vendidas as peças da MM Special. A expansão da nova marca faz parte do plano de negócios com a estratégia de chegar a mais shoppings em todo o país.
A expansao da nova marca faz parte do plano de negocios com a estrategia de chegar a mais shoppings em todo o Pais 13
1985 Mércia Moura, junto a Nelita, Penha, Aldenita, Emília, Vera e Tezinha, dá início a MM Special
1987 Na Feira Nacional da Indústria Têxtil (Fenit) de 1987, a MM precisou colocar uma placa de “vendas encerradas”, tamanho sucesso da coleção.
1993
história
A marca abriu sua primeira loja na
A MM Special participa de uma feira de confecção em Düsseldorf, Alemanha, onde foi uma das poucas empresas brasileiras a conseguir vender toda a produção.
capital paulista, no São Paulo Mart Center, na Vila Guilherme. Posteriormente, abriu uma loja no famoso bairro do Bom Retiro.
1986 Te c e n d o 14
Única marca a ter licença da Warner Bros para aplicar personagens em
2002
camisas de tecidos
Com uma proposta
planos.
mais jovem e colorida, a MM Special começou a produzir peças com o selo Marie Mercié.
2014
2015
1998
A MM Special / Marie Mercié festeja seus 30 anos de história e faz desfile comemorativo da data, no RioMar Shopping, para lançar sua coleção Verão 2015/2016.
Abertura de duas lojas para o varejo na capital pernambucana dentro da tag Marie Mercié.
história 15
E
nt r
A
expressão “contra-hegemonia” foi a
que o filósofo Antonio Gramsci usou para falar sobre práticas sociais e simbólicas fora do padrão normati-
vo. Situada em uma conjuntura social em que o destino já lhe entregava a função de dona de casa, Mércia Moura foi, e é, contra-hegemônica na lógica patriarcal canavieira. Dentro de um engenho de cana-de-açúcar, ergueu em 1985 uma fábrica de costura, visando a autonomia e o empoderamento feminino das mulheres da região. Tarefa cumprida com êxito. E os frutos conquistados pelo árduo trabalho vão além do financeiro. Mércia Moura fez da região mais que um celeiro de costureiras, um lugar de mulheres independentes.
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Sobre as políticas femininas, primeiro dinheiro. Tem meninas aqui q
ev i s ta
vem o empoderamento financeiro. Aqui, elas começaram a ter o próprio que ganham mais do que o marido, bem mais. E, depois, vem a educação.
Mércia Moura
fundadora e diretora geral da MM
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entrevista
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Qual foi o maior impulso para abertura da MM? A necessidade de realização pro-
quando uma mulher comeca a ver a vida mudar, vao chegando outras.
fissional, de colocar meu dom em prática e, aliada a isso, a vontade de ajudar as mulheres da minha região, dando-lhes a oportunidade de ter uma profissão. Pensando assim, resolvi ousar e fundar uma confecção de roupas femininas aqui no Engenho Pangauá com seis mulheres sem nenhuma experiência em costura, enfrentando todos os tipos de dificuldades e preconceitos por parte dos nossos maridos, familiares e da própria comunidade em geral. Como foi você percebeu que poderia fazer isso? Fui criada em um ambiente em que as mulheres faziam diversos trabalhos manuais e a costura era o principal. Tudo aquilo me encantava. Quando vim morar no Engenho Pangauá, aos 19 anos, após meu casamento, percebi a quantidade de mulheres que precisavam de um incentivo e uma oportunidade de trabalho para viver melhor. Reconhecendo nossa força, me dei conta de que era possível e fundei a confecção aqui em Pangauá. Quando você chegou ao Engenho Pangauá, com qual realidade se deparou? E como foi o desafio de
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tirar as mulheres de casa para trabalhar?
região. O trabalho na fábrica ajudou muitas delas a
Havia uma imensa fazenda de cana-de-açúcar,
se tornarem mais conscientes de suas atuações na
propriedade de minha família, onde moravam
sociedade e no direcionamento familiar. Elas saem
muitas outras famílias, cujos homens trabalhavam
dos seus postos de trabalho, todos os dias, pessoas
na cana-de-açúcar e as mulheres ocupavam-se uni-
muito mais respeitadas. E se fazem respeitar. Isso
camente dos afazeres domésticos, sem nenhuma
emociona e nos faz seguir em frente.
perspectiva de ter um dia uma profissão. Primeiro conquistei a amizade e a confiança dessas mulhe-
Por que você acha que a MM é essa empresa de
res. Juntas, tivemos que convencer nossos maridos
sucesso?
de que nós poderíamos trabalhar fora dignamente,
Nós fazemos o que gostamos, aí só pode dar certo!
podendo assim melhorar nossa qualidade de vida.
Além disso, contamos com uma equipe de pessoas
Elas foram pegando gosto pelo ofício e pelo fato de
motivadas, competentes e comprometidas, que
receber um salário, porque viram a vida mudar.
buscam a cada dia fazer sempre o melhor. Também
No início contratei o Sebrae para dar curso de cos-
fazemos uma roupa diferenciada das encontradas
tura. Depois fundamos a nossa escola de costura,
no mercado, um produto de qualidade, com a nossa
onde pagamos o salário para incentivar as mulhe-
cara, com um design exclusivo, que se inova a cada
res a aprender uma profissão.
coleção, sempre pensando na satisfação de uma
Dessa forma, quando as primeiras começaram
clientela fiel à marca.
a ver os benefícios da independência financeira, outras mulheres foram chegando.
E os próximos 30 anos? Não deixo de agradecer a Deus, faço isso todos os
A MM emprega majoritariamente mulheres. Qual
dias, agradecer pelos 30 anos vividos. Passamos por
a contribuição da fábrica às questões de políticas
eles fazendo um trabalho lindo, com apoio de uma
femininas?
cadeia de fornecedores de alto nível, com colabora-
O empoderamento financeiro gerado pela fábrica
dores maravilhosos e com um público consumidor
na região ajudou as mulheres a terem seu próprio
fiel e também encantado com as nossas peças. Para
sustento e uma independência parcial ou total
frente, continuaremos a fazer ainda mais e melhor
de suas famílias. Há mulheres aqui que recebem
com o mesmo amor, carinho, gratidão e respeito a
salários mais altos do que os maridos. Mas não é
todos que de uma forma ou de outra contribuíram
apenas isso. Educação, aprendizado e consciência
e darão continuidade ao negócio.
dos direitos também são legados da MM para a
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Responsabilidade social
A confecção além das roupas
F
ormação profissional é o pilar de sustentação da fábrica, que coleciona até três gerações de funcionários da mesma família, e boa parte dos colaboradores tem mais de 20 anos de empresa. Como o
crescimento de uma fábrica de roupa passa essencialmente pela mão humana, a MM investe em uma escola de costura, em que paga um salário mínimo aos interessados em seguir carreira na área. A estrutura da fábrica conta com uma sala onde são oferecidas as aulas práticas. De acordo com o desenvolvimento de cada aluno, aos poucos, eles vão sendo incorporados aos grupos de costura. Grande parte dos funcionários chegou à confecção sem nenhum conhecimento do escopo de trabalho e conquistou a capacitação dessa forma. Com essas medidas, a MM evitou o êxodo rural e criou uma nova configuração econômica e social para os habitantes da área. Sobretudo do ponto de vista feminino. É que, vizinho ao Engenho Pangauá, onde a fábrica está instalada,
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Responsabilidade social
está o vilarejo de Caricé, distrito de Itambé, que
Outro valor estimado pela MM Special é a
cresceu e se desenvolveu a partir da empresa. An-
educação. Por isso, a fábrica ergueu dentro do En-
tes da MM, Caricé era apenas uma rua. Hoje conta
genho a Escola Itamir Cézar de Moura, que atende
com mais de 3 mil habitantes.
100 alunos com ensino em dois turnos. A gestão
Próximo à fábrica, há mais de 200 casas pró-
é realizada pela prefeitura. Ainda em Pangauá,
prias de funcionários da empresa. Na região,
um espaço de lazer, com um campo de futebol
enquanto os homens têm na agricultura da cana
frequentado por times da região, também faz
sacarina a principal fonte de renda, as mulheres
parte da propriedade. Já na vila de Caricé, entre os
passaram a dedicar-se à indústria da moda. Segun-
muitos benefícios propiciados pela fábrica, estão
do a Secretaria de Enfretamento à Violência Contra
a ampliação da Escola Municipal Lafayete Nu-
a Mulher de Itambé, o município tem o menor índi-
nes Machado, construída em terreno doado pela
ce desse tipo de violência, já que 70% da população
empresa, e o fornecimento de água potável, que
feminina conseguiu independência financeira.
utiliza a fonte do Engenho.
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A fabrica ergueu no Engenho a Escola Itamir Cezar de Moura, que atende 100 alunos
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26
economia
De vanguarda e para o mundo
N
a época em que as mulheres da Zona da Mata Norte de Pernambuco eram criadas para serem donas de casa, a empresária Mércia Moura pegou o caminho contrário. Com uma visão
à frente do seu tempo, a mulher, que nasceu em meio à produção de cana sacarina, ergueu, em 1985, no Engenho Pangauá, no município de Itambé, uma confecção de camisas femininas. A MM Special, como reza a cartilha das empresas, nasceu pequena, com seis funcionárias – incluindo a própria Mércia. Hoje, 30 anos depois, conta com cerca de 300 funcionários diretos e 150 indiretos.
300 Funcionários diretos
150
Funcionários indiretos
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economia
A Fábrica Instalada em uma propriedade de aproximadamente 1,5 mil hectares, com cerca de 3 mil m² de área construída. Em sua estrutura consta pungente maquinário espanhol avaliado em dez dígitos.
1,5
Hectares de área verde
3000m
2
Área construída
28
mil
MM pelo mundo Exportando de Itambé, Pernambuco
EUA Argentina Chile França Angola
A marca exporta para Argentina, Chile, Angola, Estados Unidos e França. Dialoga com o global, participando de feiras no exterior e buscando inspiração na moda internacional para produzir as coleções. No Brasil, tem uma cartela de 4,5 mil compradores em todos os estados.
4,5 mil Compradores em todos os estados do Brasil
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Produção Para lançar três coleções por ano, a fábrica produz, mensalmente, 30 mil peças.
30.000
Número de peças produzidas mensalmente na fábrica da MM
Tecnologia x Artesanal A MM Special Marie Mercié conjuga modernidade à tradição para conseguir atender à elevada demanda
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Investimentos Além das duas lojas de São Paulo, que funcionam para o atacado, a MM, em 2014, inaugurou duas lojas para o varejo em um investimento de R$ 3 milhões.
3
milhões
Valor investido na inauguração de duas novas lojas para o varejo. A ideia é formatar modelo de franquia.
Franquias Lojas para o varejo no Recife são um case de sucesso e já recebem pedidos de franquia por todo o Brasil
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moda
Feito à mão, clássico e contemporâneo
A
MM tem como carro-chefe a produção de camisas femininas. Mas não se trata de qualquer camisaria. A da MM é marcada por conjugar modelagens clássicas com inspiração europeia
e raízes brasileiras, como transparências de rendas, renascenças, bordados e rechilieu, o que torna cada peça única. Cada produto passa literalmente pelas mãos de no mínimo 30 pessoas até ficar pronto. Isso dura um tempo médio de 15 dias, devido o cuidado artesanal dedicado a cada peça. A marca preza pela elaboração de peças de vanguarda para oportunizar a duração delas enquanto informação de moda, ou seja, para além de uma estação. As inspirações para cada coleção vêm do mundo e da região. São lançadas anualmente três coleções com cerca de 80 peças cada: inverno, verão e uma coleção cápsula para alto verão inspirada nos principais desfiles das semanas de moda de Paris, Londres e Nova York e também no rico regionalismo do Nordeste. Além de consumidores fiéis, são certezas para mais 30 anos de moda a estreita e duradoura relação da MM Special com os grandes fornecedores têxteis do Brasil e do Mundo e o poder que a marca tem de se reinventar a cada peça cuidada pelas mulheres da Zona da Mata.
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Etapas Cada peça da MM Special/Marie Mercié passa pela mão de mais de 30 profissionais até chegar às araras das lojas
Perenidade Informação de moda da marca dura para além de uma estação
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