Jornal Opinião 16 de Março de 2012

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Diogo Daroit Fedrizzi

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Páginas 14 e 15

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ENCANTADO

Câmara reverencia mulheres da segurança pública Página 7

Páginas 10 e 11

A história de Ana Paula Daltoé

Caroline Rodrigues







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Câmara reverencia 14 mulheres da segurança pública Sessão solene, na noite de segunda-feira (12), homenageou 14 profissionais que atuam em Encantado DIOGO DAROIT FEDRIzzI

Encantado – A Câmara de Vereadores realizou na segunda-feira (12) uma sessão solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Neste ano, os parlamentares destacaram o trabalho de 14 mulheres que atuam na área da Segurança Pública. Uma placa foi entregue às profissionais da área judiciária, serviços penitenciários, Defensoria Pública, Polícia Civil e Brigada Militar. Para o vice-prefeito de Encantado, José Calvi, a Casa Le-

gislativa merece os cumprimentos pela iniciativa. Segundo ele, as mulheres escolhidas são ímpares em suas atividades profissionais. “Deixo a homenagem e agradecimento por todo o trabalho e afinco por nossa comunidade”, afirmou. A delegada Elisabete Barreto Müller falou em nome das colegas. No discurso, Elisabete lembrou o tempo em que chegou a Encantado, há sete anos, quando também foi homenageada. “Quis o destino que agora, que estou deixando a Delegacia de Polícia do município para assumir outro desafio, mais uma vez seja reconhecida”, comentou. Elisabete

enalteceu a trajetória das mulheres que lutaram pela valorização da classe feminina. “Para que nós mulheres pudéssemos estar aqui quantas outras sofreram e deram suas vidas. Anos atrás não víamos mulheres nessas profissões e hoje estamos aqui fazendo história. Agradeço a essa comunidade que tanto me acolheu”, disse. O presidente da Câmara de Vereadores, Eldo Edgar Orlandini, afirmou que o objetivo é destacar as 14 mulheres em nome da comunidade encantadense. “A mulher é tão importante para todos nós, ela é a origem da vida. Essas guerreiras merecem o nosso reconhecimento”, disse. Fotos: Caroline Rodrigues

Mesa: vice-prefeito José Calvi, presidente Eldo Orlandini e secretário Jair Tonezer

Carla Gonçalves, da Brigada, e Jonas Calvi

Cláudia Gibon, da Brigada, e Jair Tonezer

Denise Ritzel, do Presídio, e Ivanor Daltoé

Delegada Elisabete e Valdecir Gonzatti

Fátima Bataglia, da DP, e Sander Bertozzi

Gabriela Bertozzi, escrivã de polícia

Ires Breitenbach, agente penitenciária

Juíza Juliane Pereira Lopes

Promotora Karina Mariotti

Lisiane Scheifer, da Brigada Militar

Maria dos Santos, agente penitenciária

Silvia Agnoletto, agente penitenciária

Defensora Pública, Taísa Severico

Tânia Capitanio, agente penitenciária


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CÂMARA DE VEREADORES

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everaldo estranha valores da campanha do PP Doenças que matam A Campanha da Fraternidade de 2012 fala de cinco temas que preocupam a saúde e que estão na raiz da maior parte das mortes que ocorrem no Brasil. Em primeiro lugar estão as doenças crônicas não transmissíveis, como as doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes e cânceres. Elas são responsáveis por 58,5% das mortes que ocorrem no mundo e consomem 75% dos gastos do governo brasileiro na área da saúde. Em 2007, 29,4% dos óbitos declarados no Brasil tiveram como causa doenças cardiovasculares e 17% ocorreram por algum tipo de câncer. Em segundo lugar se encontram as doenças transmissíveis. Em cada grupo de 100 mil habitantes existem, em média, 20 pessoas com AIDS. A tuberculose continua sendo a terceira causa de óbitos por doenças infecciosas e a primeira entre pacientes com AIDS. O vírus da influenza (gripe A) acomete cerca de 400 mil pessoas a cada ano no Brasil e mata 3 mil. O terceiro tema que ocupa a agenda da saúde refere-se aos fatores de risco modificáveis. Segundo a OMS, o tabagismo está na origem da morte de 200 mil pessoas por ano no Brasil. A prática regular de exercícios físicos está longe de fazer parte da rotina dos brasileiros e o crescimento no número de pessoas obesas ou com sobrepeso por má alimentação constitui um desafio mundial a ser enfrentado. A dependência química é outro tema relevante na agenda da saúde. A porta de entrada para o mundo da droga é o álcool, sendo que preocupa o fato de 18% da população adulta do Brasil consumir álcool em excesso. Na seqüência vem a maconha, cocaína, haxixe, crack, oxi e outras. A droga mais devastadora, no momento, é o oxi, sendo que “pesquisas do Ministério da Saúde apontam que cerca de um terço dos usuários morrem no primeiro ano de uso”. O quinto tema preocupante refere-se a acidentes de trânsito, homicídios e suicídios. No Brasil, eles já ocupam o terceiro lugar em relação aos óbitos, só perdendo para as doenças cardiovasculares e os cânceres. Elas sinalizam para um estado de guerra, com mais mortes do que muitos dos países onde há guerra declarada. Como cristãos que somos não podemos ficar omissos frente a estas cinco grandes preocupações da saúde pública no Brasil. Precisamos ir a campo e fazer alguma coisa para combater as várias causas que abreviam a vida do povo ou que diminuem a qualidade de vida das pessoas. Todos somos chamados a, “guiados pelo Espírito do Senhor, fazer-nos solidários às dores e enfermidades do povo, para que a saúde se difunda sobre a terra”. Dom Canísio Klaus Bispo Diocesano Pastoral da Comunicação Paróquia São Pedro - Encantado

Pedetista fez comentários sobre os gastos no período eleitoral em Encantado Fotos: Diogo Daroit Fedrizzi

DIOGO DAROIT FEDRIzzI Encantado - Durante a sessão da Câmara de Vereadores, na segundafeira (12), o líder da bancada de oposição, Everaldo Delazeri (PDT), fez comentários sobre os custos de campanha eleitoral no município. Ele citou uma afirmação do jornalista Adriano Mazzarino, do Jornal Antena, do dia 27 de janeiro, de que o PP, conforme seu presidente, já teria R$ 300 mil para gastar na campanha. “Curioso, fui buscar a declaração de despesas da última campanha vitoriosa do PP e aparece uma arrecadação de R$ 75,3 mil e gastos de R$ 74,9 mil”, disse. “Certamente, logo vai chegar a R$ 500 mil. Por que preci-

sam para esta campanha R$ 500 mil? Por que um partido que está na administração vai arrecadar, ou está arrecadando, R$ 500 mil para a campanha? Quem são os colaboradores desta verdadeira fortuna? Se o prefeito Paulo Costi reclama que a situação do município não está boa, que não tem dinheiro, e o seu presidente do partido recolhe uma verdadeira fortuna. Qual é a mágica que se faz para recolher tanto dinheiro? Como se faz isso?”, questionou.

Everaldo Delazeri, do PDT

“O circo começou”, diz Sander Sander Bertozzi (PP) rebateu as manifestações de Everaldo Delazeri. Segundo ele, sempre há pessoas que induzem a população a pensar coisas. “Faço parte da agremiação política do PP com muito orgulho. Posso colocar a minha mão no fogo pelos mandatários. Eu me espelho neles. Infelizmente começou o circo nesta casa. Não posso concordar com certas declarações”, afirmou. “Essas palavras jogadas ao vento me desgostam, desmancham a reputação das pessoas. E o que dizer de quem gasta mais de R$ 1,5 milhão num ano presidindo a Câmara!”.

Jonas valoriza conquistas O líder do governo, Jonas Calvi (PTB), destacou a conquista de emendas parlamentares de políticos do PTB. Falou dos R$ 468 mil, de Danrlei, hoje no PSD,

Projetos aprovados Os vereadores aprovaram dois projetos na sessão de segunda-feira (12). As matérias referem-se à concessão de um imóvel do município, localizado no Bairro São José, para a empresa Construsul, Indústria e Comércio de Materiais de Construção. De acordo com o texto do Projeto, a expectativa de faturamento no primeiro ano de atuação é de R$ 3 milhões, com investimentos em máquinas e equipamentos de R$ 5 milhões.

Pedidos de informação Vereadores da bancada de oposição encaminharam três pedidos de informação ao Executivo. Entre os questionamentos estão relação das empresas contratadas para prestação de serviços no município e os serviços por elas prestados; relação atualizada com nome, cargo e local de trabalho dos CCs, FGs, Contratos Emergenciais e Contratos através do CIEE; e relação dos beneficiados pelo atendimento do programa de planejamento familiar, informando o

Situação: Jonas Calvi e Sander Bertozzi para a compra de uma motoniveladora, de R$ 400 mil do ex-senador para a construção de quadras esportivas nos bairros Nova Morada e Porto XV e, ainda, dos R$ 195 mil para o asfalto da Rua Júlio de Castilhos em direção à Cosuel. “Sinto orgulho de fazer parte de uma administração como esta. Durante os três anos em que estamos ajudando, tivemos várias conquistas”, comentou.

respectivo profissional que realizou o procedimento. Os pedidos são assinados por Cláudio Roberto da Silva (PMDB), Everaldo Delazeri (PDT), Jair Tonezer (PMDB) e Valdecir Gonzatti (PMDB).

Reclamação Arno Bagatini (PP) reclamou que foi colocado em votação, na sessão do dia 5, o projeto que trata do Plano de Carreira do Magistério. Naquela semana, Arno, Everaldo e Cláudio não compareceram à reunião, pois estavam em Brasília. Para o político de situação, faltou ética e respeito. “Por se tratar de projeto importante, deveriam esperar o retorno dos três colegas. Além disso, havia o pedido de vistas do vereador Cláudio. Não tiveram nem esse respeito”, cobrou. Everaldo também lamentou. “Faltou sensibilidade da bancada de situação em não trancar a votação do projeto”, disse. Jonas Calvi (PTB) rebateu e lembrou que ano passado, quando ele estava em Brasília, também foram votados vários projetos. “Cebola nos olhos dos

outros é açúcar”, comentou.

Arno destaca viagem a Brasília Arno Bagatini (PP) prestou contas da viagem a Brasília na semana passada. O vereador enalteceu as emendas parlamentares encaminhadas com deputados da bancada gaúcha. Do deputado Renato Molling (PP), são R$ 2 milhões para a UTI no Hospital Santa Teresinha e R$ 200 mil para a construção de um novo posto de saúde, junto à Faterco. Do deputado Enio Bacci (PDT) houve a garantia da liberação de R$ 130 mil para a aquisição de um veículo de transporte de pacientes para consultas e exames no Vale do Taquari e em Porto Alegre. Outros R$ 150 mil são oriundos do deputado Alceu Moreira (PMDB), destinados para a manutenção do Centro Oftalmológico Regional. “Acho que é o suficiente para aqueles que normalmente gostam de criticar quando se tiram diárias”, ironizou. “Podem continuar nos criticando. Vou a Brasília e justifico”.


GERAL

JORNAL OPINIÃO

Grupo da Galícia propõe programa para cadeia produtiva do leite Renê Oliveira

SéRIE

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A cada edição, o Jornal Opinião traz o relato da rotina de um encantadense espalhado pelo mundo. Trabalhando, estudando, viajando.....

Sidney

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AUSTRÁLIA Fotos: Arquivo pessoal

Aline Tarter Sangalli tem 26 anos e desde 2008 está na Austrália. Proposta também será apresentada na Assembleia Legislativa Porto Alegre - As lideranças do setor leiteiro do Estado que, em missão organizada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, visitou a região da Galícia, na Espanha, no final de janeiro, criaram um Grupo de Trabalho para dar sequência prática ao que foi visto durante a viagem de intercâmbio a uma das maiores regiões produtoras de leite do mundo. O grupo está trabalhando na elaboração das bases do Programa de Desenvolvimento da Cadeia do Leite no Rio Grande do Sul (Prodeleite-RS), com propostas para a organização e a sustentação da cadeia produtiva do leite no Estado. Os principais pontos da iniciativa incidirão sobre a alimentação, a sanidade, a genética e o manejo. A proposta será apresentada à Comissão de Agricultura da As-

sembléia Legislativa no próximo dia 29 e à Câmara Setorial do Leite no dia 5 de abril. A proposta do grupo é de lançar o Prodeleite no mês de maio. Fazem parte do conjunto de ações delineadas a criação do Instituto Gaúcho do Leite, convênio de cooperação com a Galícia e a organização de unidades de produção coletivas. “Queremos incidir na organização da cadeia produtiva, tendo em vista a sua importância econômica e social, estimulando produtores a adotarem um sistema organizado, tecnificado e qualificado, já que temos aqui no Estado produtores vocacionados, estrutura agrária e condições climáticas adequadas, além de dispormos de um parque industrial que opera com ociosidade”, explicou o secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi.

Prenda do Giuseppe declama em homenagem às mulheres Lajeado - A prenda Aline Rabaiolli Giongo representou o CTG Giuseppe Garibaldi de Encantado no evento “Talentos de Mulher”, promovido pelo Unicshopping de Lajeado, no dia 9 de março. A convite da 24ª Região Tradicionalista, Aline declamou uma poesia. Dança e música também integraram as programações em alusão ao Dia Internacional da Mulher.

Simone Giongo

“Sydney é uma cidade muito grande e possui quatro milhões de habitantes, (bem menos que São Paulo) mas uma área quase 10 vezes maior: 12 mil quilômetros quadrados, contra 1,5 mil de São Paulo. Isso apenas para termos uma referência entre um lugar e outro. É a cidade mais antiga da Austrália e comanda a sua economia. Batizada de Porto Jackson, a cidade nasceu do lado sul da baía, quando, em 1788, chegou 1ª esquadra inglesa de 11 navios. A princípio, os britânicos a usaram como depósito de presidiários expatriados. Uma de suas principais atrações é o Opera House, um complexo teatral, e a Harbour Bridge, uma ponte com 503 metros de extensão e que levou 14 anos para ser construída. Eu moro nas Northern Beaches (praias do norte), numa praia chamada Curl Curl. Minha vinda para a Austrália foi em 2008. Vim para aprender a Língua Inglesa, pois pensava que seria muito bom para meu futuro e pelo fato de ter cursado Comércio Exterior. Acreditava também que falar inglês era necessário para ter uma realização profissional. A princípio, a ideia era ficar um ano, viajar um pouco e conhecer novas culturas. Bom... eu realmente fiz isso no primeiro ano que estava aqui. Juntei dinheiro fazendo uns “bicos” aqui e ali e fui conhecer a Thailândia e a Indonésia, que era um sonho meu de anos. Quando retornei para a Austrália senti que fiquei com gostinho de quero mais e então não queria mais voltar para o Brasil. Lembro ainda como se fosse ontem o dia que liguei para meus pais contando que queria ficar mais tempo aqui, talvez mais um ano, para aprender melhor o inglês e conhecer coisas que ainda eram

desconhecidas por mim. Neste tempo, ainda usava muito o “orelhão” (telefone público), porque meu telefone ainda era pré-pago. Por esse motivo, acabava falando pouco com meus pais para economizar e viajar, vivia no estilo "backpacker" (pessoas que viajam explorando o mundo, na maioria das vezes, com uma verba limitada de dinheiro, uma mochila nas costas e desejo de conhecer novos lugares e cultura – é o conhecido mochileiro). No começo, as coisas aqui foram bem difíceis. Sempre brinco em dizer que morar em outro país é como nascer de novo, é um redescobrimento de nós mesmos. Temos que aprender a nos comunicar, a nos alimentar diferente, a fazer novas amizades, a encontrar um bom lugar para morar e crescer num mundo totalmente desconhecido. Em contraponto a isso, morar na Austrália tem suas grandes vantagens. A qualidade de vida aqui e incrível. É um país com pouquíssimo índice de violência e, poder viver com tranquilidade, trás paz para os nossos corações. O clima é tropical como o do Bra-

sil. Tem muita natureza, grandes parques e lindas praias. A economia do país e super estável e os trabalhadores são muito bem remunerados. Hoje, depois de quase quatro anos passados, minha vida aqui é muito mais segura. Já tenho bom domínio da língua inglesa, o que me possibilita trabalhar como coordenadora de projetos de uma companhia chamada Sweet Sensation e gerencio a loja desta empresa. Ah! E estudo também. Estou cursando “Business” (negócioscomércio) e viajo pelo país quando posso. Nesse período de estada na Austrália tive a oportunidade de voltar para casa duas vezes e agradeço a Deus por isso. Pretendo fazer visitas à minha pátria amada todos os anos, mas por incrível que pareça, às vezes, me sinto mais em casa na Oceania do que na América do Sul. Amo o Brasil e sinto falta da minha família todos os dias, mas no momento estou focada no meu curso e no meu trabalho. Sinto-me muito feliz e realizada com as oportunidades que a vida tem me dado aqui neste lugar tão distante”.

Praia de Curl Curl


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ESPECIAL

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Série

s e r e h l Mu Por ÂNGELA REALE

Em março, mês dedicado às mulheres, o Jornal Opinião realiza uma série especial em homenagem a elas. São quatro reportagens de pessoas que têm muitas histórias para contar e que merecem ficar registradas. Na semana passada falamos de Helena Mazzo Fontana. Hoje a história é de Ana Paula Daltoé.

...chamadas de sexo frágil, mas guerreiras em essência Ângela Reale

“O importante é impor respeito e não devemos ligar para o que os homens dizem. Se fosse por eles a gente esquentaria a barriga no fogão e esfriaria no tanque”.

Ana Paula Daltoé


ESPECIAL Mulher caminhoneira, uma realidade comum Uma jovem de 33 anos, cuja profissão não é uma das mais glamurosas e sonhadas pelas mulheres. Ana Paula é caminhoneira. E foi sentada num degrau da escada que Ana Paula me recebeu para um bate-papo informal, relatando como é a vida sobre rodas. No seu registro de nascimento, consta o município de Anta Gorda, pelo fato de que na época, (Doutor Ricardo, onde a família mora) era distrito de Encantado e não possuía Hospital. “Sou ricardense de coração e foi lá que aprendi a gostar de caminhões”. Filha de pai caminhoneiro e mãe professora, ela e seu irmão cresceram ouvindo o ronco do motor quando o pai saía para fazer suas viagens de trabalho e permanecia meses fora do Estado. “Meu pai nunca foi muito presente, justamente pelo trabalho escolhido. Eu tinha muita saudade. Todas minhas amigas tinham o seu pai nas datas especiais, mas eu e meu irmão não tínhamos. Morávamos numa casa muito simples e antiga, herdada do meu avô materno. Era toda feita de tijolos unidos por barro. Minha mãe exerceu um papel importante na minha vida e tenho grande admiração, porque ela fez os dois papéis: o de pai e mãe ao mesmo tempo. Criou-nos praticamente sozinha e com seu salário de professora, sustentava a casa”. O pai de Ana Paula enviava dinheiro quando podia, mas passavam-se meses. E assim sua infância foi acontecendo.

Adolescência Começou a trabalhar fora de casa aos 13 anos. “Pela parte da manhã bem cedinho e com sereno ainda caindo (para fugir do calor), minha atividade era a colheita de fumo”. Um trabalho cansativo, mas era esse que ela tinha conseguido na época. Estudava pelo período da tarde e, ao terminar a aula, retornava para a lavoura, pois ganhava mais umas horinhas extras, já que seu pagamento era de acordo com as horas trabalhadas. Dois anos se passaram nessa atividade e Ana Paula foi obrigada a parar porque se intoxicou devido à quantidade de agrotóxicos passados nas folhas de fumo. “Minha mãe não quis mais que eu retornasse porque a saúde era mais importante”. Após esse período, Doutor Ricardo emancipou-se e ela foi convidada a trabalhar como secretária na Câmara de Vereadores da cidade. “Permaneci ali apenas alguns meses porque alguma coisa me dizia: ‘aqui não é teu lugar’.” Sentia uma pressão no peito ao se ver fechada em quatro paredes. “Sempre gostei da liberdade e buscava por ela numa profissão que não sabia exatamente qual era”

A menina desportista Ana Paula jogava futebol femi-

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minhão e uma moto chegou. Desceu um rapaz, encostou um revolver na suas costas e levou todo dinheiro. “Na segunda vez, ao sair da câmara fria, dois ladrões a pé e armados aproveitaram a oportunidade e, novamente minha grana se foi. E isso aconteceu pela manhã num local movimentado. No momento fiquei paralisada, pois eles te pegam de surpresa e tu ficas sem ação, só pensando que ele poderá apertar o gatilho. Mas depois que passa e eles fogem, o sentimento é de raiva e medo.Tremi muito e chorei. A impunidade é grande demais. Os bandidos estão tomando conta do nosso país. E quem trabalha é que está vulnerável sempre”.

Lazer

nino num time pra lá de especial cujo nome era “Inimigas” (risos). Sua posição era atacante e fazia bonito nos gramados. O time foi campeão municipal em 1999 e ela ganhou o troféu de goleadora. “Se tivesse seguido, quem sabe não estaria numa seleção? (risos)”. Participava também de um time de vôlei. “Essa sensação de liberdade era a que me movia e despertava em mim a vontade ser dona do próprio nariz”. Dizem os psicólogos que o motivo que faz o ser humano progredir e ser feliz é ter a consciência de que está vivo e de que pode, com as próprias mãos, criar qualquer experiência possível nesse planeta. Basta ter a vontade e a determinação necessária para construí-la, passo a passo.

O amor Chegou de mansinho numa festa de São João promovida pela escola. Ela com 15 anos e o Alexandre com 17 anos. “Fomos apresentados por uma amiga e entre quentão, pipoca e rapadura, nos apaixonamos”.

Dona de lanchonete “Percebendo em mim essa disposição e inquietude, meu pai dividiu uma parte da nossa casa e montou ali uma pequena lanchonete que a gente chamava de ´cachorrão´. Meu irmão e eu cuidávamos de tudo: bebidas, fazíamos os lanches (xis-cachorroquente,torradas, sanduíches)”. Foi um tempo legal e tinham um bom movimento, mas durou apenas dois anos essa aventura.

Um novo destino: Porto Alegre O namoro andava de ´vento em popa´ e estavam nesse vai/vem há quatro anos. Tomaram uma decisão: juntar os trapinhos e respirar os ares da capital. Ele trabalhava num caminhão fazendo entrega de sorvetes e picolés nos mercados da grande Porto Alegre.

Ana Paula e mais um sócio alugaram um trailer no bairro Cristo Redentor. Estava de volta aos cachorros-quentes e xis (risos). Foi um período difícil porque moravam de favor no apartamento minúsculo do dono do trailer. “Dormíamos na sala, em um colchão no chão, sem conforto algum e as roupas todas sempre dentro de sacolas. Vivia praticamente comendo lanches e não aguentava mais, mas como o trabalho era intenso eu tinha que permanecer ali”. Alugaram então um pequeno apartamento para sair daquele inferno. Num acidente de trânsito perderam a caminhonete, mas, com determinação e garra, compraram outra e ele seguiu com seu trabalho. “As dívidas foram se acumulando e não havia grana para pagar o aluguel. Desistimos do trailer, ficamos com as dívidas para pagar e retornamos a Encantado . Moramos hoje na casa que era do avô do meu esposo”.

Sabory Nesta empresa, Ana Paula trabalhava na montagem de pizzas e na fabricação de massas. Como o movimento é repetitivo, uma forte tendinite nos dois braços a obrigou a parar. “E agora? Eu pensava: odeio ficar parada, sozinha e sem uma atividade que me dê prazer”. Acabou acompanhando o marido nas viagens ajudando-o na distribuição do sorvete.

A vida num caminhão Ficava toda semana fora de casa e dentro de um caminhão e lembrava com carinho do pai e do seu irmão, que acabou se tornando caminhoneiro também. “Acabei acostumando e fazendo do caminhão o meu lar”. Dormem na boleia estacionada em um posto de gasolina porque é necessário deixar a câmara fria ligada. “Conforme o tempo foi passando e os negócios melhorando, adqui-

rimos um segundo caminhão e esse era meu”. Ana Paula aprendeu a dirigir aos 12 anos com seu pai, num Voyage. E deste para um caminhão foi uma adaptação bem tranquila. Ainda hoje muita gente pensa que dirigir profissionalmente em estradas, sobretudo caminhões de carga pesada, é uma tarefa masculina. Mas é cada vez maior o número de mulheres que se arriscam a dirigir estas máquinas para sustentar suas famílias. “E eu como sempre busquei uma profissão diferente tenho certeza que a encontrei”. Seus estudos foram até o ensino médio para desgosto da mãe, professora (risos). “Mas ela sabia que sala de aula não é para mim. Eu prefiro serviço no braço mesmo”.

Discriminação Hoje no mercado de trabalho a presença de mulheres é cada vez maior e, aos poucos, elas conquistaram o seu espaço. E quando o assunto é caminhão, não é diferente. “Por incrível que pareça, não tenho sofrido discriminação. O importante é impor respeito e não devemos ligar para o que os homens dizem. Se fosse por eles a gente esquentaria a barriga no fogão e esfriaria no tanque. Mas esse tempo já passou. As mulheres estão em todas as profissões. Eu dirijo, carrego e descarrego sem problema nenhum”. Ela adora essa profissão justamente por que nunca está no mesmo lugar. Faz muitos clientes que acabam se tornando amigos depois. O problema é quando ganha calote do tipo: cheque sem fundo ou algum freezer que desaparece misteriosamente. “Mas a vida é assim, existem os honestos e os malandros e o bom seria poder reconhecê-los na hora”.

Assaltos Por duas vezes esteve na mira de um revólver. Na primeira vez, estava descendo da cabine do ca-

“Apesar de passar a semana num caminhão, quando tenho tempo adoro pescar e ouvir música. Estou aprendendo teclado, acreditas? (risos)”. Eu só acreditei, vendo (risos). Ana Paula adora animais, tem dois cães e muitos bichinhos de pelúcia. “Tenho todos que ganhei até hoje e estão espalhados no sofá da sala (risos)”. Esse detalhe eu comprovei, pois ela volta a ser criança quando conta a história de cada um. Como dizia Che Guevara: “Hay que endurecerse, pero sin perder La ternura jamás”.

Apoio dos pais “Sempre me apoiaram nas decisões. Quando contei para minha mãe ela disse: ´ai, mais uma coisa para eu me preocupar (risos)’. O meu pai nunca me disse nada, mas eu percebo que ele tem orgulho da minha profissão, afinal filha de peixe, peixinho é...”

Filhos Ainda não tem filhos. Se tiver um homem, não se importaria que fosse caminhoneiro. “Mas se for uma mulher gostaria que estudasse e que tivesse outra profissão, porque essa é desgastante. Mas se ela gostar, assim como eu, irei apoiá-la sempre”.

Desistir? “Pensei em desistir na época que nada dava certo, mas hoje só paro quando tiver filhos. Pretendo cuidar e estar presente na vida deles com intensidade”.

Recado às mulheres “Dirigir um caminhão não tem mistérios. Hoje todos têm a direção hidráulica e é muito macio. O tempo do caminhão ´queixo duro, acabou. Acreditem que é sempre uma nova aventura experimentar coisas novas e se divertir com elas e o mercado de transporte está cada vez mais interessado em mulheres caminhoneiras. Somos mais calmas e mais cuidadosas. Os homens tem mais pressa e correm demais (risos).” Então, vamos à luta, mulherada!


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ENCANTADO

16 de março de 2012

medeiros no comando da aci-e Novo presidente assume a entidade e afirma que uma das metas é ampliar os benefícios para os associados Fotos: Juremir Versetti

DIOGO DAROIT FEDRIzzI Encantado - A nova diretoria já está no comando da Associação Comercial e Industrial de Encantado (Aci-E). Liderado pelo engenheiro Júlio Medeiros, o grupo tomou posse na quinta-feira (8), em solenidade que aconteceu no Clube Comercial. No discurso de despedida, o ex-presidente Marciano Fontana disse estar frustrado, pois gostaria de ter feito muito mais à frente da Associação. “Desculpem-me se não pude fazer todo o trabalho, mas tentei fazê-lo com todo esforço. Foi uma experiência nova e gratificante e muita coisa aprendi nesses dois anos. Desejo toda a sorte ao Júlio na nova jornada”, comentou Fontana. Júlio Medeiros reconhece a responsabilidade de comandar uma entidade que completa 73 anos de fundação em 2012 e que conta com 293 associados, representantes das áreas da indústria, comércio e serviços. “O foco da Aci-E será o associado.

Vamos manter e ampliar os benefícios e procurar atender de forma satisfatória as necessidades dos membros”, disse o novo

presidente, ao mesmo tempo em que prometeu grandes novidades para a Suinofest 2012.

Pesquisa junto aos associados para promover palestras e atividades, ampliação do convênio com entidades beneficentes e continuidade das obras da nova sede da Aci-E estão entre as ações do plano de gestão da diretoria. “Grandes desafios nos esperam. Agradeço à comunidade que me acolheu há quase 20 anos e me permitiu exercer a função”, concluiu Júlio Medeiros. O presidente da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT), Oreno Ardêmio Heineck, saudou a composição da nova diretoria que assume a Associação encantadense e colocou a entidade regional à disposição para ajudar. O prefeito Paulo Costi destacou o envolvimento da Aci-E em eventos importantes do município, sobretudo, a Suinofest. O presidente da Câmara de Vereadores, Eldo Orlandini, fez um apelo para que políticos e empresários se unam para construir um projeto duradouro para Encantado.

Fontana: “poderia ter feito mais”

Heineck: CIC-VT à disposição

Costi: destaque para a Suinofest

Eldo: união entre políticos e empresários

Diretoria 2012/2014 Presidente: Julio Cesar Farias Medeiros Vice-Presidente: Renata Galiotto Diretor da Indústria: Alexandre Bratti Vice-Diretor da Indústria: Cesar Lorenzon Diretor do Comércio: Marcelo Peretti Vice-Diretor do Comércio: Tomé Galiotto Diretor de Serviços: Marciano Fontana Vice-Diretor de Serviços: Gildo Da Broi Diretora de Turismo e Eventos: Jeanine Sangalli Vice-Diretora de Turismo e Eventos: Lizeli Bergamaschi Diretor de Patrimônio: Bernardo Katz Vice-Diretor de Patrimônio: Pedro Piccinini

Diretor Financeiro: André Bergamaschi Vice-Diretor Financeiro: Fabrício Tombini Diretor de Jovens Empresários: Fábio Rasche Vice-Diretor de Jovens Empresários: Luciano Fontana Diretor Administrativo: Claudio Pivatto Vice-Diretor Administrativo: Raul Castoldi Diretor de Relações c/ a Comunidade: Gilberto Piccinini Vice-Diretor de Relações c/ a Comunidade: Enio Dartora Diretor de Saúde e Meio Ambiente: Vagner dos Anjos Vice-Diretora de Saúde e Meio Ambiente: Marciana Bertoldi Diretor de Comunicação e Marketing: Thiago Fachinetto Vice-Diretor de Comunicação e Marketing: Kleber Eccher Diretor de Agronegócios: Admir Lorenzon

Vice-Diretor de Agronegócios: Eloi Machado dos Santos Conselho Deliberativo Presidente: Nei Di Domênico Vice-Presidente: Adriano Klima Membros Efetivos: Amarilida M Dacroce; Anilo Caetano Turatti; Vitório Alba Suplentes: Ricardo Cé e Marcos Tonin Conselho Fiscal Membros Efetivos: Naide Locatelli; Ema Dallé; Roberto Scorsatto Suplentes: Jocelito Pariz; José Conzatti; Pedro Ervino Graff


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Vendaval assusta moradores em muçum

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Temporal da tarde de terça-feira (13) durou poucos minutos, mas foi o suficiente para provocar estragos na cidade Fotos: Diogo Daroit Fedrizzi

DIOGO DAROIT FEDRIzzI

Muçum – O vento forte surpreendeu os moradores da cidade e do interior por volta das 16h de terça-feira (13). Em poucos minutos, o temporal causou destelhamento de casas, queda de árvores e postes de energia elétrica. As ruas ficaram tomadas pelas folhas e galhos. Conforme o prefeito Tarso Bastiani, ainda no final da tarde de terça-feira, as Secretarias de Obras e Agricultura fizeram um relatório preliminar dos prejuízos. Na quarta-feira (14), as equipes intensificaram os trabalhos de recuperação. “Ficamos felizes que não houve danos pessoais, apenas materiais”, comentou Bastiani. No interior houve estragos em Barra das Contas e Linha Santa Lúcia, onde quatro postes de energia elétrica caíram provocando a falta de luz. Em Linha Alegre, no trecho de um quilômetro entre a propriedade de Mário Zílio até a de Vilson Brandão, oito postes foram derrubados, além de várias árvores. Na área urbana, os locais mais atingidos foram a Vila Militar e a praça. Na Gráfica Muçum, um gerador precisou ser acionado devido a problemas no transformador. No CTG Sentinela da Tradição, além do destalhamento, a parede dos fundos onde se localiza o palco desabou. No Hospital Nossa Senhora Aparecida, houve estragos no telhado e queda de um pedaço de muro. Na prefeitura, o mastro da Bandeira Nacional entortou e o Ginásio de Esportes também registrou alguns danos.

Casa atingida pela árvore fica na Rua Costa e Silva, na Vila Militar

Árvore atinge casa

Jacson e a tia dele, Adriana Freitas

CTG Sentinela da Tradição e Gráfica Muçum também sofreram prejuízos

A casa onde mora Jacson Freitas, na Rua Costa e Silva, foi atingida por uma grande árvore, que caiu sobre o telhado. No momento do acidente, ele não estava no local. A tia de Jacson, Adriana Freitas, reclamou do descaso da prefeitura. Segundo ela, há quatro anos, a administração já havia sido comunicada do risco que representava a árvore em frente à residência. “Já tínhamos pedido autorização para cortar a árvore. Não é a primeira vez que ela cai. Era para o biólogo vir analisar,

e até agora nada”, reclamou. “A nossa sorte é que não tinha ninguém em casa na hora da queda”. Outro prejuízo considerável ocorreu no lonão da Rua Coberta, nas proximidades da praça da matriz. Com o vento, parte da estrutura metálica ficou destruída. No Bairro Fátima, em direção à Linha São Faustino e Justina, três postes caíram. Na RS 129, nas proximidades do trevo de acesso a Muçum, a queda de eucaliptos provocou a interrupção da rodovia.

Postes de energia elétrica também caíram no interior


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ROCA SALES

16 de março de 2012

5ª EXPOROCA E 8ª FECARPA

35 mil Visitantes Roca Sales - Depois de três dias de programações, a 5ª ExpoRoca e 8ª Fecarpa encerrou no domingo (11). Conforme levantamento da comissão organizadora, mais de 35 mil pessoas circularam pelo Centro Social Urbano. Um dos destaques da programação foi a praça de ali-

mentação, que teve o peixe como cardápio principal. O restaurante Carpas Grill serviu cerca de 3,5 mil pratos. A feira comercial, industrial, agropecuária e de serviços reuniu mais de 100 expositores de Roca Sales e região nos espaços internos e externos. Vitória Stürmer Bortoletti

Avaliação positiva Durante a cerimônia de encerramento, realizada na tarde do domingo (11), o presidente da Feira, Kurt Koste, destacou que o evento superou as expectativas. "Temos que bater no peito e dizer que foi um orgulho total. Agradeço à comissão por ter me escolhido, não para fazer o evento, mas para agrupar todos os setores num só, divulgando o que Roca Sales tem de melhor. A 5ª ExpoRoca e 8ª Fecarpa foi uma cadeira na faculdade da vida", disse. As soberanas exaltaram que

sempre levarão o nome de Roca Sales pela região. "Queremos agradecer por vocês abrilhantarem o nosso evento. Temos a sensação de dever cumprido, já que desde 2009 a gente leva o nome de Roca Sales por toda a região". O prefeito de Roca Sales, Amilton Fontana, ressaltou o trabalho árduo que toda a comissão organizadora realizou. "Divulgamos a festa em 27 municípios da região. Depois de tanto trabalho vimos que tudo o que fizemos valeu a pena", falou.

Encerramento: mascote Carpito, soberanas, Kurt Koste, primeira-dama Cássia Fortes e prefeito Fontana

Vitória Stürmer Bortoletti

Postal na abertura

800 crianças O show infantil da Turma do Pirulito reuniu cerca de 800 crianças da Educacão Infantil e Anos Iniciais das redes municipal, estadual e particular na tarde de sexta-feira (9). A apresentação ocorreu no espaço dos shows e teve a participação especial do mascote do evento, o Carpito, que brincou e interagiu com a garotada.

Soberanas e primeiras-damas As soberanas anfitriãs, Rainha Pricila Nilsson, 1ª princesa, Fabiele Brandt, e 2ª princesa, Débora Fin Nilson, juntamente com a Primeira-Dama, Cássia Fortes, receberam as cortes dos municípios de Fazenda Vilanova, Encantado, Muçum, Westfália, Doutor Ricardo e Boqueirao do Leão. Acompanhadas do historiador e escritor, João Manoel, elas conheceram os pontos turísticos de Roca Sales, entre eles, a Igreja Matriz São José, Arroio Conventos Vermelhos e o CTG Tropeiros da Amizade.

Vitória Stürmer Bortoletti

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Alexandre Postal (PMDB), acompanhou a cerimônia de abertura na sextafeira (9). O parlamentar destacou a vocação do município no setor da piscicultura. "Não poderia deixar de estar em Roca Sales neste momento em que tenho o privilégio de ser o presidente do Parlamento”, disse Postal. “Temos que explorar mais a questão da piscicultura como uma alternativa viável. Roca Sales se criou através do Rio, tem toda uma história, uma tradição”.

Shows

Diogo Daroit Fedrizzi

Os deputados estaduais Lucas Redecker (PSDB) e Heitor Schuch (PSB) também prestigiaram a solenidade, assim como o deputado federal Giovani Cherini (PDT).

Veri Fotos

As apresentações de artistas conhecidos da música gaúcha e regional atraíram muita gente em frente ao palco principal. Na sextafeira, as bandas Vitrine Viva e a Sunset Riders se apresentaram. No sábado foi a vez de Os Futuristas, Easy Rider, Jonas & Lucas e Tchê Chaleira. No domingo, Porto do Som e Chiquito & Bordoneio (foto) animaram o Centro Social Urbano. Caroline Rodrigues

Canto e dança O canto e a dança do Metamorfose Multishow foi atração na tarde do sábado (10). Fundado em março de 2009, o Grupo rocassalense conta com 17 integrantes com idades entre nove e 26 anos e é coordenado pela professora de canto, Leocárdia Stapenhorst.


ROCA SALES

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16 de março de 2012

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Terceira idade faz a festa O calor da tarde de sábado (10) não impediu que os grupos da terceira idade fizessem a festa. O baile animado pela banda "Os Futuristas" movimentou o tablado montado em frente ao palco principal. Para iniciar o baile, os músicos tocaram a tradicional polonese (dança típica alemã) e convidaram todos para a pista. Diversos casais participaram

da dança, entre eles, o presidente da festa, Kurt Koste, as soberanas de Roca Sales, Pricila Nilsson (rainha), Fabiele Brandt (1ª princesa) e Débora Fin Nilson (2ª princesa), o casal símbolo da Oktober Freund Fest, Ilmo e Elma, a rainha da terceira idade do Vale do Taquari, Lorquita Baumgärtner, e a rainha da terceira idade de Roca Sales, Asta de Souza, acompanhada do rei, Antonio de Souza.

Carpito ganha do Buti no funk Veri Fotos

O mascote Carpito recebeu a visita do amigo Buti, mascote da Suinofest, na tarde do domingo. Os dois participaram de um concurso de dança do funk, e o Carpito venceu.

Entidades promovem reuniões Caroline Rodrigues

O primeiro dia de ExpoRoca e Fecarpa recebeu representantes de diversas entidades para importantes reuniões na tarde de sexta-feira (9).

CIC-VT reelege Heineck A Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) Vale do Taquari reelegeu Oreno Ardêmio Heineck na presidência. A assembleia foi prestigiada pela presença dos vice-presidentes regionais da Federasul, Paulo Walmor Hoppe, e da Fiergs, Egon Édio Hoerlle; presidente da Aci Roca Sales, Kurt Koste, e presidentes e diretores da maioria das 15 entidades filiadas à CIC-VT.

Orientação aos candidatos A Associação Gaúcha Municipalista (AGM) inte-

grou a programação com a palestra "Condutas e precauções para o ano eleitoral". Apresentada pelo diretor jurídico da Associação, Lieverson Perin (foto), a explanação prestou esclarecimentos aos futuros candidatos. O diretor das Delegações de Prefeituras Municipais (DPM), Júlio César Pause, também esclareceu as condutas vedadas aos agentes públicos neste ano de eleições.

Balanço financeiro da Amturvales A Associação dos Municípios de Turismo da Região dos Vales (Amturvales) reuniu os associados na Sociedade Recreativa e Cultural Roca Sales para a Assembleia Geral Ordinária. A apresentação do relatório de

ações e do balanço financeiro de 2011 foi coordenada pelo presidente Vanildo Roman e contou com a presença das turismólogas Lizeli Bergamaschi e Samanta Regina Chiesa. A entidade completou o ano com mais de R$ 40 mil em caixa.


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ENCANTADO

16 de março de 2012

Reunião das escolas estaduais do Vale do taquari avalia Planejamento Henrique Pedersini

Jantar da Liga arrecada mais de R$ 5 mil Caroline Rodrigues

Professor Conzatti entende que o ensino politécnico vai ajudar os alunos HENRIqUE PEDERSINI Encantado - Na tarde da terça feira (13) aconteceu uma reunião na Prefeitura envolvendo coordenadores das escolas Estaduais de Ensino Fundamental e Médio, além de outras autoridades do setor de educação. No evento foram avaliadas algumas ações do planejamento para o ano letivo de 2012. Um assunto que também foi abordado, e vem causando grande repercussão, é a implantação do ensino médio politécnico, aumentando a carga horária para os alunos que estão no primeiro ano do segundo grau, alteração essa, que já está em prática em muitas escolas da região. O grande problema acontece com os alunos que estudam à noite, que iniciam as atividades escolares às 18h15min, horário

que fica inviável para a grande maioria, que trabalha. A reunião contou com a presença da coordenadora regional de Educação do Vale do Taquari, Marisa Cecília Wickert Bastos. “Estamos aproveitando a oportunidade também para anunciar que recebemos verbas que estaremos repassando às escolas. Esse dinheiro será destinado a treinamentos para qualificação de professores”, disse Marisa. Ainda foi ratificada pela coordenadora a necessidade de os educadores cumprirem sua carga horária toda na escola. Os educadores ainda realizaram debates sobre o planejamento.

Politécnico O diretor do Instituto Estadual de Educação Monsenhor Scalabrini, José Carlos Conzatti, ressaltou a importância dessa nova metodologia. O diretor

afirma que o ensino politécnico vai agregar muito para os alunos, principalmente, na parte de pesquisa e de buscar o conhecimento. Ele entende que a única dificuldade é adequar a questão do transporte escolar, segundo ele, apenas alunos da zona rural teriam direito ao transporte. A coordenadora pedagógica Miriam Dentee Bertelli também esteve presente na reunião das escolas estaduais e avalia as mudanças como positivas. “Sabemos da dificuldade dos horários, mas entendemos que o aluno é quem deve adaptar-se à escola, e não a instituição ao aluno”, comentou Miriam. Entre os alunos, as opiniões são distintas. Os estudantes do noturno lamentam a dificuldade em virtude dos horários, já que no período de início das aulas à noite, muitos ainda estão trabalhando.

Eliane A. Fachinetto

Jovens fazem juramento à bandeira

Encantado – Os jovens da classe de 1993 e anteriores, das cidades de Encantado, Muçum e Roca Sales, prestaram juramento à Bandeira, sexta-feira (9), na Praça da Bandeira. A cerimônia contou com a presença de autoridades e representantes das Juntas de Serviço Militar dos três municípios e foi conduzida pelo Capitão Senildo Antônio Henz, delegado da 3ª Delegacia de Serviço Militar da 8ª Circunscrição do Serviço Militar e pelo sub-tenente Demarchi.

Integrantes da Liga com o palestrante Nélio Tombini Encantado - O Clube Comercial recebeu centenas de pessoas na noite da sexta-feira (9), para o 19º Jantar da Liga Feminina de Combate ao Câncer, em Comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Os participantes puderam acompanhar a palestra com o psiquiatra Nélio Tombini. A presidente da Liga, Salete Dalla Lasta, agradeceu a participação de todos e lembrou que neste ano a entidade comemora os 20 anos de luta contra o câncer em Encantado. “Quero agradecer, pois essa caminhada que a Liga fez só foi possível com a ajuda de vocês”, destacou. O palestrante Nélio Tombini, natural de Encantado, contou um pouco de sua trajetória e lembrou momentos da família no município. Ele, que também é afilhado do escritor encantadense Gino Ferri, atualmente reside em Porto Alegre e chegou a Encantado no início da tarde, acompanhando das filhas Ana Carolina Tombini e Gabriela Pugliese Tombini, que aproveitaram o dia para conhecer a cidade. Tombini explanou de forma clara e descontraída sobre a temática “Os Caminhos do Adoecimento Emocional”. “O que mais adoece as pessoas é o desejo de uma querer controlar a vida da

outra”, disse. Conheça mais sobre o psicanalista no site psicobreve.com.br. Após a palestra ocorreu o jantar e, na sequência, um espetáculo do Grupo Al Shams de Dança do Ventre, de Bento Gonçalves. O grupo é dirigido pela bailarina e coreógrafa Aline Todeschini e tem como sede a Essenci Dança e Movimento. Ainda na noite, a Liga de Combate ao Câncer realizou o sorteio de brindes disponibilizados por diversos colaboradores. Balanço Financeiro De acordo com o Balanço Financeiro, a Liga Feminina obteve a arrecadação de R$ 5.082,25. O número se refere as 500 fichas vendidas e às doações feitas pela comunidade.

Nélio Tombini













Encantado, 16 de março de 2012 Caroline Rodrigues

Arquivo pessoal

POLÍCIA Novo delegado assume na próxima semana Página 25 O dia a dia de Aline Tarter Sangalli em Sidney Página 9 Arquivo pessoal

SéRIE

AUSTRÁLIA

ENCANTADO

Liga arrecada mais de R$ 5 mil em jantar Página 16

FUTEBOL Desinteresse dos clubes ameaça Amador de Encantado Página 27


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