Jornal da Diocese de Blumenau, Março de 2013

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Dois novos padres ordenados em abril Diocese Blumenau Diocese participa doserão Congresso Internacional dasna Equipes dede Nossa Senhora

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ANO XIV – nº 136 – Março de 2013 – Leia mais: www.diocesedeblumenau.org.br

Diocese de Blumenau CNBB Regional Sul 4

Jornal da

Diocese de Blumenau Ano da Missão com a Juventude

Caminhe pela fé A primeira Caminhada Penitencial da Páscoa reuniu mais de cem féis em Timbó

“Igreja vive momento histórico com a renúncia do Papa Bento XVI” Pág 4

Testemunhos de pastorais abordam o calvário diário

Págs 8 e 9

A missão da Irmã Escolástica Maria Madalena Sevegnani na África Pág 14


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Opinião

“Se ele se corrige e renuncia a todas as suas faltas, certamente, viverá e não parecerá” (Ez 18,28)

Alegria da Páscoa

A ressurreição de Cristo é o fato fundante da nossa fé cristã. O Apóstolo Paulo nos assegura: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação e vã a nossa fé”. E acrescenta: “Se tão somente nesta vida esperamos em Cristo, somos os mais miseráveis de todos os homens” (1Cor 15,14.19). No Ano da Fé, que estamos vivenciando, é a primeira certeza de que renovamos. Desta certeza, desvela-se todo o nosso ser e nosso agir. Como ocorreu com o Mestre, passamos também nós pelos sofrimentos, doenças, incompreensões, fracassos, desilusões desta vida terrena. Sabemos, assim, que mais do que passagens, agora, estes são momentos ricos da esperança e da graça do Senhor. Participamos, então, continuamente da sua vitória, até a vitória da visão beatíf ca, no paraíso. Por isso, evangelizamos, isto é, anunciamos a boa notícia do amor de Deus que, em Cristo Ressuscitado, nos redimiu definitivamente dos nossos pecados e instaurou seu Reino de paz e justiça. Em clima de eleição de um novo Sucessor de Pedro, somos imensamente agradecidos ao Eterno Pai pela dedicação e amor de Bento XVI, como também vivemos a expectativa do novo Papa e, certamente, de tempos novos e promissores para a nossa amada Igreja.

[...] Os cristãos são convidados a testemunhar a coragem de Pentecostes e a alegria da páscoa. Somos testemunhas de ressurreição pela alegria que se expressa num sorriso, numa consolação, num gesto positivo, numa atitude em favor da vida. Jesus Cristo ressuscitado é a alegria verdadeira que o mundo não poderá tirar. Vencer a morte, ressuscitar, abrir as portas do futuro é a máxima alegria de toda a humanidade. A vida não acaba. O céu não está vazio. Somos esperados pelo Amor. Nosso futuro é a plenitude da vida, a glória, a eternidade feliz, a visão de Deus, o reencontro de todos que partiram desta vida. Eis a alegria pascal. São Francisco falava da “perfeita alegria” que consiste em conservar a serenidade e a paz, quando passamos por humilhações, injúrias, difamações. Neste sentido a alegria é consequência e fruto da humildade. Muitas são as causas da alegria a saber: o dever cumprido, o bem praticado, a experiência de ser

“Nosso futuro é a plenitude da vida, a glória, a eternidade feliz, a visão de Deus, o reencontro de todos que partiram desta vida”

Artigo

Editorial

Ressuscitemos com Cristo

amado, de ser perdoado e de ser compreendido. O Documento de Aparecida dedica todo um capítulo sobre a alegria. Impele os f éis a se sentirem alegres por serem católicos, cristãos, seguidores de Jesus. É a alegria da fé e da pertença à Igreja. Ser cristão não é uma carga, um fardo, mas, um privilégio, uma graça que leva a transbordar de alegria. São sete as alegrias contempladas no Documento de Aparecida: a alegria da vida; da dignidade da pessoa; da beleza da criação e destino universal dos bens da criação; a alegria do trabalho cotidiano; a alegria da família; a alegria do desenvolvimento e progresso da ciência e da tecnologia e por fim a alegria de sermos o Continente da esperança e do amor. Sabemos que a alegria, o bom humor, a risada são remédios de alta qualidade terapêutica. Há escolas psicológicas que ajudam as pessoas, através do riso, do bom humor, portanto, da alegria. Uma pessoa alegre impregna o ambiente,

Dom José

Carta aos fiéis da Diocese de Blumenau

“O que permanecerá na história, porém, será o exemplo de humildade em deixar nas mãos de outros o barco de Pedro”

Caríssimos irmãos e irmãs, quando esta carta chegar as suas mãos, já estaremos em um período vacante da Santa Sé, e é por isso que eu gostaria de aproveitar este espaço para agradecer, em nome da nossa Diocese de Blumenau, ao Santo Padre Bento XVI. Quando Ratzinger aceitou ser papa, ele, servo humilde da vinha do Senhor, fê-lo com grande dignidade, com dedicação e com uma coragem incrível. Na verdade, prestes a completar 75 anos , quando os membros do Episcopado são solicitados a renunciar ao cargo que ocu-

pam, o Papa João Paulo II lhe teria dito que nem pensasse em escrever a carta de renúncia ao posto de Prefeito da Doutrina da Fé, porque ele o queria a seu lado, “até o f m”. Ratzinger, portanto, já havia pensado em se retirar das atividades públicas religiosas, quando ainda era cardeal, mas escutou a voz de Deus e obedeceu ao Espírito que o chamava a ser “servo” na Igreja. Diante da sua consciência, o Papa Bento sentiu duas coisas: a idade avançada e a fragilidade física, que comprometeriam sua capacidade de imprimir

em sua pastoral esforços que são exigidos do Santo Padre, para guiar “o barco de Pedro”. Admitir essas limitações com honestidade faz de nosso querido Papa Bento XVI um grande homem e um exemplo de santidade. As audiências das quartas-feiras estavam sempre superlotadas, o que demonstra que o povo o ama muito e o escutava f elmente. A lembrança deste Papa permanecerá, com certeza, nos seus ensinamentos, nas encíclicas que escreveu, nos documentos que ele nos deixou, no sínodo sobre a Palavra de Deus e nas contri-

onde está, com sua positividade, otimismo e senso de humor. Já, as pessoas cítricas e negativas prejudicam com seu azedume o lugar onde vivem e as pessoas com quem convivem. Alegria da páscoa é a alegria da vitória da vida, do bem, da justiça e do amor. É uma alegria especial, porque se refere ao presente e ao futuro. Uma alegria proveniente da certeza da fé e da esperança que ultrapassa os horizontes do mundo geográf co e abraça a eternidade. Páscoa cristã é doar-se com alegria no trabalho cotidiano, é cumprir os deveres com alegria, fazer o bem e exercer a misericórdia com alegria. Sermos alegres na tribulação e alegres na esperança é um jeito bem concreto de vivermos a espiritualidade da páscoa. Nossa alegria é sem dúvida um gesto de caridade com os outros, é motivação para uma convivência saudável, é um jeito pascal de viver. [...] Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Londrina/ PR

buições sobre a Nova Evangelização e também nos livros que escreveu, principalmente os que versaram sobre a pessoa de Jesus de Nazaré. O que permanecerá na história, porém, será o exemplo de humildade em deixar nas mãos de outros o barco de Pedro. Aquele barco que, apesar das fragilidades pessoais, ele soube conduzir com f rmeza, atravessando um dos mares mais agitados da Igreja e da história. Queremos agradecer a este grande papa que Deus nos concedeu, recordando o que ele nunca deixou de nos falar: acreditando em Deus, no Deus de Jesus Cristo, o mundo se salvará; esquecendo a Ele o mundo entrará num profundo abismo. Obrigado, Santo Padre!


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Diocese

“Vede minha miséria e meu sofrimento, e perdoai-me todas as faltas” (Sl 25,18)

CELEBRAÇÕES DE PÁSCOA

A celebração do Tríduo Pascal

Em 08 de março acontecerá a segunda caminhada, desta vez reunirá fiéis na Paróquia Santo Antônio, em Piçarras, às 18h

Caminhadas Penitenciais rumo à Páscoa

Diocese reúne fiéis em cinco caminhadas pelas comarcas de Timbó, Piçarras, Gaspar e Blumenau Na Quaresma de 2010, a primeira vivenciada com o segundo bispo diocesano de Blumenau, Dom José Negri, por seu incentivo, iniciaram-se as caminhadas penitenciais em cada uma das cinco comarcas pastorais, subdivisões territoriais da Diocese. Pela quarta vez, portanto, realizam-se essas caminhadas próprias do tempo da Quares-

ma, tempo de caminhar na fé, no amor e na esperança, rumo à vida nova que Jesus conquistou para nós com sua Paixão, morte ressurreição.

O povo de Israel caminhou pelo deserto A referência bíblica que mais se ajusta às caminhadas penitenciais, e a que mais a inspira, indiscutivelmente, é a travessia do deserto, feita pelos israelitas, durante quarenta anos, para chegar à terra prometida. Foi a caminhada da fé na grande promessa de Deus, a libertação da escravidão do Egito

e a posse da “terra onde correm leite e mel” (Êx 3,8). “Foi a caminhada da purif cação, pois o povo de dura cerviz” (Êx 3,9; 33,3; Dt 9,6; 2Cr 30,8; At 7,51) precisava aprender a escutar o Deus da vida, único, verdadeiro, fiel, ciumento e misericordioso.

A Igreja é povo que caminha Um dos hinos compostos, exatamente, para uma das Campanhas da Fraternidade, alguns anos atrás, diz assim: “Somos povo que caminha num deserto como outrora, lado a lado, sempre unidos, para a ter-

ra prometida”. Bento XVI, nas catequeses do seu pontificado referiu-se aos “desertos” do mundo de hoje, nos quais faz a experiência da solidão, do vazio, das tentações, da ausência de Deus. Mas, ao mesmo tempo, o deserto é lugar do encontro com Deus, consigo mesmo, com as promessas de vida e libertação divinas. O deserto do povo, hoje, é a rua, a estrada íngreme e a estrada plana. No meio da cidade urge a manifestação do povo de Deus que caminha rumo à meta da conversão, da fraternidade e da unidade para ser forte contra os ídolos do ter, do prazer e do aparecer.

Com a aproximação da celebração da Páscoa, a igreja é tomada por diversas preparações, a principal delas acontece nos três dias que antecedem o domingo de Páscoa, a quinta, a sexta-feira e o sábado santos, o chamado Tríduo Pascal. O momento é marcado por fortes orações em memória ao sacrifício e ressurreição de Jesus Cristo. Logo no primeiro dia, é lembrada a ceia realizada por Jesus e seus 12 apóstolos antes de ser preso. É o dia da Eucaristia, memória do seu sacrifício redentor. Nesse dia ele institui também o sacramento da Ordem e o Mandamento Novo. Na sexta-feira, por meio de leituras bíblicas, preces solenes, adoração da cruz e comunhão sacramental, a morte de Cristo é recordada. O Sábado Santo é o dia do silencio e da expectativa da ressurreição. À noite celebra-se a solene liturgia da Vigília Pascal, na qual é proclamada jubilosamente a ressurreição do Senhor. Iniciase com a bênção do fogo novo e do círio pascal, grande vela que simboliza o Cristo ressuscitado. Seguem-se o canto do Exsultet (em português, alegre-se), as leituras bíblicas, a Liturgia Batismal e a Liturgia Eucarística.

[+] Programação ✗ 22 de fevereiro, às 5h – Paróquia Santa Terezinha, em Timbó ✗ 08 de março, às 18h – Paróquia Santo Antônio de Pádua, em Piçarras ✗ 15 de março, às 05h – Paróquia São Pedro Apóstolo, em Gaspar ✗ 22 de março, às 19h30 – Comarca Blumenau Norte ✗ 29 de março, às 07h – Comarca Blumenau Sul


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Igreja

“Fiquei mudo, mas sem resultado, porque minha dor recrudesceu” (Sl 39,2)

SURPRESA

SANTO DO MÊS

São Domingos Sávio

Com o afastamento de Bento XVI, Igreja passará a conviver com dois Papas, um afastado e um em exercício

A renúncia do Papa Bento XVI Em busca de renovação na Igreja, Ratzinger termina seu legado papal Uma notícia surpreendeu o mundo, no dia 11 de fevereiro, após quase 600 anos, a igreja católica estava passando por uma renúncia de sua força maior. Alegando motivos de saúde, o Papa Bento XVI optou por se afastar, “Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para

exercer adequadamente o ministério petrino”, palavras que chocaram e emocionaram não só católicos. Mantendo seu posto até o último dia do mês de fevereiro, 28, em março será dado início ao Conclave para a escolha do sucessor de Ratzinger, o Papa que reconquistou muitos f éis e que deixa seu desejo de renovação na igreja católica. Até a finalização do processo, todos os cargos na Cúria Romana f cam sem efeito, e somente três cardeais assumem funções indispensáveis para a eleição do seguinte Pontíf ce: Cardeal Camerlengo, o Cardeal Decano e o Cardeal Protodiácono.

O Cardeal Tarcísio Bertone será o Camerlengo, encarregado de garantir a discrição durante o processo de eleição do Santo Padre e de convocar o Conclave. O Cardeal Decano, Angelo Sodano, deverá perguntar ao Papa eleito se aceita a nomeação e o Cardeal Protodiácono, Jean-Louis Tauran, anuncia a eleição com a frase “Habemus Papam”. Todos os cardeais com menos de 80 anos, totalizando 117, terão direito ao voto e já são considerados “candidatos” à posição de Papa. Durante os dias das deliberações, está proibida toda forma

de comunicação com o mundo exterior, além da fumaça liberada (negra indicando a necessidade de uma nova votação e branca anunciando que um novo Papa é recebido pela Igreja). Estima-se que até a Páscoa o mundo já deve conhecer o nome do escolhido de Deus, por meio dos “eleitores”. Segundo as regras descritas na Constituição Apostólica, requeremse dois terços do total de eleitores para a eleição, mais um voto se o total não é divisível por três. Deste modo, 79 votos são requeridos para a eleição do sucessor de Bento XVI.

Domingos Sávio nasceu aos 02 de abril de 1842, numa aldeia perto de Turim, Itália. Filho do ferreiro Carlos Sávio e da Dona Brígida, apesar da extrema pobreza, viviam num ambiente familiar de verdadeiro amor, fé e alegria. Naquela época, as crianças recebiam a primeira comunhão aos 12 anos, porém, Pe. Zucca, e alguns sacerdotes dos povoados vizinhos, que quiseram conhecê-lo, concordaram que Domingos fizesse a primeira comunhão com 7 anos. No dia 8 de abril de 1849, festa da Páscoa, ele recebeu Jesus Eucaristia. Ao chegar a casa, escreve seu tratado de vida: “Lembranças da minha 1ª comunhão”. 1 - Confessar-me-ei com muita frequência e farei a comunhão todas as vezes que o confessor permitir. 2 – Quero santif car os dias santos. 3 - Meus amigos serão Jesus e Maria. 4 – Antes morrer que pecar. No dia 2 de outubro, conheceu Dom Bosco e lhe pede: “Leva-me a Turim para estudar?” E no dia 29 de outubro de 1854, deixa sua família para encontrar outro lar: o pai e a mãe de Dom Bosco e mais 115 irmãos que corriam, jogavam, estudavam, aprendiam algum ofício e rezavam. Em fevereiro de 1857, foi acometido de uma tosse gravíssima e a conselho de Dom Bosco, voltou para casa de seus pais para fazer um bom tratamento. Mas, apesar dos cuidados do médico e do carinho de sua família, seu estado de saúde piora. Ele, porém, se mantinha sereno, mesmo entre as dores. No dia 9 de março, Domingos partia para o céu, aos 15 anos de idade e no dia 12 de junho de 1954, Pio XII o eleva à honra dos altares. Oremos: Ó amável São Domingos Sávio, que em vossa breve vida, foste admirável exemplo de virtudes cristãs, ensinai-nos a amar Jesus com vosso fervor, à Virgem com vossa pureza, às almas com vosso zelo; fazei que imitando-vos no propósito de tornar-nos santos, saibamos como vós preferir a morte ao pecado, para poder vos encontrar na eterna felicidade do céu. Amém!


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Catequese Crer é um verbo. Implica, portanto, numa ação, atitude. Nesse caso, uma atitude de adesão a alguém ou a alguma coisa. O ato de crer pode ser simplesmente humano: nós cremos uns nos outros; confiamos que o padeiro não pôs veneno no pão, que o motorista vai nos levar aonde queremos ir; acreditamos no que as pessoas nos dizem e ensinam. É a fé antropológica, humana. É impossível viver sem esse tipo de fé. No entanto, sabemos por experiência que ela é muito falha. Os outros podem nos enganar e se enganar. Temos que dar um passo adiante. Num segundo nível, o ato de crer pode ser religioso: o ser humano crê em realidades transcendentes, percebe que há algo ou alguém mais do que aquilo que experimenta diariamente, confia na experiência de Deus. É a fé religiosa, fundamento de todos os que acreditam em Deus, qualquer que seja a religião. Também esta fé padece de falhas, pois é o ser humano que, pela sua razão, sempre limitada, busca a Deus, vai ao encontro de Deus e consegue dizer algo sobre sua experiência e seu ser.

“Disse-lhe Jesus: Se podes alguma coisa!... Tudo é possível ao que crê” (Mc 9,23)

CONFIANÇA

O ato de crer Reflexão a partir das palavras de Pe. Vitor Galdino, em publicação da Coordenação de Catequese de Florianópolis

e a religião. De fato, a fé é mais que a religião. Enquanto a religião é uma busca de Deus, a fé é reconhecimento e aceitação do Deus que veio a nós. O ato cristão de crer é um passo a mais que a razão e a religião, é um aceitar e reconhecer o dom que vem de Deus. É um abandonar-se com conf ança em Deus, no seu ser e no seu agir. A fé dá ao cristão uma luz a mais para poder ver e experimentar todas as coisas com os olhos e o coração de Deus. O ato cristão de crer é uma graça. Mas, é um ato plenamente humano, que exalta a inteligência humana. Não há contradição entre fé e razão, fé e ciência, fé e inteligência. Quanto mais o ser humano crê verdadeiramente, mais e melhor ele compreende as coisas do mundo. Santo Agostinho dizia: “crê para compreender, compreender para crer”.

[+] Para refletir ✗ Para nós cristãos, cristãs, com que atitudes expressamos o ato de crer? ✗ Deixamos em nossa vida acontecer a frase: “Deixar Deus ser Deus”? Quais as dificuldades que experimentamos?

Fé cristã É preciso dar um passo além. Num terceiro nível, temos a fé cristã: não somos nós que buscamos a Deus, mas foi ele que, gratuitamente, veio ao nosso encontro. É a fé dos cristãos, que confiam no Deus revelado por Cristo, aderem com a vontade e a inteligência a todas as verdades por ele reveladas, creem num só Deus: três pessoas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Como se vê, o ato cristão de crer implica, evidentemente, a dimensão humana e religiosa, o sentimento e a razão, a vontade e a inteligência, a emoção

✗ Em nossa catequese, ao falar sobre o ato de crer aos catequizandos, como nos expressamos? ✗ Nossa catequese prepara os catequizandos para dizer a Deus “Eis-me aqui, envia-me”?

Irmã Carmelita Tenfen – Coordenadora Diocesana da Catequese

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Ecumenismo

“Sábios, ouvi meu discurso; eruditos, prestai atenção” (Jó 34,2)

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

EVENTOS

Temas apresentados por Brenda Carranza e Dom Francisco Biasin foram debatidos pelos presentes

Formação para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso Evento realizado em São Paulo reuniu 35 professores e agentes de pastoral de todo Brasil Abordando os temas “O censo do IBGE, 2010, sobre o pluralismo religioso no Brasil” e “A mística do diálogo”, a Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso, da CNBB, realizou o IV Simpósio de Ecumenismo e XVI Encontro de Professores de Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso. O evento aconteceu em São Paulo entre os dias 01 e 03 de fevereiro e contou com a participação

de Pe. Raul Kestring e Maria Clarice Orlandi Cimadon, coordenador e vice coordenadora Regional da Comissão de Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso de Santa Catarina. O primeiro tema foi apresentado pela professora Brenda Carranza, da PUC de Campinas. Ela destacou o crescimento da pluralidade religiosa no Brasil e, também, enfatizou os dados em que o censo mostra que o cristianismo pentecostal é o que mais cresce. Para o tema “A mística do diálogo”, Dom Francisco Biasin, Presidente da Comissão de Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso da CNBB, apresentou o signif cado da palavra “mística” em seu sentido etimológi-

No próximo dia 18, será realizado no Centro Eventos da cidade de Rodeio, o Seminário SOUC, celebrando a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que acontece de 12 a 19 de maio. O evento inicia às 14h do dia 18 e no dia seguinte é encerrado com um almoço de confraternização. O texto original do mater ial foi preparado pelo Movimento de Estudantes Cristãos da Índia (SCMI), juntamente com a consultoria da Federação de Universidade Católica de toda Índia (AICUF) e do Conselho Nacional de Igrejas da Índia (NCCI) e aborda a temática dos dalits (párias) na Igreja e na Índia, vistos pelo hinduísmo

como impuros. Miquéias, capítulo 6, versículos 6-8, já faz o questionamento “O que Deus exige de nós?”, nesta oportunidade oferecida pelo seminário, será possível discutir o que pode ser aprendido com as Igrejas da Índia e assim ampliar os conhecimentos e os relacionamentos ecumênicos. Todas as informações sobre inscrição para o seminário podem ser tiradas direto com o Conselho de Igrejas para Estudo e Reflexão (CIER) pelo telefone (48) 8426 -5058 ou pelos e-mails stelamdg@hotmail. com e stelamdg@gmail.com. O Centro de Eventos Rodeio 12 está localizado na Rua José Ostrowski Júnior, 150.

co, bíblico e teológico. Focou, também, a sintonia da palavra com a espiritualidade e as diferentes compreensões atuais. Após as apresentações, os 35 participantes de diferentes dioceses e regionais da CNBB puderam partilhar suas vivências e conhecimentos sobre os conteúdos. Conforme o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso, padre Elias Wolff, o evento atingiu seu objetivo, “O que se espera agora é que os participantes do Simpósio/Encontro de Professores possam colaborar na construção desse diálogo nos diferentes espaços sociais e eclesiais, onde atuam”, destacou.

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Juventude

“Como um jovem manterá pura a sua vida? Sendo fiel às vossas palavras” (Sl 119,9)

PREPARAÇÃO

Semana Missionária e Acolhida

“Youcat” na vida dos jovens

Na semana que antecede a JMJ, Diocese deve receber cerca de três mil jovens peregrinos Em vários textos bíblicos, Jesus entra na casa das pessoas, faz refeição com elas, ensina, transforma o coração e realiza milagres. A palavra chave é “acolher”! Urge em tempos de secularismo, individualismo, egocentrismo, hedonismo que as pessoas façam, a partir dos testemunhos de Jesus, uma mudança interior. A CNBB propõe que a Campanha da Fraternidade deste ano retome o tema Fraternidade e Juventude, após 21 anos. Com o lema “Eis-me aqui, envia-me”, a Igreja não só abre as portas aos jovens, mas também às famílias, à sociedade. Para a Jornada Mundial da Juventude Rio2013, o evento conhecido como Pré-Jornada ou Dia nas Dio-

ceses, recebeu o nome de Semana Missionária e vai acontecer dias antes do início oficial da JMJ. As atividades são organizadas pelas próprias dioceses e toda a programação será desenvolvida dentro dos eixos: solidariedade, cultura e espiritualidade. Os peregrinos viverão dias de oração e recolhimento nas paróquias, poderão conhecer a cultura típica de cada cidade que compõe a Diocese e participarão de trabalhos pastorais na área social. Os dias 15 e 16 de julho são reservados para a chegada dos jovens e a saída está prevista para 21 e 22. Na JMJ de Madri, cerca de 300 mil jovens, de mais de 135 países, participaram da Pré-Jornada, acolhidos em 63 dioceses.

O Papa Bento XVI apresenta este livro extraordinário, fruto do trabalho de vários bispos do mundo, escolhidos de diferentes continentes, culturas e espiritualidade. Trabalho este feito com cooperação dos colegas no episcopado, ou seja, dos outros bispos. Mas o desejo e confirmação deste livro surgiram do coração saudoso de João Paulo II, diante dos tempos difíceis, e aqui falamos dos anos 80, após o Vaticano II, quando os cristãos estavam como que desorientados sobre sua fé, no que acreditavam e naquilo que a Igreja ensinava, diante de uma cultura em mudanças. Numa decisão de muita sabedoria, quis que os bispos apresentassem respostas que pudessem responder a estes questionamentos. O livro tem como espinha dorsal uma experiência catequética: “em que cremos, como celebramos os mistérios cristãos, a vida em Cristo, como devemos orar”. Este livro deveria levar em conta que as pessoas estão dentro de uma cultura e que são diferentes, por isso era preciso ter uma linguagem e pensamento acima destas diferenças. As Jornadas Mundiais da Juventude que aconteceram em Roma, Toronto, Colônia, Sidney, mostraram que os jo-

Convite às famílias A Semana Missionária aproxima-se e com ela, o convite às famílias de nossa Diocese a abrirem a porta e receberem jovens peregrinos do mundo todo. Nossa Diocese dará oportunidade a três mil jovens fazerem experiência dentro da nossa cultura e nas nossas paróquias. A Pastoral da Juventude (PJ) está fazendo um levantamento em todas as paróquias avaliando as pessoas que têm disponibilidade em receber peregrinos. Nas paróquias, os coordenadores dos grupos já poderão mobilizar-se fazendo o convite durante as missas, nos grupos de jovens e famílias. Para abrir as portas de sua casa para receber os peregrinos, colocando em prática a hospitalidade cristã, é preciso realizar o cadastro no site www.rio2013. com e entregar o formulário preenchido em uma das paróquias da Diocese.

vens procuram a Deus, desejam crer, amam a Cristo e querem caminhar com Ele. Neste contexto surgia a ideia de um catecismo da Igreja Católica em linguagem para jovens. Sob a orientação do Arcebispo de Viena, Christoph Schönborn, surge um Youcat para os jovens, feito com linguagem fácil, acessível e moderna.

Formação Diocesana Durante a Jornada Diocesana da Juventude (JDJ), que acontecerá no domingo de Ramos, dia 24 de março, na Catedral, mil exemplares do Youcat, recebidos de Frei Hans (Presidente da Ajuda à Igreja que Sofre do Brasil), serão entregues aos jovens presentes. O Encontro inicia às 15h e termina com a missa das 19h, presidida por Dom José. O próximo encontro acontecerá no dia 21 de abril, abordando a temática Semana Missionária. Nos meses seguintes, maio e junho, os encontros serão realizados nos dias 19 e 16, respectivamente, com Seminários temáticos e um encontro com os jovens que irão à JMJ Rio 2013. Pe. Roberto Carlos Cattoni – Coordenador da Pastoral da Juventude

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TEMPO DE RENOVAR

O significado da

Jesus

Certo refrão de um hino litúrgico pascal diz: Cristo venceu, aleluia! Ressuscitou, aleluia! O Pai lhe deu glória e poder – eis nosso canto, aleluia! Se nos colocamos no lugar daquelas pessoas que, em Jerusalém, naquela sexta-feira da Paixão, viram o sofrimento e a morte de Jesus, será que teríamos voltado para casa certos de que sua promessa de ressurreição se realizaria? Aqueles dois apóstolos de Emaús, que voltavam para casa, desiludidos com a morte do Mestre, dão-nos um pouco a ideia de uma atitude geral dos que haviam seguido Jesus. Era um fim de alguém que se apresentava como grande profeta, mas que tivera a mesma sorte de tantos outros que, antes de Jesus, haviam tentado mudar a realidade política, social, religiosa do povo. Tanto isso é verdade, que as mulheres que foram ao túmulo, para ungir o corpo de Jesus, e encontrando o túmulo vazio, f caram apavoradas. Foram contar aos apóstolos, que nem sonhavam o que havia acontecido. E a notícia da ressurreição correu a cidade e a região como uma grande e surpreendente novidade. De fato, o Senhor havia vencido a morte, ressuscitando dos mortos, como havia prometido. Este fato se deu há dois mil anos. E Jesus continua vivo, agindo poderosamente no meio de nós e no mundo. Basta ver uma casa de recuperação de dependentes químicos, por exemplo, num grupo que, dedicada e solidariamente ajuda crianças desnutridas ou que padecem de obesidade mórbida, ou ainda num gru-

po que acolhe moradores de rua, num hospital. Observam-se aí tantos irmãos e irmãs na situação de Jesus, naquela distante sexta-feira santa, na Palestina. Desf gurados, doentes, desanimados, quase mortos pelo vício, pela doença, pelo mal, enf m. Estão crucif cados. Com a sabedoria e o amor de verdadeiros samaritanos, esses condenados à morte recomeçam a viver, a recuperar sua dignidade e aprendem, também eles, o serviço amoroso aos semelhantes, tantas vezes começando pelos seus familiares. É a vitória da ressurreição de Cristo acontecendo no tempo de hoje, no coração dos homens e mulheres de hoje. O ideal de recuperação do meio ambiente não seria igualmente um sinal de ressurreição no nosso mundo de hoje? Poderíamos ampliar a lista de iniciativas, pastorais, movimentos, pessoas, grupos imbuídos da força, da espiritualidade da ressurreição do Senhor. A Igreja, sem dúvida deveria constar como primeira organização dessa lista, pois a ela Jesus prometeu: “Estarei convosco todos os dias, até o f nal dos tempos”. Terminando, cabe recordar o que diz Santo Agostinho, ele que também experimentou a ação do Senhor na sua vida: “Deus que te criou sem ti não quer te salvar sem ti!” A colaboração humana é indispensável para a ação libertadora e salvadora do Ressuscitado. Ainda que a história da salvação nos evidencie a ação gratuita de Deus, vindo ao encontro do sofrimento humano. A iniciativa da redenção é daquele “que nos amou primeiro”, como escreve São Paulo.

N

Testemunhos

ressurreição de

este tempo de quaresma, vivemos o processo pessoal dos doze passos que inclui o arrependimento, a conf ssão, o renascimento e a reparação. Estamos ref etindo, portanto, sobre nossa caminhada, nosso desaf o pessoal de enfrentar problemas que, muitas vezes, parecem não ter solução, mas podemos e devemos manter-nos no caminho guiado por Deus. Nós, enquanto Igreja, somos responsáveis não somente por nós, mas também por nossos irmãos. A solidariedade, apesar de ser uma palavra que já alcançou as mais profundas expressões, não pode deixar de ser usual, muito menos ser substituída pelo individualismo. Com esta percepção, a Igreja tem como um dos meios de aproximação com a comunidade suas Pastorais, onde cada uma delas, em sua particularidade, consegue reunir grupos que partilham das mesmas dif culdades e que juntos, unidos, pelo amor e esperança, buscam em Deus um encaminhamento para suas vidas.

O calvário não foi somente imposto a Jesus e, sim, a todos nós

“O trabalho da Pastoral da Criança é iniciado antes do seu nascimento, dando todo o amparo necessário à mãe que, muitas vezes, não percebe a grandiosidade que foi colocada em seu caminho. A Pastoral foi criada, em 1983, para reduzir o número de mortalidade infantil e vem conseguido isso brilhantemente com o decorrer dos anos. Aqui, nas comarcas em que cerca de 150 voluntárias atendem, aproximadamente 1000 famílias e 1500 crianças, não é diferente. Infelizmente é muito mais comum do que gostaríamos encontrarmos casos de mães grávidas pensando em abortar, pois já tem mais de um filho em casa e muitas vezes foram abandonadas pelo pai das crianças, que nem chegaram a

formar uma família, uma instituição onde cresce o amor de Deus. Um caso que nos marcou muito foi de uma mãe em situação de desespero, já havia optado pelo aborto, quando recebeu a visita das líderes Beatriz de Almeida e Wilma Pereira. Após muita conversa e nenhum tipo de julgamento, elas conseguiram mostrar o valor da vida humana e esta mãe manteve a gravidez e hoje tem uma linda menina de cinco anos que continua sendo acompanhada e visitada pela Pastoral”.

“Atuo como líder na Pastoral desde sua criação, em 2004. Antes disso, já trabalhava com outro tipo de voluntariado, mas sentia que podia fazer mais, então encarei a missão de trabalhar com os mais fragilizados, muitas vezes abandonados e esquecidos. Primeiramente buscamos levar a eles um pouco de espiritualidade, muitas vezes precisamos reapresentá-la, mostrando que por Deus, ninguém nunca é esquecido, por maior que seja sua dor, seu sacrifício sempre será recompensado. Posso inclusive relatar o caso de uma senhora que estava há mais de 40 anos afastada da religião, e com as visitas,

as conversas, a atenção e o carinho, ela foi percebendo que maravilha é Deus e que ele somente colocou em seu caminho a cruz que ela poderia carregar. São muitos os casos de pessoas acamadas, que estavam descuidadas, simplesmente ‘esperando o chamado da morte’ e passaram a reacreditar na vida, na fé e no amor. É mais do que gratificante este ‘trabalho’, aprendemos e recebemos muito mais do que ensinamos e doamos aos exemplos de vida que conhecemos”.

“Costumo dizer que a Pastoral possui duas problemáticas: a primeira delas é para com os líderes, atraí-los para o trabalho e fazer com que sensibilizem seu lado cristão, pois para acontecer a evangelização é preciso ir além da ‘Igreja de Pedra’. O segundo desafio é iniciar a acolhida daqueles que necessitam, informando, conscientizando e compreendendo cada história, mas também mostrando firmeza em sua tarefa direcionada por Deus. Muitos que aceitam receber a palavra de Deus por meio de nossa pessoa e percebem que é possível retornar ao rebanho, tornam-se também agentes da Pastoral, pois veem o milagre e tornam a acreditar que no amor de Deus nada é impossível. Há um ano e meio tivemos um de nossos maiores exemplos, um caso onde após 20 anos

de alcoolismo e uso de crack, após inúmeras internações em clínicas de reabilitação, foi aqui, dentro dos grupos de autoajuda da Pastoral da Sobriedade, que se sentiu acolhido, que trava a sua batalha diária enfrentando os males que o vício lhe causou. Rezamos juntos, partilhamos experiências, incentivamos às mudanças de atitudes, não julgamos, não culpamos. Aproximamos-nos pela dor e alegramo-nos hoje, todo o grupo, por cada filho que é resgatado, que investe em sua reinserção com dignidade no trabalho, na comunidade e na família”.

Márcia Jaqueline da Silva Negherbon – líder na Pastoral da Criança

Marilene Girardi – líder na Pastoral da Pessoa Idosa

Malena Andrade - Psicóloga Assessora da Pastoral da Sobriedade

Fone/Fax:

(047) 3323 3339 332 38606

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Especial

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TEMPO DE RENOVAR

O significado da

Jesus

Certo refrão de um hino litúrgico pascal diz: Cristo venceu, aleluia! Ressuscitou, aleluia! O Pai lhe deu glória e poder – eis nosso canto, aleluia! Se nos colocamos no lugar daquelas pessoas que, em Jerusalém, naquela sexta-feira da Paixão, viram o sofrimento e a morte de Jesus, será que teríamos voltado para casa certos de que sua promessa de ressurreição se realizaria? Aqueles dois apóstolos de Emaús, que voltavam para casa, desiludidos com a morte do Mestre, dão-nos um pouco a ideia de uma atitude geral dos que haviam seguido Jesus. Era um fim de alguém que se apresentava como grande profeta, mas que tivera a mesma sorte de tantos outros que, antes de Jesus, haviam tentado mudar a realidade política, social, religiosa do povo. Tanto isso é verdade, que as mulheres que foram ao túmulo, para ungir o corpo de Jesus, e encontrando o túmulo vazio, f caram apavoradas. Foram contar aos apóstolos, que nem sonhavam o que havia acontecido. E a notícia da ressurreição correu a cidade e a região como uma grande e surpreendente novidade. De fato, o Senhor havia vencido a morte, ressuscitando dos mortos, como havia prometido. Este fato se deu há dois mil anos. E Jesus continua vivo, agindo poderosamente no meio de nós e no mundo. Basta ver uma casa de recuperação de dependentes químicos, por exemplo, num grupo que, dedicada e solidariamente ajuda crianças desnutridas ou que padecem de obesidade mórbida, ou ainda num gru-

po que acolhe moradores de rua, num hospital. Observam-se aí tantos irmãos e irmãs na situação de Jesus, naquela distante sexta-feira santa, na Palestina. Desf gurados, doentes, desanimados, quase mortos pelo vício, pela doença, pelo mal, enf m. Estão crucif cados. Com a sabedoria e o amor de verdadeiros samaritanos, esses condenados à morte recomeçam a viver, a recuperar sua dignidade e aprendem, também eles, o serviço amoroso aos semelhantes, tantas vezes começando pelos seus familiares. É a vitória da ressurreição de Cristo acontecendo no tempo de hoje, no coração dos homens e mulheres de hoje. O ideal de recuperação do meio ambiente não seria igualmente um sinal de ressurreição no nosso mundo de hoje? Poderíamos ampliar a lista de iniciativas, pastorais, movimentos, pessoas, grupos imbuídos da força, da espiritualidade da ressurreição do Senhor. A Igreja, sem dúvida deveria constar como primeira organização dessa lista, pois a ela Jesus prometeu: “Estarei convosco todos os dias, até o f nal dos tempos”. Terminando, cabe recordar o que diz Santo Agostinho, ele que também experimentou a ação do Senhor na sua vida: “Deus que te criou sem ti não quer te salvar sem ti!” A colaboração humana é indispensável para a ação libertadora e salvadora do Ressuscitado. Ainda que a história da salvação nos evidencie a ação gratuita de Deus, vindo ao encontro do sofrimento humano. A iniciativa da redenção é daquele “que nos amou primeiro”, como escreve São Paulo.

N

Testemunhos

ressurreição de

este tempo de quaresma, vivemos o processo pessoal dos doze passos que inclui o arrependimento, a conf ssão, o renascimento e a reparação. Estamos ref etindo, portanto, sobre nossa caminhada, nosso desaf o pessoal de enfrentar problemas que, muitas vezes, parecem não ter solução, mas podemos e devemos manter-nos no caminho guiado por Deus. Nós, enquanto Igreja, somos responsáveis não somente por nós, mas também por nossos irmãos. A solidariedade, apesar de ser uma palavra que já alcançou as mais profundas expressões, não pode deixar de ser usual, muito menos ser substituída pelo individualismo. Com esta percepção, a Igreja tem como um dos meios de aproximação com a comunidade suas Pastorais, onde cada uma delas, em sua particularidade, consegue reunir grupos que partilham das mesmas dif culdades e que juntos, unidos, pelo amor e esperança, buscam em Deus um encaminhamento para suas vidas.

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“O trabalho da Pastoral da Criança é iniciado antes do seu nascimento, dando todo o amparo necessário à mãe que, muitas vezes, não percebe a grandiosidade que foi colocada em seu caminho. A Pastoral foi criada, em 1983, para reduzir o número de mortalidade infantil e vem conseguido isso brilhantemente com o decorrer dos anos. Aqui, nas comarcas em que cerca de 150 voluntárias atendem, aproximadamente 1000 famílias e 1500 crianças, não é diferente. Infelizmente é muito mais comum do que gostaríamos encontrarmos casos de mães grávidas pensando em abortar, pois já tem mais de um filho em casa e muitas vezes foram abandonadas pelo pai das crianças, que nem chegaram a

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“Costumo dizer que a Pastoral possui duas problemáticas: a primeira delas é para com os líderes, atraí-los para o trabalho e fazer com que sensibilizem seu lado cristão, pois para acontecer a evangelização é preciso ir além da ‘Igreja de Pedra’. O segundo desafio é iniciar a acolhida daqueles que necessitam, informando, conscientizando e compreendendo cada história, mas também mostrando firmeza em sua tarefa direcionada por Deus. Muitos que aceitam receber a palavra de Deus por meio de nossa pessoa e percebem que é possível retornar ao rebanho, tornam-se também agentes da Pastoral, pois veem o milagre e tornam a acreditar que no amor de Deus nada é impossível. Há um ano e meio tivemos um de nossos maiores exemplos, um caso onde após 20 anos

de alcoolismo e uso de crack, após inúmeras internações em clínicas de reabilitação, foi aqui, dentro dos grupos de autoajuda da Pastoral da Sobriedade, que se sentiu acolhido, que trava a sua batalha diária enfrentando os males que o vício lhe causou. Rezamos juntos, partilhamos experiências, incentivamos às mudanças de atitudes, não julgamos, não culpamos. Aproximamos-nos pela dor e alegramo-nos hoje, todo o grupo, por cada filho que é resgatado, que investe em sua reinserção com dignidade no trabalho, na comunidade e na família”.

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www.dioceseblumenau.org.br Março de 2013. Jornal da Diocese de Blumenau

Variedades

“O homem benevolente será abençoado, porque tira do seu pão para o pobre” (Pv 22,2)

TESTE BÍBLICO

DICA DE LEITURA

Descubra como está sua memória

A clara luz de Chiara Luce – 18 anos de pplenitude

Dando continuidade ao teste de nossa última edição, que abordou o pão, teste agora seu conhecimento sobre o vinho Apresentamos um novo desaf o bíblico. Para participar, basta responder às questões e nos enviar até o dia 20 de fevereiro, através do e-mail jornal@ diocesedeblumenau.org.br ou pelo Correio para a Cúria Diocesana de Blu-

menau, aos cuidados do Padre Raul Kestring (Rua XV de Novembro, 955 / Blumenau-SC / CEP 89010-003). Informe seu nome completo, telefone e endereço. Quem acertar todas as questões concorre a uma bíblia.

QUAL A RESPOSTA CERTA? 1- Que homem bebeu muito vinho e acabou ficando nu em sua tenda? A - Abraão B - Noé C - Saul. 2- A qual filho Jacó falou, em sua bênção, que ele iria lavar suas vestes em vinho e sua capa no sangue das uvas? A - Rúben B - Benjamin C - Judá. 3- Que festa judaica deveria ser celebrada assim que o produto do

lagar fosse recolhido? A - Festa dos Tabernáculos B - Festa da Páscoa C - Festa de Pentecostes. 4- Que juiz de Israel não deveria beber vinho? A - Gideão B - Sansão C - Jefté 5- Quem deu dois odres de vinho a Davi quando ele estava fugindo de Saul? A - Mical B - Abigail C - Jônatas

RESULTADO DO TESTE ANTERIOR Em nosso teste anterior, quem acertou as questões e ganhou uma bíblia foi Nilce Andrade Freitas, do Bairro Itoupava Norte, em Blumenau. Conf ra as respostas. RESPOSTAS CERTAS 1- Quantos pães Mef bosete deu para Davi? C – 200 2- Que homem não comia pão e o povo pensava que ele tinha um demônio? A - João Batista 3- O que Jacó deu para Esaú junto com o pão?

RECORDANDO

Não faltam razões para ser ecumênico Nosso Jornal da Diocese de Blumenau tem uma página ecumênica, isso já desde o primeiro número, editado em outubro do ano 2000. Alimentamos esta página sempre com verdadeira paixão, desejando que nossos leitores comunguem com a Igreja do Vaticano II. Este Concilio marcou uma virada copernicana nesse sentido: abriu o Catolicismo ao diálogo com as demais Igrejas, religiões e até mesmo os ateus. Nesta nossa coluna de março, destaca-

mos a página ecumênica da edição de número 34, publicada em dezembro de 2003. “Dez razões para ser ecumênico” intitula-se a sugestiva matéria. Entre essas razões encontramos: Ser ecumênico educa para o diálogo, a fraternidade e o respeito; cria clima de escuta da Palavra de Deus, uma disposição para a partilha; destaca as verdades do cristianismo para a construção do amor fraterno, da solidariedade e da justiça. Não é demais lembrar o que Jesus e os

A – Lentilhas 4- Que tipo de pão era considerado o que não era fermentado? C - De af ição 5- Quem disse a mulher cananéia que comia as migalhas de pão que caiam da mesa? B - Os cachorrinhos

O lilivro do d jornalista j li t e escritor italiano, Michele Zanzucchi, faz parte da Coleção Grandes Testemunhos, da Editora Cidade Nova, e conta a história cheia de sacrifícios enfrentados de coração aberto pela adolescente que padeceu aos 18 anos de câncer. Desde muito cedo, acompanhou a mãe na vida religiosa, aprendendo sobre a vida e amor de Cristo e a forte união familiar em que estava inserida. Quando colocada perante ao desafio da doença, não deixou de confiar no que tinha aprendido e vivenciado dentro da religiosidade.

apóstolos não se cansavam de falar: seremos julgados pelo amor (cf Mt 25). E o amor de Jesus não tem exclusão alguma. É f lho, f lha de Deus? Não importa a religião à qual pertence. Merece o nosso amor fraterno. Aquela Palavra do Senhor, em contexto escatológico, isto é, na hora da nossa morte, colocando-nos à porta do céu e Ele dizendo: “Não vos conheço”, sem dúvida pode referirse às nossas atitudes não ecumênicas, excludentes, fundamentalistas. Encerra-se a matéria daquela página ecumênica af rmando: “O diálogo não se constitui essencialmente de palavras, mas de corações abertos, reciprocidade de vidas com vidas. Exige oração. Orar para que o Senhor faça acontecer a unidade, como e quando Ele quiser.

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Nossa História

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“Conquista a vida eterna, para a qual foste chamado e fizeste aquela nobre profissão de fé perante muitas testemunhas” (Tm 6,12)

LITORAL

Expediente

Paróquia Santa Paulina - Navegantes

Diretor Comercial: Pe Almir Negherbon Textos e edição: New Age Comunicação (47) 3340-8208

Padre Antônio Francisco Bohn

Jornalista Responsável: Marli Rudnik (DRT 484) marli@newagecom.com.br

Decreto de criação Dom Angélico Sândalo Bernardino, por mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica, Bispo Diocesano de Blumenau. Aos que esta Nossa Provisão virem, saudação, paz e bênção em Nosso Senhor Jesus Cristo.

II – Justif cativas: Que a região possui grande concentração populacional e precisa de um presbítero que estando mais próximo possa animar com mais ef ciência as pastorais e os movimentos. O número de comunidades que compõem a Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes e a de Nossa Senhora da Penha, bem como suas necessidades pastorais, dif cultam o atendimento satisfatório da ação evangelizadora. No período da temporada (dezembro a março), o número de veranistas triplica a população local, exigindo um atendimento mais personalizado e com mais celebrações.

Direção Geral: Dom José Negri PIME Diretor Geral: Pe. Raul Kestring

Grande número de veranistas contribuiu para a criação de uma nova paróquia entre Penha e Navegantes

I – Pedido: Os Presbíteros da Comarca de Navegantes apresentaram-nos requerimento solicitando-nos a criação da Paróquia Santa Paulina, desmembrada das Paróquias Santuário Nossa Senhora dos Navegantes e Nossa Senhora da Penha.

Jornal da Diocese de Blumenau

Fotografias: Acervo da Diocese de Blumenau, e Divulgação Revisão: Pe Raul Kestring Raquel Resende Alfredo Scottini Impressão: Jornal de Santa Catarina Navegantes ganha a quarta paróquia do município A região proposta para a criação da nova Paróquia é bem delimitada. Ela está situada entre as fronteiras dos Municípios de Penha e Navegantes. Possui vida própria com escolas e uma vida econômica forte e organizada. III – Localização e fronteiras: A nova Paróquia localiza-se entre os Municípios de Penha e Navegantes, com as seguintes fronteiras: ao Leste com o Oceano Atlântico; a Oeste com a BR 101, entre os viadutos de acesso a Navegantes e ao Parque Beto Carreiro; ao Norte com fundos das terras pertencentes ao Parque, a entrada à Praia Vermelha

e ao viaduto de acesso à Santa Lídia; ao Sul, com a grande área desabitada entre Navegantes e Gravatá e a BR 470 em Navegantes. IV – Comunidades da nova Paróquia 1) Santa Paulina – (sede) – Localizada na região Oeste do Gravatá-Navegantes. Criada em 01/01/1992. 2) São Miguel – (Penha) – Localizada numa posição estratégica com fácil acesso para as demais comunidades, situada na Rua Timóteo Flores. Criada em 29/09/1930. 3) São Judas Tadeu – (Navegantes-Pedreira) – Próxima à

comunidade Santa Lídia. Criada em 28/10/1987. 4) Santa Lídia – (Penha) – Rua Geral de Santa Lídia. Criada em 1936. Está situada no coração da nova Paróquia. 5) São Pedro – (Penha) – Rua Arno Becker,779. Criada em 29/06/1996. 6) São Cristóvão – (Penha) – Nela, os católicos são minoria, situada às margens da BR 101. 7) São Nicolau – (Penha) – Situada às margens da BR 101. Criada em 06/12/1927.

Diante do exposto, a Paróquia foi criada no dia 17 de julho de 2005.

Tiragem: 20 mil Periodicidade: Mensal Distribuição gratuita Correspondência Cúria Diocesana de Blumenau Rua XV de Novembro, 955 - Centro (47) 3322-4435 Caixa Postal 222 CEP: 89010-971 Blumenau/SC www.diocesedeblumenau.org.br Sugestões de matérias, fotos, artigos e outras contribuições para o Jornal da Diocese podem ser feitas pelo e-mail comunicacoes@diocesedeblumenau.org.br até o dia 12 de cada mês.


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Movimentos

“E se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso?” (Lc 16,12)

PALAVRA

A Igreja está em todos os lugares Grupos de Reflexão levam a Palavra até as casas A busca pelo aprendizado e pela troca de conhecimentos faz com que muitos católicos realizem reuniões para celebrar a Palavra. Família, vizinhos, amigos, de todas as idades, que compartilham da mesma fé e trocam essas experiências vividas no amor do Senhor são chamados de Grupos de Reflexão, GR.“A Igreja que se reúne nas casas saúdo efetivamente no Senhor” (1Cor 16,19). Evangelizar em parceria com as pastorais e paróquias é uma das missões destes grupos, além de visitar famílias, fortalecendo os laços e criando mais grupos que propagam a Palavra. Os GRs costumam se reunir semanalmente e abordar os temas propostos pela Diocese, def nidos conforme o momento vivido pela Igreja. Estes encontros são organizados em quatro momentos: a acolhida, a Palavra, a ref exão e a oração. Durante a acolhida deve ser realizada uma saudação inicial e permitir que os presentes manifestem suas intenções, pedidos e motivos de oração para aquele proposto encontro. O momento de leitura da Palavra é logo seguido por sua reflexão, que

Além de ler e discutir sobre a Palavra, as reuniões dos Grupos de Reflexão também são um canal de notícias entre a comunidade deve manter seu foco no tema central. A reunião é então finalizada com uma oração e um agradecimento pela presença daqueles que saíram de suas casas, de seus compromissos e ali puderam mostrar-se dispostos ao Senhor.

Atuante Participante de grupos de ref exão há mais de 15 anos, o di-

Ano da missão na juventude No Ano da Fé e com a realização da Jornada Mundial da Juventude, o livro com a programação para os grupos de reflexão aborda temas que envolvem estes princípios, buscando ainda mais a aproximação do jovem com a Igreja.

Preparado com muito carinho pela Diocese, a primeira temática para este mês de março é justamente a preparação para a JMJ, que acontece em julho no Rio de Janeiro. Encerrando os encontros do mês, envolve todos os f éis com o aprendizado

ácono Adelino Nunes, hoje presente na comunidade Perpétuo Socorro, em Blumenau, relata o quanto os encontros são importantes nas comunidades, “é um momento em que podemos orar em conjunto, ler a Palavra e expor nossas opiniões sem medo de julgamento”. Nunes também conta que já viu muitos dos participantes iniciarem os encontros tendo uma participa-

ção tímida no grupo e aos poucos, com mais conhecimento e conf ança, darem início em belos trabalhos pastorais. “Acredito que os encontros são como uma preparação para a vida em comunidade, pois além de seguir o livro repassado pela Diocese, aproveitamos o momento para tomar conhecimento do que está acontecendo na comunidade e de quais ajudas ela precisa”, f naliza o diácono.

da Semana Santa, momento de renovação para os católicos de todas as idades. O material também traz orientações para aqueles que estão iniciando sua caminhada missionária e não tem muita prática como coordenador da palavra. As comemorações paroquiais também são encontradas em suas páginas, as-

sim como diversas orações, bênçãos e cantos. A programação do semestre proposto é encerrada em julho, mês da JMJ, com o tema “Patronos e intercessores” do evento. Uma das intercessoras, a beata catarinense Albertina Berkenbrock, tem sua história contada brevemente.

FRANCISCANISMO São Francisco, assim que entrou na fase de conversão, começou a evitar o dinheiro, chamando-o de esterco de asno. Foi um processo longo, pois, lidara muito com dinheiro e lhe sabia a importância naquela sociedade consumista, dinheirista e desumana. Da mesma forma que evitava todo o uso do dinheiro, induzia os confrades a aceitarem alimentos, objetos, toda ajuda para eles e para os necessitados, mas, não o dinheiro. Hoje, como na época, o dinheiro resolvia muitos negócios, mas também, corrompia e destruía pessoas. Todos os seguidores deviam de trabalhar e ganhar o sustento próprio do grupo de frades e para auxiliar os necessitados, principalmente, os leprosos. Temos poucos doentes com lepra, mas temos muitas pessoas necessitadas, doentes e perturbadas, a estas todas podemos ajudar. Há muitas maneiras de ajudar as pessoas, como: com ajuda física, cortesia, e orações. Se aprendermos a conviver com bons princípios, a humanidade toda se tornará melhor. Para acabar com a guerra, precisamos da Paz e do Bem, lema de Francisco e de todos os franciscanos. A nossa saudação deve de ser esta, mas, ao mesmo tempo, demonstrarmos por nossas atitudes, realmente, que somos da Paz e do Bem. São Francisco foi chamado por Jesus, mas a conversão total demorou e a santidade foi um caminho difícil e magnífico. Não achemos que seremos santos por impulso e, logo, estaremos fazendo milagres. Precisamos purif car o nosso interior e rezar muito, a f m de nos interligarmos, continuamente, com Jesus. Se caminharmos com Jesus, estaremos sempre na Luz e seremos verdadeiros arautos da Paz e do Bem. Alfredo Scottini

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Paróquias

“Então foi-me explicado: Urge que ainda profetizes de novo a numerosas nações, povos, línguas e reis” (Ap 10,11)

PELAS COMARCAS

Festa religiosa no litoral Entre os dias 24 de janeiro e 03 de fevereiro, o município de Navegantes recebeu cerca de 30 mil f éis para celebrar a Festa de Nossa Senhora dos Navegantes. A maior concentração de pessoas foi recebida no último f nal de semana, devido à programação especial durante o sábado e domingo: orações, vigílias, apresentações musicais e a tradicional procissão f uvial. Foram 11 dias de festa e o mesmo número de novenas noturnas presididas, diariamente, por um sacerdote diferente, entre eles estiveram o Bispo Dom José, Pe. Juarez de Castro e Pe. Fabian, pároco e reitor do Santuário de Nossa Senhora dos Navegantes. Todos ref etiram com profundidade o tema “Maria, uma jovem de fé”. Além do momento religioso, muita confraternização para integrar

Comunidade de Nossa Senhora Aparecida, em Timbó, atende a região desde meados de 1980

Morada do Senhor

Mesmo sem uma estrutura paroquial, comunidades unem-se para celebrar a Palavra

Muitas paróquias antes de receberem este título da Igreja atuam nas comunidades como “Áreas Pastorais”, onde ali, com uma estrutura mais simples do que uma igreja, recebem os f éis para celebrar a palavra de Deus. Este é o caso da Comunidade de Nossa Senhora Aparecida, em Timbó. Em meados dos anos 1980, os moradores do atual Bairro dos Estados manifestaram o desejo de possuir uma paróquia na região

e com isso iniciaram celebrações mensais na Escola Hugo Roepke. Com o crescimento do número de fiéis que compareciam mensalmente, sentiu-se a necessidade de organização, criando uma diretoria que aos poucos foi mostrando seu trabalho junto das famílias e da Igreja. Já realizando catequese de crianças, encontros de pais e formação de grupos de cantos, em 1995 iniciaram as obras para a construção de uma capela, dando assim mais estrutura à localidade. Hoje, uma das regiões que mais se desenvolve na cidade, conta com a presença do Pe. Ricardo Alexandre F. Kreutzfeld como seu responsável, “me sinto muito feliz e honrado

com esta recente nomeação. Já conhecia a cidade e suas necessidades, juntos daremos continuidade neste belo trabalho que vem sendo feito”, conta o também vigário paroquial da Santa Terezinha e coordenador da mesma Área Pastoral. Curso de pais e padrinhos, catequese, grupos de ref exão, infância missionária e apostolado da oração estão entre as atividades realizadas na área pastoral. As celebrações na igrejasede da Área Pastoral, Nossa Senhora Aparecida, estão acontecendo aos sábados e domingos às 19h, e nas comunidades Nossa Senhora de Imaculada Conceição e Nossa Senhora de Fátima, aos domingos, às 9h.

os diversos grupos de f éis. Após as missas, jantares e shows musicais em frente ao santuário. Por ali passaram Joana, Pe. Juarez de Castro e Grupo Gálatas, apresentando canções religiosas, além de diversas bandas populares. Para marcar o dia da padroeira, 02 de fevereiro, Pe. Fabian realizou um sobrevoo de helicóptero pelas principais áreas de Navegantes, lançando terços, pétalas de rosas das novenas e pequenos mantos de Nossa Senhora, momento especial e inusitado, causando muita emoção aos presentes. No dia seguinte, encerrando a festa, a procissão fluvial reuniu religiosos, festeiros, além da Capitania dos Portos, Marinha do Brasil, Bombeiros, imprensa e os coordenadores da festa neste ano, Mauro e Lílian Hinnig. MIMI FOTOGRAFIAS

De área pastoral a paróquia A atual Paróquia São Francisco de Assis, localizada no Bairro Carijós, em Indaial, tem uma história semelhante a da atual área pastoral de Timbó. A comunidade costumava reunir-se em um salão improvisado e com o crescente número populacional, principalmente de crianças, com muito esforço e dedicação dos fiéis, conseguiu criar um espaço para catequizar os menores. Estas mesmas salas passaram então a ser usadas para a realização de missas e leituras da Palavra. A união e a força da comunidade local mostraram o quanto a caminhada foi encarada com seriedade por todos, mostrando que ela já estava organizada e preparada espiritualmente para o Bairro receber uma estrutura paroquial, em 2012.

Cerca de 30 mil fiéis compareceram aos 11 dias de festa

Sobre São Francisco de Sales Conforme contribuição do padre salesiano de Dom Bosco, Tarcizio Paulo Odelli, nosso leitor de Porto Alegre e estudioso da biograf a de São Francisco de Sales, podemos aprofundar à matéria publicada na página 13 da edição 135 do Jornal da Diocese (dezembro/janeiro 2013) que o referido “padroeiro dos jornalistas” nasceu no Ducado de Sabóia, que hoje não mais existe. À época era um território dividido entre França e Itália, que na unif cação italiana (1860) passou a pertencer à França. Francisco de Sales foi aluno dos Jesuítas em Paris e com eles sempre simpatizou. Foi nomeado chefe dos Cônegos da Catedral de Genebra, sendo ordenado padre, pois assim o exigia o Vaticano. Na época, o bispo de Genebra tinha sido expulso da cidade pelos calvinistas e a diocese, provisoriamente foi instalada na cidade francesa de Annecy.


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www.dioceseblumenau.org.br Março de 2013. Jornal da Diocese de Blumenau

Vida Missionária

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15)

ENTREGA

Missionários, além da palavra de Deus A gasparense Maria Madalena Sevegnani, Irmã Escolástica, realizou parte de sua missão na África Mais de dez brasileiros, do Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras - PIME e do Instituto das Irmãs Missionárias da Consolata, participaram da missão realizada em 2012 num dos estados africanos que adotam o português como língua of cial, Guiné Bissau. Com uma trajetória de luta pelo poder desde sua fundação, em 1697, o país recebe de braços abertos os irmãos e irmãs

que saem de suas casas para participar, ativamente, da vida em comunidade, levando principalmente saúde, educação e muito amor. A missão católica atua nos bairros de Bôr, Empada e Ilha Bubaque e, aos f nais de semana, os missionários visitam as famílias das comunidades do centro, do interior e das diversas ilhas do Arquipélago do Bijagós. O grupo

oferece ao povo empobrecido, mas forte e corajoso, alfabetização, puericultura, medicina alternativa, arte culinária e artesanato. Como pastoral, é desenvolvida a iniciação à vida cristã de crianças, jovens e adultos, preparando muitos para o futuro exercício em pastorais. Desenvolve-se também catequese para a iniciação aos sacramentos, em especial do batismo, crisma, eu-

caristia e matrimônio. Além do catolicismo, grupos evangélicos e muçulmanos, também, estão em grande número na localidade. Também é muito forte a presença da religião na educação. Entre escolas desenvolvidas pelo poder público e por entidades particulares, a presença de institutos católicos estrangeiros é muito forte, atuando desde a “préescola” até o segundo grau.

Missionários levam, além da espiritualidade, saúde e educação a Guiné Bissau

Diocese terá dois novos sacerdotes No próximo dia 06 de abril, às 15h, nossa Diocese de Blumenau será agraciada com dois novos sacerdotes. Pela imposição das mãos de Dom José Negri, bispo diocesano, em solene celebração eucarística na Catedral São Paulo Apóstolo, os diáconos Sérgio Eduardo Campestrini e Eduardo Bastos serão ordenados presbíteros. Desde já, estendemos o convite a todos os diocesanos e diocesanas para que participem desta singular celebração, enquanto continuamos a orar ao Senhor da messe que envie mais operários à sua messe, pois ela é grande e poucos são os operários.

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Diáconos Sérgio Eduardo Campestrini e Eduardo Bastos serão ordenados presbíteros

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Ano da Infância Missionária no Brasil Em vista da celebração dos 170 anos de fundação, a Obra se prepara para vivenciar no Brasil “O ano da IAM - Ano da Infância Missionária” que, a exemplo de outros países, abrirá a experiência da Jornada Nacional da IAM, dedicada à prática de seu carisma: “Uma Ave-Maria e uma moeda” para ajudar as crianças do mundo. Assim, estamos desenvolvendo novos materiais, cravando bem fundo em terra brasileira o nosso carisma com o olhar além-fronteiras. Estamos propondo congressos estaduais a crianças e adolescentes, preparando materiais para crianças na fase de alfabetização e fortalecendo a psicopedagogia dos assessores. Tudo isso consta de nossa agenda anual para 2013, pois teremos 132 encontros, em todo o país, com as assessorias nacional, estaduais e diocesanas. Crianças e adolescentes continuam vulneráveis às situações impostas pela sociedade globalizada que rouba a infância de quem representa o futuro da Igreja e do mundo. Em várias nações, adolescentes e crianças também são processados e condenados, sem chance de defesa e aguardam sem esperança, a pena. No mundo, 250 milhões de crianças trabalham como escravas em fábricas, minas, colheitas... Mais de 600 mil meninos-soldados são treinados para matar, disparam com ousadia e o coração em pânico. Em mais de 130 países, as crianças da IAM rezam, fazem sacrifícios e gestos de solidariedade e, assim, ajudam a manter cerca de três mil projetos. João Paulo II chamava as crianças da IAM de “pequenos grandes missionários” e insistia, com os envolvidos na Obra, para a prática da cooperação missionária a f m de resgatar as crianças abandonadas, sem família, de rua, “mulas” no tráf co de drogas, assassinadas ou marcadas para morrer. Oxalá, com as luzes de Aparecida, a Igreja “fomente e apoie a IAM” (Dap 441), botando fé neste celeiro de vocações missionárias além-fronteiras. Mês da IAM – Escolhemos o mês de maio devido à data de fundação da Obra (19/05/1843) que, em 2013, celebrará 170 anos de vida. Naquele mês, incentivaremos ainda mais o carisma da Obra e a prática de sua metodologia. A partir deste ano, celebraremos, anualmente, a Jornada, em um domingo do mês de maio, utilizando tema, cartaz e celebração idealizados na Assembleia Nacional dos Coordenadores Estaduais. (Pe. André Luiz Negreiros - Secretário Nacional da Infância e Adolescência Missionária do Brasil)

Colaboração: padre Sérgio Bradanini Padre Alcimir José Pillotto


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Março de 2013. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

Espaço da Família

“Os filhos dos filhos são a coroa dos velhos e a glória dos filhos são os pais” (Pv 17,6)

VIVÊNCIA

União familiar unifica a fé Família, centro e eixo de todas as ações pastorais da igreja

Estamos vivenciando o Ano da Fé e celebrando o Tempo Litúrgico da Quaresma que traz como tema: Fraternidade e Juventude, e o Lema: “Eis-me aqui, enviai-me” (Is 6,9). Lembramos que o Papa Bento XVI, logo nos primeiros dias do seu Papado, dirigindo-se aos participantes do Congresso Eclesial da Diocese de Roma, af rmou que a Família e a Igreja estão chamadas à mais íntima colaboração na tarefa fundamental de formação da pessoa e transmissão da fé, que são inseparáveis. Acrescentou ainda que não baste uma doutrina, ou teoria justa, mas precisamos de algo maior e mais humano, a proximidade e o amor entre as pessoas, o que encontra seu espaço mais propício antes de tudo na comunidade familiar e depois, em uma Paróquia, movimento ou associação eclesial. Ou seja, tanto o saudoso Beato João Paulo II, como também, o Papa Bento XVI, são claros e precisos, colocando a importância da Família e da Pastoral Familiar. A família é a realidade mais primária e mais importante da existência humana. Ela foi instituída por Deus, desde a criação, através da união de um homem e uma mulher, por amor, para mutuamente se fazerem felizes e abertos à vida e se tornarem colaboradores de Deus na continuidade da criação. Na família vivemos as maiores alegrias e também as maiores dificuldades da vida, pois essa instituição é chamada a acolher, cuidar, defender e acompanhar os filhos que Deus lhes conceder, desde a concepção até a morte. A família deve ser o centro e o eixo

Pastorais e movimentos trabalham em favor da família, realidade mais primária e mais importante da existência humana de todas as ações pastorais da Igreja, pois todas as pastorais e movimentos trabalham em favor de pessoas que vivem em uma família. Quando a família não participa da vida e do desenvolvimento de seus membros, os trabalhos se diluem. O saudoso Beato João Paulo II não se cansava de exortar os pastores da Igreja e as famílias cristãs a que conhecessem e anunciassem o Projeto de Deus sobre a Família Cristã e a Vida em Plenitude. Por isso, há um anseio profundo tocando muitos corações, para que haja uma ação organizada de nossa Igreja em favor da unidade e santidade da Família. Trazemos em nosso peito uma forte vibração por uma Igreja que seja calorosa e acolhedora, mas, ao mesmo tempo, precisa entrar em vigoroso processo de planejamento evangelizador que se insere num esforço de renovação da Igreja, segundo nos propõe o Concílio Vaticano II e nos desaf a, com motivações e com fervor, Dom José Negri PIME, nosso querido Bispo Dio-

cesano. Falando de Pastoral Familiar e seus desafios, acreditamos que não há receitas únicas e prontas, e que não se podem atingir sua plenitude de uma só pegada ou arranque. É necessária uma caminhada dinâmica, trabalhosa e persistente, com somatórios de pequenas coisas e metas, podendo em maior ou menor grau, chegar-se bem perto da perfeição. Deixemos a perfeição para Deus, mas com esforço e a comunhão de todos podemos chegar bem próximo. É semelhante à felicidade. Dizem que a felicidade total não existe neste mundo, mas que juntando coisas podemos chegar bem pertinho. Acreditamos f rmemente que famílias mais unidas e santas são preciosas, para evangelizar o mundo todo. Conforme nos assegurou o Beato João Paulo II, ao af rmar que: “O futuro da humanidade passa pela Família”. Diácono Carlos Pedro Kleis – Coordenador da Pastoral Familiar

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A vida não tem preço Quem não ficou abalado, ao ver as imagens da tragédia com os jovens na boate Kiss, em Santa Maria? Quem não sentiu dor e compaixão pelos jovens mortos e pelas suas famílias? Como foi emocionante ver tanta solidariedade, tantas manifestações de afeto e de conforto, tantas preces elevadas aos céus neste momento de profunda comoção. Ninguém imaginava, ninguém desejava, muito menos que alguém pudesse, voluntariamente, provocar uma catástrofe deste tipo. Diante do fato, porém, ninguém pode f car alheio. Esse fato provocou uma séria revisão de todos os ambientes de aglomeração, pois não é possível deixar que se repita tamanha tragédia, ceifando vidas. Revisão radical de uma série de situações semelhantes, de lugares em que a juventude se encontra como lugar de lazer, diversão. Sempre existiram ambientes para danças, teatros, etc. O diferencial hoje está na sofisticação destes ambientes e das bandas que buscam sempre o que tem de mais moderno, com o intuito de agradar à clientela. Tudo isso, quando feito sem exagero, sem extremismos, acaba se transformando em belas oportunidades de crescimento humano, social e afetivo. Quando há balada, vem a pergunta: deixo ou não meu f lho, minha f lha, sair hoje à noite com seus amigos? Na verdade, o drama pode começar dentro de casa. Quantos conf itos familiares acontecem na negociação entre pais e f lhos. O relacionamento verdadeiro tem como base a confiança con-

quistada entre ambas as partes. Faz-se necessário saber, com quem vai, aonde vai, que horas vai sair, que horas voltará e como voltará. Perguntas que só serão respondidas na conf ança mútua, e que, na maioria das vezes, acabam se resumindo por apenas um “estou indo”! “Tchau!” Diante do fato profundamente lamentável, não se trata de buscar culpados e sim encontrar a solução para que isso jamais venha acontecer novamente. Vidas humanas não têm preço. Ninguém vai devolver a vida de ninguém. Ninguém tem o direito de culpar a Deus, ou dizer que foi Deus que quis. Deus não quer a morte. Nosso Deus é o Deus da vida. Em tudo, na vida, vale a velha e antiga palavrinha “equilíbrio”. No dicionário online de português encontramos essa def nição: “estado de repouso de um corpo solicitado por várias forças que se anulam. Posição estável do corpo humano. Exibição acrobática. Ponderação, calma, prudência, equilíbrio de espírito”. Sempre e em cada momento da vida, vale levar a sério tudo com ponderação, com calma, prudência e equilíbrio de espírito. Milhares de fatos da vida, negativos ou positivos, onde o que marcou tanto um como outro foi a calma, ou a falta dela, foi a prudência ou a falta dela, foi a ponderação ou falta dela, foi o equilíbrio ou a falta dele. A dor da perda de um ente querido não tem remédio. Só o tempo e a fé na eternidade podem dar um novo sentido. O vazio ficará para sempre. A vida humana não tem preço, tem perfume de eternidade. Rezemos por Santa Maria.

Dom Anuar Battisti - Arcebispo de Maringá/ PR - CNBB


Neste mês, a formação diocesana para a juventude abordará o “Youcat”

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Evangelização com a Juventude

Diocese de Blumenau CNBB Regional Sul 4

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CELEBRAÇÕES

Momentos importantes Além de presidir diversas missas, Dom José esteve presente em diversas atividades neste início de ano

De 14 a 25 de janeiro, 33 candidatos ao Diaconato Permanente, dentre eles três pertencentes à Diocese de Joinville, participaram de mais uma etapa de preparação para exercerem este ministério ordenado. Estudo, convivência, oração e lazer integram os 15 dias de duração de cada etapa.

No dia Mundial do Enfermo, 11 de fevereiro, que coincide com o dia de Nossa Senhora de Lourdes, às 15h, Dom José presidiu missa alusiva à data no Hospital Santa Isabel, Blumenau. Os doentes presentes receberam o sacramento da Unção dos Enfermos das mãos do bispo, que percorreu também muitos quartos de internados no mesmo hospital, levando a sagrada unção.

No dia 26 de janeiro, a cada ano, transcorre o dia do padroeiro dos jornalistas, São Francisco de Sales. Pelo segundo ano consecutivo, na Catedral de Blumenau, é promovida, então, a Missa dos Jornalistas, com o objetivo de reunir e valorizar esses prof ssionais da informação, num momento de oração e encontro. Neste ano, a mesma celebração ocorreu no dia 28 por causa de outras programações religiosas na Catedral.

Nos dias 9 a 13 de fevereiro, a Comunidade Arca da Aliança promoveu e animou o 23º Queremos Deus. Sob o tema “Ele Renova a Tua Fé”, as mais de mil pessoas presentes participaram de momentos de adoração, diversão, teatro, música, conf ssões e santa missa, vivenciando assim um Carnaval com Jesus. O encerramento, no dia 13, deu-se com missa presidida por Dom José, às 19h30.

Léo Santos Festas de Igreja Formaturas e Casamentos www.facebook.com/LeoSantosOficial

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Com a presença de Dom José, os padres da Comarca Blumenau Sul realizaram sua primeira reunião deste ano na manhã do dia 06 de fevereiro, na Paróquia Santa Isabel, no Bairro Progresso, em Blumenau. Acolhidos fraternalmente pelo Administrador Paroquial, Pe. João Leonardo Hoffmann, foram revisadas agendas e projetos pastorais para o ano em curso. Pe. José Carlos de Lima foi eleito Vigário Comarcal, em substituição ao Pe. Walmir Gomes, que foi transferido para outra Comarca.

Na Quarta-feira de Cinzas, 14 de fevereiro, às 19h, Dom José presidiu missa com bênção e imposição de cinzas na Catedral são Paulo Apóstolo. Na mesma ocasião foram apresentados os Pes. Roberto Carlos Cattoni e Raul Kestring e o Diácono Sérgio Eduardo como novos colaboradores nas atividades evangelizadoras da Paróquia Catedral.


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