Jornal da Diocese de Blumenau, Março de 2012

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Paróquia São Vicente, de Luis Alves, celebra o centenário de fundação pág.

ANO XI - nº 125 – Março de 2012 – Leia mais: www.diocesedeblumenau.org.br

Diocese de Blumenau CNBB Regional Sul 4

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Jornal da

Diocese de Blumenau

Lembra-te que és pó e ao pó voltarás Gn 3,19

A beleza da Quaresma se expressa na oração, no jejum e na partilha


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Opinião

“O santo silêncio nos permite ouvir mais claramente a voz de Deus” (Padre Pio)

O belo tempo da Quaresma

Santa e bela Quaresma encontrará alguém que também sofre. E assim, verá dissipar-se a própria dor. E poderá levar-lhe a experiência da luz, da ressurreição, do amor. A Campanha da Fraternidade nos coloca diante das lutas e conquistas da saúde pública. É importante que rezemos pelos seus responsáveis e pelos profissionais da área. Nossa oração, porém, deve gerar, em nós e nos irmãos, atitudes construtivas na comunidade. Afinal, ser discípulo missionário de Jesus significa sair do individualismo para colocar a nossa gota de colaboração no mar revolto da saúde comunitária. Que nossa caminhada quaresmal, com suas propostas de conversão, ação e esperança, nos levem ao júbilo da Páscoa, a vitória definitiva sobre a dor e o pecado.

“A Quaresma pede um jeito novo de viver e um ritmo diferente na vida cotidiana, cujo objetivo é alcançar o amor fraterno”

Artigo

Editorial

No dia 22 de fevereiro a Igreja celebrou a Quarta-feira de Cinzas. Este novo tempo litúrgico que se abre é o foco desta edição do Jornal da Diocese. O espírito quaresmal tem a finalidade de nos levar a um encontro profundo com Jesus. Se Ele está conosco, não podemos estar tristes, pois somos plenificados da sua misericórdia, paz e esperança. A comunidade cristã é o primeiro espaço onde experimentamos o amor de Deus, enquanto fazemos memória da paixão, morte e ressurreição do Senhor. Na Diocese de Blumenau vivenciamos o Ano da Missão na Família, que podemos tomar como segundo desafio. Assumir as inevitáveis limitações e dores da nossa família. Ir ao encontro daquelas que sofrem mais. Diz-se que quando alguém sofre, olhando ao seu lado,

Dom José

Quaresma e família “Convido todas as famílias, nesta Quaresma, a programarem momentos de oração dentro de casa, por meio da leitura da Bíblia e da oração do terço”

Neste ano dedicado à família, desejamos que a Quaresma represente um momento importante de reflexão. Afinal, Quaresma é um tempo favorável para isso, concedido pelo Senhor para renovarmos nossa caminhada de conversão e reforçarmos nossa fé. Nesta época, a família é chamada a tomar consciência da sua missão, na Igreja e no mundo. Parte essencial e permanente da santificação da família cristã é a acolhida do apelo evangélico da conversão, dirigido a todos os cristãos, que nem sempre

permaneceram fiéis à novidade do batismo. A família também nem sempre foi coerente com a graça recebida no batismo e proclamada, novamente, no sacramento do matrimônio. Reconhecer isso faz parte da maturidade do casal, para o qual é importante parar e analisar as próprias atitudes e comportamentos em relação ao cônjuge e aos filhos – de egoísmo, incompreensões e falta de amor – reavaliando-os. O arrependimento e o perdão, que têm muito a ver com a vida de todos os dias, encontram seu lugar

Quaresma não é tempo de tristeza e cara feia. É ocasião para estreitar nossa amizade com Jesus e assumir seus pensamentos, sentimentos, critérios e valores. A beleza da Quaresma está em adquirirmos a liberdade interior, desvinculando-nos do mal e do pecado. Assumir nossas sombras, curar nossas feridas, libertar nossa alma para a prática do bem fraterno e do bem comum. Quaresma é tempo para fazer a experiência do encantamento por Jesus, conhecê-lo, amá-lo e segui-lo. Nele vemos o rosto do Pai e encontramos o verdadeiro eu. Quem encontra Cristo tem a vida plenificada e a alegria de viver. Tem razões para sofrer e vencer, amar inclusive a quem nos rejeita. Jesus faz a vida livre, nova, bela e grande. A amizade com Jesus abre as portas para grandes possibilidades. A beleza da Quaresma se

expressa na oração, jejum e partilha. A oração coloca em ordem nossa relação com Deus, o jejum modera nosso egoísmo e a partilha é expressão do amor fraterno. Morrer ao pecado e nascer para a vida nova é uma Páscoa cotidiana. Estamos sempre em Páscoa, em passagem do mal para o bem, da mentira para honestidade, da vingança para a misericórdia. A Quaresma pede um jeito novo de viver e um ritmo diferente na vida cotidiana para alcançar o amor fraterno. O coração do cristianismo é o amor sem medidas, sem limites, sem recompensas e interesses: amar do jeito que Jesus amou, de modo incondicional, universal, com entrega e doação. Jesus é a visibilidade do amor de Deus, protótipo do amor humano.

específico na penitência cristã. Em relação aos cônjuges, escrevia Paulo VI, na encíclica sobre a Vida Humana, “se o pecado atacar vocês, não desanimem, mas recorram com humilde perseverança à misericórdia de Deus, que é doada com abundância no sacramento da penitência”. Receber o sacramento da reconciliação adquire um significado particular para a vida familiar. Se por um lado no sacramento se descobre que o pecado quebrou a aliança com Deus, com o próprio cônjuge e a família, por outro o casal e os membros da família são chamados

a reconhecer que Deus é rico em misericórdia e, efundindo seu amor, que é mais potente que o pecado, reconstrói e aperfeiçoa a aliança conjugal e a comunhão familiar. Âmbito privilegiado para fazer essa caminhada de conversão é a oração. Convido todas as famílias, nesta Quaresma, a programarem momentos de oração dentro de casa, por meio da leitura da Bíblia e da oração do terço, contemplando, em particular, os mistérios da vida de Cristo, que nos salvou pelo seu sofrimento e morte. Aprendamos com Ele a morrer para os nossos vícios e pecados e a ressurreição será uma realidade para todos nós.

Dom Orlando Brandes


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Diocese

“Quanto mais te deixares enraizar na santa humildade, tanto mais íntima será a comunicação da tua alma com Deus” (Padre Pio)

ENTREVISTA

Ministério credencia faculdade catarinense

A missão da Coordenação Diocesana de Pastoral e as aspirações dos agentes de pastoral, além de possuir uma informação completa sobre todas as atividades pastorais programadas na Diocese e manter-se em contato permanente com todos os agentes de pastoral, com os quais deve realizar seu trabalho.

O que é, como trabalha e qual a vocação deste grupo de apoio às pastorais e movimentos

Como é a rotina de trabalho? O Coordenador Diocesano de Pastoral deve estar presente em todas as pastorais e movimentos da Diocese, participar das reuniões, conselhos e assembleias e estar à disposição dos líderes para elaborar e fornecer os materiais necessários.

Nesta entrevista com o Padre João Bandoch, vamos conhecer um pouco mais sobre a missão da Coordenação Diocesana de Pastoral, equipe responsável por planejar, dar o norte e prestar toda a assistência de que precisam os movimentos e pastorais da Diocese. O que é o ministério da Coordenação Diocesana de Pastoral? A Coordenação Diocesana de Pastoral é um serviço eminentemente pastoral, responsável pela animação e articulação da pastoral que, atenta à realidade e aos desafios da evangelização, acompanha as diferentes ações e os serviços, possibilitando que a ação da Igreja responda aos apelos do povo de Deus, na Diocese, para que haja uma caminhada pastoral marcada pela unidade, em comunhão e participação. Na prática, como se exerce essa Coordenação? É importante ter um conhecimento geral do que existe na Diocese, quais as pastorais e movimentos, estar presente em diversos conselhos, a exemplo do Presbiteral, Conselho Diocesano de Pastoral, conselhos comarcais e regionais. Também cabe ao coordenador a condução das diversas reuniões pastorais diocesanas. A coordenação deve estar atenta em providenciar materiais

Quem são seus membros? A Coordenação Diocesana é formada pelo coordenador, secretário, o bispo e equipe do Secretariado.

Padre João Bandoch (foto) transmite o ministério da Coordenação Diocesana de Pastoral para o Padre Anderson Ferrari pastorais e fazer com que as resoluções das assembleias e conselhos sejam executadas, sempre em comunhão com o bispo diocesano. Quais suas funções e responsabilidades? Nossa primeira função é planejar a Pastoral Diocesana, sob a direção do bispo, em comunhão e participação com todo o povo de Deus. Segundo,

acompanhar as diferentes ações e os diversos setores de pastoral, de modo que a pastoral responda às situações e necessidades do povo na Diocese. Terceiro, avaliar o trabalho pastoral realizado à luz do Plano de Pastoral e da programação feita pelos setores, nos diversos níveis. Além dessas três funções básicas, o Secretariado Diocesano deve ser canal para levar ao conhecimento do bispo os problemas

Quem escolhe o Coordenador Diocesano de Pastoral? Na Diocese de Blumenau, a escolha cabe ao bispo diocesano. Já foram coordenadores diocesanos de pastoral, nestes 11 anos da Diocese, os padres Idonizete Krieger, Pedro Rodrigues de Bastos e João Bandoch. Vai haver troca de coordenação neste início de ano? Apenas a troca de função, com o Padre Anderson Ferrari assumindo o ministério de coordenador e o Padre João Bandoch, atual Coordenador, passando a fazer parte da coordenação. Isso porque é necessário renovar e também pelo fato de que o atual coordenador está no ministério há sete anos.

A Faculdade Católica de Santa Catarina (Facasc), criada pelo episcopado em julho de 2009 para dar caráter civil ao curso de Teologia do ITESC, foi credenciada pelo Ministério da Educação no final do ano e teve seu curso de bacharelado em Teologia autorizado em janeiro deste ano. A Facasc foi criada sobre as bases históricas e pedagógicas do Instituto Teológico de Santa Catarina, que neste ano celebra o 40º aniversário. Todo o patrimônio do ITESC foi repassado à Faculdade, que também será mantida pela Fundação Dom Jaime de Barros Câmara, administrada pelo episcopado catarinense. O Instituto continuará existindo como entidade jurídica civil e eclesiástica, com o fim de conceder aos estudantes seminaristas o bacharelado eclesiástico em Teologia, de acordo com o convênio assinado com o Centro de Estudos Superiores dos Jesuítas, de Belo Horizonte.

Grade A graduação em Teologia da Facasc tem duração de quatro anos e sua matriz curricular segue os parâmetros do curso livre de Teologia praticado pelo ITESC desde 1973. Nestes 40 anos, o Instituto foi ganhando visibilidade regional e nacional com seus professores, ex-alunos e a revista quadrimestral “Encontros Teológicos”. Até o final de 2011, cerca de 1.200 alunos haviam se matriculado na Teologia do ITESC, que investiu na qualificação do corpo docente.


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Igreja GRATIDÃO

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“É loucura fixar o olhar no que rapidamente passa” (Padre Pio)

SANTO DO MÊS

São José, padroeiro da Igreja no retorno para o Egito, refazendo o caminho do Êxodo. A figura de José quase desaparece nos primórdios do cristianismo, justamente para que se firme melhor a origem divina de Jesus. Mas na Idade Média, São Bernardo, Santo Alberto e Santo Tomás de Aquino lhe dedicam tratados cheios de devoção e entusiasmo, desde então, seu culto cresceu continuamente. O Papa Pio IX declarou-o padroeiro da Igreja. Leão XIII propunha-o como o defensor dos lares cristãos. Em nossos tempos, foi proposto como modelo dos operários e, finalmente, o Papa João XXIII inseriu seu nome oficialmente no Cânon Romano, isto é, na Oração Eucarística.

O dia 19 de março é dedicado a São José, casto esposo da Virgem Maria. O missal romano evidencia as profundas raízes bíblicas dessa celebração, lembrando que José é o último patriarca que recebeu as comunicações do Senhor, através da humilde via dos sonhos. O esposo de Maria evoca o antigo José, obediente à vontade de Deus, compassivo com os irmãos e providente diante da sua necessidade. O evangelista Mateus atribui-lhe os qualificativos de justo e fiel, reservado para poucas personagens bíblicas. Como pai adotivo de Jesus, José liga-O, como rei messiânico, à descendência de Davi. Como chefe da Sagrada Família, ele a guia na fuga e

CURTA

DIA MUNDIAL DO ENFERMO

Em comemoração a Nossa Senhora de Lourdes e ao Dia Mundial do Doente, o bispo Dom José celebrou, no dia 10 de fevereiro, a Missa dos Enfermos, no Hospital Santa Isabel. A celebração reuniu fiéis, religiosos e pacientes internados na casa de saúde, para celebrar o mistério da salvação, que se destina aos doentes e sofredores. A celebração ressaltou, de forma especial, a Campanha da Fraternidade deste ano, que trata da saúde pública.

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Catequese

“A firmeza de todo o edifício depende da fundação e do teto” (Padre Pio) Preparação

ENSINAMENTO

A preparação da catequese em 2012 Formação terá como linha evangelizadora a família, na qual se deve iniciar a doutrina cristã A nova coordenadora diocesana de catequese, Irmã Carmelita Tenfen, dedicou o mês de fevereiro ao estudo e planejamento dos rumos da catequese, especialmente para o ano que se inicia. A linha de missão evangelizadora, revela, será a família, lugar onde a catequese começa. “Os pais são os primeiros catequistas, os introdutores de seus filhos na fé cristã”. Para ela é de suma importância contar com a presença e a colaboração dos pais no processo formativo da fé de seus filhos e com o testemunho familiar na vida cotidiana. “Os pais catequizam, através da participação na vida da comunidade, indo à missa, falando de Deus, acompanhando os filhos e interessando-se pela catequese, conversando com os catequistas e participando das reuniões e formações, rezando com os filhos e para eles”.

Catequistas Aos catequistas que se preparam para começar mais um ano de evangelização das crianças e adolescentes, Irmã Carmelita lembra que, para ser um bom catequista é importante sentir-se chamado por Jesus Cristo e para a missão de catequizar. Que seja comprometido com o Reino de Deus e dê testemunho de um verdadeiro discípulo missionário. “Conforme o Diretório Geral para a Catequese (n. 238), o catequista deve procurar desenvolver as diversas dimensões do ser, saber e saber fazer em comunidade”. A Catequese se prepara para o ano de 2012, que terá como foco, a evangelização através das famílias

A renovação da Igreja A catequese no Brasil passa por uma renovação, assim como outros setores da Igreja. Irmã Carmelita ressalta que, de acordo com o Documento de Aparecida, todas as pastorais estão convocadas a esta renovação, evoluindo de uma pastoral de conservação para uma pastoral evangelizadora. “A catequese, como elemento essencial da Igreja, precisa avançar. Não podemos pensar mais uma catequese de aquisição de conhecimentos, ou preparação

A Irmã Carmelita ressalta que, desde 1º de fevereiro, tem ocupado o departamento de catequese na Cúria Diocesana e se encontrado com a antecessora, Irmã Anna Gonçalves, para se inteirar dos projetos catequéticos. “Sou grata a ela, que me acolheu e, com carinho e amabilidade, fez o repasse de todos os assuntos”. A nova cooordenadora tem participado das reuniões no Regional e no grupo de Catequese Ampliada da Diocese, para conhecer as pessoas e obter as orientações necessárias ao andamento da missão. “À Irmã Anna, minha gratidão pela abertura e o testemunho de uma verdadeira discípula missionária, por sua dedicação, zelo, amor e empenho eficaz na missão catequética”.

Anchieta

para um sacramento. A proposta é ver a catequese como processo de formação cristã integral, que atinge a pessoa inteira e que seja permanente”, afirma. Somos convocados a ver a catequese não como uma ação individual e isolada, mas profundamente eclesial, tendo como missão conduzir os catequizandos à experiência de Jesus Cristo, sendo orientados pela Palavra como base e fundamento desse itinerário.

A CNBB está incentivando o processo para canonização do Padre José de Anchieta, o Apóstolo do Brasil, por sua dedicação à catequese, especialmente dos índios, nos tempos do Descobrimento. A iniciativa, segundo a Irmã Carmelita, é de grande valia para a Igreja, em especial para a catequese, pois Anchieta foi um exímio catequista e missionário, veio ao Brasil para evangelizar e fez esse trabalho no contato direto com as pessoas, indo ao encontro daqueles que não conheciam a Deus. Hoje, o desafio é ir ao encon-

tro dos que, por algum motivo se afastaram da comunidade eclesial. “Sabemos que as atividades pastorais de Anchieta foram intensas. Também não lhe faltaram sofrimentos e provações. Mas sua fé, seu ser orante e espírito missionário o levaram a superar as contrariedades. Penso que a iniciativa será um incentivo para os nossos catequistas, que dedicam seu tempo para visitar famílias e seguir a missão de conduzir os catequizandos a um processo formativo da fé e envolvimento com a Igreja, através de uma catequese mais orante e celebrativa”.

CURTAS FORMAÇÃO Confira o calendário de formação para as coordenações comarcais e paroquiais de catequese na Diocese de Blumenau. Os encontros terão a assessoria da Irmã Carmelita Tenfen e ocorrem sempre das 14 às 17 horas. Dia 3 de março: Comarca de Navegantes (Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes) Dia 10 de março: Comarca de Gaspar (Paróquia São Pedro Apóstolo) Dia 17 de março: Comarca Blumenau Sul (Salão da Catequese da Catedral) Dia 24 de março: Comarca Blumenau Norte (Paróquia São Francisco) Dia 31 de março: Comarca de Timbó (Paróquia Santa Terezinha)

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Ecumenismo

“O mais belo credo é o que se pronuncia no escuro, no sacrifício, com esforço” (Padre Pio)

SIMPÓSIO

Ecumenismo e diálogo inter-religioso em pauta Mais de 60 educadores e lideranças religiosas estiveram reunidos no Rio de Janeiro no mês passado Em fevereiro, a Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da CNBB realizou, no Rio de Janeiro, o 3º Simpósio sobre Ecumenismo e o 15º Encontro de Professores de Ecumenismo e Ensino Religioso. Os eventos reuniram mais de 60 participantes de todo o Brasil, incluindo professores, bispos referenciais e assessores para o ecumenismo e o diálogo inter-religioso nos regionais da CNBB e dioceses, agentes de diversas áreas de pastoral (diáconos, padres, religiosos, leigos) e representantes da Igreja Presbiteriana Unida e da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil. O simpósio foi precedido pela reunião do Grupo de Reflexão sobre o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso (GREDIRE), que ajuda a Comissão Episcopal para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso na reflexão sobre os desafios e as possibilidades para o diálogo no Brasil. Por Santa Catarina, esteve presente o Padre Raul Kestring, coordenador estadual da Comissão Regional de Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso e coordenador do Movimento Ecumênico na Diocese de Blumenau. Na celebração de abertura, Dom Francisco Biasin, presidente da Co-

Os participantes refletiram sobre a diversidade religiosa no Brasil. Com assessoria do professor Emerson Sena da Silveira, da Universidade Federal de Juiz de Fora, analisaram os últimos dados do IBGE sobre o universo religioso brasileiro, sob a perspectiva sociológica. Constatou-se que o Brasil é religioso, mesmo se tem havido crescimento no número dos que dizem não terem religião. O universo religioso é plural, mas há quem se pergunte que valor tem a diversidade religiosa no Brasil, se a maioria é cristã. O Padre Marcial Maçaneiro apresentou uma leitura teológico-pastoral

do pentecostalismo e seu pluralismo que não possibilita consensos. Foram analisadas características das comunidades pentecostais, que ajudam a compreendê-las em sua auto-consciência teológica. E também, elementos em relação com a doutrina católica, sobretudo o batismo e a eucaristia. Os participantes refletiram sobre o modo como a Igreja orienta o diálogo ecumênico e inter-religioso. Reunidos por regiões, buscaram identificar dificuldades e aspectos positivos e dar sugestões para o crescimento do diálogo ecumênico e inter-religioso. Confira:

[+] Notícia

A diversidade religiosa no Brasil foi um dos temas em discussão no evento nacional missão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Interreligioso, enfatizou que o ecumenismo deve ser uma opção de cada fiel, porque é uma opção do próprio Cristo, do seu Evangelho e da Igreja. “Isso exige abertura para o outro, o diferente. É próprio da cultura do povo acolher o diferente, dialogar, conviver. Não é com ataque e defesa aos membros de outras igrejas e religiões que aprendemos a ser cristãos, mas com simpatia e acolhimento”, disse.

Visitas ilustres O presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, cardeal Kurt Koch, manifestou sua alegria em

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A diversidade como conteúdo do Simpósio

saber que havia esse evento sobre ecumenismo no Brasil. Falou sobre o diálogo que a Igreja Católica realiza com as confissões Ortodoxas e Evangélicas em todo o mundo, de seus desafios e frutos. Incentivou a todos para fortalecerem a convicção ecumênica, afirmando a centralidade da oração e a importância da formação para que o diálogo dê bons frutos. O arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, também visitou o Simpósio e expressou seu desejo de que o ecumenismo e o diálogo inter-religioso se afirmem como convicção de todos e da Igreja. Falou, ainda, da preparação da Jornada Mundial da Juventude que acontecerá no Brasil em 2013.

DIFICULDADES ✗ A pouca organização da ação para o diálogo ecumênico e inter-religioso nas dioceses e regionais ✗ Algumas pessoas apresentam-se como referenciais para incentivar o ecumenismo nas dioceses e regionais, mas não se percebe uma atuação convicta, capaz de dinamizar a Igreja local para essa causa ✗ O pouco investimento na formação ecumênica e inter-religiosa dos agentes de pastoral ✗ A pouca informação nas dioceses sobre os projetos ecumênicos do CONIC ✗ A dificuldade para ter o apoio do clero para as iniciativas ecumênicas, como a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos ✗ A falta de recursos para a participação em eventos ecumênicos

ASPECTOS POSITIVOS ✗ Há pessoas convictas sobre o valor do ecumenismo e o diálogo inter-religioso nas dioceses e regionais, precisam ser fortalecidas e encontrar mais espaço para atuarem ✗ É louvável o empenho da CNBB para o ecumenismo e o diálogo inter-religioso, explicitado nos projetos da Comissão específica ✗ A abertura para o diálogo inter-religioso, sobretudo com as tradições religiosas afro ✗ A abertura para o diálogo com os pentecostais

SUGESTÕES ✗ Fazer simpósios de formação nos regionais da CNBB para favorecer mais a participação das lideranças da região ✗ Buscar recursos para favorecer a participação dos militantes com dificuldades econômicas ✗ Garantir sempre a presença de representantes de outras Igrejas ✗ Tornar mais conhecidos os projetos ecumênicos da Comissão Nacional nas dioceses e regionais ✗ Abordar temas como o diálogo inter-religioso, pentecostalismo e ensino religioso (Texto em parceria com o site da CNBB)


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Juventude

“O amor é a rainha das virtudes. Como as pérolas se ligam por um fio, assim as virtudes, pelo amor” (Padre Pio)

PROGRAMAÇÃO

Caminhada e expressão jovem em unidade Jovens da Diocese participam de encontro nacional

Eventos e ações diferenciadas ao longo do ano valorizam a atuação da juventude na Diocese de Blumenau Música, dança e reflexão envolvem as atividades do Setor Juventude da Diocese ao longo de 2012. A Jornada Diocesana da Juventude (JDJ) abrirá a agenda, no dia 1º de abril, num encontro com Dom José (15 horas, na Catedral). Em 2011 houve a participação de 550 jovens neste evento. Em 2012 será apresentada oficialmente a camiseta do “Bote Fé”, evento que acontecerá em janeiro de 2013, provavelmente em Florianópolis. Além disso haverá Festa Junina (dia 16 de junho, às 17 horas, na Catedral). A ideia surgiu no encontro de planejamento das atividades. “Vimos a necessidade de valorizar momentos nos quais os jovens da Igreja possam expressar seu jeito de ser e agir”, afirma o coordenador do Setor Juventude, Padre Roberto Carlos Cattoni. Ele diz que o movimento tem buscado a unidade entre os grupos, respeitando sua caminhada e expressão. “Acredito que os jovens estão respondendo bem ao setor. A unidade na diversidade faz crescer”. Cattoni afirma que quando as ações são pensadas, planejadas e executadas em conjunto, com a participação dos próprios jovens, sente-se que uma grande luz vem surgindo, alcançando mais jovens e resultando na formação de novos grupos e maior participação nas missas. “A Igreja está oportunizando aos jovens um espaço que não existia. Se falamos que o jovem é o futuro da Igreja e não lhe damos espaço, corremos o risco de envelhecermos numa igreja

Jovens da Diocese prometem manter o mesmo entusiasmo e participação neste ano [+] Agenda 2012

✗ Jornada Diocesana da Juventude (JDJ): dia 1º de abril, às 15 horas, na Catedral São Paulo Apóstolo. Encontro dos jovens com Dom José, encerrando às 19h30 com missa. ✗ Festa Junina do Setor Juventude: dia 16 de junho, 17 horas, na Catedral, com missa e encerramento por voltas das 23 horas. Cada comarca será responsável por algum momento da festa, desde a decoração, lanches, músicas, bebidas, danças. ✗ Festival da Canção (Fecan): dia 21 de julho, às 17 horas, na Comarca Blumenau Sul. Os jovens poderão expressar seus

decadente”. O convite é para que os padres e coordenações das paróquias ajudem e incentivem os grupos exis-

talentos através das músicas, letras escritas, duplas, além de se divertirem muito. ✗ Planejamento para 2013: no dia 30 de setembro, com horário e local a definir. ✗ Dia Nacional da Juventude (DNJ): encontro comarcal, no dia 28 de outubro. Será celebrado em cada uma das cinco comarcas, dentro do tema proposto pela CNBB, Setor Juventude do Brasil.

Fique antenado

✗ O novo e-mail do Setor Juventude da Diocese de Blumenau é setorjuventude@tpa.com.br

tentes e à formação de novos grupos. O Setor Juventude atua e dá suporte em toda a Diocese.

Jornada Mundial já tem uma marca Com inspiração no trecho do Evangelho de São Mateus que relata o encontro de Jesus com seus discípulos em uma montanha, após a ressurreição, foi lançada a logomarca oficial da Jornada Mundial da Juventude, a JMJ Rio 2013. A marca traz como símbolos, os principais cartões postais do Rio de Janeiro: o Cristo Redentor e o Pão de Açucar, que se integram a uma cruz. Os elementos formam a imagem de um coração e remetem ao abraço acolhedor dos brasileiros a todos os jovens que estarão no País para este encontro, que terá a presença do papa Bento XVI.

A juventude diocesana foi representada por três de seus membros no 10º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude, que ocorreu em janeiro, na Arquidiocese de Maringá (PR). Mais de 600 jovens se reuniram para refletir, partilhar e celebrar a vida e a caminhada dos grupos. Eles participaram de celebrações, palestras, plenárias, festas e de uma marcha contra a violência e o extermínio de jovens. Também tiveram a oportunidade de conhecer os projetos da Pastoral da Juventude e sua história, com um material de estudo lançado no encontro. A líder Kátia Regina Costa, que participou do ENPJ junto com Jaime Tavares e Elizabeth da Costa Joventino, destacou a experiência de participar do evento, onde diferentes culturas e opiniões se unem por um ideal comum: seguir Jesus. “Ver o protagonismo jovem e suas forças reunidas em oração, celebração, missão e ação nos emociona e encanta”.

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QUARESMA

REFLEXÃO

A mensagem do Santo Padre para o período penitencial

Tempo de Quaresma. Porque?

“Prestemos atenção uns nos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras” (Hb 10,24) O Papa Bento XVI, em sua mensagem para a Quaresma, conclama os fieis a refletirem sobre o amor, cerne da vida cristã. Reafirma a necessidade de renovação de nosso caminho de fé, com a ajuda da Palavra e dos sacramentos, da oração, da partilha, do silêncio e do jejum, com a esperança de viver a alegria pascal. “Desejo propor alguns pensamentos inspirados na Carta aos Hebreus: ‘prestemos atenção uns nos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras’ (10,24). Esta frase aparece inserida numa passagem onde o escritor sagrado exorta a ter confiança em Jesus Cristo como Sumo Sacerdote, que nos obteve o perdão e o acesso a Deus”. “O fruto do acolhimento de Cristo é uma vida edificada segundo as três virtudes teologais: nos aproximarmos do Senhor com um coração sincero, com a plena segurança da fé, de conservarmos firmemente a profissão da nossa esperança, numa solicitude constante por praticar, juntamente com os irmãos, o amor e as boas obras”.

Olhar atento O Santo Padre oferece uma reflexão sobre três aspectos da vida cristã: prestar atenção ao outro, reciprocidade e santidade pessoal.

Prestar atenção ao outro está ligado à responsabilidade pelo irmão. Estar atento, olhar conscientemente e dar-se conta de sua realidade. Este elemento está presente no Evangelho, quando Jesus convida os discípulos a observarem as aves do céu, que não se preocupam com o alimento e, todavia, são objeto de solícita e cuidadosa providência divina (cf Lc 12,24). Isto para que os cristãos reavaliem sua atitude contrária, de desinteresse e egoísmo.

Reciprocidade O segundo aspecto é o da reciprocidade. “O fato de sermos o guarda dos outros contrasta com uma mentalidade que, reduzindo a vida unicamente à dimensão terrena, deixa de considerá-la na sua perspectiva escatológica e aceita qualquer opção moral em nome da

liberdade individual. Uma sociedade como a atual pode tornar-se surda aos sofrimentos físicos e às exigências espirituais e morais da vida. Não deve ser assim na comunidade cristã, onde a recíproca correção e exortação, em espírito de humildade e de amor, deve fazer parte da vida!”. Os discípulos, unidos a Cristo pela Eucaristia, vivem numa comunhão que os liga uns aos outros como membros de um só corpo. Isto significa que o outro me pertence: a sua vida, a sua salvação têm a ver com a minha vida e a minha salvação.

Boas obras Finalmente, Bento XVI nos exorta à prática do amor e das boas obras, para caminharmos juntos na santidade. “A atenção recíproca tem como finalidade estimular-se, mutuamente, a um amor efetivo sempre maior, ‘como a luz da aurora, que cresce até ao romper do dia’ (Pr 4,18), à espera de viver o dia sem ocaso em Deus”. O tempo que nos é concedido na nossa vida é precioso para descobrir e realizar as boas obras, no amor de Deus. Assim a própria Igreja cresce e se desenvolve para chegar à plena maturidade de Cristo. É nesta perspectiva dinâmica de crescimento que se situa a nossa exortação a estimular-nos reciprocamente para chegar à plenitude do amor e das boas obras.

Como vivenciar, individualmente e em família, a experiência deste período penitencial? A celebração da Páscoa, nos três primeiros séculos da Igreja, não tinha um período de preparação, limitava-se ao jejum nos dois dias anteriores. A comunidade cristã vivia tão intensamente o empenho cristão e o testemunho do martírio que não sentia a necessidade de um tempo, para renovar a conversão do batismo. Ela prolongava, porém, a alegria da celebração pascal por 50 dias (Pentecostes). Após a Paz de Constantino, quando a tensão diminuiu no empenho da vida cristã, começou-se a perceber a necessidade de um período, para admoestar os fiéis sobre uma maior coerência com o batismo. No Oriente, encontramos os

primeiros sinais de um tempo pré-pascal, como preparação espiritual à celebração do grande mistério, no princípio do século IV. Santo Atanásio, nas Cartas pascais (entre os anos 330 e 347) e São Cirilo de Jerusalém, nas Protocatequeses e nas Catequeses mistagógicas (347) falam desse período como realidade. Eusébio (340), em De solemnitate paschali, fala do “quadragesimo exercitium......sanctos Moyses et Eliam imitantes”. No Ocidente, testemunhos do fim do século IV falam desse período: Etéria (385), em seu Itinerarium pela Espanha e Aquitânia; Santo Agostinho para a África; Santo Ambrosio (396) para Milão.

O indivíduo e a família Nos nossos tempos, há uma forte e constante insistência na vida de comunidade e para isso não faltam razões teológicas, bíblicas, psicológicas e sociológicas. Um dos planos de pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, quando elenca os focos de atenção da evangelização, situa em primeiro lugar o indivíduo. Uma comunidade será mais autêntica e dinâmica quanto mais seus indivíduos forem conscientes, convictos da sua opção de fé e ação. Nesse sentido, a prática de Jesus pode inspirar-nos. Muitas vezes, o Senhor prega à comunidade. Mas, quantas vezes, O vemos diante de uma pessoa, chamando-a, advertindo-a, ensinando, curando ou conversando. Uma pessoa que se deixa transformar por Cristo pode transformar a comunidade

e o mundo. Para o projeto de Deus cada pessoa é importante. E é ela somente que pode dizer: “eu sou cristão e quero anunciar o meu Senhor”. É do seu coração, da sua liberdade, que deve brotar seus atos de fé e de piedade e as consequentes ações. Vale a pena lembrar a importância do amor ao inimigo, ensinado por Jesus e recomendado no tempo quaresmal. Por que o Senhor pede que nos reconciliemos com o diferente, com alguém que desafia nossa maneira de ser, sentir e pensar? Exatamente, porque o amor de Deus é inclusivo e sua palavra nos questiona sempre: “Tudo o que fizerdes ao menor dos meus irmãos é a mim que o fazeis” (Mt 25,40). Se excluirmos uma pessoa, excluímos o próprio Cristo.

Não sabemos com certeza onde, por meio de quem e como surgiu a Quaresma em Roma. Apenas que ela se foi formando, progressivamente, e tem uma préhistória, ligada a uma praxe penitencial preparatória à Páscoa, que começou a firmar-se desde a metade do século II. Até o século IV, a única semana de jejum era a que precedia à Páscoa. Na metade daquele século, acrescentaram-se a esta outras três semanas de penitência. A partir do fim do século IV, a estrutura da Quaresma incorporou os “quarentas dias”, considerados à luz do simbolismo bíblico, que dá a este tempo um valor salvífico-redentor, cujo sinal é a denominação “sacramentum”.

O que é? Celebrar a Quaresma é reco-

nhecer a presença de Deus na caminhada, no trabalho, na luta, no sofrimento e na dor da vida do povo. Como o povo de Israel, que andou 40 anos no deserto, antes de chegar à Terra Prometida, onde corria leite e mel. Como Jesus, que passou quarenta dias no deserto antes de anunciar a vinda do Reino. Que subiu a Jerusalém para cumprir a missão do Pai: dar a sua vida e ser glorificado. A Quaresma, conforme evidencia a sua história, é um tempo forte de conversão e de mudança interior, de deixar o que é velho em nós e de assumir tudo o que traz vida. Tempo de graça e salvação, em que nos preparamos para viver, de maneira intensa, livre e amorosa, o momento mais importante do ano litúrgico e da história da salvação, a Páscoa, aliança definitiva, vitória sobre o pecado, a escravidão e a morte.

A Campanha da Fraternidade A problemática da saúde pública é apresentada como desafio de reflexão e ação neste tempo da Quaresma. Sugerimos a (re) leitura da edição de fevereiro do Jornal da Diocese, no qual nos ocupamos prioritariamente da Campanha da Fraternidade. Muito ouviremos dessa 49ª edição nestes quarenta dias. Vamos cantar os hinos, especialmente compostos sob a inspiração de seu lema e seu tema. Importante é que não fiquemos apenas nas informações desse projeto de evangelização da Igreja. A saúde pública deve ir melhor com a campanha. Como diz o lema: “que a saúde

se difunda sobre a terra” (Eclo 38,8). Nós, católicos e cristãos podemos melhorar a saúde na nossa comunidade, desde a participação no Posto de Saúde até os cuidados que devemos ter na nossa família e na nossa comunidade. Quem deve fazer acontecer este sonho da saúde pública não são somente os bispos e padres, ou os governantes e encarregados das instituições de saúde. O projeto da saúde comunitária depende de todos nós. A campanha é realizada para despertar a solidariedade em relação a um problema concreto que envolve a sociedade brasileira, buscando caminhos e apontando soluções.


Especial

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QUARESMA

REFLEXÃO

A mensagem do Santo Padre para o período penitencial

Tempo de Quaresma. Porque?

“Prestemos atenção uns nos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras” (Hb 10,24) O Papa Bento XVI, em sua mensagem para a Quaresma, conclama os fieis a refletirem sobre o amor, cerne da vida cristã. Reafirma a necessidade de renovação de nosso caminho de fé, com a ajuda da Palavra e dos sacramentos, da oração, da partilha, do silêncio e do jejum, com a esperança de viver a alegria pascal. “Desejo propor alguns pensamentos inspirados na Carta aos Hebreus: ‘prestemos atenção uns nos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras’ (10,24). Esta frase aparece inserida numa passagem onde o escritor sagrado exorta a ter confiança em Jesus Cristo como Sumo Sacerdote, que nos obteve o perdão e o acesso a Deus”. “O fruto do acolhimento de Cristo é uma vida edificada segundo as três virtudes teologais: nos aproximarmos do Senhor com um coração sincero, com a plena segurança da fé, de conservarmos firmemente a profissão da nossa esperança, numa solicitude constante por praticar, juntamente com os irmãos, o amor e as boas obras”.

Olhar atento O Santo Padre oferece uma reflexão sobre três aspectos da vida cristã: prestar atenção ao outro, reciprocidade e santidade pessoal.

Prestar atenção ao outro está ligado à responsabilidade pelo irmão. Estar atento, olhar conscientemente e dar-se conta de sua realidade. Este elemento está presente no Evangelho, quando Jesus convida os discípulos a observarem as aves do céu, que não se preocupam com o alimento e, todavia, são objeto de solícita e cuidadosa providência divina (cf Lc 12,24). Isto para que os cristãos reavaliem sua atitude contrária, de desinteresse e egoísmo.

Reciprocidade O segundo aspecto é o da reciprocidade. “O fato de sermos o guarda dos outros contrasta com uma mentalidade que, reduzindo a vida unicamente à dimensão terrena, deixa de considerá-la na sua perspectiva escatológica e aceita qualquer opção moral em nome da

liberdade individual. Uma sociedade como a atual pode tornar-se surda aos sofrimentos físicos e às exigências espirituais e morais da vida. Não deve ser assim na comunidade cristã, onde a recíproca correção e exortação, em espírito de humildade e de amor, deve fazer parte da vida!”. Os discípulos, unidos a Cristo pela Eucaristia, vivem numa comunhão que os liga uns aos outros como membros de um só corpo. Isto significa que o outro me pertence: a sua vida, a sua salvação têm a ver com a minha vida e a minha salvação.

Boas obras Finalmente, Bento XVI nos exorta à prática do amor e das boas obras, para caminharmos juntos na santidade. “A atenção recíproca tem como finalidade estimular-se, mutuamente, a um amor efetivo sempre maior, ‘como a luz da aurora, que cresce até ao romper do dia’ (Pr 4,18), à espera de viver o dia sem ocaso em Deus”. O tempo que nos é concedido na nossa vida é precioso para descobrir e realizar as boas obras, no amor de Deus. Assim a própria Igreja cresce e se desenvolve para chegar à plena maturidade de Cristo. É nesta perspectiva dinâmica de crescimento que se situa a nossa exortação a estimular-nos reciprocamente para chegar à plenitude do amor e das boas obras.

Como vivenciar, individualmente e em família, a experiência deste período penitencial? A celebração da Páscoa, nos três primeiros séculos da Igreja, não tinha um período de preparação, limitava-se ao jejum nos dois dias anteriores. A comunidade cristã vivia tão intensamente o empenho cristão e o testemunho do martírio que não sentia a necessidade de um tempo, para renovar a conversão do batismo. Ela prolongava, porém, a alegria da celebração pascal por 50 dias (Pentecostes). Após a Paz de Constantino, quando a tensão diminuiu no empenho da vida cristã, começou-se a perceber a necessidade de um período, para admoestar os fiéis sobre uma maior coerência com o batismo. No Oriente, encontramos os

primeiros sinais de um tempo pré-pascal, como preparação espiritual à celebração do grande mistério, no princípio do século IV. Santo Atanásio, nas Cartas pascais (entre os anos 330 e 347) e São Cirilo de Jerusalém, nas Protocatequeses e nas Catequeses mistagógicas (347) falam desse período como realidade. Eusébio (340), em De solemnitate paschali, fala do “quadragesimo exercitium......sanctos Moyses et Eliam imitantes”. No Ocidente, testemunhos do fim do século IV falam desse período: Etéria (385), em seu Itinerarium pela Espanha e Aquitânia; Santo Agostinho para a África; Santo Ambrosio (396) para Milão.

O indivíduo e a família Nos nossos tempos, há uma forte e constante insistência na vida de comunidade e para isso não faltam razões teológicas, bíblicas, psicológicas e sociológicas. Um dos planos de pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, quando elenca os focos de atenção da evangelização, situa em primeiro lugar o indivíduo. Uma comunidade será mais autêntica e dinâmica quanto mais seus indivíduos forem conscientes, convictos da sua opção de fé e ação. Nesse sentido, a prática de Jesus pode inspirar-nos. Muitas vezes, o Senhor prega à comunidade. Mas, quantas vezes, O vemos diante de uma pessoa, chamando-a, advertindo-a, ensinando, curando ou conversando. Uma pessoa que se deixa transformar por Cristo pode transformar a comunidade

e o mundo. Para o projeto de Deus cada pessoa é importante. E é ela somente que pode dizer: “eu sou cristão e quero anunciar o meu Senhor”. É do seu coração, da sua liberdade, que deve brotar seus atos de fé e de piedade e as consequentes ações. Vale a pena lembrar a importância do amor ao inimigo, ensinado por Jesus e recomendado no tempo quaresmal. Por que o Senhor pede que nos reconciliemos com o diferente, com alguém que desafia nossa maneira de ser, sentir e pensar? Exatamente, porque o amor de Deus é inclusivo e sua palavra nos questiona sempre: “Tudo o que fizerdes ao menor dos meus irmãos é a mim que o fazeis” (Mt 25,40). Se excluirmos uma pessoa, excluímos o próprio Cristo.

Não sabemos com certeza onde, por meio de quem e como surgiu a Quaresma em Roma. Apenas que ela se foi formando, progressivamente, e tem uma préhistória, ligada a uma praxe penitencial preparatória à Páscoa, que começou a firmar-se desde a metade do século II. Até o século IV, a única semana de jejum era a que precedia à Páscoa. Na metade daquele século, acrescentaram-se a esta outras três semanas de penitência. A partir do fim do século IV, a estrutura da Quaresma incorporou os “quarentas dias”, considerados à luz do simbolismo bíblico, que dá a este tempo um valor salvífico-redentor, cujo sinal é a denominação “sacramentum”.

O que é? Celebrar a Quaresma é reco-

nhecer a presença de Deus na caminhada, no trabalho, na luta, no sofrimento e na dor da vida do povo. Como o povo de Israel, que andou 40 anos no deserto, antes de chegar à Terra Prometida, onde corria leite e mel. Como Jesus, que passou quarenta dias no deserto antes de anunciar a vinda do Reino. Que subiu a Jerusalém para cumprir a missão do Pai: dar a sua vida e ser glorificado. A Quaresma, conforme evidencia a sua história, é um tempo forte de conversão e de mudança interior, de deixar o que é velho em nós e de assumir tudo o que traz vida. Tempo de graça e salvação, em que nos preparamos para viver, de maneira intensa, livre e amorosa, o momento mais importante do ano litúrgico e da história da salvação, a Páscoa, aliança definitiva, vitória sobre o pecado, a escravidão e a morte.

A Campanha da Fraternidade A problemática da saúde pública é apresentada como desafio de reflexão e ação neste tempo da Quaresma. Sugerimos a (re) leitura da edição de fevereiro do Jornal da Diocese, no qual nos ocupamos prioritariamente da Campanha da Fraternidade. Muito ouviremos dessa 49ª edição nestes quarenta dias. Vamos cantar os hinos, especialmente compostos sob a inspiração de seu lema e seu tema. Importante é que não fiquemos apenas nas informações desse projeto de evangelização da Igreja. A saúde pública deve ir melhor com a campanha. Como diz o lema: “que a saúde

se difunda sobre a terra” (Eclo 38,8). Nós, católicos e cristãos podemos melhorar a saúde na nossa comunidade, desde a participação no Posto de Saúde até os cuidados que devemos ter na nossa família e na nossa comunidade. Quem deve fazer acontecer este sonho da saúde pública não são somente os bispos e padres, ou os governantes e encarregados das instituições de saúde. O projeto da saúde comunitária depende de todos nós. A campanha é realizada para despertar a solidariedade em relação a um problema concreto que envolve a sociedade brasileira, buscando caminhos e apontando soluções.


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www.dioceseblumenau.org.br Março 2012. Jornal da Diocese de Blumenau

Variedades

“A quem não acredita no inferno eu pergunto: acreditará quando for para lá?” (Padre Pio)

DESAFIO

DICA DE LEITURA

Os seus conhecimentos sobre a Escritura Neste mês, informações sobre a própria Bíblia. Você é capaz de responder? A origem, os idiomas e outras informações sobre a Bíblia estão no teste deste mês. Responda e envie até o dia 20 de março para o e-mail jornal@

diocesedeblumenau.org.br ou pelo Correio para a Cúria Diocesana de Blumenau, aos cuidados do Padre Raul Kestring (Rua XV de Novembro, 955

/ Blumenau-SC / CEP 89010-003). Informe seu nome completo, telefone e endereço. Se acertar todas as questões, você concorre a uma Bíblia.

RESPOSTAS DO TESTE ANTERIOR Parabéns Edemir Pasold, de Blumenau, ganhador da Bíblia no teste do mês passado, que acertou todas as questões. Confira as respostas corretas.

QUAL A RESPOSTA CERTA? 1 – De onde vem a palavra Bíblia? a) Babel b) Biblos (grego) c) Biblioteca 2 – Em que línguas foi, principalmente, escrito o Antigo Testamento? a) Aramaico e grego

b) Hebraico e grego c) Hebraico e latim 3 – Quais são as seções da Bíblia hebraica? a) A Lei, os Profetas e outros escritos b) A Lei, os Profetas, os Livros Históricos e os Escritos de

Sabedoria c) Os Apócrifos, os Apocalipses e os Hagiógrafos 4 – Sob que forma se apresentava o texto bíblico nas suas primeiras cópias? a) Em rolos b) Em folhas soltas c) Em livros

5 – Como se chama um livro bíblico que se apresenta sob a forma de um livro, mas que foi escrito antes da invenção da imprensa? a) Agrapha b) Apócrifo c) Codex

1. Após o dilúvio, Noé sentiuse bastante envergonhado porque: c) Embebedou-se

4. Por que José e Maria tiveram que viajar até Belém estando ela perto de dar à luz? c) Por causa do recenseamento

2. Esaú, o filho mais velho de Isaac, vendeu seu direito de primogenitura a seu irmão Jacó em troca de: a) Um prato de lentilhas

5. Que fez Judas ao dinheiro que recebeu por ter traído Jesus? c) Jogou-o no templo

3. Quem chamou seus ouvintes de “uma raça de víboras”? a) João Batista

6. A quem Cristo disse a frase: “hoje estarás comigo no paraíso”? c) A um ladrão

RECORDANDO

Lembrando as bodas de prata do jornal Nesta coluna, destacamos uma matéria editada há dez anos no Jornal da Diocese de Blumenau, na qual chegávamos à edição nº 25, em dezembro 2002/janeiro 2003. Um fato significativo, o do jubileu de prata de circulação deste informativo. O tema principal foi o tempo do Natal, sua espiritualidade e oportunidade de reflexão sobre a acolhida do Senhor na nossa vida. Em sua coluna, na página 3, intitulada “Encontro com Dom Angélico”, o primeiro bispo da Diocese advertia: “a idolatria do Bezerro de

Ouro impede que se perceba que o nascimento da Criança é a razão da festa. Assim, o Natal se transforma em salada indigesta de coisas e bugigangas que não alimentam a fome de amor e de vida”. Dom Angélico Bernardino também ressaltou outros dois temas: a Campanha da Fraternidade de 2002 (sobre a dignidade da pessoa idosa) e o Ano Vocacional (que seria aberto em janeiro, com missa no Santuário Nacional de Aparecida). Acentuava Dom Angélico que “a Igreja pretende motivar as pes-

soas para que reconheçam que foram chamadas pelo Pai, escolhidas pelo Filho e enviadas pelo Espírito Santo”. O chamado universal à santidade, o socorro aos excluídos e pobres e o cuidado com as vocações sacerdotais e religiosas, sem esquecer a necessidade de “cris-

Um livro indispensável O Catecismo da Igreja Católica, assim como a Bíblia, é um livro que todos os católicos deveriam ter em casa, para ler, estudar e meditar. A publicação é um compêndio da doutrina católica, uma referência para os catecismos e outros materiais da Igreja em todo o mundo. Foi instituído a partir da Assembleia Extraordinária dos Bispos, em comemoração ao 20º ano do Concílio Vaticano II, em 1985. Quem assumiu esta missão e deu início à organização do Catecismo, foi o papa João Paulo II, que o entregou à comunidade em 1992. Na época, o então cardeal Joseph Ratzinger (hoje o papa Bento XVI) presidiu a uma comissão de cardeais e bispos que prepararam o projeto do Catecismo. Apesar de ter sido editado há 25 anos, o Catecismo da Igreja Católica está atualizado e em sintonia com as reformas do Concílio Vaticano II. Quem o estuda conhece o verdadeiro pensamento da Igreja sobre assuntos como aborto, homossexualismo, eutanásia, paternidade responsável e outros. O Catecismo da Igreja Católica pode ser baixado pela internet no site do Vaticano ( http://www.vatican.va/ archive/cathechism_po/index_new/ prima-pagina-cic_po.html) ou adquirido na Livraria Católica Bom Pastor (Livraria da Torre).

[+] Como está dividido:

tãos leigos e leigas, pessoas de vida consagrada, diáconos, padres e missionários”.

✗ 1ª parte: A profissão de fé, que explica os artigos do Credo ✗ 2ª parte: Ocupa-se da Celebração do Mistério Cristão, que trata da sagrada Liturgia ✗ 3ª parte: Expõe a Vida em Cristo, baseando-se nos Dez Mandamentos. Apresenta o agir cristão ✗ 4ª parte: A Oração Cristã, resumida no Pai Nosso


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Março de 2012. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

Nossa História

“Quando fizer o bem, esqueça. Se fizer o mal, pense no que fez e se arrependa” (Padre Pio)

Expediente

BLUMENAU

Jornal da Diocese de Blumenau

Como surgiu a Paróquia Cristo Rei

Direção Geral: Dom José Negri PIME Diretor Geral: Pe. Raul Kestring

Criação oficial ocorreu em 1970, mas a comunidade católica no Bairro da Velha existe desde 1946

Diretor Comercial: Pe Almir Negherbon Pe. Antônio Francisco Bohn Dom Gregório Warmeling, bispo de Joinville, em 28 de julho de 1970 criou a nova Paróquia Cristo Rei, com o seguinte território: Ao norte, limita-se com a Paróquia Santa Terezinha (Bairro Escola Agrícola), tendo como marco divisor o Rio Itajaí Açu, indo em direção leste até o pontilhão coberto depois da antiga Estação Ferroviária. Seguindo de novo na direção leste até encontrar limites com a Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição (Bairro da Vila Nova), na altura do prolongamento da Rua Dr. Francisco Kuebel. Segue depois a linha divisória com a Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, em linha reta para o sul, até encontrar o cimo do Morro da Rua BL 101, descendo até o cruzamento com a Rua Frei Estanislau Schaette. Segue o marco divisor para o sul até o cruzamento das ruas Bruno Hering e Nanny Poeting, onde começa a linha divisória com a Paróquia Nossa Senhora da Glória (Bairro Garcia), sendo o marco divisor, o divisor de águas entre o ribeirão Velha Grande e o Rio Garcia. No oeste limita-se com a Paróquia Santa Inês (Indaial), tendo como divisor os limites municipais de Indaial e Blumenau, em toda a sua extensão, até encontrar a Paróquia Santa Terezinha (Bairro Escola Agrícola).

Textos e edição: New Age Comunicação (47) 3340-8208 Jornalista Responsável: Marli Rudnik (DRT 484) marli@newagecom.com.br Fotografias: Acervo da Diocese de Blumenau, e Divulgação Revisão: Pe Raul Kestring Raquel Resende Alfredo Scottini Impressão: Jornal de Santa Catarina Tiragem: 20 mil Periodicidade: Mensal

A semente plantada em 1946 germinou e frutificou, até que em 1970 a capela Cristo Rei foi elevada a Paróquia

A história

Em 1946, iniciou-se a construção de um galpão para as Missões na região do Bairro da Velha, dando início à comunidade. Em 1949 ocorreu a bênção e inauguração da primeira capela, pertencente à Paróquia São Paulo Apóstolo. No ano seguinte, a bênção da imagem do padroeiro, Cristo Rei. Nos anos de 1950 e 1951 verificouse a ampliação da igreja e construção da torre dos sinos. A inauguração da atual Matriz ocorreu em 1969. No ano seguinte, em 28 de julho, Dom Gregório Warmeling, bispo de Joinville, emitiu

o decreto de criação da Paróquia Cristo Rei, desmembrada da Paróquia São Paulo Apóstolo. O primeiro pároco foi o Padre Inácio Bonvechio, que conduziu os rumos da comunidade de 1970 a 1973. Em 1982 a comunidade presencia a inauguração do novo altar. O Jubileu de 25 anos da paróquia foi celebrado em 1995, com grande entusiasmo pelos fieis. O Bairro da Velha cresceu muito, principalmente após as grandes cheias em Blumenau, nos anos de 1983 e 1984. Com este incremento populacional, especialmente por causa da migração, multiplicou também o número de paroquianos.

[+] Participe!

✗ Se você quer publicar o histórico de sua paróquia, capela ou comunidade nesta página do Jornal da Diocese envie textos e fotos para nós. Estamos selecionando artigos para futuras edições. Os textos devem ser digitados, com no máximo 3.000 caracteres (incluindo espaços), na versão Word 2003. O artigo deve vir acompanhado de pelo menos uma foto, dando-se preferência a imagens antigas (da primeira construção da igreja), em formato jpg. Os materiais devem ser enviados por e-mail para o endereço artigoscapelas@hotmail.com.

Distribuição gratuita Correspondência Cúria Diocesana de Blumenau Rua XV de Novembro, 955 Centro (47) 3322-4435 Caixa Postal 222 CEP: 89010-003 Blumenau/SC www.diocesedeblumenau.org.br Sugestões de matérias, fotos, artigos e outras contribuições para o Jornal da Diocese podem ser feitas pelo e-mail comunicacoes@diocesedeblumenau.org.br até o dia 12 de cada mês.

Fone/Fax:

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www.dioceseblumenau.org.br Março de 2012. Jornal da Diocese de Blumenau

Movimentos

“Deus é servido apenas quando é servido de acordo com a Sua vontade” (Padre Pio)

CURSILHO

O jubileu de ouro do movimento Na Diocese, a data foi comemorada com missa na Catedral, presidida por Dom José

O ano de 2012 consolida um caminho de 50 anos percorridos com o anúncio da mensagem cristã, pelo Movimento de Cursilhos de Cristandade (MCC) no Brasil. Os cursilhistas da Diocese de Blumenau participaram da missa especial de abertura do jubileu de ouro, no dia 4 de fevereiro, na Catedral São Paulo Apóstolo, presidida por dom José Negri. O MCC se realiza, por sua finalidade pastoral, que é a evangelização. O cursilho (pequeno curso, em espanhol), é uma espécie de retiro de fim-de-semana, quando os participantes, juntamente com uma equipe de trabalho, se isolam para fazer estudos, reflexões, diálogos, novas amizades e uma forte experiência com Cristo e seus ensinamentos.

Raízes O movimento nasceu em 1944, na Espanha. Está presente em mais de 60 países, com mais de 6 milhões de integrantes. O espírito apostólico de alguns sacerdotes e leigos da Missão Católica Espanhola fez com que, na Semana Santa de 1962, acontecesse o primeiro Cursilho de Cristandade do Brasil, em Valinhos (SP). Em Santa Catarina, o MCC é atuante em sete das 10 dioceses. O Grupo Executivo Regional Sul IV, órgão que supervisiona as coordenações diocesanas, registra a realização de mais de 1,3 mil cursilhos no Estado, com a presença de 52 mil leigos e leigas. A escolha dos candidatos ocorre por indicação dos setores (cidades onde o MCC possui escolas) ou diretamente por cursilhistas, com acompanhamento da coordenação do cursilho e do assessor eclesiástico (sacerdote). A idade mínima para realizar é 18 anos. Os candidatos passam por uma fase de pré-cursilho, que os prepara quanto à decisão de participar, as condições e as consequências.

Celebração com intensa participação dos cursilhistas marcou o aniversário do movimento em nossa Diocese

[+] Agenda de 2012

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Dia 11 de março, 9 horas: Ultreia Itinerante em Ilhota De 26 a 29 de junho: 5º Cursilho Jovem Masculino (Casa Pe. Dehon, em Brusque) De 24 a 28 de agosto: 5º Cursilho Jovem Feminino (Casa Pe. Dehon, em Brusque) De 14 a 16 de setembro: 12º Cursilho Adulto Feminino (Casa Pe. Dehon, em Brusque) De 12 a 14 de outubro: 12º Cursilho Adulto Masculino (Casa Pe. Dehon, em Brusque) Dia 25 de novembro: Ultreia e Assembleia Eletiva do GED da Diocese de Blumenau Dia 26 de novembro: Término do ano letivo das Escolas de Cursilho

FRANCISCANISMO No último fim-de-semana de janeiro, os ex-seminaristas franciscanos da Província da Imaculada Conceição, reunimo-nos em Agudos, por três dias. Todos estudaram naquele seminário de recordações inolvidáveis. O encontro prima pela simplicidade franciscana, pela alegria e pela convivência. A todo momento, ouvem-se exclamações de júbilo, no reencontro inesperado de antigos colegas. Existe um horário a ser seguido, sem a rigidez dos tempos de seminário, mas a cortesia de todos o observa e transforma as horas em momentos únicos. São rezadas missas, há palestras e colóquios, mostrando a atualidade do Franciscanismo. Lamenta-se, por vezes, a inoperância de um que outro, mergulhado no consumismo. Nestes dias, havia 200 pessoas, congregadas no vasto prédio, cujo corredor central cobre 300 metros. A palestra principal ficou a cargo de Frei Antônio Moser, gasparense que expôs o tema “Bioética e Meio Ambiente”. Foram duas horas intensas de exposição e perguntas, sendo a mais consistente e repetida: “O fim do mundo, do planeta Terra, está chegando?” No Evangelho, Jesus afirma que somente Deus sabe, quando virá o fim. Na realidade, a criatura humana praticou muitos atentados contra a integridade do planeta e, agora, vêm as respostas, algumas violentas. Todos somos parte da grandiosidade planetária e somos obrigados a respeitar a obra da Criação. Deus deu inteligência às criaturas e liberdade para se desenvolverem, mas o humano abusou de tantas liberdades e poderes. Aí está o resultado, a resposta contra todas as maldades cometidas. Temos uma alternativa, pedirmos a proteção a Deus, pois, quem está com Ele não precisa temer. Rezemos, a fim de que tenhamos a sua proteção e possamos prosseguir em nossa jornada, rumo à eterna casa no Céu. O encontro teve momentos vivíssimos de congraçamento, como a apresentação do Coral 25 de Julho, sob a regência do ex-seminarista José Carlos Oeschler. Ficam-nos na mente as horas franciscanas e que São Francisco nos ajude a difundirmos a Paz e o Bem a todos os seres que convivem conosco. Alfredo Scottini

Três lojas Rua Amazonas, 3176 Rua Frederico Jensen, 4500 Rua 2 de Setembro, 2515

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Março de 2012. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

Paróquias

“Devemos odiar os nossos pecados, visto que o amor ao Senhor significa paz” (Padre Pio)

CENTENÁRIO

A posse de padres em novas paróquias

Comunidade celebra na Paróquia São Vicente

O início do ano é marcado sempre pelas transferências e substituições de párocos nas comunidades da Diocese, conforme a necessidade evangelizadora e os novos projetos da Igreja. Nesta edição, registramos algumas das missas de posse dos sacerdotes enviados às paróquias.

Indaial: dom José presidiu missa na Capela São Francisco de Assis, da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, instituindo a nova Área Pastoral no Bairro Carijós. Quem assumiu a missão foi o Frei Mário Ribeiro Machado.

O ano de 2012 será de comemoração para os católicos de Luis Alves

Tribess: o Padre Anderson Ferrari foi enviado para assumir a Paróquia São Luiz Gonzaga, no Bairro Tribess, em Blumenau.

Com o tema “Caridade e missão pelo testemunho de São Vicente”, a Paróquia São Vicente de Paulo, de Luís Alves, completará 100 anos de fundação no dia 31 de julho de 2012. A celebração oficial pelo centenário será no dia 29 de julho, às 9h30, na Igreja Matriz, com missa solene presidida por Dom José Negri. A preparação para esta data acontece desde julho de 2004, quando foram celebrados os 92 anos e a imagem do padroeiro peregrinou pelas comunidades da paróquia. “A partir dali, a cada ano procuramos valorizar um aspecto que constitui a paróquia”, afirma o padre Lauro Roque Mittelmann, pároco da São Vicente. No dia 31 de julho de 2011, quando completou 99 anos, a imagem de

Motivo de júbilo e louvor a Deus, a graça secular da evangelização católica na comunidade luisalvense São Vicente partiu novamente em peregrinação pelas 16 comunidades da paróquia, permanecendo de duas a quatro semanas em cada uma, conforme o número de famílias. Todas as casas estão sendo visitadas e abençoadas por um dos diáconos ou padres, junto com as lideranças da comunidade. Para isso, foi elaborada uma celebração de bênção própria. A peregrinação se estende até julho. “O objetivo da comemoração é agradecer a Deus os muitos benefícios e graças recebidos nestes 100 anos, vivenciando o segundo jubileu bíblico”, afirma o padre. Ele destaca a contribuição da paróquia para as vocações: 61 padres, 4 bispos, 147 religiosas, 17 religiosos e 15 diáconos permanentes.

Marca histórica Além da temática, foi criado um logotipo para o centenário (veja imagem) e instituído o lema “Renovados pelo centenário, discípulos e missionários, avançamos evangelizando”. Um livro memorial dos 100 anos está sendo elaborado pelo padre Antônio Francisco Bohn, com a colaboração das lideranças das comunidades. A colônia de Luís Alves foi iniciada no ano 1877 com a chegada dos primeiros imigrantes. Dois anos depois já estava edificada a primeira capelinha dedicada a São Vicente de Paulo. Em 1899 foi construída uma segunda. A Paróquia São Vicente de Paulo foi criada no dia 31 de julho de 1912, por Dom João Becker, primeiro bispo de Florianópolis.

Progresso: o Padre Leonardo Ilhota: na Paróquia São Pio X, Hoffmann recebeu o encargo paroquem assumiu foi o Padre Fernando quial da Igreja Matriz Santa Isabel, no Pereira da Silva. Bairro Progresso, em Blumenau.

Velha Central: o bispo diocePiçarras: a comunidade da Paró- sano também fez o envio do Padre quia Santo Antônio de Pádua acolheu seu novo líder espiritual, Padre José Vidalvino Fontanella, em missa celebrada por Dom José.

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Marcelo Martendal, que assumiu como administrador paroquial na comunidade Santa Cruz, na Velha Central, em Blumenau.

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Vida Missionária

www.dioceseblumenau.org.br Março de 2012. Jornal da Diocese de Blumenau

“Há duas razões para se orar com satisfação: render a Deus a honra e a glória que Lhe são devidas e falar com Ele por meio de Suas inspirações e iluminações” (Padre Pio)

SOLIDARIEDADE

Sem família, sem futuro para a sociedade

Implantação da Pastoral da Criança em uma comunidade do interior maranhense foi um dos desafios nestes 11 meses

Missão para um mundo melhor

Aloísio Boeing retorna do trabalho missionário no Maranhão com bagagem de amor ao próximo

Durante 11 meses, uma experiência única foi vivenciada por Aloísio Boeing, 65 anos, analista de sistemas aposentado e teólogo. Ele embarcou no dia 15 de janeiro de 2011 rumo ao município de Centro Novo do Maranhão (MA), em busca de um mundo melhor para a região, com a realização de trabalho missionário. Boeing mora em Balneário Piçarras, para onde retornou no dia 15 de dezembro, com a bagagem cheia histórias que valorizam o amor ao próximo. O objetivo do trabalho missionário era a implantação da Pastoral da Criança, começando pela sensibilização de pessoas

nas comunidades locais. Foram feitas capacitações de líderes, acompanhamento das equipes de trabalho na visita domiciliar, celebração da vida (dia em que as crianças são pesadas) e reuniões de reflexão e avaliação, nas quais são discutidas as dificuldades e avaliados os problemas encontrados na caminhada. Além de Boeing, outros dois missionários do Pará e do Rio de Janeiro atuaram no Maranhão. Até final de novembro, só no município de Centro Novo do Maranhão, foram implantadas 40 comunidades e capacitados 97 líderes, que acompanhavam

O retorno e a continuidade No dia 10 de março deste ano, Aloísio Boeing retornará ao município de Centro Novo do Maranhão para avaliar a situação da caminhada dos líderes e da coordenação de ramo e dar suporte, caso haja alguma dúvida. No mês de julho, o missionário voltará para Bacabal (MA), onde fará a preparação para um novo ano de missão. “Irei para onde Deus queira me mandar”. Boeing avalia que, para a Diocese, é muito importante que pessoas ligadas à Pastoral da Criança conheçam a realidade

de outras regiões. “Trazemos desta realidade a consciência cristã, o amor ao próximo e a valorização dos irmãos, independente de suas condições financeiras”. Ele ressalta que em regiões onde todos têm necessidades, o amor e o respeito ao próximo muitas vezes é exemplo.

Maranhão O município de Centro Novo do Maranhão (MA) possui cerca de 21 mil habitantes, sendo 2.556 crianças empobrecidas.

670 famílias e 935 crianças. Além disso, foi eleita a coordenação de ramo e preparados 11 novos capacitadores para dar formação a novos líderes. Eles assumiram a continuidade do trabalho que vinha sendo feito pelos missionários. “Isso nos deixou a sensação de missão cumprida”, afirma Aloísio Boeing. O missionário avalia que a experiência é muito gratificante, especialmente quando se interioriza à caminhada. “Ele leva às comunidades a luz de um mundo melhor, onde existe esperança de vida com mais saúde para as crianças e cidadania às famílias”. Boeing salienta que a experiência do trabalho missionário foi fantástica. “Saí de um mundo onde temos tudo, desde alimentação farta, educação para nossos filhos e vestimentas em abundância, para ir a um mundo onde a luta pela sobrevivência é diária”. O trabalho missionário é direcionado para líderes da pastoral, que voluntariamente se inscrevem. Eles passam por uma preparação e depois são inseridos em equipes de trabalho, também conhecidas como comunidades missionárias de trabalho. Estas equipes são enviadas para municípios mais carentes de dioceses do Norte e Nordeste, que solicitaram o trabalho missionário.

A nossa ação pastoral em 2012 se voltará para a família. Por isso, gostaria de relatar um artigo publicado na ZENIT e que a revista MISSÂO JOVEM resumiu, apontando que em 2010 foram realizados na Espanha 170 mil casamentos para 125 mil separações. A ruptura causa problemas psicológicos e sofrimento para os cônjuges, além de ser um drama para os filhos, que passam a viver em famílias desestruturadas. Os filhos podem concluir que os valores da fidelidade, da entrega e do sacrifício não são válidos, já que seus pais desacreditaram deles. Para que transmiti-los? Aparecem ideias que vão penetrando na cultura, como: “diante de uma crise, a única solução é a separação. Não adianta dar-se uma segunda oportunidade”. Ou: “a fidelidade e a indissolubilidade são uma utopia”. Ou também: “o casamento é uma questão exclusivamente de afetividade. Quando ela acaba, desistimos”. E ainda: “o casamento é um contrato humano que pode ser anulado”. As leis potencializam a separação, são regressivas e anti-familiares. Não oferecem mediação familiar, não levam à prevenção. As jornadas de trabalho exaustivas não favorecem a comunicação. Dos 27 países da União Europeia, a Espanha é o que menos lança medidas de

apoio às famílias. Para reverter a situação é preciso renovar a lei do divórcio expresso, que em apenas cinco anos duplicou o número de divórcios na Espanha (de 50 mil para 100 mil) e introduziu a possibilidade do divórcio de forma unilateral, sem nenhum motivo evidente. Potencializar os Centros de Orientação Familiar, que ajudam as famílias a superar os conflitos, recomendados há mais de 30 anos pelo Conselho da Europa. Por que lutar pela família? Numa sociedade sem casamentos duradouros, somente o Estado educaria, legislaria e determinaria o que é bom ou mau, segundo o seus interesses. A família é a primeira escola. A primeira coisa que uma criança diz não é o nome de um presidente, mas “mamãe” e “papai”. Através da família são ensinadas as virtudes (a generosidade, a entrega, a doação), o que permite estar em sociedade. Famílias fortes e estáveis geram uma sociedade forte e estável. Família sem futuro é sociedade sem futuro. Fica uma pergunta: e na nossa Diocese, quantos casam e quantos se separam por ano? Creio que devemos fazer uma pesquisa, um estudo, um trabalho diferente em relação às famílias. Vamos

Padre Alcimir José Pillotto


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Espaço da Família

“Jesus lhe quer bem, da maneira que só Ele sabe amar” (Padre Pio)

CENSO

CURTA

O perfil da família na Diocese Uma pesquisa começa a ser realizada nas comunidades e você pode colaborar Em 2012, Ano da Missão na Família na Diocese de Blumenau, as lideranças da Igreja se propõem a realizar uma pesquisa para identificar o perfil de nossas famílias. A Coordenação Diocesana de Pastorais, juntamente com a Pastoral Familiar, catequese, Pastoral da Criança, grupos de reflexão, movimentos familiares, Movimento dos Irmãos, equipes de Nossa Senhora, Lareira, Cursilhos, família diaconal e outros, está se mobilizando para realizar este grande trabalho de evangelização em favor das famílias. E para viabilizar o levantamento desses dados, fundamentais para a evangelização das famílias em todas as paróquias e comunidades da diocese, vai ser promovido um grande encontro de formação, no dia 18 de março, no Salão Porta Aberta (Catedral São Paulo Apostolo), em Blumenau. O encontro ocorre das 8 às 16 horas, encerrando com missa.

Participe São convidados a participar, toda a família diaconal, diáconos e esposas, alunos e candidatos ao diaconato da Escola Diaconal São Lourenço. Também são aguardados dois representantes de cada paróquia da coordenação de catequese e da coordenação dos grupos de reflexão, os coordenadores paroquiais da Pastoral Familiar e os coordenadores diocesanos da Pastoral da Criança, além de membros dos diversos movi-

mentos familiares. A primeira atividade a ser realizada em conjunto em toda a Diocese será o preenchimento do questionário das famílias, um levantamento para conhecer a realidade familiar nas paróquias e comunidades. Este “censo” pretende revelar como vivem os casais (tipos de união), número de filhos, situação dos sacramentos entre adultos, jovens e crianças e quantos pertencem ou participam dos movimentos pastorais. Você está convidado a colaborar, respondendo ao questionário ou mesmo atuando voluntariamente para a realização da pesquisa em sua rua, em seu bairro e em sua comunidade. Procure a coordenação da Pastoral da Família em sua paróquia e dê sua ajuda.

[+] Questionário das famílias Levantamento para conhecer a realidade familiar nas paróquias da Diocese de Blumenau (as perguntas do questionário): ✗ Nome da Paróquia: ✗ Comunidade: ✗ Casal responsável: ✗ Nome do Casal (entrevistado): ✗ Endereço/Fone: ✗ Estado civil: casados no civil e religioso, só no civil, só no religioso, segunda união, solteiros que vivem juntos, viúvo/a, separado/a ✗ Sacramentos recebidos: Batismo, Eucaristia e Crisma ✗ Data do aniversário de casamento: ✗ Casais não-casados, há quanto tempo vivem juntos? ✗ Casais em segunda união, desejam participar

Diácono João F. Zimmermann

de encontros para casais de segunda união em sua paróquia? ✗ Solteiros que vivem juntos (sem impedimentos), desejam contrair o matrimônio? ✗ Tem filhos? Quantos? Data de Nascimento: ✗ Referente aos sacramentos da iniciação cristã (Batismo, Eucaristia e Crisma), os filhos estão participando? ✗ A família participa/atua em alguma atividade pastoral de sua comunidade? Qual? ✗ Se não participa em qual aceitaria um convite para participar? ✗ É dizimista? ✗ Pertence/é membro de algum movimento familiar? ✗ Se não pertence, gostaria de ter oportunidade de conhecer?

CARITAS BENEFICIA COMUNIDADES DE GASPAR A Caritas Diocesana de Blumenau, em parceria com a Comunidade Vicentina e o Serviço Social da Paróquia São Pedro, de Gaspar, fizeram a entrega de móveis e utensílios para 50 famílias, em duas comunidades daquele município. Os donativos foram comprados graças às contribuições recebidas pela entidade (que somaram R$ 11 mil) e contemplam o atendimento às vítimas das enchentes de setembro de 2011. Entre os artigos doados destaque para camas, colchões, roupeiros, mesas e cadeiras.

A FAMÍLIA A Diocese de Blumenau está propondo que vivenciemos um ano dedicado à missão na família. Colocamo-nos, assim, em sintonia com a Igreja, que se prepara para o 7º Encontro Mundial das Famílias, em Milão (Itália), em maio deste ano, sob o tema “A Família, o trabalho e a festa”. Nossa Quaresma pode assumir o timbre da vivência em família. Para tantas, o trabalho é verdadeira luta, penitência para a sobrevivência e a digna educação dos filhos. Ainda assim, não se pode perder o sentido da festa. Dessa forma, a Quaresma pode ser um tempo abençoado para escutarmos o pedido de Jesus, através da sua Igreja: ir em missão rumo às famílias, participando de suas dores e alegrias, ao mesmo tempo, fazê-las descobrir a própria missão na comunidade e no mundo.

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A experiência de um missionário da Diocese no Maranhão

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COMUNIDADE

Os fiéis da Diocese reunidos em oração Registramos alguns momentos marcantes das celebrações ç em nossas p paróquias q

Os jornalistas e sua missão na Igreja e na sociedade foram lembrados na missa do dia 24 de janeiro, dia de São Francisco de Sales, padroeiro dos profissionais da comunicação. Dom José presidiu à celebração na Catedral, com presença de fiéis e convidados, seguido de coquetel no Salão Porta Aberta.

A irmã Janete Junckes, da Congregação das Irmãs da Divina Providência e residente na Comunidade São José, no bairro Fidelis, em Blumenau, em missa presidida pelo padre Raul Kestring, no dia 25 de janeiro, rendeu graças pelos 60 anos de fidelidade aos votos religiosos. Famílias que fequentam as missas naquela comunidade uniram-se à ação de graças.

Solene e muito participada celebração eucarística presidida por Dom José, na Catedral São Paulo Apóstolo, no dia 25 de janeiro, comemorou o Dia do Padroeiro da Catedral e da Diocese. A cada ano esta data vem sendo mais valorizada, em vista do significado evangelizador e missionário que o padroeiro evoca aos diocesanos. “Ai de mim se eu não pregar o evangelho” (1Cor 9,16).

Expressivo grupo de religiosas de diversos setores da Diocese participou da missa do Dia Mundial da Vida Consagrada, em 2 de fevereiro. Dom José presidiu à celebração da Festa da Apresentação do Senhor, comemorado no mesmo dia, dando destaque à presença e dedicação pastoral das religiosas nos hospitais, escolas, comunidades, meios de comunicação e outros. Convidadas a subirem ao presbitério, elas fizeram a renovação de seus votos religiosos de pobreza, castidade e obediência.

Trinta e dois candidatos ao Diaconato Permanente, cinco deles da Diocese de Joinville, encerraram no dia 27 de janeiro, na Casa de Formação Diocesana Nossa Senhora do Carmo, em Rio dos Cedros, a 4ª etapa da sua preparação. Ao todo são 10 etapas de 15 dias nos meses de janeiro e julho. A Diocese de Blumenau tem a graça de ver aumentar o número desses ministros ordenados que fortalecem nossa evangelização.

Os padres da Diocese e o bispo dom José participaram de retiro espiritual no Recanto Champanhat, em Florianópolis, no mês de fevereiro. A orientação e os exercícios espirituais foram conduzidos pelo Padre Luís Henrique Eloy e Silva, da Diocese de Campanha (MG), que atua em Belo Horizonte. O relacionamento de Pedro com Jesus inspirou novas e interessantes meditações sobre a vida do discipulado, especialmente sobre o ministro sacerdotal nos dias de hoje.

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