Jornal da Diocese de Blumenau Maio/2011

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Pastoral da Sobriedade promove a saúde e a vida ANO XI - nº 116 – Maio de 2011 – Leia mais: www.diocesedeblumenau.org.br

Diocese de Blumenau CNBB Regional Sul 4

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Jornal da

Diocese de Blumenau

Beato João Paulo II,

ajuda-nos a construir a paz!


Especial

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TRABALHO

Construir o mundo com Deus Doutrina Social da Igreja, uma proposta de sociedade fraterna

O Dia do Trabalhador, celebrado em 1º de maio, é uma ocasião para recordar o pensamento da Igreja sobre a questão do trabalho. Por ele, homem e mulher edificam a paz social, o bem de todos. Para isso, porém, faz-se necessária uma adequada compreensão da sociedade, sobretudo de princípios emanados dos evangelhos e que garantem a positiva contribuição dos católicos, cristãos e pessoas de boa vontade. A Doutrina Social da Igreja é um conjunto de ensinamentos contidos na doutrina da Igreja Católica e no seu magistério, constante de numerosas encíclicas e pronunciamentos dos papas, que têm suas origens nos primórdios do Cristianismo. Sua finalidade é fixar princípios, critérios e diretrizes a respeito da organização social e política dos povos e nações. É “levar os homens a corresponderem, com o auxílio da reflexão racional e das ciências humanas, a sua vocação de construtores responsáveis da sociedade terrena” (Solicitudo rei socialis). Foi enriquecida pelos padres, teólogos e canonistas da Idade Média e pelos pensadores e filósofos dos tempos modernos. “A doutrina se desenvolveu no século XIX por ocasião do encontro do Evangelho com a sociedade industrial moderna, suas estruturas para a produção, sua nova concepção de sociedade, Estado e autoridade, suas novas formas de trabalho e de propriedade” (Catecismo da Igreja Católica, 2420). A Doutrina Social da Igreja considera que a “a norma fundamental do Estado deve ser a instauração da justiça e que a finalidade de uma justa ordem social é garantir a cada um, no respeito ao princípio da subsidiariedade, a própria parte nos bens comuns” (Deus caritas est, 26-27).

Temas fundamentais da convivência social

Através das encíclicas e pronunciamentos dos papas, a Doutrina Social da Igreja aborda temas fundamentais, como a pessoa humana, sua dignidade, seus direitos e suas liberdades. A família, sua vocação e seus direitos. A inserção e participação responsável de cada homem na

vida social. A promoção da paz; o sistema econômico e a iniciativa privada. O papel do Estado, o trabalho humano, a comunidade política. O destino universal dos bens da natureza e o cuidado com a sua preservação e defesa do ambiente. O desenvolvimento integral de cada pessoa e dos povos,

com justiça e caridade. A existência da Doutrina Social não implica na participação do clero na política, que é proibida pela Igreja, exceto em situações urgentes. Isto, porque, a missão de melhorar e animar as realidades temporais, através da participação cívico-política é desti-

nada aos leigos. A hierarquia eclesiástica não está no negócio de formar, ou dirigir governos, nem de escolher regimes políticos, mas em formar o tipo de pessoa que consegue formar e dirigir governos, nos quais a liberdade leva à genuína realização humana.

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Nova relação entre capital e trabalho Com o surgimento da sociedade industrial, no final do século XIX, modificou-se o contexto social, com uma reavaliação do que seria a “justa ordem da coletividade”. Antigas estruturas sociais foram desmontadas e o surgimento da massa de proletários assalariados determinou mudanças na organização social, fazendo com que a relação capital-trabalho se tornasse questão decisiva, de um modo até então desconhecido. As estruturas de produção e o capital tornaram-se o novo poder, colocado nas mãos de poucos e que comportava para as massas operárias uma privação de direitos, contra a qual era preciso revoltar-se. Lentamente, os representantes da Igreja perceberam que, das novas formas sócio-econômicas, surgiam problemas com reflexos na questão da “justa estrutura social”. Muitas iniciativas pioneiras surgiram entre leigos e religiosos, voltadas para os problemas de pobreza, doenças e carências de serviços de saúde e educação.

Tempos e coisas novas Em 1891, Leão XIII sentiu a urgência dos novos tempos e das coisas novas e promulgou a Encíclica Rerum Novarum. A ela seguiu-se a Quadragesimo Anno, de Pio XI, em 1931. O beato João XXIII publicou, em 1961, a Mater et magistra. E Paulo VI, a Populorum Progressio, em 1967, bem como a carta apostólica Octogesima Adveniens, em 1971. João Paulo II não foi menos preocupado com a questão social e publicou três encíclicas: Laborens exercens (1981), Sollicitudo rei socialis (1987) e Centesimus annus (1991), pouco tempo depois da queda do Muro de Berlim e da derrocada do comunismo na Cortina de Ferro. No entanto, a Doutrina Social da Igreja somente foi apresentada de modo sistematizado e orgânico em 2004, no compêndio elaborado pelo Pontifício Conselho Justiça e Paz.

Princípios fundamentais Bem comum: conjunto de condi-

ções da vida social que permite aos grupos e a cada um dos seus membros atingirem de maneira a mais completa e desembaraçadamente a própria perfeição. O bem comum é responsabilidade de todos. Ninguém está escusado de colaborar, de acordo, com as próprias possibilidades, na sua busca e no seu desenvolvimento. O bem comum é a razão de ser da autoridade política e, para assegurá-lo, o governo de cada país tem a tarefa de harmonizar com justiça os diversos interesses setoriais. Seu significado vai além do simples bem-estar econômico e considera a finalização transcendente do ser humano. Subsidiariedade: deve-se respeitar a liberdade e proteger a vitalidade da família, grupos, associações, entidades culturais e econômicas, ONG’s e outras formadas, espontaneamente, na sociedade. O Estado não deve interferir no corpo social e na sociedade civil, mas exercer atividade supletiva quando, por si, ele não consegue ou não tem meios de promover determinada atividade, ou para evitar situações de desequilíbrio e de injustiça social. Solidariedade: como fruto da globalização e de uma crescente interdependência entre os homens, crescem as possibilidades de relacionamento entre os homens. A solidariedade não é um sentimento de compaixão ou de enternecimento pelos males sofridos por pessoas próximas ou distantes. É a determinação firme e perseverante de se empenhar pelo bem comum. Ou seja, pelo bem de todos e de cada um, porque todos somos verdadeiramente responsáveis por todos. Tal determinação está fundada na convicção de que as causas que entravam o desenvolvimento integral são a avidez do lucro e a sede do poder. Estas atitudes só poderão ser vencidas com a aplicação em prol do bem do próximo e disponibilidade para servi-lo. Este princípio vê o homem como imagem viva de Deus, resgatada na Paixão de Cristo: deve ser amado, ainda que seja inimigo.

Oração do Trabalhador Jesus, divino trabalhador e amigo dos trabalhadores, volvei Vosso olhar benigno para o mundo do trabalho. Nós Vos apresentamos as necessidades dos que trabalham intelectual, moral ou materialmente. Bem sabeis como são duros os nossos dias cheios de canseira, sofrimento e insídia. Vede as nossas penas físicas, morais e repeti aquele brado de Vosso coração: “Tenho compaixão deste povo”. Dai-nos a sabedoria, a virtude e o amor que Vos alentou nas Vossas laboriosas jornadas, inspirai-nos pensamentos de fé, de paz e moderação, de economia, a fim de procurarmos, com o pão de cada dia, os bens espirituais, para transformarmos a face da terra, completando assim a obra da criação que Vós iniciastes. E que Vossa luz nos ilumine a nós na busca de melhores leis sociais e ilumine os legisladores a estabelecer uma sociedade de justiça e amor. Amém

[+] Por um trabalho digno e seguro ✗ Em comemoração ao 30º aniversário, da visita de João Paulo II, a empresas cirúrgicas da cidade italiana de Terni-Narni-Amelia, o Papa Bento XVI recebeu um grupo de peregrinos locais, a quem falou sobre as problemáticas do desemprego e da falta de segurança no trabalho. ✗ O Papa referiu-se à crise, afirmando que sente a preocupação dos operários em seu coração, especialmente quanto à questão da falta de emprego. Disse que o trabalho é um dos elementos fundamentais da pessoa humana e da sociedade. As difíceis e precárias condições do trabalho tornam difíceis e precárias as condições da própria sociedade. ✗ Outro problema tocado por ele foi a segurança no trabalho, realidade que desperta a atenção, para que a trágica série de incidentes seja interrompida. Falou também do problema da precariedade profissional entre os jovens. ✗ Bento XVI manifestou-se muito próximo das preocupações e ansiedades dos operários, auspiciando que na lógica da gratuidade e da solidariedade, os momentos difíceis possam ser superados e seja garantido um emprego seguro, digno e estável para todos. ✗ Finalmente, recordou que o trabalho ajuda a sentirmonos mais perto de Deus e dos outros e lembrou que Jesus foi um operário, tendo passado grande parte da sua vida terrena em Nazaré, na marcenaria de José.


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Opinião

“Minha alma proclama a grandeza do Senhor, meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador” (Lc 1,46-47)

A atual situação dos trabalhadores

Maria, uma mulher como nós lagre da transformação da água em vinho. Maria seguiu Jesus, ouviu as pregações das escrituras e esteve com Ele no sofrimento e na morte de cruz. Mas esteve com os discípulos também quando a verdade da Ressurreição foi revelada e quando o Espírito Santo encheu a todos de alegria e graça. O perfil de Maria nos mostra uma mulher comum, que não era letrada, nem ocupava uma posição superior e sequer há notícias de que tenha realizado algum milagre. Porém, ela destacou na história da humanidade por ter sido simplesmente Maria, por ter feito o que devia fazer, por ter dito sim à vontade de Deus. Dela temos o melhor exemplo de que, para agradar a Deus e viver conforme os Seus ensinamentos, não precisamos ter grandes conhecimentos, posses ou posição social. Basta sermos nós mesmos, fazer o que devemos fazer, com humildade e fé, consagrando a Deus cada etapa de nossas vidas e cada acontecimento que enfrentamos, sejam de alegria ou provações.

“Ainda permanecem altas taxas de informalização, altos índices de rotatividade e as ocupações assalariadas que mais crescem são as menos qualificadas e remuneradas”

Artigo

Editorial

Em maio, mês de Maria, refletimos sobre a identificação de cada mulher que é mãe, esposa e trabalhadora com a Virgem escolhida para ser a mãe do Salvador. Devemos nos espelhar em Maria, porque Maria era como nós. Adolescente, filha dedicada, obediente aos pais e temente a Deus, quando recebeu a visita do Anjo Gabriel, ocupava-se dos afazeres da casa. Quando soube que a prima Isabel, de idade avançada, estava grávida, apressou-se em estar com ela para ajudá-la com as tarefas da casa. Desposada por José, o carpinteiro, Maria o auxiliava nas lidas da oficina, enquanto esperava o nascimento de Jesus. Como mãe dedicada, preocupou-se quando o Menino corria perigo em Belém e, resiliente, fugiu com ele para o Egito. Passou noites acordada na doença e desesperou-se quando perdeu seu filho no templo. Maria estava presente quando Cristo despertou para sua divindade. Foi ela que incentivou o primeiro mi-

Muitos afirmam que 1º de maio é o Dia do Trabalho. Em verdade é o Dia dos Trabalhadores e, historicamente, considerado o dia de luta por dignidade e melhores condições no trabalho. Isto começou na Europa, com a revolução industrial-capitalista, quando as pessoas passaram a vender sua força/capacidade de trabalho, subordinando-se aos proprietários das riquezas em relações de assalariamento. Ao longo do século XX esta relação foi se institucionalizando e se tornando a principal forma de desenvolvimento social e da qualidade de vida das pessoas. O emprego passou a ser mais do que trabalho. Tornou-se a condição de promoção da cidadania. No entanto, isto sempre ocorreu nos limites das possibilidades da lógica de acumulação do capital. No Brasil, após um trágico final de século XX, marcado pela repressão da ditadura e pelas barbaridades cometidas em nome do neoliberalismo, iniciamos o século XXI com um relativo alívio. Não só tivemos a oportunidade da experiência de termos um trabalhador nordestino-operário-sindicalista na presidência, mas neste período tivemos uma melhora nos indicadores que caracterizam a situação do emprego e da renda.

Dom José

“Não tenham medo” “Afinal, qual é a herança que esse homem de Deus nos deixou? Acredito que seja sua presença em nossos corações. A sua proximidade com as pessoas era fruto do seu particular carisma”

Neste 1º de maio, o Papa Bento XVI proclama bem-aventurado o seu predecessor. Num tempo muito rápido aconteceu o que, no dia do enterro de João Paulo II, muitas faixas na Praça São Pedro profetizaram: “Santo, já!”. Pelo fato de haver governado a Igreja por 27 anos, o Papa Wojtyla se tornou muito conhecido. Suas viagens missionárias, o progresso da tecnologia e da mídia que trouxe, a imagem desse homem o tornaram popular. Eu mesmo rememoro o dia em que conversei com alguém que hoje é reconhecido e

aclamado como bem-aventurado e me ajoelhei diante dele. O Pontificado de João Paulo II mudou a história. Ele tinha consciência disso, mas não o viveu com humano orgulho. Pelo contrário, sentia e sabia ser simplesmente um instrumento nas mãos de Deus. A conclamação imperativa com a qual se apresentou no dia de sua eleição – “Não tenham medo, abram as portas para o Cristo” – ecoou ao longo dos anos, como se ele estivesse lembrando que não devemos ter medo de aderir a Cristo, a despeito dos totalitarismos, das ditaduras e

Os trabalhadores estão presenciando uma situação de redução das taxas de desocupação e desemprego. Dados do IBGE e do DIEESE, que utilizam metodologias diferenciadas, indicam redução destas taxas. Houve crescimento da formalização, com 37% da população ocupada com carteira. Hoje trabalhadores com carteira formam mais da metade da força de trabalho no País. No entanto, esta melhoria não eleva a classe trabalhadora para uma condição digna e tranquila. Ainda permanecem altas taxas de informalização, de rotatividade e as ocupações assalariadas que mais crescem são as menos qualificadas e remuneradas. A jornada de trabalho é elevada, principalmente para as mulheres. Além disto, as exigências da competitividade impõem à classe trabalhadora um ritmo desumano e intenso, produzindo uma massa de trabalhadores doentes (LER, DORT, stress...). Portanto, os desafios continuam e há muita luta para que os trabalhadores conquistem condições de trabalho decente e uma vida mais digna.

Valmor Schiochet Doutor em Sociologia Política e professor da FURB

das guerras. Ele havia passado por essas realidades num país que sofreu com a opressão. Seu convite continua valendo hoje, quando sofremos o que o atual Pontífice chama de “ditadura do relativismo”, em que os valores parecem se ofuscar e forças maiores querem fazer desaparecer a presença de Deus em nossa vida. Mas, afinal, qual é a herança que esse homem de Deus nos deixou? Acredito que seja sua presença em nossos corações. A sua proximidade com as pessoas era fruto do seu carisma. Uma presença silenciosa, sempre atenta. Silenciosa porque ele vivia, conforme seus colaboradores mais próximos, uma união profunda com Deus, pois con-

seguia mergulhar no coração de Deus e também se solidarizava com as pessoas, face aos problemas que lhes eram impostos. Quem experimentou o privilégio de ter estado perto dele ficou com a impressão de ter-se encontrado com um “homem de Deus”, um “homem de oração”. Esse era o segredo do seu carisma. Confiemos a esse nosso Pai na fé, que agora vive na glória, os cuidados da nossa Igreja de Blumenau: ele conhece a terra brasileira porque aqui esteve, trazendo uma mensagem de paz e de amor. Que no céu continue nos abençoando e nos encorajando: “Não tenham medo!”


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“A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao dono da messe, que mande trabalhadores para a colheita” (Mt 9, 36-38)

Diocese VOCAÇÕES

É tempo de rezar por novos pastores “Propor as vocações na Igreja local” é o tema do 48º Dia Mundial de Oração pelas Vocações

O 48° Dia Mundial de Oração pelas Vocações será celebrado no dia 15 de maio - quarto domingo da Páscoa, o Domingo do Bom Pastor. Nesta data, somos chamados a rezar de uma maneira muito especial pelas vocações, sobretudo ao ministério ordenado e à vida consagrada. O papa nos sugere como tema deste ano “Propor as vocações na Igreja local”. A necessidade de fomentar as vocações é urgente. Segundo estatísticas da CNBB, a proporção de padres no Brasil é a mais baixa do mundo entre os países católicos. Enquanto na Itália há um padre para cada mil habitantes, no Brasil a média é de um para cada 10 mil habitantes. A proporção fica atrás mesmo, quando comparada a países não católicos, como Estados Unidos (um padre para cada 6,35 mil habitantes)

embrenhar-se em outra vontade, a de Deus, vivendo na fraternidade que nasce dessa disponibilidade total a Deus. O Papa diz que, também hoje, o seguimento de Cristo é exigente. Significa aprender a ter o olhar fixo em Jesus, a conhecê-lo e a escutá-lo na Palavra, a encontrá-lo nos sacramentos. Diz que o Senhor não deixa de chamar, em todas as estações da vida, para partilhar sua missão e servir a Igreja no ministério ordenado e na vida consagrada. E cita a exortação de João Paulo II: “A Igreja é chamada a proteger esse dom, a estimá-lo e amá-lo. Ela é responsável pelo nascimento e pela maturação das vocações sacerdotais”. Missão esta que começa pela oração.

Eu os farei pescadores de homens (Mc 1,17)

e Alemanha (um sacerdote para cada 4,5 mil habitantes). Em sua mensagem para o 48º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, o Papa Bento XVI lembra que, ao chamar as pessoas para segui-lo, Jesus as convida a entrar na sua amizade, a escutar de perto sua palavra e a viver com Ele. Convida-as a sair da sua vontade fechada, para

Para descobrir vocações O conhecimento da vida no seminário, uma convivência com os seminaristas, padres e bispo, além de momentos de oração, formação, entretenimento. Estas são as propostas do estágio vocacional, promovido pelo Seminário Diocesano. O coordenador da Pastoral Vocacional, Padre Marcelo Martendal, explica que o estágio é destinado a rapazes que se sintam chamados a serem padres ou que, na incerteza, queiram conhecer o seminário e fazer um acompanhamento vocacional. Serão três estágios em 2011 e o primeiro está marcado para 14 de maio, no Seminário Menor e Propedêutico da Mãe de Jesus, na Itoupava Central, em Blumenau. Das 8h30 às 16 horas, os jovens participantes serão envolvidos em temas como vocação do padre, o que é ser padre diocesano, espiritualidade, dimensões da formação espiritual, intelectual, humano-afetiva, comunitária e pastoral, bem como o dia a dia do seminário.

O estágio é coordenado pelo padre formador do Seminário Menor e Propedêutico, padre Almir Negherbon, acompanhado do Padre Martendal. Podem participar os jovens que estejam cursando pelo menos a 8ª série do Ensino Fundamental e a realização do estágio não obriga ninguém a ingressar no seminário. Os interessados devem entrar em contato pelo e-mail martendal. bnu@ibest.com.br. “ É conveniente, porém, que o jovem se apresente primeiramente ao padre de sua paróquia”, comenta o padre Marcelo Martendal.

Visitas para descobrir um dom A Pastoral Vocacional da Diocese de Blumenau está realizando o trabalho de auxílio ao surgimento e encaminhamento das vocações sacerdotais, religiosas, missionárias e laicais. A programação é organizada junto com as paróquias e as primeiras visitas aconteceram de 8 a 10 de abril. Os seminaristas levaram atividades às paróquias Santa Luzia, em Navegantes e Nossa Senhora da Penha, em Penha. O trabalho envolveu um encontro com catequizados, coroinhas, gru-

po de jovens e visita às comunidades, com participação em missas. A Semana Vocacional consiste em dias mais intensos de promoção vocacional nas paróquias. “Uma semana que tem, sobretudo, como objetivo despertar as vocações”, destaca o coordenador diocesano da Pastoral Vocacional, Padre Marcelo Martendal. Em cada paróquia podem ser organizados encontros com crianças,

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adolescentes, jovens, coroinhas, catequizandos e lideranças, além de visitas a escolas. “É possível abordar o tema por meio de palestra, de momentos de oração, exposição de material vocacional”, diz.

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Estagiários vocacionais e colaboradores no Seminário de Blumenau em agosto de 2010


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Igreja

“E agora, Pai, glorifica-me junto a ti, com a glória que eu tinha junto de ti antes que o mundo existisse” (Jo 17, 5)

JOÃO DE DEUS

SANTO DO MÊS

A beatificação de Karol Wojtyla

Rita de Cássia

Igreja atende aos apelos populares e acelera o processo, reconhecendo a cura de uma religiosa francesa A cura da religiosa francesa Marie Simon-Pierre Normand, que tinha Mal de Parkinson, foi o milagre reconhecido pela Igreja para abrir o processo de beatificação do Papa João Paulo II. A religiosa conta que ela e uma amiga pediram fervorosamente a João Paulo II o fim da doença degenerativa, o que teria ocorrido dois meses após a morte do Papa. Outros 250 supostos milagres por intercessão de Karol Wojtila foram catalogados, tendo sido escolhido este para análise da Congregação para as Causas dos Santos. A cerimônia de beatificação, no dia 1º de maio, mobiliza os fieis em todo o mundo. O Rito é presidido pelo Papa Bento XVI e ocorre na Basílica de São Pedro, no Vaticano, quando a urna com os restos mortais é transferida das Grutas Vaticanas para o altar da Capela de São Sebastião, na Basílica, para ser venerada pelos visitantes.

Agilidade O processo foi considerado um dos mais rápidos da história da Igreja, ocorrendo seis anos após sua morte

foi tratada como as outras, seguindo todos os passos previstos pela legislação da Congregação”, disse. Para ele, a imponente reputação de santidade da qual gozava o Papa durante sua vida, em sua morte e depois da morte foram decisivos para acelerar o processo.

Canonização

(normalmente o Vaticano leva cinco anos somente para iniciar o processo). A beatificação representa o primeiro passo para atender aos apelos da multidão, que nos funerais do Pontífice, em 2005, gritava: “Santo já, santo já”. De acordo com o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato, a causa

A mensagem da CNBB A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma mensagem pela beatificação do papa João Paulo II, assinada pelo Conselho Permanente da entidade, na qual exalta as virtudes de João Paulo II, lembrando suas três visitas ao Brasil e o fato de que, entre nós, ele foi carinhosamente acolhido e aclamado como “João de Deus”. Segundo a CNBB, João Paulo II foi marcado pela espiritualidade da cruz que “o acompanhou na experi-

de João Paulo II teve dois aspectos facilitadores. “O primeiro diz respeito à dispensa pontifícia da espera de cinco anos. Já a segunda foi a passagem para um tribunal especial, que não a colocou em lista de espera”, afirma. No entanto, justifica, “no que diz respeito ao rigor e zelo processual, não foram dados privilégios. A causa

A beatificação é a última etapa para que Karol Wojtyla passe a ser reconhecido como santo pela Igreja Católica. A canonização requer a ratificação de mais dois milagres. De acordo com o Padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, a vida e o pontificado de João Paulo II foram percorridos pelo desejo de dar a conhecer ao mundo todo a consoladora e entusiasmante grandeza da misericórdia de Deus. Karol Wojtyla - nome de batismo de João Paulo II - foi o 264º Pontífice da Igreja Católica, o primeiro de origem eslava. Seu papado durou 27 anos (16 de outubro de 1978 a 2 de abril de 2005).

Brasil aguarda beatificação da Ir. Dulce

ência da orfandade e da pobreza, nas atrocidades da guerra e do regime comunista, mas principalmente no atentado sofrido na Praça de São Pedro”. A CNBB destaca, ainda, o empenho do papa na defesa da vida e da família. “O mundo inteiro foi edificado pelo seu empenho em favor da vida, da família e da paz, dos direitos humanos, da ecologia, do ecumenismo e do diálogo com as religiões”, diz a mensagem.

A Igreja Católica na Bahia se prepara para a cerimônia de beatificação de Irmã Dulce, marcada para o dia 22 de maio, em Salvador. Entre as atrações para o dia da cerimônia de beatificação, está a exibição de um espetáculo que contará a trajetória de vida de Irmã Dulce, também chamada de “o Anjo Bom do Brasil”. À frente da apresentação artística, que reunirá dança, música e teatro, estarão 700 alunos do Centro Educacional Santo Antônio (CESA), núcleo de educação da OSID localizado no município de Simões Filho. Após a apresentação, terá início às 17h, a celebração canônica com uma Missa seguida do roteiro litúrgico do Rito

de Beatificação do Vaticano. A cerimônia será presidida pelo Cardeal Geraldo Majella Agnelo, o delegado papal na solenidade, representando o Papa Bento XVI e o prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, Dom Angelo Amato. Informações: 0800-284-52-84 e email: cerimonial@irmadulce.org.br.

O dia 22 de maio é reservado à memória de Santa Rita de Cássia, de origem italiana, protetora das esposas e mães. Os pais idosos conseguiram esta única filha pelas preces fervorosas. Eram pobres, mas ensinaram a ela uma boa educação, fundada nos princípios de fé e da moral cristã. Seu desejo era consagrar-se a Deus na Ordem Agostiniana. Seus pais, porém, obrigaram-na a se casar com Paulo Ferdinando, que após as núpcias revelou um caráter violento e grosseiro dentro de casa e aventureiro fora do lar. Mas o sofrimento de Rita, sua oração e paciência levaram o marido à conversão sincera. O casamento durou 18 anos, até que Ferdinando foi assassinado. Os filhos gêmeos arquitetaram um plano de vingança pela morte, apesar dos deveres da caridade cristã e do perdão que a mãe ensinava. Rita pediu a Deus, então, que mudasse o coração dos filhos ou os chamasse para si. Tinham 14 anos quando morreram. Viúva e sem filhos, ela foi bater à porta do convento da Ordem das Agostinianas. A superiora alegou-lhe que não recebia viúvas e Rita entregou sua causa a Deus e a seus santos protetores, à Mãe de Jesus, São João Batista e Santo Agostinho. Assim, em forma milagrosa conseguiu realizar seu intento de consagrar-se a Deus. O resto da sua vida foi de uma intensidade espiritual verdadeiramente heroica. Meditava longamente a paixão de Cristo que a privilegiou com um sinal da sua agonia. Por isso é representada com um crucifixo nas mãos. Faleceu em Cássia no dia 22 de maio de 1457.

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“Maria Santíssima, Mãe de Jesus, ouviu, acreditou e viveu, intensamente, a Palavra de Deus” (Lc 1,45-55; 11,27-28)

Catequese MARIA

Mãe, mestra e catequista

Devemos aprender com ela a anunciar Jesus e seu pr ojeto Ter Maria como Mãe, Mestra e Catequista dos que anunciam Jesus, é uma graça. Significa aprender com ela com novo vigor a cada dia, ter a ousadia de seu testemunho e de seu desempenho profético e evangelizador e se autoavaliar, confrontando-se com as virtudes e a sabedoria de nossa Mãe. São poucas as referências bíblicas sobre Maria. Ela ocupa papel discreto na tradição católica, mas estas referências permitem recuperar a força de sua aparente fragilidade. Todas elas giram em torno da presença do Espírito Santo, que encontra resposta em sua vida. Para redescobrir a figura de Maria, os evangelhos são o lugar privilegiado. Maria pertenceu à descendência de Davi. Neste sentido existem relatos de Inácio de Antioquia, Santo Irineu, São Justino e Tertuliano. Seu pai, conforme antiga tradição, era São Joaquim, descendente de Davi e sua mãe, Santa Ana, da descendência do sacerdote Aarão.

do povo. Maria guardava a palavra em seu coração (Lc 2,19-51). Na medida em que o caminho de seu Filho escapava à sua compreensão, refletia sobre o acontecido e movimentava as palavras, guardandoas em seu coração. A palavra de Deus na vida de Maria fez com que saísse de si mesma e se voltasse aos outros. Viu que faltava vinho na festa de Caná e falou ao filho. “Eles não têm mais vinho!” Quanta ternura! A mulher que serve, que vê as necessidades das pessoas. Modelo de catequista, formadora e discípula, amante da palavra, do Verbo que se fez carne e habitou entre nós.

Modelo Maria do Povo Maria tornou-se modelo de fé, porque acreditou, acolheu a graça sob a forma de promessa e se entregou à ação do Espírito Santo. É o símbolo da esperança que alimenta o povo em sua caminhada. Ela é cheia de graça. É Mãe medianeira, mulher comprometida com a causa e o sofrimento

Maria era do povo, porque carregava em si a mesma esperança de todas as pessoas, a mesma fé e o mesmo amor pela vida. É a presença sacramental dos traços maternais de Deus. É uma realidade tão profundamente humana e santa que desperta no coração das pessoas que crêem, as preces

A importância da leitura orante Uma prática que nos ajuda é a leitura orante das passagens bíblicas, como a anunciação do anjo (Lc 1,26-38), a visita à prima Isabel (Lc 1,39-45) e as bodas de Caná (Jo 2,1-11). Ler, conhecer o texto, refletir, rezar, contar, encenar, sempre tirando algo para a vivência da fé e vida! A devoção a Maria vai crescendo juntamente com a história

da Igreja. Nossa oração à Mãe de Jesus, sob as mais diversas formas devocionais e culturais de nosso povo, guarda essa consciência bem clara de que podemos confiar na sua mediação. O povo sofrido da América Latina nutre grande devoção a Maria, que marcou presença em acontecimentos importantes e na tradição de cada país. Ela ocupa um lugar

especial no coração do povo. O culto a Maria foi enriquecido com a devoção em torno das aparições de Lourdes, Fátima, Guadalupe, Salete e Nossa Senhora das Graças, entre outras. O povo aprendeu a invocar Maria sob os mais diversos títulos e a expressar sua fé. Os cantos de louvor, súplica, ação de graças e agradecimento são os mais variados e brotam sempre do coração do nosso povo. Os nomes variam, as ima-

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de ternura, da dor e da esperança. Nós adoramos somente a Deus e a Ele prestamos culto, mas respeitamos e veneramos os santos. Maria ocupa um lugar especial na comunhão dos santos que, segundo o Concílio Vaticano II, ocupa o lugar único, mais perto de Cristo e mais perto de nós. Podemos contar sempre com a intercessão de Maria, pedir sua proteção e entregar-nos em suas mãos. Toda a oração a Maria nos coloca em sintonia com Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Só Jesus é a luz verdadeira que veio a este mundo para iluminar a todos (Jo 1,9). As diferentes “Nossa Senhoras” são fotografias retocadas da mesma Maria de Nazaré já glorificada junto a Deus. Cada nome, cada título é uma maneira de Maria se inculturar, assumindo o jeito de diferentes povos e culturas. O importante, na catequese e na vida cristã, é saber que não podemos repetir as coisas apenas por tradição, mas porque ajudam no crescimento da fé, a vivência na comunidade, a ter esperança, amor e solidariedade. Iniciar um processo de educação da fé na catequese com crianças, adolescentes, jovens e adultos é um momento propício para despertarmos neles a devoção a Maria. Refletir, rezar e descobrir com eles as virtudes e qualidades de Maria e incentivá-los a viver como ela.

gens se multiplicam e as festas se sucedem. O que permanece é a visão de Maria que, desde cedo, se esboçou no cristianismo. Maria cheia de graça a quem louvamos. Mãe e Medianeira, intercessora a quem invocamos. Mãe querida, a quem nos entregamos, catequizandos, catequistas, lideranças, famílias... todos e todas. Que ela nos faça fiéis seguidores de seu Filho Jesus! Caminhe conosco, hoje e sempre!

CURTAS COMARCA DE TIMBÓ No dia 10 de abril a Comarca de Timbó realizou a 6ª Concentração Comarcal de Catequistas, com o tema “Processo de iniciação à Vida Cristã”, com a assessoria da Irmã Carmelita Tenfen. Participaram 190 catequistas de sete paróquias e o evento foi elogiado pela organização e animação.

COMARCA SUL As coordenações paroquiais da Comarca Sul se reuniram para a formação continuada sobre o processo de Iniciação à Vida Cristã, programado pela Coordenação Diocesana de Catequese. Foi um encontro de muita participação e interesse.

CAMPANHA DA FRATERNIDADE Na Paróquia Santa Terezinha, da Escola Agrícola, a catequista Janaina fez um trabalho com as crianças em torno do meio ambiente, tema da Campanha da Fraternidade 2011. Uma das atividades foi escrever cartas aos coletores de lixo, agradecendo o seu empenho. Nas páginas desta edição, alguns desses trabalhos.


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Ecumenismo

“Unidos no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações”. (At 2,42)

CONIC

Igrejas preparam Semana de Oração Objetivo é fortalecer a unidade dos cristãos, movidos pelos ensinamentos dos apóstolos Celebrada anualmente por cristãos de todo o mundo, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos será comemorada no Hemisfério Sul entre os dias 5 e 12 de junho, semana que antecede Pentecostes. Para orientar as igrejas na preparação desse evento, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil disponibilizou materiais – folhetos, folders e outros – baseados no tema deste ano: “Unidos nos ensinamentos dos Apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e na oração” (At 2,42). Para adquirir a cartilha, basta entrar em contato com a Secretaria Geral do Conselho, pelo fone (61) 3321-4034 ou

Painel motivador destacando o cartaz da Semana de Oração na sala de palestras 3321-8341, falar com Leila. Ou mandar um e-mail para conic. brasil@terra.com.br.

Na diocese Na Diocese de Blumenau, a

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos está sendo organizada pelo Núcleo Ecumênico de Blumenau. A abertura será no dia 31 de maio, com uma celebração ecumênica conjunta na Paróquia Imaculada Conceição, na Vila Nova, às 19h30. Cada religioso das comunidades envolvidas na celebração receberá uma cópia da cartilha, para promover a oração em seus grupos e comunidades. Também nas comunidades orienta-se a reunião de católicos e luteranos para celebrações que promovam a oração, mas cada paróquia ou capela, individualmente, pode e deve rezar pela unidade.

CIER promove Encontro preparatório em Lages O Núcleo Ecumênico de Blumenau definiu a agenda de reuniões da diretoria para 2011. Conforme ata da entidade, os encontros devem ocorrer nos dias 24 de maio, 30 de agosto, 25 de outubro e 29 de novembro, sempre às 9 horas, tendo como sede a Diocese de Blumenau. A primeira reunião ocorreu no dia 29 de março. Na agenda do NEB foram incluídas também algumas atividades de mobilização das igrejas cristãs integrantes para este ano. A celebração da Semana de Oração pela União dos Cristãos foi marcada para

Jesus deu a vida pela unidade

Está se tornando uma exigência do sonho ecumênico de todos nós reservarmos, a cada ano, uma semana para devota oração pela unidade dos cristãos. Este anseio foi plantado no coração do homem e da mulher no momento em que Deus os criou, à sua imagem e semelhança. A unidade e a diversidade caracterizam o triúno Deus revelado por Jesus, o Filho. Faz parte, então, da identidade do ser humano querer a unidade. Não só entre as igrejas. Também na família, que mais expressa sua identidade e realiza seus objetivos quanto mais unida consegue ser. Os povos, os grupos e associações buscam unir-se para uma convivência pacífica, harmoniosa e desenvolvimentista. O apóstolo e evangelista João, no contexto da paixão do Senhor, afirma que Jesus iria morrer para “reunir os filhos de Deus que estavam dispersos” (Jo 10,52). Nos Atos dos Apóstolos, Lucas consignou o testemunho das primeiras comunidades cristãs, nas quais “todos eram unidos e colocavam em comum as suas coisas” (At 2,44).

Histórico Uma análise da história do cristianismo mostra que não houve período sem um expoente do sonho humano da unidade. Sabemos de muitas pessoas que, como Jesus, deram a vida pela unidade da Igreja. A história dos cristãos parece recompor-se tendendo para a fonte da sua unidade que é Jesus Cristo. “Ele é o mesmo ontem, hoje e por toda a eternidade” (Hb 13,8). Observe-se que o início do movimento ecumênico deu-se dentro do movimento pentecostal. Assim, Deus parece querer mostrar que seu Espírito está presente na história, especialmente nesses tão conturbados últimos tempos.

Apóstolos Pequeno grupo se reúne para elaborar sua contribuição

Participantes do Seminário em momento de debates

31 de maio, às 19h30, na Igreja Nossa Senhora Aparecida, na Itoupava Norte. O Seminário do

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CIER para a preparação da Semana de Oração será nos dias 21 e 22 de março, em Lages. A ce-

lebração do Dia Nacional de Ação de Graças será no dia 23 de novembro.

Este ano, o chamado à unidade para as igrejas do mundo inteiro vem exatamente de Jerusalém, a Igreja-mãe. Consciente de suas divisões e da necessidade de fazer mais pela unidade do corpo de Cristo, as igrejas em Jerusalém fazem um apelo a todos para a redescoberta dos valores que mantinham unida a comunidade primitiva de Jerusalém, quando os cristãos se uniam no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, no partir do pão e nas orações. Esse é o desafio que está diante de nós. Os cristãos de Jerusalém convocam seus irmãos e irmãs para fazer desta semana de oração, uma ocasião de renovar o compromisso de trabalho por um genuíno ecumenismo, enraizado na experiência da Igreja dos primórdios.


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“A sua fé curou você. Vá em paz e fique curada” (Mc 5,34)

Enfoque Pastoral DEPENDÊNCIA

Novas lutas pela vida Oração da sobriedade “Senhor, ADMITO minha dependência dos vícios e pecados e que sozinho não posso vencê-los. Liberta-me! Senhor, CONFIO em Ti, ouve o meu clamor. Cura-me! Senhor, ENTREGO minha vida, minhas dependências em tuas mãos. Espero em Ti. Aceita-me! Senhor, ARREPENDIDO de tudo que fiz quero voltar para a tua graça, para a casa do Pai. Acolhe-me! Senhor, CONFESSO meus pecados e, publicamente, peço teu perdão e o perdão dos meus irmãos. Absolve-me! Senhor, RENASÇO no teu Espírito para a sobriedade. O homem velho passou, eis que sou uma criatura nova. Batiza-me! Senhor, REPARO financeira e moralmente a todos que, na minha dependência, eu prejudiquei. Ajuda-me a resgatar minha dignidade e a confiança dos meus. Restaura-me! Senhor, PROFESSO que creio na Santíssima Trindade e peço a ajuda da Igreja, com a intercessão de todos os santos. Instrui-me na Tua Palavra! Senhor, ORANDO e VIGIANDO para não cair em tentação, seremos perseverantes nos Teus ensinamentos. Dá-me a Tua Paz! Senhor, SERVINDO, a exemplo de Maria, nossa mãe e de todos, queremos, gratuitamente, fazer dos excluídos os nossos preferidos, através da Pastoral da Sobriedade. Senhor, CELEBRANDO a Eucaristia, em comunidade com os irmãos, teremos força e graça, para perseverarmos nesta caminhada. Alimenta-nos no Corpo e Sangue de Jesus! Senhor, FESTEJANDO os 12 passos para a Sobriedade Cristã, irmanados com todos, na mesma esperança, por um século sem drogas, queremos partilhar e anunciar Jesus Cristo Redentor, pelo nosso testemunho. Amém!”

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Os 12 passos da sobriedade

Pastoral da Sobriedade amplia atividades na prevenção e tratamento da dependência química Mais do que uma intervenção, com dependentes químicos, a Pastoral da Sobriedade se compromete em contribuir com a prevenção e promoção da saúde e da vida. Na segunda reunião diocesana, em março, foi retomada a questão da inserção dos dados estatísticos e uma dinamização mais abrangente das atividades. O novo desafio inclui a divulgação dos trabalhos, com notícias no site da Diocese, registrando a história da Pastoral e renovando o convite ao trabalho e apoio aos dependentes e familiares e viabilizar espaço na Rádio Arca da Aliança, na pretensão de conduzir, semanalmente, a reflexão dos 12 passos da sobriedade. Além disso, ainda este ano haverá capacitação de agentes com formação diocesana, formações nacionais e regionais. Com a percepção de que é preciso evangelizar fora da Igreja, a pastoral se propõe a envolver escolas, associações comunitárias, postos de saúde e os diversos conselhos municipais que atuam com adolescentes e entorpecentes, tendo como base a família.

Apoio A psicóloga da Pastoral da Sobriedade, Malena Andrade Silva, enfatiza o convite às demais pastorais católicas, para que venham contribuir com essa nova presença evangelizadora. “Estamos tecendo uma rede de esforços conjuntos para resgatar esses jovens e pais de família que se entregaram ao vício e já não reconhecem o caminho de volta. A Igreja é ministerial e deve estar engajada”.

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Malena salienta a consciência dos que precisam de acolhimento e tratamento e se encontram, geralmente, afastados de suas práticas espirituais, independente de religião. “É nosso dever cristão ir à busca destes que estão sem norte, para dar suporte e orientálos, lembrando-os de que não estão sozinhos”. A dependência química envolve sérias problemáticas, como a desestrutura familiar e o contexto histórico-social e econômico, até a influência dos meios. A psicóloga afirma que é preciso acompanhar a evolução dos fatos, para reconhecer as demandas no que se refere não só à doença, mas à saúde.

Como é o atendimento Para os que buscam tratamento e orientação, a Pastoral da Sobriedade atende, semanalmente, às segundasfeiras de manhã, na Catedral São Paulo Apóstolo, em Blumenau. Na primeira entrevista, são orientados os procedimentos para internação, acompanhamento terapêutico, grupos de auto-ajuda e sugeridas outras possibilidades de tratamento. Os familiares são chamados ao comprometimento e recebem suporte. Quem deseja auxílio deve procurar a sua comunidade e se informar. “Garan-

1- Admitir 2- Confiar 3- Entregar 4- Arrepender-se 5- Confessar 6- Renascer 7- Reparar 8- Professar a fé 9- Orar e vigiar 10- Servir 11- Celebrar 12- Festejar

timos que ele será acolhido e encaminhado para os grupos mais próximos. Mas é preciso o desejo de reabilitação do próprio dependente”.

Um lar de superação A Casa de Recuperação da Comunidade Terapêutica de Ilhota, na Estrada de Barranco Alto, funciona há seis anos e atende cerca de 12 pessoas. Os trabalhos envolvem a Pastoral da Sobriedade e abrange os municípios de Gaspar, Navegantes, Timbó e cidades vizinhas, que acolhem os dependentes e suas famílias e encaminham ao tratamento. Malena ressalta que as atividades abrem espaço para um encontro cristão. “É muito mais do que uma questão social; é religiosa”, completa. “Oração, disciplina e trabalho” é o lema adotado no lar. O tratamento é gratuito, com duração de nove meses, incluindo reflexões e liturgias, trabalho e cumprimento de horários. Os internos mantêm o lar sob a coordenação do Padre Idonizete Krueger.

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Atuamos nas áreas de: Educação, Catequese, Grupos de Reflexão, CEBs, formação de lideranças, movimentos populares, trabalhos com indígenas e afro descendentes, mulheres, economia solidária, juventudes, ecologia, saúde popular...

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Especial

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TRABALHO

Construir o mundo com Deus Doutrina Social da Igreja, uma proposta de sociedade fraterna

O Dia do Trabalhador, celebrado em 1º de maio, é uma ocasião para recordar o pensamento da Igreja sobre a questão do trabalho. Por ele, homem e mulher edificam a paz social, o bem de todos. Para isso, porém, faz-se necessária uma adequada compreensão da sociedade, sobretudo de princípios emanados dos evangelhos e que garantem a positiva contribuição dos católicos, cristãos e pessoas de boa vontade. A Doutrina Social da Igreja é um conjunto de ensinamentos contidos na doutrina da Igreja Católica e no seu magistério, constante de numerosas encíclicas e pronunciamentos dos papas, que têm suas origens nos primórdios do Cristianismo. Sua finalidade é fixar princípios, critérios e diretrizes a respeito da organização social e política dos povos e nações. É “levar os homens a corresponderem, com o auxílio da reflexão racional e das ciências humanas, a sua vocação de construtores responsáveis da sociedade terrena” (Solicitudo rei socialis). Foi enriquecida pelos padres, teólogos e canonistas da Idade Média e pelos pensadores e filósofos dos tempos modernos. “A doutrina se desenvolveu no século XIX por ocasião do encontro do Evangelho com a sociedade industrial moderna, suas estruturas para a produção, sua nova concepção de sociedade, Estado e autoridade, suas novas formas de trabalho e de propriedade” (Catecismo da Igreja Católica, 2420). A Doutrina Social da Igreja considera que a “a norma fundamental do Estado deve ser a instauração da justiça e que a finalidade de uma justa ordem social é garantir a cada um, no respeito ao princípio da subsidiariedade, a própria parte nos bens comuns” (Deus caritas est, 26-27).

Temas fundamentais da convivência social

Através das encíclicas e pronunciamentos dos papas, a Doutrina Social da Igreja aborda temas fundamentais, como a pessoa humana, sua dignidade, seus direitos e suas liberdades. A família, sua vocação e seus direitos. A inserção e participação responsável de cada homem na

vida social. A promoção da paz; o sistema econômico e a iniciativa privada. O papel do Estado, o trabalho humano, a comunidade política. O destino universal dos bens da natureza e o cuidado com a sua preservação e defesa do ambiente. O desenvolvimento integral de cada pessoa e dos povos,

com justiça e caridade. A existência da Doutrina Social não implica na participação do clero na política, que é proibida pela Igreja, exceto em situações urgentes. Isto, porque, a missão de melhorar e animar as realidades temporais, através da participação cívico-política é desti-

nada aos leigos. A hierarquia eclesiástica não está no negócio de formar, ou dirigir governos, nem de escolher regimes políticos, mas em formar o tipo de pessoa que consegue formar e dirigir governos, nos quais a liberdade leva à genuína realização humana.

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Nova relação entre capital e trabalho Com o surgimento da sociedade industrial, no final do século XIX, modificou-se o contexto social, com uma reavaliação do que seria a “justa ordem da coletividade”. Antigas estruturas sociais foram desmontadas e o surgimento da massa de proletários assalariados determinou mudanças na organização social, fazendo com que a relação capital-trabalho se tornasse questão decisiva, de um modo até então desconhecido. As estruturas de produção e o capital tornaram-se o novo poder, colocado nas mãos de poucos e que comportava para as massas operárias uma privação de direitos, contra a qual era preciso revoltar-se. Lentamente, os representantes da Igreja perceberam que, das novas formas sócio-econômicas, surgiam problemas com reflexos na questão da “justa estrutura social”. Muitas iniciativas pioneiras surgiram entre leigos e religiosos, voltadas para os problemas de pobreza, doenças e carências de serviços de saúde e educação.

Tempos e coisas novas Em 1891, Leão XIII sentiu a urgência dos novos tempos e das coisas novas e promulgou a Encíclica Rerum Novarum. A ela seguiu-se a Quadragesimo Anno, de Pio XI, em 1931. O beato João XXIII publicou, em 1961, a Mater et magistra. E Paulo VI, a Populorum Progressio, em 1967, bem como a carta apostólica Octogesima Adveniens, em 1971. João Paulo II não foi menos preocupado com a questão social e publicou três encíclicas: Laborens exercens (1981), Sollicitudo rei socialis (1987) e Centesimus annus (1991), pouco tempo depois da queda do Muro de Berlim e da derrocada do comunismo na Cortina de Ferro. No entanto, a Doutrina Social da Igreja somente foi apresentada de modo sistematizado e orgânico em 2004, no compêndio elaborado pelo Pontifício Conselho Justiça e Paz.

Princípios fundamentais Bem comum: conjunto de condi-

ções da vida social que permite aos grupos e a cada um dos seus membros atingirem de maneira a mais completa e desembaraçadamente a própria perfeição. O bem comum é responsabilidade de todos. Ninguém está escusado de colaborar, de acordo, com as próprias possibilidades, na sua busca e no seu desenvolvimento. O bem comum é a razão de ser da autoridade política e, para assegurá-lo, o governo de cada país tem a tarefa de harmonizar com justiça os diversos interesses setoriais. Seu significado vai além do simples bem-estar econômico e considera a finalização transcendente do ser humano. Subsidiariedade: deve-se respeitar a liberdade e proteger a vitalidade da família, grupos, associações, entidades culturais e econômicas, ONG’s e outras formadas, espontaneamente, na sociedade. O Estado não deve interferir no corpo social e na sociedade civil, mas exercer atividade supletiva quando, por si, ele não consegue ou não tem meios de promover determinada atividade, ou para evitar situações de desequilíbrio e de injustiça social. Solidariedade: como fruto da globalização e de uma crescente interdependência entre os homens, crescem as possibilidades de relacionamento entre os homens. A solidariedade não é um sentimento de compaixão ou de enternecimento pelos males sofridos por pessoas próximas ou distantes. É a determinação firme e perseverante de se empenhar pelo bem comum. Ou seja, pelo bem de todos e de cada um, porque todos somos verdadeiramente responsáveis por todos. Tal determinação está fundada na convicção de que as causas que entravam o desenvolvimento integral são a avidez do lucro e a sede do poder. Estas atitudes só poderão ser vencidas com a aplicação em prol do bem do próximo e disponibilidade para servi-lo. Este princípio vê o homem como imagem viva de Deus, resgatada na Paixão de Cristo: deve ser amado, ainda que seja inimigo.

Oração do Trabalhador Jesus, divino trabalhador e amigo dos trabalhadores, volvei Vosso olhar benigno para o mundo do trabalho. Nós Vos apresentamos as necessidades dos que trabalham intelectual, moral ou materialmente. Bem sabeis como são duros os nossos dias cheios de canseira, sofrimento e insídia. Vede as nossas penas físicas, morais e repeti aquele brado de Vosso coração: “Tenho compaixão deste povo”. Dai-nos a sabedoria, a virtude e o amor que Vos alentou nas Vossas laboriosas jornadas, inspirai-nos pensamentos de fé, de paz e moderação, de economia, a fim de procurarmos, com o pão de cada dia, os bens espirituais, para transformarmos a face da terra, completando assim a obra da criação que Vós iniciastes. E que Vossa luz nos ilumine a nós na busca de melhores leis sociais e ilumine os legisladores a estabelecer uma sociedade de justiça e amor. Amém

[+] Por um trabalho digno e seguro ✗ Em comemoração ao 30º aniversário, da visita de João Paulo II, a empresas cirúrgicas da cidade italiana de Terni-Narni-Amelia, o Papa Bento XVI recebeu um grupo de peregrinos locais, a quem falou sobre as problemáticas do desemprego e da falta de segurança no trabalho. ✗ O Papa referiu-se à crise, afirmando que sente a preocupação dos operários em seu coração, especialmente quanto à questão da falta de emprego. Disse que o trabalho é um dos elementos fundamentais da pessoa humana e da sociedade. As difíceis e precárias condições do trabalho tornam difíceis e precárias as condições da própria sociedade. ✗ Outro problema tocado por ele foi a segurança no trabalho, realidade que desperta a atenção, para que a trágica série de incidentes seja interrompida. Falou também do problema da precariedade profissional entre os jovens. ✗ Bento XVI manifestou-se muito próximo das preocupações e ansiedades dos operários, auspiciando que na lógica da gratuidade e da solidariedade, os momentos difíceis possam ser superados e seja garantido um emprego seguro, digno e estável para todos. ✗ Finalmente, recordou que o trabalho ajuda a sentirmonos mais perto de Deus e dos outros e lembrou que Jesus foi um operário, tendo passado grande parte da sua vida terrena em Nazaré, na marcenaria de José.


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Variedades

“A sabedoria abriu a boca dos mudos e soltou a língua dos pequeninos” (Sb 10,21)

BÍBLIA

CONTO

Um novo desafio aos seus conhecimentos Do Antigo e do Novo Testamento, questões para fazer nossos leitores raciocinarem

Trazemos nesta edição, novas perguntas sobre pessoas e acontecimentos narrados nos livros do Antigo e do Novo Testamento. Veja

se você consegue responder e depois envie suas alternativas, até 10 de maio, para o e-mail jornal@ diocesedeblumenau,org.br ou pelo

Correio para a Cúria Diocesana de Blumenau, aos cuidados do Padre Raul Kestring (Rua XV de Novembro, 955 / Blumenau-SC / CEP 89010-

DESAFIO BÍBLICO

RESPOSTA DO ÚLTIMO TESTE BÍBLICO

VOCÊ SABE? 1. Qual o versículo que diz que DEUS É AMOR? a) João 15,13 b) I Coríntios 13,1 c) Gálatas 5,22 d) Tito 3,4 e) I João 4,8 2. Quem era rei e sacerdote ao mesmo tempo? a) Om b) Jetro c) Melquisedeque d) Arão e) Eleazar 3. Quais os nomes dos filhos de Abraão? a) Zinrá, Jocsã, Jisbaque, Sua, Isaque e Ismael b) Sarai, Arão, Midiã, Isaque e Ismael c) Isaque, Ismael, Sara,

Abimeleque e Medã d) Hagar, Ló, Isaque e Ismael e) Medã, Midiã, Hagar, Ló e Sua 4. Qual a mãe que recebeu um salário para criar o seu próprio filho? a) Haga b) Joquebede c) Selomiter d) Timnate e) Naamá 5. Qual o cavaleiro que teve o seu pé imprensado contra o muro? a) Joabe b) Balaão c) Golias d) Habacuque e) Abel

6. Quem foi sepultado por Deus em um vale? a) Abraão b) Gideão c) Aitofel d) Jeoás e) Moisés 7. Qual o juiz de Israel tinha 30 filhos, que cavalgavam 30 jumentas e tinham 30 cidades? a) Jair b) Anrafel c) Arioque d) Quedorlaomer e) Tidal 8. Que personagem bíblico prometeu sacrificar ao Senhor a 1ª pessoa que visse ao voltar vitorioso da batalha?

a) Quedorlaomer b) Abimeleque c) Acbor d) Jefté e) Siom 9. Qual o homem que, depois de morto, matou mais pessoas que em sua vida? a) Balaão b) Balaque c) Sansão d) Zipor e) Moabe 10. Qual o juiz que morreu após cair da cadeira para trás? a) Siom b) Eli c) Ogue d) Raabe e) Horão

RECORDAÇÃO

Guerreiro da Esperança visita Blumenau Neste mês, registramos o fato histórico da visita do Arcebispo Emérito de São Paulo, Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, à Diocese de Blumenau. A notícia foi publicada na edição de março de 2002 (número 16), com destaque de quase uma página e diversas imagens que ilustram o acontecimento inesperado. Como título: “O guerreiro da esperança”. Uma das fotos mostra Dom Paulo

003). Informe seu nome completo, telefone e endereço. Se acertar a todas as questões, você estará concorrendo a uma bíblia.

ao lado de Dom Angélico Sândalo Bernardino, numa clara demonstração de alegria por aquele encontro de irmãos. Na legenda: “Dom Paulo veio a Blumenau trazendo o abraço fraterno, amigo, a nosso bispo Dom Angélico, que com ele trabalhou por 25 anos em São Paulo”. O primeiro bispo de Blumenau trabalhou como bispo auxiliar ao lado

Veja as respostas do teste bíblico de abril. A leitora Jania Roda, moradora do Bairro Encano do Norte, em Indaial, acertou todas e foi a ganhadora da Bíblia. Parabéns. 1. Quatro jovens famosos pela dieta de vegetais? C) Daniel, Hananias, Misael e Azarias 2. Bisavô de Davi? B) Boaz 3. Quem fez bolos ázimos para um anjo? D) Gideão 4. Jovem que sofreu por adormecer durante um sermão? A) Êutico 5. Encontrou um reino quando procurava as jumentas de seu pai? E) Saul

6. Perdeu a liberdade por haver perdido o cabelo? B) Sansão 7. Quem fez uma festa que durou 180 dias? A) Assuero 8. Quem ganhou uma esposa por matar 200 homens? B) Davi 9. Quem, pela oração, teve sua vida aumentada em 15 anos? D) Ezequias 10. Qual dos apóstolos foi mordido por uma cobra? B) Paulo

do Cardeal, nestes 25 anos. Enfrentaram juntos os “anos de chumbo” da ditadura militar e todos os desafios pastorais daqueles tempos. Catarinense de Forquilhinha, no Sul do Estado, Dom Arns presidiu a Missa de Instalação da Diocese de Blumenau, no dia 24 de junho de 2000. Outra imagem destaca Frei Edgar e o Cardeal, com a legenda: “Filho de São Francisco, Dom Paulo é o defensor dos pobres, dos excluídos, dos que sofrem! Padre Krüger e Irmã Carmen estão em outras duas fotos, ao lado do visitante. As legendas falam da amizade do Cardeal com os sacerdotes e as religiosas.

Dicas de sabedoria • À porta do sucesso encontrarás duas inscrições: entrada e saída. (Provérbio Yddish) • Nós podemos ser soberbos também no bem. E quanto mais somos bons, mais às portas está a tentação da soberba. (G. de Luca) • O homem foi enganado. Sim, fomos enganados e ainda hoje continuamos dizendo que o bem-estar e o prazer trazem felicidade. Não é verdade. Não é o bem-estar que nos faz felizes. O que nos torna felizes é o bem. (Abbè Pierre) • Evitai dar desgostos aos vossos semelhantes, mas ao contrário, procurai dar-lhes alegria sempre que tiverdes ocasião. (Provérbio Sioux) Santidade sorteada Certo dia no colégio das Irmãs Clarissas de Lovere, próximo ao lago de Iseo, uma sábia professora reuniu as suas alunas e lhes fez esta proposta: quem de vocês deseja se tornar santa? Todas concordaram em coro. Então a professora, quase por brincadeira, disse: vocês todas dizem sim, mas é melhor fazer um sorteio. Olhem, na minha mão estão uma porção de papeletas e vocês devem escolher a maior delas. Sabem a quem coube a papeleta maior? A Bartolomea Capitanio! Ela queria tornarse santa quanto antes. E grande santa! Morreu aos 26 anos de idade, em 1833, depois de ter fundado a Congregação Religiosa das Irmãs de Caridade para a assistência aos pobres e enfermos. E tornou-se Santa Bartolomea Capitanio.


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“Vão e anunciem: o Reino do Céu está próximo” (Mt 10,7)

Nossa História

Expediente

PARÓQUIAS

Pe. Antônio Francisco Bohn Dom Joaquim Domingues de Oliveira, Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, criou a Paróquia de Ilhota no dia 31 de maio de 1954 “Criamos e constituímos a Paróquia de São Pio X, de Ilhota, desmembrando o seu território, parte das paróquias de Itajaí e Luís Alves, ficando a linha divisória da seguinte forma: ao Norte, os limites do distrito de Ilhota; ao Sul, os mesmos limites do distrito até a barra do Rio Luís Alves, seguindo a linha distrital até encontrar a Estrada de Ferro, continuando pela mesma até o Rio Itajaí Mirim, seguindo pelo mesmo até a banda do Rio Negro; ao Sul e Oeste os limites das Paróquias de Brusque e Gaspar”. Diz ainda o decreto: “a Paróquia de Ilhota será provida de pároco próprio, a cuja jurisdição submetemos todos os habitantes de seu território. A Igreja Matriz deve ser provida do necessário para a celebração do santo sacrifício e demais funções religiosas. O pároco instituirá a doutrina cristã em todas as escolas e localidades”.

O surgimento de São Pio X, em Ilhota Fundação ocorreu em 1954, por iniciativa de Dom Joaquim, Arcebispo de Florianópolis

s dias A Paróquia de São Pio X, no

de hoje

Jornal da Diocese de Blumenau

História da capela Em 1895, os franciscanos Gabriel Koerner e Solano Schmitt, professores do Colégio Santo Antônio, de Blumenau, começaram a atender os colonos de Ilhota, de dois em dois meses. Em 1886 foi construída uma capela de madeira na localidade conhecida como Baú Central, sendo, mais tarde, reconstruída de alvenaria e dedicada a Nossa Senhora do Rosário. Em 1901, o povo de Ilhota levantou outra capela, na sede, que por ter sido mal edificada, ruiu em pouco tempo. Então, Frei Modesto Oechtering levantou, no mesmo local, outra capela, em forma octogonal, inaugurada em 1912. No ano de 1927 aconteceu a criação da Diocese de Joinville, mas, pelo fato de Ilhota pertencer, ainda, ao município de Itajaí, ficou sob a jurisdição da Arquidiocese de Florianópolis. Contudo, a pedido do Arcebispo Metropolitano, o atendimento espiritual da comunidade era feito por padres franciscanos de Gaspar. A terceira capela de Ilhota e atual Matriz foi construída por iniciativa de Frei Elmar, sendo concluída em 1941. De 1942 a 1945, Ilhota e as capelas próximas passaram a ser atendidas pelos padres de Itajaí, mas logo voltaram para o atendimento dos padres franciscanos de Gaspar. Em 1953 o Distrito de Ilhota e as capelas foram anexadas definitivamente à Paróquia do Santíssimo Sacramento, de Itajaí. Por decreto da Cúria Metropolitana, datado de 31 de maio de 1954, Ilhota foi elevada à categoria de Paróquia São Pio X. No ano 2000, com a criação da Diocese de Blumenau, foi desmembrada da Arquidiocese de Florianópolis e anexada à nova diocese.

Direção Geral: Dom José Negri PIME Diretor Geral: Pe. Raul Kestring Diretor Comercial: Pe Almir Negherbon Textos e edição: New Age Comunicação Rua Sete de Setembro, 2587 – sala 202 - Centro – Blumenau/SC (47) 3340-8208 Jornalista Responsável: Marli Rudnik (DRT 484) marli@newagecom.com.br Fotografias: Acervo da Diocese de Blumenau, e Divulgação Editoração: Job Designer jobdesigner@gmail.com Revisão: Pe Raul Kestring Raquel Resende Alfredo Scottini Impressão: Jornal de Santa Catarina Tiragem: 20 mil Periodicidade: Mensal Distribuição gratuita Correspondência Cúria Diocesana de Blumenau Rua XV de Novembro, 955 Centro (47) 3322-4435 Caixa Postal 222 CEP: 89010-003 Blumenau/SC comunicacoes@diocesedeblumenau.org.br www.diocesedeblumenau.org.br

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Maio de 2011. Jornal da Diocese de Blumenau

Movimentos

“Onde há amor e a caridade, Deus aí está” Ino litúrgico da 5ª feira santa

CARITAS

[+] Diretoria

Diocese de Blumenau reaviva o movimento

Trabalho missionário de ajuda aos necessitados ganhará mais força na região

O início do ano de 2011 foi marcado pela reativação da Cáritas Diocesana de Blumenau, por iniciativa do bispo Dom José Negri. Este movimento vai atuar de acordo com a missão, diretrizes e princípios da Cáritas Nacional, assumindo regionalmente, toda a sua extensão. O ponto de partida desse novo momento foi a formação e posse da nova diretoria, que agora trabalha para implantar uma sede onde possa realizar seu projeto de caridade. Desde o início do ano estão sendo formulados projetos com a finalidade de atender e valorizar tudo aquilo a que se propõe a Missão da Cáritas no âmbito da Diocese.

Ação A Cáritas Diocesana de Blumenau já realizou várias ações junto a pessoas necessitadas. O principal destaque

foi o amparo aos desabrigados nas enchentes e deslizamentos de 2008 na região. Na ocasião foram distribuídos alimentos, remédios, roupas, água, colchões, móveis e eletrodomésticos a famílias que viviam em abrigos. Atualmente a Cáritas mantém o Banco de Alimento, através do qual, coloca mais de três mil refeições por dia nas mesas de pessoas carentes da região. Além da assistência, outro foco de atuação da entidade é a promoção e o desenvolvimento de estra-

tégias de combate à miséria e à pobreza, trabalhando pela prevenção de tudo que exclui e agride a vida humana, fazendo vigorar a justiça social, a fraternidade e a caridade cristã. Para poder realizar seu trabalho, a Cáritas Diocesana de Blumenau conta com o apoio e participação de toda a sociedade. Pessoas físicas, empresas, associações e outros grupos organizados podem ser solidários à causa, para que os objetivos sejam atingidos. Todos podem se associar à Cáritas, fazendo parte desta comunidade fraterna.

✗ Presidente: Carlos Ziegler ✗ Vice-Presidente: João Maria Mosimann ✗ Secretário Executivo: Mansueto Tontini ✗ Tesoureiro: Pedro Júlio Ferreira Filho ✗ Primeiro Vogal: Pedro Canísio Heineck ✗ Segunda Vogal: Amélia Carolina Ferreira

A missão da Cáritas Quando foi criada pela CNBB, em 1956, a Cáritas foi incumbida de articular todas as obras sociais católicas e assumir a distribuição dos “alimentos para a paz”. O movimento formulou sua missão nos seguintes termos: “testemunhar e anunciar o Evangelho, defendendo e promovendo a vida e participando da construção solidária de uma sociedade justa, igualitária e plural, junto com as pessoas em situação de exclusão social”. São suas diretrizes, a defesa e promoção dos direitos humanos; a incidência em políticas públicas e controle social das mesmas; a animação e fomento do desenvolvimento solidário e sustentável.

Kolping elege diretoria Reunidos em assembleia geral eletiva no mês de março, cerca de 70 membros das 11 comunidades da Obra Kolping de Santa Catarina elegeram sua nova diretoria para a gestão 2011-2014. Idálio Sartori, membro da Comunidade Irmã Lore, de Rio do Sul, foi nomeado presidente. De Blumenau, a representante na diretoria executiva é Geovana Rúbia Pohlmann, que assume a

secretaria da entidade. Outros dois membros locais - Luiz Nestor Pohlmann e José Vitorio da Rosa - integram o conselho fiscal. Na ocasião foram definidas também as atividades a serem desenvolvidas este ano, incluindo cinco etapas da escola de multiplicadores Kolping, a 1ª Romaria Kolping Estadual, seminários para novos associados e um seminário estadual sobre a Doutrina Social da Igreja.

Diretoria da Comunidade Kolping em SC, eleita para mandato até 2014

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FRANCISCANISMO A Ordem Franciscana Secular, em outros tempos Ordem Terceira. Depois que as duas ordens, fundadas por São Francisco, estavam renovando o mundo, muitas pessoas, viventes fora dos conventos, nem podendo entrar nos mesmos, solicitaram ao santo um meio franciscano para a própria santidade. São Francisco fundou a Ordem Terceira, destinada a leigos, ou seja, a pessoas que viviam no mundo secular, ligadas a famílias, a trabalhos, a tarefas. Falamos em mundo secular, referindo a vida fora dos conventos, da vida religiosa, ou dedicada a alguma tarefa religiosa. Daqui vêm os seculares, ou os que vivem no século, no mundo. Os irmãos da OFS possuem uma regra a seguir e existe um caminho para a santificação pessoal. Não é tão difícil, mas exige presença constante nas orações e na dedicação ao próximo. O irmão terceiro cumpre a regra e participa de uma reunião todos os meses, quando recebe formação franciscana e religiosa, com a finalidade de se tornar cada vez melhor, ou seja, tornar-se santo, o grande objetivo de todo cristão. Há um ofício, ou seja, orações a serem rezadas todos os dias. Depende da fé pessoal e da dedicação de cada um o cumprimento desse aconselhamento. Caso não sejam rezadas as orações prescritas, o irmão não é condenado, mas sugere-se que faça essas atividades sempre, visto que são um caminho seguro para caminhar na luz, ou seja, no caminho de Jesus. Atualmente, a adesão à Ordem é fraca, pois, os seres humanos buscam o grandioso e as normas de vida da ordem são humildade, obediência, castidade e pobreza. Vale a pena, trilhar este caminho, pois, a alegria de ser franciscano conduz sempre para os braços de Jesus. O lema da ordem vem de Francisco: Paz e Bem. Quem semeia a Paz, colhe o Bem e vive no paraíso da felicidade.

Alfredo Scottini


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“Louvai o Senhor: pois é suave dirigir-lhe o louvor” [Sl 147 (146+147)]

Paróquias COMUNICAÇÃO

Fraternidade com o meio ambiente

É preciso Investir na comunicação Joinville sediará 1º mutirão de comunicação catarinense

Este é o tema do 4º Mutirão da Comunicação, a ser realizado de 13 a 15 de maio, em Joinville. O slogan é “investir em comunicação para ganhar na evangelização”. O evento é uma iniciativa da Pastoral da Comunicação do Regional Sul 4, com o objetivo de contribuir na formação dos agentes de

pastoral, fortalecendo a ação evangelizadora da Igreja em Santa Catarina, através do uso adequado dos meios de comunicação. O Mutirão é aberto a agentes pastorais, padres, bispos, catequistas e comunicadores. Na programação, destaque para a palestra do Padre Zezinho, na

noite de abertura (sexta, 13 de maio, às 20 horas, no Centro Diocesano de Pastoral de Joinville). Outras palestras, seminários, oficinas, momentos de espiritualidade e shows de talentos ocorrem durante todo o final de semana, em vários locais. Confira a programação no site: www.muticomsc.com

A bênção do padre Robson de Oliveira A Paróquia Nossa Senhora de Fátima traz a Blumenau, o Padre Robson de Oliveira, para a celebração de Santa Missa, no dia 12 de maio, às 19h30, no Parque Vila Germânica. O encontro abrirá a Festa da padroeira da comunidade, que se estende até 15 de maio. O tema do evento será “Com Nossa Senhora de Fátima somos Igreja Eucarística”. O pároco Walmir Marcolino Gomes enfatiza que todo o povo de Deus está convidado a comemorar esta alegria dupla: celebrar Nossa Senhora de Fátima e acolher a imagem peregrina do Divino Pai Eterno, que será trazida pelas mãos do Padre Robson. “Convidamos a todos a organizarem suas famílias, caravanas e comunidades e participarem deste momento tão bonito em nossa Igreja”, diz. Ele acrescenta que o encontro das comunidades nesta missa

Tentar a fazer a diferença pelo planeta, pela sustentabilidade e pela vida é um dos objetivos da ação organizada pela Paróquia São Pio X, de Ilhota, para a Campanha da Fraternidade 2011. Voluntários organizaram quatro pontos de coleta de materiais como pilhas, celulares, baterias, óleo de cozinha e equipamentos eletrônicos descartados. O material terá o destino correto, sem prejudicar o meio ambiente. A campanha de coleta iniciou em março, durante a Campanha da Fraternidade e continua por tempo indeterminado. Quem tiver pilhas, celulares e baterias inutilizadas pode entregar na empresa NFM Instaladora ou na Paróquia São Pio X. A Escola de Educação Básica Marcos Konder está recebendo óleo de cozinha. Os equipamentos eletrônicos podem ser entregues na loja Vision Hard.

Evento A abertura da campanha contou com uma encenação, buscando a conscientização do

homem para o problema ambiental. Foram distribuídas mudas de plantas, cedidas pela Secretaria de Agricultura de Ilhota. O objetivo é ampliar a ação ao longo do ano. “Pretendemos levar mais informações à sociedade sobre as consequências da destinação incorreta destes materiais, com a promoção de palestras”, afirma Rosângela Luiza Pereira Burille, coordenadora da Pastoral Litúrgica.

Conscientização Rosângela enfatiza que ainda não há consciência de como esses produtos prejudicam o meio ambiente. Ela exemplifica que a pilha demora mais de 100 anos para se decompor e um litro de óleo de cozinha despejado na natureza contamina mais de um milhão de litros de água. Ela salienta que as atividades de coleta visam incentivar e disseminar nas comunidades uma linguagem única que é a de cuidar do meio ambiente. “Esta ação é a nossa forma de contribuir”, diz.

[+] REALIDADE ✗ O Brasil produz 260 mil toneladas diárias de lixo, sendo que 53% vão para os aterros sanitários. ✗ O óleo de cozinha jogado na rede de esgoto ajuda a formar uma massa compacta de detritos, que entope as tubulações e contribui para inundações. Quando contamina os reservatórios, o óleo torna mais caro e trabalhoso o tratamento da água para uso nos domicílios.

é sinal visível da Igreja Eucarística. Padre Robson de Oliveira é membro da Congregação dos Missionários Redentoristas (o mesmo grupo que atua no Santuário de Aparecida, em São Paulo) e reitor do Santuário-Basí-

lica do Divino Pai Eterno. Nascido em Trindade (GO), entrou no seminário aos 14 anos, tornando-se sacerdote aos 24. Conquistou espaços na TV com a celebração semanal da missa, reunindo milhares de fiéis.

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✗ Uma pesquisa do Ministério do Meio Ambiente, com 1,1 mil pessoas entrevistadas, concluiu que 77% descartam o óleo usado na pia da cozinha, 70% jogam pilhas e baterias no lixo doméstico e 17% possuem lixo eletrônico em casa. Fonte: Revista Veja


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Vida Missionária

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“Eis que eu envio o meu mensageiro à tua frente: ele vai preparar teu caminho diante de ti” (Mt 11,10)

SACERDÓCIO

Diocese prepara Jubileu de Dom José Negri

Comemorações pelos 25 anos de ministério do bispo diocesano ocorrem em junho

Um evento especial está sendo organizado pela Diocese de Blumenau para comemorar o Jubileu de Prata de ordenação sacerdotal de Dom José Negri, bispo diocesano. A celebração será no dia 7 de junho, às 19 horas, na Catedral São Paulo Apóstolo, em Blumenau. Dom José Negri foi ordenado no dia 7 de junho de 1986, na Catedral de Milão, na Itália. “A celebração é uma grande ação de graças pelos 25 anos de ministério presbiteral”, afirma o padre Anderson Ferrari, membro do Secretariado de Pastoral. Toda a comunidade está convidada a participar da missa de ação de graças, que será seguida de uma confraternização. Conforme Ferrari, a comissão organizadora já enviou os convites para os bispos, padres, diáconos e autoridades civis. “Estamos ainda preparando um bolo para que todos os fiéis que participarem da celebração possam também fazer parte da confraternização”. O padre destaca que o evento é primeiramente uma celebração de ação de graças, mas também um oportuno momento de incentivo vocacional.

A celebração do Jubileu de Dom José será um marco, um exemplo para a vida missionária de cada diocesano

Dom José preside ordenação de quatro novos sacerdotes na Catedral de Blumenau em dezembro de 2009

Uma igreja em estado permanente de missão A missão dos discípulos, associada ao reino de vida de Jesus Cristo no seio de uma comunidade eclesial, é contribuir para que, já na intrahistória, do ‘ponto de chegada’ se aproxima ao máximo ‘ponto de chegada’, pela promoção da vida plena da pessoa. Para isso, segundo o documento de Aparecida, pelo menos quatro exigências se apresentam como desafios a enfrentar. A firme decisão missionária de promoção da cultura da vida deve impregnar todas as estruturas eclesiais e todos os planos de pastoral, em todos os níveis eclesiais, bem como toda a instituição, abandonando as estruturas ultrapassadas. A exigência da missionaridade do discípulo decorre do seguimento de Jesus. O chamado de Jesus apresenta a exigência de estar com ele e vincular-se à sua missão, enquanto chamados e enviados. A parábola da videira e os ramos mostra que Jesus não quer uma vinculação como servo, mas como amigo e irmão, partilhando sua vida e participando da vida do ressuscitado. A resposta a seu chamado exige entrar na dinâmica do Bom Samaritano, com o imperativo de fazermos uma sociedade sem excluídos, seguindo a prática de Jesus, que

acolhe os pequeninos, cura os leprosos, perdoa e liberta a mulher pecadora e fala com a samaritana. O chamado de Jesus e seu olhar amoroso buscam suscitar uma resposta consciente e livre do discípulo e a adesão a ele, de toda a sua pessoa. É uma resposta de amor a quem o amou primeiro, até o extremo. O Espírito Santo identifica-nos com Jesus-Vida, ajudando-nos a abraçar o plano de amor do Pai. Segundo o documento de Aparecida, para se configurar com o Mestre é necessário assumir a centralidade do mandamento do amor, distintivo de todo cristão e característica de sua Igreja. No seguimento de Jesus aprendemos a viver as bem-aventuranças do Reino e seu estilo de vida: amor e obediência ao Pai, compaixão diante da dor, proximidade aos pobres e aos pequenos, fidelidade à missão e amor serviçal, até a entrega da vida. Identificar-se com Jesus é partilhar seu destino, inclusive até a cruz. Neste particular, estimulando-nos ao testemunho de tantos missionários e mártires, de ontem e de hoje, que partilham a cruz de Cristo até a entrega de sua vida.

Padre Alcimir José Pillotto


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Espaço da Família

“Marta, Marta, você se preocupa e anda agitada por muitas coisas; porém uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte, e esta não lhe será tirada” (Lc 10,41s)

REFLEXÃO

Quem deve promover a Semana da Família? Todos que amam a família devem somar esforços para protegê-la e fortalecê-la

Todos aqueles que planejada por Deus. Por[+] Os 10 temas amam a família sabem tanto, deve ser universal e 1- Os desígnios de Deus para a pessoa que devem somar esparticipativo. 2- Os desígnios de Deus sobre o matrimônio e a forços para protegê-la e A Semana Nacional da família defendê-la das grandes Família 2011 será celebra3- Homem e mulher, Deus os criou pressões externas que da de 14 a 20 de agosto e, 4- A pessoa se realiza na comunhão sofrem e também para conforme o subsidio “Hora 5- Família geradora de uma sociedade nova aprimorar a qualidade da Família”, da Comissão 6- Família como rede de solidariedade de vida dentro de casa. Episcopal Pastoral para a 7- Políticas públicas que valorizam a família Mesmo as pessoas que Vida e a Família da CNBB, 8- A espiritualidade do acolhimento e da adoção tiveram o infortúnio de terá como tema central: 9- Fraternidade e vida no planeta não experimentar o conFAMILIA, PESSOA E 10- A família e a Pastoral da Criança vívio amoroso de uma SOCIEDADE. Mais de família devem participar 10 temas de reflexão sena defesa da instituição rão lançados ao longo do familiar, para que possam ano para as famílias, grupos, ter essa experiência ou ofecomunidades e escolas, nas recê-la às novas gerações. seguintes linhas no quadro ao Toda e qualquer pessoa lado. é importante e convidada Para estudar e aprofundar a participar da Semana os temas, a Pastoral Familiar Nacional da Família e da Diocesana vai promover um promoção deste bem maior grande encontro de formação que é ter uma família funno dia 19 de junho, das 8 às damentada no matrimônio. 16 horas, na Paróquia São Juntos, queremos que nosFrancisco de Assis, no Bairro so clamor seja visto na terra Fortaleza, em Blumenau, que e escutado por Deus, Nosso encerrará com Santa Missa. Pai, que planejou a família como escola de amor, São convidados a este encontro, a família diaconal, de felicidade e conforto para toda criatura humana. os agentes de todas as pastorais e os membros de todos os movimentos da Diocese. Desafio Confira também o programa “Família, plano de Embora o desafio de iniciar e mobilizar as pes- Deus, mensagem, reflexão, formação e oração”, soas para a Semana Nacional da Família seja lan- que a Pastoral Familiar Diocesana apresenta todos çada pela Pastoral Familiar, a família é um bem de os sábados, das 8 às 9 horas, pela Rádio Blumenau todos. É de todas as pastorais, movimentos e ser- Arca da Aliança. viços da Igreja e vai além. É de todas as organizações sociais. Portanto, deve ser iniciativa de todos Diácono João F. Zimmermann que reconhecem o valor e o bem que é a família

Maria, mulher orante O mês de maio é o mês do trabalhador. Exalta-se a importância e o significado do trabalho, as virtudes do trabalhador, a questão social. Tudo isso é válido. Mais do que isso: lembra a bem-aventurança proclamada pelo Senhor: “Felizes os que têm fome e sede de justiça porque serão o saciados” (Mt 5,6). No mês de maio, porém, com a perspectiva do homem e da mulher trabalhadores, contrasta a figura de Maria, a mãe de Jesus. Não há dúvida que também ela se soma ao perfil do “homo faber”, isto é, do ser humano trabalhador, empreendedor. No entanto, na vida da mãe de Jesus, parece sobrepor-se a figura de mulher orante.

Marta e a outra Maria O evangelho de Lucas (10,38-42) confirma, de certa forma, a supremacia da oração sobre o trabalho. Hospedado na casa das irmãs de Lázaro, Marta e Maria, eram diversas as atitudes das duas mulheres. Marta atarefava-se na cozinha, certamente ocupada com a refeição para o divino-humano visitante. Maria, sentada aos pés do Mestre, ouvia sua palavra. Marta expressa sua indignação: “Se-

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nhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha com todo o serviço? Manda que ela venha me ajudar” (Lc 10,40). Jesus elogia Maria em sua atitude de ouvir a Palavra: “Marta, Marta, você se preocupa e anda agitada por muitas coisas; porém uma ma só coisa co é necessária. Maria escolheu a melhor parte, e esta não lhe será tirada” (Lc 10,41s).

A oração muda os planos humanos Estava a multidão a ouvir Jesus na planície. Não era pouca gente: em torno de 10 mil pessoas. Os apóstolos compartilham a compaixão de Jesus diante do povo cansado e faminto. “Como conseguir alimentar aquele povo?” – era a preocupação dos apóstolos. Um deles sugeria ir comprar alimento e procurava saber de local de comércio. O evangelista Mateus, evocando essa narrativa, insere a pergunta de Jesus: “Porque vocês estão pensando na falta de pães, homens de pouca fé” (Mt 16,8). Mais vezes, nos evangelhos, ouvimos de Jesus essa advertência aos apóstolos e discípulos: “Homens de pouca fé”. Sabemos do maravilhoso milagre que se sucedeu. Houve a partilha de alguns pães e alguns peixes e todos saciaram sua fome. E ainda sobraram doze cestos de pães.

Ser mãe é participar do poder criador de Deus Maio distingue-se pela passagem do Dia das Mães. Queremos cumprimentá-la, querida mamãe, e desejar-lhe toda bênção, toda graça, todo amor, que nos veio por Jesus Cristo, o filho de Maria.


Paróquia São Pio X coloca a Campanha da Fraternidade em prática

Diocese de Blumenau CNBB Regional Sul 4

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IMAGENS

Diocese de Blumenau em caminhada

Veja alguns registros de acontecimentos que marcaram o mês de abril em nossa comunidade Celebrações que mobilizaram os fieis, a participação representativa da diocese em evento nacional e as realizações para melhorar sempre mais as condições para o trabalho evangelizador entre as comunidades são destaq ques no meio de nós.

O Setor de Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil realizou nos dias 25, 26 e 27 de março o Encontro Nacional de Jornalistas, reunindo dioceses, regionais e organismos da igreja no Brasil. O responsável pela Comunicação na Diocese, Padre Raul Kestring, foi nosso representante neste evento rico de reflexão, troca de experiências e convivência entre 55 profissionais de todo o País.

Sintonize, de segunda a sexta-feira, na Rádio Arca da Aliança, o programa Arca em sua casa, animado pela comunicadora Maísa, membro da Comunidade Católica Arca da Aliança. Sempre com a Bíblia e a tela do computador a postos, ela esbanja simpatia e dá um exemplo de conhecimento, se tornando divulgadora não só da Arca, mas da igreja diocesana. Vale a pena ouvir, interagir e aproveitar o conteúdo do programa.

O padres, d li i l b d d i Os religiosas, o bi bispo e os colaboradores da Cú Cúria Diocesana de Blumenau, depois de um período de desconforto em razão das obras de reforma do prédio, agora passam a usufruir dos espaços revigorados para suas atividades. Na foto, o Salão Porta Aberta, com seu novo e harmonioso visual.

As paróquias da Comarca Pastoral de Navegantes da Diocese de Blumenau, sob a presidência de Dom José Negri, através da participação de todos os padres daquela região e de grande número de fiéis, fez a sua Caminhada Penitencial, na madrugada do dia 8 de abril.

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Q i h àb i d i do d Porto P d I j í surpreende-se d Quem caminha beira do cais de Itajaí com um bonito monumento em homenagem a Santa Paulina. A placa ao pé do busto explica seu motivo histórico: o monumento foi uma doação do Porto de Itajaí no ano de seu centenário (2003), para a comunidade. Deste porto, Santa Paulina partiu para São Paulo a serviço da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, da qual foi fundadora.

Foi comovente a Caminhada Penitencial da Comarca Blumenau Sul, na Catedral de Blumenau, na noite de 15 de abril. Os padres e demais participantes saíram em procissão a partir da Antiga Prefeitura, percorreram a Rua XV de Novembro e chegaram à Catedral, onde houve o encerramento. Dom José, em recuperação de uma cirurgia, enviou uma saudação e bênção aos caminhantes através do Vigário Geral da Diocese, Padre João Bachmann.

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