Jornal da Diocese de Blumenau Dezembro/2010

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Frei gasparense Jaime Spengler será consagrado bispo, em fevereiro ANO XI - nº 112 – Dezembro de 2010 e Janeiro de 201 1 – Leia mais: www.diocesedeblumenau.org.br

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Jornal da

Diocese de Blumenau

´ E Natal

Diocese de Blumenau CNBB Regional Sul 4

pág.

No Reino da paz, do amor, da justiça e da vida, eu vi que Jesus está conosco


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www.dioceseblumenau.org.br Dezembro de 2010 e Janeiro de 2011 . Jornal da Diocese de Blumenau

Opinião

“Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens por Ele amados” (Lc 2,14)

A vida toda seja Natal

rante a vida toda querem ser amor , caridade, solidariedade, sobretudo com os que sofrem. Assim foi a vida de Francisco de Assis, Vicente de Paulo, Martin Luther King, Madre Paulina, Teresa de Calcutá, Dom Helder Câmara. Modelos de Natal permanente! Jesus eliminou todos os muros que separavam e distanciavam as pessoas. Anulou até mesmo a distância entre aquele que deve dar e aquele que deve receber . Reza o ditado: “Ninguém é tão rico que nada tenha a receber e ninguém é tão pobre que nada tenha para dar”. À solidariedade cristã repugna olhar alguém de cima para baixo. Temos todos a mesma e inalienável dignidade. Que este Natal aumente em nós a consciência dessa comunhão, na qual e para a qual o criador nos fez. Nada mais e nada menos do que isso Jesus veio trazer-nos com seu nascimento entre nós! Feliz Natal e abençoado Ano Novo!

Festa de confraternização, palavra que em sua origem significa “reunião entre irmãos”. Por que esta festa de fim de ano? De onde vem?

Artigo

Editorial

Unir fé e vida, que a modernidade separou, constitui-se na mais importante tarefa da evangelização dos nossos tempos. O tempo do Natal não foge à regra. Lamenta o poeta: “enfeitamos a cidade, mas não temos caridade com aquele que precisa de amor”. É louvável que os símbolos natalinos vão conquistando todas as cidades do mundo. Jesus veio para iluminar a todos com a luz da sua mensagem. “Paz na terra”, cantavam os anjos naquela noite bendita. Felizes os pobres que, no tempo natalino, recebem a cesta básica! Felizes as crianças que nesses dias de verdadeira magia sorriem ao receber doces e brinquedos! Muito mais felizes, porém, são homens e mulheres transformados em anjos do amor durante o ano todo! Não se contentam com esporádicos gestos de bondade. Desejam ser bondosos durante as 24 horas do dia, durante os 30 dias de cada mês, os 365 dias do ano. Du-

A contemplação do presépio

Dom José

A nossa viagem a Belém “Voltemos à simplicidade e à pureza das nossas origens, voltemos ao berço, onde nascemos”

O profeta Isaias nos informa: “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz”(Is 9,1). Essas palavras, que perpassaram milênios, chegam até nós e nos apontam para a meta do nosso caminhar . A vida humana, de fato, tem sido comparada a uma viagem. Cada viagem tem um destino, uma meta, um objetivo f nal. Qual será a meta do nosso caminhar , do nosso viver? Parece que as pessoas deste tempo andam na escuridão, porque não sabem mais qual é a meta, o ponto final da viagem de sua vida. Para elas, muitas vezes, nasce até certo desespero em relação ao fim da história, ao

f m dos tempos. Essa é uma situação que nos deixa xa inseguros inseguros e nos leva a mascarar scarar oo nosso desconforto, orto, refugiando-nos na pressa e no correecorre do nosso cotidiano. Tudo acontece, mas de uma maneira muito superficial, provisória, a partir dos rela-cionamentos, dos os encontros. Quem nos veioo dizer dizer aonde leva a nossa ssa maneimanei ra de viver, foram os pastores que, dois mil anos atrás, entenderam,

As festas natalinas são uma lembrança das festas do Natal de Cristo. Quando todo o povo era religioso, todos se preparavam para celebrar o Natal. No Evangelho de João está escrito: “de tal modo Deus amou o mundo que enviou seu filho único, para que todo aquele que nele crer , não pereça, mas tenha a vida eterna”. Mas, a humanidade deixou-se conduzir pela mídia e pelo marketing. Jesus foi substituído pelo Papai Noel. A contemplação do presépio, pelo olhar às vitrines. A visita às igrejas, pela ida aos shoppings e supermercados. A ceia pela comilança. No Evangelho de Lucas, vemos que Maria deu à luz seu filho primogênito, envolveu-o em faixas e depositou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. Os habitantes de Belém mandaram Maria e Jesus para a estrebaria!

por uma revelação divina, que existe um itinerário irrenunciável na fé, uma maneira de viver que pode dar sentido à nossa existência. “V amos a Belém” (Lc 2,15), disseram os pastores, uns u aos outros. Lá eles encontraram o recém-nascido. A surrecém presa, a alegria e o pre encanto encheu en o coração deles, ao encontrarem o Filho de Deus envolvido em faixas e deitado eem uma manjeddoura. Como precisamos, nesse Natal, mos voltar a Belém! V oltee à pumos à simplicidade simp reza das nossas origens, voltemos ao berço, onde nascemos. Quantas

Será que, de alguma maneira, isso não se repete entre nós? Isaias, o profeta da esperança, disse: “uma criança nos nasceu, um f lho nos foi dado. Sobre ele repousa o manto da soberania. Seu nome é Príncipe da Paz, Conselheiro Admirável, Deus Eterno”. Deus nos deu seu único Filho! Poderia ter dado algo maior , ou melhor? No Apocalipse está escrito: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir , eu entrarei e cearei com ele e ele comigo”. Ceia signif ca intimidade, amizade! Deixemos de nos cansar, correndo o comércio com listas de presentes. Aquietemo-nos e contemplemos o Presépio. Ali esteve o Filho de Deus, nosso Salvador. É hora de cantar com os anjos. “Glória a Deus nas alturas e paz na terra, aos homens por Ele amados”. Carlos Pacheco, de Gaspar

vezes perdemos o caminho de Belém, escolhendo o caminho do consumismo, da satisfação e da realização pessoal, do egoísmo e do orgulho, do prazer e da sensualidade, o caminho da guerra e da morte! V oltemos àquela gruta que, mesmo despojada, fria e nua, simples e pobre, acolheu o Salvador. Jesus não teve medo, ao nascer, de encontrar a humanidade na gruta de Belém. E, com certeza, hoje também não se escandalizará ao encontrar ali uma sociedade que ainda não achou um lugar para a Sua presença; não f cará indignado ao constatar como ainda somos fracos e pobres na fé. Mas, não demoremos: vamos ao encontro Dele. Feliz Natal!

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“Esse homem é um instrumento que eu escolhi, para anunciar o meu nome aos pagãos, aos reis e ao povo de Israel” (At 9,15)

Diocese PRESBITÉRIO

Reforma no interior da Catedral alinha o espaço ao rito litúrgico Mudanças atendem ao Concílio Vaticano II, mantendo o essencial ao mistério nela celebrado

Cátedra, crucifixo, altar da Palavra e sacrário unificam o estilo arquitetônico da edificação e se ajustam à missão de uma catedral Quem visitou a Catedral de São Paulo Apóstolo nas últimas semanas pode notar as mudanças no presbitério, com a inclusão ou substituição de alguns elementos litúrgicos. O projeto, assinado pelo artista sacro Cláudio Pastro (responsável pela arte na Basílica Nacional de Aparecida) e executado em conjunto com a arquiteta Miriam Reichert, tem o objetivo de adequar o espaço à liturgia e ao rito de Paulo VI, conforme previsto no Concílio Ecumênico V aticano II. Veja a entrevista: Quais as mudanças que estão sendo feitas no presbitério da Catedral de Blumenau? O edifício da Catedral de Blumenau foi concebido antes do Concílio Ecumênico Vaticano II quando o rito aí celebrado era o de Pio V. Nesses quase 50 anos pós-Concílio, poucas igrejas no Brasil se adequaram à liturgia e rito de Paulo VI. Só agora, início do terceiro milênio, algumas igrejas procuram adaptar ou construir espaços que representem o ser da Igreja pós-Vaticano II. Antes, esse edifício era Matriz e só na última década tornou-se Catedral. No Presbitério da Catedral não foi feita uma mudança significativa, mas sim uma simples readaptação e construção de peças que faltavam num edifício-catedral. O espaço do presbitério passou por uma limpeza, isto é, deixou-se o essencial que revela objetivamente o Misté-

rio aí celebrado como nos pede o primeiro documento conciliar “Sacrosanctum Concilium” e o Catecismo da Igreja Católica: “a liturgia constitui o ápice para o qual tende a ação da Igreja e a fonte da qual emana a sua força vital”. ✗ O altar, já concebido anteriormente, segundo o pensamento conciliar, permaneceu. Ele é de pedra (mármore) como nos pede a liturgia. O Altar é considerado o “coração do corpo místico de Cristo”, assim como , para São Cirilo de Alexandria (século IV) “o Altar é Cristo”. ✗ O ambão é o “Altar da Palavra” e foi criado agora com o mesmo mármore e no estilo do altar pois ambos se complementam. O ambão é um só pois uma só é a Palavra de Deus. ✗ A sédia (3 cubos) corresponde ao lugar do presidente da celebração e seus ministros. Igualmente é em mármore e na realidade é sinal da presença do invisível entre nós, Jesus Cristo, do qual o sacerdote é seu “embaixador”. ✗ A cátedra, realizada agora com o mesmo mármore das demais peças, é a Sede (Sé), o lugar do bispo, o centro da Igreja Particular da Diocese de Blumenau unida à Sede de Pedro, em Roma. A palavra Cátedra vem do latim “caput” (cabeça), ou seja, lugar daquele que zela pela fidelidade da doutrina cristã e

seus ensinamentos. Assim, é sinal da unidade e da universalidade da Igreja Católica, unida ao bispo de Roma, além de sua unidade e universalidade a ligar a Igreja do céu à da terra. A importância da Cátedra, em pedra (mármore) igual ao material do altar, ambão e sédia, revela-nos que somos Igreja Apostólica desde Pedro, escolhido pelo próprio Senhor e fundamento de Sua Igreja (Mt 16,16-20). ✗ O crucifixo é em latão dourado e esmalte preto, na forma cósmica (4 lados iguais). Sinal da nossa salvação e redenção pelo mistério da cruz, indicanos ser o Cristo o centro do universo e das nossas vidas. Nesse lugar, o da liturgia, Cristo se faz tudo em todos. Dessa maneira, o presbitério, com suas peças e objetos, leva-nos a compreendermos que esse espaço é exclusivo para a celebração do Cristo em seu mistério pascal para onde o nosso olhar converge, se mantém e se dirige pois só o Cristo é o centro de nossa fé e, assim, toda a atividade da Igreja é Cristocêntrica e nos faz cristãos. ✗ O tabernáculo em metal, prata, marfim e madeira foi concebido na origem da igreja e aí permanece. Porque serão feitas essas mudanças?

Essas pequenas mas profundas mudanças foram realizadas porque a Catedral é a igreja-mãe da Diocese e, portanto, ela deve ser o melhor exemplo, a imagem que é a Igreja Instituição Divina: povo de Deus, reunido em torno de seu bispo, para celebrar o Senhor e na caridade viver o Evangelho. O povo de Deus, nesse lugar, é a visibilidade do corpo místico de Cristo na “Jerusalém (cidade das pazes) que desceu do céu”(Ap 21) em Blumenau. O edifício de pedras é a imagem do “edifício de pedras vivas” que somos nós (1Pd 2,110), “a esposa adornada” (Ap 21,2) sempre preparada para a chegada do Amado. Como podemos perceber, esse edifício não é propriedade humana (cinema, shopping, estádio, prefeitura, etc) mas sim, o lugar da revelação do Senhor em cada Eucaristia. Muito além dos interesses mundanos, nesse lugar o céu une-se com a terra e antecipadamente participamos da eternidade. As reformas certamente não foram planejadas por qualquer construtor. Poderia nos dizer qual o arquiteto/artista sacro que as desenhou? Essa reforma foi realizada a convite do Sr. Bispo, Dom José Negri e projetada pelo artista sacro Cláudio Pastro, responsável pela arte na Basílica Nacional de Aparecida, em conjunto com a arquiteta Miriam Reichert, que comandou as obras.

Frei Jaime será ordenado bispo O dia 5 de fevereiro será festivo para Gaspar e toda a Diocese de Blumenau. Nesta data, um filho da terra será ordenado bispo, em celebração na Matriz São Pedro Apóstolo (às 9h30min). Frei Jaime Spengler, da Província da Imaculada Conceição do Brasil, foi escolhido para atuar como auxiliar na Arquidiocese de Porto Alegre. A nomeação pelo Papa Bento XVI encheu de alegria as comunidades religiosas e as famílias da região. O gasparense Jaime Spengler tem 50 anos e foi ordenado presbítero em 1990. Foi mestre dos postulantes e professor no Seminário Frei Galvão, vicereitor e professor do Instituto Filosóf co São Boaventura, em Campo Largo (PR) e, em Roma, fez doutorado de filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum.


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Igreja

“Sejam vigilantes, permaneçam firmes na fé, sejam fortes” (1Cor 16-13)

MENSAGEM

SANTO DO MÊS

Deus no centro da visita do Papa à Espanha

São Paulo Apóstolo, padroeiro da diocese

Santo Padre pede para a Europa manter raízes espirituais Em sua segunda visita à Espanha, desde o início do Pontif cado, em 2006, o Papa Bento 16 fez um apelo à comunidade, para que se apegue mais aos valores cristãos. A passagem por Santiago de Compostela e Barcelona durou 36 horas, entre os dias 6 e 7 de novembro, quando o Santo Padre fez um alerta contra o materialismo e a favor da herança espiritual da Europa. “Eu desejo encorajar a Espanha e a Europa a construírem seu presente e projetarem seu futuro com base na verdade autêntica sobre o homem”, disse o Papa, no início da viagem. Ele foi recebido pelo príncipe Felipe e a princesa Letizia, ao chegar a Santiago de Compostela, um importante destino de peregrinação desde os tempos medievais. Em uma missa que contou com a presença de mais de seis mil f eis, Bento 16 af rmou que a liberdade tem que ser baseada na justiça para todos, “começando pelos mais pobres e os mais indefesos”, numa clara re-

O papa Bento XVI toca na parede do templo da Sagrada Família de Barcelona

Celebrações presididas pelo Sumo Pontífice reuniram multidões na Espanha ferência à legalização pró-aborto no país. O aborto, ilegal no regime ditador de Francisco Franco (morto em 1975), foi legalizado sob circunstâncias limitadas em 1985, mas neste ano o governo socialista do premiê José Luis Zapatero liberou o procedimento, durante as primeiras 14 semanas de gravidez. Menores podem

Brasileiros se preparam para a Jornada Mundial da Juventude Quatro brasileiros foram enviados à Espanha pelo Setor Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), para conhecer as dioceses que acolherão a delegação of cial do País na Jornada Mundial da Juventude, que ocorre em Madri, de 16 a 21 de

agosto do próximo ano. A equipe esteve nas dioceses de Valência, Madri, Ávila, Ciudad Real, Cáceres, Sevilha e Granada. V isitou, também, o Comitê Central da Jornada JMJ para acertar a acolhida da delegação brasileira, que será formada por bispos, padres, religiosos e leigos,

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abortar se tiverem o consentimento de um parente. Estas medidas motivaram o choque entre a Igreja Católica Romana da Espanha e o governo.

Reevangelização Um dos principais temas do papado de Bento 16 tem sido o que a Igreja chama de “reevangelização” da

Europa, uma tentativa de incentivar as pessoas a retornarem aos ideais religiosos, apesar de viverem em sociedades altamente secularizadas. Bento 16 afirmou que a Europa deveria se preocupar não somente com as necessidades materiais das pessoas, mas também com a moral e as necessidades sociais, espirituais e religiosas, uma vez que todas essas são exigências genuínas de nossa humanidade. Dos 46 milhões de espanhois, 76% se consideram católicos, mas somente 15% vão à Igreja regularmente, segundo o Centro de Pesquisa Sociológica. Com a Espanha lutando para sair de uma prolongada recessão e com um índice de desemprego de 20%, os protestos contra o Papa se concentraram, não apenas sobre temas religiosos e sociais, mas também nos gastos em segurança e logística para a sua visita.

além de dois jovens de cada uma das 273 dioceses, escolhidos pelos bispos, ou pelas organizações que trabalham com a juventude. A Jornada Mundial da Juventude é o encontro dos jovens com o Papa, que encaminhou uma mensagem preparatória a todas as comunidades, para a 26ª edição do evento, em 2011. O tema é inspirado na Carta aos Colossenses: “enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé” (Cl 2,7).

No início do ano celebramos uma data importante, que não pode ser esquecida. Trata-se do dia do padroeiro diocesano, São Paulo Apóstolo, celebrado em 25 de janeiro. Poderia ser motivo de discussão o fato de, na comemoração de tão grande padroeiro, voltarmo-nos para a sua conversão. Não se poderia realizar tal celebração no dia 29 de junho, por exemplo, quando a liturgia o exalta como uma das colunas da Igreja, juntamente com o também Apóstolo Pedro? De fato, nessa ocasião, a liturgia se volta para esse momento da vida de São Paulo, o da sua conversão. E o faz com o qualificativo de “festa”. Faz lembrar a palavra de Jesus: “Haverá mais alegria no céu por um só pecado que faça penitência do que por noventa e nove justos que não precisam de penitência” (Lc 15,7). Conforme lemos nos Atos dos Apóstolos, a conversão de Paulo manifesta o poder da graça que excede todo pecado (Rm 5,20). Essa transformação decisiva da sua vida acontece no caminho de Damasco, onde descobre o mistério da paixão de Cristo que se renova em seus membros (At 22,8). Paulo, de repente, vê uma luz forte vinda do alto. Cai do cavalo e ouve a voz: “Saulo, Saulo, porque me persegues?” E de perseguidor, passa a ser discípulo, missionário perseverante, f el, até o f m da sua vida e ainda dando testemunho supremo de amor a Cristo pelo martírio. Para distinguir ainda mais a festa do dia 25 de janeiro, o bispo preside solene missa na catedral e concede aos fiéis a bênção apostólica, graça distribuída somente em três ocasiões do ano: Natal, Páscoa e dia da Dedicação da catedral e festa do padroeiro.

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A mulher disse, então, a Jesus: “Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede, nem tenha que vir aqui tirar água” (Jo 4,15)

Catequese INICIAÇÃO

Ministérios e funções dos animadores da Iniciação à Vida Cristã Os agentes precisam de formação continuada para melhor desempenho na missão Na ref exão sobre o processo de Iniciação à V ida Cristã, nosso objetivo é destacar a ação dos sujeitos e agentes e a necessidade da formação continuada deles, para que sejam competentes e testemunhas do Reino, trabalhando unidos e com o apoio da comunidade, num processo participativo e interativo (DNC, cap. V).

a) Introdutores/as

Tarefa ou função específica da pessoa que acompanha e prepara o candidato, durante o primeiro tempo, para percorrer o caminho da Iniciação, o Pré-Catecumenato. Prepara o candidato para acolher na liberdade: ✗ o dom da fé, ✗ o anúncio da Boa Nova e para ✗ assumir o encontro pessoal com o Senhor, bem como ✗ as condições para a conversão e a f delidade.

Sua tarefa principal é anunciar Jesus Cristo. Cabe-lhe, através da vida e de seu entusiasmo, ajudar o iniciando a encantar-se por Ele, sua pessoa, mensagem e missão. Para bem viver este ministério na Igreja, o Introdutor precisa ter percorrido ele mesmo o caminho da Iniciação à Vida Cristã. Ele necessita: ✗ cultivar sua vida de fé, ✗ participar da vida da comunidade, ✗ alimentar-se com a Palavra

Os envolvidos na missão de catequizar devem prezar pela sua formação continuada de Deus e com a Eucaristia e a oração pessoal, ✗ ser f el à Igreja, ✗ zelar pela sua formação continuada, tanto em Bíblia, teologia e pastoral, como relações humanas, pedagogia, psicologia, comunicação e cultura geral.

b) Padrinhos e madrinhas

Pessoas escolhidas que acompanham o candidato no processo de Iniciação. Assumem responsabilidades e, para isso, precisam de preparação. Entre suas tarefas, há o acompanhamento para a vivência do Evangelho, auxiliando o catecúmeno nas dúvidas e inquietações, velando pelo seu crescimento na fé, fraternidade, vida

de oração, participação na comunidade e construção do Reino de Deus. O processo de formação da caminhada catequética, de inspiração catecumenal, não é uma tarefa simples e fácil. Exige planejamento, realização de pequenas experiências preparadas, acompanhadas e vividas É um dos temas mais desafiadores de nossa ação evangelizadora. Levar as pessoas a um contato vivo e pessoal com Jesus Cristo. Fazê-las mergulhar nas riquezas do Evangelho, iniciá-las verdadeira e ef cazmente, na vida da comunidade e fazê-las participar da vida divina, cuja expressão maior são os sacramentos de Iniciação Queremos discípulos missio-

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nários e não somente pessoas que fazem “cursinho relâmpago”. O discípulo se encanta com Jesus, quer seguí-lo na originalidade de sua própria vida, acolhe na mente e no coração um novo jeito de tomar decisões, de compreender a realidade, de orientar suas forças criativas. Isso é dom, é graça! Motivados por este novo desafio, vamos refletir sobre o que é, de fato, a Iniciação à Vida Cristã. O processo a ser desenvolvido, os interlocutores que teremos nessa comunidade, os agentes que devem se dedicar nessa tarefa e as situações em que cada pessoa é chamada a atuar. Catecumenato: palavra grega que significa “lugar no qual ressoa a mensagem”. Do verbo catequizar, quer dizer “fazer ressoar” ou “fazer ecoar” a mensagem. O catecumenato é a Iniciação à Vida Cristã. Nela não estão implicados, apenas os catequistas, que têm papel importantíssimo e insubstituível. Está implicada toda a Igreja: pais, padrinhos, introdutores, catequistas, liturgistas, ministérios ordenados, padres... enf m, toda a comunidade. O documento de Aparecida diz: “uma comunidade que assume a Iniciação à Vida Cristã renova sua vida comunitária e desperta seu caráter missionário. Isso requer novas atitudes pastorais por parte dos bispos, presbíteros, pessoas consagradas e agentes de pastoral” (DAp, nº 291).

CURTAS AGRADECEMOS A convite da Coordenação Diocesana dos Diáconos, a coordenadora diocesana de Catequese, Irmã Anna Gonçalves, esteve reunida na casa de formação Maria Auxiliadora, em Rio dos Cedros, ref etindo sobre a Iniciação à Vida Cristã. Foi uma graça e bênção, pela acolhida e o interesse no tema, a participação e interatividade. Para a catequese, foi uma nova aprendizagem.

VISITA AO BISPO Em novembro, Dom José Negri recebeu um grupo de catequizados da Primeira Eucaristia, vindos da Paróquia Santuário, na Itoupava Norte. Acompanhado de três catequistas, o grupo visitou a sede da Cúria e conheceu a importância do trabalho de cada setor . Os catequizados, também, se encontraram com a coordenadora diocesana de catequese, Irmã Anna Gonçalves e receberam um exemplar do Jornal da Diocese.

COMARCAS EM AÇÃO

As coordenações de catequese das comarcas de Navegantes, Timbó, Blumenau Sul e Blumenau Norte já def niram a data de suas concentrações comarcais. Escolheram temais atuais e estão vibrando muito. V ai ser muito bom! As datas constarão do calendário anual da Diocese.


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Ecumenismo

“Venham! Vamos subir à montanha do Senhor, vamos ao templo do Deus de Jacó, para que ele nos mostre seus caminhos e possamos caminhar em suas veredas” (Is 2,3)

LOUVOR

Culto celebra a fraternidade da fé cristã Celebração também marcou a posse da nova diretoria do Núcleo Ecumênico de Blumenau

Agradecer, louvar, bendizer ao nosso Deus e Pai foi o centro da celebração de Ação de Graças, no dia 24 de novembro, na Igreja Evangélica Martin Luther, na Itoupava Seca. Participaram pastores, padres, religiosos e fiéis da Igreja Evangélica de Conf ssão Luterana no Brasil (IECLB), Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB) e Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR), que compõem o Núcleo Ecumênico de Blumenau (NEB). A celebração foi animada pelo grupo de cantores e instrumentistas ecumênico do Bairro Garcia. Inspirado no evangelho da cura dos dez leprosos (Lc 17,1 1-19), Dom José proferiu a homilia. Louvou a caminhada ecumênica das Igrejas, em Blumenau. Encorajou vivamente o empenho pela unidade entre todos os cristãos, sem esquecer que a oração de Jesus ao Pai pede “que todos sejam um” (Jo 17,21). Na mesma celebração, foi empossada a nova diretoria do NEB que passa a ser presidido pelo pastor Dieter Jürgen Thiel (IECLB), tendo como vice o pastor Everson Gass (IELB). Os representantes da ICAR são o padre Luiz Alexandre (segundo secretário) e o frei José Luis Prim

(tesoureiro). O padre Raul Kestring que, até agora integrava a diretoria, passa a atuar como conselheiro. A pastora sinodal Mariane Beyer Ehrat dirigiu uma mensagem de entusiasmo aos membros da diretoria e a todos os participantes da celebração. Em nome da Igreja, a pastora abençoou a nova diretoria. A escolha ocorreu, no dia 19 de outubro, para mandato de dois anos. O Núcleo Ecumênico de Blumenau é uma associação religiosa cristã regional, com fins de aprofundamento bíblico, educativos, f lantrópicos e culturais. Com mais de 10 anos de existência, o grupo se encontra em reuniões mensais, quando são tratados e deliberados assuntos de interesse das igrejas participantes e de suas comunidades.

Celebração ecumênica reuniu fiéis das três comunidades cristãs

Coube ao bispo Dom José a homilia do culto

Padres e pastores que assumiram a coordenação do Núcleo Ecumênico de Blumenau

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Dia de oração pela Terra Santa Em todo o mundo, os cristãos de várias crenças religiosas, comunidades, organizações de direitos humanos e promotores da paz estão se preparando para o dia internacional de intercessão pela Terra Santa, que será realizado entre 29 e 30 de janeiro de 2011. A expectativa é que mais de duas mil cidades se unam em oração, durante 24 horas, levando suas súplicas, diretamente, ao coração do Senhor. Esta é a terceira vez que se promove o dia pela paz no Oriente Médio, um movimento que nasceu do desejo de algumas organizações católicas juvenis, preocupadas com a proteção dos lugares sagrados e das pessoas que vivem em constante sofrimento naquela região. O evento é patrocinado pelo Pontifício Conselho da Justiça e da Paz e prevê 24 horas de oração ininterrupta, pela reconciliação, a paz e a unidade. Entre as organizações que promovem o dia, está a associação Papaboys, o Apostolado “Jovens pela V ida”, as Capelas de Adoração Perpétua em toda a Itália e no mundo e os grupos de Adoração Eucarística. Além das celebrações religiosas, várias outras atividades marcam o dia, como encenações teatrais, eventos musicais e campanhas de arrecadação de donativos para as comunidades atingidas pelos conf itos no Oriente Médio.


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Enfoque Pastoral

“Tudo posso naquele que me fortalece” (Fl 4,13)

VIDA

Religiosos assumem novos rebanhos

Os desafios da pastoral do futuro

Com nova coordenação diocesana, Pastoral da Criança quer ampliar atuação na região

Mais de 1600 crianças e quase 80 gestantes, representando 1311 famílias, são atendidas pela Pastoral da Criança na Diocese de Blumenau. O trabalho é desenvolvido em 22 paróquias, envolvendo 163 líderes voluntários que atuam na evangelização das comunidades carentes, promovendo o crescimento físico saudável e a formação para a cidadania. A servidora pública Márcia Jaqueline Negherbon, da Paróquia Santo Estevão, acaba de assumir a coordenação diocesana da Pastoral da Criança com um desafio: ampliar o número de famílias e de crianças atendidas, já que o movimento sofreu um impacto nos últimos dois anos, por conta dos deslocamentos e da realocação de famílias após a enchente. “Muitas famílias mudaram de bairro, outras foram embora da cidade e com isso nós perdemos o contato”, af rma. A Pastoral da Criança foi criada em Blumenau no ano de 1997, primeiramente nas paróquias Santo Antônio e Santa Isabel. Em 1999, houve uma movimentação grande na então Comarca de Blumenau (que pertencia à Diocese de Joinville), com novas paróquias aderindo. No ano 2000, com a instituição da Diocese de Blumenau, a organização do movimento e a criação da coordenação diocesana estimularam o crescimento da pastoral.

O que é? A Pastoral da Criança é uma ação social da igreja católica, que atende a todas as famílias, sem distinção de raça, classe social, credo ou escolha política. Criada em 1983, por iniciativa da médica pediatra e sanitarista Zilda Arns, com o desaf o de reduzir os índices de mortalidade infantil no País. Na época a es-

Trabalho da Pastoral conta com 163 líderes voluntários, que atuam diretamente nas comunidades assistidas

Missão é cuidar do corpo e do espírito tatística era de 33 mortes para cada mil nascidos (até um ano de idade). Hoje a Pastoral da Criança é a maior organização não-governamental do mundo a trabalhar com crianças, desde o ventre da mãe. Entre as comunidades atendidas pelo movimento, o índice de mortalidade infantil caiu para 3,2 por mil (a média nacional é de 10 por mil). O projeto é baseado no evangelho da multiplicação dos pães. O trabalho

Márcia Negherbon assumiu coordenação da Pastoral da Criança voluntário dos líderes está ancorado em um tripé: visitas mensais às famílias para acompanhamento social; a celebração da vida, em que se resgata a essência de viver em comunidade (nesse encontro é feito o acompanhamento de peso das crianças, distribuição de lanches, recreação e orientação às mães) e a reunião de avaliação e ref exão, que norteia o futuro da Pastoral.

A Diocese de Blumenau anunciou, em novembro, novas missões para alguns padres e diáconos, com suas transferências de comunidades, ou de funções. Inspirados pelo Espírito Santo e seguindo o exemplo dos apóstolos de Cristo, os escolhidos terão novos desaf os em sua missão evangelizadora:

Padre Pedro Rodrigues Bastos: assume a paróquia Santa Luzia, em Navegantes Diácono Ricardo: passa a ser o vigário paroquial de Santa Luzia, em Navegantes Padre José Vidalvino: vigário paroquial do Santuário de Nossa Senhora de Navegantes Padre Kruger: administrador paroquial da Paróquia Nossa Senhora da Glória, em Ilhota Diácono Alexandre: vigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora da Gloria, em Ilhota Padre Célio: pároco na comunidade de Nossa Senhora de Fátima, em Indaial Frei Jairson: vigário paroquial na Imaculada Conceição, em Rio dos Cedros Padre João Leonardo: assume como vigário paroquial na Paróquia Santa Isabel, em Blumenau Monsenhor Carlos Kiesewetter: vigário paroquial da Catedral São Paulo Apóstolo, em Blumenau Padre Marcos Zimmermann: administrador paroquial da Paróquia São José, em Blumenau Padre Raul Kestring: assume como auxiliar na Paróquia São José, em Blumenau Padre Wanderlei: assume como auxiliar na Paróquia Santo Antônio, em Blumenau Padre Roberto Carlos Cattoni: assume a coordenação da Pastoral da Juventude Padre Marcelo Martendal: assume a Pastoral Vocacional.

Franciscanas

Irmãs Catequistas

Transforme seu sonho em projeto de vida!

Atuamos nas áreas de: Educação, Catequese, Grupos de Reflexão, CEBs, formação de lideranças, movimentos populares, trabalhos com indígenas e afro descendentes, mulheres, economia solidária, juventudes, ecologia, saúde popular...

Nosso Contato:

Província Imaculado Coração de Maria - Tel: (0..47) 3323-1789 Correio eletrônico: Irmã Marlene Eggert: mar.eggert@hotmail.com Visite nosso site: www.cicaf.org


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Especial

O

l a t a N de

Natal se aproxima. Pode-se perceber pelo corre-corre nas lojas e supermercados. Nas casas, a árvore de Natal já está iluminada, a ceia preparada e os presentes comprados. Mas, será que já estamos prontos também para compreender o verdadeiro signif cado do Natal? Os símbolos, os presentes e todas as tradições do Natal são belos, desde que entrem em nossos lares para coroar a essência dessa noite que, realmente, é de festa. Para que o Menino Jesus esteja presente nas nossas comemorações, a noite do Natal deve ser uma oportunidade de reconciliação e de perdão. Valorizar mais o encontro em família do que o cardápio servido, a reunião entre amigos do que os pacotes e laços. O Natal é a data mais festejada do cristianismo e representa a primeira ligação entre o céu e a terra, o reencontro entre Deus e a humanidade. Para cumprir a promessa que fez aos homens, Ele envia seu próprio Filho à Terra. Para se tornar um de nós, Cristo nasceu do ventre de uma mulher. Encontrou um mundo perdido, que lhe negou um lugar para nascer e o perseguiu desde os primeiros dias de sua chegada. Embora tivesse assumido a natureza humana, sua verdadeira glória não f cou oculta. Seu nascimento atraiu os magos do Oriente, que vieram a Belém conhecer aquele que todos à volta ignoraram, mas que os reis sabiam ser mais que um simples homem. Eles O procuraram e tiveram seu encontro com Jesus. Neste Natal, como os magos, vamos também nós aceitarmos esse convite de Deus: venham, vejam, acolham, ouçam, o meu Filho! O Natal só se torna uma festa verdadeira se procurarmos Jesus, se O levarmos à mesa da ceia e fizermos do nosso coração, a manjedoura para acolher o Menino Deus que se fez homem. Encarnando-se, Ele identif cou-se com cada pessoa humana que vem a este mundo. Por isso, o desaf o cristão é vê-lo em cada irmão, em cada irmã que passa ao nosso lado. Sobretudo, quando alguém se reveste da pobreza, da rejeição, do abandono, da doença, da exclusão, é Ele a implorar nossa compaixão e nosso amor.

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Natal de paz e compromisso

Para viver

Tempo maravilhoso este em que, uns aos outros, desejamos santo e feliz Natal!

o Natal de Belém O presente mais precioso desta data é ter o Menino Jesus no Coração

Comemore, sem exageros O Natal é uma ocasião de encontro com a família e amigos, um momento de celebração e alegria. A tradição, especialmente no Brasil, é de mesa farta para a ceia natalina. Muitas variedades e quantidades de comidas e bebidas justif cam a comemoração especial. À mesa, lembre-se de que nosso corpo é o templo, onde Deus habita. Leve Jesus com você para a ceia do Natal. Faça uma oração e agradeça o alimento e as pessoas ao seu redor. E, principalmente, cuide para não exagerar nas comidas e bebidas que podem fazer mal à sua saúde. Lembre-se, também, de que desperdício de alimentos não condiz com um estilo verdadeiramente humano e muito menos cristão. Não pode ser atitude de festa alguma! Nossos pais sempre nos advertiam: “comida é coisa sagrada; não se joga fora”! E quantos irmãos poderiam saciar a sua fome e a sua sede com as nossas sobras!

Jesus, Filho de Deus, Caminho, V erdade, Vida, veio, vem, virá, para nos dar vida, vida em plenitude! Um dia, o Filho de Deus, veio na pobreza do presépio, na humilde família de Nazaré, beijado pela ternura de Maria é José! Agora, Jesus vem no mistério de sua Igreja, fazendo habitação no corpo-templo de seus discípulos, discípulas, missionários. No f m dos tempos, virá no esplendor de sua glória ! Neste abençoado Natal de 2010, voltados para o próximo ano, Jesus nos faz tríplice convite, em apelo missionário: - V amos construir a P AZ, acolhendo, no dia 1º de janeiro, Dia Internacional da Paz, da Mãe de Deus, a mensagem-ação do Papa Bento XVI em favor da “Liberdade religiosa, caminho para a Paz”; - Em segundo lugar , Jesus nos convida, desde já, para que, irmanados à Igreja no Brasil todo, realizemos a Campanha da Fraternidade 2011, com seu urgente tema “Fraternidade e vida no planeta terra”; - Finalmente, Jesus nos convida neste Natal, a acolhermos, com vigor , a conclamação de nosso amado Bispo Diocesano, Dom José Negri, para que realizemos, em 2011, em toda a Diocese de Blumenau, o Ano Eucarístico! Irmãos, minhas irmãs, com toda ternura, desejo NATAL repleto de JESUS, Ano Novo de amor, justiça e paz, a vocês e suas famílias!

Férias e fé Nesta época do ano, muitas famílias seguem para um merecido descanso, de férias. Deixam suas casas e partem para a praia, para a casa de parentes e amigos, ou a conhecer lugares novos, recarregar as baterias para enfrentar uma nova jornada em 2011. Como a fé não tira férias, é importante incluir a oração, a leitura do Evangelho e a participação na Santa Missa, na agenda de sua viagem. Peça a proteção de Deus ao sair e agradeça-lhe, quando chegar. Tire um tempo para conhecer, ou retornar a uma igreja em seu destino, para celebrar a sua fé. Aproveite

[+] Vai viajar? Então confira essas dicas: Casa segura

✗ Tenha um mapa na mão para não precisar pedir

✗ Providencie trancas reforçadas nas portas, janelas e

✗ Se precisar de auxílio, procure um posto policial

portões; ✗ Tome cuidados especiais com aberturas de ar-

condicionado e exaustores;

Dom Angélico Sândalo Bernardino

que estará mais descansado e descompromissado para viver a gratif cante experiência de se encontrar com Deus, na oração e na comunhão. Por outro lado, quem permanecer em sua comunidade (especialmente no litoral, que recebe muitos veranistas, católicos ou não católicos, de todas as partes), procure acolher com carinho e alegria os turistas e visitantes que chegam. Sejamos fraternos e prestativos com os irmãos de fora. V amos envolvê-los na celebração, façamos de sua visita um motivo de festa.

✗ Se possível, instale sistemas de segurança como ✗

alarmes, ou sensores de presença na casa; Não deixe roupas no varal ou objetos espalhados no quintal, que possam chamar a atenção de quem passa na rua; Não deixe luzes acesas dentro ou fora de casa durante o dia, pois isso é um indicativo de que não há ninguém no local; Suspenda a entrega de correspondências, jornais e revistas ou peça a alguém de sua confiança para recolher sua caixa de correio diariamente; Ao voltar para casa, certifique-se de que não há pessoas estranhas por perto. Na dúvida, avise seus familiares e ligue para a polícia; Não entre em casa se tiver sinais de arrombamento.

Viagem tranquila ✗ Faça uma revisão em seu carro antes de sair de viagem; ✗ Verifique se a documentação pessoal e do veículo

está em ordem; ✗ Planeje os melhores trajetos e horários para sua

viagem;

E-mail:onedaeq@terra.com.br --www.onedamoveis.com.br www.onedamoveis.com.br E-mail:onedaeq@terra.com.br

informações; (militar ou rodoviário); ✗ Lembre-se de que álcool e direção não combinam; ✗ Ao sentir-se cansado, entregue a direção a outra

pessoa, ou então descanse até ter certeza de que poderá seguir a viagem em segurança; ✗ Respeite os limites de velocidade e os sinais de trânsito, o policiamento e os outros motoristas.

Férias inesquecíveis ✗ Na praia, obedeça à sinalização de locais perigosos e

de balneabilidade; ✗ Evite entrar na água sozinho e avançar para locais

mais fundos; ✗ Não mergulhe em locais que não conhece; ✗ Mantenha as crianças sempre por perto e sob sua

vista; ✗ Permaneça longe das encostas e pedras; ✗ Se for usar alguma embarcação, coloque sempre o

colete salva-vidas; ✗ Não entre na água, após comer ou beber demais; ✗ Use filtro solar e reaplique a cada duas horas; ✗ Evite o sol entre 11 e 16 horas e não fique muito

tempo exposto; ✗ Beba muita água, sucos, chás e água de côco para

hidratar-se.


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Especial

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Natal se aproxima. Pode-se perceber pelo corre-corre nas lojas e supermercados. Nas casas, a árvore de Natal já está iluminada, a ceia preparada e os presentes comprados. Mas, será que já estamos prontos também para compreender o verdadeiro signif cado do Natal? Os símbolos, os presentes e todas as tradições do Natal são belos, desde que entrem em nossos lares para coroar a essência dessa noite que, realmente, é de festa. Para que o Menino Jesus esteja presente nas nossas comemorações, a noite do Natal deve ser uma oportunidade de reconciliação e de perdão. Valorizar mais o encontro em família do que o cardápio servido, a reunião entre amigos do que os pacotes e laços. O Natal é a data mais festejada do cristianismo e representa a primeira ligação entre o céu e a terra, o reencontro entre Deus e a humanidade. Para cumprir a promessa que fez aos homens, Ele envia seu próprio Filho à Terra. Para se tornar um de nós, Cristo nasceu do ventre de uma mulher. Encontrou um mundo perdido, que lhe negou um lugar para nascer e o perseguiu desde os primeiros dias de sua chegada. Embora tivesse assumido a natureza humana, sua verdadeira glória não f cou oculta. Seu nascimento atraiu os magos do Oriente, que vieram a Belém conhecer aquele que todos à volta ignoraram, mas que os reis sabiam ser mais que um simples homem. Eles O procuraram e tiveram seu encontro com Jesus. Neste Natal, como os magos, vamos também nós aceitarmos esse convite de Deus: venham, vejam, acolham, ouçam, o meu Filho! O Natal só se torna uma festa verdadeira se procurarmos Jesus, se O levarmos à mesa da ceia e fizermos do nosso coração, a manjedoura para acolher o Menino Deus que se fez homem. Encarnando-se, Ele identif cou-se com cada pessoa humana que vem a este mundo. Por isso, o desaf o cristão é vê-lo em cada irmão, em cada irmã que passa ao nosso lado. Sobretudo, quando alguém se reveste da pobreza, da rejeição, do abandono, da doença, da exclusão, é Ele a implorar nossa compaixão e nosso amor.

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Natal de paz e compromisso

Para viver

Tempo maravilhoso este em que, uns aos outros, desejamos santo e feliz Natal!

o Natal de Belém O presente mais precioso desta data é ter o Menino Jesus no Coração

Comemore, sem exageros O Natal é uma ocasião de encontro com a família e amigos, um momento de celebração e alegria. A tradição, especialmente no Brasil, é de mesa farta para a ceia natalina. Muitas variedades e quantidades de comidas e bebidas justif cam a comemoração especial. À mesa, lembre-se de que nosso corpo é o templo, onde Deus habita. Leve Jesus com você para a ceia do Natal. Faça uma oração e agradeça o alimento e as pessoas ao seu redor. E, principalmente, cuide para não exagerar nas comidas e bebidas que podem fazer mal à sua saúde. Lembre-se, também, de que desperdício de alimentos não condiz com um estilo verdadeiramente humano e muito menos cristão. Não pode ser atitude de festa alguma! Nossos pais sempre nos advertiam: “comida é coisa sagrada; não se joga fora”! E quantos irmãos poderiam saciar a sua fome e a sua sede com as nossas sobras!

Jesus, Filho de Deus, Caminho, V erdade, Vida, veio, vem, virá, para nos dar vida, vida em plenitude! Um dia, o Filho de Deus, veio na pobreza do presépio, na humilde família de Nazaré, beijado pela ternura de Maria é José! Agora, Jesus vem no mistério de sua Igreja, fazendo habitação no corpo-templo de seus discípulos, discípulas, missionários. No f m dos tempos, virá no esplendor de sua glória ! Neste abençoado Natal de 2010, voltados para o próximo ano, Jesus nos faz tríplice convite, em apelo missionário: - V amos construir a P AZ, acolhendo, no dia 1º de janeiro, Dia Internacional da Paz, da Mãe de Deus, a mensagem-ação do Papa Bento XVI em favor da “Liberdade religiosa, caminho para a Paz”; - Em segundo lugar , Jesus nos convida, desde já, para que, irmanados à Igreja no Brasil todo, realizemos a Campanha da Fraternidade 2011, com seu urgente tema “Fraternidade e vida no planeta terra”; - Finalmente, Jesus nos convida neste Natal, a acolhermos, com vigor , a conclamação de nosso amado Bispo Diocesano, Dom José Negri, para que realizemos, em 2011, em toda a Diocese de Blumenau, o Ano Eucarístico! Irmãos, minhas irmãs, com toda ternura, desejo NATAL repleto de JESUS, Ano Novo de amor, justiça e paz, a vocês e suas famílias!

Férias e fé Nesta época do ano, muitas famílias seguem para um merecido descanso, de férias. Deixam suas casas e partem para a praia, para a casa de parentes e amigos, ou a conhecer lugares novos, recarregar as baterias para enfrentar uma nova jornada em 2011. Como a fé não tira férias, é importante incluir a oração, a leitura do Evangelho e a participação na Santa Missa, na agenda de sua viagem. Peça a proteção de Deus ao sair e agradeça-lhe, quando chegar. Tire um tempo para conhecer, ou retornar a uma igreja em seu destino, para celebrar a sua fé. Aproveite

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tempo exposto; ✗ Beba muita água, sucos, chás e água de côco para

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www.dioceseblumenau.org.br Dezembro de 2010 e Janeiro 2011. Jornal da Diocese de Blumenau

Variedades

“Porque da sua plenitude todos nós recebemos, e um amor que corresponde ao seu amor” (Jo 1,16)

NATAL

CONTO

Neste desafio bíblico, questões relacionadas à festa do nascimento Veja se você consegue responder às perguntas abaixo, sobre o evento natalino

Envie este desaf o preenchido até o dia 10 de janeiro de 201 1 para o email jornal@diocesedeblumenau.org.br ou por correio para a Cúria Diocesan a de Blumenau (a/c Pe Raul) – Rua XV de Novembro, 955 – Centro – Blumenau/SC – CEP 89010-003 / Caixa Postal 222 – CEP 89010-970. Informe seu nome completo, telefone e endereço. Você estará concorrendo a uma bíblia.

DESAFIO BÍBLICO

RESPOSTA DO TESTE BÍBLICO DE NOVEMBRO

Assinale as alternativas corretas: 1. A promessa do redentor foi dada pela primeira vez: a) No céu b) Na terra c) No paraíso terrestre d) Em Jerusalém 2. O profeta que falou sobre o lugar onde Jesus nasceria foi: a) Isaias b) Jeremias c) Habacuque d) Miquéias

3. O nome Jesus significa: a) Redentor b) Deus conosco c) Cristo d) Emanuel 4. Que mulheres da antiga aliança estão na genealogia de Jesus? a) Rute e Raab b) Batseba e Raquel c) Tamar e Batseba d) Sara e Abigail

RECORDANDO

Recordar é reviver “Recordar é viver”, diz um ditado popular. Mas, diz-se também que “recordar é reviver”. Na sua primeira forma, este ditado pode referir-se à vida em geral. Na segunda, traz à tona momentos dessa vida, preferencialmente positivos, agradáveis. E a vida tem, sempre e muito mais, conotações positivas. Nesta coluna queremos recordar e reviver uma interessante página do nosso Jornal da Diocese, publicada há dez anos. Exatamente à página 10, a edição de outubro de 2001 apresentava o título: “Missionário na Pastoral da Sobriedade”. No mês missionário daquele ano

5. Jesus foi visitado ao nascer, primeiramente: a) Pelos magos e pastores b) Pelos pastores e magos c) Só pelos magos d) Só pelos pastores 6. Maria, a mãe de Jesus morava: a) Em Nazaré da Galileia b) Em Belém c) Em Betânia d) Em Jerusalém

aponta-se, então, para uma missãoo específica: no campo da tóxico-de-pendência. Em forma de perguntas e respostas, delineia-se todo o ideal da sobriedade na vida pessoal e comunitária. Esta proposta de vida saudável e feliz, nos nossos tempos, vai se tornando cada vez mais urgente. Pois o mal da drogadição vai avançando assustadoramente, ceifando vidas, famílias, minando a própria sociedade. Numa das respostas, frisa-se que a Pastoral da Sobriedade nasceu da preocupação de toda a Igreja no Brasil perante o fenômeno social da dependência química. Na 36ª. Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em abril de 1998, os Bispos pedem a implantação da Pastoral da Sobriedade nas dioceses e;

Veja as respostas corretas (Jornal de novembro, ed 111, pg. 10). Quem ganhou a Bíblia Sagrada foi Lones Altine Rinkus, moradora do Salto do Norte, em Blumenau. ASSOCIE OS FILHOS A SEUS RESPECTIVOS PAIS IRMÃOS E IRMÃS a) Ido – Zacarias b) Amitai – Jonas c) Noé – Jafé d) Terá (ou Terã) – Abraão

quatro anos depois, nas paróquias. Na Diocese de Blumenau, o cuidado pastoral com os tóxico-dependentes e suas famílias nasceu com a criação e instalação da Diocese. Em 2001, esse trabalho recebeu marcante incentivo com a Campanha da Fraternidade. “Vida Sim, Drogas Não!” - dizia o res-

e) Labão – Raquel f) Jessé – Davi g) Hilquias – Jeremias

pectivo lema. Decidiu-se que a coleta da solidariedade, realizada no Domingo de Ramos, fosse aplicada numa casa de recuperação de tóxico-dependentes na Diocese. Nasceu, assim, a Casa dde Recuperação Nossa Senhora Aparecida, no município de Ilhota, A qque até hoje ajuda a muitos irmãos a saírem do caminho da morte, ressurgindo para uma nova vida. re Vale a pena recordar essa ação verdadeiramente missionária aç entre nós. Missionários da solidariedade e da vida sejamos todos nós! E os gritos por socorro por parte de muitos irmãos dependentes e suas famílias, sob pretexto algum, podem ser ignorados ou minimizados pelos cristãos e católicos. Essa luta não pode parar na nossa Igreja, na nossa Diocese, em cada Paróquia!

Quase um conto natalino Era uma vez um homem e uma mulher que se amavam. Ela se chamava Nora e ele Teoroi. Viviam juntos, felizes, no esplendor do Taiti. Como não tinham filhos, pensam em adotar um, mas neste mesmo ano Nora adoece. Contrai a lepra. Teoroi, um pobre carpinteiro, faz de tudo para ganhar alguma coisa e, assim, poder curá-la. Os parentes desencorajamno. A lepra progride. Passam-se quatro anos. Teoroi tentou de tudo, vendeu tudo. Nora, a sua amada, sua vida, deve ser reclusa no leprosário; ele deve permanecer fora. São-lhe feitas outras propostas de casamento, mas Teoroi as rejeita todas: não pode viver sem Nora. No leprosário, a doença de Nora agrava-se: ela fixa seu olhar na porta de entrada, esperando sempre que alguém chegue. Porque está segura que chegará. E Teoroi, um dia, vem! Vencidas todas as dificuldades administrativas e burocráticas, chegou para viver com Nora. Ele está sadio. Nora, com ele, quase rejuvenesce. Adotam no leprosário uma criança doente. Teoroi, um pouco de cada vez, constrói a sua casinha. Podem, de novo, viver felizes, com o menino que vai aprendendo a brincar.


Dezembro de 2010 e Janeiro 2011. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

Nossa História

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De fato, vocês todos são filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo, pois todos foram batizados em Cristo, se revestiram de Cristo” Gl 3,26-27

PARÓQUIAS

Expediente

Em Luis Alves, desde 1912 Igreja de São Vicente de Paulo foi instituída por Dom João Becker

O início de tudo Pe. Antônio Francisco Bohn Dom João Becker , bispo da Diocese de Florianópolis, no seu decreto do dia 31 de julho de 1912, criou a Paróquia de São Vicente de Luís Alves, no município de Itajaí, de cuja paróquia foi desmembrada. Compreendia toda a bacia do Rio Luís Alves com os limites seguintes: “para o Curato de Massaranduba fazem limite as cabeceiras do Rio Canoas, Rio Miguel e dos Rios Primeiro, Segundo e Terceiro Braço do Norte com os respectivos af uentes. Para Blumenau e Gaspar as cabeceiras do Rio Bonito, Braço Direito do Luís Alves, Rio Seraf m, Rio Máximo e Rio das Laranjeiras, todos com os seus af uentes; para a Paróquia de Itajaí, o Rio Itajaí Açu, o Rio Luís Alves e o Rio das Canoas até a Serrinha, a qual é também o limite entre a nova Paróquia e a da Penha”. O decreto concede também à Igreja de São V icente, que servirá de Matriz, pleno direito e faculdades para ter sacrário, em que se conserve o Sacramento da Eucaristia com o necessário ornato e decência e com a lâmpada acesa dia e noite. Concede a faculdade para estabelecer-se batistério e pia batismal, para ter livros de tombo e de registros de batismos, matrimônios e óbitos e todos os demais direitos, honras e distinções de uma Igreja Paroquial.

niini o iniulo, Paul Pa de Paul te de nte icen Vic ão Vicen São d São i de t iz i matr i eira Prim ciada em 1898 e terminada no ano seguinte

Fone/ Fax: (047) 3323 3339 Cama- Mesa - Banho - Calçados - Uniformes escolares Confecções em geral - Roupas para Toda a Família

Anacleto Dagnoni e Isolde B. Dagnoni Rua Bahia, n° 136 – Itoupava Seca – Blumenau – SC

A ocupação da região, conhecida hoje como Luís Alves, deve-se a um cidadão de nome Luiz Alves, residente às margens do rio que desemboca no Itajaí-Açu, na região de Ilhota. A Colônia foi fundada, em 1877, pelo engenheiro austríaco Júlio Grothe, encarregado pelo Governo Imperial de iniciar uma colônia no centro do Vale, formado pelo rio. Em homenagem ao seu antigo desbravador, que dera seu nome ao rio, Grothe denominou-a Colônia Luiz Alves. Desde o início da colonização, até 1896, o atendimento da população esteve a cargo dos padres jesuítas (italianos), de Nova Trento. Depois, os padres franciscanos (alemães), de Blumenau e Gaspar , começaram a prestar assistência religiosa. A licença para ser construída nova capela foi concedida em 3 de dezembro de 1898, para que substituísse a anterior, simples e modesta. Com a criação da Paróquia, em 1912, foi nomeado primeiro pároco o padre austríaco Fernando Süsser. A partir de 1916, o atendimento passou a ser feito por padres salesianos, até 1938. No dia 12 de dezembro do ano seguinte foi nomeado um padre secular, representado porAfonso Vidal Reitz, que até então exercia a função de professor no Seminário Menor de Azambuja. Sucederam-se outros párocos, todos do clero diocesano de Florianópolis, depois de Blumenau. No dia 15 de abril de 1941, foi lançada a pedra fundamental da atual Igreja Matriz, concluída em 1952. Em 1958, pela Lei 348, o distrito foi elevado a município. Com a criação da Diocese de Blumenau, no ano 2000, algumas comunidades que estavam localizadas no município de Massaranduba foram anexadas à Paróquia Sagrado Coração de Jesus (Diocese de Joinville). A Paróquia de Luís Alves sempre foi um grande celeiro de vocações religiosas e sacerdotais.

Jornal da Diocese de Blumenau Direção Geral: Dom José Negri PIME Diretor Geral: Pe. Raul Kestring Diretor Comercial: Pe Almir Negherbon Textos e edição: New Age Comunicação Rua Sete de Setembro, 2587 – sala 202 - Centro – Blumenau/SC (47) 3340-8208 Jornalista Responsável: Marli Rudnik (DRT SC 484 JP) marli@newagecom.com.br Fotografias: Acervo da Diocese de Blumenau e Divulgação Editoração: Job Designer jobdesigner@gmail.com Revisão: Pe Raul Kestring Raquel Resende Alfredo Scottini Impressão: Jornal de Santa Catarina Tiragem: 20 mil Periodicidade: Mensal Distribuição gratuita Correspondência Cúria Diocesana de Blumenau Rua XV de Novembro, 955 Centro (47) 3322-4435 Caixa Postal 222 CEP: 89010-003 Blumenau/SC comunicacoes@diocesedeblumenau.org.br www.diocesedeblumenau.org.br


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Movimentos

“Que ninguém o despreze por ser jovem. Quanto a você mesmo, seja para os fiéis um modelo na palavra, na conduta, no amor, na fé, na pureza” (1Tm 4,12)

JUVENTUDE

FRANCISCANISMO

Grupos da diocese, agora, unidos em setor Organização da pastoral dos jovens dá novo impulso à evangelização desse público

A CNBB instituiu, em âmbito nacional, o Setor da Juventude, um espaço para articular , convocar e propor orientações para a evangelização deste público, respeitando o protagonismo juvenil, a diversidade de carismas, a organização e a espiritualidade para a unidade de forças ao redor de metas e prioridades comuns. Na Diocese de Blumenau, desde o início deste ano, foi começado um trabalho de organização do Setor da Juventude, sob a responsabilidade do diácono Alexandre Paulo de Matos, assessor diocesano da juventude. Foram promovidas quatro reuniões, com a participação de aproximadamente 30 jovens, líderes e coordenadores de juventude das diversas paróquias da diocese. O objetivo é unificar , através do Setor da Juventude, o direcionamento dos trabalhos dos vários grupos e movimentos jovens das paróquias e comarcas, mantendo e respeitando a identidade de cada um. Com isso será possível dar maior divulgação aos eventos e ações, além de intensif car a agenda dos grupos e da pastoral, conquistando maior participação dos jovens das comunidades. “É um novo ardor para os jovens, possibilitando motivá-los cada vez mais em suas atividades pastorais e eventos”, afirma o diácono Alexandre. Para ele, a evangelização da juventude, principalmente em encontros jovens e animação, é fundamental para mantê-los fortes em sua fé. “O mundo oferece muitas oportunidades aos jovens, boas e más. E a Igreja? Temos que fazer a nossa parte”, ressalta.

Jovens da Diocese reunidos em oração e lazer, na celebração do Dia Nacional da Juventude, em Pomerode

Organização dos movimentos jovens em setor visa a ampliar as possibilidades de eventos e a participação

Dia da Juventude Um dos frutos colhidos pelo novo movimento juvenil foi a comemoração do Dia Nacional da Juventude, na Diocese de Blumenau, celebrado na Paróquia São Ludgero, em Pomerode, em 23 e 24 de outubro. Mais de 130 jovens de várias paróquias da diocese foram acolhidos pelas famílias da comunidade e participaram de atividades que tiveram como tema, “Jovem, mostra tua cara” e o lema “Que pilar estás construindo para ti mesmo”. O evento teve muitos atrativos evangelizadores, como acolhida, descontração, espiritualidade, missa, adoração, desf le, louvor, palestras, teatros, hoAções entre os jovens estimulam a construção de um mundo melhor menagens e até o plantio de uma árvore.

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Quando São Francisco voltou da Terra Santa, queria que todos os homens pudessem compreender a imensa bondade de Deus para com os homens. Ficava pensando, sempre, em meios para que todos chegassem a Jesus e lhe sentissem o carinho que Ele nutria por todos os seres humanos. Surgiu-lhe uma ideia: representar , de maneira bem plástica, o nascimento do Menino Jesus. Conversou com o Papa e foi autorizado. Já tinha um local destinado ao momento: o eremitério de Greccio, em Fonte Colombo. Chegava o Natal de 1223. Falou com João V elita, gentil homem da Ordem Terceira, hoje, Ordem Franciscana Secular. Explicou-lhe o desejo e João, logo, se pôs a trabalhar. Num dos bosques que cercam o eremitério de Greccio, há uma belíssima gruta, a qual lembra muito a de Belém. Francisco queria um presépio com a manjedoura, o asno e o boi, cujo bafejo esquentava o Menino gelado. João arrumou tudo e, na noite de Natal, todos os sinos do V ale de Rieti bimbalhavam sonoros, chamando as pessoas para o nascimento do Menino Jesus. V ieram grupos de frades e pessoas, todos com tochas acesas, em procissão, rezando e cantando. Havia um ar solene e místico. Francisco, como era diácono, pois, não se sentia digno de tornar-se padre, leu o evangelho e pregou. A sua voz santa e cativante enternecia a todos os corações. Quando falava, imitava em gestos, quem segura um nenê, embora não o houvesse na manjedoura, muitos o viram, emocionados. São Francisco parecia flutuar, tanta lhe era a devoção e o enlevo. Os cantos e as orações ecoavam pelos bosques e a noite memorável começou a ser comemorada, todos os natais de todos os anos. Nasceu, assim, a cerimônia do presépio pela criatividade de um apaixonado pelo Menino Jesus. Embora, hoje, haja vários enfeites a mais, continua a ideia de São Francisco: Jesus nasceu na maior pobreza humana por amor a todos os seres humanos e São Francisco deseja, ardentemente, levar a todos a Jesus, pela Paz e para o Bem.

Alfredo Scottini


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Dezembro de 2010 e Janeiro de 2011. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

Paróquias

“Peçam e lhes será dado! Procurem e encontrarão! Batam e abrirão a porta para vocês!” (Mt 7,7)

ROMARIA

Corais cantam e encenam o Natal

Missas no santuário de Nova Trento foram o auge das romarias dos grupos blumenauenses

Comunidades de Santa Cruz e Sagrado Coração rezam a Santa Paulina

Repetindo uma tradição de vários anos, três corais cristãos da região apresentaram neste Advento, o Oratório de Natal, produção musical ecumênica que conta a história do nascimento de Jesus. Três espetáculos foram realizados este ano, na Igreja Evangélica Luterana Centro de Brusque (dia 28 de novembro), Paróquia Luterana Centro de Blumenau (dia 1º de dezembro) e Paróquia Santa Isabel, no Bairro Progresso (dia 11 de dezembro). O Oratório de Natal envolve 80 pessoas, entre coralistas,

instrumentistas e equipe técnica, que representam o Coral Luterano de Brusque, Coral Luterano Fonte da Juventude e Coral Centenário Santa Isabel (estes dois de Blumenau). Cerca de 15 solistas se destacam interpretando – vestidos em figurinos de época – as personagens do Evangelho. Em quadros, eles contam a história do Natal, desde as profecias de Isaias até o nascimento de Jesus na gruta de Belém e a visita dos reis magos. A direção musical é do maestro Denílson Carlos Creuz.

Grupos foram até Nova Trento agradecer o ano que termina

As paróquias Santa Cruz (Velha Central) e Sagrado Coração de Jesus (Itoupava) promoveram duas romarias ao Santuário de Santa Paulina, em Nova Trento, no mês de novembro. As visitas foram organizadas pelos movimentos paroquiais e envolveram as comunidades, com o objetivo de louvar a Deus pelo ano que termina e pedir bênçãos para a jornada de 2011. A Paróquia Santa Cruz promoveu sua romaria no dia 7 de novembro. Quatro ônibus com cerca de 200 f eis deixaram a comunidade bem cedo e seguiram a Nova Trento, num clima de oração e harmonia. Lá, foram direto

para o Morro da Cruz, onde o pároco José Norbey celebrou uma missa. O almoço foi de partilha, com os alimentos levados pelas famílias. À tarde,

os romeiros puderam visitar o Santuário de Santa Paulina e as demais instalações desse complexo religioso. A romaria foi organizada pelos grupos

de ref exão e serviu para motivar os participantes para a caminhada de 2011. A Paróquia Sagrado Coração de Jesus foi a Nova Trento no dia 15 de novembro. Mais de 300 pessoas, em seis ônibus participaram da primeira romaria da comunidade, que reuniu vários movimentos paroquiais. No Santuário de Santa Paulina, o padre Wilmar Yepes celebrou uma missa ainda pela manhã. Após o almoço, o grupo se reuniu na Igreja V elha para um ato mariano e a reza do terço. “A romaria foi em ação de graças pelo ano pastoral e, em especial, pelo término das obras de construção de nossa igreja”, explicou o pároco.

O bispo Dom José Negri celebrou missa no Cemitério São José e abençoou os túmulos, no dia de Finados. A data, também, foi marcada pela missa do padre João Bachmann no Cemitério Jardim da Paz, na Fortaleza, na tarde de 2 de novembro. À noite, o vigário da Diocese, também, celebrou no Cemitério São José.

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de tradição OS p Blumenau ara e região


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Vida Missionária

“Deus me escolheu antes de eu nascer e me chamou por sua graça” (Gl 1,15)

EXEMPLO

Carisma por todos os lados Comunidade Católica Arca da Aliança evangeliza em todo o Brasil, através de projetos e vivências O comportamento, o jeito de falar e o modo de se vestir . Tudo gira em torno da evangelização na Comunidade Católica Arca da Aliança. Perto de comemorar 25 anos, em março, a Arca está presente também em outros estados brasileiros, por meio de atividades e projetos. Fundado em Joinville, conta com 500 membros, que desenvolvem ações para todas as idades. O missionário de vida Giovani Alves de Lima explica que a evangelização se dá em diversos meios. “Nossa vivência, os projetos e trabalhos caracterizam um Deus que é vivo e cheio de amor. Usamos a Palavra de Deus, quando necessário”. Ele destaca que o objetivo é viver o carisma de ser presença de Deus no meio do povo. O anúncio da evangelização é vivido com a pregação da Palavra, oração, encontros, retiros, esporte, cursos de formação bíblica e meios de comunicação (rádio, informativo e revista). A comunidade realiza projetos so-

Missão da Arca da Aliança é dirigida a todas as idades e está presente em todo o Brasil ciais em albergues e no Instituto Tia Iso, de Joinville, dirigido a crianças. Em Santa Catarina, a Arca tem casas de missão em Joinville, Blumenau e Araquari. O estado de Minas Gerais também tem uma casa de missão e no Rio Grande do Sul atuam

grupos de comunhão, que compartilham da espiritualidade da comunidade.

Meu lar O envolvimento com a Arca da Aliança é def nido pelos pró-

prios membros, por graus de admissão e estágios. Antes de se tornar membro, a pessoa recebe um acompanhamento vocacional de até dois anos, para conhecer a comunidade. Os membros são def nidos por categorias. Os missionários de vida moram na comunidade e se dedicam aos compromissos dela. Deixam casa e afazeres e vivem do serviço e da doação. Os missionários de aliança e aliança jubilar mantêm seu trabalho e casa, mas compartilham o carisma e a consagração. O missionário comprometido é o simpatizante, que compartilha o carisma e atua voluntariamente. Em Joinville, a comunidade conta com uma casa de retiros que aloja de 100 a cinco mil pessoas nos encontros. A chácara Cidade de Deus, localizada na Itoupava Central, em Blumenau, recebe encontros e retiros e trabalha a evangelização com crianças através do esporte e lazer.

Rádios, a difusão da Palavra O evangelho é propagado através dos meios de comunicação, principalmente o rádio. Desde sua fundação, a comunidade mantém um programa na Rádio Arca da Aliança Difusora AM 1480. Nos últimos anos, a Palavra passou a ser ouvida também na Rádio Arca da Aliança de Blumenau, sendo a comunidade a responsável por manter os meios de comunicação. Hoje ambas

são coordenadas pela Comunidade Católica. A programação é diversif cada, com jornalismo, esportes e músicas. “Mas o foco é sempre a evangelização”, afirma Lima. A Palavra de Deus é evidenciada em vários programas, como o “Palavra de Salvação” e “Arca em Sua Casa”. Sintonize e conf ra a programação completa no site www.arcadaalianca.com.br.

Evangelização acontece pelas ondas do rádio , nas celebrações e também pelo exemplo, em atividades de lazer e conhecimento

Discípulo e missionário Duas grandes realidades, numa Igreja samaritana, que deve anunciar a Boa-Nova. Vocacionados à santidade, comunhão, amor e partilha, assumem o desafio de trabalhar pela vida, “para que todos tenham vida”. Num impulso de evangelização, sendo hoje testemunhas nos grandes desafios que o mundo nos apresente, onde a morte ronda por causa do trânsito violento, do perigo de assaltos que, muitas vezes, levam à morte suas vítimas, da droga que mata sem piedade. No desrespeito aos valores morais contra a família, crianças e jovens; desigualdades sociais... É neste contexto que deve aparecer o discípulo e missionário, como sinal de vida, fazendose pobre como Ele se fez por nós, enriquecendo-nos com sua pobreza. O discípulo e missionário deve perceber estes rostos sofredores que clamam por mais justiça e solidariedade, fazendo uma leitura orante participativa da Palavra de Jesus Cristo e o que acontece de verdade na mudança do valor da vida. Claro que, primeiro, é conversão pessoal e das comunidades. E só onde acontece a união há partilhas e a justiça a favor dos pobres. Quando há ética na política, justiça internacional, respeito à natureza,

repartição de bens. Tudo irá se concretizar numa maior conscientização de todos, quando os discípulos e missionários tenham cultura em sua comunicação, nesta nova linguagem que atinge a todos nós, anunciadores das verdades do Evangelho. Ir além das palavras, gestar nova sociedade de crianças, jovens, adultos e idosos, num avanço para as águas mais profundas da fraternidade. Que bom seria se, realmente, pudéssemos sair criando e recriando vidas, descer e encarnar-se na vida humana, padecer a dor , libertando e salvando a vida do peso da cruz, ensinar o caminho da verdade e a ética do amor, amar até morrer e, além do túmulo, exclamar: “ressurreição”. Anunciar e testemunhar o evangelho da vida, tecer a rede da fraternidade universal, vestir a camisa da solidariedade e gritar: “viva a vida”. É missão de todos nós esvaziar-nos para encher-nos do sopro da vida, sair de nós para viver o ritmo das bem-aventuranças. Tente. Porque se não tentar , será só um sonho...

Padre Alcimir José Pillotto, coordenador do Conselho Missionário Diocesano - COMIDI DIVULGAÇÃO


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Espaço da Família

Confie ao Senhor o que você faz e seus projetos se realizarão” (Pv 16,3)

PASTORAL Sagrada Família, modelo das famílias em quê?

Assembleia define agenda para 2011 Formação permanente dos agentes, integração e parcerias com outros movimentos são algumas das prioridades

A Comissão Diocesana da Pastoral Familiar da Diocese de Blumenau se reuniu, no início de dezembro, para uma reunião em que foram definidas as diretrizes e o calendário de atividades para 2011. O encontro, na Paróquia Cristo Rei, também estabeleceu critérios, metas e caminhos para atingir os objetivos do movimento. De acordo com os coordenadores diocesanos da Pastoral da Família, diácono João Zimmermann e sua esposa Marlene, uma agenda prévia já foi estabelecida e outras atividades deverão acontecer , de acordo com a solicitação das paróquias. “Elegemos algumas prioridades, como: a formação permanente dos agentes da Pastoral, integração e parcerias com todos os movimentos eclesiais”, af rma Zimmermann. Em 2011, a coordenação diocesana, também, pretende estar mais presente nas paróquias, motivando a implantação da Pastoral Familiar onde ainda não existe e reestruturando as equipes nas comunidades. Conf ra a agenda prévia da Comissão Diocesana da Pastoral Familiar.

Grupos e famílias em oração

[+] AGENDA 2011 ✗ 16 de março, 14h30: reunião da Comissão Diocesana da Pastoral

Familiar na Paróquia Santa Terezinha, em Timbó ✗ Dia 27 de março, das 8 às 16 horas: assembleia do setor Pré-

Matrimônio, no Santuário Nossa Senhora Aparecida, em Blumenau ✗ Dia 7 de maio, às 14h30: reunião da Comissão Diocesana da Pastoral

Familiar na Paróquia São Francisco de Assis, em Blumenau ✗ Dias 28 e 29 de maio: Romaria Nacional da Família, ao Santuário de

Aparecida (SP) ✗ Dia 19 de junho, das 8 às 16 horas: encontro de formação com os

temas “Hora da Família”, “Família Diaconal” e “Movimentos e Pastorais”, na Paróquia São Francisco de Assis, em Blumenau ✗ Dia 2 de julho, às 14h30: reunião da Comissão Diocesana da Pastoral

Familiar na comunidade Cristo Rei, em Baú Baixo, Ilhota ✗ De 14 a 21 de agosto: Semana Nacional da Família ✗ Dia 3 de setembro, das 14h30 às 18 horas: Assembléia Diocesana

da Pastoral Familiar, na Paróquia Cristo Rei, em Blumenau ✗ Dia 21 de agosto: Caminhada Diocesana das Famílias ✗ Dia 5 de novembro, às 14h30: reunião da Comissão Diocesana da

Pastoral Familiar em Luis Alves

Quando se fala do casal José e Maria, logo se evidencia a determinante dimensão religiosa da sua vida, das suas atitudes, dos seus pensamentos . Os dois liam e meditavam frequentemente as Sagradas Escrituras. Guiavam-se por ela. Imbuídos dos seus ensinamentos, das suas profecias; alimentados pela oração constante, esperavam, portanto, a chegada do Messias. As mulheres daquele tempo viviam certa ansiedade, pois uma delas seria a mãe do Senhor . Assim, não se casar era expor-se ao desprezo do povo, pois dava a entender que não se dispunha a tão grande missão. Reconhecemos, aqui, um primeiro exemplo da Sagrada Família. Todos os casais necessitam dessa inspiração religiosa, cristã, podemos dizer. Sem ela, a convivência familiar perde uma dimensão essencial, a religiosa. Servir a Deus, rezam os Salmos, é encontrar paz, serenidade, alegria, força e sabedoria nas dif culdades. Maria e José, mesmo vivenciando profunda comunhão espiritual e intensa experiência de fé, trabalhavam. José cansava-se, suava, exercendo a prof ssão de carpinteiro. Maria, como toda mulher do seu tempo, tecia toda a roupa da família, o que exigia dedicação, precisão, agilidade, bom gosto. Também as famílias de hoje precisam valorizar o trabalho, tanto do casal, quanto dos f lhos. Quem aprende a trabalhar, aprende a sustentar-se e a ajudar aos outros, a comunidade, a Igreja, a evangelização. O Apóstolo Paulo exorta com veemência: “Quem não trabalha não merece comer”. A generosa acolhida da vida espelha-se em José e Maria. No seu

ambiente de vida, isso não era nada fácil, ainda mais que eram pessoas pobres. Quando Jesus nasceu, não tinham condições de pagar um quarto, o aluguel de uma casa para o parto. Acolher a nova vida exige protegê-la, cuidar dela sob todos os aspectos. Acolher e proteger a vida, sobretudo dos filhos, devem aprender de Maria e José os casais de todos os tempos. Inclui-se aí, também, a educação, o encaminhamento da criança para decifrar os mistérios da existência. Desde a amamentação, a alimentação, o ensino da comunicação verbal e não verbal, disso tudo, nada escapa do amoroso cuidado dos pais. Não é menos importante o respeito à liberdade do filho. José e Maria são exemplo de pais não super-protetores. No momento certo, permitiram a Jesus que seguisse a sua trajetória de vida. Não sem sofrimento, deixaram-no separar-se do lar materno e paterno. São diversas as passagens dos evangelhos que mostram essa atitude interativa dos pais e do f lho. Não mudou, hoje, esse amadurecimento nas relações pais-f lhos. Não desapareceu essa verdadeira libertação dos dois lados. O f lho é como um passarinho: quando pode voar , se não o f zer, morrerá, isto é, permanecerá na sua infantilidade. Não será um homem completo. Não chegará à altura de uma mulher verdadeiramente adulta. “Tudo seria bem melhor se o Natal não fosse um dia, se as mães fossem Maria e os pais fossem José; e se os filhos parecessem com Jesus de Nazaré” (letra Padre Zezinho).

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RETROSPECTIVA

Os acontecimentos mais marcantes de 2010 Um resumo de alguns momentos importantes para a diocese, no ano que termina

Relembramos nesta página, o ano de 2010. Através das imagens, evocamos realizações e acontecimentos que f zeram nossa caminhada de fé, nossa tarefa evangelizadora. Não podemos deixar de evidenciar a marca do décimo aniversário de criação e instalação da Diocese de Blumenau. Como uma criança, uma pessoa que vai crescendo e progredindo na sua consciência, na sua interação com o ambiente vital, assim podemos

ver uma Igreja Particular como a nossa, de Blumenau: abrindo caminhos de paz, de esperança. Enf m, daquela Vida que Jesus deseja para todos os seus f lhos e f lhas, para o mundo. Ao mesmo tempo, a história que vai f cando registrada, inclusive pelo nosso jornal, permanecerá como história da Igreja, como “atos dos apóstolos” deste início do terceiro milênio cristão. Servirá de inspiração, de justo orgulho para nossa posteridade.

Por votação unânime da 10ª Assembléia Diocesana de Pastoral, 2010 foi assumido como o Ano da Palavra. Dentre outros projetos, tornou-se realidade a Leitura Orante da Palavra, realizada por Dom José, em duas paróquias diferentes de cada comarca.

Pregar a Palavra de Deus, levar a Boa Notícia, eis o objetivo da RCC em seu 12º Congresso Estadual, ocorrido em Blumenau, de 23 a 25 de abril, com a participação de mais de cinco mil pessoas.

Sob o tema “A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja” e o lema “Esta Palavra está muito perto de ti, está na tua boca e no teu coração, para que a ponhas em prática” (Dt 30,14), no dia 12 de setembro realizou-se a 2ª Concentração Diocesana de Catequistas, com a participação de mais de mil pessoas.

A segunda Concentração Interdiocesana dos Grupos de Reflexão aconteceu no dia 12 de setembro, em Blumenau, reunindo quatro mil representantes das dioceses de Joinville e Blumenau. Os bispos Dom José e Dom Irineu participaram do evento.

Para comemorar o décimo aniversário da Diocese, as paróquias tiveram a graça da visita da imagemréplica de Nossa Senhora Aparecida. A imagem foi recebida por Dom José durante solene missa no Santuário Nacional, transmitida pela TV Aparecida para todo o Brasil, em outubro de 2009. Em junho de 2010, mais de mil peregrinos foram em romaria levar a imagem de volta ao Santuário de Aparecida.

A terceira Campanha da Fraternidade Ecumênica teve o tema “Economia e V ida” e o lema “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24). Em Blumenau e região envolveu as igrejas Evangélica de Conf ssão Luterana no Brasil (IECLB), Evangélica Luterana do Brasil (IELB) e Católica Apostólica Romana (ICAR). Na perspectiva dessa campanha, optou-se por conhecer o projeto Economia de Comunhão (EdC), nascido no Movimento dos Focolares. Seminários regionais e estadual e teleconferências foram e continuam sendo realizados para alimentar a proposta de comunhão entre todos, para levar dignidade aos que vivem na linha da pobreza.


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