Jornal da Diocese de Blumenau Novembro/2010

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Núcleo Ecumênico prepara celebração do Dia de Ação de Graças ANO XI Nº 111 - Novembro de 2010 - Leia mais: www.diocesedeblumenau.org.br

Diocese de Blumenau CNBB Regional Sul 4

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Jornal da

Diocese de Blumenau

Para dar frutos de esperança e vida, é preciso morrer para este mundo e renascer em Cristo


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Opinião

“A Deus, o único sábio, por meio de Jesus Cristo, seja dada a glória para sempre. Amém” (Rm 16,27)

Como um grão de trigo, cumprir nossa missão.

Ao celebrar a Semana Nacional da Vida (1º a 7 de outubro), neste ano fomos orientados pelo tema: “Vida, Ecologia Humana e Meio Ambiente”. Tema de grande relevância e valor, que merece a atenção de cada um de nós.

Artigo

Editorial

O mês de novembro é marcado, na Igreja, por duas celebrações que podem parecer opostas se observadas sob o ponto de vista dos homens, mas que se assemelham sob a luz das palavras de Cristo: “se o grão de trigo não cai na terra e não morre, fica sozinho. Mas se morre, produz muito fruto” (Jo 12,24). Começamos o mês, comemorando Finados, a celebração em memória de nossos entes falecidos, data em que tendemos a ficar tristes e saudosos. Mas, acaso não somos todos a semente de que fala o Evangelho? A boa semente que precisa transformar-se para gerar bons frutos? No mesmo capítulo, narrado por São João, Cristo explica melhor o que precisa o homem fazer para obter a felicidade divina: “quem tem apego à sua vida vai perdê-la. Quem despreza a sua vida, neste mundo, vai conservá-la para a vida eterna” (Jo 12,25). Com a sua Encarnação anunciada no Advento, o próprio Cristo faz de sua vida o exemplo do Evangelho. Como uma semente, é jogado à terra. Despido de qualquer vaidade, ou riqueza, coloca a sua vida a serviço do Pai. Ensina, perdoa, cura e alimenta os outros, sem nada pedir para si. E como a semente, morre, para deixar na terra, a certeza da ressurreição. Pensemos nisso antes de chorar nossos mortos. Reflitamos a esse respeito em nosso Advento.

Em defesa da vida Ao celebrar a Semana Nacional da Vida (1º a 7 de outubro), neste ano fomos orientados pelo tema: “Vida, Ecologia Humana e Meio Ambiente”. Tema de grande relevância e valor, que merece a atenção de cada um de nós. Ecologia é a ciência da nossa casa comum: o meio ambiente, a natureza, a terra, o cosmo. Ecologia é a arte e a técnica de atendimento das necessidades comuns da casa comum, explica-nos Leonardo Boff. Aquecimento global, buracos na camada de ozônio, efeito estufa, desmatamento, enchentes, secas prolongadas e devastadoras, catástrofes ambientais... Do mais letrado homem da cidade, ao mais humilde homem do campo, estas palavras não são estranhas. Talvez não se compreenda perfeitamente o que se quer afirmar, mas se sabe: estamos passando por uma crise ecológica. Qual é a nossa parcela de responsabilidade diante da crise ecológica? O que podemos fazer para mudar o atual cenário?

Dom José

Os santos de hoje

“Ter um santo como padroeiro significa ter um projeto de vida que seja o reflexo da vida daquele santo”

O mês de novembro, na tradição cristã, começa com a festa de todos os santos: uma bela oportunidade para lembrarmos que em nosso batismo recebemos um nome que, na maioria das vezes, tem um significado profundo, porque revela a vida e o modelo de vida de um santo, uma santa, ou até um dos títulos de Nossa Senhora, a Rainha de todos os Santos. Ter um santo, ou uma santa, como padroeiro significa ter um programa, um projeto de vida que, de alguma forma, seja o reflexo da vida daquele ou daquela santa. Diante desses modelos de santidade, pergunta-

mo-nos como eles conseguiram entregar a própria vida a Jesus, como conseguiram “vencer o mundo”, com todas as atrações e seduções que este oferece. Enquanto estava escrevendo este texto, dei-me me conta de que, contemporaneamente, na Igreja, estava sendo beatificada uma jovem de apenas 18 anos: Chiara Luce (Clara Luz), que morreu em 1990. A dela foi uma vida normal, feita de sucessos e fracassos. Muitos amigos encontraram nela disponibilidade para ouvir, mas desde o tempo do primário, na escola, ela era marginalizada pelas colegas, que a chamavam de “freirinha”, por causa do seu compromisso com

É na análise das relações do homem com o meio ambiente que atualmente se pode detectar uma crise. É no quadro da ruptura de solidariedade homem-natureza e da falência ideológica que se coloca a crise ecológica. Diante da crise ecológica o que não podemos é fechar os olhos, tapar os ouvidos ou fazermo-nos de desentendidos. Como também não podemos agir paliativamente, cosmeticamente, ou termos “algumas” atitudes corretas apenas para desencargo de consciência. Faz-se necessário uma tomada de atitudes real, séria, não apenas na razão, mas também na ação, mesmo que comece com pequenas atitudes. É preciso agir de forma ecologicamente correta; agir localmente, pensando globalmente.

a Igreja. No ensino médio, Chiara Luz foi reprovada, devido a uma injustiça e o primeiro namoro foi, para ela, uma decepção. Aos 17 anos uma dor aguda, enquanto jogava tênis, revelou a presença de um câncer ósseo. A doença não abalou a sua fé, pelo contrário. Sustentada pela espiritualidade do Movimento dos Focolares, mesmo que cada esperança de cura se definhasse e ela perdesse, aos poucos, a motricidade das pernas, chegou a dizer: “Por Ti Jesus, se Tu o queres, eu o quero também”. Clara recebeu o nome de Luz para lembrar que a nossa vida, nas mãos de Deus, pode tornar-se a Luz que vence o mundo. Antes de morrer, ela deixou uma mensagem para os jovens: “Os jovens são o futuro. Eu não

Padre Marcelo Martendal, vigário paroquial na Catedral e coordenador diocesano da PV

posso mais correr, gostaria, porém, de passar para eles uma tocha, como se faz nas Olimpíadas. Eles têm somente uma vida, e vale a pena que seja bem vivida”. O primeiro que recebeu um milagre por intercessão de Clara Luz foi um jovem de Trieste, uma cidade italiana. Atingido por uma meningite fulminante, os médicos lhe deram 48 horas de vida. Mas, por algo inexplicável e sobrenatural, depois de pedida a intercessão da neo-beata, ele recuperou, imediatamente, a saúde. Agradecendo a Deus por nos ter dado em Clara Luz, um exemplo de santa dos jovens, invoquemos a sua intercessão para toda a nossa juventude.

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Diocese

“Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em mim, mesmo que morra, viverá” (Jo 11,25)

EDINEI

Seminarista responde a um novo chamado de Cristo, para junto do Pai Morte prematura do aspirante ao sacerdócio entristeceu a comunidade diocesana Há três anos, o jovem Edinei Gonçalvez da Cruz, 20 anos, disse “sim” ao chamado de Cristo e ingressou na vida religiosa. Estava cursando o terceiro ano no Seminário de Filosofia de Santa Catarina, em Brusque, mas, no dia 23 de setembro, Deus fez um novo chamado a Edinei, desta vez para junto de si. Com pesar, familiares e amigos da Diocese de Blumenau lamentaram a morte do jovem seminarista, vítima de um acidente de carro, quando viajava a Lages para participar, em nome dos filósofos do Sefisc, da Assembléia Regional de Pastoral da CNBB/Sul 4. Diante da triste notícia, o evento foi cancelado e a CNBB emitiu uma nota de falecimento em seu site. Edinei viajava a Lages de carro, junto com um padre e um colega de

FOTOS PE. RAUL KESTRING

Dezenas de religiosos foram se despedir de Edinei (detalhe) seminário que nada sofreram. O acidente foi na BR-470, no município de Pouso Redondo. O funeral ocorreu em Rio dos Cedros, na Comunidade de São Sebastião, que fica na loca-

Conselho Diocesano A comunidade paroquial de São Francisco de Assis, no Bairro Fortaleza, foi anfitriã do Conselho Diocesano de Pastoral, realizado no dia 2 de outubro. Com a presença de Dom José Negri e de 30 representantes de pastorais, movimentos e comunidades eclesiais, o evento se iniciou com um café da manhã e a invocação ao Espírito Santo. Dom José conduziu a leitura orante da Palavra, inspirado no Evangelho daquele domingo, em especial no pedido dos apóstolos: “Senhor, aumenta a nossa

lidade de Palmeiras. Quatro bispos, mais de 30 padres e 100 seminaristas participaram da missa de despedida. O jovem seminarista era admirado pela comunidade diocesana pela sua

CURTAS SANTA TEREZINHA Uma missa no dia 1º de outubro, na Catedral São Paulo Apóstolo, celebrou o Dia de Santa Terezinha. Como era a primeira sexta-feira do mês, foi celebrado também o Dia do Sagrado Coração de Jesus. A missa foi presidida por Dom José e foi marcada pela distribuição de rosas a todos os presentes.

ÁLBUM DE FAMÍLIA

facilidade de comunicação. Excelente palestrante, tinha boa oratória e sempre uma palavra amiga para as pessoas. Ao morrer, estava preparando o Natal na comunidade.

ções diocesanas, iniciativas paroquiais e comunitárias. Ao fé” (Lc 17,5). O bispo mesmo tempo, foram apontalembrou que a frase dita das lacunas que nos chamam num contexto de reconcià conversão, ao aprofundaliação nos lembra que é mento e à perseverança. preciso perdoar para ter Ao final do encontro foi harmonia. “Essa é nossa aberto um espaço para codificuldade. Se não tivermunicações. Diversos lídemos fé, o outro será semres anunciaram projetos e pre um inimigo”, disse. falaram sobre corresponsaO encontro prossebilidade e unidade. Momento Dom José presidiu a reunião, na Paróquia São Francisco guiu na perspectiva da de Verdadeira comunhão de Assembléia Diocesana de Pastoral, que seria realizada realizações. Em seguida, um re- alegrias, preocupações, sonhos. duas semanas depois do Conselho. presentante de cada grupo relatou O evento teve a cobertura, ao Em pequenos grupos, foi feita uma as contribuições, evidenciando a vivo, da Rádio Blumenau Arca da avaliação do ano e das principais riqueza de vivências nas concentra- Aliança.

REUNIÃO DOS PADRES Oração, estudo sobre liturgia, infância e adolescência missionária e comunicações foram os temas do encontro de padres da diocese, realizado no dia 28 de setembro, na Paróquia Santo Antônio, no Bairro Garcia, em Blumenau. Após os compromissos oficiais, os padres participaram de um almoço de confraternização.


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Igreja

“Por ti, Jesus, se o queres, eu também quero” (Chiara Luce)

EXEMPLO

[+] Luz para o mundo

Beatificação de Chiara Luce Badano sensibiliza os jovens.

Consagração da italiana, que era ligada ao Focolare, ocorreu em setembro

O programa para a beatificação da italiana Chiara Luce Badano, ocorrida em 25 de setembro, em Roma, reuniu milhares de jovens do mundo inteiro e sensibilizou outros tantos em torno do ideal de santidade. O exemplo da menina que aceitou a vontade de Deus, mesmo em circunstâncias extremas de dor e sofrimento, inspirou muitos jovens a assumirem e completarem sua trajetória como verdadeiros cristãos. Chiara Luce Badano era uma jovem cheia de vida e de amigos, dinâmica e ativa. Gostava de cantar, dançar, jogar tênis e patinar. Amava a montanha e o mar e ia à missa todos os dias. Morreu aos 18 anos, em 1990, depois de enfrentar, heroicamente, o sofrimento causado por um câncer nos ossos. Mesmo depois de descobrir a doença, aos 17 anos, Chiara Luce nunca deixou de manifestar seu amor e de louvar a Deus. “Por ti, Jesus, se o queres, eu também quero” eram as palavras que repetia na dor e, especialmente, na hora de sua morte.

Modelo A Igreja Católica reconhece, na beata, um modelo para a juventude contemporânea, que busca sempre a identificação com pessoas iguais para cons-

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✗ Chiarafoibatizada Badano, mas ainda em vida recebeu a denominação de “Luce” pela líder do Movimento dos Focolares, simbolizando o que passou a representar: Chiara Luce, Clara Luz. Como descreveu o papa Bento XVI, um raio de luz para toda a juventude. O exemplo luminoso de Chiara atinge muitos corações de jovens e adultos, move-os e orientaos a Deus.

truir seus ideais de vida. Desde 1981, a jovem pertencia ao Movimento dos Focolares, fundado na Itália por Chiara Lubich, em 1943. “Não era apenas nossa filha. Era, em primeiro lugar, de Deus e como tal, tínhamos de educá-la, respeitando sua liberdade”, testemunha a mãe, Maria Teresa, que vive na região de Liguria, no norte da Itália.

Jesus. Pediu que suas córneas fossem doadas e pediu à mãe: “quando você for me vestir, diga três vezes: ‘agora Chiara vê Jesus”. Suas últimas palavras para a mãe foram: “Seja feliz, porque eu sou”.

Chamado

Programação

Chiara sentiu os primeiros sintomas da doença, dois anos antes de morrer. As dores fortes nas costas, durante um treino de tênis, despertaram a atenção da família e foram piorando. Após vários exames, o resultado temido: osteossarcoma. Submetida à quimioterapia e a uma cirurgia, não houve jeito e ela perdeu o movimento das pernas. Mas até nesta situação extrema, a jovem exclamava: “se tivesse que escolher entre caminhar e ir ao Paraíso, não teria dúvidas. Escolheria o Paraíso”. A jovem fez, desse calvário de dor e sofrimento, sua preparação para o encontro com Jesus. Preparou o próprio funeral como se fosse uma festa: quis ser sepultada com um vestido branco, como uma esposa ao encontro com

A beatificação da primeira representante do Movimento Focolares foi acompanhada por mais de 10 mil jovens de todo o mundo e não só católicos. Como não poderia deixar de ser diante da juventude de Chiara Luce Badano, a programação foi amplamente assistida, também, pela TV e internet. No Brasil mesmo, dezenas de locais em vários estados transmitiram o evento e alguns realizaram programações paralelas para apresentar o ideal de vida da beata, como um caminho acessível a todos os jovens. Canções, teatros, musicais e depoimentos nas redes sociais, mostraram o fascínio dos jovens por esta verdadeira mártir que tinha a mesma idade deles.

Acesse o blog Conheça mais sobre Chiara Luce e o Movimento dos Focolares em: ✗ www.focolares.org.br ✗ www.chiaralucebadano.it

SANTO DO MÊS

Santa Catarina de Alexandria, padroeira do nosso Estado Os escritos da literatura popular falam de Catarina como uma bela jovem cristã de dezesseis anos, filha de nobres, habitante de Alexandria, no Egito. Segundo a tradição, era dotada de inteligência perspicaz, sabedoria e coragem. Ali, no ano de 305 da era cristã, chega Maximino Daia, nomeado governador do Egito e Síria. Para a ocasião se celebram grandes festas, que incluem, também, sacrifícios de animais à divindade pagã. Era um ato obrigatório para todos os súditos. A jovem Catarina, porém, corajosamente convida Máximo a reconhecer Jesus como Redentor da humanidade e recusa o sacrifício. Não conseguindo convencer a jovem a venerar os deuses, Máximo faz-lhe proposta de casamento. À resposta contrária de Catarina, o governador a condena a uma morte horrível: uma grande roda dentada despedaçaria o seu corpo. Acontece, no entanto, o milagre: a menina sai ilesa da roda que, ao invés, quebra-se. Então, Catarina é decapitada. Segundo a lenda, anjos levaram seu corpo de Alexandria até o Sinai, onde ainda hoje a elevação próxima a Gebel Musa (Montanha de Moisés) se chama Gebel Katherin. Isso teria acontecido em novembro do ano 305. O corpo da virgem mártir é objeto de veneração no mosteiro do Sinai.

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“Ora, como invocarão aquele no qual não acreditaram? Como poderão acreditar, se não ouviram falar dele? E como poderão ouvir, se não houver quem anuncie? Como poderão anunciar se ninguém for enviado (Rm 10,14-15)?

Catequese RESPONSABILIDADE

O papel de cada pessoa no processo de Iniciação à Vida Cristã Continuamos nesta edição, o aprofundamento sobre o documento de estudos da CNBB FOTOS PE. RAUL KESTRING

amor da Trindade Santa. Aos poucos, o iniciante vai se inserindo e engajando na comunidade eclesial, na construção do Reino de Deus. A/o catequista recebe delegação do bispo e fala em nome da Igreja. Ressalta-se a exigência de uma nova formação de catequistas, lideranças e demais agentes de pastoral.

Na edição de outubro iniciamos uma abordagem mais aprofundada sobre o documento de estudos da CNBB que versa sobre o papel da comunidade e da Igreja na iniciação à vida cristã. Falamos sobre o desafi o de se implementar esse novo método catequético nas comunidades e começamos a discorrer sobre a responsabilidade de cada um nesse processo, a partir dos Introdutores/as. Nesta edição, conheceremos um pouco mais sobre a importância dos padrinhos/ madrinhas, das famílias e dos catequistas.

A equipe de Coordenação Diocesana de Catequese Ampliada esteve reunida no dia 30 de setembro, em Blumenau. Foi um encontro marcado pela participação, em que as coordenações mais uma vez trouxeram suas contribuições, questionando, sugerindo e assumindo junto. Essa metodologia participativa tem sido uma experiência valiosa na catequese da Diocese. É indispensável, porém, a comunhão com as demais pastorais, não apenas porque, em geral atuam com os mesmos sujeitos envolvidos na Iniciação, mas por ser essencial manter e alimentar a Pastoral Orgânica (Texto de Estudos 96, nº 148b).

A FAMÍLIA

EQUIPE DE COORDENAÇÃO A Pastoral Orgânica, isto é, a igreja em todas as suas dimensões, organismos, pastorais e movimentos, deve contemplar uma equipe de Coordenação ou Comissão da Iniciação à Vida Cristã. É claro que, aos poucos, a tradicional preparação para os sacramentos ceda lugar ao processo de Iniciação à Vida Cristã, pois não se trata de só mudar o nome e continuar a sacramentalização. Os membros desta referida comissão devem receber adequada formação à Iniciação à Vida Cristã e assim, com conhecimento de causa, ajudar na formação de todos os e as catequistas e dos agentes de pastoral, como propõe o documento de Aparecida. Que conheçam bem o Ritual de Iniciação Cristã e tenham a capacidade de fazer as adaptações necessárias.

Equipe de coordenação participa de reunião

A Bíblia é destaque na 2ª Concentração Diocesana de Catequistas

“A missão dos responsáveis diretos pela Iniciação à Vida Cristã deve ser exercida de modo a englobar nela todas as forças da Igreja. Afinal, é a comunidade eclesial que evangeliza, catequiza, celebra e age em, por e com Cristo, na unidade do Espírito Santo” (Texto de Estudos 97 116b). OS CATEQUISTAS A ação mais forte e comprometedora dos e das catequistas se dá no segundo tempo ou etapa do processo de Iniciação à Vida Cristã, de inspiração catecumenal, o mais longo de todos.

O/a catequista, neste segundo tempo, é um mediador que ajuda os catecúmenos a acolherem, com todo o seu ser, a gradual e progressiva revelação do Deus amor e de seu projeto salvífico. Ele os encaminha para que cada um/a realize seu encontro pessoal com o Senhor, no

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Como primeiros e principais responsáveis pela vida e pela educação de seus filhos, os pais cristãos, pela força do sacramento do matrimônio, são os primeiros educadores de seus filhos na fé. Eles precisam ser ajudados nesta missão, pois, para a Igreja a família exerce um papel essencial na evangelização, na catequese, na vida da comunidade e com a transformação social. Os pais passarão a integrar, assumindo agora o processo de Iniciação à Vida cristã de seus filhos. É necessário estar atento à situação dos pais que pedem os sacramentos para seus filhos, suas motivações e o envolvimento na vida da Igreja. Há de se considerar famílias, cujos membros pertencem a religiões diferentes, a situação familiar diante da crise permanente de mudança, da civilização dos dias atuais. Cabe à Igreja um trabalho evangelizador e pastoral orgânico, para bem cumprir a missão que lhe cabe. Veja na próxima edição: o papel da comunidade, dos padrinhos/madrinas e dos ministros na Iniciação à Vida Cristã.

Coordenadores da catequese reafirmam compromisso para 2011 [+] A reunião Principais pontos destacados na reunião da Coordenação Diocesana de Catequese Ampliada: ✗ Rever a caminhada da Catequese nas paróquias e comunidades, em relação à formação, compromisso com uma catequese formadora de discípulos missionários/as. ✗ Avaliar a 2ª Concentração Diocesana de Catequese, em termos de aproveitamento para o surgimento do novo na catequese, a partir da Palavra de Deus lida, falada e vivida. ✗ Definir a programação das comarcas em termos de datas, conteúdos e assessoria para 2011. ✗ Reorganizar a equipe de Coordenação Ampliada. Quem representa as comarcas deve assumir com mais compromisso, participando dos encontros, em 2011. ✗ Pensar a Iniciação à Vida Cristã em termos de pequenas experiências, de como fazer.


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Ecumenismo

“Todo ser que respira louve o Senhor” (Sl 150,6)

BRASIL

Seminário propõe maior convivência entre católicos e luteranos Encontro ecumênico reuniu lideranças em São Leopoldo, no mês de setembro

FOTOS DIVULGAÇÃO

Cerca de 30 participantes, entre padres, bispos, pastores, pastores sinodais, estudantes de teologia e membro do Movimento dos Focolares representaram suas comunidades no Seminário de Estudos da Igreja Católica Apostólica Romana e da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, realizado de 21 a 23 de setembro, em São Leopoldo (RS). O encontro, intitulado “Por uma Eclesiologia Ecumênica”, refletiu temas como identidade e mandato das igrejas, auto-compreensão da Igreja e sua relação com o pluralismo social e religioso, a dimensão ecumênica a serviço da missão de Deus e as possibilidades e limites da eclesiologia ecumênica. O seminário foi promovido e coordenado pela Comissão de Diálogo Bilateral Católico-Luterano. Em clima de estima e oração, católicos e luteranos partilharam momentos de fraterna comunhão, unidos pelo diálogo ecumênico essencial para as Igrejas e sinal de graça e responsabilidade confiados pelo próprio Cristo. No evento, os participantes constataram como a palavra de Deus articula a unidade da Igreja e a eficácia da evangelização, no caminho da missão. “Num mundo marcado por divisões e sectarismos, queremos ser instrumentos de reconciliação para os homens e as mulheres de nosso tempo, a começar entre nós mesmos, católicos e luteranos”, diz carta enviada pela Comissão às comu-

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Cerca de 30 sacerdores e pastores participaram do encontro e discutiram formas de aproximar a experiência cristã entre as religiões

Católicos e luteranos partilharam momentos de fraterna comunhão nidades (veja síntese em destaque). A Comissão propôs, ainda, o aprimoramento da formação ecumênica e o incremento da cooperação em projetos comuns, de âmbito

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[+] Perspectivas do Seminário de Estudos: ✗ Fortalecer na convivência das comunidades católicas e luteranas a opção ecumênica que nossas Igrejas assumiram oficialmente. ✗ Aprimorar nossa formação ecumênica, em vista da missão, nos diversos níveis de animação e organização pastoral. ✗ Apoiar os organismos ecumênicos dos quais nossas Igrejas participam, assumindo com mais firmeza os seus projetos. ✗ Favorecer a convivência, o conhecimento mútuo e o testemunho comum da fé entre católicos e luteranos, valorizando a rica história de diálogo de nossas Igrejas. ✗ Incrementar nossa cooperação em projetos comuns, de âmbito nacional, regional e local, como: semana de oração pela unidade dos cristãos, formação de obreiros/ agentes de pastoral, cursos bíblicos, semanas teológicas comuns, intercâmbios de professores, espiritualidade, diaconia e outros. * Carta às Comunidades Católicas e Luteranas”

Culto celebra a fraternidade ecumênica Um culto ecumênico irá celebrar, em Blumenau, o tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010 - “Economia e Vida” - que tem como lema a mensagem de Cristo no evangelho de Mateus: “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24). A celebração conjunta do Dia Nacional de Ação de Graças e encerramento da CF Ecumênica de 2010 irá reunir as três igrejas membros do Núcleo Ecumênico de Blumenau (Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Evangélica Luterana do Brasil e Igreja Católica Apostólica Romana). A celebração será no dia 24 de novembro, às 19h30, na Igreja Evangélica Martin Luther, no bairro Itoupava Seca, em Blumenau. Esta celebração ocorre, anualmente, e marca a união das confissões cristãs de Blumenau, em torno dos temas que transcendem à Igreja para a comunidade.


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Enfoque Pastoral

“Destruam esse Templo e em três dias eu o levantarei” (Jo 2,19)

RECONSTRUÇÃO

Salão comunitário ressurge no Arraial do Ouro

Passados dois anos da enxurrada que arrasou a r egião, a vida supera o trauma e a c omunidade se fortalece na fé

No mês de novembro, quando se completa o segundo aniversário da tragédia climática que assolou o Vale do Itajaí, deixando um rastro de destruição e morte, registramos um símbolo da fé e da esperança cristãs: o novo Salão Paroquial da localidade do Arraial do Ouro, em Gaspar, devastado pela enxurrada, em 2008, e reconstruído pela comunidade. Aqueles dias de novembro jamais serão esquecidos pelos moradores da região. Muitos perderam suas casas e seus pertences. No Arraial do Ouro, três pessoas morreram soterradas por um deslizamento de terra. A mesma avalanche também, arrasou o salão comunitário da Capela São José, que havia sido construído

FOTOS PE. RAUL KESTRING

Comunidade volta a ter um salão paroquial para suas festividades com muito sacrifício e dedicação dos fieis e de seus antepassados.

Para muitos foi um milagre que a enxurrada de lama não tenha atingi-

Nova Capela São João Evangelista

Jardim Germânico tem nova igreja A comunidade de Nossa Senhora de Lourdes, no Bairro Jardim Germânico, em Blumenau, viveu um dia de festa, em 19 de setembro, quando foi celebrada a primeira missa solene na nova capela. A comunidade pertencente à Paróquia Sagrado Coração de Jesus, sediada no Bairro Itoupavazinha comemorou a conquista do novo templo, aguardada durante muitos anos. A celebração foi presidida pelo pároco, Padre Vilmar Yepes Tabares. A comunidade de Nossa Senhora de Lourdes já existe há aproximadamente 20 anos. Quando foi fundada, recebeu uma oferta verbal de um terreno numa área verde do loteamento com o objetivo de que fosse construída a capela. As famílias e os padres se esforçaram durante muitos anos, para obter a escritura do terreno, condição fundamental para que a capela fosse reconhecida pela Diocese. Após várias rodadas de negociações com os órgãos públicos com-

Esforço dos católicos permitiu a construção da capela em Blumenau petentes e cumprir todas as exigências quanto à documentação e procedimentos necessários, enfim surgiram caminhos que levaram a um final feliz. As famílias católicas do Jardim Germânico hoje têm sua capela pronta, graças à colaboração de todos, a começar pelos seus membros. Um dos líderes da comunidade, Val-

do a própria capela, deixando intacto o templo de madeira que fica a

poucos metros do salão destruído. Agora, quem visita a comunidade – pertencente à Paróquia Sagrado Coração de Jesus, do Belchior – pode contemplar o salão reerguido, coberto e com as paredes fechadas de tijolos. Esta obra é um símbolo da esperança e da força das famílias da localidade, mas é também mais uma prova da solidariedade da nossa valorosa gente, que não mede esforços para ajudar, para reconstruir, para trazer a alegria novamente ao seu meio. Todos se deram as mãos para reconstruir este espaço, que já abriga atividades e promoções de lazer para toda a comunidade, num verdadeiro sentido de VIDA.

demar Mezzomo, lembra que a igreja ainda não está bem pronta, faltando forro, acabamentos das janelas, reboco, pintura, marquise e uma cruz. “Mas em breve teremos outra promoção da comunidade com o objetivo de angariar fundos para a continuidade das obras”, diz ele.

A comunidade da Rua Erna Geyer, em Navegantes, comemorou a mudança para a nova Capela São João Evangelista, durante celebrações nos dias 9 e 10 de outubro. A capela pertence à ParóquiaSantuário de Nossa Novo templo, em Navegantes Senhora dos Navegantes, atendida pelo pároco-reitor Pa- Alves), Marcos, Fabian, Vanderlei, dre Paulo Sérgio Marques. O bispo José e Lauro (Indaial). Dom José Negri esteve presente A sonhada mudança ocorreu no nas comemorações. sábado, dia 9 de outubro. Às 19h30, Antes da inauguração foram pro- ainda no salão, houve a missa, premovidas novenas preparatórias ao sidida pelo Padre Paulo. Em seguida, evento e à festa de Nossa Senhora uma concorrida e comovente procisde Aparecida. A novena de abertura são transferiu o santíssimo Sacrafoi celebrada pelo Padre Raul Kes- mento, as imagens e demais símbotring, com a presença de Dom One- los religiosos para a nova e bonita res Marchiori, bispo emérito de La- construção. No domingo, dia 10, às ges. As demais celebrações foram 19h30, o próprio bispo presidiu à cepresididas pelos padres Lauro (Luis lebração eucarística na nova igreja.

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Em Cristo, somos novas criaturas Finados e o início da Campanha para a Evangelização nos chamam a celebrar o mistério da vida

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Entramos no mês de novembro, marcado pelo Dia de Finados, quando lembramos nossos mortos. Como cristãos, devemos encarar a morte não como o fim, mas como uma passagem. Inspirados na Epístola aos Filipenses – “porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Fl 1,21) – é que devemos celebrar este dia, sabendo que nossa existência, nesse mundo, tem uma razão de ser, uma causa que é Cristo. E que, como a semente, é preciso morrer para ressuscitar e conquistar a vida eterna. Novembro também nos aproxima do Advento, tempo de preparação para a celebração do mistério da Encarnação do Filho de Deus. Um período em que a Igreja mergulha na liturgia, na vigília e na espera para a alegre vinda do Senhor. O Advento nos chama à conversão e nos alerta que é preciso preparar o caminho, lutar contra o pecado e entregar-se à oração. Como parte integrante dessa preparação para a vinda de Cristo, a Igreja, no Brasil, realiza a Campanha para a Evangelização, que neste ano tem como tema, “Encarnação e nova criação” e o lema “Em Cristo, somos novas criaturas”. É importante lembrar que é somente através do trabalho evangelizador que poderemos levar todas as pessoas a celebrar, conscientemente, o mistério do Natal, fazendo com que esta celebração produza frutos que permaneçam. A Campanha para a Evangelização, também, tem a finalidade de arrecadar fundos para garantir a continuidade da obra evangelizadora em nosso País. Em todos os estados, a Igreja convida os fieis a participarem de uma grande coleta, no terceiro

A palavra Advento vem do latim e significa “chegada”. Liturgicamente, o Advento corresponde às quatro semanas que antecedem o Natal, um tempo de oração e expectativa para o nascimento de Jesus, de promover a paz e a fraternidade e de se arrepender dos pecados.

Coroa Este período – que neste ano inicia em 28 de novembro - tem seus símbolos, sendo a Coroa do Advento a mais conhecida: uma base circular enfeitada de ramos verdes e entremeada por quatro velas, que representam as quatro semanas do Advento, sendo acesas uma a cada semana. A cor verde da coroa significa a esperança e a fita vermelha, o Espírito Santo. A luz - cada vez mais intensa com o acendimento das velas - representa a alegria pela vinda do Senhor. A forma circular lembra a aliança com Deus: não tem começo nem fim e nos convida a celebrar o nascimento de Jesus em comunhão com o universo inteiro.

Liturgia Nas liturgias, o celebrante usa vestes roxas, um sinal de conversão e preparação para o Natal. A exceção é o terceiro domingo, quando o rosa é utilizado para celebrar o Domingo da Alegria. O Advento pede sobriedade e moderação nas liturgias e cânticos, evitando-se antecipar a plena alegria do Natal. Por isso não se entoa o “Glória” nas missas e usa-se menos flores do que o habitual na igreja.

Novena domingo do Advento (12 de dezembro), em benefício da evangelização. Com estes recursos são mantidos os trabalhos regionais e nacionais da CNBB e também financiados projetos evangelizadores. A CNBB exorta a todos que participem ativamente desta campanha, procurando entender seu conteúdo e objetivos, assumindo o trabalho de animação e realização da mesma nas comunidades, para a maior glória de Deus.

É muito importante que em todas as comunidades sejam formados grupos para celebrar a novena do Natal. O livro dos grupos de reflexão está disponibilizando uma bonita novena de Natal, à página 62. Com isto, o coração e a consciência estarão entrando em clima de um verdadeiro espírito de Natal, no qual o presente é Jesus. Simbolicamente, ele vai nascer no coração de cada um de nós. Deste modo, o Natal não será uma festa a mais e sim um tempo forte de renovação espiritual.

Anuncie Aqui Fone/Fax: (47) 3322-4435

Rua XV de Novembro, 955 - Centro Caixa Postal 222 - CEP: 89010-003 - Blumenau/SC

Ritual para celebrar o Advento em casa Durante o Advento, um pequeno rito pode ser colocado no início das celebrações, liturgia da palavra ou outro momento. Até mesmo em casa, o ritual do acendimento das velas do Advento nos domingos que antecedem o Natal seria apropriado. A luz nascente nos conclama a refletir e Primeiro aprofundar a domingo do Advento proximidade do Natal, quando Cristo, Salvador e Luz do mundo brilhará para a humanidade. Lembra o perdão a Adão e Eva. A cor roxa nos recorda nossa atitude de vigilância, diante da abertura e espera do Senhor que virá. Oração: A luz de Cristo, que esperamos neste Advento, enxugue todas as lágrimas, acabe com todas as trevas, console quem está triste e encha nossos corações da alegria de preparar sua vinda neste novo ano de graça! Acende-se a primeira vela

A segunda vela acesa nos convida ao desejo de Segundo domingo do conversão, arAdvento rependimento dos nossos pecados e, também.

ao compromisso de prepararmos, assim como São João Batista, o caminho do Senhor que virá. Esta vela lembra a fé dos patriarcas e de São João Batista, que anuncia a salvação para todos os povos. Oração: A luz de Cristo, que esperamos neste Advento, enxugue todas as lágrimas, acabe com todas as trevas, console quem está triste e encha nossos corações da alegria de preparar sua vinda neste novo ano de graça! Acende-se a segunda vela

A terceira vela acesa nos convida à alegria e Terceiro domingo do ao júbilo pela Advento aproximação da chegada de Jesus. A cor litúrgica é o rosa e indica, justamente, o Domingo da Alegria, ou o Domingo Gaudete (verbo latino que significa “alegrai-vos”), em que transborda nosso coração de alegria pela proximidade da chegada do Senhor. Esta vela lembra ainda

E-mail:onedaeq@terra.com.br --www.onedamoveis.com.br www.onedamoveis.com.br E-mail:onedaeq@terra.com.br

a alegria celebrada pelo rei Davi e sua promessa que, agora, está se cumprindo em Maria. Oração: Alegrai-vos sempre no Senhor! De novo vos digo: Alegrai-vos! O Senhor está perto! Acende-se a terceira vela

A quarta vela marca os passos de preparação Quarto domingo do para acolher Advento o Salvador, nossa expectativa da chegada definitiva da Luz ao mundo. Simboliza ainda nossa fé em Jesus Cristo, que ilumina todo homem que vem a este mundo e, também, os ensinamentos dos profetas, que anunciaram a chegada do Salvador. Oração: Céus, deixai cair o orvalho. Nuvens, chovei o justo. Abra-se a terra e brote o Salvador! Acende-se a quarta vela Colaboração: Padre Ademar Gadotti párodo da Paróquia São Ludgero, Pomerode


Especial

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ADVENTO

Para viver a espera do Salvador

Em Cristo, somos novas criaturas Finados e o início da Campanha para a Evangelização nos chamam a celebrar o mistério da vida

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Entramos no mês de novembro, marcado pelo Dia de Finados, quando lembramos nossos mortos. Como cristãos, devemos encarar a morte não como o fim, mas como uma passagem. Inspirados na Epístola aos Filipenses – “porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Fl 1,21) – é que devemos celebrar este dia, sabendo que nossa existência, nesse mundo, tem uma razão de ser, uma causa que é Cristo. E que, como a semente, é preciso morrer para ressuscitar e conquistar a vida eterna. Novembro também nos aproxima do Advento, tempo de preparação para a celebração do mistério da Encarnação do Filho de Deus. Um período em que a Igreja mergulha na liturgia, na vigília e na espera para a alegre vinda do Senhor. O Advento nos chama à conversão e nos alerta que é preciso preparar o caminho, lutar contra o pecado e entregar-se à oração. Como parte integrante dessa preparação para a vinda de Cristo, a Igreja, no Brasil, realiza a Campanha para a Evangelização, que neste ano tem como tema, “Encarnação e nova criação” e o lema “Em Cristo, somos novas criaturas”. É importante lembrar que é somente através do trabalho evangelizador que poderemos levar todas as pessoas a celebrar, conscientemente, o mistério do Natal, fazendo com que esta celebração produza frutos que permaneçam. A Campanha para a Evangelização, também, tem a finalidade de arrecadar fundos para garantir a continuidade da obra evangelizadora em nosso País. Em todos os estados, a Igreja convida os fieis a participarem de uma grande coleta, no terceiro

A palavra Advento vem do latim e significa “chegada”. Liturgicamente, o Advento corresponde às quatro semanas que antecedem o Natal, um tempo de oração e expectativa para o nascimento de Jesus, de promover a paz e a fraternidade e de se arrepender dos pecados.

Coroa Este período – que neste ano inicia em 28 de novembro - tem seus símbolos, sendo a Coroa do Advento a mais conhecida: uma base circular enfeitada de ramos verdes e entremeada por quatro velas, que representam as quatro semanas do Advento, sendo acesas uma a cada semana. A cor verde da coroa significa a esperança e a fita vermelha, o Espírito Santo. A luz - cada vez mais intensa com o acendimento das velas - representa a alegria pela vinda do Senhor. A forma circular lembra a aliança com Deus: não tem começo nem fim e nos convida a celebrar o nascimento de Jesus em comunhão com o universo inteiro.

Liturgia Nas liturgias, o celebrante usa vestes roxas, um sinal de conversão e preparação para o Natal. A exceção é o terceiro domingo, quando o rosa é utilizado para celebrar o Domingo da Alegria. O Advento pede sobriedade e moderação nas liturgias e cânticos, evitando-se antecipar a plena alegria do Natal. Por isso não se entoa o “Glória” nas missas e usa-se menos flores do que o habitual na igreja.

Novena domingo do Advento (12 de dezembro), em benefício da evangelização. Com estes recursos são mantidos os trabalhos regionais e nacionais da CNBB e também financiados projetos evangelizadores. A CNBB exorta a todos que participem ativamente desta campanha, procurando entender seu conteúdo e objetivos, assumindo o trabalho de animação e realização da mesma nas comunidades, para a maior glória de Deus.

É muito importante que em todas as comunidades sejam formados grupos para celebrar a novena do Natal. O livro dos grupos de reflexão está disponibilizando uma bonita novena de Natal, à página 62. Com isto, o coração e a consciência estarão entrando em clima de um verdadeiro espírito de Natal, no qual o presente é Jesus. Simbolicamente, ele vai nascer no coração de cada um de nós. Deste modo, o Natal não será uma festa a mais e sim um tempo forte de renovação espiritual.

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Ritual para celebrar o Advento em casa Durante o Advento, um pequeno rito pode ser colocado no início das celebrações, liturgia da palavra ou outro momento. Até mesmo em casa, o ritual do acendimento das velas do Advento nos domingos que antecedem o Natal seria apropriado. A luz nascente nos conclama a refletir e Primeiro aprofundar a domingo do Advento proximidade do Natal, quando Cristo, Salvador e Luz do mundo brilhará para a humanidade. Lembra o perdão a Adão e Eva. A cor roxa nos recorda nossa atitude de vigilância, diante da abertura e espera do Senhor que virá. Oração: A luz de Cristo, que esperamos neste Advento, enxugue todas as lágrimas, acabe com todas as trevas, console quem está triste e encha nossos corações da alegria de preparar sua vinda neste novo ano de graça! Acende-se a primeira vela

A segunda vela acesa nos convida ao desejo de Segundo domingo do conversão, arAdvento rependimento dos nossos pecados e, também.

ao compromisso de prepararmos, assim como São João Batista, o caminho do Senhor que virá. Esta vela lembra a fé dos patriarcas e de São João Batista, que anuncia a salvação para todos os povos. Oração: A luz de Cristo, que esperamos neste Advento, enxugue todas as lágrimas, acabe com todas as trevas, console quem está triste e encha nossos corações da alegria de preparar sua vinda neste novo ano de graça! Acende-se a segunda vela

A terceira vela acesa nos convida à alegria e Terceiro domingo do ao júbilo pela Advento aproximação da chegada de Jesus. A cor litúrgica é o rosa e indica, justamente, o Domingo da Alegria, ou o Domingo Gaudete (verbo latino que significa “alegrai-vos”), em que transborda nosso coração de alegria pela proximidade da chegada do Senhor. Esta vela lembra ainda

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a alegria celebrada pelo rei Davi e sua promessa que, agora, está se cumprindo em Maria. Oração: Alegrai-vos sempre no Senhor! De novo vos digo: Alegrai-vos! O Senhor está perto! Acende-se a terceira vela

A quarta vela marca os passos de preparação Quarto domingo do para acolher Advento o Salvador, nossa expectativa da chegada definitiva da Luz ao mundo. Simboliza ainda nossa fé em Jesus Cristo, que ilumina todo homem que vem a este mundo e, também, os ensinamentos dos profetas, que anunciaram a chegada do Salvador. Oração: Céus, deixai cair o orvalho. Nuvens, chovei o justo. Abra-se a terra e brote o Salvador! Acende-se a quarta vela Colaboração: Padre Ademar Gadotti párodo da Paróquia São Ludgero, Pomerode


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Variedades

“Ensina-me a cumprir tua vontade, pois tu és o meu Deus” (Sl 143,10)

PENSE

CONTO

Dai o exemplo!

Um novo desafio aos seus conhecimentos bíblicos

Reflita, pesquise e tente responder a mais este teste sobre conteúdos da Bíblia Envie este desafio preenchido até o dia 10 de novembro para o email jornal@diocesedeblumenau.org.br ou por correio para a Cúria Diocesana de Blumenau (a/c Pe Raul) – Rua XV de Novembro, 955 – Centro – Blumenau/SC – CEP 89010-003 / Caixa Postal 222 – CEP 89010-970. Informe seu nome completo, telefone e endereço. Você estará concorrendo a uma bíblia.

No desafio desse mês, pais e filhos. Você é capaz de associar os personagens aos seus respectivos pais?

a) Ido b) Amitai c) Noé d) Terá (ou Terã) e) Labão f) Jessé g) Hilquias

( ( ( ( ( ( (

) Jeremias ) Abraão ) Davi ) Raquel ) Jafé ) Jonas ) Zacarias

RECORDANDO

Romaria da Terra e da Água na Diocese de Blumenau A 11ª edição do Jornal da Diocese de Blumenau, que contemplamos nesta nossa coluna, em diversas páginas dá destaque à 16ª Romaria da Terra e da Água, realizada em Rio dos Cedros. Sob o tema “Da Terra e da Água, o direito do Pão” e lema “Os pequenos herdarão a terra e nela habitarão para sempre” (Sl 37,29), naquela edição do nosso jornal anunciava-se e motivava-se a mesma Romaria Estadual para o dia 16 de setembro daquele ano

de 2001. As duas páginas centrais do jornal foram dedicadas à publicação do texto-base do evento. Ali são explicitados os principais elementos do tema e o lema da grande concentração estadual. Os sub-temas da terra, da água, dos direitos e do pão recebem comentários, estatísticas, urgências, em vista da nova sociedade da justa distribuição dos bens, da partilha, da vida digna e feliz para todos os seres humanos.

RESPOSTA DO TESTE BÍBLICO DE OUTUBRO Na edição de outubro a comunidade foi convidada a associar os nomes de personagens bíblicos a seus irmãos ou irmãs. Entre os que responderam corretamente, a sorteada que receberá uma Bíblia Sagrada foi Lucimeri Rinkus Küchler, que mora no Bairro Fortaleza, em Blumenau. Veja as respostas corretas (Jornal de outubro, ed 110, pg. 10): IRMÃOS E IRMÃS a) Davi - Eliabe b) Hofni - Finéias c) Nadabe - Eleazar d) Absalão - Salomão

e) Jezrael - Lô-Amim f) Pedro - André g) Tiago - João

Ordenação do primeiro padre da Diocese de Blumenau Com uma bela imaagem, a mesma edição o do Jornal da Diocese,, à página 11, noticiouu a ordenação do Pe. José Carlos de Lima, primeiro padre ordenado na Diocese. A histórica celebração realizou-se no dia 4 de agosto de 2001, às 16h30, na Catedral São Paulo Apóstolo e foi presidida por Dom D Angélico A éli SânSâ dalo Bernardino, então primeiro Bispo da nossa Diocese.

REPRODUÇÃO

DESAFIO BÍBLICO

Um homem tinha vivido uma vida normal, sem pensar que fosse mau. Certo dia Deus tocou o seu coração. Ele sentiu tanta alegria que fez uma promessa: levaria 100 pessoas a Jesus. Mas logo se deu conta de que levar pessoas a Deus não era fácil. Os seus amigos achavam que havia ficado louco e se afastavam dele. Pensava em desistir da promessa, mas continuou a falar do Evangelho a quem lhe era possível. Um dia este homem morreu. De repente, como num relâmpago, retornaram-lhe todas as coisas que havia feito, dito, pensado. Em seguida, teve a visão de como se salvou e viu-se de joelhos prometendo a Deus que lhe levaria ao menos 100 pessoas. E chorava copiosamente. Jesus aproximou-se dele e lhe disse: - Levanta-te, filhinho, conta-me porque choras? - Senhor, cometi tantas coisas terríveis e, enfim, enganei-te tantas vezes. Jesus olhou para ele e perguntou-lhe: - Quando me enganaste? - Havia te prometido levar o Evangelho para 100 pessoas e não consegui levá-lo a uma sequer. Rompi a promessa e enganei-Te. Jesus sorriu, enxugou-lhe as lágrimas e disselhe: - Filho, tu não rompeste a tua promessa comigo. - Mas, Senhor!!! Não Te levei a uma só pessoa! Jesus, então, contou-lhe: - Filhinho meu, recorda-te daquele dia, naquele restaurante? Antes de te alimentar agradeceste ao Pai pela comida. Ali estava sentada uma mulher desesperada por causa dos seus pecados e eu já tinha feito tantas tentativas para tocá-la, mas ela ignorou-me. Naquele dia, estava decidida a voltar para casa e tirar-se a própria vida e a de seus filhinhos. Essa mulher, porém, viu-te rezando e abriu seu coração, deixando-me entrar. Voltando para casa, ao invés de tirar-se a própria vida, pediu-me que a ajudasse. Um dos seus filhos cresceu, tornou-se missionário e guiou muitas pessoas até mim. Meu filho, sinta-se feliz! Tu perseveraste! Aquele teu ato de fé guiou não só 100, mas 100 mil pessoas até mim.” O homem ficou muito contente, mas ainda se sentia culpado. - Meu Deus, e os outros pecados que fiz? Jesus sorriu-lhe outra vez, dizendo: - Vê, eu paguei o preço de todos eles! Nós dois mantivemos a promessa feita! Imensamente feliz, aquele homem, deu um abraço forte em Jesus.


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Nossa História

Vão e anunciem: o Reino do Céu está próximo” (MT 10,7)

PARÓQUIAS

Expediente

Pedra fundamental da primeira Igreja Matriz foi colocada em 1868 Nova paróquia instituída na colônia ampliou o trabalho missionário dos padres católicos Evangelização

Pe. Antônio Francisco Bohn Dom Pedro Maria de Lacerda, bispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, em sua Provisão, menciona a Lei Provincial nº 694, de 31 de julho de 1873, pela qual o governo da Província de Santa Catarina criara a nova freguesia de São Paulo, no distrito da Colônia Blumenau, desmembrada da freguesia de São Pedro Apóstolo e tendo por limites os mesmos do distrito colonial. Menciona, também, a Lei nº 679, de 23 de maio de 1872, estabelecendo os limites entre o distrito da Colônia Blumenau e a freguesia de São Pedro Apóstolo. Faz referência ao ofício de 10 de janeiro de 1876, no qual o presidente da Província de Santa Catarina solicita instituição canônica da mencionada paróquia, já civilmente decretada. Na mesma Provisão de 8 de fevereiro de 1878, Dom Pedro estabelece os limites da nova “Paróquia de São Paulo de Blumenau”: • Linha divisória entre os terrenos pertencentes à Colônia de João Pedro Dias de Moura. • Linha divisória entre terrenos da Colônia e de Bento Malachias da Silva. • Linha divisória entre Luiz Wagner e Keunecke e Brandes. • Divisa entre Herbst, terrenos da Colônia com Nicolau Deschamps, Pedro Wagner, Haerschl e outros. • Do lado Poente, os limites com os municípios de Curitibanos e Lages. • Ao Norte, os limites com a freguesa de Joinville. • Ao Sul, as vertentes dos Rios de ItajaíAçu e Itajaí-Mirim.

d a l cada f i colo 68 foi Em setembro de 1868 pedra fundamental da primeira Igreja Matriz de Blumenau

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Anacleto Dagnoni e Isolde B. Dagnoni Rua Bahia, n° 136 – Itoupava Seca – Blumenau – SC

Em 1854, chegam a Blumenau os primeiros católicos austríacos. Em 1864, ocorre a construção da primeira capela, incentivada pelo padre Alberto Francisco Gattone, primeiro vigário de Gaspar, que atendia, também, a Blumenau. No dia 25 de janeiro de 1865 foi celebrada a primeira missa e festa de São Paulo Apóstolo. Em 1876 chega a Blumenau o padre José Maria Jacobs, assumindo como primeiro vigário. Em 24 de dezembro de 1876, dá-se a bênção da Matriz, conforme planta do arquiteto Henrique Krohberger. Em 1878, o bispo do Rio de Janeiro erige a Paróquia. Em março de 1892, chegam a Blumenau os primeiros franciscanos: freis Lucínio Korte e Zeno Wallbroehl. Cabe a eles dar continuidade aos trabalhos iniciados na Paróquia e ao Colégio São Paulo. Em 02 de dezembro de 1923, ocorre a bênção da pedra fundamental para o aumento da Matriz, que seria consagrada, solenemente, em 15 de agosto de 1926. Na Páscoa de 1927, é inaugurado o órgão e, em 1928, os três novos sinos, representando Jesus Cristo, Maria Santíssima e São José. Dez anos depois são realizadas as Missões Populares, com grande sucesso. Em 24 de maio de 1953, dá-se o lançamento da pedra fundamental da nova Matriz (atual Catedral), de acordo com o projeto de Gottfried Boehm. Três anos depois é dada a licença para bênção de parte da nova construção e demolição da antiga. Em 25 de janeiro de 1958 realiza-se a cerimônia de sua consagração, primeira missa pontifical de Dom Gregório Warmeling e mensagem de Frei Brás Reuter, seu maior incentivador. Em 01 de junho de 1963, dáse a inauguração da torre e conclusão das obras. No dia 19 de abril de 2000, a Matriz foi elevada à condição de Catedral, pela Constituição Apostólica “Venerabiles fratres”, do Papa João Paulo II.

Jornal da Diocese de Blumenau Direção geral: Dom José Negri PIME Diretor Geral: Pe. Raul Kestring Diretor comercial: Pe Almir Negherbon Textos e edição: New Age Comunicação Rua Sete de Setembro, 2587 – sala 202 - Centro – Blumenau/SC (47) 3340-8208 Jornalista Responsável: Marli Rudnik (DRT SC 484 JP) marli@newagecom.com.br Fotografias: Acervo da Diocese de Blumenau e Divulgação Editoração: Job Designer jobdesigner@gmail.com Revisão: Pe Raul Kestring Raquel Resende Alfredo Scottini Impressão: Jornal de Santa Catarina Tiragem: 20 mil Periodicidade: Mensal Distribuição gratuita Correspondência Cúria Diocesana de Blumenau Rua XV de Novembro, 955 Centro (47) 3322-4435 Caixa Postal 222 CEP: 89010-003 Blumenau/SC comunicacoes@diocesedeblumenau.org.br www.diocesedeblumenau.org.br


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Movimentos

“Você comerá do trabalho de suas próprias mãos, tranquilo e feliz” (Sl 128,2)

LEITURA

FRANCISCANISMO

Biblioteca será uma novidade na Comunidade Kolping

Espaço comunitário será implantado para estimular a leitura, especialmente entre os jovens A Comunidade Kolping do Garcia está se preparando para implantar uma biblioteca comunitária em sua sede. A entidade já tem o espaço destinado para este fim e dispõe de alguns móveis, aguardando, agora, a liberação de uma doação de materiais (estantes e computadores) já aprovada pela Justiça Federal. Para formar o acervo, serão promovidas campanhas de arrecadação de livros. A proposta é que a biblioteca seja coordenada pelos jovens da comunidade, com o objetivo de estimular as pessoas, especialmente os mais novos, ao hábito da leitura. “Vemos que o computador tirou um pouco o espaço da leitura e queremos incentivar as pessoas a redescobrirem o livro”, explica o presidente da Comunidade Kolping, Luiz Nestor Pohlmann. A intenção é inaugurar a biblioteca, ainda este ano. As pessoas poderão escolher livros de sua preferência para ler no local (em uma sala que está sendo montada para leitura), ou fazer um cadastro para levar os livros para casa, ler e devolvê-los para que outros possam aproveitálos. A campanha de arrecadação vai focar, principalmente, em livros de literatura, crônicas, poesias e contos.

Novidades Outra novidade é que, em breve, na Comunidade Kolping será instalada uma unidade do Centro de Referência em Assistência Social. A entidade cedeu um espaço físico para que a prefeitura coloque lá uma unidade de atendimento comunitário.

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Kolping pretende ampliar serviços com implantação de biblioteca comunitária

Na linha de cursos, a intenção é implantar, em 2011, as formações de eletricista industrial e informática, sendo este último com turmas de informática básica e avançada. Para isso, a entidade busca parcerias e apoios que viabilizem a oferta dos cursos. Serão mantidos os cursos profissionalizantes de costura industrial (desde 1986) e de mecânica geral (desde 2006), além dos cursos artísticos de dança e violão, mantidos em parceria com a Fundação Pró-Família e que são gratuitos. Em 2011 deverão ser retomados, também, os cursos manuais de tricô, crochê e pintura em madeira. [+] Comunidade Kolping

Aulas de violão e dança são oferecidos na sede da instituição

Programas de educação profissional preparam os jovens para o mercado de trabalho

[+] Participe ✗ Se você tem livros para doar, ou deseja fazer uma campanha de arrecadação na sua empresa, ou comunidade, estará ajudando a Comunidade Kolping. As doações poderão ser entregues diretamente na entidade ou – em maiores volumes – alguém irá buscar os livros. Para mais informações ligue: (47) 3336-2026).

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✗ A Comunidade Kolping é uma instituição internacional, fundada em 1849, na Alemanha, pelo Padre Adolfo Kolping. Hoje está presente em 62 países, especialmente na África e na Ásia. No Brasil, são 22 estados assistidos por aproximadamente 400 unidades. A matriz de Santa Catarina fica em Rio do Sul e ao todo são 11 comunidades no Estado. Em Blumenau, a unidade foi inaugurada em 1982, mantida com recursos próprios, através das parcerias, realização de bazares e participação em feiras de artesanato, bem como com a cobrança de mensalidade simbólica dos cursos.

São Francisco era coerente com a sua pregação ao máximo. Certo dia, chegou a um convento com um saco de pão e uma garrafa de vinho, recebidos em esmola. O guardião do convento, Frei Ângelo, recebeu o santo com toda a reverência do mundo. Contou-lhe que tivera trabalho, pois, haviam chegado três ladrões, notórios na região, pedindo comida. Ele, porém, pegara um bastão grosso e os correra. Francisco o olhou, enternecidamente. Disse-lhe, em seguida, “em nome da santa obediência, pega este saco de pão e o vinho. Vai atrás deles, pedelhes perdão e dá-lhes toda a comida”. Frei Ângelo caiu em si e obedeceu ao santo pai. Logo os encontrou. Ajoelhou-se aos pés dos mesmos, pediu-lhes perdão e lhes ofereceu toda a comida. Os três ficaram abismados. Não queriam acreditar no milagre. Saciaram a fome e voltaram com frei Ângelo, para conversar com Francisco. Mudaram de vida e se tornaram frades. A pregação de Francisco os transformou e lhes ensinou a verdadeira caridade: tudo esquece, tudo perdoa e a todos acolhe. Na vida diária, não poucas vezes, achamo-nos heróis, quando conseguimos diminuir uma pessoa, esquecendo que a caridade é benigna e tudo faz para erguer as pessoas. Por esses atos São Francisco atraía, cada vez mais, as pessoas, visto que ele fazia o que pregava e o fazia com o coração mais ardente e divino. Sabemos que, por vezes, é difícil dobrar a nossa arrogância, mas, com muito esforço e contínuas orações podemos chegar ao supra sumo. Lembremo-nos, também, do lema de São Francisco: Paz e Bem. Onde reina a Paz, ali, vive o Bem. Neste reino divino, todos viverão bem e felizes. Paz e Bem. Alfredo Scottini


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Paróquias

“Todos ficaram repletos do Espírito Santo” (At 2,4)

CRISMA

Uma paróquia missionária

Jovens blumenauenses recebem o Espírito Santo

Celebração, em setembro, representou o envio a 150 cristãos

A Paróquia São Francisco de Assis, no Bairro Fortaleza, em Blumenau, recebeu o bispo Dom José Negri para a celebração da missa de Crisma, no dia 18 de setembro. Cerca de 150 jovens receberam o sacramento dos dons do Espírito Santo, com um convite para assumirem, efetivamente, sua missão de cristãos. A igreja ficou pequena para acolher os enviados, seus pais, padrinhos e os fieis da comunidade, todos testemunhas da preparação e da disposição dos jovens para uma vida evangelizadora. A celebração foi organizada pelo padre João Bandoch e sua equipe paroquial e contou com a participação do padre Almir Negherbon, de diáconos e seminaristas. Como tem adotado em todas as celebrações de Crisma, na Diocese, desde a sua chegada, Dom José valorizou a festa do Espírito Santo, nesta comunidade. Falando, diretamente, aos jovens, o bispo os exorta a aceitarem e a darem uma resposta positiva ao chamado de Deus. Lembra que cada um dos crismados deve se comprometer em ser um discípulo de Cristo, sendo participativo na Igreja e em sua comunidade e acentua, principalmente, a vocação sacerdotal e religiosa. Os jovens crismandos re-

FOTOS PE. RAUL KESTRING

Comunidade participou ativamente da missa de crisma falando a sua língua, através dos canais pelos quais estes cristãos se comunicam com seus iguais.

Presente de aniversário

Jovens crismandos são chamados a evangelizar cebem uma carta vocacional assinada por Dom José, na qual ele expõe os desafios da vocação cristã e os convi-

da a se corresponderem com ele, informando inclusive seu e-mail pessoal. É uma forma de se aproximar dos jovens,

No dia da Crisma, na Fortaleza, era aniversário de Dom José. A comunidade homenageou-o com um bonito coro de parabéns e o presenteou com uma casula (veste da cor litúrgica do dia: verde, vermelho, roxo, lilás ou branco). Como era dia de Crisma, a casula presenteada tinha a cor vermelha. Dom José, imediatamente, tirou a casula que vestia e a substituiu pela nova, gesto que foi, calorosamente, aplaudido pela comunidade.

Desde que iniciou o movimento preparatório para as Missões Populares da Diocese, a partir de 2006, a Paróquia Santa Terezinha, de Timbó, tem se dedicado de maneira incondicional a sua missão evangelizadora, envolvendo os grupos e a comunidade no trabalho de evangelização e aproveitando cada oportunidade para ir ao encontro das pessoas, levando a Palavra de Deus. Como balanço desses quatro anos de trabalho, a maior parte das famílias católicas da paróquia já foi visitada e muitos voltaram a frequentar a igreja e até passaram a fazer parte dos movimentos e grupos de reflexão. A coordenação do Conselho Missionário Paroquial - COMIPA - estima que mais de 20 grupos tenham sido formados graças ao apelo missionário (infelizmente nem todos perseverantes) e houve uma reaproximação da comunidade.

Continuidade O trabalho missionário, em Timbó, começou em 2006, dentro do projeto das Missões Populares da Diocese. O primeiro ano foi de preparação, com o objetivo

de visitar e sensibilizar os católicos não praticantes, afastados da Igreja. Nesse sentido foram envolvidas 120 pessoas, dos grupos de reflexão – que já fazem essencialmente um trabalho missionário em suas comunidades – e também a catequese, ministros e demais movimentos. Entre 2006 e 2007, foram realizadas mais de três mil visitas e o efeito foi tão positivo que, mesmo encerrado o período oficial das Missões Populares, os grupos resolveram continuar as visitas e torná-las permanentes, apesar de menos intensas. Hoje o trabalho envolve diretamente cerca de 15 pessoas. Todas as oportunidades do calendário católico são aproveitadas para evangelizar. Um exemplo foi o projeto da Semana Nacional da Família, neste ano, em que os grupos retornaram às casas para celebrar a família e reforçar a vocação missionária. Para 2011, o COMIPA da Santa Terezinha deseja instituir também a Infância Missionária, possibilitando às crianças a oportunidade de melhor conhecerem Jesus antes de ingressar na catequese.

Trabalho missionário é exemplo em Timbó

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Vida Missionária

www.dioceseblumenau.org.br Novembro de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau

“Ele preparou os cristãos para o trabalho do ministério que constrói o Corpo de Cristo” (Ef 4,12)

ENTREVISTA

“Deus foi bondoso e me confiou não uma, mas 38 paróquias” Dom José Negri fala de sua trajetória missionária, da Itália até o episcopado, em SC A comunidade diocesana já deve ter notado que as mensagens enviadas pelo nosso bispo, sempre, trazem ao final de sua assinatura, a sigla PIME. Esta sigla, que Dom José Negri usa como um complemento do próprio nome significa “Pontifício Instituto Missões Estrangeiras” e caracteriza o instituto religioso pelo qual ele escolheu ser consagrado. O PIME foi fundado por dom Ângelo Ramazzotti, em 1850, com incentivo do Papa Pio IX, que desejava frutificar, na Itá-

lia, uma província missionária estrangeira nos moldes de outras já existentes no mundo. Nesta entrevista, Dom José fala de seu chamado vocacional e da escolha pela vocação missionária. Como foi o seu despertar para o trabalho missionário? Desde criança, sentia esse chamado. Quando tinha 3 anos imitava o padre na Igreja. Quando alguém perguntava o que queria ser, quando crescesse, dizia “Padre”. Naquela época minha comunidade trabalhava muito forte com os jovens e nós nos debruçávamos sobre a leitura da Palavra de Deus. Aos 17 ou 18 anos, conheci uma jovem do grupo e começamos um namoro que durou uns dois anos. Até que a ideia do sacerdócio voltou. De que maneira? Foi quando uma religiosa da nossa comunidade foi chamada para trabalhar na África. Então foi feito um trabalho de conscientização e eu tomei conhecimento da vocação missionária. Foi este exemplo que reacendeu o chamado em minha vida. Que circunstâncias o levaram a ingressar no PIME? Sempre associei

PE. RAUL KESTRING

vocação com doação e tinha a convicção de que se desejava doar minha vida para uma causa, queria me doar totalmente. Encontrei na missão a forma de me doar: Deixar casa, família, os amigos e se entregar a uma outra vida. Meu orientador espiritual, um padre diocesano, me apresentou ao Pontifício Instituto para as Missões Estrangeiras, que tinha essa característica. Como foi o seu envio, depois de ordenado? Na véspera da ordenação nos pediram para escrever uma carta indicando nossos anseios de para onde ir. Eu escrevi “para a Ásia, em algum lugar de máxima pobreza e de primeira evangelização”. Quando conheci meu destino, não compreendi logo, porque Deus me enviou para o Brasil, mais precisamente para Santa Catarina, que tem uma condição social favorável e 80% de batizados. E o que Deus desejava? Começava ali a missão para a qual Deus me tinha escolhido. Eu pensava ter sido chamado para o trabalho evangelizador, mas a maior parte do tempo trabalhei em seminários, na formação de novos missionários. Nesses 20 anos ajudamos muitos jovens a descobrirem sua missão. Hoje, meus alunos estão espalhados pelo mundo, em vários continentes.

E depois veio a missão episcopal... Eu queria ser um evangelizador, um missionário em uma comunidade desafiadora. Deus foi tão bondoso que me confiou uma grande responsabilidade, que é o episcopado. Ao invés de uma, me deu 38 paróquias. Então, vejo que a minha missão é continuar a evangelizar, aqui, onde Deus me colocou, trabalhando com os sacerdotes e com o povo, cumprindo a missão do Bom Pastor. Qual é o grande desafio de ser missionário no Brasil, hoje? A dimensão continental do País é um desafio. No Norte os padres andam de barco para levar a Palavra de Deus. Em algumas regiões estão sob o risco da violência. No Sul, a realidade urbana nos impõe desafios como a dificuldade de entrar nas comunidades, de quebrar as barreiras do materialismo e do individualismo dos que se dizem católicos, mas que abandonaram a prática religiosa. O desafio de competir com os meios de comunicação e com as novas denominações cristãs que surgem a toda hora. Então o grande desafio é resgatar a religiosidade em cada pessoa e a sua vocação como discípulo missionário, recebida no batismo.

Quem sabe faz a hora Quando se fala em animação missionária, pensa-se na atividade das congregações, ou institutos missionários nas dioceses e paróquias. Diz-se que cabe a eles animar as comunidades. Essa colocação tem fundamento, mas não considera o fato de que, como todos são missionários em virtude do batismo, todos podem ser multiplicadores do espírito missionário. Animação missionária não é só para especialistas. Todo agente de pastoral deveria sentir a necessidade de alimentar, com criatividade, em sua comunidade ou serviço pastoral, a identidade missionária da Igreja. Crianças, adolescentes, jovens e adultos precisam conhecer como a Igreja realiza as palavras de Jesus Cristo: “Ide pelo mundo e anunciai o evangelho” (Mc 15,15). É preciso que, na vida dos discípulos missionários, haja um anseio missionário. O espírito missionário não se improvisa: alguém deve plantá-lo, irrigá-lo e permitir que cresça. Isso é fácil, hoje em dia, com os meios de comunicação, com a leitura em comum de reportagens ou artigos de revistas missionárias, com os filmes que suscitem o debate sobre a Missão. Tudo acompanhado pela promoção pessoal e comunitária de uma espiritualidade missionária.

Pelo fato de a missão ser a alma da Igreja, o compromisso de aprofundar a vocação missionária de cada discípulo não tem encerramento. Bem o entendera dom Hélder Câmara, ao escrever: “Missão é partir, caminhar, deixar tudo, sair de si, quebrar a crosta do egoísmo que nos fecha no nosso eu. É parar de dar voltas ao redor de nós mesmos, como se fôssemos o centro do mundo e da vida. E não se deixar bloquear nos problemas do nosso pequeno mundo a que pertencemos: a humanidade é maior. Sempre partir, mas não para devorar quilômetros. É sobretudo abrirse aos outros como irmãos, descobri-los, encontrá-los. E se, para encontrá-los e amálos é preciso atravessar mares e voar lá nos céus, então missão é partir até os confins do mundo”. Cabe a nós cuidar, para que fique sempre acesa, em nós e nos outros, a chama do ardor missionário que aqueceu o coração dos primeiros apóstolos e que ainda hoje impulsiona homens e mulheres a irem além-fronteiras para anunciar que Ele está vivo. (Resumo do artigo de Pe. Francisco)

Padre Alcimir Pilotto, pároco da Paróquia de Penha e coordenador do COMIDI DIVULGAÇÃO


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Novembro de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

Espaço da Família

“O trabalho e a festa estão intimamente relacionados com a vida das famílias” (Bento XVI)

REFLEXÃO

Aborto e saúde pública

Vaticano prepara o 7º Encontro Mundial das Famílias

Evento será em meados de 2012, sob o lema “A família: o trabalho e a f esta” DIVULGAÇÃO

O Papa Bento XVI divulgou, recentemente, a Carta Oficial para o 7º Encontro Mundial das Famílias, que será realizado de 30 de maio a 2 de junho de 2012, em Milão, na Itália, com a presença do Sumo Pontífice e terá como lema, “A Família: o trabalho e a festa”. Na Carta, Bento XVI descreve que o encontro será uma ocasião privilegiada para voltar a expor o trabalho e a festa na perspectiva de uma família unida e aberta à vida, integrada na sociedade e na Igreja e atenta à qualidade das relações e à economia do núcleo familiar. O Santo Padre lamenta que, no mundo moderno, a organização do trabalho seja desenhada e praticada em função da competição do mercado e do máximo ganho. Inconforma-se que o conceito de festa seja igualado à oportunidade para a evasão e o consumo. E que ambos têm contribuído para a desagregação da família e da comunidade, para difundir um estilo de vida individualista.

Alerta “O trabalho e a festa estão intimamente relacionados com a vida das famílias, afetam as decisões e têm influência nas relações entre cônjuges e entre pais e filhos. Por isso incidem na relação entre a família e a sociedade e a Igreja”, descreve em sua mensagem. Alerta o Papa para a necessidade de se promover uma reflexão e um compromisso para conciliar

as exigências e os tempos do trabalho com os da família e a recuperar o verdadeiro sentido da festa. “Especialmente do domingo, Páscoa semanal, dia do Senhor e dia do homem, dia da família, da comunidade e da solidariedade”, diz. Como preparação ao Encontro Mundial da Família, Bento

XVI expressa seu desejo de que, já em 2011, no 30º aniversário da exortação apostólica “Familiaris Consortio”, de João Paulo II, a Pastoral Familiar comece um itinerário com iniciativas paroquiais, diocesanas e nacionais, com o objetivo de destacar as experiências de trabalho e de festa em seus aspectos mais reais e positi-

vos, ressaltando a experiência de vida concreta das famílias. O próprio Encontro Mundial terá cinco dias de duração, encerrando com a “Festa dos Testemunhos” (sábado à noite) e a missa solene (domingo de manhã), ambas celebrações a serem presididas por Sua Santidade.

O aborto foi um dos temas, em discussão, na recente agenda eleitoral do Brasil, sempre acompanhado da expressão “saúde pública”. Embora candidatos não tivessem declarado abertamente sua posição favorável - até para não se comprometer com os eleitores que respeitam os princípios cristãos e os valores da vida - a opinião nebulosa de alguns e a sua preocupação com o risco que as práticas clandestinas representam para quem a elas recorre demonstraram a real posição desses políticos. Há uma tendência para descriminalizar o aborto, para criar leis que permitam tirar a vida de crianças no ventre de sua mãe, que deve ser o lugar mais seguro. Querem manchar a “ficha limpa” dos hospitais, espaços criados para salvar vidas, impondo uma nova incumbência, a de tirar vidas. Abordaram o assunto do aborto como uma simples questão de saúde pública, apropriando-se de estatísticas manipuladas sobre taxas anuais de aborto e de mortes maternas, em decorrência dessa prática, tentam submeter a opinião pública, sem levar em conta, até mesmo o princípio constitucional de direito à vida. Passada a eleição, cabe a nós, cidadãos e cristãos esclarecidos, fiscalizar os nossos governantes e os representantes legislativos, cobrando deles uma postura em favor da vida. Se não pelos valorosos argumentos divinos (Deus nos deu a capacidade de gerar vidas, mas desde o crime de Caim, no Gênesis, condenou o ato de matar), vamos defender o direito à vida previsto no artigo 5º da Constituição Brasileira de 1988, que considera “inviolável o direito à vida, à liberdade e à igualdade”. Deus é o único e verdadeiro Senhor da vida humana. A pessoa deve ter seus direitos garantidos, desde a concepção e tem personalidade jurídica formal, desde seu momento inicial na fecundação, embora adquira só com o nascimento a sua personalidade jurídica material. Ainda que não nascida, tem capacidade de direito, não de exercício, devendo os pais ou o curador zelar pelos seus interesses, como são amparados pelo sistema jurídico brasileiro.

Restaurante e Buffet 25 de Julho Almoço executivo

Segunda a sexta (com suco e sobremesa) Sábado Buffet Especial

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A noite de segunda a sexta-feira servimos pratos típicos e outros. (com música ao vivo).

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Santa Sé prepara o 7º Encontro Mundial das Famílias Diocese de Blumenau CNBB Regional Sul 4

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Diocese de Blumenau www.diocesedeblumenau.com.br FOTOS PE. RAUL KESTRING

ASSEMBLEIA

Diocese de Blumenau define prioridades pastorais para 2011

Encontro ocorreu no dia 16 de outubro, na Paróquia São Francisco de Assis, no Bairro Fortaleza ortaleza Para qualquer entidade civil ou eclesial, uma assembleia é momento inalienável de memória das origens, das ideias fortes, dos passos dados até uma data determinada. Reunidas representativamente, as forças vivas da entidade simbolizam a coesão, a superação dos individualismos; celebram a validade de seus objetivos, a continuidade de suas lutas, o significado e a consciência de seus limites. Um assembleia congregada mostra a esperança de que o futuro, nas mãos de todos, será melhor, porque “a união faz a força”. Corrige a rota, atualiza as estratégias, elege as prioridades de ação, agrega projetos, renova seus ideais, sua razão de ser e até mesmo os sacrifícios, renúncias pessoais e grupais, em vista das metas comuns, fundamentais para a identidade do grupo, plantado no meio de uma pluralidade de assemelhados e opostos. A 11ª Assembléia Pastoral da Diocese de Blumenau ultrapassou expectativas sociológicas e operativas, com a participação de 130 representantes de paróquias, comarcas pastorais, comunidades eclesiais, conselhos, movimentos eclesiais, lideranças, que rezaram, ouviram orientações e refletiram. Fizeram propostas de ação e elegeram prioridades para o próximo ano de 2011. O amplo e funcional ambiente do evento favoreceu seu desenvolvimento, facilitando encontros de grupos menores, animação musical e acomodação do grande grupo.

Cada participante da 11ª Assembléia Diocesana de Pastoral de Blumenau foi recepcionado e inscrito por encarregados de cada comarca

A Rádio Blumenau/Arca da Aliança, através da sua unidade móvel, fez-se presente e divulgou o evento para Blumenau e região

Bispo diocesano Dom José Negri abriu a Assembleia, expôs suas orientações e exerceu a presidência, acompanhando os trabalhos do começo ao fim

Todas as forças vivas da Igreja Católica em Blumenau estavam representadas na Assembleia. Manifestavam, assim, a diversidade de lideranças, pastorais, movimentos eclesiais e comunidades. Por outro lado, evidenciava-se surpreendente unidade em torno do objetivo da evangelização

IMPORTANTE Na edição de outubro, involuntariamente cometemos uma falha ao omitir uma imagem dos catequistas da Comarca Pastoral de Navegantes, presente com numeroso grupo à Concentração Diocesana de Catequistas, realizada em 22 de agosto, no Ginásio de Esportes Galegão, em Blumenau

Momento em que secretários e secretárias das comarcas apresentam ao plenário o resultado de suas discussões. Compunham a mesa diretora, padre João Bachmann (vigário geral da Diocese), padre João Bandoch (coordenador diocesano de Pastoral), Dom José Negri (bispo diocesano), pader Marcelo Martendal (assessor) padre Anderson Ferrari (assessor)

Anuncie Aqui Fone/Fax: (47) 3322-4435

Rua XV de Novembro, 955 - Centro Caixa Postal 222 - CEP: 89010-003 - Blumenau/SC


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