Ver, ouvir e sentir nas trincheiras - narrativas históricas - ESRP

VER, OUVIR E SENTIR NAS TRINCHEIRAS Narrativas hist贸ricas

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“Ver, ouvir e sentir nas trincheiras” (Narrativas históricas)

Trabalhos elaborados pelos alunos do 9.º Ano Ano letivo 2014/2015 Docente: Arminda E. Ferreira

Ano letivo 2014/2015

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Ficha Técnica

Título: “Ver, ouvir e sentir nas trincheiras – Narrativas históricas” Autores: Alunos do 9.º Ano da Escola Secundária de Rocha Peixoto Coordenação: Arminda E. Ferreira (docente) Editor: Escola Secundária de Rocha Peixoto Paginação: Arminda E. Ferreira (docente) Fotografia: Arminda E. Ferreira e Plácido Sousa (docentes) Revisão: Albina Maia e José Amaral (docentes) Ano letivo: 2014/2015

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Dedicatória: À Comunidade Educativa

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Nota Prévia O presente ebook, intitulado “Ver, ouvir e sentir nas trincheiras – Narrativas históricas" resultou de duas tarefas solicitadas aos alunos das turmas do 9.º ano, do 3º ciclo do Ensino Básico, da Escola Secundária de Rocha Peixoto, aquando da lecionação dos conteúdos programáticos da I Guerra Mundial, na disciplina de História.

O ebook mostra a capacidade criativa e empreendedora dos alunos na criação e exposição de ideias, na produção de textos sobre o que observam, sentem, leem e ouvem.

Partindo de uma metodologia de ensino construtivista em sala de aula, trabalhando a empatia histórica, a significância histórica, o tempo e o espaço históricos, a partir de fontes primárias (fotografias, caricaturas, desenhos, textos, documentários históricos) e secundárias (texto dos manuais e historiográficos), foi proposta, posteriormente à lecionação dos conteúdos programáticos, a escrita de uma narrativa histórica com o seguinte enunciado:  Tendo em consideração as fontes iconográficas (fotografias) e conteúdos lecionados sobre a 1.ª Guerra Mundial, imagina que és uma das personagens presentes numa das fontes e descreve o que vês, sentes e ouves: o repórter de guerra, de um jornal nacional ou estrangeiro ou o um soldado nas trincheiras.

Para assinalar o primeiro centenário da 1.ª Guerra Mundial foram realizadas, em colaboração com a coordenadora da Biblioteca da Escola, professora Albina Maia, uma exposição e uma palestra intitulada “A Póvoa de Varzim e a Grande Guerra”. Desta forma foi possível alargar e aprofundar os conhecimentos a todos os alunos da escola sobre factos relativos à História local e regional sobre a temática em estudo.

Para a realização desta atividade foi proposto aos alunos que realizassem pesquisa, em trabalho de pares/grupo, em sites e em bibliografia da especialidade, na Biblioteca da Escola, sobre alguns aspetos descritos nas narrativas como, por exemplo: doenças, o papel da mulher na guerra, alimentação nas trincheiras, higiene, etc., e sobre a temática da exposição “As trincheiras e a 1.ª Guerra Mundial”. Assim, os alunos recolheram informação, quer em suporte escrito e/ou icónico (fotografia, ilustrações, caricaturas), com o intuito de se construírem painéis e jornais de parede e, também, objetos alusivos à guerra (estes construídos com materiais recicláveis) para operacionalizar a exposição a realizar na Biblioteca da Escola. Esta exposição foi, posteriormente, inserida, enriquecida e complementada com a exposição itinerante da Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, da Póvoa de Varzim, e com palestras para

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as quais foram convidados o Dr. Manuel Costa, bibliotecário da Biblioteca Municipal Rocha Peixoto e o Dr. Amadeu Gonçalves, técnico superior da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, onde foram tratadas temáticas relacionadas com a história local e regional, no âmbito da 1.ª Guerra Mundial.

Neste contexto e, aproveitando o desafio lançado pela Escola Prática de Serviços, pelo Comando da Instrução e Doutrina, através do concurso intermunicipal “1ª Guerra Mundial”, surge a ideia da construção deste ebook que também procura perpetuar os melhores trabalhos realizados com empenho e dedicação, quer na sala de aula, quer na Biblioteca da Escola, quer, ainda, em casa, por um conjunto de alunos do 9.º ano de escolaridade, no ano letivo 2014/2015. As fotografias que ilustram o presente trabalho são os testemunhos vivos do trabalho prático realizado.

Arminda E. Ferreira

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Fotografias – 1ª Guerra Mundial – Pesquisa e seleção realizada pelos alunos do 9.º B

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Os nossos trabalhos!

Caríssimos leitores conterrâneos do Jornal “O Poveiro”,

Espero que por aí, pela Póvoa, se encontrem todos bem e de saúde e que o mar continue a dar muito peixe!

Encontro-me há duas semanas dentro do navio caça minas “Augusto de Castilho”! Aqui nesta cabine 14

de comunicações está um calor infernal e a água é racionada, assim como toda a alimentação.

Os nossos receios são constantes, não só pelo perigo próprio de eliminar as minas das rotas comerciais, mas sobretudo pelos receios constantes resultantes da presença furtiva dos submarinos alemães.

Envio, diariamente, dezenas de mensagens telegráficas a dar nota sobre o desenrolar das nossas missões, a solicitar outras e a receber informações que nos são muito úteis na coordenação do combate aos alemães. Já me doem os dedos de tanto telegrafar!

O comandante hoje está nervoso, pois recebemos ordens para integrar uma força conjunta de ataque a submarinos alemães que infestam estas águas!

Envio-vos esta pequena lembrança, um retrato que tirei antes de embarcar no “Augusto de Castilho” para o caso de não resistir a alguma frente de combate e assim vossemecês ficarem com algo das minhas memórias, enquanto militar da armada portuguesa.

Despeço-me com saudades desse mar e abraço todas as gentes da nossa terra.

22 de setembro de 1918 O marinheiro Elísio Martins da Nova (A.F.)

UM INFERNO NAS TRINCHEIRAS

Todos pensavam que ia ser uma guerra curta, não muito violenta, e com um número de baixas mínimas, mas estavam enganados…

Eu, repórter Ernesto Faria, voluntariei-me para passar um mês nas trincheiras onde ingleses e alemães lutavam por uns metros de terra. Foi-me prometida uma equipa de suporte para me protegerem na minha longa estadia. A equipa era composta por quinze homens.

Quando acabei de escrever este artigo só restavam dois de pé e um outro que teve de amputar a perna esquerda.

Os restantes foram todos vítimas dos novos tipos de armamento: cinco foram feitos em pedaços por uma bala de canhão, foi um festival de sangue e de gritos de misericórdia. Na semana seguinte, morreram mais quatro abatidos pelas metralhadoras e um outro não conseguiu apanhar uma máscara de gás, antes que a granada tóxica rebentasse. Os restantes três homens fugiram como cobardes (não os censuro pelo que fizeram...), devido à pressão. É claro que morreram, abatidos por ambos os lados.

A vida numa trincheira é como viver na rua, só que com o triplo dos ratos, da lama e com cadáveres por todo lado. Um dia estou a viver numa parte mais a norte da trincheira e dois dias depois estou na parte mais oeste e, ao fim de duas semanas, já nem sei onde estou.

Não me atrevo sequer a passar perto da enfermaria, bastava-me ouvir os gritos de agonia e o cheiro de carne podre para ter uma ideia do que se passava lá.

Agradeço a Deus por cada minuto que passo vivo. Para minha surpresa os alemães não são o maior dos problemas nestas trincheiras infernais. Uma das maiores preocupações são os ratos. Há ratos por todo o lado e, se te morderem, então é muito provável que morras por doença. Por vezes, quando passo de uma secção da trincheira para outra, parece que vejo mais corpos do que pessoas vivas.

O tempo também não ajuda. Quando chove, toda a trincheira fica cheia de lama. Estou adoentado, maldisposto, faminto e andam soldados em piores condições do que eu por aí…

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Nem sequer quero pensar numa coisa pior do que viver numa trincheira, porque, se pensasse, acho que não conseguia voltar a adormecer.

O repórter Ernesto Faria (Jorge Furtado e José Ramôa – 9.º B)

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IMAGENS QUE GUARDEI DAS TRINCHEIRAS!

Chove a cântaros, aqui, nas trincheiras. Estamos fracos, o inimigo aproxima-se e a maioria dos nossos mortos morreu devido às más condições. Há falta de comida com os nutrientes necessários para uma boa saúde e a falta de higiene predomina. O peso da minha mochila é imenso e, como estou fraco, sinto-a ainda mais pesada.

Se soubesse para o que vinha, nem me tinha dado ao trabalho de sair de casa para me alistar, porque a melhor palavra para descrever isto é “terror”. As imagens que vou guardar das trincheiras são terríveis: vi amigos morrerem e, agora, são o

alimento

para

inúmeras

ratazanas, outros a morrerem por falta de auxílio e outros a magoarem-se para poderem abandonar a guerra.

Dormimos no meio da lama com os cadáveres ali mesmo ao nosso lado; quando comíamos o cheiro era nauseabundo e, por vezes, faltava a água e tínhamos de ir às poças encher o cantil. Falta sempre um pouco de tudo, principalmente os alimentos. A comida é péssima, nunca muda, é sempre pão, sopa, enlatados, biscoitos e chá. A carne só uma vez por semana e com muita sorte. O pão é tão duro que é difícil de mastigar, é terrível.

Tenho muitas saudades de casa, da minha família, da minha cidade, de ir ao café e de me sentir quentinho. Com a chuva e o frio, fico ainda mais fraco. Passo os dias todo molhado.

Por vezes nem sinto as mãos. O meu maior desejo, tal como o dos meus colegas de guerra, é chegar a casa vivo. Já não penso de que forma: sem braço, sem perna, mas vivo. Sim, vivo!

Apesar do auxílio nem sempre chegar, o médico está lá. Não tenho razão de queixa, porque, até agora, graças a Deus, nunca precisei de ir lá. Vi muitos soldados alvejados pelo inimigo com pequenos ferimentos que não foram curados, pois a prioridade eram os casos mais graves. Alguns colegas, mais tarde ficavam piores, pois as feridas infecionavam e, depois, lá cortavam um braço ou uma perna.

Agora, como desde o início da guerra, o meu maior medo é morrer, pois a qualquer momento podemos ser atacados pelo inimigo e não sabemos de que maneira, se será um

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ataque químico ou fogo cruzado. Quero que a guerra acabe e que possa voltar para casa, com vida.

Flandres, 8 de outubro de 1917 O soldado número 15, José Miguel Leite (José Miguel Leite - 9.º B) 18

NÃO PODIA DESISTIR!

Pensávamos que passaria rápido, mas não. E passámos por muito, mesmo!

Integrei o Corpo Expedicionário Português (CEP) e encontro-me na Bélgica, na região da Flandres, em La Lys. Após a construção das trincheiras e a planificação das estratégias estávamos prontos.

As duas primeiras semanas foram mais atribuladas a nível defensivo. Houve muitos bombardeamentos da parte da trincheira oposta. Muitos morreram, muitos ficaram feridos.

Grande parte sobreviveu.

Não sei dizer se o tempo passava rápido ou não. Não sei dizer se a minha vontade era lutar ou morrer. Não sei o que sentia exatamente. Apenas sei que foi por um triz que não fui atingido por um tiro, enquanto estava na “terra-de-ninguém”. Por sorte, um colega meu disparou primeiro sobre o inimigo. Rapidamente me refugiei. Por breves momentos fiquei sem respirar.

Estávamos organizados por turnos. Enquanto uns vigiavam, outros preparavam-se para atacar. Uns tratavam dos mantimentos e outros faziam sabe-se lá o quê. Eu, pelo menos, nunca parava a não ser para comer e dormir (o que não era complicado, pois dormia-se em qualquer canto). Íamos trocando as tarefas ao fim de algum tempo.

Alimentávamo-nos sempre da mesma coisa. Apanhávamos frio todas as noites. E quando chovia? Era o fim do mundo!

Caminhávamos sobre a lama e sobre os homens mortos que estavam espalhados pelo chão. Era horrível quando entravam em decomposição. Não faltavam lá ratos ou outros animais desse género.

Não sabia se o que sentia era arrependimento por lá estar, se era ódio de mim mesmo por nada conseguir fazer, se eram saudades de casa, da família, de um banho, de uma refeição.

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Já não sabia se quem ali estava era eu, mas se ali estava era para defender o meu país, a minha casa. Não podia pensar em mim! Não podia desistir!

Hoje estou aqui, vivo e de boa saúde. Talvez me sinta orgulhoso, talvez me sinta realizado. Eu consegui.

Flandres, 26 de março de 1918

O soldado de Infantaria Constantino Caldeira (Joana Ramos – 9.º B)

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O AMBIENTE VIVIDO NA 1ª GUERRA MUNDIAL

O ambiente sofrido por todos os países e pessoas das respetivas nacionalidades era indescritível, pois o país perdia milhões de soldados a combater nas trincheiras, mas a dor ainda era maior por parte da família dos soldados, pois não sabiam se eles voltavam.

Nas trincheiras, o ar que respiramos parecia que continha desespero, ansiedade, tristeza de não ter hipótese de poder voltar para junto da sua família e muito, mas muito 21

medo.

Pelos

caminhos

estreitos,

estruturados por muros de terra da altura de uma pessoa, há ratos e imensa lama, com pessoas mortas no chão, devido à falta de higiene e doenças, a serem devoradas por ratos.

Na linha da frente estão cerca de trinta homens a combater pela “Terra de Ninguém”, vedadas por arame farpado, havendo três soldados na linha da frente. A enfermaria estava um pandemónio com guerreiros com queimaduras graves, provocadas pelas novas armas que eram granadas e canhões de alcance, e também atingidos por balas.

O 2º pelotão de soldados estava prestes a entrar em combate para dar algum descanso aos seus poucos colegas sobreviventes, rezando para que a guerra acabasse rápido para poderem voltar para perto dos seus entes queridos.

Contudo, esta guerra ceifou milhões de vidas por causa de uns territórios que não faziam diferença a ninguém, HÁ QUE DIZER NÃO À GUERRA! Boa semana leitores!

O repórter, Ernesto Bonifácio Santos Leite (Tiago Bernardino, 9.º B)

O HORROR DO SUBSOLO 5 de fevereiro de 1918 Sobrevivência!

Sinceramente não sei como descrever o que vi, senão horror e desespero.

No dia 25 de janeiro de 1918 fui colocado numa trincheira, pelo diretor do Jornal “O Poveiro”, para fazer uma reportagem. O entusiasmo saltava dentro de mim, mas toda essa alegria passou quando realmente vi o que se passava, se a ideia que as pessoas têm sobre as trincheiras é tão má sem lá estarem, nem imagino o que grande parte das pessoas faria com apenas três dias lá.

De uma maneira simples nos éramos formigas, aquelas que, quando somos pequenos, admiramos por se deslocarem debaixo da terra cada vez mais para a frente; quando o dia corria bem podia ser que passássemos de um daqueles apertados túneis escavados no chão para um mais perto de casa.

Cada soldado tinha um objetivo diferente, mas fosse querer ser o herói do país ou tivesse sido obrigado, ambos se apercebiam de quão dura era a realidade, que assim como sobreviveram ilesos naquele dia, no seguinte poderia ser diferente e poderiam nem sobreviver.

O comunicado do dia era sempre o mesmo: “Diz aos meus pais que os amo!”.

Agora que estou cá fora estou aliviado, mas também preocupado pelas boas pessoas que conheci lá e que provavelmente não vou voltar a ver.

Posso dizer-vos que a pior experiência nessa semana foi ter que “arrumar” para o lado os pedaços do corpo de pessoas, com quem falei, para poder passar.

O terror e o ódio nunca estiveram tão fortes como nessa semana, a vontade que os soldados tinham de matar os inimigos era horrorosa, fosse para irem para casa mais depressa ou para vingarem um companheiro perdido, mas todos com um objetivo em comum: Sobreviver!

O repórter Francisco Seara, do Jornal “O Poveiro”, (9.º B)

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O DESESPERO… NINGUÉM IMAGINA!

Toda a gente pensa que a guerra irá trazer benefícios às tropas que foram mandadas para as trincheiras, pois pensam que a guerra irá ser curta e pouco mortífera, mas será isto verdade?

Mal cheguei às trincheiras, as tropas ficaram muito surpreendidas, pois nunca imaginaram que um jornalista fosse a um local tão perigoso.

As trincheiras são o local onde as tropas vivem na guerra. São escavações no solo, com várias divisões, umas de ataque, outras para elaboração de estratégias, também existe a enfermaria e locais de observação da trincheira do inimigo. Existe a terra de ninguém, que é o espaço que as tropas tentam conquistar.

A qualquer momento poderá haver um ataque, o som predominante que lá se ouve é o das metralhadoras. O caos era visível por qualquer pessoa. Havia muitos mortos no chão, pois não os conseguiam enterrar, e isto levava ao aparecimento de bichos e ratos, tornando a propagação de doenças de uma forma rápida, sendo a causa da morte de muitas pessoas.

As tropas estavam tristes, mas sempre atentas, pois um mínimo deslize poderia trazerlhes a morte. Conseguimos falar com alguns soldados. Um deles, Manuel Ferreira dos Santos, que deixou mulher e o filho em Portugal, para ir para a guerra. “Se soubesse que a guerra ia ser assim, tinha pensado duas vezes ao candidatar-me. Muitos dos meus colegas morreram devido às metralhadoras, mas não só, também devido às granadas, aos canhões, aos ataques de aviões e até ao gás tóxico. Não sei quando isto vai acabar, mas eu já não vou estar presente quando acontecer, pois já estarei morto”, afirma. A verdade é que, no dia seguinte, morreu com um tiro no peito. As suas últimas palavras foram “desculpa minha mulher e meu filho por vos deixar desta maneira”.

O dia-a-dia é de permanente terror. A comunicação é das coisas mais importantes e quando um soldado morre, a frustração dos seus colegas é enorme e só lhes apetece atacar os inimigos, mas sabem que isso só iria trazer as suas mortes.

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Por todo o lado havia mortos caídos, comidos por ratos. Isto devia-se à falta de higiene assim como a má alimentação, o que causava a morte.

Esta guerra é uma guerra totalmente desconhecida, nunca houve algo tão destrutivo.

A probabilidade de uma pessoa sair viva é quase nula e as pessoas estão a morrer por causas desnecessárias.

Esta guerra é o inferno.

O repórter, Rui Eugénio (João Santos – 9.º B)

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O MUNDO REAL… Assustador, vergonhoso e horrível são poucas das muitas palavras para descrever tudo o que está a acontecer.

O meu chefe de redação, do jornal “A República”, mandou-me fazer um exclusivo nas trincheiras.

Nesse mesmo momento não conseguia definir a minha vontade. Talvez estivesse com medo ou até com receio de não mais voltar a casa. Quando cheguei àquele complexo sistema de fortificações escavadas na terra, a que chamam de trincheiras, o horror era tanto que o meu coração congelou até que ouvi uma criança pedindo socorro. Fora atingida por uma bala.

O sangue escorria-lhe pelo corpo. Os seus gritos invadiam o meu espaço sonoro e, a pouco e pouco, o pobre rapaz juntou-se ao manto de nuvens que habita no céu. O que podia eu fazer?

Estava confuso, não sabia o que fazer. Mal tinha chegado e já uma parte de mim se tinha juntado à guerra.

As condições eram péssimas. Não havia nenhuma higiene, as pessoas cheiravam mal. Não havia qualquer cuidado com a saúde ou com a alimentação.

Os

mortos

estavam

espalhados pelo chão e eram, aos poucos, comidos pelos ratos. Quando chovia, tudo ficava em lama. Era terrível!

Na cara dos soldados era notável o sofrimento. Começavam a surgir rumores de que também eram seres humanos com uma vida pela frente, com uma família, com sentimentos.

Muitos estavam fartos, outros desiludidos, outros enfurecidos e outros inconscientes.

Não sabia o que sentia. Não sabia se era ódio de mim mesmo por não saber o que fazer ou se era raiva por nada poder fazer. Realmente não sei se seria capaz de ali estar simplesmente para defender o meu país, porque a vitória não apagava tudo o que lá vivi. Não apagava toda a tristeza, todo o sacrifício, toda a dor, todo o sofrimento.

Acho que nestas duas semanas vi o suficiente para perceber o quão dura é a vida na guerra. Depois de assistir a tantos ataques, tantos bombardeamentos, tantos gritos, tantas lágrimas, tanto sangue, tantas mortes percebi o quão injusta é a guerra.

O repórter de guerra, Constantino Faria, do Jornal “A República” (Pedro Freitas; Sofia Leite; David Lima; Joana Ramos - 9ºB)

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O ATAQUE SURPRESA – O DERRAME DE SANGUE

Há dois dias atrás, a equipa do jornal nacional “A República” partiu para a frente de batalha e presenciou um dos ataques mais sangrentos até agora conhecido.

Era um dia como todos os outros. Os soldados acordaram, mal o primeiro raio de sol invadiu a trincheira, levantaram-se e dirigiram-se para os seus postos cada um com uma expressão mais sinistra do que a dos outros. Os olhos estavam camuflados pela tristeza e pela escuridão da alma. Todos pareciam ser homens fortes e preparados para lá estarem, mas a verdade é que todos eles estavam destruídos por dentro, como se tivessem duas caras: à frente dos oficiais eram fortes, corajosos e destemidos, mas quando estavam sozinhos ou uns com os outros choravam e suplicavam para voltarem para as suas famílias, porque tudo o que pensavam sobre a guerra e que lhes tinha sido transmitido (de que a guerra seria breve e que seriam soldados aclamados e reconhecidos pela pátria) não passava de uma mentira que os arrastou para esta guerra tão mortífera e sem fim.

O capitão ordenou que dois soldados fossem à «terrade-ninguém» para uma missão de

reconhecimento.

Quando

voltaram, o capitão anunciou que o inimigo estava próximo e que dali a instantes todos os soldados deveriam ocupar os seus postos de combate na trincheira para dispararem contra o inimigo.

Todos os elementos da minha equipa, onde eu me incluía, escondemo-nos por de trás de uma parede de madeira, perto do posto de observação, de forma a protegermo-nos e a podermos relatar cada momento de ataque.

De repente, ouvi o barulho do motor de um avião e, por isso, olhei para cima. Nesse momento, o meu coração gelou por completo. O capitão gritou o mais que pôde para todos os soldados se abrigarem, mas o avião largou as bombas que estavam presas a si. Foi o caos!...

Ninguém estava preparado para um ataque vindo do ar, por isso todos os esforços foram inúteis. Só se via sangue, mortos, lágrimas, ouviam-se gritos, tiros, explosões… os ataques

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vinham de terra e do ar… ninguém se organizava… o capitão gritava, mas todas as ordens pareciam ser em vão… era o caos! Os soldados não podiam fazer nada a não ser disparar e esperar que alguém os matasse ou que um dos oficiais desse ordens para a retirada. Enquanto isso os homens morriam e, à medida que cada um entregava a alma à escuridão da guerra, parecia que as nuvens se apercebiam de todo o caos na terra e, então, começou a chover…

A água da chuva inundou as trincheiras e os soldados estavam todos molhados, enlameados e ensanguentados. Eu chorava compulsivamente como se nunca tivesse chorado na vida. O mundo à minha volta estava desfeito, destruído… O meu coração batia cada vez com mais força como se fosse contagiado pela dor e raiva dos soldados. As armas estavam todas espalhadas pelo chão ao lado dos corpos dos soldados já defuntos.

O mundo parecia desabar, tudo parecia ser destruído, a morte estava à porta de cada um de nós que a tentávamos fintar o mais que podíamos.

Enquanto tudo isto acontecia, um soldado caiu na zona de observação… tentámos falar com ele, mas apenas balbuciou entre lágrimas: “A guerra consome-nos todos os dias, obriganos a entregarmo-nos, resta-nos o nosso coração que depois de tanto mal, espero que esteja puro o suficiente para partir em paz”. Nesse momento o coração deixou de bombear sangue.

Uma bala tinha-o atingido no abdómen. A alma do soldado partiu e juntou-se ao manto de nuvens que existia no céu e lutava pela paz… a guerra continuou…

24 de outubro de 1918 O repórter Manuel Lopes, Jornal “A República” (Sofia Leite – 9.ºB)

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O PAPEL DAS MULHERES NESTES DIAS

Todos os homens que conheço foram para a guerra. Deixaram vagos os lugares na casa, no trabalho, nas vidas. Mas a vida continua. Tem de continuar. Mas quem vai agora ocupar os ofícios desses homens que agora lutam pelo país? As mulheres!

Esta guerra fez com que as mulheres entrassem no mercado de trabalho o que demonstrou que elas são uma força produtiva a serviço do governo. Ao longo dos anos a mulher tem representado um papel diferente na nossa sociedade: a educação das crianças, tarefas domésticas, entre outros. Mas agora é necessário mão-de-obra. Começaram por ocupar trabalhos nas fábricas de munições e armamentos de guerra que são usados nos campos de batalha. Agora, também conduzem o metro, autocarro, executam reparos em navios, trabalham nos estaleiros da marina e fazem serviços de eletricistas, encanadoras e empreiteiras.

Repórter Bonifácio do Jornal “O Poveiro” (Sofia Seara - 9ºB)

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O AVANÇO DA NOSSA SOCIEDADE OS NOVOS MEIOS E ARMAS

Esta grande guerra abriu horizontes para novos meios e novas armas que fizeram com que esta guerra se tornasse destruidora e, por isso, até há quem diga que tudo isto começou devido a um choque de tecnologias.

Os canhões de grande alcance, as granadas, o gás, os tanques e as metralhadoras, desenvolveram no homem uma enorme vontade de destruir tudo por onde passa tornando as nossas planícies e montanhas num espaço para morrer.

Os aviões e os submarinos são transportes magníficos e é espantoso como o ser humano conseguiu pôr algo daquele tamanho a voar pelos céus e a navegar pelos mares, mas infelizmente não pelos melhores motivos.

Esta guerra tornou-se aterradora ao ponto de acharmos que a qualquer momento podemos ser atingidos por uma bomba vinda do céu ou do oceano.

Nunca ninguém imaginou que este conflito chegasse ao ponto de termos medo de nós próprios.

Avião

Metralhadora

Submarino

Repórter Bonifácio do Jornal “O Poveiro” (Sofia Leite – 9ºB)

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O QUOTIDIANO NAS FÁBRICAS

Fomos visitar algumas fábricas e ver o seu cenário: Com a entrada de Portugal na 1ª Guerra Mundial, a 9 de março de 1916, as poucas fábricas existentes no país começaram a trabalhar “a toda a força”. Além da produção de armas e materiais de guerra, também as fábricas de racionamento alimentar, aquelas que serão responsáveis por produzirem alimentos para alimentar os nossos soldados, começaram a trabalhar numa agitação constante.

Por isso mesmo fomos observar e testemunhar a vivência da mão-de-obra feminina, pois são as mulheres que estão nas fábricas enquanto os maridos estão na guerra. É a estas que compete trabalhar no mínimo 12 horas por dia e cujo tempo de descanso para almoçar ou lanchar é pouco ou quase inexiste. São responsáveis por trabalhos duros e difíceis, desde carregar e suportar pesos até à limpeza e manutenção das máquinas.

Algumas delas não passam apenas de mão-de-obra explorada, que no fim de contas para além de estarem sujeitas a pesadas cargas horárias, não recebem salários equivalentes ao tipo de trabalho realizado e ao número de horas de trabalho.

Como repórter, mas sobretudo como ser humano, não consigo esconder a tristeza e a mágoa de ver mulheres sujeitas a todo tipo de trabalhos, desde a produção de balas, até ao fabrico de transportes de guerra, enquanto os filhos estão em casa ou na escola, perdidos ao acaso e os maridos na guerra, muitas vezes sem saberem nada deles.

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O ambiente aqui vivido numa fábrica, perto do centro da cidade, de conservas alimentares é de insatisfação e preocupação. Por vezes, ouvem-se comentários: Porque é que tínhamos de entrar na guerra? A verdade é que perguntas como esta são muito comuns entre quem vê o seu trabalho ser brutalmente sacrificado, para, no fim de contas, andarem aí aos tiros 31

uns aos outros.

Noutra fábrica em Inglaterra, o cenário é bastante

idêntico.

Desta

vez

de

produção

de

automóveis, onde as condições são ainda piores, pois estas mulheres carregam todo o tipo de materiais, e apesar de não perceberam muito de como se constrói um automóvel, elas lá trabalham num ambiente de revolta e com o estômago vazio, pois não têm intervalos.

Pergunto-me pois: como será possível tão pouco tempo para descansar, estar com os filhos ou simplesmente escrever uma carta ao marido e esperar que este responda, dizendo que está bem e que apesar dos constantes bombardeamentos sobreviveu.

Este é o cenário de trabalho duro e difícil, de todas as mulheres, esposas e mães que trabalham nas fábricas portuguesas, inglesas, alemãs e um pouco por todo o mundo desde o início desta terrível guerra que parece não ter fim.

Foi isto que pude constatar e que despertou em mim uma enorme revolta.

Força Mulheres!

O repórter João Jacinto (Cristiana Moura – 9ºD)

O AVANÇO DA MEDICINA – A PRIMEIRA CIRURGIA PLÁSTICA NOTÍCIAS DE ÚLTIMA HORA:

O médico neozelandês Harod Gillies, comovido com a triste realidade de ex-combatentes terem retornado de batalhas completamente desfigurados, decidiu revolucionar a medicina e tornar o ano 1916 um ano revolucionário para os ex-soldados que 32

não conseguem integrar-se na nossa sociedade por estarem completamente diferentes de todos nós. Como cada vez que tentava suturar uma ferida aberta acabava sempre em cicatrizes horríveis, Gillies tentou um novo procedimento com Willie Vicarage.

Willie Vicarage, um marinheiro britânico, ficou com o seu rosto completamente desfigurado devido a um tiro durante a terrível Batalha de Jutlândia. Gillies decidiu utilizar um grande retalho de pele proveniente do peito de paciente fazendo um tubo, o que assegurou o fornecimento natural de sangue e assim conseguiu reduzir as hipóteses de infeção e rejeição uma vez que a pele pertencia ao marinheiro.

Harold Gillies conseguiu fazer a primeira cirurgia plástica podendo salvar, assim, muitas autoestimas e muitas vidas socias dos ex-combatentes, por isso fez a diferença nesta Grande Guerra.

O Repórter Clemente (Sofia Leite – 9ºB)

Queridos pais:

Nos primeiros quatro dias de trincheira vivi uma guerra mais defensiva do que ofensiva, em que a expectativa sobre o que ia acontecer me dominava. Ao sexto dia aconteceu o primeiro bombardeamento.

Iniciou-se o caos alguns morreram, mas não muitos, esperava pior. Uma semana depois eu 33

mesmo choquei com um soldado da trincheira oposta na terra-de-ninguém, mas, rapidamente, alguém por detrás de mim disparou sobre ele e nada me aconteceu. Ainda assim corremos grandes perigos visto que podemos ser atacados por aviões, tanques...

Mas

metralhadoras,

para

nos

defender

temos

canhões, gases asfixiantes e

explosivos.

Tenho que admitir que tive medo, mas já passou. Ontem choveu a potes e isto ficou o fim do mundo, tudo cheio de lama. Muitos estão doentes e muitos estão por aqui mortos no meio do chão. Se chegar a minha hora é porque tinha de chegar. Custa-me estar aqui, mas sei que quando chegar aí vou ter fama e glória.

Envio esta fotografia tirada no dia do embarque para se recordarem de mim, um futuro herói desta maldita guerra.

Vou tentando escrever-vos e dar-vos notícias. Um grande abraço e espero que estejam bem.

Beijinhos do vosso filho, com saudade!

António Girondino (Patrícia Matos e Joana Ramos – 9ºB)

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Os nossos trabalhos em Fotografias!

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Maquete elaborada com materiais reciclados, em trabalho de grupo, pelas alunas Isabel Faria, Diana Filipa, Mariana Barreto, Francisca Pereira – 9.º C

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Maquete de uma trincheira com pormenor da enfermaria. Trabalho de grupo elaborado com materiais reciclados pelos alunos: Mariana Costa, Kevin Cunha e Hugo Castro – 9.º D

Maquete de uma trincheira com pormenor da enfermaria. Trabalho de grupo elaborado com materiais reciclados pelos alunos: Mariana Costa, Kevin Cunha e Hugo Castro – 9.º D

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Maquete de uma trincheira com pormenor da enfermaria. Trabalho de grupo elaborado com materiais reciclados, em trabalho de grupo, pelos alunos: Mariana Costa, Kevin Cunha e Hugo Castro – 9.º D

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Maquete elaborada com barro e materiais reciclados, em trabalho de grupo, pelos alunos Lourenço Pinheiro, Leonor Coelho, Eduarda Lopes, Guilherme Almeida – 9.º A

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Maquete elaborada com materiais reciclados, pelo aluno Fábio Marques – 9.º B

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Maquete elaborada com materiais reciclados, pela aluna Shayenne Oliveira – 9.º A

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Exposição “ A Povoa de Varzim e a Grande Guerra” - painéis itinerantes da Biblioteca Municipal Rocha Peixoto.

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Jornal de parede, elaborado em trabalho de grupo, pelos alunos Sofia Seara, Sofia Leite, Joana Ramos, Patrícia Matos, David Lima (elaboração de textos), Tiago Bernardino, Tomás Carriço (edição do jornal), Juliana e Beatriz Gomes (grafismos) – 9.º B

Jornal de parede, elaborado em trabalho de pares, pelos alunos João Ribeiro e Simão Magalhães – 9.º A

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Jornal de parede, elaborado em trabalho de pares, pelos alunos Diogo Lopes e Daniela Gonçalves – 9.º C

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Jornal de parede elaborado pelo aluno Guilherme Monteiro – 9.º A

Jornal de parede, elaborado em trabalho de grupo, pelos alunos Ana Maio, Cristiana Moura, Helena Viana, Maria de Jesus – 9.º D

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Jogo das quatro casas – as mulheres na 1.ª Guerra Mundial. Trabalho de grupo elaborado pelas alunas Beatriz Coelho, Diana Carvalho, Madalena Carvalho, Sara Silva – 9.º D

Jornal de parede, elaborado em trabalho de pares, pelas alunas Beatriz Sousa e Sara Gomes – 9.º B

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Jornal de parede, elaborado em trabalho de grupo, pelas alunas Ana Sofia, Ana Rita, Carla Laúndes – 9.º A

Jornal de parede, elaborado em trabalho de pares, pelos alunos André Paulo, João Cunha – 9.º A

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Trabalho elaborado em grupo, pelos alunos Flávio Fonseca (texto), Diogo Agra (ilustração) e Bruno Antunes (edição) – 9.º D

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Quadro, elaborado em trabalho de grupo, pelas alunas Tatiana Costa e Inês Miranda – 9.º D