Revista Confins da Terra - Tribo Karaja

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CONFINS DA TERRA Revista Transcultural da Missão Novas Tribos do Brasil Ano 44 Nº 142 Jul. - Ago. 2010

Arquivo da MNTB

KARAJÁ


MISSÃO NOVAS TRIBOS DO BRASIL AMAZONAS Sede do Setor Oeste da MNTB Caixa Postal 1421 Manaus - AM CEP: 69065-970 Fone: (92) 2127-1350 FAX: (92) 2127-1355 novastribos@argo.com.br BAHIA Antônio Junior Silva Rua Potiguar, 26 Cocisa Parique - BA CEP: 40810-690 antoniosssjunior@yahoo.com.br CEARÁ José Wagner e Aureluce Salgado Rua Chagas Miguel, 304 Caucaia - CE CEP: 61615-200 Fone: (85) 3342-0574 salgadosal@hotmail.com www.missoesindigenas.blogspot.com GOIÁS Sede da MNTB Caixa Postal 1953 Anápolis - GO CEP: 75040-970 Fone: (62) 3318-1234 FAX: (62) 3318-2000 divulgacao@mntb.org.br Josias e Sara Cambuy Caixa Postal 1953 Anápolis - GO CEP: 75040-970 Fone: (62) 3318-1234 familiacambuy@hotmail.com MINAS GERAIS Daniel e Beth Templeton daniel_templeton@ntm.org Elizeu e Miriam Pedro elizeu.mirian@uol.com.br Caixa Postal 29 Jacutinga - MG CEP: 37590-000 Fone: (35) 3443-3073 Cláudio e Célia Guimarães Rua Jordino Francisco dos Reis, 136 Bairro Bela Vista CEP: 37557-000 Congonhal - MG Fone: (35) 3424-1181 claudioceliaguimaraes@yahoo.com.br

Uma associação missionária de fé, fundamental em sua doutrina e de caráter indenominacional, formada de crentes dedicados à evangelização dos povos indígenas.

PARANÁ Robson e Emília Abreu Caixa Postal 10051 Londrina - PR CEP: 86057-970 Fone: (43) 3327-3629 robemi@uol.com.br

SEDE GERAL

SÃO PAULO Escritório de Representação Rua 24 de Maio, 116 - 2ºand. Sl.6 São Paulo - SP CEP: 01041-000 Fone/Fax: (11) 3223-2395 saopaulo@mntb.org.br

CAIXA POSTAL, 1953 75040-970 Anápolis - GO Telefone: (62)3318-1234 Fax:(62) 3318-2000 mntb@mntb.org.br www.mntb.org.br

Vasti de Senna Rua Luciano Bronizzi, 106 Vila Isolina Mazzei São Paulo - SP CEP: 02083-120 Fone: (11) 3461-4626 Cel: (11) 8395-6642 e-mail: vastisenna@gmail.com Assis e Maria Eli da Silva Alameda Água Marinha, 81 Jd. Est. Brasil CEP: 12949-122 (Cond. Recanto Tranquilo) Atibáia - SP Fone: (11) 4415-2122 assis-eli@uol.com.br Orlando e Jussara de Paula Rua Fiorentino Felipe, 90 B. Baeta Neves CEP: 09760-380 São Bernardo do Campo - SP Fone: (11) 3412-3910 orlando.jussara@hotmail.com Marcos Tadeu e Zilma Torres Rua Vitorino Carmilo, 830 Bl. B Aptº134 Campos Elisios 01153-000 São Paulo - SP marcos.torres@uol.com.br Sandro e Hope Rancan Rua Eriberto Cursi, 98 Planejada 1 CEP 12922-130 Bragança Paulista - SP Fone: (11) 4415-1416 sandro_rancan@ntm.org RIO GRANDE DO NORTE Israel e Andreia Santos Rua Antônio Gomes de Oliveira, 17 Bairro Alta de Souza CEP: 86057-970 Macaíba - RN Fone: (84) 9170-6102

PRESIDENTE Miss. Edward G. da Luz POLÍTICA FINANCEIRA DA MISSÃO Os obreiros que servem com a Missão Novas Tribos do Brasil não recebem sustento da Missão, pois a mesma não tem recursos próprios nem é subvencionada por uma igreja ou denominação. Os missionários são sustentados por suas igrejas ou por ofertas voluntárias individuais. Fone (62) 3318-1234 E-mail: tesouraria@mntb.org.br. COMO CONTRIBUIR Enviar sua contribuição em nome de "Missão Novas Tribos do Brasil” Bradesco S/A, agência 240-2 Conta Corrente nº 30.814-5 IMPORTANTÍSSIMO: Sempre avisar-nos, por meio de uma das opções abaixo, quem está dando a oferta, a quem ela se destina, o valor e a data da remessa. Telefone: (62) 3318-1234 Fax: (62) 3318-2000 Correio: Caixa Postal 1953 75040-970 - Anápolis, GO tesouraria@mntb.org.br

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Viagem pelas tribos do Brasil Iniciamos na edição 137 uma série que passará pelas tribos onde a MNTB atua. Desafios, informações culturais, curiosidades, experiências e muito mais esperam por você. Faça HOJE mesmo a sua assinatura e participe conosco desta viagem.

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R$ 20,00 Por um ano 4 Edições Caixa Postal 1953 Anápolis - GO - CEP: 75040-970 Fone: (62) 3318 - 1234 revista@mntb.org.br www.mntb.org.br

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CONFINS DA TERRA PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL DA MISSÃO NOVAS TRIBOS DO BRASIL Redação Caixa Postal 1953 75040-970 Anápolis, GO Telefone: (62) 3318-1234 Fax:(62) 3318-2000 divulgacao@mntb.org.br Conselho Editorial Missª. Diva Cunha Miss. Jadir Siqueira Editoração Missª. Diva Bueno Cunha Revisão Miss. Jadir Siqueira Assinaturas Jefferson Jean da Silva revista@mntb.org.br Programação Visual Jefferson Jean da Silva

Capa Marcos Wyra Wyra Karaja, da Aldeia Macaúba, Ilha do Bananal TO Impressão Poligráfica (62) 3280-2000

Carta ao Leitor Prezado Leitor, A Revista Confins da Terra tem como objetivo, levar para perto de nossos leitores aquilo que a muito tempo ficou distante. Informações sobre o trabalho que missionários têm feito entre povos indígenas no Brasil e fora dele. Mostrar o agir de Deus nos Confins da Terra resultando em indígenas sendo salvos, tendo vidas transformadas, igrejas sendo plantadas, orações sendo respondidas e a Igreja do Senhor sendo fortalecida. Esses resultados só são possíveis pela parceria entre igrejas locais e missões, somos uma engrenagem e cada peça, por menor que pareça ser, é indispensável para que o Evangelho continue chegando até aos Confins da Terra. Nesta edição vamos conhecer um pouco do trabalho realizado entre o povo Karajá. Conhecer os missionários e um pouco da Cultura que dirige este povo. Nosso desejo, é que ao lerem esta revista sejam desafiados e edificados ao verem como Deus tem trabalhado e transformado vidas. Queremos esclarecer que nossa revista é trimestral, e normalmente sai nos meses de fevereiro, maio, agosto e novembro. Não deixe de levar os pedidos de oração para sua igreja. Faça parte desta grande Obra, sendo um intercessor!

Veja nesta edição...

Boa Leitura! Equipe Editorial

Tiragem 2500 Distribuição Missão Novas Tribos do Brasil Os artigos assinados são de responsabilidades exclusivas de seus autores. É expressamente proibida a reprodução, total e parcial, do conteúdo da revista, sem prévia autorização dos titulares dos direitos autorais. Missão Novas Tribos do Brasil

Palavra do Leitor...................................................04 Biografia...................................................06 Notícias dos Campos...........................................08 Voz do índio..........................................................10 Reflexão...............................................................12 Atualidades.....................................................14

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Você Sabia??? Sugestões apresentadas por leitores 1-Pontuar as prioridades quanto às necessidades dos campos, desafiando os leitores a ajudar, dando opções de como podem fazer isto. Pessoalmente, não me chama muito a atenção as matérias que trazem histórico, não sou saudosista, gosto de novidades, de interceder e de desafios. Loide Cruz Parlato – São Paulo - SP

2- Que as revistas tenham mais páginas, para que se possa ter mais o que ler, e que seja editada por bimestre. Nelson Nosvitz – Guaratuba – PR

3- Que tomemos conhecimento real das perseguições sofridas pelos obreiros e Missões. Quero participar de uma rede, um portal de intercessão. Marilene Ferreira Marques – Ipatinga – MG

4-Sugiro que a revista apresente matéria sobre Deus agindo milagrosamente, grandes feitos nos campos, pelo caráter de dependência de Deus, aprecio os históricos de atividades nos campos e quero cooperar sugerindo que contenha mais notícias sobre resposta de orações. Dr. Luiz Antônio F. Monteiro da Cruz – Tabapuã - SP

Nota da Redação: Agradecemos muito as sugestões que nos foram apresentadas e na medida do possível desejamos usá-las na revista “Confins da Terra”. Na última edição da mesma, noticiamos o “Projeto SOS Marari” devido a uma necessidade do povo Yanomami, que em parceria com Asas de Socorro programamos solucionar. Louvamos ao Senhor porque o povo de Deus respondeu maravilhosamente e a Igreja Yanomami do Marari - AM viu suas orações respondidas.

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Na cultura Karaja existe uma coisa chamada bròtyre. Quando alguém tem seu primeiro filho fica tão alegre que aceita um grande desafio. Alguém se apresenta para experimentar a comida do recém nascido e pede um presente: um brinco de dente de filhote de capivara enfeitado com penugens de arara . Então o sortudo tem que achar uma capivara grávida, matá-la e tirar o dente do filhote, e fazer um brinco com esse dente. É um grande desafio, mas também é uma honra, pois alguém comeu da comida da criança. Bròtyre pode ser qualquer coisa, uma canoa, espingarda, remo, o que a pessoa quiser. Missão Novas Tribos do Brasil


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Povo karajá Ser criança para os karajá É ter muitos privilégios, assim cantam em sua língua: Ajue, alisi, rexidy, roony, Tainá, rirauxi, Deuxu reysa riwahiny... Arquivo da MNTB

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Ao sorrir.... Arquivo da MNTB

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Ao pescar....

Ao nadar....

Deus nos dá satisfação

Como brincam as crianças na etnia Karajá? Entre pescar, nadar, andar de canoa... Que tal preparar o brinquedo antes? Arquivo da MNTB

E brincar de hatàrira você sabe o que é? É o que chamamos de «Amarelinha»

Agora é só brincar...

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Localização e População: Os Karajá estão distribuídos entre os estados de Goiás, Mato Grosso, Pará e Tocantins. Dividem-se em treze aldeias com uma população em torno de 2.532 indígenas.

Contatos com Missionários: Os Karajá já tem contato com o evangelho a muitos anos. Hoje já possuem o Novo Testamento traduzido, e alguns cânticos. Os Missionários estão em processo de fortalecer os crentes para estabelecer uma igreja entre este povo.

Aldeias: Praticamente as treze aldeias ficam beirando o rio. Isso faz com que sua alimentação seja rica em pescados. suas aldeias ficam próxima as cidades facilitando o comercio entre eles.

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As bonecas são feitas de barro, preparadas pelas tias ou primas Arquivo da MNTB

O circulo abaixo dos olhos é uma características e identidade do povo Karajá

Artesanato: As mulheres fazem muitos cestos de fibra de Buriti, esteiras, colares e brincos. Os homens trabalham mais com Pau-brasil, fazendo remos, bordunas, lanças e outros tipos de enfeites. As bonecas de barro são conhecidas em muitos lugares.

Foto Google

Gostam também de ouvir Histórias... Foto Google

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Crenças: Crêem que a vida continua na sepultura, por isso cada um tem sua cova e são enterrados próximos dos parentes. Se enfeitar também é divertido.

É tempo de cara feia? Não!

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Só se nosso bichinho de estimação sumir...

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BIOGRAFIA

IDENTIFICAÇÃO Wanda Elizabeth Aren nasceu na cidade de São Paulo, no dia 08 de dezembro de 1930. A sua mãe Maria Affonso Aren havia aceitado Jesus Cristo como seu Salvador quando jovem e seu esposo Justo Aren só depois de alguns anos. CONVERSÃO Wanda se converteu ainda bem criança e foi batizada aos doze anos de idade, através de um missionário. Anos mais tarde, foi desafiada para missões, porém como ainda estudava, sua mãe a aconselhou terminar os seus estudos. Assim ela continuou, fez o Curso Normal (magistério) no Instituto de Educação Caetano de Campos. D E C I S Ã O D E S E RV I R O SENHOR Após este curso sentiu a direção de Deus para fazer o Curso de Evangelista de Crianças da APEC. O mesmo lhe foi muito útil na Igreja, e anos mais tarde, também para ensinar aos indígenas. Lecionou três anos e meio em São Paulo e Deus, o Senhor da Seara a incomodou novamente sobre a necessidade das pessoas que estão sem Cristo. Desejando obedecer ao Seu Mestre e Senhor entrou no Instituto Bíblico do Brasil, que funcionava na Igr. Cristã Evangélica Pires da Mota em São Paulo. Lá conheceu o Rev. Paul Guiley, que convidou os alunos interessados pela obra indígena, para com ele iniciarem um Instituto Bíblico e ela aceitou o convite. O Rev. Guiley e seu colega de ministério, missionário Frank Lee, pediram a Wanda que escolhesse o nome para o mesmo. Ela optou pelo

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nome “Peniel”, que quer dizer “Face a face com Deus.” D. Maria Prado, doadora do terreno, onde funciona até hoje o Instituto Bíblico Peniel, exigiu que fosse convidada uma professora para organizar uma escola para dar às crianças da região oportunidade de estudar até a 4ª série do ensino fundamental. Wanda foi essa professora, ela organizou a Escola Particular de Peniel e a registrou na Prefeitura de Jacutinga – MG. Devido à carência de professores Wanda orientou estudantes do I.B.Peniel em como alfabetizar. NO CAMPO MISSIONÁRIO Após cinco anos de preparo ela seguiu para o campo missionário, ao povo indígena Karajá na aldeia Macaúba, Ilha do Bananal. Chegando em Macaúba, em janeiro de 1961, ela encontrou os missionários Thomas e Marilyn Pope, Margare Powell e David e Grethen Fortune, missionários da SIL(Sociedade Internacional de Linguística). Logo Wanda iniciou as aulas de alfabetização para uma classe mista de crianças karajá e sertanejas da região. Enfrentou alguns problemas culturais, mas confiou em Deus e foi vitoriosa. Neste mesmo ano chegaram a Macaúba os missionários Melvin e Rosa Maria Royer e filhos. Em 1963 Sr. Melvin e os novos missionários Edward e Margareth Harper, resolveram abrir um novo trabalho em Mato Verde (hoje Luciara) e Wanda foi também. Em épocas de chuvas os karajás mudavam-se para a periferia daquela pequena cidade, na seca, como é chamado o tempo sem chuvas, voltavam a morar nas praias do Rio Araguaia, perto de Luciara – MT.Com o trabalho desta equipe alguns indígenas karajá conheceram a Cristo como seu Salvador. Em fevereiro de 1965 Wanda ganhou uma colega, a missionária Almerinda Pereira dos Santos, que fora desafiada a trabalhar com o povo karajá, pelo Pr. Rinaldo de Mattos, missionário entre os Xerente. Almerinda foi a Mato Verde (Luciara) e onde foi muito bem recebida por Wanda e a família

Harper, que atuavam ali. Neste mesmo ano, em maio, Wanda e Almerinda foram trabalhar em Santa Isabel do Morro, outra aldeia karajá. O Posto Indígena estava sob a direção do antigo SPI (Serviço de Proteção ao Índio). Almerinda comenta: “Ai conheci melhor a Wanda, ela me ensinou várias coisas, sempre muito disposta, no trabalho, não media sacrifício, fazia a obra com muita dedicação e amor. Fiquei impressionada como amava o povo e era muito alegre. Ensinava às crianças histórias bíblicas com muita eficiência. Era ótima professora. Louvo a Deus também pela sua prontidão em repartir, é misericordiosa, dom que sem dúvida recebeu do Senhor da sua vida. Exemplo no pedir perdão, quando percebia que havia cometido alguma falta. Nunca retrocedeu, mas sempre trabalhando para ver pessoas transformadas pela Palavra de Deus.” O trabalho não foi fácil, elas dependiam inteiramente do Senhor. Nesta época não havia professores nem enfermeiros. Davam aulas pela manhã para crianças e adolescentes num total de quatro turmas, uma saía e a outra entrava. Á tarde as duas saíam visitando as famílias levando medicamentos às pessoas que estavam com malária. Levavam também um gravador com mensagem de salvação na língua karajá. Alguns indígenas entenderam e foram salvos por Cristo. Depois de tudo, ministravam aulas noturnas para os adultos, com isso não lhes sobrava tempo para o estudo da língua como desejavam. Foram cinco anos de muito trabalho, mas fizeram boas amizades. Em fevereiro de 1970 Wanda e Almerinda foram para Macaúba onde atuaram como missionárias, mas em junho de 1971 a Missão Novas Tribos do Brasil decidiu entregar o trabalho para outra missão, que reivindicava seu direito, por ter chegado ali primeiro, e elas ficaram em outras atividades dentro da própria MNTB.

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então Wanda e Almerinda treinaram mais seis rapazes. Esse trabalho de alfabetização bilingue correspondia até ao início da 2ª série do ensino fundamental. Em seguida era introduzido um curso de transição, onde se aprendia um pouco mais de português escrito e falado. Em 1977, Wanda preparou um livro de Estudos Sociais para as crianças com a ajuda de um professor karajá, escrito em seu idioma e traduzido para o português, intitulado “Iny Bededyynana” que quer dizer: “ E s t u d o s S o c i a i s ” .

Quanto ao trabalho missionário em Macaúba, continua com uma equipe atuante, há vários convertidos e uma igreja em formação, graças a Deus. Wanda Elizabeth Aren atualmente está vivendo no Residencial Hebrom, em Anápolis – GO, local que a MNTB preparou para acolher os missionários idosos. Contudo, continua pregando o Evangelho quando tem oportunidade e está escrevendo um livro histórico sobre o trabalho missionário karajá. Almerinda Pereira dos Santos, missionária colega da Wanda por 45 anos. Atualmente morando com ela para lhe dar apoio.

VIDA MISSÍONARIA

Conheça o casal de missionários Josué e Ivanete Lima

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A Profª Idelva da FUNAI, Margaret Alford da SIL, Wanda e Almerinda iam em cada uma das seis aldeias para avaliar o aproveitamento em sala de aula, e forneciam relatórios à FUNAI. Assim continuaram até que se formou a primeira turma. A segunda turma foi até 1981 quando terminou o curso. Este programa foi muito bom para as aldeias que receberam professores da sua própria gente. Mais tarde com o aumento da população infantil, houve necessidade de aumentar o número de alfabetizadores na aldeia Macaúba,

Quem são eles? Josué e Ivanete são baianos, ela de Entre Rios e ele do Alto do Cajueiro, distrito de Tremedal-BA. Desde cedo em suas vidas conheceram e creram no Evangelho. Louvam o Senhor por receberem desde a infância, a influência de pessoas compromissadas com o Senhor, Josué, sua mãe, D. Almerinda e Ivanete entre outros o Pr. Samuel Barreto, em Itabuna – BA, que pregava sobre as necessidades dos povos selvícolas. Como se conheceram Josué começou a trabalhar numa transportadora em Vitória da Conquista – BA e foi crescendo até a promoção para gerenciar uma das filiais em Itabuna, onde Ivanete morava. Lá se integrou ao grupo de jovens da 1ª Igreja Batista, e apesar das muitas meninas que amavam a Deus naquele grupo, seu coração logo se inclinou para Ivanete. Decisão para servir a Deus Em 1979, Josué voltou para Vitória da Conquista e foi aceito como membro da Primeira Igreja Batista, onde a visão por missões fluía em todas as direções. Freqüentando a classe da EBD “Comandados por Cristo” especial para os candidatos a missões, liderada pelo seminarista Mirivaldo, lá seu amor pelos povos nativos foi aumentando. Lia livros sobre missões, assistia a filmes, ouvia testemunhos de missionários e principalmente o constante desafio do Pr. Gerson Rocha. Tudo convergiu e viabilizou a sua decisão de estudar no Instituto Bíblico Peniel, o que aconteceu em janeiro de 1980. O Pr. Carlos Taylor, representante da MNTB, visitou a região e nesta ocasião Ivanete fez decisão de se preparar para a obra, no Instituto Bíblico Peniel. Em 1983 Josué e Ivanete se casaram e continuaram sua preparação para ingressarem na obra missionária. Campo missionário Em 1984, o casal chegou entre o povo karajá. Enquanto estudavam a língua e a cultura e se envolviam bastante com os jovens, Deus mostrou-lhes Seu propósito de mantê-los ali como missionários para ensinar a Palavra de Deus, batizando os que criam e treinando líderes. Ivanete ficou com a difícil tarefa de administrar a área de saúde de 274 pessoas, sendo ela técnica em enfermagem. Ao mesmo tempo tinha que estudar a língua e a cultura interagindo com seus pacientes karajás, sempre visando um dia poder comunicar o Evangelho de forma transcultural. Depois de dois anos veio o primeiro filho, Isaac, dois anos após o segundo, Tito, e mais três anos o terceiro, Tales. Foram anos de lutas e sofrimentos, mas a recompensa está diante de seus olhos: vidas louvando a Deus na aldeia! Crianças que foram tratadas e escaparam da mortandade; agora têm filhos grandes e um carinho todo especial por aquela que os acompanhou desde o cortar do umbigo. O casal morou durante sete anos na aldeia até a idade escolar dos filhos. Em 2000 foram a Lagoa da Confusão – TO, provisoriamente, até chegar a Formoso do Araguaia o que aconteceu em 2002, com o objetivo de trabalhar com o povo Javaé, uma etnia da mesma raiz do povo karajá com algumas diferenças dialetais. Nesta cidade incrementaram o nascimento de uma igreja, onde levaram quinze pessoas a Cristo, que sempre os recebem bem, quando por lá passam. Foi uma fase difícil, pois o trabalho principal era com os índios da Aldeia de Boto Velho, às margens do rio Javaé, 56 km de estrada de terra. Em 2002 Josué foi lecionar no mesmo Instituto que estudara há vinte anos atrás; em 2004 foi solicitado seu retorno para Macaúba, onde permanecem até quando o Senhor os quiser ali. Atualmente a família mora em Santa Terezinha – MT, e vai periodicamente à aldeia Macaúba, na Ilha do Bananal, para os ensinos, cultos e reuniões nos lares, onde ensinam a Palavra de Deus juntamente com a equipe missionária. Atividades sociais O casal desenvolveu vários projetos sociais tais como: saúde preventiva, erradicação da malária, carpintaria, construção de casas de alvenaria, construção de latrinas, água potável para as famílias, conhecimento básico em motores a explosão e como digitação ainda era um sonho, ensinou também datilografia. Família Os filhos criados, trabalhando e cursando a faculdade, tendo um deles, Isaac, já quase entrando numa aldeia para levar avante o bastão. Missão Novas Tribos do Brasil

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TRIBO PACAAS NOVOS - RO Equipe Missionária: Aérica Lopes, Luciene Sacramento, Maria Tereza Mantovani, Thomas e Claudeliz Ferrel, Valmir e Fátima Barros. Manfred e Bárbara Kern – que trabalham na tradução, mas por motivo de saúde residem na Alemanha. Ensinos bíblicos, alfabetização na língua indígena, assistência social, capacitação para a liderança da igreja Pacaas Novos e tradução bíblica, estas são algumas das tarefas que a equipe de missionários realiza no seu dia a dia nesta aldeia. Os crentes indígenas estão com as mãos no arado dando sua parcela de ajuda: “Como é gratificante ver e ouvir os pastores Pacaas Novos ensinando na sua própria língua! Jovens e adultos cantando hinos de louvor a Deus! A igreja orando! É uma grande alegria presenciar a ação de Deus na vida deste povo ”- Relatos de Valmir Barros.

TRIBO ZORÓ - RO Equipe Missionária: Barney e Alessandra Ferreira, Shoji e Eula Wakahara Barney, Alessandra e suas filhas Olívia e Sofia, retornaram ao trabalho entre o povo Zoró, após precioso período de divulgação. Eles louvam ao Senhor porque conseguiram adquirir um carro com condições necessárias para o trabalho ali em Rondônia. A cidade mais próxima fica a 100 km da aldeia e no período das chuvas este trecho fica intransitável devido aos atoleiros. Vamos acompanhá-los com nossas orações!

TRIBO JAVAÉ - TO Equipe missionária: Alexandre e Ivonne Hencklein, Anderson e Raquel Almeida, David e Rebekah Schuring Alexandre e Ivonne, Anderson e Raquel com seus filhos, iniciam seu novo ministério entre o povo Javaé. Formoso do Araguaia, cidadezinha mais próxima da aldeia é o lugar onde residem. Grandes mudanças, expectativas, uma nova língua e cultura a ser aprendida, novos relacionamentos a serem construídos e muito mais esperam estes dois casais. Estas vidas estão representando a Igreja do Senhor Jesus entre o povo Javaé. Seu apoio é muito importante! Anderson e Raquel, mal chegaram ao local de trabalho, e já experimentaram a dura prova de ter sua casa roubada; o computador com tantas informações, a máquina fotográfica e outros pertences foram alvo dos ladrões. Estão gratos pelo cuidado de Deus com suas vidas, pois Ele já supriu tudo que fora roubado.

TRIBO TAPUYA – GO Equipe Missionária: Joel e Cássia Durães Joel está em fase de convalescença, após uma cirurgia para retirada de um tumor no abdômen no último dia 04/06 em Goiânia. O resultado da biópsia é um novo desafio para Joel, sua esposa Cássia e os filhos, o tumor é maligno, mas graças a Deus é um tipo mais fácil de tratar e com uma medicação menos agressiva. Todo acompanhamento médico será realizado em Anápolis, GO. A família permanecerá em Rubiataba, GO, e à medida do possível, darão continuidade aos estudos bíblicos na aldeia. Na cidade, continuarão o Projeto de Leitura da Bíblia com as crianças do orfanato onde dão assistência.

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Equipe Missionária: Adriano B. Teixeira, Alfredo e Fábia Santos, Henrique Freitas, André e Marlete Moreira

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KAXINAWÁ - AC

Adriano conta maravilhas diretamente do Acre! O alvo de ver uma igreja firme e com crentes maduros, está avançando. Barreiras linguísticas e culturais precisam ser quebradas para que a mensagem do amor de Deus se torne compreensível. A equipe de missionários, pela graça de Deus, tem avançado no aprendizado da língua e relacionamento com o povo. Adriano também contou sobre a alegria do Sr. João Lauriano, um kaxinawá, em ver os missionários aprendendo o “hantxa kuin” e usando o que já sabem da língua. Em setembro próximo, enfrentarão o desafio de percorrer todas as aldeias kaxinawás do Rio Purus, com o objetivo de criar novos relacionamentos. Outra porta foi aberta na cidade de Manuel Urbano, onde residem, a equipe foi convidada a ministrar o ensino religioso numa escola. Vamos orar por esta equipe e seus desafios!

TRIBO PATAXÓ - BA

– Aldeia Barra Velha

Equipe Missionária: Adelino e Ely Macedo, Joseilton Ferreira

Para o casal Adelino e Ely este tempo tem sido um grande exercício de tolerância e persistência por morarem dividindo a parede da casa com uma escola! Deus tem suprido as forças que precisam. Eles contam também que a igreja que está sendo implantada ali, mesmo pequena, já está repartindo a Palavra de Deus com uma comunidade a13 Km. Apesar do cansaço, vale a pena ir ao encontro de cinco famílias que esperam para ouvir com interesse.

TRIBO TAPIRAPÉ - MT Equipe Missionária: Márcio e Cristina da Silva, Wilton e Dânia Dias

Esta equipe mora na cidade de Confresa, MT, local viável para realizar o ministério com o povo Tapirapé. Têm concentrado suas forças ajudando em algumas necessidades do povo como construção de casas, construção de uma roça, de um poço e doação de roupas. Estão aproveitando oportunidades para se identificar e conhecer melhor o povo. O grande desafio de alcançar os Tapirapé para Cristo é o alvo destes irmãos, que dedicam suas vidas ali.

CONTINENTE AFRICANO MOÇAMBIQUE

Missionária Clemilda Neves: Duas difíceis semanas foram vividas em Moçambique com problemas nas comunicações. Internet, Banco e celulares, todos pararam. Graças a Deus a situação está melhorando aos poucos. Notícias animadoras: No dia 01 de junho, dia da criança moçambicana, as crianças internadas no Hospital Central de Nampula receberam uma linda festa realizada por missionários e outros voluntários. Todos se deliciaram com brincadeiras, palhaços, músicas, presentes, lanches e ainda uma oportunidade especial para ouvir da Palavra de Deus. Clemilda, e um grupo de mulheres, estão animadas, pois os trabalhos manuais confeccionados por elas para ajudar na festa de aniversário da igreja no dia 04 de julho, foi uma grande bênção. Missionários Rafael e Isabel Mapa: “... viajamos para Zambézia para conhecermos o trabalho entre o povo Makua Mwinika. Tivemos um tempo precioso com nossos colegas. É animador vê-los falando a língua do povo e já fazendo tradução da Palavra de Deus. Para nós também foi uma alegria ajudar na festa para as crianças no Hospital.” Rafael e Isabel estão enfrentando muitos desafios do lado de lá, e nós do lado de cá, vamos apoiá-los. Missão Novas Tribos do Brasil

Segurando as Cordas

Tribo Pacaas novos – RO

Sabedoria e desenvolvimento ao pastores indígenas no ensino da Palavra de Deus; Pelos estudos de Rebeca e Calebe, filhos de Valmir e Fátima. Decisão da Rebeca quanto a escolha da faculdade; Capacitação aos missionários nas diversas atividades; Suprimento financeiro para a família Barros.

Tribo Zoró – RO

Agradecer a compra do carro apropriado para andar em estrada de terra e barro. Louvar a Deus por tudo que já tem suprido para esta família; Agradecer a Deus pelo cuidado no retorno ao trabalho.

Tribo Javaé – TO

Adaptação ao novo ministério dos casais Alexandre e Ivonne, Anderson e Raquel e seus filhos; Adaptação como equipe para os três casais; Sabedoria no relacionamento com o povo Javaé e também da cidade; Aprendizado da língua e cultura; Agradecer pelo suprimento de um outro computador e máquina fotográfica ;

Tribo Tapuya – GO

Suprimento para o término da casa de Joel e Cássia na aldeia, onde farão também um local para receber pessoas e dar estudos bíblicos; Pela completa recuperação da saúde do Joel ; A medicação necessária é de alto custo para o tratamento do câncer, vamos orar para que consigam isto através do Governo; Sabedoria no ensino bíblico para os tapuya e também para as crianças do orfanato onde dão assistência em Rubiataba; Pelo crescimento espiritual de Patrícia e Edevaldo, dois adolecentes crentes

Tribo Kaxinawá – AC

Adriano precisa de sabedoria para tomar algumas decisões; Sabedoria para toda equipe com o povo e aprendizado da língua; Proteção nas viagens para estabelecer contato e mapeamento da região; Comunhão de toda equipe; Adaptação de André e Marlete, novos obreiros, com suas filhas, Eduarda e Ester; Salvação do povo Kaxinawá e crescimento dos crentes; Louvem a Deus pelo término da casa do André; Louvem pelo bom relacionamento com a equipe e com o povo da região.

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MÉXICO Missionária: Isabel Medeiros

Pelo retorno ao México e introdução ao novo trabalho; Sabedoria na construção de novos relacionamentos; Aprendizado da língua e cultura do povo Misteco, com quem vai trabalhar.

SAÚDE Marcelo Pedro : Depois de um tempo especial em família, no Recife, Marcelo recebeu o chamado para voltar a Curitiba e iniciar os procedimentos para o TMO ( Transplante de Medula Óssea ); ainda não foi possível, porque o doador ideal para Marcelo deve ser do sexo masculino. Atualmente retornou a Recife onde aguardará nova chamada. Vamos continuar intercedendo por ele.

Adauta Eger : Como agradecer a Deus !? Após anos de espera, Deus supriu uma doadora para Adauta, a missionária, Rejaneide. Embora não seja parente, todos os exames comprovaram a compatibilidade. Grande novidade : Este é o primeiro transplante no Centro-Oeste, de pessoas não relacionadas, isto é, não parentes !! Agradeçam a Deus pela vida da Rejaneide, por sua disposição para doar um dos seus rins. Vamos juntos louvar a Deus pelo transplante realizado no dia 11/08/2010 com muito sucesso! Suas orações e todo seu apoio têm sido preciosos, por isso Adauta é muito grata a Deus, a cada irmão e ainda conta com seu apoio para o período de recuperação e controle de medicamentos.

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Testemunho do irmão Marcos Temanau Karajá, índio da aldeia de Macaúba com 50 anos de idade. Técnico de enfermagem e um dos líderes da igreja.

Quando jovem, sendo treinado pelo miss. Josué

Hoje, trabalhando como Tec. de Enfermagem com seu colega,Urania

Cuidando da saúde das crianças da aldeia.

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Com a esposa Myxiru e o netinho. Arquivo da MNTB

Pelo estudo da cultura; Relacionamento com os moçambicanos; Relacionamento com a equipe; Suprimento para compra de um carro; Preservação da saúde ; Pelo povo Makua Mwinika, com quem trabalharão; Louvam a Deus : pelas amizades que já fizeram;pelos mantenedores pela proteção de Deus a cada dia

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Rafael e Isabel

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Missionários: Mapa

Quando eu era menino, cri na Palavra de Deus. Por causa de minha mãe já ter crido eu também pensei em crer. Verdadeiramente Deus é nosso protetor e auxílio que sempre nos alegra. Verdadeiramente, sem Ele nós não poderíamos amar uns aos outros, foi isso que me levou a crer em Sua palavra. Quando eu cresci eu lia a Bíblia e orava. Certo dia, Deus respondeu minha oração quando lhe pedi um emprego. Hoje eu estou feliz e Deus sempre me ajuda em todas as coisas. A Palavra é maravilhosa para mim e nela eu creio: Deus enviou Seu filho para salvar todos os pecadores e por eles Seu filho derramou seu sangue na cruz.

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Missionária: Clemilda Neves Louva a Deus pelo trabalho que está realizando com os adolescentes; Irmão Júlio, da igreja em Nampula, sofreu um acidente caindo numa bitoneira enquanto trabalhava. Sua situação é grave, vamos interceder por ele; Sabedoria no trabalho de contabilidade na base em Nampula.

VOZ DO ÍNDIO

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MOÇAMBIQUE

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ÁFRICA

Agora é hora de descansar em casa com a família. Missão Novas Tribos do Brasil


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ENTREVISTA

Jeconias e Anaíldes Souto CT – Identifique-se para os assinantes da revista “Confins da Terra” dizendo a igreja a que pertence, qual o seu ministério e a etnia onde trabalha. Casal Souto - Temos compartilhado a nossa fé em Cristo Jesus, eu, com os irmãos da Igreja Cristã Evangélica em São Paulo e minha esposa, Anaildes, com os irmãos da Igreja Batista em Santa Cruz de Cabrália-BA. Desenvolvemos o ministério como missionários com o povo Baniwa, no noroeste do Amazonas. CT – Como foi a sua decisão em dedicar a vida para a obra missionária? Anaildes – Tinha-se passado dois anos desde que meu Senhor Jesus me salvou, quando, na minha igreja senti o desafio para servir a Deus e me preparar para servi-Lo, não em tribos indígenas, mas de outras formas. Fui visitar o Instituto Bíblico Peniel, e Deus começou a dirigir a minha vida me mostrando a grande necessidade que existia entre os povos indígenas. Ao conhecer Jeconias, que veio a ser meu marido, Deus definiu isso na minha vida. Hoje sirvo a Deus com muito prazer, pois Ele me chamou para isso. CT – Onde fizeram os cursos preparatórios para serem missionários? Jeconias – Deus nos deu o privilégio de conhecermos e participarmos de todo treinamento que a Missão Novas Tribos do Brasil oferece na área da proclamação do Evangelho no ambiente transcultural. CT – De que maneira foi decidido o campo missionário onde deveriam atuar? Jeconias - A princípio conhecemos a necessidade do povo Kuripaco, quando passamos pelo Instituto Missionário Shekinah. Recebemos através do irmão Marcelo Pedro, que naquela época era professor no Instituto, muitas informações interessantes e bem explícitas sobre a necessidade do povo Kuripaco, pois Marcelo foi missionário Missão Novas Tribos do Brasil

entre eles. Quando terminamos todas as etapas do treinamento, tivemos oportunidade de conversar com a liderança do campo e em comunhão com ela foi decidido que iríamos para esse povo. Ao chegarmos em São Gabriel da Cachoeira – AM (cidade onde existe a base missionária), participamos de uma reunião com nossos líderes e atuais missionários definindo estratégia de trabalho, onde foi decidido unir as equipes formando um único posto: Baniwa/Kuripako. CT – As suas igrejas apóiam o seu ministério? Jeconias – Louvamos a Deus por essa graça que nos foi dada de representarmos nossas igrejas que nos apóiam e participam conosco neste ministério intercedendo e contribuindo, de muitas formas, para que os povos Baniwa e Kuripako realmente manifestem a verdadeira confiança, que temos em Cristo Jesus, nosso Senhor. CT – Vocês tiveram dificuldades para se adaptar ao local da aldeia ou ao povo? Quais? Jeconias - Nós, como todos, dotados de tantas fragilidades tivemos que clamar e pedir a Deus um pouco mais da Sua infinita graça para enfrentarmos o período de adaptação no local e na convivência como o povo. Realmente a falta de privacidade vem à tona, exigindo um pouco mais de paciência e moderação no trato comum com os indígenas. CT – Conte-nos uma experiência marcante para vocês com a etnia..Kuripako ou Baniwa. Jeconias e Anaildes - Uma das experiências marcantes aconteceu poucos meses depois da nossa chegada à aldeia e ainda estávamos conhecendo o povo e sua cultura. Numa noite, mais especificamente no dia das mães, o povo resolveu fazer umas brincadeiras e representações, participávamos do evento quando de repente fomos chamados para ajudar uma indígena que estava dando a luz. Quando chegamos para ver qual era a real situação foi um choque, a criança já havia começado a nascer em posição errada, as perninhas haviam saído primeiro (foi quando entendemos porque nos chamaram). Nesse momento percebemos que a criança estava morta, mas era necessário

terminar de retirá-la, pois apenas a metade havia saído. E foi aí que vimos a imensa graça de Deus nos capacitando para ajudá-los, a mãe já estava desfalecida praticamente sem forças, então com a ajuda do agente de saúde e de outro indígena conseguimos retirar o bebê e reanimar a mãe. Hoje a mulher se encontra bem e já teve outro filho. CT - Vocês já podem se comunicar com fluência na língua indígena? Há muitas dificuldades no estudo desta língua indígena? Jeconias – Anaildes já possui certa fluência na língua a ponto de comunicar. Eu ainda estou chegando lá. Para nós tem sido um desafio conhecer e interagir com as peculiaridades da língua Baniwa/Kuripaco. É necessária muita dedicação, e o tempo com o povo no dia a dia determina em grande parte o progresso para o avanço da aprendizagem. CT – Qual a situação do trabalho missionário atualmente nestas etnias? Jeconias – Fazemos parte de uma equipe onde dividimos as tarefas. Recentemente o nosso colega Zenilson terminou o ensino bíblico sistemático cronológico para um grupo, algo novo para os indígenas na comunidade onde trabalhamos, e tem causado muita repercussão e questionamento entre o povo. Estamos orando e aguardando os resultados. Nossa colega Aparecida Ferreira tem trabalhado na elaboração de uma cartilha, Crícia dá aulas de reforço para as crianças e temos desenvolvido alguns outros pequenos projetos na área de educação e desenvolvimento comunitário. CT – Quais são as maiores necessidades da atuação missionária ali pelas quais os leitores de “Confins da Terra” poderiam interceder ao Senhor da Seara? Jeconias – Oramos para que Deus nos dê boa saúde nos ajudando a permanecermos animados e firmes na esperança de fazer o melhor para Ele naquele local. Apenas o Zenilson tem a fluência ideal para comunicar o Evangelho ao povo, portanto todos nós outros da equipe necessitamos atingir os alvos de conhecimento lingüístico e cultural para desenvolvermos um trabalho eficiente entre o povo. Pedimos que orem por nós neste sentido.

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O que ocupa seu pensamento hoje? Finalmente irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas. Filipenses 4:8 (NVI)

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Vamos procurar coisas nobres para ocupar os nossos pensamentos e deixar de lado as que não o são. No nosso dia a dia, nos encontramos com muitas pessoas em situações diversas. É natural avaliar com maior compreensão e ternura aquelas que nos agradam e com as quais temos maior afinidade. Muitas vezes, o fato de não termos muita aproximação com alguém, faz com que avaliemos as suas ações com mais rigor, podendo até nos levar a ficar de cara virada com aquela pessoa. Isto não é correto, não é justo. Nos dias de hoje, surgem muitas coisas impuras para atrair a nossa atenção. Devemos concentrar as nossas mentes no que é puro, ocupando os nossos pensamentos com coisas puras. O amor é paciente, é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Isto descreve coisas amáveis. É tão fácil ouvir uma notícia ruim e ficar pensando, repassando e repensando. O tão falado ditado: anda mais que notícia ruim, diz isto porque são as coisas ruins que chamam nossa atenção. (Se você não acredita, é só assistir o jornal e anotar quantas notícias ruins são reportadas e quantas são boas.) Mas como é bom ouvir que um irmão ou irmã está indo muito bem, que está andando com o Senhor, que está sendo uma

bênção, dando um bom testemunho (Pr. 25:25). É tão usual pensar nas coisas ruins, mas muitas vezes, mesmo depois de orarmos por algo e recebermos de Deus uma grande bênção, posteriormente isto figura tão pouco nos nossos pensamentos. Sei que nada disto acontece naturalmente, mas o treinar nossa mente para ocupá-la destas coisas, faz parte do desenvolvimento do nosso homem espiritual,. E como diz o verso nove, se nós conseguirmos por em prática estas coisas que estamos aprendendo, o Deus de paz estará conosco.

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P

aulo e Timóteo, na conclusão de sua carta aos filipenses, inseriram esta pepita de sabedoria divina para a nossa instrução. Eis aqui uma grande lição para os servos de Deus. Acredito que muitas depressões, muitos desânimos, muitas desistências na vida cristã e muitos problemas entre irmãos poderiam ser evitados se conseguíssemos colocar em prática os princípios contidos neste verso tão abençoado. É verdade que muito do que nos traz ansiedade, não acaba acontecendo. Não é verdadeiro. São apenas possibilidades, mas o fato de focalizarmos neles os nossos pensamentos, acabam nos trazendo ansiedades inúmeras. Há pessoas que vivem carregando o peso destas coisas horríveis que não aconteceram e nem se sabe ao certo se vão acontecer. (E se chegar a acontecer, será que ficar pensando antecipadamente ao ponto de sofrer ansiedade vai mudar alguma coisa?) Onde está o Senhor nisto? Será que O deixamos de fora? Jesus disse: Basta a cada dia o seu próprio mal (Mt. 6:34). Uma vez, um colega pregou uma mensagem usando como ilustração quatro tipos de pássaros. Não me lembro quais eram os outros dois, mas um foi o beija flor. Este pequeno pássaro gasta os seus esforços na procura de néctar. Pelo fato de procurar esta substância cheirosa e gostosa, é isto que acha. O outro foi o urubu que procura carniça podre e mal cheirosa. Ele também acha o que procura.

Daniel Royer Missionário da Missão Novas Tribos do Brasil

Missão Novas Tribos do Brasil


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Mito da Criação do Povo Karajá Segundo a tradição, o povo Iny (é assim que o povo Karaja se auto demonina), vivia dentro de um buraco em um mundo submerso onde se casavam e tinham filhos. Eram divididos em pelo menos duas famílias e tinham sua rotina diária. Um dia, segundo o povo Iny, um dia sem sorte, Woubedu saiu à procura de mel para a esposa que estava de resguardo, mesmo que neste período ele não deveria ter saído de perto dela. Nesta sua procura chegou até a superfície do rio. Vendo que ali havia muitas frutas e muito espaço voltou para buscar os que tinham ficado. Quando o povo saiu do buraco e vieram para cima na superfície da terra, alguns voltaram para o buraco e colocaram um peixe elétrico para que os que saíram não voltassem, e disseram que lá fora tinha morte por isso não quiseram ficar. Outra estória diz que quando o povo Iny saiu do buraco um deles chamado Rarajyty não tinha trazido suas coisas e ao ver como era aqui fora e que os bichos morriam, quis voltar e falou que os que já estavam com suas coisas não poderiam voltar, ele acabou voltando sozinho para o buraco. Este lugar se chama Inyseduna ou IraiJò. Neste buraco moravam duas famílias distintas, a do Woubedu e Umya. Quando chegaram aqui na superfície durante a construção de suas casas houve um desentendimento entre Woubedu e Umya e durante essa briga Umya pegou a filha de Woubedu, Ijakariru e se casou com ela. Foi a partir daí que se misturaram as famílias, pois até então só se davam em casamento com primos de até segundo grau. PR. Josué e Ivanete Lima, missionários da MNTB entre os karajá - TO

A balsa navegava devagar, atravessando o Rio Tocantins, em direção a velha e pequena cidade de Tocantínia, no estado do Tocantins. Era a manhã do dia 18, domingo último, com céu limpo e forte sol embora fosse de manhã. O clima seco e árido mudou a vegetação de verde para marrom; a poeira levantava fácil quando saímos de carro pela estrada de terra. O comboio seguia em direção a aldeia Salto, entrando na reserva indígena do povo Xerente e o Fiat Uno, que eu dirigia, era o último da fila. A poeira subia alto dificultando a visão. Não podia ficar de vidro aberto, porém não precisava, este carro tinha ar-condicionado e assim não sofremos com o pó. Somos muito gratos ao colega que nos emprestou este carro e facilitou esta viagem. Acompanhado de meu filho Edward, viajamos 900 kms até a cidade de Miracema do TO. Chegamos na aldeia e em pouco tempo havia centenas de índios Xerente e visitantes de muitos lugares do Brasil. Era uma data especial, pois fomos convidados para participar das comemorações dos 50 anos de ministério do casal Rinaldo de Mattos e sua esposa Gudrum, quase todos entre o povo Xerente. Os sete filhos deste abençoado casal tiveram a

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50 anos servindo aos Senhor iniciativa de fazer esta celebração e escolheram a aldeia Salto, onde o casal tem uma pequena e simples casa. Vieram índios crentes de várias aldeias que se juntaram a representantes de várias cidades, SP, RJ, BSB e de TO. Todos tiveram oportunidade de falar, de fazer uma apresentação e agradecer a Deus por este casal. Fui representando a MNTB, pois este casal foi nosso missionário desde o começo do seu ministério e inclusive foi o presidente desta instituição. Os colegas ofertaram para que as despesas fossem pagas para esta viagem. O mais importante é que tudo começou para mim quando, no longínquo ano de 1974, eu trabalhava em um escritório de advocacia e recebi ali, em Brasília, o irmão Rinaldo e um outro missionário. O irmão Rinaldo ficou comigo por duas horas e, nesta oportunidade, compartilhou o seu ministério e a visão missionária. Dois meses mais tarde saí do emprego e ingressei no Instituto Bíblico Peniel, da MNTB. Ele foi o instrumento de Deus para alcançar o meu coração e mostrar a obra que havia Deus separado para mim. Sou grato a Ele por este irmão, por sua obediência, sabedoria, dedicação e por seu exemplo de fé. Dois jovens índios cantaram uma música que eles mesmos escreveram, um verdadeiro

hino e fazia uma homenagem a este casal. Finalmente, houve o momento cultural onde um índio velho e o irmão Rinaldo discursaram em língua Xerente, criando um clima solene. Porém o mais impactante foi quando o irmão Ghunter fez a tradução do que o Rinaldo falou. Ele afirmava que, quando morresse, não queria ser enterrado em Brasília ou SP, mas que queria ser enterrado na reserva indígena Xerente. Depois fomos ao almoço comunitário e começariam as corridas de “toras”, onde continuariam as homenagens ao casal. Infelizmente tivemos que voltar pois havia compromissos agendados. O retorno não foi fácil, estávamos cansados e dirigir aquela distância exigia muito esforço; estamos falando da rodovia Belém-Brasília, com trânsito pesado e muito movimento, mas chegamos bem em casa. Momentos inesquecíveis que eu gostaria de compartilhar com vocês. Precisamos de irmãos assim, como este precioso casal, para completar a obra que temos pela frente. Juntos, Eward Gomes da Luz. Missionario e presidente da MNTB


ATUALIDADES

O TRIUNFO DA VERDADE "Porque nada podemos contra a verdade, senão pela própria verdade” I Cor. 13:8 Os missionários, que atuavam entre os Zo'é, têm sido alvo de falsas acusações levantadas por alguns funcionários da Funai, antropólogos e jornalistas contrários à pregação do Evangelho aos índios. Mas, depois de acurada investigação, a verdade veio à tona, prevalecendo contra as mentiras e calúnias maldosamente levantadas para impedir o trabalho nessa comunidade. Tudo começou em 1980, quando esses missionários, localizados na cidade de Santarém (PA), tomaram conhecimento de uma tribo isolada, que vivia ao norte do estado do Pará. Após se certificarem da localização das aldeias através de sobrevôos patrocinados por pilotos evangélicos, empreenderam viagens pelo rio Cuminapanema e, em agosto de 1982, tiveram os primeiros encontros com aqueles índios. Com a aprovação da Funai, construíram uma pista de pouso, cerca de 40 km da primeira aldeia e estruturaram uma base, prevendo um novo contato com o grupo, o que de fato aconteceu no final de 1987. A partir de então, desenvolveram um trabalho completo de assistência social com esse grupo que estava sendo dizimado pela malária, antes da chegada dos missionários. Com uma dedicação sem limites, trataram do povo, dando-lhes a esperança na luta contra essa doença. Com isso, a situação do grupo foi revertida e a população cresceu de 119 para 136 pessoas em quatro anos. Sendo o grupo monolíngüe, os missionários esforçaram-se no aprendizado da língua e já se comunicavam nesse idioma. A análise gramatical e fonológica estava em andamento, bem como a elaboração de um dicionário bilíngüe. Procedia-se também a pesquisa e análise cultural,

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no empenho da realização de um trabalho transcultural entre eles. Havia um relacionamento promissor entre as duas culturas e vários projetos estavam em andamento. Os indígenas demonstravam a grande expectativa de conhecer a mensagem do Criador, contida na Bíblia, que eles designavam como mo'é ubuk, 'objeto preto'. Porém, a partir de 1989, uma forte perseguição foi movida através da Mídia, com sérias calúnias e difamações proferidas contra a Missão. Com isso, em outubro de 1991, os missionários foram retirados da área, contra a vontade dos índios, que apelavam veementemente para que permanecessem. Em 1998, para impedir que os missionários fossem autorizados pelo então presidente da Funai a retomar as suas atividades na aldeia, a MNTB foi novamente acusada de invadir a área indígena e de ser responsável pela morte de muitos índios. Isso levou o Ministério Público Federal a impetrar um Mandado de Segurança contra a Presidência da Funai, acusada de não proteger os índios, e a abertura de um Inquérito Policial para investigar as acusações levantadas. Assim, em fevereiro de 2004, a Justiça Federal arquivou o processo, acatando pedido do Ministério Público Federal em Santarém, porque a Polícia Federal em seu relatório final, datado de 30 de maio de 2003, declarou improcedentes todas as acusações feitas contra a Missão no decorrer desses últimos treze anos, como segue:

uma tribo “arredia”, posteriormente identificada como ZO'É. (...) Pelo exposto, esta autoridade não encontrou provas suficientes para que pudesse concluir que a presença da MNTB na região teria ocasionado a morte da população ZO'É, ou seja, não existe comprovação da relação de causalidade entre a ação do MNTB e o resultado morte dos índios ZO'É.” Essa foi a primeira vitória conquistada, mas há ainda um longo caminho a percorrer, pois os Zo'é continuam privados de seus direitos constitucionais e mantidos sob forte isolamento para que não tenham acesso à mensagem do Evangelho. Não obstante à discriminação religiosa imposta sobre a Missão, durante todos esses anos, continuamos acreditando que “ ...Aquele que começou a boa obra (entre os Zo'é.) há de completá-la ...” (Fil. 1:6) para que esses índios e muitos outros povos indígenas tenham a sua oportunidade de ouvir de Jesus. “Embora, tenham se tornadas públicas estas explicações, vários sites, blogs e periódicos continuam veiculando afirmações não verídicas sobre o ocorrido, o que muito nos entristece.” (Confins da Terra)

Os documentos de folhas 802/803 comprovam que o MNTB agia na região com a anuência (aprovação) da Funai desde 1980, inclusive verificando-se no ofício de fl. 802 a comunicação de que a missão havia encontrado na região ao norte do Pará

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Instituto bíblico peniel

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Há mais de cinqüenta anos, o Instituto Bíblico Peniel prepara obreiros para a grande seara. É um curso teológico com duração de três anos, em regime de internato. Não é um curso teológico em que se adquire somente conhecimentos teóricos, mas como o próprio nome diz, Peniel – face a face com Deus, é um lugar apropriado para se conhecer Deus mais de perto e colocar em prática os seus ensinamentos. Isso não acontece simplesmente pelo lugar físico, mas principalmente pela maneira como é direcionado o curso. O objetivo de Peniel é preparar o aluno para ter uma vida mais íntima com Deus, dependendo dEle totalmente, entregando sua vida para que Ele dirija da Sua maneira. Sendo assim, o aluno não é aprovado somente na área acadêmica, mas também é levado em conta o seu caráter cristão. Além das aulas e do tempo a sós em estudo, o aluno dedica um tempo para a manutenção da escola. É um tempo precioso em que ele aprende a trabalhar em equipe e pode desenvolver algumas habilidades que o ajudarão no campo missionário (horta, oficina, marcenaria, jardim, escritório, limpeza em geral, etc.). Com isso, o aluno também aprende a ter uma vida em comum e a servir ao próximo. Como os professores e líderes (missionários da MNTB) moram no Instituto, é uma excelente maneira de interagir com os alunos, conhecê-los melhor e, com a sabedoria do Senhor, ajudá-los em suas necessidades e deficiências. O aluno tem o privilégio de conviver com outras culturas, pois o Instituto recebe alunos de diferentes lugares do Brasil e alguns até do exterior. O aluno convive com as diferenças aprendendo a respeitar cada ser na sua cultura, deixando o etnocentrismo de lado. Aos domingos, o aluno pode desenvolver o trabalho de evangelismo nas redondezas, colocando em prática o que está aprendendo. Deus é quem tem trabalhado em cada vida, inclusive na dos líderes e professores, pois Ele quer o melhor para a sua obra e, por isso, tem feito grandes coisas. Desafiamos você a conhecer este lugar maravilhoso.

CURRICULO 1º Semestre Português I (1ª parte) Atos Evanvelismo

3º Semestre Português I (3ª parte) Prática de Ensino Romanos

5º Semestre Português II (2ª parte) Pneumatologia

2º Semestre Português I (2ª parte) Panorama do V.T. II Harmatiologia/solteriolo

4º Semestre Português II (1ª parte) Missiologia I Discipulado Cronológico

6º Semestre Português II (3ª parte) Levítico / Hebreus

Nós queremos ajudá-lo a....

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“Conhecer a Deus para fazê-Lo conhecido.”

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Para você que deseja servir a Deus.

Para que esse desejo se cumpra, oferecemos dois cursos: Curso Teológico: Este curso é para aqueles que almejam conhecer melhor a Deus e dedicar-se no ministério. Em regime de internato. Com duração de 3 anos. Com matérias semestrais. CBE: Curso Bíblico para Evangelismo. O propósito deste curso é dar uma base Bíblica sólida que o ajudará a: Testemunhar da sua Fé; Enfrentar os desafios da vida; Ter sustentação na Palavra de Deus para você enfrentar o bombardeio moral e ateísta que existe nas faculdades; Ter ferramentas para o ministério na igreja local; Ter uma visão missionária do trabalho do Senhor entre povos tribais no Brasil e no Mundo. O curso é de 1 ano de duração, em regime de internato e fornece certificado de conclusão.


ACAMPAMNETO MISSIONÁRIODE JOVENS DO INSTITUTO BÍBLICO PENIEL IDADE: À PARTIR DE 14 ANOS DATA: 9-12 DE OUTUBRO DE 2010 VALOR: R$ 135,00 (SENDO 35 DE INCRIÇÃO E O RESTANTE NA CHEGADA

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CONTA PARA DEPÓSITO DA INSCRIÇÃO BRADESCO: AG. 2739 C.C 690-4 B. BRASIL: AG. 2197-6 C.C 16060-1 ENVIE O COMPROVANTE DE DEPÓSITO JUNTO COM A FICHA DE INSCRIÇÃO FONE PARA CONTATO 35 3443-1554 3443-3073


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