Revista Confins da Terra - Tribo Gavião

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Revista Transcultural da Missão Novas Tribos do Brasil Ano 42 Nº 139 Out - Dez 2009

Gavião Viagem pelas Tribos do Brasil

Rondônia


PROMOTORES DE MISSÕES AMAZONAS Sede do Setor Oeste da MNTB Caixa Postal 1421 Manaus - AM CEP: 69065-970 Fone: (92) 2127-1350 FAX: (92) 2127-1355 novastribos@argo.com.br

CEARÁ José Wagner e Aureluce Salgado Rua Chagas Miguel, 304 Caucaia - CE CEP: 61615-200 Fone: (85) 3342-0574 salgadosal@hotmail.com www.missoesindigenas.blogspot.com

GOIÁS Sede da MNTB Caixa Postal 1953 Anápolis - GO CEP: 75040-970 Fone: (62) 3318-1234 FAX: (62) 3318-2000 divulgacao@mntb.org.br

MINAS GERAIS Daniel e Beth Templeton Caixa Postal 29 Jacutinga - MG CEP: 37590-000 Fone: (35) 3443-3073 daniel_templeton@ntm.org

Cláudio e Célia Guimarães Rua Jordino Francisco dos Reis, 136 Bairro Bela Vista CEP: 37557-000 Congonhal - MG Fone: (35) 3424-1181 claudioceliaguimaraes@yahoo.com.br PARANÁ Robson e Emília Abreu Caixa Postal 10051 Londrina - PR CEP: 86057-970 Fone: (43) 3327-3629 robemi@uol.com.br

MISSÃO NOVAS TRIBOS DO BRASIL Uma associação missionária de fé, fundamental em sua doutrina e de caráter indenominacional, formada de crentes dedicados à evangelização dos povos indígenas.

SÃO PAULO Escritório de Representação Rua 24 de Maio, 116 - 2ºand. Sl.6 São Paulo - SP CEP: 01041-000 Fone/Fax: (11) 3223-2395 saopaulo@mntb.org.br

SEDE GERAL CAIXA POSTAL, 1953 75040-970 Anápolis - GO Telefone: (62)3318-1234 Fax:(62) 3318-2000 mntb@mntb.org.br www.mntb.org.br

Vasti de Senna Rua Luciano Bronizzi, 106 Vila Isolina Mazzei São Paulo - SP CEP: 02083-120 Fone: (11) 3461-4626 Cel: (11) 8395-6642 e-mail: vastisenna@gmail.com

PRESIDENTE Miss. Edward G. da Luz

Assis e Maria Eli da Silva Alameda Água Marinha, 81 Jd. Est. Brasil CEP: 12949-122 (Cond. Recanto Tranquilo) Atibáia - SP Fone: (11) 4415-2122 assis-eli@uol.com.br

POLÍTICA FINANCEIRA DA MISSÃO Os obreiros que servem com a Missão Novas Tribos do Brasil não recebem sustento da Missão, pois a mesma não tem recursos próprios nem é subvencionada por uma igreja ou denominação. Os missionários são sustentados por suas igrejas ou por ofertas voluntárias individuais. Fone (62) 3318-1234, E-mail: tesouraria@mntb.org.br.

Orlando e Jussara de Paula Rua Fiorentino Felipe, 90 B. Baeta Neves CEP: 09760-380 São Bernardo do Campo - SP Fone: (11) 3412-3910 orlando.jussara@hotmail.com

COMO CONTRIBUIR Enviar sua contribuição em nome de "Missão Novas Tribos do Brasil” Bradesco S/A, agência 240-2 Conta Corrente nº 30.814-5

Paulo e Eglacy Carrenho Caixa Postal 446 Campinas - SP CEP: 13012-970 Fone: (19) 3386-8930 Sandro e Hope Rancan Rua Eriberto Cursi, 98 Planejada 1 CEP 12922-130 Bragança Paulista - SP Fone: (11) 4415-1416 sandro_rancan@ntm.org

Entre em contato conosco e leve um desafio missionário para a sua igreja.

IMPORTANTÍSSIMO: Sempre avisar-nos, por meio de uma das opções abaixo, quem está dando a oferta, a quem ela se destina, o valor e a data da remessa. Telefone: (62) 3318-1234 Fax: (62) 3318-2000 Correio: Caixa Postal 1953 75040-970 - Anápolis, GO tesouraria@mntb.org.br

ERRA

DA T S N I F N

Viagem pelas tribos do Brasil Iniciamos na edição 137 uma série que passará pelas tribos onde a MNTB atua. Desafios, informações culturais, curiosidades, experiências e muito mais esperam por você. Faça HOJE mesmo a sua assinatura e participe conosco desta viagem.

CO

R$ 20,00 Por ano Caixa Postal 1953 Anápolis - GO - CEP: 75040-970 Fone: (62) 3318 - 1234 revista@mntb.org.br www.mntb.org.br

A RAM PANO AÇÃO TU DA A IONÁRIA MISS

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sta Nova Revi ão Nº Miss 41 ANO


EDITORIAL

PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL DA MISSÃO NOVAS TRIBOS DO BRASIL

Assinaturas Jefferson Jean da Silva revista@mntb.org.br

Não há Natal sem Cristo! Retire Cristo do Natal e ele perderá a sua autenticidade, sua real alegria, seu único propósito. Natal é a mensagem das Boas Novas – Jesus Cristo Nasceu! Deus jamais teria sido conhecido se Ele não se revelasse através de Seu Filho, em forma humana. Nós conhecemos a Deus somente por intermédio de Cristo. Jesus nasceu e viveu para que pudesse morrer, e morreu para que possamos viver. Esta é a verdadeira mensagem do Natal : Não há Natal Sem Cristo! Mas esta afirmação também nos leva a refletir sobre os povos que não têm Natal porque nada ouviram sobre Cristo. Nesta revista você conhecerá um pouco sobre o povo Gavião de Rondônia, que já conhece o verdadeiro significado do Natal, pois missionários apresentaram Cristo à sua etnia. Mas, outros povos, da África e do Brasil, mencionados nesta mesma revista, ainda não sabem o que é o Natal, pois ainda não foram alcançados pelo Evangelho. Não sabem que Ele nasceu e muito menos que Ele morreu para que eles pudessem ser salvos da condenação eterna. Cabe a nós tornar Cristo conhecido por todas as etnias, para que as nações celebrem com júbilo o nascimento do bendito Salvador!

Programação Visual Jefferson Jean da Silva Eliézer Steffens

OS EDITORES DA REVISTA CONFINS DA TERRA DESEJAM A VOCÊ E A SUA FAMÍLIA UM FELIZ NATAL COM CRISTO!

Capa Índios Gavião

Jadir Siqueira

Redação Caixa Postal 1953 75040-970 Anápolis, GO Telefone: (62) 3318-1234 Fax:(62) 3318-2000 divulgacao@mntb.org.br Conselho Editorial Missª. Diva Cunha Miss. Jadir Siqueira Miss. Silas de Lima Editoração Missª. Diva Bueno Cunha Revisão Missª. Adauta Eger

FOTO ARQUIVO MNTB

CONFINS DA TERRA

Impressão Múltipla Gráfica e Editora (62) 3315-6600 contato@multiplagrafica.com.br

Distribuição Missão Novas Tribos do Brasil Os artigos assinados são de responsabilidades exclusivas de seus autores. É expressamente proibida a reprodução, total e parcial, do conteúdo da revista, sem prévia autorização dos titulares dos direitos autorais. Missão Novas Tribos do Brasil

Nesta Edição... Palavra do Leitor Reflexão Atualidades Notícias dos Campos Entrevista Histórico Gavião Experiência Missionária Confins da Terra

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PALAVRA DO LEITOR É com grande prazer que lhe escrevo e saúdoo com a paz do Senhor. Como assinante da maravilhosa revista “Confins da Terra” quero mais uma vez agradecer, de coração, o envio da Revista nº 137 e acrescentar que ela está ótima do começo ao fim, mas gostaria de comentar sobre o Editorial. Ele começa com o dizer “que esta revista é a voz daqueles que estão em lugares que poucos querem ir.” Isto é uma grande verdade! Eu admiro muito estas pessoas tão preciosas que se dedicam a ir a lugares longínquos e isolados. Aprecio muito quando leio os nomes e vejo as fotografias destes preciosos filhos de Deus que ingressam nesta grande obra de Deus. Além do mais eu gosto e amo muito os índios. Eu raras vezes vi índios, mas tenho esperança de um dia assistir um culto em uma tribo, também digo que sou apaixonado por missões e gostaria de contribuir com grandes ofertas, mas não estou podendo no momento.

Nota da Redação: Esclareço que você pode contribuir muito para o avanço do Evangelho entre os povos tribais com suas orações, pois como diz em Tiago 5.16b “Muito pode por sua eficácia a súplica do justo.” Prezado leitor, Segue neste número da revista um impresso com questionário, que faz parte de uma pesquisa com o objetivo de melhorar a elaboração do conteúdo da revista. Pode acrescentar nele suas sugestões e críticas. Por favor preencha-o e remeta para: Revista “Confins da Terra” Caixa Postal 1953, 75040-970 Anápolis – GO Esta pesquisa é muito importante para a Revista, por isso os primeiros leitores a remeter o impresso preenchido terão direito a três assinaturas da mesma, que o leitor pode doar a seus amigos interessados na obra missionária.

Nelson Nosvitz – Guaratuba-PR

Veja nos gráficos o grande desafio entre as tribos. Estatísticas

Estatísticas

180165 Sem presença Comaa presença evangélica evangélica

345 Etnias

http://instituto.antropos.com.br

Banco de Dados

Estatísticas

Precisamos Precisamos mais de mais de540 450 missionários missionários para para completar completar a aevangelização evangelização de todas todas asas de etnias no etnias Brasil. no Brasil

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Confins da Terra

165 180 Com Sem aa presença presença evangélica evangélica

180 Com Sem a 165 presença evangélica

Você Sabia??? Que no Brasil existem mais de 30 versões da Bíblia? Versões para crianças, adolescentes, moças, das profecias... e assim vai. Isso tudo em português. Que no Brasil, além da língua portuguesa, são faladas mais 185 línguas indígenas e que apenas três possuem a Bíblia completa? Existe a Bíblia nas línguas: Wai-wai, Guarani-Mbyá e Guajajara. Trinta e três possuem só o Novo Testamento. Em 52 idiomas indígenas há projetos em andamento, mas restam 97 línguas sem perspectivas de tradução. Missão Novas Tribos do Brasil


O

programa do governo federal “luz para todos”, tem chegado às aldeias indígenas daqui do extremo sul da Bahia. A escuridão, que tanto medo causava aos povos indígenas, aqui tem sido dissipada pois, a luz, tem como característica afastar a escuridão. As lanternas à pilha deixaram de ser equipamento obrigatório para a comunidade que faz o uso das lâmpadas elétricas podendo assim, se deslocar de um lugar para outro sem medo de errar o caminho. Isto nos mostra orientação, direção, etc. Tenho visto nas aldeias (pelo menos as seis que tenho visitado), alguns benefícios deste programa e a maneira como a energia elétrica tem influência na vida e até na cultura de um povo. Hoje, quando um indígena nos oferece água, ele pergunta se a queremos gelada ou sem gelo. Já é comum, comentarmos os noticiários nacionais e internacionais. Entre os benefícios oferecidos destaca-se a conservação dos alimentos por mais tempo, o uso da internet (informática), telefone dentre outros que estão chegando aos poucos. O conforto que a energia elétrica proporciona também chegou por aqui, contudo não foram só os benefícios; ela nos trouxe também as preocupações, como o mau uso da internet, televisão e outros meios de comunicação. A violência tem aumentado, as drogas estão sendo usadas com mais freqüência, sensualidade precoce e sexo fora do casamento tem se tornado comum. Até os torcedores do Flamengo tem a u m e n t a d o b a s t a n t e (brincadeirinha, torcida flamenguista). Penso que o governo está cumprindo o seu papel, e mesmo que o título do programa seja “luz para todos” este é restrito ao povo brasileiro, e mesmo assim ainda não chegou à algumas regiões remotas do território nacional. Minha crítica não está na eficiência do programa, ou no mau Missão Novas Tribos do Brasil

Luz para Todos Qualquer ‘programa de iluminação’ com a Palavra de Deus deve incluir todos os povos

uso da eletricidade pelos beneficiários; e sim na sua abrangência. Penso que nós, seres humanos, temos facilidade em criticar as iniciativas alheias, e esquecemos de olhar para o que estamos planejando ou desenvolvendo. E em se tratando dos assuntos espirituais, para nós, os que já fomos iluminados (Sl.34:5), há um verdadeiro programa universal de “LUZ PARA TODOS”. Este que já foi elaborado pelo Supremo Senhor do Universo, antes mesmo da fundação do mundo (I Pe 1:18-20), também ainda não atingiu às regiões mais remotas da terra. Temos ordens expressas de Deus para: Irmos e implantarmos o programa “luz para todos” (Mr 16:15). Fazermos discípulos que dêem continuidade ao programa “luz para todos” (Mt 28:18-20). Qualquer “programa de iluminação” com a Palavra de Deus deve incluir todos os povos. Se a “luz” dos homens traz benefícios aos povos, e tem o poder de confortá-los, orientá-los, e afastar-lhes o medo; cremos que a fonte de luz que é o Senhor Jesus Cristo, trará benefícios incomparáveis para que os povos orientem-se pela Luz, andem na Luz, e recebam o conforto da Luz. Sabemos que esta verdade acima citada é do conhecimento da maioria dos que já foram beneficiados pelo programa de Deus “luz para todos”. No entanto, muitas perguntas (em relação ao programa de Deus) ainda estão sem respostas. Eis algumas:

Por que o programa não “deslancha”? Por que os povos continuam na escuridão, e consequentemente no medo? Por que os povos não têm gozado do conforto de Deus? Por que os povos erram tanto o caminho de Deus? Poderíamos fazer muitas outras perguntas, e é bem provável que alguém tivesse muitas respostas “teologicamente corretas”; mas, a resposta principal é que: enquanto o programa de Deus “luz para todos os povos” não chegar até aos confins da terra, os povos continuarão na escuridão, e sem usufruírem os benefícios eternos de Cristo Jesus. O Senhor Jesus tem convocado os seus embaixadores para serem luz (Mt 5:14-16) num mundo em trevas e a levarem a todos os povos (Mc 16:15). Você tem sido “luz”? Você tem gozado dos benefícios da “Luz”? Você tem levado a “Luz”? Um hino do cantor cristão número 436, na primeira estrofe nos diz: “Os milhões em trevas, cheios de pavor, pedem luz, pedem luz”. A nossa oração, contribuição e participação no programa de Deus “luz para todos” concorrerá para que essa e outras muitas estrofes de hinos que denunciam o clamor dos povos sejam substituídas por outras que incluam todos os povos, tribos, línguas e nações (Ap. 7:9) Que sejamos como “luzeiros” (Fil. 2:15 ) refletindo o caráter de Deus. AMÉM!

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REFLEXÃO

Pr. João Melo, missionário da MNTB, atua com a etnia Pataxó, aldeia Coroa Vermelha- BA

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CURIOSODADE CULTURAL

A saída do Coração da Pedra e a Origem das Etnias

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uito tempo atrás, todos os homens viviam, comiam, bebiam e faziam festa dentro de uma grande pedra. Somente os animais, que naquele tempo eram semelhantes aos homens, habitavam a superfície da terra. Certo dia, os animais, aves e pássaros descobriram que existia gente embaixo deles. Por certo ouviram os homens cantando e festejando. Não se sabe se foi por curiosidade, ou por ordem de Gorá(criador), então começaram a cavar; tentar abrir uma porta na pedra, mas esta era muito dura. Os pássaros maiores, o mutum, as araras, os papagaios e outros levaram suas ferramentas e tentaram perfurar a dura superfície, mas todos acabaram quebrando ou estragando suas ferramentas, ou seja, seus bicos ou suas unhas. Finalmente chegou o periquito que, pelo seu tamanho, ninguém lhe dava nada. Mas, enfim, foi ele quem conseguiu furar a pedra. Trabalharam até abrir um buraco que cabia uma pessoa. Aí todos que estavam dentro da pedra queriam sair. Cada povo, segundo seu grupo ou clã, foi saindo. Saiu muita gente e cada povo, assim que saía, fazia algum pronunciamento indicando o tipo de gente que ia ser. Os brancos saíram dizendo: “Nós vamos ser donos de coisas”. Saíram os brancos todos, por isso têm muitos hoje. Os povos indígenas também, ao saírem, declararam o que iam ser, dizendo: “Nós vamos ser gente pintada,” ou “Nós vamos ser guerreiros; matadores de gente”, e assim por diante. Cada grupo, ao sair, se ajuntou e sentou-se no seu banco. Parece que já havia um banco certo para cada grupo. Por último começou a sair o povo gavião. Mas

depois de saírem alguns, uma coisa infeliz aconteceu: uma mulher grávida, ao tentar sair, ficou enroscada na porta, ou buraco, da pedra. Enroscou-se de tal maneira que não tinha jeito de tirá-la para baixo e nem de puxá-la para cima. Aí pronto! O resto do povo gavião ficou dentro da pedra mesmo, e a mulher grávida acabou se tornando em pedra também. É por isso que os gavião são poucos. Depois deste incidente, ninguém sabe quando, Dúnúnbíhr, um guerreiro famoso, ancestral dos gavião, que andava por toda parte guerreando e caçando com seus filhos, os quais eram também guerreiros valentes, conseguiram matar um homem gigante que se chamava Itisápépéa. Quando voltavam de suas andanças, faziam festas na maloca, onde dançavam e bebiam muita macalouba. Mas com o passar do tempo, os filhos de Dúnúnbíhr ficaram com os cabelos brancos, igual ao seu pai, de forma que ninguém mais conseguia distinguir quem era o pai e quem eram os filhos. Um certo dia, Dúnúnbíhr, nas suas andanças, passou por cima da pedra da qual tinha saído os povos, e escutou gente falando, cantando, tomando macalouba e dançando, mas não conseguia entrar; não achava a entrada, pois a mesma não existia mais. Ficou desesperado para entrar e tomar macalouba com eles. E perguntou-lhes: “Onde é a entrada?”…E também: “Tragam macalouba pra mim…tragam pra mim.”, mas não tinha jeito. Eram os remanescentes dos gavião que tinham ficado dentro da pedra que o Dúnúnbíhr ouvia. Mito coletado pelo missionário Adilton Furtado Campos, membro da equipe que atua entre os Gavião – RO.

NINGUÉM PERSONAGENS: JOÃO ALGUÉM, TOMÉ TODOS, PEDRO QUALQUER PESSOA, JOSÉ NINGUÉM Estes eram vizinhos na cidade de INFRUTIFERÓPOLIS. Era um grupo estranho e pertenciam à mesma igreja. Eram também muito ativos em sua comunidade. Todos tinha uma boa casa e Alguém podia fazer as coisas quando queria, enquanto Qualquer Pessoa passava seu tempo assistindo a seus programas prediletos na televisão. Um dia Ninguém sugeriu que eles deveriam ser mais envolvidos no trabalho de missões da igreja. Todos pensou que certamente Alguém estava orando pelos missionários. Mas Alguém sabia que Qualquer Pessoa podia gastar tempo orando por eles. Mas sabe quem realmente estava orando pelos missionários? Ninguém. Todos começou a julgar se Alguém tinha interesse pelos problemas dos missionários. Alguém sabia que Qualquer Pessoa podia gastar tempo escrevendo e conhecendo os problemas e trabalhos. Adivinha quem se preocupou o suficiente para escrever? Está certo de novo, Ninguém. Ninguém na verdade era um rapaz legal. Quando tinha missionários falando na igreja, Ninguém prestava atenção, pois Ninguém amava a obra missionária. Ninguém os ajudou financeiramente. Como Qualquer Pessoa podia ter mandado ofertas para eles, Alguém pensou que Todos sabia dessas necessidades. Mas como sempre Ninguém os socorreu. Como então ouvirão falar de Cristo os bilhões que ainda não ouviram? Todos sabia que Alguém precisava ir dizer-lhes as Boas Novas, mas pensavam que Qualquer Pessoa iria. Sabe quem finalmente se dispôs a ir aos campos missionários? Ninguém.

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Atualidade

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MÁSCARAS: USO COMUM EM NOSSOS DIAS?!

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NOTÍCIAS DOS CAMPOS

Tribo Kaxuyana - PA Equipe missionária: Harley e Janete Torres / Raimundo e Valdinéia Siqueira.

Os missionários desenvolvem um bom relacionamento com os índios, mesmo que sua comunicação seja em português, sendo que eles também falam nossa língua. Inclusive existe quem fale até cinco línguas na aldeia. Na comunidade existe uma escola onde o ensino é dado na língua nativa e em português. O povo tem demonstrado desejo de ouvir a palavra de Deus em sua própria língua e que a Bíblia seja traduzida para o kaxuyana. O missionário Raimundo conta que, certo dia, ao compartilhar um versículo da Palavra de Deus usando um homem como intérprete, em dado momento, ele falou uma frase em kaxuyana. Para surpresa dele percebeu os olhos dos ouvintes brilhando. Pareciam pedir-lhe: “fale mais em nossa língua!” Depois disso muitos vieram conversar com ele na língua materna, mas infelizmente ele não sabia falar, exceto algumas frases. A missionária Valdinéia ajuda muito na área de saúde. A Beatriz, filha dela, toma medicação para acabar com uma anemia persistente. A missionária Janete, no início de agosto, teve um aborto, e ficou abalada, pois seria seu primeiro e desejado filho. A equipe agradece a todos o apoio e orações e ao Senhor pelo que Ele tem feito neste trabalho.

Tribo Araweté - PA Equipe Missionária: Francisco e Mariene Fernandes / Sérgio e Dirce Macedo.

Alguns irmãos da Igreja Batista Maranata de Jacareí - SP foram visitar a aldeia Pakãjã, do povo Araweté, com o objetivo de abençoar o povo Araweté com um projeto elaborado por eles, que incluía cavarem duas fossas com tampas de concreto, plantarem uma horta para os missionários, e levarem um dentista para atender a comunidade. Foram 68 procedimentos dentários prestados. A equipe recebeu um gerador de energia, roupas para o povo, material didático para a escola, alimentos e outras doações. Os irmãos da Igreja Presbiteriana de Altamira os recepcionaram, deixando à disposição a casa pastoral para hospedar os visitantes. No dia 28/07, o casal de missionários Francisco e Mariene Fernandes chegou para fazer parte da

Tribo Baniwa/Kuripako - AM Equipe missionária: Aparecida Ferreira / Benjamim e Jayne Hill / Crícia brito / Jeconias e Anaildes Souto / Sérgio e Rosimeire Rodrigues / Zenilson e Rita Bezerra / Marcelo e Rute Silva.

Depois de tanto empenho e horas de estudos na língua e cultura do povo, o ensino bíblico na comunidade Ambaúba começou, e terá a duração de aproximadamente três meses. Um grupo de 37 pessoas está ouvindo os ensinos dados pelo missionário Zenilson Bezerra. Um homem Baniwa procurou o missionário na sua casa e deu o seguinte testemunho: “Eu ainda não sei quem de fato é Deus. Para mim Ele era algo à toa, mas estou ouvindo agora em Gênesis que Ele é superior a todos, e estou começando a aprender um pouco, pois só conhecendo de fato quem Ele é poderei dizer que Ele é o meu chefe”.

Tribo Deni - AM Equipe missionária: Elton e Lourdes Chaves / Vladmir Cunha.

Após uma viagem de 13 dias, saindo de Manaus, o missionário Elton Chaves, juntamente com dois homens ribeirinhos, chegaram à aldeia Marrecão. O objetivo era desfazer duas antigas casas de madeira e transportar para outra aldeia o que pudessem aproveitar para construção de uma nova casa. Essa mudança de aldeia se deu devido à necessidade dos membros da equipe morarem na mesma aldeia. Na nova aldeia foram bem recebidos e logo começaram os trabalhos de construção da nova casa. Atualmente o Elton está na aldeia enquanto sua esposa Lourdes está em Manaus por causa dos estudos dos filhos.

Tribo Zoró - RO Equipe missionária: Barney e Alessandra Ferreira / Shogi e Eula Wakahara.

A comunidade Zoró tem enfrentado problemas com dengue, diarréias e crianças com várias feridas provocadas por picadas de carrapatos. Os missionários prestam assistência na área de saúde, transportam doentes para o posto de saúde do vilarejo mais próximo e prestam atendimentos de primeiros socorros. O casal Barney e Alessandra inicia seu período de férias – divulgação, saindo do trabalho para visitar igrejas, famílias, cuidar da saúde e resolver coisas pessoais e retorna em março de 2010.

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Respostas de Oração de 2009 Tribo Waiãpi – A Agradecer ao Senhor e à Igreja Presbiteriana de Pinheiros pela doação de um violão para o missionário Francisco Carvalho, que será utilizado na gravação de canções para edificar a igreja waiãpi.

Tribo Gavião – MA Louvor pela construção do templo, o local de reuniões da igreja indígena Gavião. Agradecer a todos os homens e mulheres envolvidos nesta construção. Muitos irmãos e irmãs gavião colocaram a mão na massa e ajudaram na construção do templo, e alguns irmãos norte-americanos que fizeram doações para esta construção também vieram ajudar uns dias.

Tribo Xucuru – PE Louvar ao Senhor pelo 1º ano da Casa de Apoio ao Indígena, CAAPIN, localizada na cidade de Pesqueira - PE, que se deu no mês de julho. A CAAPIN oferece para adultos e crianças aulas de informática, inglês, música e reforço escolar. Os missionários visam primordialmente a pregação do Evangelho. Algumas crianças já receberam a Cristo como Salvador e, através delas, os pais estão sendo alcançados e alguns freqüentam as aulas bíblicas. Os missionários Ebenézer e Adriana Leal, João Paulo e Cristina desenvolvem este trabalho em Pesqueira. Louvar a Deus por todos que têm apoiado e investido na CAAPIN.

Tribo Hixkariana Louvor pelo grupo de irmãos norte-americanos, nove homens e três mulheres, que vieram para ajudar na construção da casa das missionárias solteiras. As moças já estão na aldeia e morando na nova casa, mesmo faltando pequenos detalhes para serem feitos.

Pedidos de Oração do Campo brasileiro Tribo Kaxuyana-PA Aprendizado da língua e cultura para os membros da equipe. Saúde da Beatriz, filha do Raimundo e Valdinéia. Força, consolo e saúde para Janete. Salvação do povo kaxuyana e saúde do povo, pois a água que bebem não é tratada e isso causa muitas doenças. Cuidado e proteção do Senhor para nossos irmãos, que viajam muitas horas pelos rios e cachoeiras perigosas. Tribo Araweté – PA Agradecimento ao Senhor pelos irmãos das Igrejas Batista de Jacareí e pela Presbiteriana de Altamira que participaram no projeto desenvolvido na aldeia. Pelo casal Francisco e Mariene, sua adaptação na aldeia e pela chegada do Jairo, novo bebê do casal. Pelo casal Sérgio e Dirce que precisa sair para visitar algumas igrejas e os familiares. Livramento e proteção do Senhor, pois a equipe faz muitas viagens perigosas pelo rio Xingu.

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Tribo Yanomami – AM Sabedoria para o casal João e Hope quanto ao ensino dos filhos. Suprimento financeiro, pois precisam fazer compras para vários meses, já que moram bem isolados. Saúde e bom relacionamento da equipe. Saúde e proteção do povo yanomami pelas matas. Para que consigam recuperar uma caixa com alguns painéis solares que foi extraviada. Tribo Baniwa/Kuripako –AM Sabedoria, capacidade e discernimento para o Zenilson na apresentação das lições bíblicas. Pelos que estão participando dos ensinos; que entendam e tenham persistência em ouvir as verdades bíblicas. Tribo Zoró – RO Saúde da Alessandra e pelo tempo de férias-divulgação deles. Precisam de suprimento para as viagens, tratamento de saúde e reparos no carro.

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NOTÍCIAS DA ÁFRICA Moçambique Equipe Missionária – Clemilda Neves e Rubenita Santos

A missão visa alcançar outros povos e por causa disto foram feitas algumas viagens de sondagem entre os povos Ngone, Tawara e Maindo, para abrir um trabalho com um desses povos. Atualmente a missão trabalha com os povos Mwiniga, Lolo e Yao. Elas moram em Nampula e Rubenita estuda a língua do povo Makua, grupo étnico mais populoso de Moçambique, planeja permanecer ali por mais dois anos. Enquanto isso ela trabalha com as crianças da Igreja Batista local e desenvolve um ministério com os moradores da zona rural. Clemilda continua seu ministério com as crianças na cidade de Nampula, e nos dias 20 a 22 de julho ela e Rubenita promoveram uma EBF que contou com a presença de mais ou menos 180 crianças. Muitas delas continuam participando das Escolas Bíblicas Dominicais. Após visitar uma dessas crianças, Clemilda descobriu que ela e suas duas irmãs andam mais de uma hora até chegarem a igreja. Mesmo assim estão animadas para virem à igreja e ouvirem os estudos. Rafael e Isabel Mapa Após alguns meses visitando igrejas e divulgando o seu projeto de trabalho em Moçambique, Rafael e Isabel Mapa já conseguiram o sustento mínimo necessário. Atualmente estão em Anápolis, onde desenvolvem alguma atividade na base da missão enquanto continuam visitando algumas igrejas e esperam o suprimento do Senhor para as passagens para Moçambique. Povo Lolo Alguns da etnia Lolo, já creram em Jesus e estão sendo discipulado e muitos não salvos estão estudando a palavra de Deus com o missionário Mateus. Os missionários que trabalham com este povo não são brasileiros. Povo Yao e Mwinika A equipe de missionários que trabalha com estes dois povos é estrangeira e está estudando a língua e conhecendo a cultura destes povos. O casal Anthony e Jennie está de férias e divulgação nas igrejas de Singapura e Alfred e Belinda estão construindo sua casa.

Guiné-Conacri Equipe missionária – Ana Lúcia Barros

Ana Lúcia Barros- pede oração pela situação política do país. No último dia 28 de setembro houve uma manifestação ou passeata organizada pela oposição ao atual governo. As forças de segurança reagiram e houve um grande número de mortos e feridos.Graças a Deus os missionários estão bem e em segurança. As embaixadas estrangeiras estão incentivando seus cidadãos a permanecerem em suas casas até que a situação volte ao normal.

Pedidos de Oração da África Moçambique Rubenita Direção do Senhor na escolha do povo e do novo local onde a Missão pretende trabalhar. Ajuda do Senhor em relação ao aprendizado da língua e cultura Makua, seu trabalho com as crianças e seus planos de evangelizar os moradores na zona rural. Clemilda Ânimo, sabedoria, perseverança e alegria no ministério com criança. Seu trabalho no escritório na base da missão. Rafael e Isabel Mapa Suprimento das passagens para o irem para Moçambique e para compra dos móveis e utensílios domésticos. - Pelos governantes e líderes deste país, pela nação moçambicana e sua salvação. - Firmeza dos crentes da etnia Lolo. - Pela salvação dos povos Yao e Mwinika - Para que os missionários entre os povos Yao e Mwinika aprendam a língua e possam ensinar a Palavra de Deus.

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ENTREVISTA

Zacarias - Teve muita diferença, bastante mudança. A cultura indígena é muito forte e resistente. A mitologia do povo Gavião acredita que no passado tinha os seus deuses, e que seguia, era a religião do povo Gavião. E muitas vezes fomos enganados porque a gente cria num ser que não ajudava a gente.

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ENTREVISTA Por exemplo, a comunidade acreditava que era atacada por espíritos maus e a pessoa chegava a morrer. Depois que a maioria do povo Gavião creu que existe o Criador do Universo, que Jesus é a Salvação de todo problema, aí mudou o modo de pensar do povo Gavião e deixaram de acreditar nesses espíritos maus, nos trabalhos do pajé, nos pássaros que advinham coisas que vão acontecer. E depois, por conta disso, tivemos dificuldades com as ONGs e órgãos do governo, porque passamos a crer num ser superior e tudo começou a mudar. Os índios faziam coisas erradas, havia bebedeiras, iam pra cidade e se embriagavam se prostituíam e tudo isso foi mudando. Vivemos muitos períodos de guerra de conflitos entre nós mesmos, entre outros parentes, outras tribos, e depois que conhecemos Jesus fez com que se apaziguasse, acabaram os confrontos. Tudo isso foi mudando. A Palavra de Deus escrita facilitou muito a compreensão e mudou ainda mais o modo de pensar, de viver do povo. E depois que a Palavra de Deus foi escrita em nossa língua os pregadores aumentaram e tiveram mais facilidade de transmitir para outros. E os inimigos foram se tornando nossos amigos, os outros povos foram mudando. CT – E os povos indígenas próximos que também são cristãos, mudou alguma coisa em seu relacionamento com eles? Zacarias - O povo Gavião da região de Rondônia foi um dos primeiros a ter contato com os não índios, portanto, os primeiros a falar o português e a trazer as outras tribos para o contato com os “brancos”, e com a Palavra de Deus. Embora tivéssemos bom contato com eles, por causa do Evangelho tínhamos algum conflito. Alguns compreenderam que não precisávamos mais guerrear entre nós, isto foi muito bonito. Os Suruí são evangélicos há muito tempo, nós

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os visitamos, os Zoró também. Tem um número grande de evangélicos lá, através do povo Gavião. Embora, com dificuldade de deslocamento, estamos conseguindo visitar várias aldeias, como Igreja. CT – O que vocês pensam sobre as tribos ao seu redor que ainda não conhecem a Jesus? Zacarias - Nós fazemos questão de levar a Palavra de Deus aos nossos parentes. Vou dar o exemplo do povo Arara: Há muito tempo, embora tenha missionários lá, estava sendo difícil da Palavra de Deus penetrar dentro do coração deles, eu não sei porque motivo. Com essa preocupação, a Igreja Gavião visita a aldeia deles, com os presbíteros e diáconos. Passamos a Palavra de Deus, fizemos perguntas, se eles acreditavam que existe um ser maior Criador do Universo, e sobre Jesus. A partir daí, o número de evangélicos cresceu. Daí, a importância de um indígena ensinar o outro. Os índios “Borboleta” ainda não ouviram falar de Deus, nem a Funai tem contato com eles. Os Amundawa também, eles já têm contato com não indígenas, mas não têm a Palavra de Deus ainda; os Uruweu-wau-wau e outras tribos. Queremos visitar todos esses parentes. A Igreja precisava visitar a terra indígena Rio Branco - Parque Indígena Rio Branco - onde parece que tem umas cinco a oito etnias. Acreditamos que ainda vamos fazer essa visita. CT – Ouvimos dizer que vocês gostam de música? Pode nos contar alguma coisa sobre isso? Zacarias - A música está no sangue do povo Gavião. Antes dos Gavião se converterem, tinham o hábito de cantar em festas adorando os espíritos, os Gojánéhj, o Zagapóhj, seres que acreditavam fazer parte da cultura. A partir do momento que a Palavra de Deus chegou ao povo Gavião, que se converteram, então passou a crer que também Deus pode

ser louvado e adorado com cânticos, e temos facilidade em compor músicas, principalmente agora, que as músicas só falam de coisa boa. Hoje temos grupos de jovens que tocam, cantam, compõem músicas da Palavra de Deus; isso faz parte da cultura. Uma vez que essa música é composta para louvar a Deus, que eles possam louvar a Deus com alegria. CT – Como a participação dos crentes Gavião no CONPLEI ajudou a igreja local? A visita ao CONPLEI para o povo Gavião enriqueceu muito e ajudou a fortalecer mais a igreja. A partir dali a gente começou a crescer ricamente e compreender mais a Palavra de Deus. Foi muito importante porque ali (CONPLEI em Porto Velho – RO) tinha parentes indígenas do Brasil inteiro e até da América Latina. Falando especificamente do CONPLEI que participei foi uma bênção pra mim e para os outros que foram junto comigo. Os que participaram em Manaus demonstraram que foi muito bom e tiveram uma experiência muito boa. CT – O que as igrejas não indígenas poderiam fazer para ajudar vocês na caminhada cristã? Zacarias – O que a gente mais precisa mesmo é de pessoas para ajudar na pregação, na comunhão, na alegria e principalmente na oração. A igreja pode estar orando pra que a gente continue firme, que a igreja se multiplique. A igreja Gavião não proíbe de alguém visitar. Em certas ocasiões precisamos de ajuda para ir visitar as aldeias de carro, de bicicleta, para fazer culto; estamos agora já se preparando para o Natal e já estamos arrecadando alimentos. E o mais que os irmãos podem fazer é pedir a Deus todos os dias para iluminar nosso coração, a nossa igreja e outros indígenas de outros povos.

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FOTO ARQUIVO MNTB

FOTO ARQUIVO MNTB

HISTÓRICO DA ATUAÇÃO MISSIONÁRIA ENTRE OS GAVIÃO - RO

Miss. Adilton reunido com a Igreja Gavião

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EXPERIÊNCIA MISSIONÁRIA O ENCABOCADO GADARENO Este fato aconteceu na aldeia de Imbiriba do povo Pataxó, Sul da Bahia. No ano de 2003, o missionário Zaqueu F. Policarpo, juntamente com o índio Bené (Benedito Bonfim), ministravam o ensino bíblico para um casal de indígenas idosos Manoel e Maria quando, numa das lições, precisaram explicar sobre o endemoniado gadareno, em Marcos 5:1-20. Ao notar que a Dona Maria não conseguia compreender o estado espiritual em que o homem se encontrava, o Bené interrompeu: “Olhe Dona Maria, este homem aqui na figura está encabocado!” Neste momento, Zaqueu percebeu que houve entendimento da Dona Maria, não só no aspecto lingüístico, como também no espiritual, pois ela e o seu Manoel assimilaram a relação entre os espíritos maus que possuíram aquele homem de Gadara, e os “Caboco” que se apossam dos pajés com pretexto de curar ou adivinhar em benefício da aldeia. A luz do Senhor, que é a Palavra de Deus, continua brilhando em meio as trevas. Hoje, o casal Manoel e Maria são nossos irmãos em Cristo. Missionário João de Melo, membro da MNTB, atua entre os Pataxó - BA

Problemas de Saúde José Pelegrino Amaro e Maria Olegar Amaro são missionários da Missão Novas Tribos do Brasil, têm servido ao Senhor em várias tribos indígenas na região amazônica, atualmente estão jubilados e moram na cidade de Altinópolis – SP. O missionário José Pelegrino está iniciando um tratamento quimioterápico para combater um câncer no aparelho digestivo, no dia 11 de novembro próximo. Ele está confiante no Senhor e dependendo Dele. Ore em favor do irmão José Pelegrino, que o Senhor lhe dê as forças para passar por essa fase. – Marcelo Pedro da Silva e Rute Cavalcanti da Silva são missionários da Missão Novas Tribos do Brasil desde 1989. Serviram ao Senhor em Puraquequara - AM por alguns anos e depois aceitaram o desafio de morar no Alto Rio Içana, região conhecida como “Cabeça do Cachorro” para trabalhar com o povo Kuripako, onde ministraram a Palavra de Deus na língua nativa e serviram o povo na área de saúde e educação. Após vinte anos neste ministério, num período de férias e divulgação, foi diagnosticado que ele era portador de um tipo de câncer denominado Leucemia Mielóide Aguda. Começou então uma grande luta contra esta doença. Após vários meses de tratamento intensivo e muitas complicações, ele teve uma melhora significativa, ganhou peso e voltou quase ao ritmo normal das suas atividades. Foi então que Marcelo e Rute foram convidados por uma pequena igreja evangélica nos Estados Unidos para visitá-los e dar um testemunho sobre o que o Senhor fez na vida dele e compartilhar o desafio de Missões em seus corações. Esta igreja havia acompanhado bem de perto toda a fase de tratamento que fora feito nos últimos doze meses. Entendendo ser esta a vontade de Deus para eles, chegaram a cidade de Denver - CO, onde apresentaram o trabalho missionário e compartilharam toda a sua paixão pelo Senhor e pelas almas perdidas. Lá chegando, naquela semana, ele foi acometido de uma gripe forte e com isto a leucemia apresentou um quadro preocupante. Nos Estados Unidos recebeu, a princípio, um tratamento quimioterápico convencional. Depois de várias aplicações e sem que o resultado esperado acontecesse, os médicos conversaram com ele sobre a possibilidade de usarem um medicamento novo, recém descoberto nos Estados Unidos, chamado Clofarabine, cujas propriedades de combate à doença se aplicam exatamente ao tipo que o acometeu. Já recebeu quatro aplicações deste medicamento e aguarda o resultado dos exames para saber se foi eficiente. Pedimos oração em favor deste irmão: Suprimento de recursos para as despesas do hospital; Suprimento de um doador compatível de medula óssea para um futuro transplante; Direção do Senhor quanto às decisões a tomar; Além das orações, convocamos o povo de Deus a ajudar de uma maneira mais prática: 1. Contribuindo financeiramente para pagamento das despesas médicas nos EUA. Conta do Pr. Marcelo: Ag. 0320 do Banco Bradesco, CC: 0405763-5, em nome de Marcelo Pedro da Silva. 2. Sendo um doador de medula óssea. Veja no blog: www.marcelorutesilva.blogspot.com, orientação como ser doador.

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Conferência missionária para a família No Instituto Bíblico Peniel, em Jacutinga - MG. Data: 13 a 16 de fevereiro de 2010 A programação inicia-se com o jantar no dia 13 e termina com almoço no dia 16. Haverá programação especial para: Crianças; Juniores; Jovens e Adolescentes; Adultos. Nesta conferência haverá: uma palavra desafiadora; workshop de música; workshop de artesanato indígena; esportes; trilha; gincanas.

Programa de Assistência Missionária " Amei minha experiência com o PAM."

Andressa Conde CASO VOCÊ ESTEJA INTERESSADO, ENTRE EM CONTATO CONOSCO. PAM CAIXA POSTAL 1953 ANÁPOLIS, GO 75001-970 (62)3318-1234 pam@mntb.org.br

Um ministério da Missão Novas Tribos do Brasil O PAM é um projeto que visa dar apoio ao missionário no campo, com um foco na experiência do candidato. Um dos nossos alvos é despertar o seu conhecimento da obra de Deus entre os indígenas brasileiros, dando a você uma visão verdadeiramente transcultural sobre o Evangelho. Embarque nessa aventura e invista um mês conosco," sua vida nunca mais será a mesma! Aguardamos você em janeiro de 2010.



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