Revista Diretório de Saúde 2016

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diretório de saúde’16

O estado da arte da saúde no distrito de Coimbra

patrocínio

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIAS DA SAÚDE DE COIMBRA

Esta revista faz parte integrante do Diário As Beiras de Maio e não pode ser vendida separadamente



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2 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE ENTREVISTA

índice Prestação de serviços Perfil dos cuidados de saúde na região Centro >Pág 4/5

Pres de se

Parcerias para “turbinar” o conhecimento e transformá-lo em valor, por Martins Nunes >Pág 8/10 IPO de Coimbra: Na vanguarda do tratamento do doente com cancro, por Manuel António >Pág 12/15 Hospital Distrital da Figueira da Foz: 44 anos a fazer a diferença >Pág 16 Clínica Médica Dentária Inês Nina >Pág 18

4-

Sanfil: Saúde de excelência no Centro >Pág 20/24 Idealmed: a qualidade nos serviços prestados >Pág 26/30 Clínicas Leite: Oftalmologia de ponta em Coimbra >Pág 32 Spine Center: Mais perto de si >Pág 34/35 Clínica Oftalmológica J. Mira Coimbra: Cirurgia da catarata com lente multifocal >Pág 36/37 Clínica Particular de Coimbra: Humanização com multiplas especialidades >Pág 38

Ensino Duas dezenas de cursos de saúde mobilizam 8500 alunos em Coimbra >Pág 40/41 Quase pleno emprego para os formados pela EstesC, por Jorge Conde >Pág 42/43 Faculdade de Farmácia: aposta na prestação de serviços nas áreas das análises clínicas e no apoio à indústria Farmacêutica >Pág 44/45 Faculdade de Medicina: reforça-se como referência de qualidade, por Duarte Nuno Vieira >Pág 46/50

Produção/distribuição Cinco grandes unidades dominam a indústria farmacêutica no Centro >Pág 52/53 Proquifa: Especialistas na distribuição personalizada de medicamentos a partir de Coimbra >Pág 54/55

Institucional Ministério da Saúde tem 18 direções gerais e institutos >Pág 56/57 ARSCentro: Assegurar o acesso a cuidados de saúde de qualidade, por José Tereso >58/59 Ordem dos Médicos: “A defesa da qualidade da formação médica, por Carlos Cortes

Produção Distribuição

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está acima de tudo” >Pág 60/62

DIRETOR Agostinh o Franklin SUBDIRETORA Eduarda Macário CFEFE DE REDAÇÃO Dora Loureiro COORDENADORA DEP. GRÁFICO Carla Fonseca TEXTOS António Rosado, Dora Loureiro, Eduarda Macário, Jot’Alves, Lídia Pereira o meu jornal, a minha região FOTOS Carlos Jorge Monteiro e Luís Carregã CONTACTOS: SEDE: Rua Abel Dias Urbano, n.º 4 - 2.º 3000-001 Coimbra, tel. 239 980 280, 239 980 290, Telem: 962 107 682 fax 239 980 288, administrativos@ PROPRIEDADE Sojormedia Beiras SA asbeiras.pt REDAÇÃO Tel. 239 980 280, Fax 239 983 574, redaccao@asbeiras.pt PUBLICIDADE tel. 239 980 287, fax 239 980 281, publicidade@asbeiras.pt CLASSIFICADOS tel. 239 980 290, fax 239 980 281, classificados@asbeiras.pt ASSINATURAS tel. 239 980 289, assinaturas@asbeiras.pt


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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

Serviços de s Centro revela perfil diversifi

Aos 13 hospitais públicos, juntam-se seis Agrup Vouga, Dão/Lafões, Cova da Beira, Pinhal Interio e Castelo Branco

O

acesso dos doentes aos cuidados de saúde públicos na área da Administração Regional do Centro (ARSC) colocase em vários patamares, dois deles dominantes: os cuidados primários prestados nas dezenas e dezenas de unidades de saúde familiar, que fazem parte dos seis Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES), e os 13 hospitais existentes neste território. Entre estes últimos, sete já têm o estatuto de Entidade Pública Empresarial (EPE), sendo os maiores da região, com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) à cabeça, acompanhado pelo vizinho IPO. Os restantes EPE são os de Tondela-Viseu, Leiria-Pombal, Baixo Vouga, Cova da Beira e Figueira da Foz. A estes acrescem, na Beira Interior, os hospitais Sousa Martins e Amato Lusitano, atualmente referenciados como Unidades Locais de Saúde, respetivamente, da Guarda e Castelo Branco, incluindo unidades de cuidados primários no seu seio. Como hospitais do Setor Público Administrativo (SPA) já só existem três: Arcebispo João Crisóstomo, em Cantanhede, Medicina de Reabilitação Rovisco Pais (Tocha) e Francisco Zagalo (Ovar). Nesta


e seis Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) - Baixo Mondego, Baixo Pinhal Interior Norte e Pinhal Bitoral - e as Unidade Locais de Saúde da Guarda

rede está também incluído o hospital de Anadia, com acordo de cooperação. Os seis ACES da região são os do Baixo Mondego (cerca de 40 USF), Baixo Vouga (cerca de 50), Cova da Beira (9), Dão-Lafões (35), Pinhal Interior Norte (18) e Pinhal Litoral (20). Numa outra abordagem da contratação de serviços do Ministério da Educação surge a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), a funcionar há uma década e que tem vindo a crescer de ano para ano. O objetivo é garantir a prestação de cuidados continuados integrados a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situação de dependência. A Rede é constituída por unidades e equipas de cuidados continuados de saúde ou apoio social, e de cuidados e ações paliativas, com origem nos serviços comunitários de proximidade, abrangendo os hospitais, os centros de saúde, os serviços distritais e locais da segurança social, a Rede Solidária e as autarquias locais. Numa quarta vertente surgem as convenções com hospitais e clínicas para

prestação de cuidados de saúde, seja no âmbito do Sistema Integrado de gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), seja na área dos meios complementares de diagnóstico. No primeiro caso (SIGIC) têm convenção uma dezena de clínicas: Casa de Repouso (Sofia) Coimbra, Clínica de Montes Claros, Idealmed III, Intercir-Centro Cirúrgico de Coimbra, Sanfil-Casa de Saúde de Santa Filomena, Clínica Particular de Coimbra, Venerável Ordem Terceira de São Francisco, Fundação Nossa Senhora da Guia (Hospital de Avelar), Fundação Aurélio Amaro Diniz (Oliveira do Hospital) e Hospital da Misericórdia da Mealhada. Nos que diz respeito a meios complementares de diagnóstico, as cerca de uma centena de entidades com acordos firmados no distrito de Coimbra são de onze especialidades médicas: sejam as Análises Clínicas, Anatomia Patológica, Cardiologia, Diálise, Electroencefalografia, Endoscopia Gastrenterológica, Medicina Nuclear, Medicina Física e de Reabilitação, Radiologia, Pneumologia e Imunoalergologia. | António Rosado

Prestação de serviços

de saúde na região velam ersificado


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DB-Fotos de Luís Carregã


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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//CHUC

Parcerias para “turbinar” o conhecim

O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Martins Nunes, a DB-Luís Carregã

A fusão dos hospitais de Coimbra ocorreu há cinco anos. Que balanço da qualidade de prestação de serviços, organização e resultados financeiros se pode fazer? O processo iniciado há cinco anos tem decorrido dentro das grandes balizas estratégicas que então desenhadas: garantia da qualidade de serviços, robustecimento da organização com incremento de escala e ganhos financeiros (por poupanças diretas e por alavancagem de capacidade de resposta). Relativamente à qualidade de serviços, importa sublinhar que a generalidade dos mais relevantes indicadores de qualidade clínica registou melhorias continuadas e sustentadas ao longo destes mais de quatro anos, incluindo desempenho clínico qualitativo e quantitativo, tendo

inclusivamente sido alargados o acesso (fazemos hoje cerca de 900.000 consultas) e a disponibilidade de resposta (fazemos 62.400 cirurgias, atendemos mais de 280.000 urgências em todos os nossos pólos e registamos cerca de 62.000 internamentos por ano). A esta significativa carga de produção assistencial, há que acrescentar uma intensa atividade científica, com cerca de 1.400 artigos científicos publicados pelos nossos profissionais e a realização de quase 150 ensaios clínicos. Quer dizer, o CHUC viu potenciadas as sinergias das instituições que o constituem e assume-se hoje como o maior centro hospitalar e universitário português, com uma posição de destaque em praticamente todas as áreas. Este acrescento de valor objetivo tem

tido tradução também em ganhos de projeção e de impacto da nossa imagem: o CHUC constituiu com a Universidade de Coimbra o Centro Académico-Clínico e viram bem-sucedida a sua candidatura a membro do M8 Alliance. Além disso, frequentes vezes, nos últimos anos, o CHUC ou profissionais seus foram premiados ou homenageados e, mais recentemente, o CHUC viu serem-lhe reconhecidos 14 Centros de Referência nacional em várias áreas de patologia e/ou terapêutica (o que o coloca como o Hospital português com mais Centros de Referência). Do ponto de vista do robustecimento do Hospital, a fusão de serviços conduziu à criação de novos serviços clínicos com maior dimensão e com maior valor acrescentado, gerando sinergias importantes e


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ecimento e transformá-lo em valor

ins Nunes, aposta numa melhor prestação de cuidados de saúde, mas também mais investigação patenteada conduzindo a incrementos da motivação dos seus profissionais. Que desafios se colocam a um hospital desta dimensão hoje, face a dois períodos anterior: 2011 (fusão dos hospitais) e 2000 (início do milénio)? O maior desafio por que passa hoje o CHUC tem a ver com a consolidação da sua posição como hospital liderante da saúde na Região Centro e como Hospital determinante da saúde em Portugal. Isso significa sermos capazes de alavancar o crescimento em dimensão e em qualidade dos cuidados de saúde que proporcionamos, da investigação que fazemos e do ensino que ministramos. Desde logo, a prossecução destes objetivos exige que sejamos capazes de garantir que o CHUC se apresenta equipado ao mais alto nível tecnológico e que se posiciona ao mais alto nível de desempenho clínico em muitas áreas, assumindo-se como o hospital português com maior número de participações nas Redes Europeias de Centros de Referência: eis duas áreas de primordial importância e de grande atenção. No final do ano transato, inaugurámos um acelerador linear de última geração; neste início de ano, candidatamo-nos às Redes Europeias de Referência. No final do ano passado, criámos o Centro Académico-Clínico CHUC-UC; neste início de ano, participamos ativamente na Reunião de Primavera do M8 Alliance (a Genebra Health Forum) e acertámos detalhes do programa da Conferência Mundial de Saúde do próximo outubro. Em todos os momentos, seguimos caminhos de melhoria do hospital e de abertura de novos palcos de intervenção. Estes anos têm consolidado Coimbra, através da saúde? A resposta é sim. Prometemos fazer a fusão hospitalar sem despedimentos e cumprimos; mantivemos o emprego, reforçámos a “marca “ coimbrã medicina

e aumentámos a visibilidade do CHUC, de Coimbra e da Região. O desemprego é a pior das calamidades que pode recair sobre uma sociedade, porque descrimina os mais frágeis, cria fraturas na sociedade, empobrece o tecido e a coesão social. Criámos programas para os cidadãos mais frágeis, tais como o apoio direto em gerontopsiquiatria aos lares de 3.ª idade e às misericórdias, assim como o lançamento de um vasto programa de psiquiatria junto destes cidadãos, realçando a visão humanista e o trabalho feito pelo dr. António Reis Marques, diretor do CRI de psiquiatria e pela sua equipa. Se falhássemos, falhava a cidade e a Região Centro. Falhava a visão de Coimbra como “capital da saúde e do conhecimento”. Depois temos dos melhores profissionais do país que no dia-a-dia dão o seu melhor ao nosso hospital.

Tenho o sonho que o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) seja um hospital que num curto espaço de tempo, para além de um hospital de “serviços”, possa também ser um hospital de “produtos”, gerados, investigados e patenteados em Coimbra

Quais as áreas em que a gestão hospitalar mais incide. É no planeamento estratégico ou na gestão diária? A gestão hospitalar é uma das mais complexas atividades económicas. Isso mesmo

é reconhecido pelos melhores autores de livros de texto e pelos seus melhores executantes. Em cada instante, numa instituição de tão grande dimensão e pejada de tantos e tão distintos profissionais, prestamos atenção simultânea ao planeamento estratégico e à gestão diária. As nossas equipas incluem especialistas de grande competência em todas as vertentes da gestão. Ao nível da gestão de topo, o mais importante é que consigamos manter atenção permanente sobre o desenvolvimento dos grandes eixos estratégicos – aliás, expressos em documentos que resultaram de profundo envolvimento de todos os níveis de gestão intermédia e clínica, como o nosso Plano Estratégico 2016-2020) – e sobre o exercício quotidiano clínico, económico e financeiro, através de ferramentas de monitorização e da intervenção de proximidade das estruturas de gestão intermédia. O CHUC é a unidade de saúde que obteve aprovação do maior número de Centros de Referência a nível nacional e em duas delas únicas. O que significa esta aprovação? Em primeiro lugar, traduz a solidez das nossas proposituras e dos nossos profissionais: obtivemos vencimento em todas as nossas candidaturas. Depois, significa que o CHUC cumpre em todas essas áreas os parâmetros necessários ao seu reconhecimento por uma comissão independente. Mas, o mais relevante para os doentes do CHUC, é a demonstração de que o empenho dos nossos profissionais e o valor dos nossos recursos humanos é o mais decisivo elemento de afirmação da nossa qualidade. Nós não nos iludimos e não escondemos: o CHUC tem, como outros, algumas dificuldades relevantes e padece de algumas necessidades prementes em algumas áreas. Mas o suplemento de motivação dos que servem o CHUC,em todos os corpos profissionais, tem sido a chave para vencermos constrangimentos e superar obstáculos. O CHUC participou,

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como todas as instituições públicas e como todos os portugueses, na luta denodada contra a maior crise financeira da nossa história recente e, em alguns pontos, sofreu as consequências deletérias incontornáveis dessa situação. Mas, como os portugueses, também conseguimos encontrar nichos de oportunidade para registar algumas melhorias. O importante é reconhecer que esse tem de ser um esforço constante, para motivar e para galvanizar vontades. Sabendo que o CHUC é exatamente um Centro Hospitalar Universitário, quais os benefícios da criação recente do consórcio com a UC (considerado o maior português neste setor)? A vantagem mais relevante é a oportunidade que materializámos de integrar o restrito grupo dos membros do M8 Alliance e da Conferência Mundial de Saúde, com o que isso significa de abertura de novos contatos e de ocasião de novas parcerias com algumas das mais prestigiadas instituições de saúde do Mundo. Àcerca da M8 Alliance, chamo ainda a atenção para a possibilidade de intervenção do CHUC, como único membro português (só há cinco países da União Europeia com hospitais com assento nesta pan-organização), no estabelecimento de pontes entre a M8 Alliance e os países africanos de expressão portuguesa e o Brasil. No quadro da Conferência Mundial de Saúde, a capacidade de relacionamento fácil e colaborante com a África Lusófona e com o Brasil pode vir a ser uma alavanca entusiasmante da projeção internacional de Coimbra, da Universidade e do CHUC. Mas existem outras vantagens? Sim, claro. A criação de um consórcio entre o CHUC e a Universidade, com as suas Faculdades de Medicina, Farmácia e Ciências e Tecnologia é o maior consórcio português e onde as relações com a Faculdade de Medicina têm papel muito aprofundado. Depende apenas de nós e da nossa capacidade, sermos capazes de gerar as condições para que, com as empresas tecnológicas de base saúde

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//CHUC

de Coimbra, com a universidade e os seus institutos de investigação, de turbinar o conhecimento e transformá-lo em “valor”. Tenho o sonho que o CHUC seja um hospital que num curto espaço de tempo, para além de um hospital de “serviços”, possa também ser um hospital de “produtos”, gerados, investigados e patenteados em Coimbra. É possível identificar áreas ou serviços de grande diferenciação, em relação a outros grandes hospitais do país, ou mesmo da Europa? Em Portugal, o nosso hospital é o único Centro que realiza transplantes hepáticos em crianças, é o único Centro que trata tumores oculares e tem nele sediada a única Unidade de Cirurgia de Reatribuição de Género do SNS. Temos, no contexto nacional, uma atividade altamente diferenciada na colocação de implantes cocleares para surdez profunda e na crio-preservação da fertilidade em situações oncológicas. Além destas, e sempre correndo o risco de deixar de apontar uma ou outra atividade relevante, impõe-se que nos refiramos à nossa Unidade de Tratamento da Epilepsia Refractária, à nossa Unidade de Tratamento do AVC, à nossa capacidade de transplantação cardíaca, ao nosso desempenho no tratamento de doenças raras ou doenças hereditárias do metabolismo ou ao extraordinário desempenho que temos na transplantação e colheita de órgãos (que lideramos em Portugal). Mais do que elencar as especificidades em que somos singulares ou líderes nacionais, o que importa sublinhar é que, no conjunto, com a colaboração de todos, o CHUC é um grande hospital em todas as áreas, com todas as especialidades e com todas as valências que se exigem a um hospital de grande dimensão e de grande diferenciação, preparado para enfrentar os desafios do futuro, ao serviço dos doentes, da Região e de Portugal, de portas abertas ao Mundo, carregado de esperança e portador das melhores ambições dos seus profissionais. | António Rosado

ATIVIDADE ASSISTENCIAL

ANO - 2015

Internamento – doentes saídos

61.755

Consultas externas médicas – total 1ªs consultas Consultas subsequentes

916.857 214.359 702.498

Urgências – total Urgência geral Urgência obstétrica/ginecológica Urgência pediátrica

283.637 192.348 30.278 61.011

Cirurgias - total Cirurgia programadas Cirurgias urgentes Transplantes - Total Autólogos Cardíacos Córnea Hepáticos Renais

65.790 55.447 10.343 421 42 20 153 63 143

Hospitais de dia –nº total de sessões Quimioterapia Restantes Hospitais de Dia

88.974 23.733 65.241

Hospitais de Dia – nº de doentes

23.098

Psiquiatria – nº de sessões Tratamentos de radioterapia externa Tratamentos de braquiterapia Radioterapia externa + braquiterapia

6.524 22.949 316 1.126

Total de partos

4.949

Total de visitas domiciliárias

8.062

Fonte: CHUC (últimos dados publicados)


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ENTREVISTA DIRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS

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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//IPO

IPO Coimbra Hospital na vanguarda do tratamento dos doentes com cancro Manuel António preside há 25 anos ao Conselho de Administração do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra, unidade hospitalar que, sob a sua direção, cresceu e afirmou-se sempre na vanguarda do tratamento de doentes com cancro O IPO de Coimbra está a viver uma nova fase de crescimento e renovação de instalações e equipamentos? Estamos a iniciar uma remodelação em termos hospitalares bastante profunda. Com estas obras vamos obter melhorias valiosas em todas as frentes, para benefício do tratamento dos doentes. Vamos renovar equipamentos em diversas valências, ampliar instalações e iremos lançar em breve o concurso público para a construção de um novo edifício, onde ficarão instaladas todas especialidades cirúrgicas e os blocos operatórios, que eram as áreas que neste momento estavam pior instaladas. Para nós é fundamental termos a melhor tecnologia para tratarmos os nossos doentes e temos tido também a preocupação de melhorar sempre as instalações, para uma maior comodidade

dos profissionais e sobretudo dos doentes, e estamos a preparar mais um grande salto na qualidade. Estamos preparados para dar um grande salto na evolução do tratamento do cancro no nosso país. Neste momento já estão em curso obras no edifício da Oncologia Médica. As obras já estão a decorrer no exterior do edifício onde está instalada a Oncologia Médica e o Hospital de Dia, onde são feitos os tratamentos de quimioterapia. Esta intervenção vai aumentar em cerca de 50 por cento a capacidade do hospital de dia, que passará a ter mais cadeirões para os tratamentos, e esta ampliação era absolutamente necessária. Devido ao grande número de doentes, foi necessário alargar o horário de funcionamento do Hospital de Dia até às 22H00, e para

Manuel António

isso contámos com a colaboração dos profissionais. Mas esta solução não era a melhor para os doentes nem para as equipas. As obras vão obrigar à transferência de serviços? Neste momento estão a decorrer as obras no exterior do edifício, e em junho o imóvel irá ser intervencionado no seu interior, obras que devem terminar no final de agosto. Durante este período será necessário transferir a Oncologia Médica e o Hospital de Dia para outras instalações, bem como outros serviços que funcionam naquele edifício. Conjuntamente com as equipas de profissionais, que são de uma dedicação enorme, conseguimos identificar aqui dentro do hospital espaços dotados dos requisitos técnicos


DIRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS

necessários para durante os três meses de obras continuarmos a tratar os doentes. O Hospital de Dia será provisoriamente instalado num espaço do hotel para doentes, onde será feita a quimioterapia. Na área da radioterapia fizeram estão a fazer também um grande investimento na renovação de equipamentos? Procuramos estar na vanguarda das técnicas de tratamento, quer na radioterapia, quer em termos de hospital de dia de quimioterapia. Isso acontece mais uma vez com a aquisição do equipamento de tomoterapia, que custou 4,5 milhões de euros. Estamos também à espera de autorização para a substituição dos dois aceleradores lineares, e para isso temos 3,7 milhões de euros, de um reforço orçamental feito, para esse fim, pelo anterior governo, que entendeu esta necessidade,

para benefício dos doentes. A radioterapia do IPO de Coimbra é o serviço de referência para a zona Centro? Sim, recebemos doentes para tratamentos de radioterapia de toda a região, pois damos apoio, nesta área, aos hospitais da região, como Leiria, Guarda, Castelo Branco, Covilhã, Aveiro, entre outros. A maior das empreitadas em curso será a construção do novo edifício para as especialidades cirúrgicas e blocos operatórios? É a intervenção mais complexa. Vamos construir um novo e moderno edifício, que albergará todas as especialidades cirúrgicas e o internamento, com a mesma lotação de 100 camas, cinco novas salas operatórias, e a imagiologia, que será reinstalada e reapetrechada. O projeto de arquitetura do novo edifício está concluído e aprovado e deverá ser lançado,

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ainda neste semestre, o concurso para a construção, prevendo-se que a obra possa começar no início de 2017. O novo edifício ocupará um terreno ao lado da unidade hospitalar, onde existia uma vivenda que foi demolida, adquirido pelo IPO, e ainda o espaço que agora está ocupado com dois dos edif ícios mais antigos, os das especialidades cirúrgicas, que serão demolidos. Neste caso também será preciso manter a atividade cirúrgica noutro local? Com a demolição dos edif ícios onde funcionam atualmente os blocos operatórios será necessário encontrar alternativas para operar os doentes. Vamos ter que encontrar, juntamente com a ARS do Centro, com o Ministério da Saúde e com as estruturas de saúde, as alternativas para mantermos a atividade.

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14 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE ENTREVISTA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//IPO DB-Luís Carregã

Apesar desta fase de restrições orçamentais, o IPO vai avançar com os investimentos? O IPO está preparado, sem depender de ninguém, para fazer investimentos na ordem de alguns milhões de euros. Preparámo-nos para isso ao longo dos anos, com a colaboração de todos os profissionais da casa, e sempre cumprindo a nossa obrigação de tratar o melhor possível os doentes, com todas as terapias de vanguarda. O novo edifício para a área cirúrgica será construído exclusivamente com capitais próprios. Desde que está na presidência no conselho de administração, o IPO de Coimbra não parou de ter novos edifícios. Foi a construção do edifício para o ambulatório, o da unidade de

cuidados paliativos e hotel, a remodelação da radioterapia, entre outras... Tenho prazer naquilo que faço e nestas funções é importante mantermos sempre o entusiasmo e a motivação para abraçarmos novos desafios. A melhor liderança é saber formar boas equipas, porque ninguém faz nada sozinho, e felizmente sempre soube formar boas equipas, para fazermos bem. A minha linha de atuação foi sempre pautada por uma gestão rigorosa, muito trabalho, muita consideração pelo doente e objetivos bem definidos. O nosso objetivo primeiro é tratar o melhor possível os doentes, e arranjar e garantir condições para isso. E é isso que estamos a fazer mais uma vez com estas obras e os investimentos na renovação de equi-

pamento. Por exemplo, ao melhorar o internamento com a construção do novo edifício, que terá quartos com duas camas e casa de banho, a nossa preocupação é dar melhores condições aos doentes. Tivemos sempre esta linha de atuação, nestes 25 anos de trabalho, e nunca perdemos o entusiasmo para avançar. Na luta contra o cancro os rastreios são fundamentais? Em algumas patologias é fundamental que se façam os rastreios, que aliás estão institucionalizados a nível nacional. É o caso do cancro da mama, do colo do útero e do cólon e do reto. O diagnóstico precoce traz vantagens extraordinárias para o tratamento. | Dora Loureiro

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ENTREVISTA DIRETÓRIO DIRETÓRIO DE DE SAÚDE SAÚDE // // DIÁRIOASBEIRAS DIÁRIOASBEIRAS

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O IPO adquiriu recentemente o primeiro equipamento de tomoterapia do país, que permitirá avanços substanciais nos tratamentos de radioterapia


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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//HDFF

Hospital Distrital da Figueira da Foz 44 anos a fazer a diferença O Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) tem uma lotação de 154 camas. O seu Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica confere-lhe o estatuto de unidade de primeira linha, na sua categoria. É uma valência que se afirma como uma mais-valia para uma cidade turística, que multiplica várias vezes a população durante a época balnear. Por outro lado, com cerca de 600 funcionários, é um dos maiores empregadores da Figueira da Foz. Esta unidade de saúde tem vindo a reforçar a qualidade dos serviços e a eficiência da organização interna. Em 2015, o HDFF reforçou a sua sustentabilidade, tendo contribuído, para isso, a prossecução da visão interna e externa definida no final de 2013. Relativamente à visão interna, para além do foco na melhoria contínua e no desenvolvimento de processos que melhorem a qualidade da prestação dos cuidados de saúde, o destaque vai para o processo de mudança da cultura organizacional instituída. A implementação da mudança de paradigma interna, focaliza-se na introdução de um modelo de contratualização interna no hospital e no desenvolvimento de um modelo de trabalho, promotor de um maior alinhamento organizacional, que envolve e responsabiliza os profissionais. De dentro para fora, o HDFF tem desenvolvido a aproximação aos Cuidados Saúde Primários e a melhoria da articulação com a rede hospitalar Serviço Nacional de Saúde. Para a administração do hospital, estas continuam a ser linhas estratégicas prioritárias. Inovação e qualidade Não obstante a sua idade - 44 anos, o HDFF não parou no tempo. No capítulo da inovação destaca-se o projeto que iniciou em 2014, através de uma parceria com a NovaBase, para a criação de uma plataforma de gestão designada Healthcare Insight (HI), dirigida, essencialmente, à gestão de topo e intermédia. Esta solução informática, é um instrumento de trabalho fundamental, ao permitir um melhor acompanhamento e

controlo de toda atividade e nas diferentes áreas. Possibilita, ainda, facilmente, a existência de uma visão holística e contextualizada dos indicadores-chave sobre lógicas inovadoras de correlação, apoiando a tomada de decisões. O HDFF não deixa a qualidade em mãos alheias. Além de continuar a investir na implementação do Sistema de Gestão da Qualidade em todos os serviços (normalização de processos e procedimentos), mantém 12 serviços certificados pela Norma ISO 9001:2008 e deu início ao processo de acreditação de 3 serviços pela Agencia de Calidad Sanitaria de Andalucía. A generalização do rastreio nutricional (MUST), a nova unidade de Cirurgia de Ambulatório e a concretização plena da Via Verde do AVC no Serviço de Urgência são três itens a ter em conta na dinâmica do HDFF. Parcerias O mesmo destaque merece a articulação com Cuidados de Saúde Primários, com vários projetos em curso. Os “Cuidados de Saúde Integrados, Agendas Partilhadas” são disso prova, elogiados pela tutela. Por seu turno, Figueira Respira foca-se na gestão da doença crónica, em particular a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica. Contas em dia O HDFF tem apresentado contas que contrariam a tendência deficitária do SNS. Por outro lado, vem incrementando a capacidade de resposta. A administração destaca o aumento da produção na consulta externa, em particular nas primeiras consultas, e no Bloco Operatório, de forma significativa na cirurgia de ambulatório, continuando a desenvolver esta área cirúrgica. O HDFF alcançou, pelo segundo ano consecutivo, um EBITDA positivo de cerca de um milhão de euros, sem o recurso a subsídios de convergência ou dotações financeiras extraordinárias. O ano de 2015 fica, também, marcado pelos dois “prémios que atestam o seu dinamismo e a sua preocupação com a qualidade assistencial”.

Morada Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE Gala - S. Pedro 3094-001 - Figueira da Foz Contactos Telefone:233 40 20 00 Telefone do Serviço de Urgência: 233 40 20 97 Fax: 233 431 268 e-mail: hdff@hdfigueira.min-saude.pt Horários Consultas Externas: 8h00 às 20h00 Visitas / Internamento: 15h00 às 19h00 Serviço de Urgência: 24h/dia Serviços, Valências e Unidades Funcionais Anestesiologia Cirurgia Geral Medicina Interna Medicina Física e de Reabilitação Ortopedia Pediatria Especialidades Cirúrgicas: Ginecologia/Obstetrícia Oftalmologia Dermatologia Otorrinolaringologia Urologia Especialidades Médicas: Cardiologia Neurologia Gastroenterologia Pneumologia Psiquiatria Oncologia Médica Imagiologia Medicina Laboratorial Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica Hospital de Dia Unidade de Cirurgia de Ambulatório Unidade de Internamento de Curta Duração Unidade de Nutrição e Dietética Serviço Domiciliário Acordos ARSC, I.P. Seguradoras


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DIRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS


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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//CLÍNICA DENTÁRIA INÊS NINA

Clínica Médica Dentária Drª. Inês Nina Morada Morada: Avenida Dr. Mendes Silva, 289, 3030- 193 Coimbra (Junto ao Coimbrashopping) Contactos 239050311 / 929115674 Endereço do site: www.clinicainesnina.pt Horários 2ªf a 6ªf 9:30 às 20:30 Sábado 9:30 às 13:30 Serviço de Urgência: disponível no horário de funcionamento da clínica Equipa Clínica: Drª Inês Nina, Dr. Nuno Sampaio, Drª Betânia Alves, Dr. Tony Rolo, Drª Susana Rosa Serviços Estética Dentária, Implantologia, Reabilitação Oral, Odontopediatria, Ortodontia (crianças e adultos), Cirurgia Avançada Cartão Família, para uma família feliz! oNE DaY CliNiC, neste dia o seu sorriso é a nossa prioridade! Clínica certificada: Invisalign e Myobrace

Acordos Cheque Dentista, Medicare, SAMS Quadros, Ordem dos Enfermeiros, Ordem dos Farmacêuticos, Comunidade EDP, APCC, Conservatório de Música de Coimbra, Sindicato dos Professores da Região Centro, Centro de Reabilitação de Coimbra, Ordem Social das Franciscanas Missionárias de Maria, Cáritas Diocesana de Coimbra, A. Baptista de Almeida


DIRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS

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NINA


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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//SANFIL

Sanfil: saúde de excelência no Centro Ao longo destas mais de seis décadas de existência, o grupo Sanfil assume como missão fundamental: “prestar cuidados médicos de excelência com um corpo clínico reconhecido em todas as especialidades”. A concretização desta prioridade coloca o grupo entre os melhores O Grupo SANFIL Medicina iniciou-se em 1953 com a fundação da Casa de Saúde de Santa Filomena, em Coimbra. Na génese está o sonho da excelência em medicina que se mantém passados mais de 60 anos de existência e de prática. E é o respeito a essa visão que tem permitido, ao longo dos anos, contar com a colaboração dos “melhores médicos, procurando servir os utentes com o que de mais avançado se faz em medicina”. Atualmente, o grupo gere uma rede de várias unidades de saúde na zona Centro, destacando-se a Casa de Saúde de Santa Filomena, o Centro Hospitalar de São Francisco, a clínica da Lousã, a Diaton e o laboratório D. Diniz, entre outros. Um conjunto de unidades que garante todos os meios complementares de diagnóstico e análises clínicas, que permite “grande rapidez e qualidade de resposta às necessidades dos utentes”. Com o recurso aos mais modernos equipamentos para a realização de cirurgias, e aos mais reputados especialistas, o Grupo SANFIL Medicina tem vindo a criar as mais completas e avançadas respostas para os utentes da região Centro e do país. A Sanfil disponibiliza uma cobertura significativa de especialidades médicas e cirúrgicas, nomeadamente: anestesiologia, cardiologia, cirurgia geral, cirurgia maxilo-facial, cirurgia plástica e reconstrutiva, cirurgia vascular, dermatologia, endocrinologia, gastroenterologia, ginecologia, imagiologia, medicina dentária, medicina física e reabilitação, medicina interna, nefrologia, neuro-

cirurgia, neurofisiologia, neurologia, nutrição, oftalmologia, ortopedia, otorrinolaringologia,pediatria, pneumologia e doenças do dono, podologia (Estudo do Pé), psicologia clínica, psiquiatria, radioterapia, urologia e andrologia.

E porque os utentes estão na lista das prioridades, o Grupo SANFIL Medicina tem acordos celebrados com as principais seguradoras, subsistemas de saúde e equiparados, que permitem aos “seus clientes, beneficiários ou associados ter acesso aos serviços ali prestados”.


Centro de Diagnóstico e Tratamento Integrado Clínica da Lousã MAPA Holter OUTROS EXAMES E TRATAMENTOS Acupuntura Electromiografia Electroencefalografia Terapia da Fala Nutrição

Morada Rua Miguel Torga 361-B, 3030-165 Coimbra Contactos T +351 239 242 079; F +351 239 241 593 www.sanfil.pt Serviços GASTRENTEROLOGIA Direcção Técnica: Maria Helena Goulão Endoscopia Digestiva Alta Colonoscopia Total Colonoscopia Esquerda Rectosigmoidoscopia Flexível Polipectomia Biópsia Exames com Anestesia FISIATRIA Direcção Técnica: Dr. Tiago Ribeira Hidrocinesioterapia Hidroginástica Reabilitação Neurológica Recuperação Cardiorespiratória Reabilitação Músculo-Esquelética Classes de Correcção Postural Aulas de preparação para o parto Intervenção no Desporto Reabilitação Pediátrica Reeducação Perineal Fisioterapia ao Domicílio CARDIOLOGIA Direcção Técnica: Dr. Luís Rebelo Electrocardiograma Prova de Esforço Ecocardiograma Ecocardiograma com doppler

Acordos: Açoreana Acp Admg Adse Advancecare Allianz Ars Algarve Ars Centro Ars Lisboa E Vale Do Tejo Ars Norte Axa Curactiva Fidelidade Mundial Future Healthcare Generali Seguros Groupama Iasfa Liberty Seguros Lusitania Mapfre Macif Médis Montepio Geral Multicare Ocidental Seguros Psp Sad Pt - Acs Rna Sams - Centro Sams – Quadro Sams - Sib Sãvida Serviços Sociais Cgd Sigic Tranquilidade Trust Victória Seguros Zurich Horário 08h às 20h

Morada Rua Dr. Francisco Fernandes Costa, 25, 3200-202 Lousã Contactos T. 239 073 910/1; E. lousa@sanfil.pt; www.sanfil.pt Serviços CONSULTAS Acupuntura Cardiologia Cirurgia Geral Cirurgia Plástica Dermatologia, Ginecologia Neurocirurgia Nutrição Oftalmologia Ortopedia Otorrinolaringologia Pediatria Psicologia Psiquiatria Urologia EXAMES Ecografia (SNS) Eco-Doppler (SNS) Ecocardiografia (SNS) Raios-X (SNS) Ortopantomografia (SNS) Mamografia (SNS) TAC (SNS) Ecocardiografia Electrocardiograma Holter Mapa Prova de Esforço ANÁLISES CLÍNICAS de segunda a sábado das 8h00 às10h30 Acordos SERVIçO NACIONAL DE SAúDE (SNS) IASFA SAMS CENTRO EDP SãVIDA COMPANHIA DE SEGUROS Horário Segunda a sexta das 08h30 às 19h30 Sábado das 08h30 às 13h00


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Clínica Radiológica Peito Cruz Morada Rua Alexandre Herculano, nº 23 3000-019 Coimbra Contactos: T +351 239 828 626 F +351 239 837 142 GPS 40º 12’ 27’’ N 8º 25’ 12’’ W Exames RX Mamografia Ecografia Ortopantomografia Acordos Serviço Nacional de Saúde SAMS Centro ADSE PSP PT ACS Serviços Sociais da CGD WDA UNIMED Sáude Prime Horário 09h ás 19h

Casa De Saúde De Santa Filomena Morada Av. Emidio Navarro nº 8-11, 3000-150 Coimbra Contactos T +351 239 851 650 ; M +351 962 430 399; M +351 967 288 398/9; F +351 239 829 231; E sanfil@sanfil.pt - www.sanfil.pt GPS 40º 12’ 30’’ N 8º 25’ 52’’ W Serviços/Valências Acupuntura Anestesiologia Cirurgia Geral Cirurgia Plástica E Reconstrutiva Dermatologia Gastroenterologia Imagiologia Medicina Familiar Medicina Interna Neurocirurgia Neurologia Obstetrícia Ortopedia Pediatria Podologia Psiquiatria Reumatologia Urologia E Andrologia Alergologia Cardiologia Cirurgia Maxilo-Facial Cirurgia Vascular Endocrinologia Ginecologia Medicina Dentária Medicina Física E Reabilitação Nefrologia Neurofisiologia Nutrição Oftalmologia Otorrinolaringologia Pneumologia Psicologia Clínica Radioterapia Urologia Centros de Excelência Centro de Atendimento de Coimbra Centro do Joelho Centro de Hemodialise Centro de Imagiologia Centro de Cirurgia Plástica e Estética Centro de Obesidade e Medicina Inovadora

Centro de Podologia Centro de Otorrino de Coimbra Centro de Urologia de Coimbra Heart Clinic Clínica da Mama Dental Center Spine Center Sleep Center Acordos AçOREANA ACP ADMG ADSE ADVANCECARE ALLIANz ARS ALGARVE ARS CENTRO ARS LISbOA E VALE DO TEJO ARS NORTE AXA CURACTIVA FIDELIDADE MUNDIAL FUTURE HEALTHCARE GENERALI SEGUROS GROUPAMA IASFA LIbERTy SEGUROS LUSITANIA MAPFRE MACIF MéDIS MONTEPIO GERAL MULTICARE OCIDENTAL SEGUROS PSP SAD PT - ACS RNA SAMS - CENTRO SAMS – QUADROS SAMS - SIb SãVIDA SERVIçOS SOCIAIS CGD SIGIC TRANQUILIDADE TRUST VICTóRIA SEGUROS zURICH Horário 08h às 22h


DIRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS

Diaton

Laboratório D. Diniz

Contactos Unidade de Diagnóstico de Coimbra EDIFÍCIO DIATON Urb. Espírito Santo, Lote 2 Calçada do Gato - 3000 COIMBRA Tel. 239 487 130/1 Fax: 239 487 139 E-mail: info@diaton-coimbra.com.pt GPS: 40,13’,06’’ N 8,24’,18’’ O

Morada Avenida Calouste Gulbenkian, nº 83 3000-092 COIMBRA

Valências/ Exames MEDICINA NUCLEAR Aparelho cardiovascular Aparelho respiratório Aparelho urinário Glândulas endócrinas Estudos hematológicos Estudos de infecção e inflamação Outros estudos Sistema nervoso central Sistema músculo-esquelético Terapêuticas em ambulatório RESSONÂNCIA MAGNÉTICA | TAC Cabeça e Pescoço Coluna Vertebral e Bacia Tórax Mama Abdómen e Pélvis Membros Outros Exames Acordos SNS ADSE Ministério da Justiça Multicare Advance Care CGD PT-ACS ADM GNR SAMS Horário 08h às 20h

Contactos T +351 239 835 936 F +351 239 823 984 GPS 40º 12’ 52’’ N 8º 24’ 57’’ W Valências O Laboratório D.Diniz efectua análises clínicas nas areas de Hematologia, Bioquímica, Imunologia, Alergologia, Endocrinologia e Microbiologia. A maioria dos resultados das análises de rotina são obtidas no próprio dia e podem ser recolhidos no laboratório,enviados por correio ou correio electrónico, sendo sempre garantida a confidencialidade dos mesmos. Sempre que solicitado o Laboratório D.Diniz efectua colheitas ao domicílio. O Laboratório está certificado pela NP ISO 9001:2008 garantindo não só a satisfação dos nossos utentes mas também a melhoria continua dos nossos serviços. Acordos SAMS ADSE SNS MINISTÉRIO DA JUSTIçA CGD MÉDIS MULTICARE PT ACS Horário 08.30h às 18h

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Nefrovales - Centro de Hemodiálise de S. Martinho do Bispo Morada Rua das Cruzes 49 ; 3040-129 São Marinho -Coimbra Contactos T +351 239 813 318F +351 239 813 338 www.sanfi.pt GPS 39º 37’ 25’’ N 8º 0’ 48’’ W Valências No âmbito da hemodiálise, a Nefrovales - Centro de Hemodiáse de São Martinho do Bispo possui equipamentos que permitem a realização dos tratamentos com a máxima qualidade e profissionalismo proporcionando aos doentes cuidados dialíticos de excelência. Pelo seu prestígio a Nefrovales faz parte do roteiro nacional de excelência para a realização de hemodiálise. É o único Centro de Hemodiálise que tem consultas de Nefrologia. As consultas são às quartas-feiras das 16h às 20h. Horário 08h às 20h


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PREST. DE SERVIÇOS//URGIENTRO //GasTROcENTRO

Urgicentro Atendimento Urgente atendimento imediato Em Medicina Geral e enfermagem Especialidades Médicas E Cirúrgicas cardiologia cirurgia Geral cirurgia Plástica cirurgia Vascular clinica Geral Dermatologia Gastrenterologia Ginecologia/Obstetrícia Medicina no Trabalho Neurologia Oftalmologia Ortopedia Otorrinolaringologia Pediatria Psicologia clínica e Infantil Psiquiatria Terapia da Fala Urologia

Meios Complementares Diagnóstico Rx Tac Ressonância magnética análises clínicas Ecografia Ecg Acordos e Convenções aDsE MUlTIcaRE aDVaNcEcaRE MéDIs saMs cENTRO

Gastrocentro Serviços consultas de Gastrenterologia

Horário segunda-feira a sábado das 9h às 19h

Exames Endoscopias com e sem anestesia colonoscopias com e sem anestesia Biópsias Polipectomias

Morada e Contactos T. 800 209 328 av. Emídio Navarro, 6 - 1º andar 3000-150 coimbra gastrocentro@urgicentro.pt www.gastrocentro.pt

Acordos e Convenções sNs aDsE aDVaNcEcaRE allIaNz saÚDE sERVIçOs sOcIaIs cGD MéDIs MUlTIcaRE saMs sã VIDa IasFa PsP saD GNR saDQ ENTRE OUTROs

saMs QUaDROs saMs sIB ENTRE MUITOs OUTROs Morada av. Emídio Navarro, 6 antigo edifício acP 3000-150 coimbra Contactos T. 808 209 328 E. geral@urgicentro.pt s. www.urgicentro.pt


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TRO

SERVIÇOS / VALÊNCIAS Consultas: . Urologia Geral . Urologia Oncológica . Litíase Urinária . Incontinência Urinária e Pavimento Pélvico . Neuro-urologia . Andrologia, Medicina Sexual e Infertilidade . Urologia Pediátrica

EXAMES : . Endoscopia Urológica . Estudos Uro-dinâmicos . Biópsias ecoguiadas: • Próstata • Rins • Bexiga . Exames Imagiológicos: • Ecografias • Uretrografias • Cistografias • TAC • RX • Ressonãncias Magnéticas . Eco ± dop ller: • Peniano • Testicular e Prostático . Testes de Fertilidade, Função eréctil e outros exames andrológicos . Biopsia de Fusão

Morada Avã Emídio Navarro, 11 2ë 3000-150 Coimbra

ESPECIALIDADES: . Cirurgia minimamente invasiva: • Laparoscopia • Cirurgia Percutânea • Braquiterapia • Criocirurgia • Cirurgia Laser • Cirurgia Endoscópica . Incontinência Urinária e Pavimento Pélvico . Andrologia . Urologia Pediátrica . Urologia Oncológica . Urologia Reconstrutiva . Litíase Urinária: • Cirurgia Percutânea • Ureterorrenoscopia flexível • Litotricina a Laser OUTROS SERVIÇOS . Urgência de Prevenção segunda a Sábado 24h/dia ACORDOS . Todos os acordos existentes na Sanfil

Contactos Telefone: 239 092 880 Telemóvel: 916 181 224 email: consultas@institutoavancadodeurologia.pt

Horário Segunda a Sábado 10h00 - 13h00 15h00 - 20h00


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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//IDEALMED

Idealmed: a qualidade nos serviços prestados A Idealmed é uma referência de excelência na área da saúde ao fim de quase quatro anos de funcionamento. Com mais de quarenta valências clínicas a funcionar de forma integrada, a IDEALMED – Unidade Hospitalar de Coimbra agrega todas as especialidades médicas e cirúrgicas, organizadas em grupos de elevada competência. A qualidade nos cuidados prestados, a relação humana com os pacientes e os seus familiares, a organização dos diferentes serviços, a inovação e a diferenciação tecnológica caracterizam este Grupo. Este projeto de saúde, com características únicas, criou mais de quatrocentos postos de trabalho, disponibiliza mais de meia centena de camas, cinco blocos operatórios e 150 gabinetes médicos. No que diz respeito à oferta diferenciada de especialidades, a IDEALMEDUHC coloca ao dispor dos pacientes um Centro de Obesidade, um Centro de Diabetes, um Centro de Peritagens

Médico-Legais, um Centro de Dermoestética, um Centro de Oncologia Médica, um Centro de Medicina de Reprodução e a única Maternidade privada da Zona Centro, a Maternidade IDEALMED. Possui ainda uma Unidade de Oftalmologia com equipamentos únicos no país e um Departamento de Imagiologia que constitui uma referência nacional e internacional, com meios complementares de diagnóstico laboratoriais e de imagem de última geração. A Unidade Hospitalar de Coimbra disponibiliza um serviço de Atendimento Médico Permanente (24 horas/7 dias por semana). O IdealHeartLab (Cardiologia), a Unidade da Coluna, a Unidade do Joelho e a Cirurgia Reconstrutiva constituem ainda áreas de referência a nível nacional e internacional. A IDEALMED agrega valências clínicas e profissionais de referência da região que, pela sua experiência e know how reconhecido e comprovado, se associaram a um projecto de saúde altamente diferenciado com o objectivo de criar um cluster de excelência no sector da saúde. A estrutura hospitalar aposta na diferenciação e elevação da qualidade dos serviços prestados, mas garante um acesso acessível e transversal a toda a população, através dos acordos existentes, não apenas globalmente, enquanto unidade hospitalar, como também

nas diversas estruturas autónomas que integram a IDEALMED. Em múltiplas áreas, esses acordos incluem, nomeadamente as entidades seguradoras, os subsistemas de saúde e o Serviço Nacional de Saúde. A IDEALMED desenvolveu o seu próprio sistema de acesso da população à estrutura, a baixo custo e de grande comodidade, através dos planos de saúde IDEALCARE. Unidade 5 estrelas A IDEALMED – Unidade Hospitalar de Coimbra (UHC) volta a ser reconhecida, pelo terceiro ano consecutivo, pela Entidade Reguladora da Saúde - ERS, como a unidade privada melhor posicionada a nível nacional, com 12 áreas de excelência clínica. A IDEALMED foi a única unidade privada que cumpriu os critérios exigidos nas 12 áreas em que foi avaliada, no âmbito do SINAS - Sistema Nacional de Avaliação em Saúde. Esta classificação constitui um exemplo da qualidade e do rigor presentes na IDEALMED, evidenciando ainda o reconhecimento do trabalho desenvolvido diariamente por uma equipa altamente especializada. A IDEALMED obteve a classificação maxima nas áreas relacionadas com a segurança do doente, as instalações, o conforto e a qualidade dos equipamentos e ainda o grau máximo de orientação dos serviços para as necessidades e expectativas dos doentes. A IDEALMED dispõe ainda das seguintes Unidades, localizadas na região Centro: IDEALMED Clínica Solum (Coimbra), IDEALMED Clínica Pombal, IDEALMED Ponte Galante (Figueira da Foz) e IDEALMED Clínica Cantanhede.


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DIRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS


28 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE

PRESTAÇÃODE DESERVIÇOS SERVIÇOS//IDEALMED PRESTAÇÃO

Morada Praceta Prof. Robalo Cordeiro - Circular Externa de Coimbra 3020-479 Coimbra Contactos Telefone 239 096 900 Fax 239 091300 - E-mail uhc@idealmed.pt Horários Telefone: 24h por dia Valências Centro de Competências • Atendimento a Sinistrados • Centro de Diabetes • Clínica do Pé • Clínica do Sono • Dermoestética • Fisioterapia • Idealheartlab • Materno Infantil • Oncologia Médica • Peritagens Médico Legais • Tratamento da Obesidade • Unidade da Coluna • Unidade do Joelho Áreas Clínicas • Alergologia e Pneumologia · CEDRA • Análises Clínicas · Laboratório S. José • Anestesiologia • Atendimento Médico Permanente • Cardiologia • Cirurgia Cardiotorácica • Cirurgia Geral • Cirurgia Maxilo-Facial • Cirurgia Pediátrica • Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética • Cirurgia Reconstrutiva · ICR • Cirurgia Vascular • Dep. de Imagiologia · Imacentro • Dermatologia e Venereologia • Endocrinologia • Gastrenterologia · Endocentro • Ginecologia e Obstetrícia · IMIC • Medicina da Dor • Medicina da Reprodução · Ferticentro • Medicina Dentária • Medicina Desportiva • Medicina Física e de Reabilitação • Medicina Geral e Familiar • Medicina Interna • Medicina Nuclear · Imacentro • Neurocirurgia • Neurofisiologia • Neurologia • Neuropediatria • Oftalmologia • Oftalmologia · UOC • Ortopedia • Ortopedia Oncológica

• Otorrinolaringologia • Pediatria • Psiquiatria e Psicologia · Stressidades • Reumatologia • Urologia • Acupuntura • Nutrição Clínica • Podologia • Terapia da Fala Acordos Açoreana ACP ADSE Advancecare Allianz Colégio Rainha Santa Isabel Fidelidade Cares Fidelidade – Sinistralidade Future Healthcare (Saude Prime) IASFA/ADM IDEALCARE Lusitânia Mapfre Medicare Médis Montepio Geral - AM Multicare Ocidental Ordem dos Advogados (Conselho Distrital Coimbra) Previdência Portuguesa Plural RNA Medical SAD/GNR SAD/PSP SAMS CENTRO SAMS QUADROS SAMS SIB SSGNR SSPSP SSCGD TK – Glamhealth Tranquilidade


ENTREVISTA DIRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS

Morada Praça 25 de Abril, nº3 3030-322 Coimbra

Morada FreixialShopping, Loja 25 - Lugar do Freixial 3060-228 Cantanhede

Contactos Telefone 239 780 450 Fax 239 780 409 E-mail clinicasolum@idealmed.pt

Contactos Telefone 231 027 053 - E-mail clinicacantanhede@idealmed.pt

Horários Segunda a Sexta: 9h – 20h Sábado: 9h – 13h Valências Áreas Clínicas Terapia da Fala Medicina Dentária Medicina Geral e Familiar Acordos AAC/OAF ABC ACP ADSE Almedina ANAI APBC APP – CDI’s Associação Olhar 21 ASSP Cáritas Diocesana CEFA Clube Tiro e Sport Colégio Rainha Santa Isabel DNA (Dance N’ Arts) FEUC – Clube MBA FNE Future Healthcare Grupo Lena IASFA Idealcare Integrar ISCAC Medicare Montepio Geral – AM Morangos Myos Ordem dos Advogados Providencia Portuguesa SAD / GNR SAD / PSP SCMC SEPLEU SFJ SINTAP SS – GNR SS – PSP STFPSC Vigor da Mocidade

Horários Segunda a Sexta: 9h – 13h ; 14h – 20h Sábado: 9h – 13h Valências Áreas Clínicas Cardiologia Cirurgia Geral Cirurgia Vascular Dermatologia Medicina da Dor Ginecologia/Obstetrícia Medicina Dentária Medicina Geral e familiar Oftalmologia Ortopedia Otorrinolaringologista Pediatria Pneumologia Podologia Psicologia Psiquiatria Terapia da Fala Urologia Acordos AAC/OAF ABC ACP ADSE Almedina ANAI APBC APP – CDI’s Associação Olhar 21 ASSP Cáritas Diocesana CEFA Clube Tiro e Sport Colégio Rainha Santa Isabel DNA (Dance N’Arts) FEUC – Clube MBA FNE Future Healthcare Grupo Lena IASFA Idealcare Integrar ISCAC Mediacare Montepio Geral – AM Morangos Myos Ordem dos Advogados Previdencia Portuguesa

SAD / GNR SAD / PSP SCMC SEPLEU SFJ SINTAP SS – GNR SS – PSP STFPSC Vigor Mocidade

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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS SERVIÇOS//IDEALMED

Morada Rua Alto do Viso, nº50 R/C - 3080-164 Figueira da Foz

Morada Av. Heróis do ultramar, 30 - 3100-462 Pombal

Contactos Telefone 233 411 410 - Fax 233 418 944 E-mail clinicapontegalante@idealmed.pt

Contactos Telefone 236 217 090 Fax 236 217 091 - E-mail clinicapombal@idealmed.pt

Horários Segunda a Sexta: 8h30 – 21h - Sábado: 9h – 13h

Horários Segunda a Sexta: 9h – 13h ; 14h – 21h Sábado: 9h – 13h

Valências Áreas Clínicas Acupunctura Audiologia Cardiologia Cirurgia Geral Cirurgia Plástica Cirurgia Vascular Dermatologia Endocrinologia Fisiatria Gastroenterologia Ginecologia Medicina Dentária MGF Neurocirurgia Neurologia Nutrição Oftalmologia Ortopedia Ortóptica ORL Pediatria Pneumologia Podologia Pedopsicologia Pedopsiquiatria Perturbações da Fala Psicologia Psiquiatria Reumatologia Terapia da fala Urologia Acordos AAC/OAF ABC ACP ADSE AdvanceCare Allianz Almedina ANAI APBC APP – CDI’s Associação Olhar 21 ASSP Cares Cáritas Diocesana CEFA Clube Tiro e Sport Col. Rainha Santa Isabel DNA (Dance N’Arts)

Valências Áreas Clínicas Terapia da Fala Medicina Dentária Medicina Geral e Familiar Otorrinolaringologia Cirurgia Vascular Fisioterapia ATM

FEUC – Clube MBA FNE Future Healthcare Ganha Sorriso Grupo Lena IASFA Idealcare Integrar ISCAC ISP Medicare Médis Montepio Geral – AM Morangos Multicare Myos Ordem dos Advogados Previdencia Portuguesa

RNA Medical Sã Vida (EDP) SAD/GNR SAD/PSP SAMS Centro SAMS Quadros SAMS SIB SCMC SEPLEU SFJ SINTAP SS – CGD SS – GNR SS – PSP STFPSC TK- GLAMHEALTH Vigor da Mocidade

Acordos AAC / OAF ABC ACP ADSE Almedina ANAI APBC APP – CDI’s Associação Olhar 21 ASSP Cáritas Diocesana CEFA Clube Tiro e Sport Colégio Rainha Santa Isabel DNA (Dance N’Arts) FEUC – Clube MBA FNE Future Healthcare Grupo Lena IASFA Idealcare Integrar ISCAC Mediacare Montepio Geral – AM Morangos Myos Ordem dos Advogados Previdência Portuguesa SAD / GNR SAD / PSP SCMC SEPLEU SFJ SINTAP SS – GNR SS – PSP STFPSC Vigor da Mocidade


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SERVIÇOS / VALÊNCIAS Consultas: . Urologia Geral . Urologia Oncológica . Litíase Urinária . Incontinência Urinária e Pavimento Pélvico . Neuro-urologia . Andrologia, Medicina Sexual e Infertilidade . Urologia Pediátrica

EXAMES : . Endoscopia Urológica . Estudos Uro-dinâmicos . Biópsias ecoguiadas: • Próstata • Rins • Bexiga . Exames Imagiológicos: • Ecografias • Uretrografias • Cistografias • TAC • RX • Ressonãncias Magnéticas . Eco ± dop ller: • Peniano • Testicular e Prostático . Testes de Fertilidade, Função eréctil e outros exames andrológicos . Biopsia de Fusão

Morada Praceta Professor Robalo Cordeiro Circular Externa de Coimbra 3020-479 Coimbra

ESPECIALIDADES: . Cirurgia minimamente invasiva: • Laparoscopia • Cirurgia Percutânea • Braquiterapia • Criocirurgia • Cirurgia Laser • Cirurgia Endoscópica . Incontinência Urinária e Pavimento Pélvico . Andrologia . Urologia Pediátrica . Urologia Oncológica . Urologia Reconstrutiva . Litíase Urinária: • Cirurgia Percutânea • Ureterorrenoscopia flexível • Litotricina a Laser OUTROS SERVIÇOS . Urgência de Prevenção segunda a Sábado 24h/dia ACORDOS . Todos os acordos existentes na Idealmed

Contactos Telefone: 239 096 900 Telemóvel: 910 681 515 email: iau@idealmed.pt

Horário Segunda a Sábado 10h00 - 13h00 15h00 - 20h00


32 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE ENTREVISTA

Clínicas Leite Oftalmologia de ponta em Coimbra As Clínicas Leite foram pioneiras, em Portugal, na introdução da cirurgia for Laser Eximer e em produtos com LIO’s (Lentes Intra-Oculares)difrativas, ou viscoelásticos de alta densidade.

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As Clínicas Leite nasceram há mais de duas décadas com o objetivo de serem uma referência na área da saúde privada, fornecendo serviços de excelência, e perspectivando o seu crescimento a outras especialidades clínicas que se destaquem pela sua inovação. A filosofia das Clínicas Leite distingue-se das demais pelo conceito na disponibilização de um serviço global numa única visita, pois para além da consulta, o doente poderá realizar os seus exames complementares de diagnóstico e efectuar os tratamentos médico-cirúrgicos ou de laser necessários à sua condição oftalmológica, obtendo toda a informação/tratamento numa única deslocação à clínica.

Clínicas Leite, Lda Moradas Estádio Cidade de Coimbra, Rua D. Manuel I nº 4 3030-320 Coimbra Edifício Ecrã - Alameda dos Oceanos - Rua Sinais de Fogo nº 6 Parque das Nações - 1990-196 Lisboa Valências Oftalmologia Consultas Exames complementares Microcirurgia Ocular Tratamentos laser Medicina Geral e Familiar Cirurgia Maxilo-Facial Medicina Estética Facial Psiquiatria Psicologia Dificuldades de Aprendizagem Acupuntura Contactos E-mail geral@clinicasleite.pt Telefones: 239853450 218939030 Horário 09h às 18h


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34 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS// SPINE CENTER

Spine Center Mais perto de si

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Luís Teixeira, Diretor do Centro de Cirurgia da Coluna

O Spine Center é a maior unidade privada de cirurgia da coluna do país, e a única certificada pelo referencial normativo da ISO 9001 – Gestão da Qualidade. Fruto de vários factores como: equipa médica com formação diferenciada na área da coluna, técnicas não cirúrgicas de tratamento da dor, técnicas cirúrgicas inovadoras e minimamente invasivas com tecnologia de ponta e um aumento da segurança médico-cirúrgica, os doentes que nos procuram são oriundos de

diversos pontos do país e estrangeiro. Para ir ao encontro desta procura abrimos este ano em 4 novas cidades: Lisboa, Funchal, Viseu e Guarda. Estas novas unidades funcionam em regime de consulta de ambulatório estando a parte da cirurgia concentrada na nossa sede em Coimbra, onde temos um bloco completamente equipado com a última tecnologia de ponta e os mais altos padrões de qualidade sob o ponto de vista cirúrgico.


DIRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS

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Spine Center Contactos Coimbra (Sede) - Casa de Saúde de Santa Filomena - Avenida Emídio Navarro Nº 17 – 5º Esquerdo - 3000-150 Coimbra Tel. 239 098 665 - Tlm. 915 005 400 Email: geral@spinecenter.pt Site: www.spinecenter.pt Guarda - Rua Calouste Gulbenkian, B3 6300-670 Guarda Tel. 271 211 416 | Tlm. 967 100 900 Email: geral@spinecenter.pt Site: www.spinecenter.pt Lisboa - Av. Sidónio Pais, n.º 14, R/C Esq. 1050 – 214 Lisboa Tel. 211 359 754 / Tlm. 915 005 400 Email: geral@spinecenter.pt Site: www.spinecenter.pt Funchal - Rua Nova do Vale da Ajuda, 16 9000-720 Funchal Tel. 291 721 370 / Tlm. 915 005 400 Email: geral@spinecenter.pt Site: www.spinecenter.pt Viseu - Rua da Árvore nº 10 3500-657 Viseu Tel. 232 094 294 / Tlm. 915 005 400 Email: geral@spinecenter.pt Site: www.spinecenter.pt

Horários 2ªf a 6ªf das 9h às 18h Serviços Patologias • Abaulamento Discal • Degenerescência Facetária • Espondilolistesis • Estenose do canal vertebral • Hérnia de disco e Degenerescência Discal • Escoliose • Cifose • Fractura osteoporótica • Fractura de origem traumática • Lesão tumoral da coluna vertebral Cirurgias • Cirurgia da hérnia discal e da compressão nervosa • Cirurgia por neuronavegação • Artrodese da coluna vertebral • Artroplastia do disco intervertebral • Fixação Dinâmica da coluna lombar • Técnicas cirúrgicas minimamente invasivas

Especialidades • Ortopedia • Neurocirurgia • Neurologia • Anestesiologia • Medicina Interna • Reumatologia Terapêutica da Dor • Dor de origem discal • Dor com origem nas raízes nervosas • Dor de origem facetaria • Outros procedimentos para dores crónicas da coluna Acordos • ADSE • ADMG • IASFA • PSP SAD • PT ACS • Sams Centro • Sams Quadros • Sams SIB • Sãvida • Serviços Sociais da CGD • ACP • Açoreana • AdvanceCare • Allianz • Allianz Saúde • Axa • Fidelidade • Future Healthcare • Generali Seguros • Groupama • Liberty Seguros • Lusitânia • Macif • Mapfre • Médis • Montepio Geral • Multicare • Ocidental Seguros • Tranquilidade • TRUST • Victoria Seguros • Zurich


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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//CLÍNICA J. MIRA

Clínica Oftalmológica J. Mira Coimbra Cirurgia da Catarata com lente multifocal Cirurgia da catarata com lente multifocal para ficar a ver bem ao longe e ao perto sem necessitar de usar óculos

Unidade Médico-Cirúrgica especializada em Oftalmologia, liderada por Joaquim Mira Joaquim Mira, cirurgião oftalmológico e diretor da Clínica Oftalmológica Joaquim Mira refere que o olho humano é um órgão complexo. Possui uma lente natural transparente, com a potência de cerca de 22 dioptrias - o cristalino - que está localizado atrás da pupila (“menina do olho”) e cuja função reside em focar as imagens na retina. O cristalino é uma lente multifocal que permite ver bem ao longe e ao perto até á idade dos 45 anos. A partir dessa idade a maioria das pessoas necessitam pelo menos de óculos para ler e verem bem a curta distancia.

A Catarata é a opacificação e perda de transparência do cristalino, provocando visão baça ou mesmo cegueira. Cerca de 50% das pessoas com mais de 60 anos apresentam algum grau de catarata. A cirurgia da catarata com o implante de uma lente intraocular é o único tratamento apropriado para a diminuição da visão e da cegueira provocado pela catarata.


DIRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS

As técnicas de extração da catarata sofreram grandes modificações na última décadas, sendo possível a sua realização usando anestesia local, praticamente sem dor, através de uma abertura de 2 mm, seguida de implantação de uma lente intraocular, sem necessidade de pontos de sutura, o que torna a cirurgia mais simples para os doentes, reduzindo as complicações e permitindo uma recuperação visual rápida e com poucas limitações. Porém, a cirurgia da catarata é uma grande cirurgia do olho uma vez que se tornou mais complexa, exigindo equipamentos muito sofisticados e maior perícia do médico. Mesmo com o avanço nas técnicas cirúrgicas podem surgir complicações importantes, tais como infeções, descolamento da retina, edema da mácula, etc.. As lentes intraoculares, que se utilizam atualmente, após a extração da catarata, na maioria das vezes, são lentes monofocais, isto é, focam a imagem ou só para longe ou só para perto, sendo necessário a seguir á cirurgia da catarata usar óculos para ver bem ao longe ou ao perto. Nos últimos anos surgiram várias lentes intraoculares multifocais, que podem corrigir também o astigmatismo e que permitem à maioria das pessoas operadas, uma visão nítida à distância e, simultaneamente, ao perto não necessitando do uso de óculos na maioria das tarefas diárias. As lentes multifocais possuem anéis difrativos concêntricos que permitem, em mais de 90% das pessoas operadas, uma visão nítida à distância e ao perto, sem necessidade de óculos

para a maioria das tarefas diárias. Mais de 50% das pessoas operadas à catarata terão benefício se for utilizada uma lente multifocal. Em doentes operados apenas 10% apresentaram queixas de perturbações visuais noturnas, que praticamente desapareceram com o tempo, tendo ficado a grande maioria muito satisfeitos. O inconveniente das lentes multifocais é serem muito caras, aproximadamente 5 vezes mais que as lentes monofocais. As lentes multifocais não podem ser utilizadas em todos os doentes operados à catarata como, por exemplo, em pessoas com expectativas irrealistas, no caso de existir doenças na retina (diabetes, degenerescência da mácula etc.) ou se a cirurgia complicar.

CORRECÇÃO POR LASER (LASIK) OU LENTE MIOPIA, ASTIGMATISMO E HIPERMETROPIA 43372

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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//CLÍNICA PARTICULAR DE COIMBR

Clínica Particular de Coimbra Humanização com múltiplas especialidades Ao serviço da saúde desde 2012, a Clínica Particular diferencia-se pelo serviço humanizado que presta, a par da qualidade técnica dos seus profissionais e do elevado nível do equipamento Beneficiando da colaboração de 250 médicos, a que se junta uma equipa própria de cerca de 60 profissionais – entre enfermeiros, técnicos de diagnóstico e terapêutica, auxiliares e administrativos – a Clínica Particular de Coimbra abarca quase todas as especialidades médicas, com especial destaque para a Oncologia, contando igualmente com as unidades diferenciadas de Mama, Cabeça e Pescoço, Neurocirurgia e Urologia. A Clínica Particular de Coimbra, dispõe de quatro salas de bloco operatório, dotadas dos melhores e mais avançados equipamentos médico-cirúrgicos. Esta unidade dispõe de todos os acordos com os Seguros e Subsistemas de Saúde incluindo o SIGIC e o ADSE. Tem disponível um Atendimento Médico Direto, a funcionar das 8 às 24h, dando resposta imediata às solicitações do doente, incluindo os meios de diagnóstico complementares. Morada Rua Camilo Pessanha, nº 1 3000-600 Coimbra (ao Hosp. Pediátrico) Coordenadas GPS: N 40º 13’22.4’’W 8º 24’57.3 Contactos Telefone Geral: 239 700 720 Fax: 239 700 721 E-mail Geral: geral@cpcsaude.pt Consultas/Exames: Telefone: 239 700 730 Fax: 239 700 721 E-mail: consultas@cpcsaude.pt Imagiologia: Telefone: 239 700 725 Fax: 239 700 726 E-mail: imagiologia@cpcsaude.pt Site: www.cpcsaude.pt Especialidades Médico-Cirurgicas Anatomia Patológica Anestesiologia Angiologia e Cirurgia Vascular Cardiologia

Cirurgia Cardiotorácica Cirurgia Geral Cirurgia Maxilo-Facial Cirurgia Pediátrica Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética Dermato-Venereologia Endocrinologia e Nutrição Gastrenterologia Ginecologia/Obstetrícia Imunoalergologia Imunohemoterapia Medicina Física e de Reabilitação Medicina Geral e Familiar Medicina Interna Neurocirurgia Neurologia Neurorradiologia/Radiologia Oftalmologia Oncologia Médica Ortopedia Ortopedia Infantil Otorrinolaringologia Pneumologia

Psiquiatria Psicologia Urologia Unidades: Mama, Cabeça e Pescoço Oncologia Neurocirurgia Urologia Meios Complementares de Diagnóstico Serviço de Imagiologia RX TAC Ecografia Serviço de Gastrenterologia Endoscopia Digestiva Colonoscopia Exames de Gastrenterologia Tratamentos diferenciados Braquiterapia prostática Braquiterapia mamária (IORT)


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OIMBR A


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Duas dezenas de c mobilizam 8500 alu

O conjunto de estudantes que frequentam licenciaturas e mestrados nas fa por cento do número total dos alunos matriculados nas instituições da cidad

M

ais de 8.500 alunos frequentam cursos de licenciatura, mestrado e doutoramento nas áreas da saúde em Coimbra. São quatro as grandes escolas que contribuem para este volume de estudantes: Faculdades de Medicina (FMUC) e Farmácia (FFUC) da Universidade de Coimbra, Escola Superior de Enfermagem (ESEnfC) e Escola Superior de Tecnologia de Saúde (ESTeSC). A estas, embora em menor quantidade, há a acrescentar os alunos de doutoramento e os investigadores do consórcio Centro de Neurociências/ Instituto de Imagem Biomédica e Ciências da Vida (CNC/IBILI) e do ICNAS (Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde), num número superior ao meio milhar. Outras três instituições do ensino superior público em Coimbra ministram cursos ligados à saúde, como são os casos das faculdades de Economia (Mestrado em Economia da Saúde) e Ciências e Tecnologia (Engenharia Biomédica e Química Medicinal), bem como o Instituto Superior de Engenharia (ISEC), onde funciona o curso de Engenharia

Biomédica, ramo de Bioeletrónica, e o mestrado em Instrumentação Biomédica. O número de alunos inscritos no conjunto destes cursos ronda os 600. Os engenheiros biomédicos desenvolvem materiais, processos, implantes, dispositivos e abordagens informáticas inovadoras para a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, para a reabilitação de pacientes e para a melhoria da saúde. Noutro âmbito, a Faculdade de Medicina conta, atualmente, com 1954 alunos em Medicina e 226 em Medicina Dentária. Em ambos os casos, tanto a direção da faculdade como a Ordem dos Médicos reconhece que começa a ser um número exagerado para as necessidades do mercado de trabalho. Ao mesmo tempo, há 479 alunos em formação pós-graduada na FMUC. Medicina foi o primeiro curso da UC em 1290, por ordem de D. Dinis Os estudos de Medicina a Coimbra remontam à fundação da universidade (UC), mas só em 1956 foi inaugurado o atual edif ício da Faculdade de Medicina - Polo I, onde continuam instalados alguns serviços e laboratórios. Entretanto, nasceu o Polo III, junto ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), que acolhe, no edifício da Unidade Central, os órgãos de gestão da


DIRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS

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de cursos de saúde 0 alunos em Coimbra

instituição e respetivos serviços técnicos de apoio. Todavia, não é a FMUC que tem o maior número de alunos a estudar na área da saúde em Coimbra. Esse estatuto pertence à Escola de Enfermagem, com 2099 estudantes inscritos: 1483 na licenciatura, 241 em cursos de pós-licenciatura de especialização, 72 noutras pós-graduações e 303 em mestrados. A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) resulta da fusão, em 2006, da Escola Superior de Enfermagem Dr. Ângelo da Fonseca (fundada em 1881) e da Escola Superior de Enfermagem de Bissaya Barreto (fundada em 1971). Depois das instituições já referidas, segue-se, em número de alunos, a ESTeSC-Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Coimbra, com 1313 alunos a frequentar nove licenciaturas, três mestrados e outras tantas pós-graduações. Também acima dos mil alunos, a Faculdade de Farmácia regista 961 no mestrado integrado em Ciências Farmacêuticas, complementado pelos quase 200 que frequentam as licenciaturas em Ciências Bioanalíticas e Farmácia Biomédica. Em todas estas instituições é de registar a progressiva melhoria de instalações na última década, de que são exemplo os já referidos novos blocos

do Polo III da Universidade (Medicina e Farmácia), mas também a rentabilização dos espaços resultantes da fusão das duas antigas escolas de enfermagem – Polo A, situado em Santo António dos Olivais, perto do CHUC, e Polo B, situado em São Martinho do Bispo (margem esquerda do rio, junto ao designado Hospital dos Covões). Paredes meias, a ESTeSC beneficia da conclusão das obras de ampliação que tiveram lugar no ano letivo transato. Institutos de investigação À espera de um edif ício próprio continua o Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), que é uma associação científica sem fins lucrativos, fundada em 1990, com o objetivo de desenvolver a investigação biomédica e o ensino pós-graduado multidisciplinar na Universidade de Coimbra. Foi o primeiro Laboratório Associado constituído em Portugal, e ganhou nova dimensão com o estabelecimento, há dois anos, de um consórcio com o IBILI, instituto esse com sede também no Polo III da UC. O consórcio veio fortalecer a investigação dos mecanismos fundamentais de combate ao envelhecimento e doenças neurológicas. | António Rosado

Ensino

rados nas faculdades e escolas superiores de saúde da cidade representa 25 ões da cidade, que são cerca de 35 mil no conjunto dos vários anos de estudo


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ENSINO//ESTeSC

E

Quase pleno emprego para os formados pela ESTeSC

sta é uma escola que está a crescer, literalmente, com a recente ampliação das instalações?

Jorge Conde, presidente da Escola de Tecnologia de Saúde, garante que há sangue novo para os desafios do futuro DB-Luís Carregã

Houve um investimento recente em espaço, com a ampliação da escola, que começa a dar frutos no corrente semestre letivo. Neste processo houve uma reconversão de algumas áreas da escola que permitiram criar novos laboratórios, duplicando o espaço, a que se junta um grande investimento em equipamento. Tivemos a felicidade de, na candidatura das obras a fundos comunitários, ter sido a única escola do Instituto Politécnico (IPC) a ser contemplada, bem como a que mais beneficiou com as candidaturas ao Programa Mais Centro. Agora, temos mais condições para trabalhar, com mais laboratórios, auditórios e salas de aula. Mesmo assim, continuamos a preparar mais candidaturas para aumentarmos as respostas, não só a nível pedagógico, como na prestação de serviços. E o que são esse novos laboratórios? São o resultado da candidatura de 1,2 milhões de euros ao Mais Centro para equipamento destinado à investigação. Por exemplo, na área da fisioterapia e movimento humano, ninguém em Portugal tem equipamento melhor do que nós, embora possa ter igual. Os alunos passaram a ter maior número de horas de contacto com as máquinas, recorrendo menos ao hospital. Também o facto do nosso corpo docente estar a percorrer o seu trajeto de qualificação a boa velocidade, com 50 por cento de doutorados e, dentro de dois anos, 90 por cento, permite melhorar a componente da investigação, alargando a área de intervenção. Ao mesmo tempo, estamos a ser procurados por estudantes externos, até do estrangeiro, que vêm aqui fazer a componente prática do doutoramento, como é o caso recente de dois estudantes europeus.

Jorge Conde

Estes investimentos também implicaram gastar dinheiro da própria escola? Uma parte, cerca de 500 mil euros num total de investimento de 2,5 milhões de euros, foram de fundos próprios. O POVT (Programa Operacional de Valorização do Território) financiou uma parte considerável das obras e O Mais Centro, uma parte


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considerável dos equipamentos, mas não tudo. Sendo assim, ainda mantemos uma fatia grande de fundos próprios que permitirá avançar agora para uma segunda fase, mais vocacionada para equipamentos de imagem e biosinais, além da fisioterapia. Neste último caso, trata-se de um curso que requer muito espaço e pretendemos – se nos for autorizado, uma vez que não pudemos crescer mais em altura – construir um novo edifício neste campus, a curto prazo. Em colaboração com a Escola de Enfermagem, também pretendemos resolver o problema do estacionamento. Eu diria que, até ao verão de 2017, vamos voltar a entrar em obras para, o mais depressa possível, fechar este ciclo. Assim poderão abrir portas a um maior número de alunos? Não. O número de alunos do Politécnico está limitado pela tutela e a sua redistribuição dentro do IPC tem também as suas regras. Além disso, creio que a ESTeSC terá atingido agora o ponto de equilíbrio no número de alunos do 1.º ciclo de estudos. Estamos naquele ponto em que, mais alunos do 1.º ciclo, que não seja através de novos cursos, significa um esforço muito grande, seja para o atual corpo docente, seja para a escola, para contratar professores em regime de tempo parcial, o que implicaria que deixávamos de tirar um rendimento direto. Por outro lado, o número de cursos do IPC é limitado e há outras escolas que pretendem mais cursos, em alguns casos com tudo pronto para avançar, além de que também nós temos um curso em fase de acreditação, que é o de Terapia Ocupacional. O risco de saturação do mercado de trabalho também se coloca? Essa conversa da saturação já se ouve, por exemplo, na área do Direito, há 20 anos, e não é por isso que acaba o curso. É claro que também se vai colocar na área da saúde, mas nós temos a sorte de, face à qualidade da formação, beneficiarmos de muitas saídas. Ainda na semana passada, várias agências de emprego procuraram aqui profissionais para empregos bem remunerados e com reconhecimento de estatuto na Europa, sem que isso represente qualquer dramatismo. Ou seja, temos muitos recém-licenciados que emigram por opção, mesmo tendo emprego em

Portugal. Cá e lá tem havido um aumento na aposta dos cuidados de saúde primários e um aumento da capacidade tecnológica dos hospitais, o que faz com que estes profissionais também tenham cá emprego. Por exemplo, cursos como a Farmácia têm pleno emprego: temos praticamente garantido que todos os estudantes que terminam o curso de Farmácia em junho já estão empregados. E cursos com mais dificuldades? São os cursos em que há menos serviços no país, especialmente os que exigem mais meios tecnológicos, mas são também esses que têm mais procura pela Europa. Esta é uma escola muito procurada por alunos espanhóis? Sim, porque, nesta área, Espanha está numa fase que Portugal viveu nos anos 80. Na adaptação ao processo de Bolonha, Espanha não resolveu o problema dos cursos de saúde, que continuam a ter um nível pós-secundário não superior, o que lhes levanta alguns constrangimentos do ponto de vista de enquadramento hospitalar. Por isso vêm estudar na ESTeSC. Já vamos no 4.º ano de lecionação para Espanha, através de um modelo em que os alunos – já profissionais – vêm requalificarse, para ter paridade europeia. Não fazem o curso completo, porque têm equivalências dos seus cursos e experiência profissional, tendo que fazer apenas entre dois anos e meio e três anos. Só têm que vir fazer as aulas práticas porque assistem às aulas teóricas através do ensino à distância que implantámos. Mas também se nota um apreciável número de alunos espanhóis aqui nas instalações? É que, entretanto, já começam a vir para Coimbra estudantes com 18 anos que fazem aqui todo o curso. Entre uns e outros deverão representar cerca de 10 por cento do total dos 1.300 alunos desta escola. É, portanto, uma escola conhecida, mesmo além fronteiras, mas será o suficiente? É uma escola conhecida e reconhecida em Portugal e um pouco pelo mundo fora. No último ano a alteração de estratégia de comunicação do Politécnico poderá aumentar essa visibilidade e vamos ter a certeza disso quando chegarmos às candidaturas. Além fronteiras temos seguido

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a nossa própria estratégia que aposta em mercados diferentes daqueles que as relações internacionais do IPC seguiram. Na nossa própria estratégia, ainda recentemente decorreu a SCAS (Semana das Ciências Aplicadas na Saúde), no Dolce Vita, que tem relevância nacional e reconhecimento das pessoas, mas a comunicação social nacional deveria ter-lhe dado mais importância. É uma iniciativa conduzida pela associação de estudantes, com médias anuais de 10 mil pessoas que nos procuram durante aquela semana. É importante as pessoas conhecerem o que fazem estes profissionais? As próprias profissões resultantes destes cursos terão que ser mais conhecidas. Num hospital, não são todos médicos e enfermeiros. Há mais de 20 profissões em contacto direto com o doente, fora as de back office. Repare-se que, quem faz as análises clínicas, quem faz os eletrocardiogramas, quem faz o raio-X tórax, quem faz a fisioterapia são profissionais formados nesta escola. Há aqui oito licenciaturas na área da saúde, enquanto noutras escolas do setor há apenas um curso, veja-se o que acontece na universidade. Num âmbito mais abrangente, como é que vê o funcionamento atual do Politécnico de Coimbra? Há coisas que estão a melhorar. O presidente do Politécnico foi ouvindo o que as escolas foram dizendo e corrigiu algumas coisas. Outras continuam iguais e, relativamente a essas, continuo crítico, porque acho que, é preciso mudar de estratégia em muitas áreas, ou seja fazer um outro caminho: recuperar património, recuperar escolas que estão a perder alunos e ir à procura de candidatos. Não nos podemos render às crises, até porque estas são cíclicas conforme as áreas de formação. Hoje pode haver menos alunos a procurar engenharia, amanhã poderá ser saúde. Sendo assim, todas as escolas têm que estar funcionantes, preparadas para tudo, como um todo e não um agrupamento de escolas. Quer dizer que, com o aproximar das eleições, pretende dar o seu contributo? As eleições ainda não estão no terreno porque o processo eleitoral só se vai iniciar no verão. Mas se o processo começar amanhã eu serei candidato. | António Rosado


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ENSINO//FACULDADE DE FARMÁCIA

Faculdade de Farmácia Aposta n áreas das análises clínicas e no ap

No Laboratório de Análises Clínicas e na Unidade de Controlo de Qualidade de Produtos Farmacêuticos (UCQF de Coimbra afirma o seu caráter histórico e humanista, consubstanciando uma relação que quer cada vez mais

A

par do ensino e da investigação, a prestação de serviços à comunidade é, nos tempos que correm, cada vez mais importante para as universidades e as suas faculdades, permitindo uma maior proximidade e diversificando fontes de financiamento. Exatamente o que acontece na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC), sobretudo com dois projetos: o Laboratório de Análises Clínicas criado em 1983 e a Unidade de Controlo de Qualidade de Produtos Farmacêuticos (UCQFarma), que surge em 1998. Situado no piso 0 da FFUC (Polo III), o Laboratório de Análises Clínicas dispõe de um posto de colheitas, integrado nos Serviços de Saúde UC, localizado no Edifício da Faculdade de Medicina, no Polo I da UC. Ana Donato, responsável pelo Laboratório de Análises Clínicas da FFUC, explica que este “é um serviço prestado diretamente à comunidade”, mantendo convenções com entidades como a ADSE e a ARSC. “Quem precisar, pode dirigir-se

ao laboratório situado nas instalações da FFUC, num horário entre as 08H30 e as 12H00 (para colheitas) e até às 17H30 (para levantamento de análises), ininterruptamente”, diz, lembrando ainda a unidade de colheita nos Serviços de Saúde UC, juntamente com Medicina do Trabalho e Medicina Preventiva (segundo andar do edifício de Medicina), com as colheitas a acontecerem entre as 08H30 e as 11H45. Laboratório foi criado em 1983 O serviço, recorda, “foi criado em 1983, na sequência de um currículo que existiu na Faculdade de Farmácia e que incluía um estágio laboratorial numa das opções, dedicada às análises clínicas”. O laboratório foi então criado e perdura, ininterruptamente, desde então, tendo neste momento seis profissionais a trabalhar: duas especialistas em análises clínicas, dois técnicos de colheitas (análises clínicas e enfermagem) e duas administrativas. “Prestamos um serviço a toda a comunidade e temos, prioritariamente, até pela proximidade, a comunidade universitária”, refere Ana Donato, sublinhando o facto de haver ainda lugar a “uma função formativa muito importante”, ou não se

tratasse de um “laboratório de escola”. Objetivo central, “é dar a conhecer este serviço à cidade, entretanto com certificação de qualidade, de uma qualidade que sempre existiu, mas que agora vê oficialmente atestada”, sendo que o laboratório tem neste momento capacidade técnica e humana para “ampliar o seu serviço”. Depois, sublinha Ana Donato, há ainda os estágios extracurriculares para que “os alunos do 4.º ano possam tomar contacto com uma vertente diferente da farmácia comunitária”. Por ano, passam no laboratório pelo menos 50 alunos, em estágios que fazem voluntariamente. “O ensino ligado à prática é fundamental. Trata-se de um ensino em tempo real, num contacto direto com um laboratório de análises clínicas, num caminho que o ensino tem de fazer cada vez mais, mostrando que o que se ensina e aprende tem, de facto, uma utilização prática”, diz a responsável. Isso mesmo aconteceu com Daniel Gonçalves, licenciado em Análises Clínicas e Saúde Pública e que agora integra a equipa do laboratório: “Decidi que a formação base talvez não fosse suficiente para mim, pelo que enveredei pelo mestrado em Análises Clínicas. Aconteceu depois


DB-Carlos Jorge Monteiro

sta na prestação de serviços nas no apoio à indústria farmacêutica

uticos (UCQFarma), enquanto prestação de serviços especializados, a Faculdade de Farmácia da Universidade ada vez mais forte com a sociedade civil. Reafirmando ao mesmo tempo as vertentes de ensino e investigação o convite para colaborar no Laboratório de Análises Clínicas, na investigação e no estágio curricular de mestrado. Comecei a estagiar e surgiu a oportunidade de colaborar mais profissionalmente, tendo depois ficado responsável pela área das colheitas e fazendo ainda trabalho técnico de laboratório”. Desenvolvimento de produtos O Laboratório de Galénica e Tecnologia Farmacêutica da FFUC tem um longo historial de colaboração com a indústria farmacêutica no desenvolvimento, controlo e garantia da qualidade de produtos farmacêuticos. Em 1998, com a transferência de parte do laboratório para o remodelado edifício da Farmácia dos antigos Hospitais da Universidade de Coimbra, considerouse oportuna e necessária a criação de uma unidade independente dedicada ao controlo de qualidade de matérias-primas e formas farmacêuticas. Nasceu assim a UCQFarma (Unidade de Controlo de Qualidade de Produtos Farmacêuticos da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra).“O nosso laboratório é mais vocacionado para o controlo de qualidade de matérias-primas, formas farmacêu-

ticas, produtos de cosmética e higiene corporal, bem como na validação de metodologias analíticas, áreas cada vez mais importantes na indústria farmacêutica”, esclarece Maria Eugénia Pina, responsável pela UCQFarma. Os clientes da UCQFarma são a indústria nacional e internacional, mas também empresas de consultoria que trabalham com a indústria, principalmente farmacêutica, mas também cosmética, “sujeita a um controlo de qualidade cada vez mais apertado”. Existe ainda, refere a responsável, “uma importante vertente de formação, com estágios de pós-licenciatura, e ainda de investigação, sobretudo com estudantes de mestrado e de doutoramento, em diversos centros de investigação dentro da Universidade de Coimbra”. A principal responsabilidade de Maria Eugénia Pina é a “validação dos resultados produzidos no laboratório”. A equipa integra ainda Rui Manadas, técnico de controlo e gestor da qualidade, Ricardo Ferreira, técnico de controlo, e Celeste Lucas, que dá apoio ao serviço. Todos, sublinha a responsável pela equipa, “fazemos com que se mantenham os níveis

de qualidade e se respeitem todos os seus princípios”. Desde 2012, refere Rui Manadas, “temos colaborado com algumas empresas no desenvolvimento de produtos que nos são pedidos, principalmente na área da cosmética e sobretudo a partir do decretolei que veio regulamentar os produtos cosméticos em 2013”. Isto porque, explica, “as exigências regulamentares aumentaram e as empresas passaram a ter de fazer uma série de ensaios e controlo dos seus produtos, exatamente serviços que nós prestamos”. Mas a par das solicitações de controlo de qualidade, “há também solicitações para o desenvolvimento de produtos cosméticos, por exemplo um shampoo, um creme. Produtos desenvolvidos à medida do que o cliente pretende, semelhante a um produto que já existe no mercado. Nós fazemos o que se chama engenharia inversa, adaptando ao cliente”, garante. Um serviço que, sem ser diretamente prestado às pessoas, tem para as pessoas uma importância muito grande, uma vez que, assegura Rui Manadas, “nós garantimos que os produtos que chegam aos consumidores são seguros”. | Lídia Pereira


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ENSINO//FACULDADE DE MEDICINA

Faculdade de Medicina reforça-se como referência d

“Uma escola médica de vanguarda, para além do ensino médico, tem também que ter um papel ativo na pro afirma Duarte Nuno Vieira, diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Quais os principais desafios que se colocam à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), no contexto da sua valorização, nacional e internacional ? O principal desafio será sempre, no respeito por todos aqueles que nos antecederam e que em nós se continuam e pelo passado de prestígio que caracteriza a Faculdade de Medicina, reforçar o seu posicionamento como referência de qualidade, de empenho, de inovação, de capacidade de adaptação aos novos tempos e circunstâncias e de responder adequadamente às exigências e interrogações do futuro. Fazendo-o nos seus diversos níveis de intervenção, nomeadamente pedagógico, científico e de prestação de serviços. Como exemplos concretos de alguns dos desafios que se nos colocam, poderemos assinalar o desenvolvimento do Centro Académico, envolvendo uma parceria estratégica com o CHUC, mas sem descurar o envolvimento de outros Hospitais da região Centro no ensino da Medicina, nomeadamente no 6º ano, havendo já contactos avançados com os hospitais da Figueira da Foz, Viseu, Leiria e Aveiro. Ou o envolvimento cada vez mais intenso da Faculdade em parcerias com outras escolas médicas, nacionais e internacionais, quer em programas de pré-graduação, quer em programas doutorais e em projetos e convénios de investigação. Um desafio particularmente significativo será também o de procurar novas áreas de prestação de serviços à comunidade e novas parcerias, elementos essenciais neste tempo em que a Universidade tem de sair à rua e procurar

financiamento alternativo ao limitado orçamento Estatal. São efetivamente muitos os desafios que se nos colocam e que enfrentamos com otimismo. E assim faremos sempre, respeitando em absoluto as linhas gerais que, através da Reitoria, a Universidade definiu como objetivos comuns. Cerca de meio ano depois da nova direção ter tomado posse, quais considera serem as prioridades do plano de ação que traçaram para este mandato? Estamos hoje ainda mais certos de que a melhoria do processo pedagógico constitui uma das prioridades da Faculdade. Trata-se de uma das suas áreas fundamentais de intervenção e que, no atual contexto de substanciais carências de recursos humanos e de instalações, associado ao elevado número anual de alunos, deve suscitar uma particular atenção. Tem sido provavelmente a área na qual estamos a desenvolver mais trabalho, até porque a Faculdade iniciou este ano uma profunda reforma curricular do Mestrado Integrado em Medicina, que necessita ainda de múltiplos ajustes e aperfeiçoamentos. Estamos a ponderar também uma eventual reforma no Mestrado Integrado em Medicina Dentária. Mas para além da componente pedagógica, a investigação tem sido igualmente uma absoluta prioridade desta direção. Acreditamos que uma escola médica de vanguarda, para além do ensino médico, tem também que ter um papel ativo na produção de conhecimento. Esta direção tem demonstrado um enorme compromisso no sentido

de estimular um desenvolvimento sólido, coerente e sustentado da investigação científica na FMUC. Nesse sentido e com o objetivo de potenciar os recursos e ativos existentes na escola, estamos a proceder a uma aposta estratégica e criteriosa das áreas a apoiar. A recente reforma pedagógica e o esforço de diversificação da oferta são essenciais para colocar a FMUC na vanguarda do ensino e da investigação? Quando estará concluída esta reforma? A reforma está iniciada e a decorrer. E sem grandes sobressaltos, felizmente... Mas tem ainda um largo caminho pela frente até estar concretizada na sua plenitude e muitas das dificuldades sentidas serão dificilmente ultrapassáveis enquanto subsistirem os enormes constrangimentos económicos que afectam todo o ensino superior português. Pensamos todavia que nunca estará totalmente concluída. O processo pedagógico deve estar em contínua revisão e atualização, não devendo a sua reforma cessar nunca... Mais uma vez, a importância também dada à investigação, fica bem patente na forte aposta de inclusão de conteúdos de investigação na oferta de ensino pré e pós-graduado. A FMUC mantém ainda alguns constrangimentos decorrentes da transferência para as novas instalações do Polo III, que ainda não albergam todos os alunos? Há edifícios que já deviam estar prontos e ainda não começaram a ser construídos... Essa é, infelizmente, uma lamentável realidade. Na nossa opinião e na de muitos colegas, a Faculdade está hoje,


IRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS

cia de qualidade

ativo na produção de conhecimento”, em termos de instalações, bastante pior do que estava hà 20 anos atrás. Mudámos para alguns novos edif ícios no Polo III das Ciências da Saúde, cuja qualidade e espaços proporcionados estão longe de corresponderem ao desejável. E que têm salas de aulas perspetivadas para quando a Faculdade tinha pouco mais de 100 alunos/ ano, quando tem agora mais de 300... Mas como nem todos os novos edif ícios estão construídos, e nem se sabe quando estarão, a Faculdade está agora dispersa por dois polos o que comporta substanciais constrangimentos, e desde logo para os alunos, pois as deslocações entre ambos não são fáceis nem céleres... Mas mesmo quando os edif ícios do Pólo III estiverem todos construídos a Faculdade continuará a precisar de espaços no Pólo I. O Polo III, no que respeita à Faculdade de Medicina, foi muito deficientemente perspetivado.... Com o número de vagas de Medicina a continuar a aumentar, é mais difícil resolver essas dificuldades, bem como outras, relativas às aulas práticas? Naturalmente que sim. Temos o maior número de alunos por cada turma prática de todas as Faculdades e Escolas Médicas do país. O que constitui elemento altamente prejudicial para o processo pedagógico, mas que representa também algo de eticamente inaceitável. Basta pensar no que é uma aula prática na enfermaria com 18 ou 20 alunos em redor de um doente... A FMUC recebe também os alunos do curso de Medicina dos Açores e irá tam

Duarte Nuno Vieira

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ENSINO//FACULDADE DE MEDICINA

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DB-Luís Carregã

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bém receber os estudantes do curso de Medicina de Cabo Verde? A experiência de ensino da Medicina iniciada em Cabo Verde pode estender-se a outros PALOP? A Faculdade tem o maior gosto em receber alunos dos países de língua oficial portuguesa e estes sentem muito orgulho em a frequentar. Tal como se orgulha de colaborar no ensino em saúde ministrado nesses países. Esta é uma colaboração que queremos manter e que gostaríamos até de ampliar. Existem já alguns contactos nesse sentido. Mas as limitações decorrentes das carências de recursos humanos e de instalações são, entre outros, aspetos que de alguma forma condicionam e restringem o desenvolvimento de tais colaborações...

Existem algumas áreas da investigação científica onde a FMUC se tem destacado. Esta aposta vai ser mantida? A Faculdade de Medicina orgulha-se da investigação que tem desenvolvido, sem prejuízo de reconhecer que se trata de domínio onde tem ain-

da uma larga margem de melhoria e progressão. Apesar dos fortes constrangimentos orçamentais sentidos nos últimos anos, tem sido feito um esforço considerável no sentido de apoiar, dentro do possível, a investigação concretizada pela faculdade. E existe um forte compromisso e empenho desta direção no sentido de promover a excelência do trabalho desenvolvido no seio dos seus grupos de investigação. Temos a plena consciência que só potenciando os recursos existentes, quer materiais quer humanos, estabelecendo colaborações e promovendo sinergias, nomeadamente através da interação entre clínicos e investigadores ligados à ciência básica, podemos atingir os nossos objectivos e colocar a FMUC em patamares elevados no que diz respeito à qualidade da investigação produzida. Sendo certo que a FMUC é hoje absolutamente reconhecida, nacional e internacionalmente, como instituição de referência em diversas

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Há demasiados alunos nos cursos de Medicina? O desemprego médico vai ser uma realidade, em breve? A verdade é que já existem jovens médicos a emigrar... Existem demasiados alunos nos cursos de medicina se atendermos à

qualidade do processo formativo que as Escolas médicas pretendem proporcionar. E o desemprego começa a afetar já esta área, embora ainda não tão intensamente como em muitas outras. Mas a continuarmos no caminho seguido nos últimos anos a situação agravar-se-á substancialmente. E não é só o desemprego, mas também uma substancial redução dos rendimentos decorrentes do exercício da medicina. Os salários hoje pagos pelos serviços públicos de saúde aos jovens especialistas são absolutamente confrangedores e sobretudo para uma carreira tão exigente. Por isso não admira que um cada vez maior número opte por uma carreira profissional fora do país.

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áreas científicas e clínicas, nomeadamente nas ciências da visão, nas ciências cardiovasculares, nas neurociências ou na oncobiologia, cancro e meio ambiente, todas elas definidas como áreas de interesse científico estratégico para a Escola. São áreas na qual a Escola tem registado um forte potencial de afirmação e crescimento. Outra área na qual vem investindo fortemente é o envelhecimento. Neste contexto é importante referir que a aposta no envelhecimento faz parte de uma estratégia coordenada e concertada, pois trata-se de tema que é transversal a todas as áreas, nomeadamente às áreas estratégicas atrás referidas. A FMUC tem tido um papel particularmente ativo na liderança do processo de candidatura ao projeto europeu Teaming, com vista à construção de um novo instituto de investigação dedicado ao envelhecimento. A FMUC tem também tido um papel crucial no consorcio Ageing@coimbra e na parceria europeia para o envelhecimento ativo e saudável. E esta aposta na investigação tem sido feita em total articulação com a formação pré e pósgraduada, nomeadamente ao nível do doutoramento. A FMUC tem beneficiado por estar inserida num polo de saúde bastante forte? Tem havido alguns benef ícios mútuos. A Faculdade tem beneficiado de parcerias possibilitadas pela proximidade de outras áreas da saúde e tem contribuído também, decisivamente, para a melhoria dessas áreas. Um dos aspetos positivos do Polo das Ciências da Saúde (que também os há, obviamente), tem sido precisamente a criação de oportunidades, resultantes da proximidade de instituições e grupos de referência, que devem ser desenvolvidas e aprofundadas. A constituição recente do Consórcio entre a FMUC e o CHUC é um bom exemplo disso, sendo o seu enorme potencial facilitado pela proximidade de instalações agora existente. A investigação clínica é uma área a valorizar? Neste contexto é importante o estatuto de hospital universitário? A investigação clínica é absoluta-

ENSINO//FACULDADE DE MEDICINA

mente fundamental. Infelizmente, em Portugal, apesar dos avanços significativos verificados nos últimos anos e do enorme potencial existente, nomeadamente em Coimbra, a investigação clínica continua a ser domínio com algumas carências e limitações, no qual é imperiosa e urgente uma aposta forte e estratégica. A prioridade dada por esta direção à investigação clínica tem sido concretizada no sentido de estimular o desenvolvimento de projetos de investigação clínica de qualidade, nomeadamente no contexto dos trabalhos de doutoramento de alunos clínicos. Aliás, o próprio programa de doutoramento em ciências da saúde da FMUC, tem sido alvo de

O estatuto de hospital universitário tem sido reiteradamente adiado por cedências de sucessivos ministérios da saúde a pressões e interesses. Depositamos muitas esperanças no atual Ministério da Saúde e na articulação que, nestes primeiros meses de mandato, conseguiu já estabelecer com o ensino e a ciência

alterações no sentido de oferecer uma formação altamente diferenciada, sólida e estruturada, em investigação clínica, que prepare médicos para uma carreira que inclua uma forte componente de investigação a par de uma prestação de cuidados de saúde mais diferenciada.

A investigação clínica é pois tão importante quanto a atividade de assistencial e a atividade docente. Está hoje plenamente demonstrado que qualquer instituição de saúde só consegue atingir níveis de excelência, se os seus profissionais em simultâneo com a atividade assistencial, estiverem também envolvidos na investigação e na docência. O estatuto de hospital universitário será um fator decisivo para que assim seja, mas tem sido reiteradamente adiado por cedências de sucessivos ministérios da saúde a pressões e interesses. Por vezes vindos de alguns que proclamam publicamente que assim deve ser, mas que são depois os que mais movimentações particulares desenvolvem para impedir que tal se concretize... Depositamos muitas esperanças no atual Ministério da Saúde e na articulação que, nestes primeiros meses de mandato, conseguiu já estabelecer com o ensino e a ciência. A integração do CHUC e da Universidade de Coimbra na Aliança M8, representando Portugal, pode colocar também novas responsabilidades à FMUC? A Aliança M8 envolve um conjunto restrito e altamente qualificado de centros académicos de medicina, universidades médicas e academias nacionais de medicina, numa rede mundial colaborativa de excelência. O papel da FMUC foi, é e será indispensável nesta integração do Coimbra Health na Aliança M8, a qual não teria sido possível sem ela. Trata-se de uma integração que proporciona grandes oportunidades à Faculdade, nomeadamente em termos de poder contribuir para a definição da agenda mundial no âmbito da saúde e no planeamento dos programas de desenvolvimento nesta área, mas, como bem assinala, confere-lhe também responsabilidades acrescidas. Desde logo a obrigação de um empenho muito particular na investigação, no ensino e na concretização de políticas de saúde nas áreas que a Aliança tem definido, designadamente a saúde digital, as mudanças climáticas e a saúde, o envelhecimento saudável, a educação em saúde, etc. | Dora Loureiro


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PRODUÇÃO/DISTRIBUIÇÃO

Cinco grand a indústria f

Numa região do país onde a enorme dim medicamento – desde o fabrico, armazena

A

indústria farmacêutica na região Centro conta com cinco nomes de laboratórios que são referência no fabrico de medicamentos: Bluepharma, no concelho de Coimbra; Farmalabor (Grupo Medinfar), em Condeixa-a-Nova; Laboratórios Basi e Labialfarma (ambos com sede em Mortágua) e Fresenius Kabi/Labesfal (multinacional com unidade de produção em Campo de Besteiros, Tondela). Geograficamente, constata-se que estas unidades de produção se encontram localizadas apenas em dois distritos: Coimbra (duas empresas) e Viseu (três empresas). São centenas de milhões de embalagens de medicamentos, grande parte deles genéricos, fabricados e injetadas no mercado todos os anos, destinados a uma grande variedade de terapias. Com exceção da Frenesius Kabi/Labesfal, que é – de longe – a maior da região, o volume de negócios médio de cada uma das restantes quatro empresas varia entre os 15 e os 25 milhões de euros. Os Laboratórios Basi, com um recente investimento de 15 milhões de euros numa nova unidade de produção e controlo de qualidade de formas farmacêuticas líquidas e semi-sólidas (orais e tópicas), tem capacidade instalada para 45 milhões de unidades por ano. Com uma faturação a rondar os 24 milhões de euros, emprega 56 colaboradores. Mesmo ao lado, também em Mortágua e fundada em 1981, a Labialfarma é uma empresa farmacêutica e nutracêu-


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randes unidades dominam ria farmacêutica no Centro tica. O Grupo Labialfarma é constituído por cinco empresas. Para além da Labialfarma (empresa-mãe), integra mais três unidades na área da saúde e bem-estar: a LiqFillCaps, a Wellcare, a Nutri.add, e uma empresa na área da consultoria, a Gesconsulting. No total, o grupo emprega cerca de 260 colaboradores, investindo mais de 700 mil euros em investigação e desenvolvimento (I&D). Faturando cerca de 20 milhões de euros/ano, afirma-se como líder nacional nos mercados dos produtos de fitoterapia, nutracêuticos e suplementos alimentares. Em São Martinho do Bispo, Coimbra, a Bluepharma iniciou a sua atividade há década e meia, quando a atual administração, de capital português, adquiriu as instalações à multinacional Bayer. Com um volume de negócios a rondar 23 milhões de euros (dados de 2014),conta com 277 trabalhadores, todos de alta qualificação técnica. Tal como a Bluepharma, também a Farmalabor, com sede em Condeixa-aNova, vive nova vida desde 2001, desde que foi integrada na Medinfar. Este laboratório foi fundado em 1970 estando, atualmente, focado na comercialização de medicamentos em áreas como a Pneumologia, Cardiologia, Diabetologia e Dermatologia. Para além das suas marcas próprias produz e comercializa produtos licenciados em parceria com empresas farmacêuticas mundiais, distribuindo os seus produtos em mais de 40 países. Em Tondela reside o polo português da multinacional Fresenius Kabi, subdividida em duas referências: Laboratórios Almiro, com 106 milhões de euros e 536

funcionários e marca Fresenius Kabi, com faturação de 20 milhões de euros e 38 funcionários. Deste grupo autonomizou-se, em 2013, a Labesfal Genéricos, um setor da antiga Labesfal, recomprada pela família Joaquim Coimbra e com faturação atual de cerca de 15 milhões de euros. Na distribuição, a cooperativa Plural é o resultado da fusão de outras três cooperativas farmacêuticas (Cofarbel, Farbeira e Farcentro). Com sede em Coimbra, é um gigante do setor ocupando a 7.ª posição das maiores empresas com sede no distrito de Coimbra com um volume de negócios de quase 190 milhões de euros. Numa dimensão mais regional, a Empifarma, com sede em Montemoro-Velho, distribui produtos farmacêuticos de ambulatório em todo território nacional. Com um volume de negócios a rondar os 50 milhões de euros/ano, apostou na automatização, com um “fast mover” com capacidade para duas mil referências e empregando 25 colaboradores. Maior em volume de negócios (cerca de 20 milhões), a Proquifa, sociedade Químico Farmacêutica, tem sede na zona da Adémia, Coimbra, contando com 22 funcionários. Especializou-se na distribuição por grosso de medicamentos. Quanto a farmácias, de acordo com o “Portal nacional” existem 51 farmácias no concelho de Coimbra e 154 no distrito. |António Rosado

Produção Distribuição

enorme dimensão das unidades hospitalares impulsiona toda a área da saúde, a fileira do o, armazenamento, distribuição e medicamento – revela grande capacidade de adaptação


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PRODUÇÃO/DISTRIBUIÇÃO//PROQUIFA

Proquifa:Especialistas na distrib de medicamentos a partir de Co

Com um volume de negócios anual a tocar o teto dos 20 milhões de euros, a distribuidora demedicamentos

A

atribuição, ao longo dos últimos seis anos, do prémio PME Excelência revela “a consistência do crescimento” da Proquifa-Sociedade Químico Farmacêutica do Centro, bem como “a solidez da sua estrutura financeira e o reconhecimento dos agentes do setor económico”, sublinha Luís Monteiro, administrador da empresa, com sede na rua Vale Paraíso, zona

industrial da Adémia, norte de Coimbra. De acordo com Luís Monteiro, o sucesso deve-se à “qualidade da prestação de serviços, indiscutivelmente mais personalizados do que as grandes distribuidoras conseguem fornecer”. Ao lado do irmão e sócio João Monteiro, o responsável faz questão de partilhar o prémio PME Excelência com “uma equipa motivada e focada na importância de um serviço de qualidade”. Com 22 funcionários e uma frota própria de viaturas, a Proquifa especializou-se na distribuição por grosso de

medicamentos de uso humano, tendo obtido, alcançando atualmente a fasquia dos 19 milhões de euros de volume de negócios anual. O investimento em tempo oportuno na construção das novas instalações em novos equipamentos e na qualificação da equipa de trabalho, veio a revelar-se como fator chave do crescimento na segunda década de milénio. As quase três décadas de existência são uma garantia de afirmação no mercado, como empresa de distribuição de medicamentos de âmbito regional, num

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DIRETÓRIO IRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS

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stribuição personalizada e Coimbra

dicamentos Proquifa aposta em “manter os padrões de qualidade e crescimento”

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João Monteiro e Luís Monteiro, sócios da Proquifa

território formado pelos distritos de Coimbra, Aveiro, Leiria e Viseu. Atendendo aos resultados alcançados, num setor – que é o do medicamento que tem registado altos e baixos em consequência das políticas implementadas nos últimos anos, a empresa reforça permanentemente o seu empenho em “manter os padrões de qualidade e crescimento”. Para continuar a alcançar este objetivo, “a relação comercial com os clientes tem sido ampliada, uma vez que estes são a base do sucesso de qualquer empresa”, conclui Luís Monteiro.


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INSTITUCIONAL

Ministério da direções ger

Para além da complexidade natural da rede de pre de saúde familiares e cuidados continuados, regis

A

rede de serviços de saúde em Portugal é de tal complexidade que não é fácil perceber onde acabam as responsabilidades e competências atribuídas a este ou aquele instituto. Na realidade, contando com as cinco

Ministro da Saúde

Secretário de Estado Adjunto e da Saúde

Secretário de Estado da Saúde

Conselho Nacional da Saúde

Entidade Reguladora da Saúde

Administração Direta

Secretaria-Geral

Inspeção-Geral das Actividades em Saúde

Direção-Geral da Saúde

Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências

ADSE - Direção-Geral de Proteção Social aos Trabalhadores em Funções Públicas

Administração Indireta

Administração Central do Sistema de Saúde, IP

INFARMED Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, IP

Instituto Nacional de Emergência Médica, IP

Instituto Português do Sangue e da Transplantação, IP

Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP

Funcionamento da ARS Centro A ARS Centro é composta por cinco departamentos e por um gabinete, de acordo com o disposto nos seus estatutos, em vigor desde 29 de maio de 2012. Os departamentos são responsáveis por cinco grandes áreas: saúde pública, planeamento e contratualização, gestão e administração geral, recursos humanos, instalações e equipamentos. A estes serviços acresce o Gabinete Jurídico e do Cidadão. Do quadro de pessoal próprio fazem parte cerca de 400 profissionais, onde se destaca um contingente de mais de 130 técnicos superiores (de várias formações), que vão desde engenharia à economia, passando pelo serviço social, a que se acrescenta centena e meia de assistentes técnicos e assistentes operacionais. A área dos técnicos superiores de saúde supera as três dezenas profissionais, um número semelhante de médicos e meia centena de enfermeiros e técnicos de diagnóstico e terapêutica. A.R.

Organismos periféricos

Estabelecimento públicos do SN (Hospitais Setor Pú Administrativo

Administração Regional de Saúde do Norte, IP

Administração Regional de Saúde do Centro, IP

Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, IP

Administração Regional de Saúde do Alentejo, IP

Administração Regional de Saúde do Algarve, IP

Fonte: Ministério da Saúde


o da Saúde tem 18 gerais e institutos administrações regionais de saúde, são 18 os organismos sob a tutela do Ministério da Saúde, cada um com as respetivas direções e estrutura de recursos humanos. Existe a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), que é um instituto público, criado em 2007, que “tem como missão assegurar a gestão dos recursos financeiros e humanos do Ministério da Saúde e do Serviço Nacional de Saúde, bem como das instalações e equipamentos do SNS, proceder à definição e implementação de políticas, normalização, regulamentação e planeamento integrado em saúde e promover a inovação e eficiência do SNS”. Mesmo ao lado funciona a SecretariaGeral do Ministério da Saúde que “tem Sector Público Empresarial

Estabelecimentos públicos do SNS (Hospitais Setor Público Administrativo)

Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, EPE

gional te, IP

Unidades Locais de Saúde EPE

gional tro, IP

Centros Hospitalares EPE

gional boa e IP

Hospitais EPE

gional ntejo,

gional rve, IP

por missão assegurar o apoio técnico e administrativo aos gabinetes dos membros do Governo integrados no Ministério da Saúde”, conferindo apoio técnico jurídico e contencioso. A Direção Geral de Saúde (DGS) é um serviço central do Ministério que coordena e desenvolve Planos e Programas de Saúde, coordena e assegura a vigilância epidemiológica, regular garante a qualidade em saúde e, entre outros, acompanha o Centro de Atendimento do Serviço Nacional de Saúde. Mais à frente, a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) assume-se como organismo público independente, que tem por missão “a regulação da atividade dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde, do setor público, privado e social, excetuando as farmácias. Assume a supervisão dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde, avaliando os requisitos para o exercício da atividade, direitos de acesso aos cuidados de saúde e dos demais direitos dos utentes, legalidade e transparência das relações económicas entre os diversos operadores e observação concorrência no sector da saúde”. Por seu lado, a SPMS (Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, EPE) existe, segundo explicação própria, para prestar serviços partilhados – nas áreas de compras e logística, serviços financeiros, recursos humanos e sistemas e tecnologias de informação e comunicação – às entidades com atividade específica na área da saúde, de forma a “centralizar, otimizar e racionalizar” a aquisição de bens e serviços no Serviço Nacional de Saúde. | António Rosado

Institucional

a rede de prestação de serviços da saúde, com todos os hospitais, centros de saúde, unidades nuados, regista-se uma estrutura pesada nos organismos de gestão do setor


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institucional//ARS Centro

ARSCentro a cuidados d

O presidente da Administração Regional d dos cuidados de saúde primários, hospita Melhorar a qualidade e o acesso aos centros de saúde é uma das missões da ARSC. Como estão a funcionar os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES), aumentados na sua dimensão? Penso que, na generalidade, têm funcionado bem, com base numa cultura de compromisso para com a ARSC. O que levou à agregação de 14 ACES originais nos atuais seis teve a ver com questões de escala administrativa. Não houve alterações na organização interna dos ACES nem das suas unidades funcionais que mantiveram, na íntegra, a sua autonomia funcional e flexibilidade no respeitante à resposta assistencial. O reforço das unidades funcionais dos ACES, em que as unidades de saúde familiar (USF) são a parte mais visível, são exemplo do que foi possível desenvolver tendo em conta o contexto económico em que temos vindo a trabalhar e em que a área dos recursos humanos nos tem colocado problemas muito difíceis de resolver. Mas penso que o balanço é positivo. No início deste ano, atingimos 1 milhão e 500 mil habitantes abrangidos por unidades de cuidados na comunidade (UCC), o equivalente a mais de 86,4% da população da região, totalizamos 59 USF em funcionamento (acabámos de abrir, na semana passada, em Aveiro, a Esgueira +) e 67 unidades de cuidados de saúde personalizados (UCSP).

José Tereso

Como irá a ARSC solucionar algumas situações de falta de médicos de família? A ARSC tem vindo sempre a tentar solucionar as situações previsíveis, e imprevisíveis, da falta de médicos de família acionando todos os mecanismos legais de que dispõe e que tem passado


IRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS

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ntro Assegurar o acesso os de saúde de qualidade

o Regional de Saúde do Centro (ARSC), José Tereso, faz um balanço positivo, na região, do funcionamento rios, hospitalares e continuados. Preconiza a criação de novos centros de referência nos hospitais pela abertura de vagas onde há falta de clínicos, o recurso à contratação de serviços médicos, reintegrando médicos aposentados… tudo tem sido feito para assegurar médicos a todos os utentes dos serviços de saúde da região Centro. É mais difícil a fixação de médicos nas zonas do interior? Como sabe, a fixação de médicos em certas zonas, infelizmente nem sempre é possível com a celeridade que desejamos, sobretudo nas zonas do interior, que são precisamente as mais carentes em recursos humanos médicos, são aquelas que têm menor capacidade de atração de jovens médicos. O que a ARSC tem feito é discriminar positivamente essas zonas, abrindo vagas sistematicamente nas duas épocas de avaliação final do internato de Medicina Geral e Familiar, apesar dos concursos ficarem, muitas vezes, sempre desertos. Não depende de nós o preenchimento de vagas concursadas mas sim, em exclusivo, da vontade de potenciais candidatos e, como calcula, não podemos obrigar ninguém a aceitar uma colocação. Continuaremos a insistir nesta estratégia porque é a mais correta a prazo, quer em termos de qualidade assistencial, quer em termos de resolver, a prazo, as carências em recursos humanos médicos, ao fixar jovens médicos em zonas carenciadas. Tem sido essa, aliás, a estratégia do Ministério da Saúde. A criação das USF, das UCC e das UCSP tem permitido uma maior proximidade dos cuidados de saúde à população. Está prevista a criação de novas unidades? Claramente que sim, conforme lhe referi anteriormente, ainda na sema-

na passada abrimos, em Aveiro, uma nova USF. As unidades funcionais como as USF, as UCSP e as UCC asseguram cuidados primário de qualidade e de proximidade. Aumentámos, muito significativamente, o número de USF e de UCC, bem como de UCSP formalizadas, e prosseguiremos nesse sentido. A recente formalização de mais 11 centros de referência hospitalar no CHUC é sinónimo da constante preocupação com a qualidade dos cuidados de saúde na região? A ARSC tem como missão assegurar o acesso da população da região Centro a cuidados de saúde de qualidade – sejam eles cuidados hospitalares, primários ou continuados integrados. A formalização de centros de referência na região de saúde do Centro representa, sem dúvida, um percurso que premeia o desempenho de todos os profissionais e serviços envolvidos e cujo reconhecimento é sinónimo de confiança para os doentes, que sabem que são tratados em serviços que apresentam os melhores resultados a nível nacional. Como tive a oportunidade de destacar na altura, a formalização dos centros de referência constituiu um momento histórico para o CHUC, um reconhecimento que trouxe valor acrescido para a região, mas também um desafio para todos os profissionais, não só do CHUC mas de toda a região Centro e para a própria ARSC, enquanto tutela de proximidade. Espero que haja mais hospitais da região a se candidatarem e a obterem essa distinção. Temos uma rede hospitalar, na região Centro, dotada de excelentes unidades que têm condições para criarem mais centros de referência.

A Rede de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) tem aumentado no Centro no país. Preveem-se novas evoluções? Neste momento, a região Centro conta com 2.271 camas nas diferentes tipologias de cuidados, o que equivale, exatamente, a uma centena de unidades em funcionamento. O alargamento da RNCCI a nível da região foi sendo feito com rigor, atendendo a carências locais, mas igualmente com garantias de sustentabilidade das unidades em funcionamento. Estamos a falar de um patamar de cuidados de elevadíssima qualidade, em que a abertura de novas unidades foi acontecendo, mas com a certeza de honrarmos os nossos compromissos. Atualmente está em curso a reforma dos cuidados continuados, enquadrada numa filosofia de expansão e melhoria deste tipo de cuidados, em que se prevê o reforço a nível de cuidados domiciliários, cuidados continuados pediátricos e em Saúde Mental. A ARS Centro foi pioneira na compra agregada de medicamentos para hospitais. Este projeto mantém-se? Há alguma previsão de ser alargado aos centros de saúde? Efetivamente, tratou-se de um projeto pioneiro, em que a ARSC, como entidade dinamizadora e facilitadora, participou num processo negocial transparente que culminou no facto de, pela primeira vez, unidades hospitalares, da sua área de influência, acordaram agrupar-se num processo do género que permitiu obter ganhos económicos para os hospitais e para o SNS. Atualmente, a compra de medicamentos é feita através dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde. | Dora Loureiro


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InSTITucIOnAl//Ordem dOs médicOs

Ordem dos médicos “A defes da formação médica está aci

O presidente da secção regional do centro da Ordem dos médicos, carlos cortes, que é também coordenad dB-Luís carregã

Carlos Cortes Que aspetos da formação dos jovens médicos preocupam mais a Ordem dos Médicos? Há duas premissas que queria salientar. A primeira é que as questões da formação são de extrema importância para a Ordem dos Médicos (OM) e para a Secção Regional do Centro. Isso traduz-se no muito trabalho que temos desenvolvido internamente sobre as questões da formação médica, e na grande intervenção que temos tido junto das instituições que fazem a formação médica, e falo também como coordenador do Conselho Nacional da Pós-Graduação, o órgão da OM que trata

destas questões, fazendo a ligação entre os 47 colégios de especialidade e o Conselho Nacional Executivo (CNE). A segunda ideia é a defesa da qualidade da formação, que está acima de tudo. Esta qualidade da formação é essencial para termos bons especialistas, para respondermos às necessidades do país e às deficiências do sistema. Costumo dizer muitas vezes que a sustentabilidade do SNS é conseguida à custa da dedicação dos profissionais, da sua habilidade, fruto da sua formação, de grande abrangência. A formação médica em Portugal é das melhores da Europa,

somos elogiados em todos os países. A qualidade da formação médica é reconhecida mesmo noutros países... A qualidade da formação tem sido conseguida graças a um dispositivo triangular, em que o Ministério da Saúde tem a responsabilidade de criar condições para que ela exista e o Conselho Nacional do Internato Médico tem responsabilidade de estruturar o sistema para aplicar as decisões e recomendações tomadas pela Ordem dos Médicos em prol da qualidade da formação. A Ordem tem sido muito


IRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS

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efesa da qualidade á acima de tudo”

m coordenador do conselho Nacional da Pós-Graduação, fala sobre os sucessos e dificuldades nesta área

A OM tem chamado a atenção para a disparidade entre o numerus clausus nas faculdades e as vagas para as especialidades. Sempre existiu uma disparidade muito grande entre o número de vagas para especialistas e o número de candidatos. Há uns anos atrás tínhamos poucos estudantes nas faculdades de medicina, muito aquém daquelas que eram as necessidades do país e da capacidade dos hospitais de formar de médicos, que não foi aproveitada, e em cerca de 10 anos perdemos a possibilidade de formar cerca de sete mil especialistas. Isso culminou na situação que temos hoje, que não é globalmente de falta de médicos – em Portugal existem quatro médicos por mil habitantes, muito acima da média dos países da OCDE, onde somos o quinto

país com mais médicos por mil habitantes – mas eles estão mal distribuídos geograficamente, concentrando-se mais no litoral e menos no interior. Hoje, a situação é completamente diferente. Os numerus clausus nas faculdades de medicina estão muito acima daquilo que é a capacidade do país para formar médicos especialistas. Há licenciados em medicina que não terão vaga para as especialidades? Este ano a entrega do mapa de capacidades formativas, que depois vai dar origem ao mapa de vagas para as especialidades, foi antecipada de novembro para junho, mas, apesar disso, esta tarefa correu muito bem e a OM entregou o documento ao ministério dentro do prazo indicado. Este ano conseguimos um número de capacidades formativas maior do que no ano passado, um dos maiores dos últimos anos. Mas mesmo assim as perspectivas não são boas, porque há muitos mais diplomados em medicina do que capacidades formativas. Neste concurso deveremos ter à volta de 500 candidatos a mais do que o número de vagas para especialidades, mesmo com o aumento das capacidades formativas. A OM defende a redução dos numerus clau-

sus nas faculdades de medicina? A Ordem dos Médicos tem tido uma intervenção junto do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior para alertar para esta questão. Não queremos que se diminuam os numerus clausus de entrada nas faculdades de medicina só por diminuir, queremos que estes sejam adequados, e entendemos que deve ser feito um estudo para percebermos qual será a realidade daqui a 10 anos – porque o estudante que entra hoje na faculdade será, em média, especialista daqui a 11 a 13 anos. Penso que ninguém neste país está interessado em formar centenas de médicos acima daquilo que o sistema pode absorver, porque isso implica gastos, que os contribuintes pagam, e depois os médicos não terão outro destino senão a emigração, que é aquilo que está a começar a acontecer. O que queremos é tentar prevenir isto, tentar ver quantos médicos vão ser precisos no futuro e assim programar as entradas para a faculdade. Há falta de médicos em Portugal? Portugal tem que ter médicos especialistas suficientes, em termos geográficos, para poder responder às necessidades das pessoas. Tenho visitado muitos dos serviços de saúde para conhecer as realidades.

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exigente nestas questões da formação, mas os médicos internos também não querem facilitismos. Fala-se em encurtar o período de formação, mas os médicos internos não querem. Esta boa formação tem permitido a adaptação dos profissionais a situações adversas e continuamos a ter ganhos em saúde. O sistema de saúde tem dificuldades mas não regrediu, está sempre a evoluir, e isso graças a todos os profissionais de saúde, não só os médicos.


62 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE InSTITucIOnAl//ORDEM DOS MÉDICOS 

No interior do país faltam sobretudo médicos hospitalares, de várias especialidades, como gastrenterologia, cardiologia, pneumologia, anestesiologia e cirurgia. Na região Centro essa carência existe sobretudo na Covilhã, Guarda e Castelo Branco. Nos cuidados de saúde primários a carência de médicos existe mais no litoral, sobretudo na zona de Leiria, mas também em Coimbra. Não digo que não há falta de médicos de família no interior, também existe em alguns casos, mas as carências mais graves são no litoral. No entanto, tudo indica que estas necessidades vão ser resolvidas nos próximos anos, tendo em conta o número de médicos que estão a acabar as suas especialidades, versus aqueles que se estão a reformar. A previsão do próprio ministério é daqui a dois anos já não haver dificuldades quanto a especialistas de Medicina Geral e Familiar.

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Há falta de condições de trabalho nos serviços de saúde? Outra situação é a falta de recursos técnicos e materiais nos centros de saúde e hospitais, que está a degradar o sistema. Tenho denunciado muito a falta de recursos técnicos nos centros de saúde, mas tenho também o feedback de médicos de hospitais preocupados com o parque tecnológico de equipamentos, que está a ficar obsoleto. O país está a progredir, mas os equipamentos são do século passado e não há uma renovação. E isso necessariamente vai ter um impacto sobre os doentes, um impacto na área de diagnóstico e tratamento. Esta questão está a preocupar a OM.

Para essa situação têm contribuído os cortes orçamentais? Corta-se muito nos recursos humanos, dificultando a contratação de profissionais de saúde, mas por outro lado não se renova o parque tecnológico da saúde, porque não é uma coisa visível para a população. O que é visível são os tempos de espera para cirurgia, para consultas, o número de consultas. Outro exemplo, é o completo desinvestimento que tem havido da parte do Estado em relação à prevenção das infeções hospitalares. Portugal é o pior país da Europa nesta matéria e só agora, quando alguns casos mais complicados foram divulgados pela comunicação social, é que a tutela se está a preocupar com as infeções hospitalares. Por exemplo, o uso de máscara na sala de espera devia ser obrigatório em algumas situações. Estas dificuldades estão a desmotivar os médicos? Há uma desmotivação dos médicos, há o sentimento de que são esquecidos pela tutela, de que o seu esforço não é reconhecido. No âmbito do estudo que estamos a fazer sobre o burnout, tivemos o cuidado de ir a todos os hospitais, ouvir as pessoas. Foi uma experiência única, e percebemos que neste momento os médicos nos hospitais não têm as condições adequadas para ajudar os seus doentes. Mas há aqui um elevado sentido de responsabilidade, de dedicação hipocrática aos seus doentes, e eles conseguem ultrapassar isso, por isso não posso dizer que estas situações têm um impacto sobre o trabalho que fazem. Tenho é a certeza que se as coisas fossem feitas de outra maneira os médicos até teriam condições para fazer mais. Mas continuam esperançosos e dedicados aos doentes. E esse é um dos motivos que faz com que a minha passagem pela Ordem seja de satisfação, porque sinto que a primeira preocupação hoje do médico é tratar bem o seu doente. Tem criticado as empresas de contratação de médicos? Esse é um aspeto que me incomoda muito. Não tenho nada contra as empresas, mas sim contra o sistema que as sustenta. Concordo que se um hospital não consegue contratar os seus médicos para a urgência deve recorrer às empresas, como acontecia antes. Mas hoje o hospital para contratar médicos em prestação de serviço tem obrigatoriamente que fazê-lo através de uma empresa, e há aqui uma subversão completa do vínculo entre o médico e o hospital, a equipa. Quem passa a lidar com o médico não é hospital, é a empresa, e isso tem desestruturado as equipas. Gastaram-se, em 2013, 70 milhões de euros com as empresas, que fazem mais de 80% das contratações para prestação de serviços no SNS. As empresas não estão preocupadas com a qualidade dos serviços prestados, nem com a satisfação dos doentes, estão preocupadas em preencher escalas, com os números, é a mercantilização do trabalho médico. O que a SRC tem pedido publicamente, e ao ministro da Saúde, é que é tempo de acabar com este sistema de funcionamento. Ele próprio tinha falado nisso, no início do mandato, e gostaria que se fizesse alguma coisa, respeitando o papel das empresas, que é importante nos locais onde não se conseguem contratar médicos. Mas a verdade é que nesses locais, onde faltam médicos, as empresas também não conseguem dar resposta, ou seja, não têm dado provas de fazer melhor este trabalho do que faziam os hospitais. | Dora Loureiro


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64 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE

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