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MARIA DE

BELÉM “UM PRESIDENTE DA REPÚBLICA TEM QUE SABER ESTAR À ALTURA DAS EXIGÊNCIAS DE CADA MOMENTO” GOVERNO

PRÓXIMOS DESAFIOS

BIODECON

INOVAÇÃO EM SAÚDE

TURISMO EM PORTUGAL SETOR EM EXPANSÃO

HOTEL PALÁCIO ESTORIL

P.V.P. €5

85 ANOS DE HISTÓRIA

linha de CRÉdiTO pORTugal angOla

BMW SÉRIE 7 ODE AO LUXO




EDITORIAL

EDITORIAL

No rescaldo de mais umas eleições legislativas muitas são as dúvidas que neste momento nos assolam a mente. Que forças partidárias constituirão o novo Governo? A maioria de esquerda poderá bloquear a coligação de direita? Conseguirá a coligação terminar o seu mandato? Contudo, importa referir que a partir de agora terá início uma nova campanha política, desta feita para Belém. Alguns candidatos já são conhecidos, porém, outras candidaturas já faladas são agora formalizadas, como é o caso da candidatura de Maria de Belém. Maria de Belém, que já desempenhou quase todos os cargos de relevância no PS e nos seus órgãos, enfrenta agora, com a determinação que lhe é característica, um novo desafio na sua já vasta carreira, o de se candidatar a ser a primeira mulher Presidente da República em Portugal. A candidata defende que as principais funções de um Presidente da República estão longe de ser “executivas” e que, por isso, é preciso ter “muito cuidado” para não cair na tentação de se pensar que a Presidência da República é “um outro governo” ou “uma outra forma de governo”. Para além disto, Maria de Belém pretende ainda, se chegar a Belém, que o país “reganhe um

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UM FUTURO EM SUSPENSO estatuto de dignidade em termos externos – quer no domínio da União Europeia, quer em termos mais alargados, a nível global – e que, internamente, os portugueses aumentem a sua autoestima”. Quando questionada sobre o que pode um Presidente da República fazer para pôr fim ao ciclo de austeridade, a candidata afirma que o Presidente da República “não tem competências a nível das políticas do Executivo, mas que nas suas relações, quer internas quer externas, ele deve sublinhar o impacto negativo terrível que as políticas de austeridade tiveram a nível dos mais frágeis”. Relativamente aos resultados eleitorais, a candidata prefere não fazer comentários de maior, uma vez que, tal como afirma, deve estar “acima dos partidos” e não se deve “intrometer” nas relações entre eles. No entanto, e em jeito de conclusão, Maria de Belém sublinhou que “os resultados eleitorais apontam para a imprescindibilidade da concertação como condição inseparável da governabilidade”. Soluções inovadoras A Biodecon apresenta uma abordagem integrada do controlo da contaminação ambiental através de uma seleção de soluções inovadoras, contribuindo assim para o controlo, redução e prevenção das Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde (IACS), num compromisso de efetiva parceria com entidades nacionais da área da saúde e unida­des hospitalares. Esta empresa comercializa uma tecnologia de biodescontaminação com base

em Vapor de Peróxido de Hidrogénio (VPH), a única NTD (No-Touch automated room Disinfection) eficaz na erradicação total de bactérias, fungos e vírus, com validação por indicador químico e/ ou biológico. Instituto Gulbenkian de Ciência Assumindo-se como uma instituição líder em investigação biomédica e formação pós-graduada, o Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) dedica-se, essencialmente, à excelência científica e à for­mação de uma nova geração de líderes científicos. O IGC distingue-se de outros institutos de investigação pela oportunidade que dá a jovens investigado­res de adquirirem independência científica total nas suas carreiras. Celebração especial O Hotel Palácio Estoril conta já com 85 anos de existência e com um passado repleto de histórias de espiões e heróis. Esta unidade foi, no passado, retiro de eleição e palco de celebrações das famílias reais europeias exiladas em Portugal. Ao longo destas mais de oito décadas, desde a sua inauguração a 30 de agosto de 1930, o hotel teve sempre a preocupação de melhorar as suas infraestruturas, evoluir na técnica e no serviço, atualizar nos códigos estéticos e investir na excelência. Atualmente a sua história continua.



SUMÁRIO

8/ NEWS 12/ G RANDE ENTREVISTA Maria de Belém

22/

O PINIÃO Isabel Meirelles Luís Lopes Pereira Carlos Zorrinho Luís Mira Amaral Samuel Fernandes de Almeida

28/

E M FOCO

30/

E MPRESA

32/

I NVESTIGAÇÃO

36/

G RANDE ANGULAR

12

Desafios do próximo governo Biodecon Instituto Gulbenkian de Ciência Turismo

40/ C ELEBRAÇÃO

Hotel Palácio Estoril

42/ A RTE

Quem vê caras não vê corações

36

44/ S UGESTÃO

Turismo de bicicleta

46/ A PRESENTAÇÃO Arte equestre

48/ L EILÃO Christie’s

50/ D OSSIER

Tuk-tuk em Lisboa

52/ L ANÇAMENTO

Mercedes-Benz GLC

56/ I NOVAÇÃO Facebook

42 FICHA TÉCNICA Diretor: Nuno Carneiro | Diretores Adjuntos: João Cordeiro dos Santos e Casimiro Gonçalves | Editora: Ana Laia | Chefe de Reda­ção: Patrícia Vicente | Colaboradores: Fernanda Ló, José Caria, M. Sardinha, Maria João Matos, Rui Madeira | Revisão: Helena Matos | Fotografia: Eduardo Grilo, João Cupertino, Luis Filipe Catarino/Presidência da República, Nelson Teixeira, Nuno Madeira | Diretor Comercial: Miguel Dias | Sede: Airport Business Center Avenida das Comunidades Portuguesas Aerogare, 5º piso–Aeroporto de Lisboa 1700-007 Lisboa – Portugal | Tel. 210 998 039 | E-mail: geral@hvp-design.pt | Registada no ICS com o n.º 125341 | Depósito Legal n.º 273608/08 | www.revistafrontline.com | Facebook: RevistaFRONTLINE

6/FRONTLINE


SUMÁRIO

58/ M OSTRA

Cascais Classic Show

60/ EVENTO

Red Bull Skate Arcade

62/ A PLICAÇÃO Drive-IN

64/ D ESIGN Wewood

52

68/ C HECK-IN Hotel Baía

70/ A RESERVAR

Restaurante Laurentina

72/ N ÉCTARES 74/ M OTORES BMW Série 7

78/ O N THE ROAD 80/ S OCIAL 68

Festa Branca International Club of Portugal Perrier-Jouët

86/ E SPETÁCULO Diana Krall

88/ M USEU

Museu do Design e da Moda

74

90/ S TYLE 92/ L IVROS 94/ E XPOSIÇÃO NACIONAL 95/ E XPOSIÇÃO INTERNACIONAL 96/ M ÚSICA 98/ AGENDA

FRONTLINE/7


NEWS

Bairro Alto Hotel

reconquista prémios nos World Travel Awards A cerimónia dos World Travel Awards decorreu no dia 5 de setembro, na Sardenha, em Itália, e o Bairro Alto Hotel conquistou mais dois prémios: Europe’s Leading Landmark Hotel e Portugal’s Leading Hotel. Este é o segundo ano consecutivo em que o hotel conquista estas duas distinções.Anteriormente foi reconhecido, durante cinco anos consecutivos, com o prémio de Portugal’s Leading Boutique Hotel. O Bairro Alto Hotel – o primeiro boutique hotel de cinco estrelas em Portugal –, que comemora este ano o seu 10.º aniversário, recebeu ao longo destes anos um total de 22 distinções de diversas entidades, como por exemplo Melhor Boutique Hotel em Portugal e na Europa, nos International Hotel Awards, Portugal´s Leading Boutique Hotel, dos World Travel Awards, por cinco anos consecutivos, e a 4.ª Melhor Vista de Terraço de Hotel do Mundo, um claro sinal do reconhecimento dos clientes e da indústria do turismo. Os World Travel Awards, considerados os “Óscares do Turismo”, são reconhecidos como um símbolo de excelência em toda a indústria global e visam premiar os melhores do mundo no setor do Turismo.

Audi quattro Cup regressa aos campos de golfe portugueses

O Audi quattro Cup voltou, em 2015, aos campos de golfe portugueses, associando-se ao 25.º Circuito Golfe & Comunicação. Na prova Audi quattro Cup, disputada no Le Meridien Penina Golf & Resort, ficou apurado o 1.º par Net que vai representar Portugal na Final Mundial do Audi quattro Cup que se realiza em Los Cabos, no México, entre 29 de novembro e 3 de dezembro. Os segundos e terceiros classificados Net foram, respetivamente, os pares Adelino Nunes/ Bruno Melo e Sérgio Coelho/João Carmo Almeida. A escassa diferença pontual nas diferentes classificações retrata de uma forma clara o equilíbrio verificado neste torneio. Esta edição do Audi quattro Cup contou com a presença de 52 pares, sob boas condições climatéricas, ideais para a prática da modalidade. Este foi um torneio bastante disputado, pois tratava-se do apuramento do primeiro par Net que representará Portugal na Final Mundial do Audi quattro Cup.

República Dominicana

atrai portugueses A República Dominicana é cada vez mais um destino de eleição para os turistas portugueses. De acordo com as estatísticas oficiais do Banco Central da República Dominicana, nos primeiros oito meses do ano cerca de 18.600 turistas portugueses visitaram aquele país das Caraíbas, o que representa um acréscimo de 34,8% relativamente ao mesmo período de 2014. Este número é aliás praticamente igual ao de todo o ano de 2014 (18.685). Só no mês de agosto, a República Dominicana recebeu 5656 turistas portugueses, mais 87,8% do que em agosto do ano passado. Este crescimento deve-se sobretudo a um aumento significativo no número de voos charter com partida de Lisboa, a uma aposta forte do Turismo da República Dominicana em promover ações junto do trade e, também, a um reforço da comunicação junto do consumidor final.

Campo Arqueológico

de

Proença-a-Nova

recorre a métodos inovadores A presença humana no concelho de Proença-a-Nova remonta há pelo menos cinco mil anos, revelam os mais recentes trabalhos arqueológicos efetuados no âmbito do Campo Arqueológico 2015. Terminada a primeira quinzena de trabalho na Mamoa do Cabeço da Anta e Mamoa do Vale de Alvito, João Carlos Caninas, da Associação de Estudos do Alto Tejo, faz um balanço positivo: “estamos a investigar sítios que nos dão conhecimentos da forma como estas estruturas foram construídas e que são resultados inovadores quanto a processos de construção civil de há cinco mil anos que, neste momento, ainda não podemos revelar. De qualquer modo, estes trabalhos enriquecem o conhecimento sobre a antiguidade da presença humana neste território, que remonta pelo menos, e para já, a cinco ou seis mil anos atrás, mas estamos em busca de vestígios muito mais antigos, nomeadamente do Paleolítico”. João Carlos Caninas destaca ainda os métodos inovadores que estão a ser empregues no Campo Arqueológico de Proença-a-Nova, por exemplo o registo digital de todos os registos de campo: “é um trabalho inovador que se deve a um engenheiro informático que é mestre em arqueologia, que nos fez o desafio de fazer a experiência e desenvolver esta ferramenta, e nós aceitámos imediatamente”.

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NEWS

Alpine

celebra 60 anos Desde 2012 que a Alpine vive um período de efervescência, de paixão e de criatividade. Reavivada pela comemoração dos 50 anos da Berlinette, materializada no espetacular A110-50, a renovação da Alpine começou a tomar forma através do regresso vitorioso à competição com o A450 que foi, em 2013 e 2014, Campeão Europeu de Endurance. Mas o ano de 2015 constitui uma etapa marcante neste período, com as celebrações dos 60 anos da marca fundada por Jean Rédélé. Numa celebração que juntou vários apaixonados pela Alpine, viveu-se um fim de semana 100% Alpine.

Mercedes-Benz GLA dá a volta ao mundo Um GLA 200 CDI irá atravessar durante os próximos meses seis continentes e 17 países, percorrendo mais de 50.000 km, numa incomparável digressão mundial, a Great overLand Adventure. Durante mais de seis meses, o GLA e um GL vão passar por diversas paisagens na Ásia, Europa, África, América do Norte, América do Sul e Austrália antes de voltarem à sua base, a unidade de produção na Índia. Para esta aventura épica, a Mercedes-Benz deu início a uma parceria com a cadeia de televisão NDTV. A expedição já passou por Portugal, para conhecer pessoalmente Garrett McNamara, embaixador do GLA, na Nazaré.

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NEWS

Tailândia promove evento de gastronomia a nível internacional A Autoridade de Turismo da Tailândia (TAT) convidou os turistas locais e internacionais a descobrirem as delícias da gastronomia Thai no festival “Amazing Tastes of Thailand”. O evento, inserido na campanha Discover Thainess 2015, visou tornar a palavra “thainess” numa marca globalmente reconhecida, incentivando os turistas a experimentar a identidade distinta e as características únicas do povo tailandês, assim como dos bens culturais do país, incluindo gastronomia, artes e modo de vida. O evento contou com uma série de atividades divertidas e informativas, que incluíram uma batalha de culinária do “Iron Chef ” Tailândia, programas de gastronomia com estrelas pop e celebridades tailandesas, workshops de culinária, degustações, apresentações decorativas com empratamento profissional e um miniconcerto com estrelas de shows populares de televisão.

Casa Agrícola Alexandre Relvas

vence na Alemanha Sete vinhos da Casa Agrícola Alexandre Relvas (CAAR) foram premiados na Alemanha com cinco medalhas de Ouro e duas de Prata, durante a segunda edição de 2015 do prestigiado concurso internacional de vinhos MundusVini. Das várias centenas de vinhos a concurso, oriundos de várias regiões vinícolas, foram distinguidos com medalhas de Ouro o São Miguel dos Descobridores, Reserva 2013; o Ciconia, Reserva 2014; o Herdade São Miguel, Colheita Selecionada, Tinto 2014; o Montinho São Miguel,Winemakers 2013, e o Atlântico, Reserva 2013. As duas medalhas de Prata foram para os vinhos Herdade da Pimenta, 2013, e Herdade São Miguel Alfrocheiro, 2014. Realizado duas vezes por ano (março e setembro), o concurso MundusVini conta com um júri constituído por centenas de profissionais da área e é considerado um dos mais importantes eventos do setor dos vinhos do mundo.

Pousada

de

Lisboa

reforça a sua oferta gastronómica A recém-inaugurada Pousada de Lisboa acaba de lançar duas novas sugestões: o Almoço Executivo, disponível de segunda a sexta-feira, e o Brunch Lisboeta, o pretexto ideal para um passeio de domingo pela cidade, com paragem obrigatória num local repleto de história e que oferece uma vista privilegiada para uma das mais emblemáticas praças de Lisboa e para o rio Tejo. A cargo do chef Tiago Bonito, cozinheiro premiado (Chef do Ano em 2011), o restaurante Lisboeta reforça a sua oferta com o Almoço Executivo, uma excelente opção para os dias de semana, para quem tem menos tempo disponível para almoçar mas que nem por isso abdica de comer bem. Este novo menu, que inclui prato principal, bebida – com opção de cerveja, refrigerante ou água – e café, e tem o custo de 15 euros, é servido na esplanada ou no Pátio Amália, um espaço interior muito agradável e com luz natural, que dispõe de um teto panorâmico aberto sempre que o tempo o permite. A segunda novidade é o Brunch Lisboeta, composto por uma grande variedade de sumos naturais, smoothies & detox, chás e vinhos, uma seleção de queijos, de carnes frias, trilogia de peixes fumados, apresentação de minitapas do chef e de saladas, quiches, carpaccios e os tão característicos ovos, estrelados ou mexidos, cozinhados de acordo com a preferência do cliente. Para terminar a experiência, não faltam os pastéis de nata, as tarteletes, os macarons, os bolos caseiros confecionados pela chef pâtissier e os deliciosos shots de mousse de chocolate com frutos vermelhos. Seja pela variedade e qualidade da oferta do brunch, seja pelo ambiente histórico que se vive na pousada, esta é uma excelente forma de iniciar um dia de domingo. O Brunch Lisboeta está disponível todos os domingos, das 12h30 às 16h30 por 29 euros por pessoa. As crianças até aos 10 anos têm 50% de desconto.

Fortaleza

do

Guincho

com novo chef Miguel Rocha Vieira é o novo chef executivo da Fortaleza do Guincho, em funções desde o dia 17 de agosto. Trata-se de uma nova etapa para o restaurante – reconhecidamente um dos melhores do país, com uma estrela Michelin desde 2001 e muitos outros prémios de prestígio – mas também de um marco importante no panorama gastronómico nacional. É a primeira vez que a cozinha do Guincho está entregue a um português, depois de ter tido Antoine Westermann como chef consultor desde a inauguração até 2014 e Vincent Farges como sous-chef e chef executivo nos últimos 10 anos. Com uma cozinha de matriz clássica, toda feita a partir dos melhores produtos nacionais, a Fortaleza do Guincho orgulha-se de apresentar um talentoso cozinheiro que irá, certamente, assegurar a qualidade a que a Fortaleza habituou os seus clientes desde o primeiro momento, mas também integrar as suas próprias referências no conceito do restaurante. Será um processo gradual, de pesquisa, aprendizagem e conhecimento – um novo desafio para a (nova) equipa da Fortaleza do Guincho.

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abra novas portas à tesouraria da sua empresa

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GRANDE ENTREVISTA | Maria de Belém

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Maria de Belém | GRANDE ENTREVISTA

“AS CANDIDATURAS À

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA NÃO SÃO PARTIDÁRIAS, SÃO DE INICIATIVA INDIVIDUAL” por Nuno Carneiro

Com uma presença discreta mas sempre asser tiva, firme e determinada, Maria de Belém já desempenhou quase todos os cargos de relevância no PS e nos seus órgãos. Agora, e tendo em vista as eleições presidenciais de 2016, a deputada enfrenta um novo desafio na sua já vasta carreira, o de se candidatar a ser a primeira mulher Presidente da República em Por tugal. A candidatura de Maria de Belém à Presidência da República é mais do que um “impulso” seu, porque, tal como revela, é fruto das “muitas pressões” que lhe foram sendo feitas ao longo do tempo por par te de “diversas pessoas da sociedade por tuguesa”. Para a candidata a Belém, as funções principais de um Presidente da República estão longe de ser “executivas”, por tanto, é preciso ter “muito cuidado” para não cair na tentação de se pensar que a Presidência da República é “um outro governo” ou “uma outra forma de governo”, sublinha. Levantando um pouco o véu sobre a sua candidatura, Maria de Belém afirma que o que defende é que o país “reganhe um estatuto de dignidade em termos externos – quer no domínio da União Europeia, quer em termos mais alargados, a nível global – e que, internamente, os por tugueses aumentem a sua autoestima”. Com uma campanha eleitoral centrada na “representação adequada de todos os por tugueses”, quer os que aqui estão quer os que estão espalhados pelo mundo, Maria de Belém assegura que vai apostar for temente na “relação pessoal com os eleitores”. FRONTLINE/13


GRANDE ENTREVISTA | Maria de Belém

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Maria de Belém | GRANDE ENTREVISTA

Que compromissos prevê assumir no respeito pelo mandato que a Constituição confere ao Presidente da República?

A CONSTITUIÇÃO DEFINE, CLARAMENTE, AS “ FUNÇÕES PRINCIPAIS QUE UM PRESIDENTE DA REPÚBLICA DEVE TER E ESSAS FUNÇÕES ESTÃO LONGE DE SER EXECUTIVAS”

Depois de Maria de Lourdes Pintasilgo, Portugal não voltou a ter nenhuma mulher primeiro-ministro e só nesta legislatura tivemos uma mulher presidente da Assembleia da República. Também nunca tivemos uma mulher Presidente da República. Apesar de todos os avanços, a política continua a ser uma atividade maioritariamente de homens? Sim, a política continua a ser uma atividade maioritariamente de homens e os estudos indicam isso claramente. Sabemos que, na política, as mulheres estão ainda muito longe do lugar de destaque que a sua posição no mundo real poderia fazer crer que tivessem atingido. As mulheres neste momento são as pessoas mais qualificadas do país, são o maior número de professores universitários, de investigadores, e quando se fala em competência e mérito, se essa competência e mérito são avaliados, é precisamente nesse domínio. É estranho que, por um lado, continue a haver algum preconceito e, por outro, também alguma indisponibilidade das mulheres para se candidatarem a determinado tipo de lugares. Foi

dito que

“a

sua candidatura não

é de convicção, mas de reação à de

Sampaio

da

Nóvoa

e que nunca se ti-

nha ouvido uma palavra de intenção

Belém de um dia ocupar o Palácio de Belém”. Há quanto tempo anda a pensar candidatar-se à Presidência da República? Eu posso dizer que as motivações podem existir, mas implicam sempre uma de

Maria

de

ponderação. E essa ponderação também leva em linha de conta o perfil das pessoas que se apresentam como potenciais candidatos. É evidente que o candidatar-me à Presidência da República, mais do que um impulso meu, correspondeu, também, a muitas pressões que me foram sendo feitas ao longo do tempo – há bastante tempo – por parte de diversas pessoas da sociedade portuguesa. Por outro lado, eu também considerei, perante o perfil das pessoas que em princípio se apresentarão como candidatas, que eu poderia, pelas minhas próprias características, acrescentar atributos pessoais e políticos que permitissem uma escolha mais clara àqueles que são chamados a votar para esse efeito. Q ue

compromissos prevê assumir

no respeito pelo mandato que a

C onstituição confere ao P resi dente da R epública ? A Constituição define, claramente, as funções principais que um Presidente da República deve ter e essas funções estão longe de ser executivas. É preciso ter muito cuidado para não cair na tentação de se pensar que a Presidência da República é um outro governo ou uma outra forma de governo. A Presidência da República está acima desse tipo de competências e tem, entre todas aquelas que a Constituição estabelece, uma função muito importante, em

meu entender, que é a de representação do país e dos portugueses. Evidentemente que para o exercício das várias competências, designadamente esta, conta muito a avaliação que se faça do perfil de cada candidato, das características de personalidade de cada um dos candidatos ou das candidatas – neste caso haverá mais que uma, segundo aquilo que foi já anunciado – e isso significa que os portugueses vão ser chamados a escolher entre pessoas que têm diferentes graus de experiência política, e diferentes formas de ser e de estar, que já mostraram como são, como decidem. Os eleitores vão, sobretudo, avaliar a forma como essas pessoas já se comportaram na sua vida, para garantir que o cargo será exercido com toda a elevação, isenção e idoneidade. Eu acho que esta avaliação vai ser feita pelos portugueses no momento de votar. Já

desempenhou quase todos os car-

gos de relevância no partido e nos seus órgãos.

No entanto, o PS ainda não afirmou que apoia a sua candidatura ou a de outro candidato, apesar dos rumores que fazem crer que

Partido Socialista vai apoiar SamNóvoa. Que comentário faz? Não faço comentário nenhum. O PS ainda não se pronunciou em relação ao apoio a nenhum dos candidatos, até pode considerar que não deve apoiar nenhum candidato, pelo menos numa primeira volta. É uma deo

paio da

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GRANDE ENTREVISTA | Maria de Belém

Com a sua candidatura, o que defende para o país?

AQUILO QUE EU DEFENDO É, “ SOBRETUDO, QUE O PAÍS REGANHE UM ESTATUTO DE DIGNIDADE EM TERMOS EXTERNOS E QUE, INTERNAMENTE, OS PORTUGUESES AUMENTEM A SUA AUTOESTIMA”

cisão que pode tomar. Seria um pouco diferente daquela que aconteceu em relação a todos os atos eleitorais para a Presidência da República, até agora, mas penso que os partidos também não devem ter que fazer o que sempre fizeram, numa altura em que tudo mudou. Tudo mudou à nossa volta, tudo mudou por parte da perceção do eleitorado, tudo mudou por parte das exigências do eleitorado. Na minha opinião, os partidos políticos também se devem adaptar as essas novas exigências e a essa nova sensibilidade e vontade do eleitorado. As pessoas são menos condicionáveis hoje do que o eram em épocas anteriores e, portanto, as decisões que os partidos tomam podem – e devem – ser soluções abertas. Penso que, numa primeira volta, os partidos deveriam deixar o eleitorado exprimir-se livremente, para garantir que a eleição para a Presidência da República não constitui mais um fator de afastamento das pessoas em relação aos partidos políticos. A

candidatura de

voa

representa

para si ?

P oderá

Sampaio

uma

da

Nó-

preocupação

existir uma divisão

do partido nas eleições presiden -

2016? Eu acho que não. As candidaturas à Presidência da República não são partidárias, ciais de

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são de iniciativa individual, de exercício da cidadania ativa, de exercício daquilo que é importantíssimo para o robustecimento das democracias: cada um de nós deve assumir as suas responsabilidades e participar ativamente na vida política do seu país. C om

a sua candidatura , o que de -

fende para o país ?

Aquilo que eu defendo, entre outras coisas, é, sobretudo, que o país reganhe um estatuto de dignidade em termos externos – quer no domínio da União Europeia, quer em termos mais alargados, a nível global – e que, internamente, os portugueses aumentem a sua autoestima. Penso que o massacre que constituiu a crise económico-financeira que temos vindo a atravessar, as políticas que têm sido implementadas – sobretudo em relação aos países mais débeis –, teve um impacto terrível e conduziu ao enfraquecimento das condições sociais e económicas do país e do seu potencial de crescimento. Claro que há, neste conjunto, certas faixas da população que me preocupam em especial. Uma delas, como é evidente, é a dos mais idosos, porque a perda progressiva de capacidades e o envelhecimento muito acen-

tuado da nossa população colocam-nos problemas específicos, já no presente e num futuro próximo. Mas aquilo que ainda me preocupa mais é a enorme percentagem de crianças pobres que temos, porque crianças pobres comprometem o seu próprio futuro e também o nosso, enquanto coletivo. Na minha opinião, há aqui um conjunto de ações que devem ser levadas a cabo, no sentido de lutarmos contra as consequências terríveis da pobreza infantil. Está

a

preparar

uma

campanha

centrada em que aspetos ?

Em vários aspetos. Em primeiro lugar, na representação adequada de todos os portugueses, quer os que aqui estão quer os que estão espalhados pelo mundo, pois pertencemos todos à mesma comunidade. Internamente poderá haver muitos desafios – e vai haver em consequência dos resultados eleitorais –, porém, o maior desafio será fazer com que, independentemente do xadrez eleitoral, consigamos ter estabilidade de políticas e de condução de políticas que nos permita, por um lado, ter uma participação muito ativa a nível da União Europeia – no sentido de que a União Europeia


Maria de Belém | GRANDE ENTREVISTA

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GRANDE ENTREVISTA | Maria PedroPinho João de Gonçalves Pereira Belém de Gonçalves Almeida

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Maria de Belém | GRANDE ENTREVISTA

seja capaz de perceber, estimar e de potenciar todo o xadrez dos países que a constituem e não agrave as assimetrias existentes – e, por outro lado, garantir, assegurar e reforçar o nosso papel de charneira – face à nossa localização geográfica – naquilo que são as novas multipolaridades a nível da política externa. É evidente que a política externa é conduzida pelo Governo, mas o Presidente da República tem, também aí, um papel a desempenhar, precisamente o de representação do país. Eu acho que tudo aquilo que nós devemos fazer é trabalhar, articuladamente, para que Portugal seja visto não como um país com problemas, desprestigiado, mas como um país que tem um povo absolutamente excecional, que merece respeito e reconhecimento. Independentemente das vicissitudes de determinadas crises globais, para as quais nós não contribuímos, mas por cujas consequências negativas fomos abrangidos, somos um povo talentoso e capaz. É necessário que essas crises globais possam acabar por constituir, não um ferrete mas, sobretudo, um estímulo para que nós possamos reforçar a nossa posição no quadro global. Há

P residente da República Porquê? Os presidentes da República democráticos foram todos pessoas estimadas, e os níveis de aceitação que tiveram da população portuguesa demonstram bem que os portugueses estimaram o seu papel. Evidentemente que a crise financeira que nos assolou nos últimos sete anos teve impacto também na apreciação que os portugueses fazem das suas instituições e também o teve relativamente à avaliação que fizeram da instituição Presidente da República. Devo referir que, na minha opinião todas as personalidades que passaram por Belém se esforçaram, dentro das suas características próprias, por aumentar o prestígio do país, por incentivar o reforço do reconhecimento dos nossos talentos. Agora aquilo que está em avaliação é, de acordo com o perfil de cada um, quais foram aqueles que melhor algum

em que se reveja ?

souberam interpretar, no exercício dos seus mandatos, o papel que a Constituição lhes define e como é que os portugueses os avaliam. O

que pode um

Presidente

da

Re-

pública fazer para pôr fim ao ciclo de austeridade ?

C omo

se combate

a austeridade enquanto ideologia europeia ?

O Presidente da República não tem competências a nível das políticas do Executivo, mas nas suas relações, quer internas quer externas, ele deve sublinhar o impacto negativo terrível que as políticas de austeridade tiveram a nível dos mais frágeis e deve usar a sua capacidade de influência para o demonstrar no quadro do respeito pelos seus poderes. Enquanto membro da A ssembleia P arlamentar do Conselho da Eu ropa , que leitura faz dos efeitos destas políticas de austeridade ? Acompanhei, por variadas razões – não só por causa das áreas em que tenho trabalhado mas também pelas funções que assumi na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa –, a análise desse mesmo impacto, em termos sociais e económicos, nos diferentes países que integram o Conselho da Europa. E fui mesmo autora de dois relatórios, um no início da crise e outro agora na sessão de junho, que foi a última em que participei. Na análise que hoje é feita de uma maneira objetiva, não apenas pelos economistas, que sempre foram contrários à bondade dos resultados destas políticas de austeridade, mas também por muitas organizações internacionais que são insuspeitas – por exemplo, o FMI –, já se avalia com uns olhos completamente diferentes o impacto dos programas impostos aos países sob assistência financeira. O FMI reconheceu os erros em relação às consequências negativas de algumas medidas a nível do desemprego ou do crescimento da pobreza, que na altura em que os programas foram impostos aos governos não eram esperadas. Acho

O PRESIDENTE “ DA REPÚBLICA NÃO TEM COMPETÊNCIAS A NÍVEL DAS POLÍTICAS DO EXECUTIVO, MAS NAS SUAS RELAÇÕES, QUER INTERNAS QUER EXTERNAS, ELE DEVE SUBLINHAR O IMPACTO NEGATIVO TERRÍVEL QUE AS POLÍTICAS DE AUSTERIDADE TIVERAM A NÍVEL DOS MAIS FRÁGEIS”

FRONTLINE/19


GRANDE ENTREVISTA | Maria de Belém

que é altura para pôr a nu os dados trágicos destas políticas de austeridade. Para mim, um Presidente da República deve estar a par de tudo isto, deve estar muito informado sobre o que se passa no seu país e deve abrir os olhos dos que têm responsabilidades para o que sente e sofre o povo. Na

sua opinião , temos hoje uma

Eu-

ropa diferente ?

UM “ PRESIDENTE DA REPÚBLICA TEM QUE SABER SEMPRE ESTAR À ALTURA DAS EXIGÊNCIAS DE CADA MOMENTO E O QUADRO QUE SE APROXIMA ESTÁ LONGE DE SER FÁCIL”

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Q ue

comentário faz aos resultados

PS, e mais propriamenAntónio Costa, nestas elei-

obtidos pelo te por ções ?

Peço a vossa compreensão, mas não sou comentadora política. A partir do momento em que me apresento como candidata a Presidente da República, devo estar acima dos partidos e não me intrometer nas relações entre eles. Se o fizesse, numa época em que precisamos de serenidade, moderação e sentido de compromisso, estaria a promover precisamente o contrário.

O que tem acontecido na Europa, do ponto de vista da minha avaliação, é que ela está a mudar sem dizer que muda. Mas já se percebeu, e bem, que sobretudo os níveis de desigualdade crescente Na eventualidade de haver uma dea que temos assistido são perigosíssimos missão por parte de A ntónio C osta, do ponto de vista da coesão, da paz e da quem deveria, na sua opinião, assuestabilidade e, particularmente, do cres- mir a liderança do partido? cimento económico. O facto de ser militante do Partido Socialista e de ter exercido, enquanto tal, funComo encara as declarações de Vítor ções da maior responsabilidade, impedeRamalho, membro da Comissão Polí- -me, ainda mais, de me pronunciar sobre a tica Nacional do PS e que se afirma sua vida interna. E não o farei. O Partido seu amigo, quando este declara que Socialista tem uma História que fala por si “não tem condições para ser candi- e saberá encontrar, em cada momento, a data a Presidente da República”? solução que continuará a fazer dele o partiEssa é uma avaliação de Vítor Ramalho do estruturante da democracia portuguesa, que eu estranho muito. Mas não me vou defensor da liberdade e promotor da corpronunciar sobre ele, porque os portu- reção das desigualdades que sempre foi. gueses conhecem-me, vão conhecer-me ainda melhor e é a cada um dos eleitores A coligação PSD/CDS ganhou as que caberá fazer o seu juízo sobre quem eleições. Ser P residente da R epúblieu sou e como sou. ca com um governo que continua a aplicar a mesma política perturba

Na

sua opinião , a política de hoje é

ou não feita de grandes cartazes e comícios ?

O

que poderemos esperar

Maria de Belém? A política continua a ser feita de uma maneira muito clássica e muito constante para uma realidade sociológica que mudou profundamente. Tendo isto em consideração, na minha opinião, uma campanha para a Presidência da República, ou a minha campanha, deve assentar muito na relação pessoal. Em iniciativas que me permitam ter uma relação pessoal com os eleitores. Não me vejo a encher o país de cartazes. Apostar nas metodologias clássicas das campanhas, que já estão um pouco ultrapassadas, é regredir e não caminhar para a frente. da campanha de

os seus projetos ?

Os resultados eleitorais apontam para a imprescindibilidade da concertação como condição inseparável da governabilidade. Uma democracia adulta deve estar à altura de saber respeitar aquilo que o voto popular exprimiu. E o quadro constitucional define bem as funções presidenciais, designadamente nos domínios procedimentais, da transparência e da responsabilidade política das decisões a tomar. Um Presidente da República tem que saber sempre estar à altura das exigências de cada momento e o quadro que se aproxima está longe de ser fácil. Exige experiência política, ponderação, capacidade de mediação e enorme sentido de responsabilidade.


Maria de Belém | GRANDE ENTREVISTA

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OPINIÃO | Isabel Meirelles

O ESTILHAÇAR DA EUROPA

D

evem ter existido poucos períodos tão conturbados na história da Europa e em especial da União Europeia, e é preciso uma enorme vontade para encarar com otimismo este nosso comum e incerto futuro. O dealbar deste século trouxe três alargamentos a 13 Estados, o que pode coincidir com uma superstição numérica, com a entrada em circulação do almejado euro, acompanhado de regras muito estritas em relação ao défice e à dívida pública. A partir daí a situação internacional, sobretudo após a débacle da Lehman Brothers, contagiou o sistema financeiro com o concomitante surgir da crise das dívidas soberanas, a começar na Irlanda, a continuar por Portugal e Espanha e esperamos todos que termine na Grécia, que foi barómetro, durante meses, de teorias políticas e económicas de jogos aventureiros de extrema-esquerda que deixaram o país mais arruinado do que antes da subida do Syrisa ao poder. E este é um dos múltiplos fatores internos de instabilidade interna da União

Europeia que desconfia de um primeiro-ministro que vota contra um acordo com a troika, mas que o assina em moldes contranatura, sobretudo porque contém medidas que são contrárias ao programa ideológico do seu partido, como cortes nas pensões, salários e muitas outras benesses sociais e fiscais, colocando-se, assim, a dúvida legítima da viabilidade do seu cumprimento. Também na Escócia se deu um referendo cujo resultado fez os europeus suspirarem de alívio, mas que os mantém em suspenso na expetativa de um outro, mais grave e vasto, que vai questionar a permanência do Reino Unido na União Europeia. Porém, os movimentos separatistas continuam a recrudescer, como aconteceu nas eleições autonómicas da Catalunha em que os movimentos pró-independência, embora sem terem uma maioria absoluta de votos, alcançaram uma maioria de deputados no respetivo parlamento, colocando mais um elemento de instabilidade nesta região e noutras que almejam uma

cisão com os respetivos Estados como na Bélgica, Itália, Reino Unido ou França, com desenvolvimentos verdadeiramente incertos e desconhecidos. A questão da pressão migratória de África e do Médio Oriente e do consequente encerramento de fronteiras por parte de muitos países, embora com a aceitação de milhares destes refugiados no território europeu, coloca, em caso da sua não integração e absorção, questões complexas, designadamente de ordem e de segurança pública, mas também do receio de uma islamização da Europa, de matriz cristã, que alimenta exponencialmente os movimentos e os partidos de extrema-direita. Neste caldeirão onde fervilha uma multiplicidade de variáveis que tem remetido as soluções para o nível intergovernamental, em detrimento do nível supranacional, apenas podemos esperar que a União ultrapasse serena, mas firmemente, estas e outras questões, sob pena de assistirmos ao rápido estilhaçar do projeto europeu e, sobretudo, da paz e prosperidade que nos proporcionou durante décadas.

NESTE CALDEIRÃO ONDE FERVILHA UMA “ MULTIPLICIDADE DE VARIÁVEIS, APENAS PODEMOS ESPERAR QUE A UNIÃO ULTRAPASSE SERENA, MAS FIRMEMENTE, ESTAS E OUTRAS QUESTÕES” Advogada e Especialista em Assuntos Europeus

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Luís Lopes Pereira | OPINIÃO

AS ELEIÇÕES E AS GRANDES ESCOLHAS PARA A SAÚDE

A

s próximas eleições de outubro de 2015 põem em confronto dois programas políticos de saúde que refletem um momento em que, na minha opinião e contrariamente ao que muitos possam pensar, relançam um debate ideológico entre o maior partido da oposição e a coligação no Governo. No programa do PS encontramos uma vontade de DEFENDER O SNS, PROMOVER A SAÚDE contra o lema da coligação PSD-CDS, no qual se propõe UMA SAÚDE MODERNA, COMPETITIVA E COM LIBERDADE DE ACESSO. Creio que estes dois temas inclusos nos dois programas têm já “pano para mangas” no que respeita ao confronto ideológico. Na minha leitura, o PS acredita que promovendo a saúde, ou seja prevenindo a doença, o SNS ganha um novo ímpeto para fazer face às necessidades de inovação e atualização que toda a saúde em Portugal necessita com urgência. Creio que vale como ambição a longo prazo, mas tem pouca credibilidade a curto prazo. O programa do PS está muito focado na motivação dos profissionais de saúde (sem essa premissa o SNS continuará a afundar-se a avaliar pelo êxodo para o setor privado) e na gestão hospitalar com o objetivo de encontrar maior eficiência na atividade e nos custos, melhorando a qualidade. Mas deixa dúvidas

na sua intenção de clarificar as funções de acionista, financiador, regulador e prestador dentro do SNS, terminando com as ambiguidades derivadas de sobreposições de várias funções. Ora, se estas funções saem do SNS mas continuam no Estado, creio que o problema das ambiguidades se manterá. Não se vislumbra no programa qualquer intenção de envolver entidades independentes extra-estatais nestas funções. Por fim, o programa do PS prevê a redução progressiva das situações geradoras de conflitos de interesses entre os setores público e privado, incluindo as relações com a indústria farmacêutica. Do meu ponto de vista, esta proposta põe em causa o papel importante de construção da saúde em Portugal dos fornecedores e interlocutores privados na saúde, em vez de mostrar uma atitude construtiva para criar condições para que estes agentes participem e contribuam para a melhoria dos cuidados e da saúde em Portugal, partilhando o risco com o SNS. A coligação governamental, pelo contrário, prefere aceitar que o SNS não pode resolver tudo por si e precisa da concorrência privada para todo o sistema se modernizar com o fito de haver mais acesso aos cidadãos. Parece mais ajustado aos tempos que correm, previsível no curto prazo, mas afasta-se da ambição de todos os quadrantes da

sociedade de ter um SNS universal, capaz de dar resposta a todos os problemas da saúde em Portugal. Mostra muita (demasiada?) ambição ao propor um novo modelo de financiamento da saúde baseado nos resultados e não em atos e estende essa ambição a um sistema de livre escolha. O programa do atual Governo também promete incentivos por desempenho de uma forma pouco definida, mas torna-se mais concreto ao prometer a construção do Hospital Oriental de Lisboa (o primeiro a concretizar o espaço entre as diversas centralizações hospitalares ocorridas já no passado), a ampliação de alguns hospitais mais necessitados e a implementação de Centros de Referência, assegurando a sua integração na Rede Europeia de Centros de Referência, como modelo de garantia de cuidados de excelência em áreas de elevada diferenciação. Creio que o resumo acima descrito dos dois programas reabre o debate ideológico entre a esquerda e a direita. Será expectável encontrar este mesmo debate noutros programas setoriais dos candidatos à governação do país, até porque as maiorias serão improváveis e os partidos mais pequenos fora do bloco central obrigam a esta separação, pois só com estes será possível uma governação com viabilidade parlamentar.

QUE O RESUMO ACIMA DESCRITO “CREIO DOS DOIS PROGRAMAS REABRE O DEBATE IDEOLÓGICO ENTRE A ESQUERDA E A DIREITA” Economista e Gestor em Saúde

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OPINIÃO | Carlos Zorrinho

PARIS “C’EST JOLIE”? N

os primeiros dias de dezembro o mundo terá os olhos postos em Paris, onde se realiza a Cimeira Mundial do Clima (COP21). A tradição de Paris como uma capital da moda é reconhecida. As alterações climáticas no entanto, por muito que alguns o procurem negar, não são uma moda. O problema existe e exige uma resposta à altura. O acordo internacional que se procura fechar em Paris tem como meta limitar o aquecimento global a um valor inferior a 2ºC. Já escrevi neste espaço sobre a revolução tecnológica e organizacional que será necessária para atingir este objetivo e sobre como essa revolução pode constituir uma oportunidade para que a economia global possa crescer e criar emprego de uma forma saudável. Estamos por isso nesta cimeira perante um desafio de duplo ganho (win-win). Podemos ganhar um planeta mais sustentável, menos catástrofes e desastres naturais e um modelo económico e social mais coeso e justo.

Mas para que Paris seja mesmo um ponto de mudança é preciso que o acordo alcançado seja ambicioso e vinculativo, com instrumentos de monitorização, de transparência e de responsabilização e contenha os instrumentos adequados para mobilizar toda a comunidade internacional para o seu cumprimento. Na resolução em preparação pelo Parlamento Europeu exorta-se a União Europeia (UE) e as suas instituições a serem exigentes consigo próprias e com os parceiros internacionais. Neste âmbito a concretização da União da Energia, com uma aposta determinada na criação de um mercado único europeu, com interconexões adequadas, baseado nas energias renováveis e no incremento da eficiência energética é um contributo decisivo. A esta aposta acresce a proposta para que a se disponibilize um pacote de financiamento anual equivalente a 100 mil milhões de dólares até 2020, para apoiar esforços de redução de emissões de gases com efeito de estufa e de adaptação às alterações

climáticas em países em desenvolvimento. Importantes são ainda as medidas propostas para reativar o mercado do carbono e para tornar mais atrativo o investimento na transição energética, uma das prioridades da estratégia Europa 2020 e dos instrumentos financeiros que lhe estão associados, e também uma prioridade do fundo Juncker para o investimento estratégico. Todos nos recordamos da esperança que foi colocada na conferência do clima realizada em Copenhaga em 2009 (COP9). O facto de se ter realizado em plena crise financeira global contribuiu para que as expectativas saíssem frustradas. O acordo indicativo de Copenhaga ficou muito aquém do que era necessário. Hoje lembramos essa cimeira como o exemplo daquilo que não queremos que se volte a repetir. E Paris? Paris “c’est jolie”! Será a COP21 “jolie” para o futuro do planeta e da economia mundial? Tenho expectativas favoráveis de que isso aconteça. Espero que desta vez aconteça mesmo.

MAS PARA QUE PARIS SEJA MESMO “ UM PONTO DE MUDANÇA É PRECISO QUE O ACORDO ALCANÇADO SEJA AMBICIOSO E VINCULATIVO” Professor Universitário e Eurodeputado do PS

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Luís Mira Amaral | OPINIÃO

O PS, O CONSUMO E A TSU

O

PS propõe uma descida da Taxa Social Única (TSU) paga pelos trabalhadores com o objetivo de estimular o consumo doméstico! Tal tem dois graves inconvenientes: (1) agrava os futuros problemas de sustentabilidade da Segurança Social (SS); (2) de acordo com o seu ADN keynesiano de economia fechada, o PS pensa que relança a economia portuguesa pelo crescimento do consumo doméstico, não percebendo que nesta pequena economia aberta os estímulos à procura doméstica se escoam para o exterior, dinamizando a economia e o emprego dos outros! Nesta fase, o relançamento da economia portuguesa tem que ser feito pela procura externa (exportações), e para isso será preciso bom investimento produtivo nacional e estrangeiro, e só no fim, através desse

crescimento do PIB tendo como motor a procura externa, é que se expandirá o rendimento disponível dos portugueses e daí, sim, virá o crescimento sustentado do nosso consumo. Ora como o investimento também terá uma componente importada, não haverá margem na balança externa para acomodar simultaneamente uma grande expansão do investimento e do consumo doméstico. Assim, com a proposta do PS, a senhora Merkel lá teria que vir de novo tomar conta da ocorrência… Assim sendo, é altamente perigosa esta ideia do PS… Já basta o que se está a passar neste momento com a redução da poupança e o aumento do consumo, ainda sem estímulos governamentais. Por outro lado, com a nossa estrutura demográfica, não é expectável que o

nosso crescimento venha do influxo de mão de obra mas sim do aumento de produtividade. Por isso até faria sentido tentar taxar as empresas para a SS pelo valor acrescentado gerado e não apenas pela massa salarial. O problema é que a proposta do PS de reduzir a TSU das empresas, compensando-a com um aumento do IRC, põe em causa o acordo que o PS tinha feito, e bem, com o Governo! Foi na altura um acordo muito saudado e foi elogiado o sentido de responsabilidade do PS. Na realidade, precisando nós de investimento direto estrangeiro como de pão para a boca, para o qual o IRC é um sinal importante, o PS, ao esquecer o acordo que tinha feito com o Governo, põe em causa esse objetivo!

ORA COMO O INVESTIMENTO TAMBÉM TERÁ “ UMA COMPONENTE IMPORTADA, NÃO HAVERÁ MARGEM NA BALANÇA EXTERNA PARA ACOMODAR SIMULTANEAMENTE UMA GRANDE EXPANSÃO DO INVESTIMENTO E DO CONSUMO DOMÉSTICO” Professor Catedrático convidado de Economia e Gestão - IST

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OPINIÃO | Samuel Fernandes de Almeida

ARBITRAGEM TRIBUTÁRIA UM NOVO PARADIGMA FISCAL?

A

arbitragem tributária teve um início de vida difícil, enfrentando a resistência e desconfiança da Autoridade Tributária, dos profissionais do foro (advogados e magistrados) e até dos próprios contribuintes. Trata-se de um fenómeno compreensível, desde logo dado o pioneirismo da medida e o alcance do regime. Com efeito, tirando alguns casos pontuais e de âmbito bem mais restrito – vide USA, Brasil e a arbitragem a nível comunitário em temas de preços de transferência –, os litígios fiscais sempre ficaram na égide dos tribunais comuns. Princípios como a indisponibilidade da relação tributária, legalidade e proibição de analogia pareciam ser incompatíveis com um sistema de gestão privada da “coisa” pública. Da desconfiança inicial passou-se para a curiosidade e, hoje, podemos afirmar com segurança que a arbitragem tributária é um sucesso e uma fonte credível e indispensável de jurisprudência em matéria fiscal. Aliás, algumas das matérias e conflitos mais relevantes em matéria fiscal têm sido sucessivamente decididos em sede arbitral. Basta referir que é hoje pacífico que as

decisões arbitrais são passíveis de reenvio prejudicial para o Tribunal de Justiça da União Europeia. As razões para o sucesso são fáceis de enumerar: (i) uma lista de árbitros muito credível; (ii) o cumprimento escrupuloso – em quase todos os processos – do prazo legal de decisão de seis meses (prorrogável por um período máximo de seis meses, um expediente raramente utilizado pelos árbitros); (iii) a qualidade técnica da generalidade das decisões; (iv) a informalidade e liberdade na produção de prova que norteia a arbitragem; (v) credibilidade do CAAD (Centro de Arbitragem Administrativa) e do seu conselho deontológico, gerindo com descrição e eficiência a nomeação dos árbitros e gestão de incompatibilidades. Podemos dizer, hoje, com segurança a um cliente que é possível ter uma decisão tecnicamente adequada e imparcial num prazo de seis meses. E é aqui que reside a introdução de um novo paradigma na relação tributária e na gestão da Autoridade Tributária. Com efeito, uma justiça lenta – por vezes mais de 10 anos para dirimir um litígio

tributário – não só constitui uma ameaça ao Estado de direito, como não permite uma adequada gestão do risco pela Autoridade Tributária (e dos contribuintes) e, mais importante, a sua responsabilização pela realização de atos inspetivos ilegais e sem qualquer base legal. A arbitragem mudou este paradigma. Com decisões em seis meses, não só se permite a resolução dos conflitos dentro do mesmo exercício fiscal – com vantagens em termos de reporte financeiro e gestão do risco pelos contribuintes – como se termina com a vergonha de se manterem ativas garantias bancárias por prazo indeterminado. Mais, a emanação de orientações administrativas, despachos e atos inspetivos passa a estar sujeita a um escrutínio público e de efeito replicador. Veja-se o caso da aplicação da cláusula geral antiabuso, a qual foi sendo abusivamente utilizada pela Autoridade Tributária durante os últimos anos e que foi objeto de inúmeras decisões desfavoráveis ao fisco em sede arbitral. Com a arbitragem tributária veio a celeridade e com esta pôs-se fim à impunidade, e isso faz toda a diferença.

COM EFEITO, UMA JUSTIÇA LENTA – POR VEZES MAIS “ DE 10 ANOS PARA DIRIMIR UM LITÍGIO TRIBUTÁRIO – NÃO SÓ CONSTITUI UMA AMEAÇA AO ESTADO DE DIREITO, COMO NÃO PERMITE UMA ADEQUADA GESTÃO DO RISCO PELA AUTORIDADE TRIBUTÁRIA” Advogado e Sócio da AP Fiscal da Vieira de Almeida

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EM FOCO | Desafios do próximo Governo

CADERNO DE ENCARGOS DO PRÓXIMO GOVERNO

por M. Sardinha

Seja qual for a cor política do novo Governo e o seu programa, há dossiers a que o novo primeiro-ministro e a sua equipa não vão poder fugir.

A

troika foi-se embora e Portugal começou nos últimos meses a dar alguns sinais de recuperação económica, com a taxa de desemprego a diminuir e a economia a mostrar nova vitalidade. Da coligação que governou o país nestes quatro anos ouviu-se, durante a campanha eleitoral, que era agora tempo de um “novo ciclo”, mas que Portugal não podia “embandeirar em arco” e voltar ao “despesismo socialista”. Do lado do PS, olhou-se para os novos tempos com sentimento de esperança e de que é agora possível devolver rendimentos aos portugueses e injetar energia numa economia em depressão. Mas seja qual for a ideologia de quem nos vai governar nos próximo anos, há um conjunto de dossiers que são inevitáveis e que farão parte da agenda do novo Executivo. Temas quentes Novo Banco – era suposto a venda do Novo Banco estar concluída antes das eleições de 4 de outubro, mas o Banco de Portugal decidiu interromper o processo por “prudência”. Agora a venda só se efetivará em 2016, já na vigência de um novo Governo. Em contrapartida, avança o plano de restruturação que o Banco de Portugal recusou à administração de Vítor Bento, por considerar que era preciso uma venda “rápida”. Os impactos nas contas públicas serão reportados, segundo o supervisor, a 2014, não afetando o défice de 2015. Para os próximos logo se verá. Sustentabilidade da Segurança Social – foi um dos grandes confrontos da campanha eleitoral destas Legislativas 2015. A coligação Portugal à Frente propôs um plafo-

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namento da Segurança Social, entregando parte das receitas aos privados. Não ficou explicado como pretendiam Passos e Portas fazer a tal poupança de 600 milhões de euros que prometeram a Bruxelas no PEC. Já o PS prometeu diversificar as fontes de receita da Segurança Social e recusou entregar a “especuladores” as poupanças dos trabalhadores. Devolução da sobretaxa – criada pelo Governo PSD/CDS para cumprir as metas a que Portugal estava obrigado pela troika, a sobretaxa de 3,5% do IRS foi sempre uma das medidas que o Governo prometeu rapidamente eliminar.A promessa da coligação era devolver. Orçamento do Estado para 2016 – com eleições a 4 de outubro, a aprovação do

Orçamento do Estado para 2016 foi atirada para o início de 2016, obrigando o Estado a viver em duodécimos até essa altura. Com metas de défice para cumprir, dívida para pagar e ajustes a fazer, a preparação deste importante documento promete ser uma das primeiras grandes dores de cabeça do novo Executivo. Revisão das leis orgânicas da GNR, PSP – era uma das prioridades do Governo de Passos, mas acabou por cair por “falta de tempo”. A tensão entre Executivo e forças de segurança nesta matéria notou-se em alguns momentos críticos, nomeadamente a manifestação que levou polícias a subir as escadarias da Assembleia da República.


Desafios do próximo Governo | EM FOCO

R evisão das leis orgânicas das magistraturas – Paula Teixeira da Cruz tinha prometido deixar prontas as leis orgânicas das magistraturas, mas alguma demora no consenso e nos contributos das próprias associações acabaram por inviabilizar o processo. O acolhimento dos refugiados – a União Europeia determinou o acolhimento de 120 mil refugiados, espalhados por vários Estados-membros. Portugal tem dito que está disponível para aceitar um número relativo de migrantes que têm atravessado o Mediterrâneo. D esemprego – é um dos problemas mais estruturais da economia portuguesa e aquele que os vários partidos assumem como prioritário para um novo ciclo. Mesmo a coligação Portugal à Frente, que sustenta o Governo, assume que a taxa de desemprego ainda é demasiado elevada (11,9% no 2.º trimestre de 2015) e diz que é preciso baixá-la. Criar emprego é, por isso, um dos dossiers que o próximo Governo terá em mãos. L ei de enquadramento orçamental – o Governo de Passos Coelho aprovou uma nova Lei de Enquadramento Orçamental que, no entanto, só terá efeitos práticos depois de aprovada toda a legislação complementar que tem que ser aprovada nos próximos anos. Ela ditará novas formas de construir, por exemplo, o Orçamento do Estado, dando mais poder e mais responsabilidade aos ministros setoriais. IRS – depois de alterações à forma como os portugueses submetem o seu IRS, com uma série de novas regras nas deduções e faturas, será já sob a responsabilidade do próximo Governo que o fisco terá de analisar as declarações de IRS entregues à luz das novas alterações. Já com o ano a terminar, ainda existem muitas dúvidas sobre que despesas são efetivamente dedutíveis. Lei da cobertura jornalística das campanhas eleitorais – foi um dos temas quentes do final da legislatura. A maioria acabou por aprovar alterações à cobertura jornalística, dando mais liberdade editorial aos meios de comunicação, no entanto, não se foi tão longe como era desejável, mas a própria lei deixou a obrigatoriedade de ser revista daqui a um ano.

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EMPRESA | Biodecon

SOLUÇÕES INOVADORAS Apresentando uma abordagem integrada do controlo da contaminação ambiental através de uma seleção de soluções inovadoras, a Biodecon contribui para o controlo, redução e prevenção das Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde (IACS), num compromisso de efetiva parceria com entidades nacionais da área da saúde e unidades hospitalares.

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Biodecon | EMPRESA

O

período de internamento médio nos hospitais públicos é de pouco mais do que sete dias. Contudo, quando surge uma infeção hospitalar, o prazo resvala para mais de 36 dias. Portugal é o país europeu com a mais elevada prevalência de infeções hospitalares: dados do ECDC (European Centre for Disease Prevention and Control) apontam para 10,5% quando a média europeia é de 5,7%.

Promovendo serviços e equipamentos para controlo da contaminação ambiental com aplicação na área da saúde e indústria, a Biodecon comercializa uma tecnologia de biodescontaminação automatizada com base em Vapor de Peróxido de Hidrogénio (VPH), a única NTD (No-Touch automated room Disinfection) eficaz na erradicação total de bactérias, fungos e vírus com validação por indicador químico e biológico. Para contenção da infeção, esta empresa comercializa estruturas com pressão negativa de rápida montagem e dimensão customizada para isolamento de doentes contaminados em enfermarias, unidades de cuidados intensivos ou outros espaços abertos (PODs). Disponibiliza também equipamentos para deteção semiquantitativa do nível de contaminação de superfícies e sistemas inovadores de monitorização, promotores da adesão a medidas da sua prevenção. Com recurso a estas tecnologias inovadoras, a Biodecon pretende assegurar uma abordagem integrada do controlo da contaminação. Explorando fortes sinergias na área da saúde, a Biodecon pode contribuir para o controlo, redução e prevenção das IACS, um tema prioritário na área da Saúde em Portugal, que apresenta um potencial de poupança da ordem dos 140 milhões de euros, metade do valor gasto anualmente. Boas práticas Tal como o inovador Desafio Gulbenkian “STOP Infeção Hospitalar!” recentemente lançado em Portugal, surgiu em 2008 no Reino Unido o Healthcare associated Infections Technology Innovation Program inserido na estratégia “Clean, Safe Care”, com o objetivo de demonstrar como reduzir o problema – acelerar a adoção de novas tecnologias de combate às infeções e identificar as que assegurariam mais-valia e maior impacto – em sete centros hospitalares do país. Em 2004 o Department of Health no Reino Unido reuniu o Rapid Review Panel (RRP) para avaliar equipamento inovador, materiais e outros produtos, relativamente à sua mais-valia para o National Health System (NHS) e efetuar recomendações. Seis produtos a quem o RRP atribuiu nível máximo de recomendação – entre os quais a tecnologia com Vapor de Peróxido de Hidro-

génio (VPH) da Bioquell, a única selecionada no âmbito da descontaminação – foram colocados nestas sete instituições por períodos até seis meses, durante os quais foi efetuada uma avaliação detalhada da sua utilização, características económicas e de adesão. A avaliação francamente positiva do VPH Bioquell constituiu a base para introdução desta tecnologia nesta amostra de sete centros hospitalares e em praticamente todos os demais hospitais do Reino Unido. A utilização regular de VPH constitui hoje o standard of care no NHS e contribuiu significantemente para a redução da infeção hospitalar ao longo dos últimos anos, detendo o Reino Unido actualmente dos índices mais baixos da Europa. A Biodecon oferece em Portugal o mesmo serviço que a Bioquell aplicou nos sete centros hospitalares showcase do Reino Unido: um serviço de biodescontaminação completamente assegurado pela empresa, incluindo equipamento, todos os consumíveis e equipa de técnicos de descontaminação especializados. Principais produtos comercializados Um dos principais produtos comercializados, a tecnologia de Vapor de Peróxido de Hidrogénio (VPH) patenteada pela multinacional Bioquell, constitui a referência mundial na erradicação de micro-organismos patogénicos e foi classificada como recomendação de categoria máxima pelo Rapid Review Panel do Department of Health do Reino Unido. Outro dos principais produtos é o POD, uma estrutura de fácil montagem e manutenção, construída à medida, ocupando o espaço de uma cama, que alia os benefícios de um quarto individual aos de uma enfermaria ou unidade de cuidados intensivos. Com pressão negativa, o POD é, desta forma, uma unidade de isolamento de doentes em risco ou contaminados, evitando a contaminação por contacto. Os PODs mantêm as opções de visibilidade e privacidade para o doente, conferindo-lhe um sentimento de espaço próprio e bem-estar. A par das boas práticas de controlo de infeção, estas estratégias de contenção e erradicação da contaminação podem constituir uma efetiva mais-valia na resposta a este grande desafio nacional.

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INVESTIGAÇÃO | Instituto Gulbenkian de Ciência

EXCELÊNCIA CIENTÍFICA

E FORMAÇÃO

O Instituto Gulbenkian de Ciência é um instituto líder em investigação biomédica e formação pós-graduada, que se dedica, maioritariamente, à excelência científica e à formação de uma nova geração de líderes científicos.

E

stabelecido pela Fundação Calouste Gulbenkian, em 1961, e ainda generosamente financiado pela mesma fundação, o Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) distingue-se de outros institutos de investigação pela oportunidade que dá a jovens investigadores de adquirirem independência científica total nas suas carreiras. Com quatro missões principais – identificar, educar e incubar novos líderes científicos, disponibilizando serviços de ponta e total autonomia científica e financeira, no desenvolvimento dos seus projetos; exportar líderes científicos para outros institutos de investigação ou universidades, em Portugal e no estrangeiro; desenvolver programas internacionais de ensino pós-graduado; promover

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a cultura científica e a difusão dos valores da ciência na sociedade, bem como a participação ativa da sociedade na investigação científica, através do diálogo direto com o público –, o IGC ofereceu um ambiente intelectualmente estimulante a 80 grupos de investigação, que conseguiram, em grande parte, financiamento externo. Cerca de metade destes grupos transferiu-se para outras instituições de acolhimento (institutos de investigação e/ou universidades), maioritariamente em Portugal. Estes jovens investigadores deram importantes contribuições, nomeadamente para a compreensão de doenças infeciosas e autoimunes, resistência a antibióticos, cancro, envelhecimento e genética.

Captação de financiamento Os investigadores que fazem parte do IGC têm sido bem-sucedidos na captação de financiamento externo de agências nacionais (Fundação para a Ciência e Tecnologia, FCT) e internacionais, incluindo o Howard Hughes Medical Institute, o Human Frontier Science Program, a Fundação Bill & Melinda Gates e o Conselho Europeu de Investigação. Jonathan Howard, atualmente professor no Institute for Genetics da Universidade de Colónia, assumiu o cargo de diretor do IGC a 1 de outubro de 2012, sucedendo a António Coutinho, que o dirigia desde 1998. O instituto irá manter, em grande parte, a sua estrutura inicial, dedicando uma parte significativa dos seus recursos ao apoio de jovens


Instituto Gulbenkian de Ciência | INVESTIGAÇÃO

investigadores de excelência em início de carreira como investigadores independentes. O IGC procurará também recrutar cientistas seniores que assegurem a continuidade e a reputação científica do instituto. Investigação no IGC Os investigadores do IGC estão empenhados em alcançar excelência em estudos de sistemas complexos, como desenvolvimento, imunidade e evolução. A investigação no IGC engloba estudos ao nível molecular, celular, do organismo e populacional. Os programas de investigação privilegiam abordagens centradas no organismo, maioritariamente em modelos experimentais (leveduras, plantas, vermes, moscas, peixes-zebra e ratinhos), e inclui aspetos de doenças humanas complexas, biologia computacional, bioinformática e biologia teórica. Atualmente, o IGC acolhe 43 grupos de investigação internos. Outros 29 grupos desenvolvem a sua investigação como grupos associados, localizados em institutos e centros de investigação fora do IGC mas mantendo uma forte colaboração científica com os grupos internos e utilizando os serviços do IGC. Em resumo, cerca de 370 investigadores (estudantes, pós-doutorados, técnicos e coordenadores de grupo), oriundos de 36 países diferentes, trabalham no IGC numa cultura verdadeiramente colaborativa e estimulante.

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TÍTULO SIMULADO

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TÍTULO SIMULADO

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GRANDE ANGULAR | Turismo

TURISMO O REVITALIZADOR DA ECONOMIA por M. Sardinha

Hotéis distinguidos em vários fóruns internacionais, praias consideradas as melhores do mundo, restaurantes reputados e com estrelas Michelin, cidades eleitas como destinos de excelência.

P

ortugal está na moda e disso já ninguém tem dúvidas. Basta passear pelas ruas de Lisboa ou do Porto, andar pelas praias do Algarve ou da costa vicentina e percebe-se que o turismo fervilha. Os negócios associados ao setor não param de crescer, as novidades encontram-se a cada esquina. É, assim, cada vez mais verdade a afirmação que em 2013 fez o ministro da Economia

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António Pires de Lima: “O Turismo é o campeão da economia nacional.” E num país a braços com austeridade, cortes e desemprego há já vários anos, o Turismo tem mesmo sido a exceção e o dado positivo que o Governo foi fazendo questão de salientar. Em setembro, os dados do INE mostravam mais uma vez que o saldo comercial português continuava a ser positivo na comparação dos valores totais de importações e

exportações. Um valor de 0,2% do PIB que aconteceu muito graças às variações de preços e ao crescimento do turismo. O crescimento do turismo tem sido um dado constante nos últimos anos em Portugal. O Governo tem tentado dar uma ajuda. Na tutela do secretário de Estado Adolfo Mesquita Nunes, a “guerra” tem sido contra a burocracia, e a missão principal, a promoção de Portugal e a busca


Turismo | GRANDE ANGULAR

por novas oportunidades que possam garantir o crescimento do setor nos próximos anos. Pelo meio foram surgindo algumas areias na engrenagem, como o aumento do IVA na restauração para os 23% e algumas taxas que municípios como Lisboa foram introduzindo. Recentemente, o presidente do Turismo de Portugal disse contar que a época turística batesse novos recordes em 2015, dada a “qualificação gradual, mas segura”, da atividade e a melhoria da posição competitiva do país no contexto internacional, segundo os dados disponíveis até setembro, adiantou Cotrim de Figueiredo à Lusa. “Estamos a crescer ao dobro do ritmo de Espanha no que diz respeito aos elementos quantitativos e a crescer muito mais nos elementos qualitativos, com progressões que chegam a atingir quatro a cinco vezes aquilo que se passa no país vizinho”, destacou. A pensar no futuro Como resultado da evolução que se tem verificado, o Turismo de Portugal antecipou para 2015 “novos máximos a nível das receitas capturadas pela atividade” e, designadamente, a nível do saldo da balança turística. É que, referiu o presidente daquela entidade, a diferença entre as receitas deixadas pelos estrangeiros que vêm a Portugal e os gastos dos portugueses que vão ao estrangeiro, que até junho estava a crescer “perto de 17%”, “se mantiver este ritmo, permitirá ultrapassar a barreira dos 8 mil milhões de euros de saldo da balança turística nacional do ano”. Entre as últimas distinções para Portugal destacam-se os World Travel Awards – os óscares da indústria do turismo, divulgados dia 5 de setembro na Sardenha – que distinguiram 14 unidades hoteleiras portuguesas. O Conrad Algarve foi considerado o Europe’s Leading Luxury Resort & Spa pelo terceiro ano consecutivo. O Vila Joya trouxe o prémio de Melhor Boutique Hotel e o Hotel Quinta do Lago recebeu a distinção de Melhor Resort de Praia. A lista segue com o Choupana Hills Resort & Spa, Melhor Boutique Resort; Myriad by Sana Hotels, Melhor Hotel para Negócios; The Vine Hotel, Melhor Design Hotel; Corinthia Hotel Lisboa, Melhor Hotel Ecológico; Bairro Alto Hotel, Melhor Hotel Icónico

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GRANDE ANGULAR | Turismo

(landsmark); Monte Santo Resort, Melhor Resort Romântico. Houve ainda distinções noutras categorias. O Turismo de Portugal foi considerado o melhor da Europa, a TAP, Melhor Companhia Aérea a voar para África e América do Sul, e a revista Up Magazine TAP, como melhor revista a bordo. Indústria dos cruzeiros Outra área muito importante para Portugal nesta matéria do turismo é a indústria de cruzeiros. Para os próximos cinco anos está prevista uma taxa de crescimento média de 10% ao ano: mais 50% em 2020. Um crescimento que se refletirá quer em número de visitantes quer em montante de receitas, o que, a concretizar-se, proporcionará ingressos na casa dos 375 milhões de euros em 2020. Já em 2015, é estimado que os turistas de cruzeiro que chegam ao Porto de Lisboa deixem 100 milhões de euros para a economia nacional, sabendo-se que

cada um gasta cerca de 200 euros no dia e meio que passa, em média, na capital. Nos primeiros seis meses deste ano, o porto da capital aumentou em 9,45% o número de passageiros, que atingiu os cerca de 194 mil passageiros de cruzeiro. Mas o aumento do turismo tem aumentado também o movimento nas grandes cidades, o que provoca alguns constrangimentos junto das popula­ç ões locais. Talvez por isso, Paulo Portas disse ainda em setembro que “dizer que há turistas a mais é dar um pontapé na criação de riqueza e não querer receber o mundo”. E lembrou que no primeiro semestre de 2015 as dormidas no país aumentaram 7,3% e que as receitas turísticas subiram 12,2%. “Os turistas deixam 25 milhões de euros por dia em Portugal. Quem anda aí a dizer que há turistas a mais devia apontar fontes alternativas de receitas. O país não está em condições de desperdiçar esses recursos”, sublinhou Paulo Portas.

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O Outono pode ser delicioso...

O FABULOSO RITUAL DO CHÁ E OS NOVOS SABORES DO OUTONO. No Hotel Cascais Miragem o chá das 17h tem outro sabor. Venha conhecer a nossa carta de Outono e delicie-se com um chá quentinho e o cenário idílico da Baía de Cascais. A pensar em si os nossos Chefs prepararam um menu especialmente tentador para receber o Outono na sua companhia. Com uma vista deslumbrante para o Oceano Atlântico o Hotel Cascais Miragem é um lugar de inspiração que garante um atendimento cuidado, experiente e acolhedor num ambiente de conforto elegância e sofisticação. A nossa equipa presta um serviço de excelência e promete fazer da sua estadia de negócios e lazer um autêntico sucesso. O seu sorriso é a nossa prioridade.

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CELEBRAÇÃO | Hotel Palácio Estoril

UMA DATA MEMORÁVEL Com 85 anos de existência e com um passado repleto de histórias de espiões e heróis, o Hotel Palácio Estoril foi o retiro de eleição e palco de celebrações das famílias reais europeias exiladas em Portugal. Oito décadas depois, a sua história continua.

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Hotel Palácio Estoril celebrou, recentemente, 85 anos. A unidade já foi ponto de encontro dos espiões no tempo da Segunda Guerra Mundial, lugar de cenário de um filme da saga James Bond, On Her Majesty’s Secret Service, em 1969, e retiro de eleição e palco de celebrações das famílias reais europeias exiladas em Portugal. Ao longo destas mais de oito décadas, desde a sua inauguração a 30 de agosto de 1930, esta unidade teve sempre a preocupação de melhorar as suas infraestruturas, evoluir na técnica e no serviço, atualizar nos códigos estéticos e investir na excelência. Por isso, os clientes de hoje

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Hotel Palácio Estoril | CELEBRAÇÃO

são os filhos e os netos dos clientes de ontem e ainda centenas de pessoas que o descobrem no século XXI com o mesmo entusiasmo com que outros o foram fazendo ao longo do século XX. O Palácio Estoril oferece quartos e piscina renovados e salas e salões atualizados, mas mantém a mesma elegância, o mesmo bom gosto e as mesmas referências, verdadeiramente singulares, de um palácio de 1930. Atualmente, o hotel conta com o Banyan Tree SPA, uma das mais luxuosas cadeias de spa do mundo, que trouxe para o Estoril a qualidade, o know how, a técnica e a arte de tratamentos, massagens e experiências sensoriais únicas. No Banyan Tree SPA destaca-se ainda uma magnífica piscina dinâmica interior. Liderada pelo chef Bernhard Pfister, a cozinha do Palácio Estoril impõe-se no Grill Four Seasons, no Bougainvillea Terrace, no Bar, nos salões, na piscina e no room service, com cartas diversas em que impera a qualidade e a criatividade. A atualização de conceitos e a resposta aos desejos dos clientes estende-se também à dinâmica das cartas de bebidas, com vinhos e cocktails que agradam a todos. Único em Portugal, raro no mundo, o Hotel Palácio Estoril celebrou mais um aniversário com uma casa cheia de hóspedes

de todas as partes do mundo, que se cruzaram num ambiente excecional a partilhar a emoção de estar num lugar mágico, num ambiente de evasão.

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ARTE | Quem vê caras não vê corações

DE 16 DE OUTUBRO A 10 DE DEZEMBRO

UM MUNDO INTERIOR

RIQUÍSSIMO

A Galeria Ar t Lounge inaugura a exposição de Diogo Navarro intitulada Quem Vê Caras Não Vê Corações. A mostra estará patente até dia 10 de dezembro.

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Quem vê caras não vê corações | ARTE

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Galeria Art Lounge, um espaço dedicado à arte contemporânea, com uma forte vertente para a divulgação de artistas internacionais, dá a conhecer a mostra Quem Vê Caras Não Vê Corações, de Diogo Navarro. À medida que se vai expandindo e deixando que o seu pensamento se expanda no que pinta, Diogo Navarro tem vindo a crescer interiormente. Vai a pouco e pouco, com o pincel e a espátula, e as cores, dando passos firmes a caminho do princípio existencial, da possibilidade de se transcender. As cores que Diogo prefere usar são as muitas cores com que dá vida ao que pensa e ao que sente, ao que vive e com que convive, algures no mundo, algures dentro de si, numa geografia que inventa e recorta em flores e corações. Este artista vive o hoje, mas também vive o passado de onde vai tirando os arquétipos de que se serve. De carro, de comboio, de barco ou de avião, Diogo vai percorrendo espaços, esquecido no tempo que por ele passa, desse tempo que é sempre imensamente maior que o espaço. O hoje, o ontem ou o futuro por descobrir, mas que sabe e sente que está algures, diluído em traços, em cores, em formas sem forma, de um coração de duas caras que se abrem em flor. É materializando o espírito que o artista acaba por espiritualizar a matéria, em que sacode o óbvio e não se preocupa em contextualizar, antes pelo contrário, porque só assim encontra forma de se fundir com o belo e com a beleza. O artista Diogo Navarro nasceu em 1973, em Moçambique. É um artista interessado em explorar o potencial pictórico de diferentes materiais. Premiado no Vera World Fine Art Festival 2014, no âmbito dos Vera Awards, na categoria de Pintura – Inovação Arquitetónica, em 2015, foi um dos três artistas portugueses entre 15 artistas internacionais convidados pela Universidade Nova e a Vicarte a expor em Veneza, no Palácio Loredan, no âmbito do Ano Internacional da Luz pelas Nações Unidas. Diogo Navarro foi galardoado, pela academia de Belas Artes da Rússia em 2012, com o primeiro prémio no concurso “Image of Russia” que teve lugar em Moscovo. Diogo Navarro participou já em 80 exposições coletivas e em 35 individuais.

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SUGESTÃO | Turismo de bicicleta

PEDALAR E DESCOBRIR

Portugal tem vindo a crescer como destino turístico para a prática do ciclismo, dadas as condições geográficas e meteorológicas que o tornam uma boa opção em qualquer altura do ano. De acordo com um recente estudo da European Cyclists Federation, a indústria do turismo ciclável na Europa está avaliada em 44 mil milhões de euros por ano e Portugal não é exceção no crescimento desse mercado.

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escobrir Portugal de bicicleta é uma experiência única que se faz ao ritmo de cada um, sentindo aromas e sons que de outra forma talvez passassem despercebidos. Tendo o mar por companhia, subindo e descendo montanhas, ou a passear por aldeias e cidades, as opções são inúmeras! É só começar a pedalar! Com um clima agradável, sem grandes extremos de temperatura, e um sol que brilha ao longo do ano inteiro, Portugal oferece boas condições para ser explorado de bicicleta. Percorrendo poucos quilómetros passamos das serras à praia, do bulício citadino à pacatez da vida campestre, já que no nosso país a diversidade de paisagens é muito grande, sempre a curtas distâncias. E de bicicleta é ainda mais fácil fazer os desvios necessários para chegar àquele local de onde as vistas são absolutamente deslumbrantes. A variedade de traçados possibilita todas as experiências – da estrada à montanha, para bicicletas de touring e de BTT, fazendo viagens tranquilas ou seguindo percursos desafiantes que elevam os níveis de adrenalina ao máximo. Muitos dos itinerários

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estão georreferenciados e são disponibilizados em podcasts ou através de aplicações para smartphones. Mas quando não é possível aceder ao roadbook há sempre gente simpática e disponível que ajuda a encontrar o caminho perdido. Alterações visíveis Em Portugal, há cada vez mais percursos cicláveis. Junto ao litoral, nos parques naturais e florestas e nas cidades, são muitas as vias sinalizadas, bem como as áreas de apoio e lojas específicas para os utilizadores. Alguns hotéis também estão equipados para receber os praticantes com todos os serviços necessários à sua recuperação e à do veículo, de modo a que tudo funcione sempre na perfeição. E é ainda possível combinar o uso da bicicleta com os transportes públicos, e assim aproveitar todas as possibilidades para passear pelo país. Para quem não quer trazer a sua bicicleta,

pode optar pelo aluguer para dar pequenas voltas ou passeios mais prolongados. E em muitas localidades são disponibilizadas bicicletas de utilização gratuita, uma forma saudável e ecológica para passar o dia a descobrir as suas atrações. Para os que querem conhecer Portugal de bicicleta mas com a comodidade de uma viagem organizada, existem várias empresas que organizam programas em que tudo está incluído. Dos melhores hotéis aos guias especializados, dos restaurantes onde se saboreia a gastronomia mais autêntica às visitas a monumentos e museus, há propostas para todos os gostos. E aqueles que preferem manter a sua independência podem optar pelos self-guided tours e viajar de forma individual, sem guia e sem horários, mas usufruindo dos serviços de apoio que lhes forem mais convenientes. Enfim, umas férias com muito exercício mas sem nenhuma preocupação!



APRESENTAÇÃO | Arte equestre

REVIVER A HISTÓRIA

A Escola Portuguesa de Arte Equestre (EPAE), gerida pela Parques de Sintra – Monte da Lua, apresenta espetáculos e treinos abertos a todo o público no Picadeiro Henrique Calado, na zona de Belém.

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Picadeiro Henrique Calado (na Calçada da Ajuda, em Belém) passou a ser, desde Julho passado, palco de apresentações semanais de arte equestre. O público pode agora assistir a treinos, bem como a espetáculos semanais e galas. Nos treinos é possível assistir ao trabalho de ensino que é realizado diariamente pelos cavaleiros e durante os espetáculos serão apresentadas diversas coreografias e exercícios, tais como carrossel, rédeas longas e ares altos, ao som de música especificamente selecionada para o efeito. Nas galas, marcadas em datas especiais, o espetáculo é mais alargado e inclui a apresentação de diversos números acompanhados por efeitos de luz e som, que enriquecem o cenário. A Parques de Sintra – Monte da Lua, S.A. (gestora da Escola Portuguesa de Arte Equestre desde setembro de 2012) assinou em 2014 um protocolo com o Estado-Maior do Exército Português para requalificação e utilização deste picadeiro, de forma a albergar com dignidade os espetáculos, promovendo o regresso desta arte nacional à sua zona de origem, Belém. Neste sentido, com um investimento de

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aproximadamente 1355 mil euros, cofinanciado pelo POR Lisboa, o espaço foi amplamente requalificado, procedendo-se à adaptação de todo o interior, recuperação das fachadas e da cobertura, dotando o edifício das infraestruturas necessárias. O projeto, com intervenção numa área de cerca de 2200 metros quadrados, abrangeu três vertentes: acolhimento de público, com a instalação de duas bancadas para cerca de 300 pessoas (incluindo camarote), bilheteira, cafetaria, loja e instalações sanitárias; área técnica, com a criação de um espaço para cavaleiros, funcionários e pessoal de apoio, bem como régie para acompanhamento dos espetáculos (em termos de som e luz); instalações sanitárias, balneários e arrumos; e picadeiro, criando-se um espaço central de espetáculos, para acolher os cavalos tanto para treinos como para eventos; e ainda uma zona de espera para os cavalos, com acesso direto a partir da Calçada da Ajuda. Adicionalmente, foram instaladas boxes para os cavalos nas cavalariças conhecidas como Cocheiras da Rainha, localizadas no Páteo da Nora, e um picadeiro de aquecimento coberto.


Arte equestre | APRESENTAÇÃO

Além da histórica associação desta zona da cidade à arte equestre, quer de cariz militar quer de serviço à Casa Real, Belém é também uma zona de grande interesse turístico, o que permite maior visibilidade e acesso dos visitantes às diferentes propostas da Escola Portuguesa de Arte Equestre. Visitar o Picadeiro Henrique Calado é a oportunidade de viajar na história nacional, vivendo momentos que se perpetuaram na beleza dos cavalos lusitanos da Coudelaria de Alter, utilizados nesta arte desde o século XVIII, na realização de exercícios de equitação clássica, exercícios de equitação do período Barroco e exercícios dos Jogos de Corte (torneios praticados entre os séculos XVI e XIX, em ocasiões festivas). Os trajes e arreios, sejam de trabalho (treinos diários), sejam de gala (apresentações semanais e espetáculos de gala), são os mesmos que se usavam na génese da arte equestre portuguesa. Escola Portuguesa de Arte Equestre (EPAE) A EPAE, uma das quatro escolas de Arte Equestre na Europa, foi criada em 1979 e tem por objetivo promover o ensino, a prática e a divulgação da Arte Equestre tradicional portuguesa, na sequência do que fazia a Picaria Real, academia equestre da corte portuguesa, encerrada no século XIX. Depois da Sociedade Hípica Portuguesa, no Campo Grande, a Escola Portuguesa de Arte Equestre instalou-se nos jardins do Palácio Nacional de Queluz, em 1996, onde realizou apresentações regulares abertas ao público.

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LEILÃO | Christie’s

DESIGN PORTUGUÊS

A Christie’s, uma das mais conceituadas leiloeiras do mundo, apresentou em leilão o primeiro exemplar do aparador Symphony da Boca do Lobo, marca portuguesa de mobiliário de luxo.

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Christie’s já vendeu obras de nomes tão sonantes como Andy Warhol e CY Twombly. Agora, pela primeira vez, uma marca de design portuguesa integra este leque de peças tão exclusivas: a Boca do Lobo, marca de mobiliário de luxo, orgulhou-se de apresentar o primeiro exemplar do aparador Symphony em leilão na Christie’s, integrando a categoria Out of Ordinary – a mesma em que foi vendida a

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porta da casa de infância de Paul McCartney, em Liverpool. O primeiro exemplar do aparador Symphony fez parte da coleção de uma designer americana que desenvolveu um gosto especial pela arte e cultura europeias. Enquanto art connaisseur, a designer encontrou na Boca do Lobo a qualidade e criatividade que procurava, apaixonando-se de imediato pela estética distinta do aparador.

O Symphony veio a revelar-se uma das mais emblemáticas peças da marca. Aquando da sua criação, os designers desenvolveram uma pesquisa intensiva: visitaram e estudaram várias igrejas portuguesas e inspiraram-se nos seus órgãos. O resultado foi um elegante aparador de tubos de latão polidos, inspirado igualmente nas formas do corpo feminino e dos violinos, com três pares de portas que se abrem para revelar um interior de pau-rosa exótico e três originais prateleiras de vidro. Esta dicotomia arte/design está bem presente nas criações da Boca do Lobo. O objetivo é despertar emoções, ir além do aspeto funcional, para que os clientes possam ter em sua casa autênticas obras de arte. Esta peça de mobiliário exclusivo que foi a leilão é um dos oito exemplares disponíveis em todo o mundo. Desenvolvida artesanalmente a partir dos mais nobres materiais portugueses, a edição limitada garante mistério e requinte à decoração das casas mais sofisticadas.


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DOSSIER | Tuk-tuk em Lisboa

DESCOBRIR A CIDADE

De cores e dimensões variadas, os tuk-tuk invadiram Lisboa. Todos os dias pelas ruas estreitas dos bairros mais típicos da cidade os triciclos motorizados de inspiração asiática fazem as delícias dos muitos turistas que, diariamente, visitam a capital. 50/FRONTLINE


Tuk-tuk em Lisboa | DOSSIER

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unto à Sé de Lisboa o movimento é tanto que há quem pergunte se o tuk-tuk é um veículo típico de Lisboa. Os tuk-tuk são uma espécie de triciclo a motor com um número variável de lugares que está a ganhar cada vez mais popularidade entre os turistas estrangeiros. Consoante o modelo, podem transportar até seis pessoas em visitas guiadas que inundaram as ruas da capital. Os tuk-tuk circulam todos os dias sem descanso e aproveitam a sua pequena dimensão – perfeita para as ruas estreitas das velhas colinas – para se esquivarem entre elétricos e autocarros. Param um pouco por toda a cidade mas povoam, maioritariamente, as zonas mais antigas, onde há mais turistas, para os deliciarem com passeios pagos à hora que incluem percursos predefinidos pelas zonas mais típicas da cidade e até degustações de vinhos e bolos. As empresas que promovem este tipo de animação turística escolhem os sítios a dedo: por onde há turistas, lá andam aqueles triciclos. Licenciamento da atividade O Turismo de Portugal, responsável pelo licenciamento, não tem registo do número de empresas que operam tuk-tuk ou do número de veículos a circular. Contudo, e para esta instituição, juntamente com uma série de outras formas de visitar Lisboa, como os helicópteros, os GoCar, os buggies elétricos, os segways e as bicicletas, os tuk-tuk fazem parte de uma oferta vasta que permite, aos cada vez mais numerosos turistas, escolher os seus roteiros, mas também a forma como deles desfrutam – à semelhança de Madrid, Londres, Paris ou Berlim. Os tuk-tuk podem circular, como qualquer outro veículo autorizado pelas entidades

competentes, nas vias públicas. Contudo, as restrições ao funcionamento dos tuk-tuk que tinham já sido anunciadas pelo presidente da Câmara de Lisboa vão mesmo avançar. Entre elas, destaque para a impossibilidade de estes veículos circularem depois das 21h00, a proibição de entrarem em determinadas zonas e a definição dos locais onde podem estacionar e parar para deixar entrar e sair os seus passageiros. Para além disto, e tal como também já tinha sido anunciado por Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, a partir de janeiro de 2017 todos os tuk-tuk que circulem em Lisboa terão que ser elétricos. Uma imposição que o autarca acredita que vai ao encontro daquela que é “a maior preocupação e a maior zona de conflito” entre quem explora estes veículos turísticos e os moradores de Lisboa: “o ruído e a poluição”. A regulamentação é uma preocupação também para a Federação Portuguesa do Táxi, que juntamente com a Antral (Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros) entregou à Câmara um documento alertando para os efeitos da ausência de regulamentos: é um incentivo “à prática do transporte ilegal”, dizem. Estas instituições afirmam ainda que os tuk-tuk se tornaram “concorrência direta ao táxi”, o que, segundo afirmam, “reduziu a rentabilidade e trouxe maior dificuldade de rejuvenescimento das frotas e qualificação da pessoa”. Diferentes propostas A Tuk-Tuk Lisboa foi a primeira empresa do género a instalar-se na cidade, contudo, atualmente existem muitas outras que oferecem diversos percursos, atividades combinadas (vi-

sita + prova de vinhos ou de bolos, por exemplo), tuk-tuk elétricos, entre outros aspetos. Uma dessas empresas é a Eco Tuk Tours. A empresa, fundada por João Túgal e pelos irmãos Rui e Tiago, é uma das poucas a operar tuk-tuk elétricos – silenciosos e amigos do ambiente – em Lisboa. A ideia surgiu há quase três anos, mas a Eco Tuk Tours só começou a trabalhar em maio de 2013. A ideia de apostar em veículos elétricos deveu-se à “preocupação com o meio ambiente” e também ao facto de quererem mostrar Lisboa aos seus visitantes “de uma forma não agressiva e amiga do ambiente”, refere Ricardo Carvalho, da Eco Tuk Tours. A aposta foi sem dúvida “ganha”. No que aos percursos diz respeito, Ricardo Carvalho destaca o “OldTown”, que ao longo de cerca de uma hora e meia vai da Sé ao Castelo, com passagem por Alfama e Mouraria, e o “Follow the 28”, um percurso a partir do clássico elétrico 28, com paragens pelas sete colinas, como sendo os mais procurados. De referir que a Eco Tuk Tours realiza também muitas ações e eventos de team building e para mercados MICE (Meeting Incentives Congress & Events) que, tal como revela Ricardo Carvalho, requerem “uma organização diferente na criação de itinerários exequíveis”. A Tuk-Tuk Lisboa tem como objetivo exceder as expectativas através de um serviço de excelência.Aliada à tradição de bem receber dos portugueses, esta empresa presta um atendimento personalizado, proporcionando o conforto, a segurança, a diversão e a tranquilidade necessárias para se desfrutar da cidade de Lisboa em pleno. Embora existam percursos já definidos, é também possível a realização de um percurso escolhido pelos clientes.

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LANÇAMENTO | Mercedes-Benz GLC

AUTOMÓVEL INTEMPORAL

Imbuído de uma pureza sensual sem igual, o novo GLC é um SUV de carácter forte, com uma aparência sólida e atlética. É um companheiro para todas as situações da vida: intemporal, evoluído e progressivo. E sempre pronto para partir.

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Mercedes-Benz apresentou, em Estugarda, na Alemanha, a segunda geração do seu SUV compacto, que desta feita adota a designação GLC em vez de GLK. O novo modelo é, segundo a marca alemã, até 19% mais eficiente nos consumos, comparativamente com o antecessor. O GLC estará disponível com as motorizações diesel 220d 4Matic com 170 cv e 400 Nm de binário, 250d 4Matic com 204 cv e 500 Nm; a gasolina 250 4Matic com 211 cv e 350 Nm e, em estreia, numa versão híbrida plug-in GLC 350 e 4Matic. Esta última, que conjuga os préstimos de um motor a gasolina com 211 cv e um bloco elétrico com 116 cv, para um total de 560 Nm de binário máximo,

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Mercedes-Benz GLC | LANÇAMENTO

anuncia consumos de 2,6 l/100 km e emissões de CO2 de 60 g/km. Acoplado a uma caixa automática 7G-Tronic Plus, o híbrido plug-in tem a capacidade de circular até 34 km em modo elétrico, acelera de 0 a 100 km/h em 5,9 segundos e atinge uma velocidade máxima de 235 km/h. Carrega na totalidade em quatro horas e tem quatro modos de condução (Hybrid, E-mode, E-save e Charge). Nesta primeira fase de comercialização do GLC, apenas a motorização 250 d vai estar disponível em Portugal. Alterações notadas O GLC tem 4656 mm de comprimento, 1890 mm de largura e 1639 mm de altura. Este aumento de dimensões beneficia o espaço interior dos ocupantes, especialmente nos lugares traseiros. A bagageira conta com um acesso mãos-livres, bastando movimentar o pé debaixo do para-choques para a abrir ou fechar. Graças ao recurso a materiais leves como alumínio e aço de alta resistência, o novo modelo é até 80 kg mais leve. A suspensão Air Body Control (anteriormente conhecida como Air Matic) também recorre a molas em plástico reforçado a fibra de carbono. A caixa de nove velocidades 9G-Tronic (de série em todas as versões excetuando na híbrida), com componentes em magnésio, permite um decréscimo de 12 kg face à versão anterior. De referir que outras das características do novo modelo são, também, os novos modos de condução do Dynamic Select (Eco, Comfort, Sport, Sport+ e Individual). Há ainda que referenciar o pack Off-Road Engineering, que permite, entre outras coisas, elevar a suspensão até mais 50 mm e optar pelos modos Slippery, Off-road, Rocking Assist e Trailer. Presença notada Com uma presença poderosa e expressiva, o novo GLC impressiona, logo a começar pela frente. As proporções coerentes e os fantásticos efeitos de luz e sombra dão-lhe uma sensação de poder. Atrás, o GLC tem uma aparência larga e desportiva. A grelha do radiador, em posição vertical, com as duas lamelas e a estrela da Mercedes em posição central completam todo o visual. Os faróis, as luzes diurnas e a proteção inferior do motor são também muito atraentes. De lado, os frisos das cavas das rodas reforçam o aspeto de SUV do novo GLC, que pode ser ainda mais fortalecido com os es-

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LANÇAMENTO | Mercedes-Benz GLC

tribos de acabamento em alumínio correndo ao longo das embaladeiras.As cavas das rodas são pronunciadas e são elas as principais responsáveis pela aparência larga e desportiva da traseira. O spoiler do tejadilho destaca também o aspeto desportivo do novo GLC. No interior do GLC, o design de elevada qualidade define uma classe própria. Os materiais autênticos, combinados com acabamentos de superfícies suaves, transpiram uma sensação luxuosa de leveza, tornando o novo GLC extremamente atraente. A sensação de leveza do modelo tem origem, em parte, nos comandos em cor prata, com tato metalizado. Já as capas dos bancos em lã e linho e as

madeiras de poro aberto do friso conferem uma sensação natural. Esta harmonia alarga-se a áreas não imediatamente aparentes ou visíveis: o enorme espaço para os joelhos e pernas também contribui para tornar mais agradável as viagens, independentemente do local em que viajar. A grande capacidade de carga, até 1600 litros, oferece diversas opções, também para as jornadas mais longas. Segurança sempre presente Entre os sistemas de segurança presentes no novo GLC, constam de série o Collision Prevention Assist Plus, Crosswind Assist, Headlamp Assist e o Attention Assist. Entre as novidades,

destaque para o pacote Driving Assistance Plus, head-up display, Active Parking Assist, Adaptive Highbeam Assist Plus e Traffic Sign Assist. O novo modelo possui, ainda, uma câmara que permite uma visão de 360º, que permite analisar toda a zona circundante do carro (3 metros à frente e atrás e 2,5 m para os lados). Para já, a única motorização disponível é o GLC 250d 4Matic, que debita 204 cv e 500 Nm de binário máximo. Alcança os 222 km/h de velocidade máxima e acelera dos 0 aos 100 km/h em 7,6 segundos. O consumo médio é de 5 litros aos 100. Posteriormente, a gama GLC será reforçada com a versão 220d 4Matic com 170 cv e 400 Nm.

Nova campanha internacional da Mercedes-Benz Garrett McNamara e as ondas da Nazaré são dois dos protagonistas da nova campanha a nível global da Mercedes-Benz. O filme de TV que apresenta a nova gama de SUV foi rodado em grande parte em Portugal e, para além da Nazaré, também a serra da Estrela e Sintra serviram de cenário para a campanha. Com o conceito “Aproveite ao máximos todos os terrenos”, a campanha apresenta seis modelos, entre eles os estreantes GLC, GLE e GLE Coupé, e posiciona a Mercedes-Benz como a marca automóvel com a oferta mais alargada no competitivo mercado de SUV. Para apresentar cada um dos novos SUV, a marca de Estugarda convidou cinco celebridades.Além de Garrett McNamara, embaixador da marca em Portugal, o filme conta ainda com o campeão mundial de Fórmula 1 Lewis Hamilton, a top model Petra Nemcová, a campeã de saltos de obstáculos Meredith Michaels-Beerbaum e ainda o explorador Mike Horn. O filme conta as histórias de cada um e como enfrentam diferentes desafios, acompanhados do seu SUV. Essas histórias são depois continuadas em formato alargado num web special, onde é possível conhecer com detalhe cada uma das celebridades, bem como a nova gama de SUV da Mercedes-Benz.

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INOVAÇÃO | Facebook

ASSISTENTE PESSOAL Baseado em inteligência artificial, o M é o novo assistente pessoal digital do Facebook. Este é um aplicativo para a troca de mensagens na rede social.

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Facebook | INOVAÇÃO

O

Facebook acaba de apresentar um assistente pessoal digital. O M será o companheiro dos utilizadores que recorrem ao Messenger, aplicativo para a troca de mensagens na rede social. Porém, ao contrário dos concorrentes oferecidos por outras empresas, o M é um serviço baseado em inteligência artificial que vai ser realmente capaz de completar as tarefas solicitadas. David Marcus, vice-presidente dos produtos de mensagens do Facebook, foi quem avançou com esta novidade através da

própria rede social. O assistente pessoal digital M ainda está em fase de testes, não havendo previsão de quando será disponibilizado para o público. O executivo afirmou também que o assistente será capaz de comprar itens, como livros, reservas em restaurantes, passagens para viagens, além de receber presentes e confirmar presenças em reuniões. De acordo com David Marcus, o M é o início de uma iniciativa que promete transformar-se em algo em grande escala, já que

vem permitir que os utilizadores possam passar a preocupar-se com o que realmente importa nas suas vidas e deixem de pensar em aspetos supérfluos. Esta iniciativa promete incomodar a concorrência, uma vez que vem oferecer uma proposta ousada de interagir com os utilizadores. Para além disto, o M funcionará através do Messenger, o que o torna praticamente multiplataforma, já que o aplicativo de mensagens funciona em todos os sistemas operacionais.

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MOSTRA | Cascais Classic Motorshow

OS CLÁSSICOS SAÍRAM À RUA Ao longo dos tempos, Cascais tem sido um local de eleição para os amantes dos automóveis. O Cascais Classic Motorshow é o resultado dessa história.

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Cascais Classic Motorshow | MOSTRA

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ividido entre o Hipódromo Municipal Manuel Possolo e o Parque Marechal Carmona, o Cascais Classic Motorshow teve lugar, este ano, entre os dias 29 e 30 de agosto e incluiu um conjunto de atividades à semelhança da edição anterior. Organizado pela Câmara Municipal de Cascais e pelo ACP Clássicos, este evento foi pensado para todos os entusiastas de veículos clássicos, bem como para toda a família. Durante todo o fim de semana, decorreu o já tradicional Concurso de Elegância e Restauro no Hipódromo Municipal Manuel Possolo, em Cascais. Os visitantes, desde que se deslocassem num clássico, podiam utilizar a Marina de Cascais para estacionar gratuitamente as suas viaturas. Este ano a componente desportiva do evento foi uma prova lançada para viaturas construídas até 1924, que decorreu na tarde de sábado ao longo da Avenida da República. No domingo de manhã teve lugar o tradicional passeio, que retomou o formato inicial de sucesso e percorreu a Marginal, totalmente disponível para os clássicos entre Cascais e Carcavelos. O acesso às atividades (exceto a participação na prova desportiva) era totalmente gratuito.

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EVENTO | Red Bull Skate Arcade

FINAL MUNDIAL Lisboa foi a Capital mundial do skate, com os melhores atletas de 16 países em ação numa pista que transformou por completo a Praça da Figueira. Numa competição disputada até à última manobra, o representante português na final mundial do Red Bull Skate Arcade – Jorge Simões – fez história e levou o título frente a mais de 2 mil fãs da modalidade.

O

centro histórico de Lisboa foi literalmente transformado numa pista de skate ao receber pela primeira vez a final mundial do Red Bull Skate Arcade. Depois de uma fase online que envolveu milhares de praticantes, os melhores atletas de 16 países encontraram-se na Praça da Figueira para decidir o título mundial. Para isso foi montada no local uma pista especialmente pensada para esta competição, com um design que se foi modificando ao longo da tarde, correspondendo a uma crescente subida do nível de dificuldade.

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Mais de 2 mil fãs assistiram ao evento, que foi também transmitido em direto para 63 países pelo canal de desportos de ação Fuel TV. A jogar em casa, Jorge Simões acabou por superar a forte concorrência e subir ao lugar mais alto do pódio. Para o Campeão Nacional de Skate, o título mundial é o culminar de uma carreira iniciada há 11 anos nas ruas do Porto. Elevado na Praça da Figueira a herói do skate português, Simões sonha agora com uma evolução: “Espero que o título me

ajude a ir mais longe. Quero passar de amador a profissional e isso pode implicar uma mudança para os Estados Unidos, onde o nível do skate é muito elevado.” Como prémio, Jorge Simões vai ter oportunidade de viajar até um destino icónico do skate a convite da Red Bull. Painel de jurados Thaynan Costa, um dos mais cotados atletas do skate português, vestiu desta vez a pele de jurado e mostrou-se no final impressionado com a qualidade das manobras: “Assistimos em Lisboa a uma grande competição de nível internacional, num cenário incrível que tem muito significado para a comunidade do skate. Espero que este evento e a vitória do Jorge Simões possam motivar mais gente a praticar o nosso desporto.” O pódio da Final Mundial do Red Bull Skate Arcade ficou completo, respetivamente, com o peruano Angelo Caro – um dos mais jovens em competição, com apenas 16 anos – e o brasileiro Humberto Peres.


HUILE PRÉCIEUSE À LA ROSE NOIRE A nutrição anti-idade Pela primeira vez, toda a experiência da Sisley num óleo de cuidado de rosto, precioso e deliciosamente perfumado, para a pele mais exigente. Os traços ficam imediatamente mais lisos, a pele ficam hidratada e intensamente nutrida, sem qualquer brilho. Ao fim de um mês o rosto está mais preenchido, as rugas visivelmente reduzidas. A tez irradia juventude. Óleo seco não comedogénico.

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APLICAÇÃO | Drive-IN

COMUNICAÇÃO EM ESTRADA O Drive-IN faz tudo pelos condutores e já está a revelar-se um verdadeiro anjo da guarda. Desenvolvido pelo Instituto de Telecomunicações da Universidade de Aveiro, está já a ser instalado em 500 táxis da cidade do Porto.

O

Drive-IN é um sistema que permite aos automóveis, sem intervenção humana, trocarem entre si informações sobre o trânsito e vias alternativas em função do destino, tudo isto para que o condutor possa tomar a melhor opção. Entre as informações partilhadas, destaque para informações sobre velocidades e travagens de carros nas proximidades; acidentes, obstáculos e estado das vias são outras das informações registadas e difundidas em rede pelos próprios veículos, às quais o condutor acede em tempo real. A tecnologia desenvolvida pela Universidade de Aveiro (UA) permite também enviar informações sobre qualquer problema mecânico, quer para os carros em redor quer para uma oficina e serviços de reboque. Simultaneamente, o próprio carro, em caso de acidente, alerta os serviços de emergência médica, indicando o local onde se encontra o condutor em apuros, enquanto avisa os veículos que circulam nas proximidades.

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À lista de aplicações do Drive-IN, acrescente-se ainda o sistema de videoconferência entre veículos, o entretenimento que os passageiros obtêm com o acesso à internet e a disseminação de informações sobre locais de interesse junto do veículo. Novidades tecnológicas O Drive-IN é um router-wireless desenvolvido pelo Instituto de Telecomunicações que não só permite que os condutores tenham acesso à internet dentro do automóvel através de um recetor normal – seja um telemóvel, um computador portátil ou um tablet, onde recebem toda a informação partilhada pelos outros veículos – como também, noutro sentido, permite difundir os próprios dados recolhidos pelo veículo. Ao contrário de outros meios de comunicação sem fios, a tecnologia desenvolvida em Aveiro tem como meta a sua inclusão em série nos automóveis. O preço do equi-

pamento é outra das grandes vantagens do Drive-IN. O projeto Drive-IN, cuja tecnologia de comunicações veiculares foi desenvolvida de raiz na UA, conta com a colaboração das universidades do Porto e de Carnegie Mellon (EUA), do Instituto de Telecomunicações e das empresas N-DRIVE e GeoLink.



DESIGN | Wewood

REVITALIZAR E INTERNACIONALIZAR A MARCENARIA PORTUGUESA O projeto Wewood nasceu em 2010 no Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento dos Móveis Carlos Alfredo, uma empresa que alberga um know-how de 50 anos dedicados ao fabrico e exportação de móveis de madeira maciça. O Wewood é uma plataforma de parceria com designers e arquitetos conceituados em Portugal – como é o caso de Gonçalo Campos, Suricata Design Studio e Bruno Serrão – e de jovens talentos.

A

s coleções da Wewood baseiam-se na produção portuguesa de elevada qualidade, desenvolvida por artesãos nacionais de características ímpares, aliada à tecnologia sofisticada na produção de madeira. As coleções são assinadas e numeradas, garantindo assim que cada peça é única. Esta nova marca de mobiliário pretende dar visibilidade à qualidade da marcenaria portuguesa em todo o mundo, tendo como bases o design, a tradição e

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Wewood | DESIGN

a ecologia. A madeira utilizada nos produtos Wewood provém de florestas de cultivo sustentado, em que cerca de 95% da madeira utilizada é de carvalhais franceses e a restante é europeia, e por isso este produto é totalmente europeu. Todas as peças são originais e de grande preocupação ambiental na sua cadeia de produção, e primam pela simplicidade, onde a matéria fala pela pureza das suas linhas.

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Elegância e requinte numas férias com a Celebrity Cruises®


Design moderno, elegante e cercado de conforto. 90% Camarotes com vista para o oceano. Classe de Camarotes inspirada no Spa, AquaClass Classe Solstice, cada detalhe a pensar em Si! CRUZEIROS DE 7 A 12 NOITES: Adriático e Grécia - 7 noites Celebrity Constellation®4desde

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Mediterrâneo Oriental - 10 e 11 noites Celebrity Reflection®4desde

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*Referente à data 8 Junho 2015 Preços sujeitos à disponibilidade no momento da reserva.

Informações e Reservas Visite: www.celebritycruises.pt · Consulte a sua Agência de Viagens.


CHECK-IN | Hotel Baía

POSIÇÃO PRIVILEGIADA Com uma localização privilegiada na Costa do Estoril, mesmo no centro da vila de Cascais, o Hotel Baía foi alvo de sucessivas obras de remodelação e assume-se como uma unidade de excelência, ideal para os que procuram um refúgio de tranquilidade.

M

esmo no centro da vila de Cascais, em frente à praia dos Pescadores, o Hotel Baía, edificado há mais de 50 anos, oferece uma vista deslumbrante para a baía de Cascais. Alvo de sucessivas obras de remodelação, a unidade apresenta agora 113 quartos, a maioria dos quais com varanda e vista para o mar. No último piso descobre-se a piscina coberta e aquecida (no inverno), bem como o terraço exterior e o Blue Bar, conhecido como “Sunset Lounge Bar”, onde é possível degustar um cocktail ou uma refeição ligeira enquanto se admira a vista para a baía e a

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sua envolvência. Este é um espaço perfeito para glamorosos summer sunsets rodeados de uma atmosfera trendy, proporcionada pela luz que reflete do terraço e pela suave iluminação que se difunde através da tela que se ergue sobre a piscina. No rés do chão, ao longo da sua convidativa esplanada com serviço de bar e cafetaria, para além de acesso wi-fi gratuito, encontrará o Restaurante Baía Grill, premiado e reconhecido pela sua gastronomia. O Hotel Baía dispõe ainda de cinco salas de reuniões e banquetes, totalmente equipadas, com capacidade até 150 pessoas.

HOTEL BAÍA Diretor João Coruche Av. Marginal 2754-509 Cascais Tel. 21 4831033 Email geral@hotelbaia.com


Hotel Baía | CHECK-IN

Próximo de campos de golfe e de outros equipamentos, como o hipódromo, a Marina de Cascais, o Clube Naval, as praias, o famoso Casino Estoril, o autódromo e o Centro de Congressos do Estoril, este hotel familiar oferece um ambiente acolhedor e simpático e um serviço de qualidade a todos quantos o visitam. Gastronomia de excelência O restaurante Baía Grill aposta fortemente na sua cozinha, como se pode comprovar pelo prémio de Qualidade Gastronómica da Junta de Turismo da Costa do Estoril. Oferecendo uma ementa variada de pratos tradicionais portugueses e internacionais, as especialidades concentram-se no peixe e no marisco. Junta-se ainda uma boa carta de vinhos, um serviço afável e despretensioso, uma agradável esplanada virada para a baía de Cascais e a receita de sucesso: uma mesa em frente ao mar. Política ambiental O Hotel Baía assumiu o compromisso de reduzir o impacto da sua atividade no meio ambiente, servindo de exemplo e de meio de divulgação, perante os seus clientes e hóspedes, de boas práticas ambientais. Toda a equipa acredita que é possível fazer mais e melhor pelo ambiente e para isso necessita também da ajuda de todos os hóspedes.

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A RESERVAR | Restaurante Laurentina

O REI DO BACALHAU Primando pela qualidade dos seus pratos e serviços desde 1976, tanto na cozinha tradicional portuguesa como em pratos de origem moçambicana, o Restaurante Laurentina proporciona o prazer de uma verdadeira refeição de bacalhau, confecionado de diversas formas.

A

ntónio Francisco Pereira, natural de S. Jorge da Beira, Covilhã, aprendeu a cozinhar quando ainda criança, nas “patuscadas” que fazia com os amigos. Mais tarde estabeleceu-se em Lourenço Marques, atual Maputo, Moçambique, no Alto Maé, com o então famoso Leão D’Ouro que dirigiu durante 22 anos e o lançou para as lides da restauração, dedicando-se exclusivamente aos segredos do bacalhau. Simpatizante de longa data dos sabores africanos, António Pereira sempre se manteve fiel às tradições beirãs. De regresso a Lisboa em 1976, tomou de trespasse uma carvoaria de galegos fundada em 1922, nas Avenidas Novas, transformando-a no restaurante Pereira da Laurentina. Os seus pratos atraíram os apreciadores do bom bacalhau, da verdadeira cozinha moçambicana e não só. Na sua arte de cozinhar, divide o bacalhau em quatro partes e consoante a sua grossura apresenta-nos um prato diferente: não só pela qualidade do mesmo como pelo tempo de molho e também no cozinhado. A 19 de abril de 1987, Domingo de Páscoa, António Pereira inaugurou as atuais instalações da Casa Laurentina, O Rei do Bacalhau. Hoje, com o passar dos anos, o Restaurante Laurentina conta histórias, deixa saudades e continua a solidificar amizades com uma incansável simpatia e qualidade que o distingue.

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Restaurante Laurentina | A RESERVAR

Espaço distinto O Restaurante Laurentina dispõe de duas salas devidamente equipadas com ar condicionado, tendo a primeira capacidade para cerca de 84 pessoas e a segunda para 100, espaços ideais para eventos previamente organizados, jantares de grupo e festas de empresas. Pode começar por degustar os paladares dos queijos de várias qualidades, o tão apreciado pão do tipo saloio e os famosos pastéis de bacalhau, entre outros. Enquanto saboreia as magníficas entradas, escolha um dos vinhos da vasta garrafeira. Na ementa constam alguns dos mais distintos pratos portugueses de bacalhau, assim como ricos e exóticos pratos da cozinha tradicional africana. Destaque para as pataniscas de bacalhau cozinhadas com saborosas lascas, servidas com arroz de feijão ou arroz de tomate; para o bacalhau lascado especial assado na brasa com batatas assadas a murro; para o bacalhau fino aos bocados confecionado com as partes mais finas do bacalhau; para o lombinho de bacalhau cozinhado no forno e acompanhado de batata salteada; para o clássico bacalhau à Brás; para o bacalhau à Laurentina, um prato cheio de sabor, composto por bacalhau alto assado, broa, batata a murro e verdura salteada; para o bacalhau alto cozido, servido em posta alta, com grão ou feijão-

-frade, consoante a preferência do cliente, temperado com o finíssimo azeite da Cova da Beira; para os rabos de bacalhau, prato de bacalhau cozido servido com grão ou feijão-frade, consoante a escolha do cliente, temperado com o finíssimo azeite da Cova da Beira; para o bacalhau com natas e espinafres cozinhado no forno, que alia a tradição aos novos sabores; para a couvada de bacalhau à Pereira da Laurentina, prato tradicional português e especialidade da casa, confecionado à maneira da Beira Interior, com produtos da Cova da Beira, nomeadamente o azeite, as couves e as batatas. Dos pratos moçambicanos, evidencia-se o caril de galinha servido com arroz branco, bem como o camarão grelhado à Moçambicana, que é composto por camarão-tigre assado na brasa, com molho especial, conforme a tradição moçambicana. Estão também disponíveis outros pratos, como lombo de porco assado, servido como manda a tradição, com batata assada no forno e legumes; cabrito assado no forno, de confeção tradicional da Beira Interior, servido com batata assada no forno e verdura salteada; ou o bife à Laurentina, acompanhado com batata frita e legumes. Para fechar com chave de ouro só mesmo uma das famosas sobremesas, nomeadamente arroz-doce caseiro, tigelada ou fruta exótica.

RESTAURANTE LAURENTINA Morada Avenida Conde Valbom, 71 A 1050-067 Lisboa Tel. 217 960 260 Email info@restaurantelaurentina.com Horário Almoços das 12h00 às 16h00; jantares das 19h00 às 23h00

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NÉCTARES | A nossa seleção

VIAGEM PELOS SENTIDOS

Ponte das Canas 2011

Com um perfil distinto, fiel à essência da Herdade do Mouchão, o novo Ponte das Canas 2011 chega ao mercado a tempo de celebrar a nova estação. Este é um tinto de eleição, com enorme potencial gastronómico, que tem conquistado a crítica nacional e internacional. Ponte das Canas 2011 resulta de um lote de uvas selecionadas de Alicante Bouschet, Touriga Nacional,Touriga Franca e Syrah. Aqui, a presença de Alicante Bouschet, casta rainha do Alentejo, revela-se mais ligeira quando comparada com o clássico Mouchão, conferindo a este vinho um perfil mais internacional. Por esse motivo, é a escolha ideal para acompanhar pratos como lasanha ou moussaka grega, não recusando, ainda, um típico guisado português.

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Avô do Poeta

Nasceu um novo vinho branco no Alentejo que vai buscar a tradição e a história dos melhores brancos do Alentejo Vidigueira num conceito atual e original que incorpora o design e a responsabilidade social. Este monocasta branco é selecionado das melhores vinhas de Antão Vaz oriundas da Vidigueira (autóctone), o que lhe confere uma personalidade única em que o seu corpo transmite os sabores únicos da terra e do sol alentejanos aliado a uma frescura peculiar das uvas brancas e da brisa atlântica. De sabor único e personalizado, sabores da terra e sol, seco e encorpado, é ideal para uma viagem pelos sentidos e para acompanhar pratos de peixe.

Aluzé branco 2014

Produzido a partir das castas Gouveio (40%) e Cerceal (40%) de vinha de 50 anos constituída maioritariamente por Rabigato (20%), o Aluzé branco 2014 apresenta aromas cítricos e flor de laranjeira, bem como notas florais de acácia e madressilva. Na boca este é um vinho muito fresco com uma acidez bem marcada, tem uma forte persistência e tem bom potencial de evolução em garrafa. É ideal para acompanhar pataniscas de bacalhau, polvo à galega ou salada de lavagante, por exemplo. O Aluzé branco 2014 apresenta-se ao público com uma nova imagem. De modo a reforçar a identidade e valores da marca e a associar mais diretamente a referência Aluzé à Quinta do Pessegueiro, o nome do vinho foi atualizado e o rótulo foi redesenhado.


A nossa seleção | NÉCTARES

O vinho representa, desde sempre, uma viagem pela história e pelos sentidos. Aceite as nossas sugestões e embarque nesta viagem.

Adega de Borba Branco 2014

As uvas do Adega de Borba Branco 2014 foram vindimadas a partir do final de agosto, de acordo com a evolução da maturação em cada vinha e sempre da parte da manhã, de forma a manter a frescura das mesmas. O mosto lágrima, que escorre sem prensagem, clarificou durante 18 a 24 horas e fermentou a uma temperatura constante de 18ºC, ao longo de 14 dias. O engarrafamento procedeu-se após o inverno. Produzido a partir das castas Antão Vaz,Arinto e Roupeiro, este néctar alentejano tem uma cor citrina bem definida. Com boa intensidade aromática, que conjuga frutos tropicais e citrinos, é igualmente perfeito para servir como aperitivo ou como acompanhamento de marisco, peixes frescos grelhados e carnes brancas.

Adega de Borba Rosé 2014

Para apreciadores de vinhos jovens, o Adega de Borba Rosé 2014 apresenta-se com um sabor equilibrado e repleto de juventude, frutado silvestre, de excelente frescura e persistência final agridoce. O seu aroma, com boa intensidade a groselha e ameixa vermelha, casa na perfeição com um saboroso marisco, peixes frescos grelhados e carnes brancas. É ainda um excelente aperitivo. As uvas, das castas Aragonez e Syrah, foram vindimadas manualmente na parte da manhã, permitindo uma boa temperatura no fruto na chegada à adega. Com uma cor rosa forte com laivos vermelhos, o Adega de Borba Rosé 2014 teve uma maceração pelicular de 12 horas em cuba de inox a 10ºC.

Quanta Terra Grande Reserva Branco 2013

O Quanta Terra Grande Reserva Branco 2013, que nas provas oficiais da revista Wine Enthusiast recebeu uns expressivos 92 pontos, é um vinho feito à base das castas Viosinho e Gouveio. Este vinho cedo revela as notas de madeira, o que lhe confere uma grande estrutura de boca. Tem um enorme potencial gastronómico, acompanhando na perfeição pratos como bacalhau assado no forno. Mais de duas décadas depois do lançamento da primeira colheita, o Quanta Terra já percorre o mundo e leva consigo a essência da região, dentro e fora da garrafa. Isto porque, nos rótulos, é transportada de forma fiel através do desenho de um mapa antigo da bacia duriense.

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MOTORES | BMW Série 7

MODELO TOPO DE GAMA

AVANÇOS TECNOLÓGICOS SIGNIFICATIVOS

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BMW Série 7 | MOTORES

por Nuno Carneiro

Por tugal entrou na agenda dos construtores automóveis para ser o palco da apresentação mundial de novos modelos. Desta vez, o Por to, o Douro e Cascais foram as regiões escolhidas pela BMW para realizar a apresentação mundial do novo BMW Série 7.

É

a quarta vez que a BMW mostra um novo produto em regiões portuguesas. A marca refere o clima, a oferta hoteleira e as infraestruturas disponíveis como os aspetos que levaram o grupo alemão a optar por Portugal em detrimento de outras alternativas possíveis em várias zonas do mundo. Assim, e para este lançamento, estiveram no nosso país 500 jornalistas estrangeiros, apoiados por uma equipa de 300 elementos, além dos 270 representantes da BMW que deram esclarecimentos técnicos sobre o novo série 7 – que inclui a versão longa do 750Li, o modelo com tração integral xDrive, e a versão diesel do 730d sDrive. No Douro, a organização optou por alojar os participantes no novo Six Senses Douro Valley, o primeiro hotel desta cadeia hoteleira na Europa e esta foi sem dúvida uma escolha irrepreensível! Já em Cascais, a unidade escolhida para receber os jornalistas foi o novo InterContinental Estoril. Mas vamos ao que interessa, o novo BMW Série 7. Em relação ao anterior, o novo modelo incorpora avanços tecnológicos significativos, como as luzes laser, o controlo remoto por gestos, o estacionamento remoto e uma inovadora chave táctil.

Com uma longa tradição na construção de automóveis virados para o futuro, a BMW acredita que a melhor forma de o prever é criá-lo, e com o novo BMW Série 7 está criado o luxo do futuro. Fruto de inovações pioneiras, um nível de conforto de referência, um design contemporâneo e uma dinâmica impressionante, este é um automóvel altamente eficiente. De proporções dinâmicas, linhas definidas e superfícies perfeitamente modeladas, o BMW Série 7 Berlina apresenta o design típico BMW na sua forma mais elegante. Da frente dinâmica e impetuosa ao perfil alongado, passando pela poderosa traseira, este novo modelo transmite uma imponente presença a partir de qualquer perspetiva. Novas linhas Na secção frontal impõe-se a grande moldura da grelha vertical em duplo rim que confere ao BMW Série 7 uma personalidade dinâmica e muito imponente. Na zona inferior, a entrada de ar visualmente dividida em três zonas, estende-se ao longo de toda a secção frontal, proporcionando uma imagem destacada e bem presente. Equipados com tecnologia LED, os faróis adaptativos em LED (opcional) encontram-se ligados à grelha através de

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MOTORES | BMW Série 7

uma barra horizontal. Por outro lado, as luzes de laser BMW representam uma verdadeira tecnologia de referência de luzes, identificável através das barras azuis horizontais. O perfil lateral com uma linha suavemente descendente de tejadilho apresenta uma elegante silhueta. Os aros cromados das janelas integram-se perfeitamente na curva Hofmeister, já o vinco lateral duplo, com puxadores das portas integrados, estende-se da frente à traseira em duas linhas precisas. Entre as duas linhas laterais forma-se uma interação de luz e sombras, criando uma constante faixa luminosa que permite destacar o comprimento e a altura do BMW Série 7. A equilibrada imagem e o baixo centro de gravidade são reforçados através de um friso cromado que parte da entrada de ar, estendendo-se por toda a superfície lateral. Na traseira, o alinhamento horizontal de todos os elementos acentua a genética e a presença do BMW Série 7. Um vistoso friso horizontal cromado estende-se a toda a largura, criando uma relação visual com os farolins. Pela primeira vez, o design em L das barras luminosas prolonga-se na superfície vidrada, conferindo aos farolins um visual mais marcante. As ponteiras de escape possuem uma vistosa moldura cromada. Em combinação com a longa distância entre eixos e as cavas das rodas bem modeladas, as ponteiras de escape permitem baixar visualmente o centro de gravidade conferindo ao BMW Série 7 uma presença única. Descobrir o interior Qualquer um dos bancos do BMW Série 7 transmite uma luxuosa atmosfera de bem-estar contemporânea e simultaneamente fu-

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turista. Na parte traseira imperam as regras do conforto exclusivo e do ambiente luxuoso. Os passageiros desfrutam do conforto do espaço e de um conjunto de opções exclusivas de entretenimento. O tablet amovível Comando Touch BMW oferece possibilidades de utilização integradas com funções de conforto, entretenimento e comunicação. A mesa integrada no apoio de braços da consola central encontra-se forrada em pele Nappa preta, criando um visual de exclusividade e um agradável toque. Além disso, o teto panorâmico Sky Lounge presente na versão longa oferece uma sensação de espaço num interior banhado de luz natural, podendo ainda receber iluminação através de luz ambiente com diferentes cores selecionáveis. Para além disto, todo o habitáculo é o espaço ideal para desfrutar da excelente qualidade de som do sistema surround Bower & Wilkins Diamond com uma potência de 1400 watts. O painel de instrumentos do BMW Série 7 encontra-se rigorosamente orientado para o condutor e é uma autêntica montra de inovações tecnológicas. De destacar que a BMW é o primeiro construtor a oferecer um sistema de controlo por gestos, capaz de detetar os movimentos das mãos. Igualmente inteligentes são o avançado comando por voz, o controlador iDrive Touch e, em alternativa, o ecrã táctil que, juntamente com o sistema de navegação profissional, permite uma utilização direta através do ecrã a cores com tecnologia LCD de 10,25”. Novas funcionalidades A pesquisa de inovações pioneiras é a força motivadora da BMW. Esta estabelece novas

referências com funções inovadoras, como o sistema de controlo por gestos BMW, as luzes de laser BMW ou o sistema de estacionamento remoto. Paralelamente, com o comando Touch BMW, foi integrado pela primeira vez num BMW um tablet através do qual é possível comandar um conjunto de funções essenciais. Quando ligadas as luzes de máximos, as luzes de laser permitem iluminar a estrada a uma distância de 600 metros – cerca do dobro do alcance dos faróis convencionais. A utilização desta nova tecnologia de luzes permite aumentar a segurança através de uma melhor visibilidade noturna. Outra das novas funcionalidades é o comando Touch BMW que inclui um tablet integrado na consola central traseira com um ecrã de 7” ligado ao sistema do veículo e que oferece diversas possibilidades de ajustamento e utilização. Através do tablet é possível ajustar a posição dos bancos traseiros e do banco do


BMW Série 7 | MOTORES

condutor, o ar condicionado, a ventilação e o aquecimento dos bancos traseiros, bem como a iluminação interior com luz ambiente, o teto panorâmico e as cortinas de proteção solar. Além disso podem ser igualmente comandadas funções de entretenimento. Com o sistema de controlo por gestos da BMW podem ser selecionadas funções específicas através de movimentos com as mãos. Simples gestos como “passar o dedo pelo ecrã” ou “indicar com o dedo” são identificados na área de reconhecimento, na zona superior da consola central, acionando a respetiva função, como por exemplo aceitar ou rejeitar telefonemas. No ecrã de controlos são mostrados exemplos de gestos de forma a ajudar o condutor e o passageiro na sua utilização. Simultaneamente, o sistema fornece uma resposta imediata acústica e visual aos gestos efetuados. O sistema de estacionamento remoto permite o fácil estacionamento, possibilitando que

o condutor estacione e retire o veículo de espaços apertados estando fora dele, mediante a utilização da chave BMW com display. A manobra de estacionamento é monitorizada pelos sensores de estacionamento (PDC), pelo assistente de estacionamento e pelos sensores Surround View. Para utilizar a função de estacionamento remoto, o veículo tem de ser colocado em frente do espaço ou garagem onde pretende estacionar.A manobra de estacionamento pode ser interrompida pelo condutor a qualquer momento, se necessário. Após concluída a manobra, o motor pode ser desligado através da chave, podendo ser novamente ligado a qualquer momento. Com o sistema de estacionamento remoto o veículo recua e sai automaticamente de um lugar de estacionamento em linha reta. Motores de topo A mais recente geração de motores a gasolina BMW TwinPower Turbo disponibiliza

um débito de potência extraordinariamente ágil e uma resposta surpreendente, mesmo a baixas rotações. Em simultâneo e quando comparados aos seus antecessores, estes motores apresentam um menor consumo de combustível, emissões de CO2 mais reduzidas e uma performance superior. Já a nova geração de motores diesel BMW TwinPower Turbo comprova a aplicação rigorosa da filosofia BMW EfficientDynamics, combinando valores de topo no que respeita a potência e performance com um baixo consumo de combustível. Os motores diesel distinguem-se pela excelente resposta e pelo débito de potência ágil em todo o regime de rotações, bem como pelo baixo consumo de combustível. São reconhecidos pela sua eficiência extraordinária e dinâmica impressionante, produzindo emissões de CO2 e um atrito muito reduzidos de forma a garantir o máximo prazer de conduzir.

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ON THE ROAD

HONDA CR-V

VISUAL MAIS ARROJADO O exterior do novo CR-V foi atualizado e este modelo passou a ter um visual mais arrojado e desportivo. Porém, a maior alteração foi na dianteira. O redesenho dos faróis e uma nova grelha, para-choques e proteção exterior dão ao CR-V uma aparência mais larga, sugerem maior estabilidade e contribuem para baixar o centro de gravidade visual do veículo. A renovação exterior completa-se com os novos farolins traseiros de LED. A reformatação do friso cromado que percorre o tablier e a utilização de materiais de qualidade superior em todas as superfícies principais do automóvel deu, ainda, mais elegância ao interior. O CR-V diesel de duas rodas motrizes, disponível com transmissão manual, vem dar continuidade ao modelo atual. Continua equipado com o motor diesel 1.6 i-DTEC de 120 cv, mas agora com emissões reduzidas de 115 g/km. A versão 2.0-litros i-VTEC a gasolina continuará disponível, com 155 cv de potência, respeitando a norma Euro 6.

MAZDA MX-5 PURA DIVERSÃO

O Mazda MX-5 resume-se num automóvel rápido, ágil e, acima de tudo, divertido de conduzir! É este puro prazer de condução que melhor expressa o mais popular roadster de todos os tempos. A quarta geração do MX-5 será, sem dúvida, a mais memorável edição de sempre. O MX-5 é o espelho, por excelência, da grande maioria das mais recentes inovações da Mazda em termos de tecnologia SKYACTIV, soluções que são transversais a toda a sua atual gama de modelos. Por um lado, expressa-se através de dois motores SKYACTIV-G a gasolina, um bloco de 1,5 litros e 131 cv às 7000 rpm, com um binário de 150 Nm às 4800 rpm, e outro de 2,0 litros e 160 cv às 6000 rpm e 200 Nm às 4600 rpm, especialmente modificados e com maior relação de compressão (em ambos de 13,0:1). Para tirar todo o partido das características deste roadster, os motores conjugam-se com uma caixa de seis velocidades manual SKYACTIV-MT, um SKYACTIV-Body leve mas excecionalmente robusto e, ainda, um SKYACTIV-chassis adaptado para uma ainda maior agilidade deste ícone da Mazda.

MINI JOHN COOPER WORKS COUPÉ NOVAS AVENTURAS

É óbvio que o MINI John Cooper Works Coupé surgiu das corridas de automóveis. A evidência mais forte pode ser vista sob o capot. O motor debita 143 cv às 4000 rpm e quando atinge a velocidade máxima o ponteiro do velocímetro indica 216 (206) km/h. Os 260 Nm de binário proporcionam sempre ao condutor a máxima força de aceleração. Mas ainda há mais, graças à função Overboost, os 20 Nm de potência adicional podem ser utilizados sempre que necessário, basta uma ordem para acelerar. Ao pressionar o botão Sport, o MINI John Cooper Works transforma-se num verdadeiro atleta de topo. A direção responde de forma mais espontânea e o pedal do acelerador reage muito mais rapidamente às solicitações. A sonoridade da dupla ponteira de escape também é especial. O que também atrai os olhares é o tejadilho em Chili Red, concebido exclusivamente para este modelo de topo extremamente robusto. Este é, sem dúvida, um automóvel que transmite emoção a todas as novas aventuras.

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ON THE ROAD

CITROËN DS5

PRESENÇA NOTADA O novo DS5 é o mais recente produto de uma linhagem que recupera uma designação tão cara ao construtor quanto mítica para a história do automóvel. O grau de sofisticação e a qualidade do detalhe da gama DS pretendem elevar a imagem da marca. Ao volante ou em qualquer um dos cinco lugares disponíveis no interior do DS5, a sensação é a de que viajamos em primeira classe. O DS5 descende diretamente de um inspirado concept car – o C-SportLounge – e, ao contrário do que é habitual acontecer por razões logísticas e económicas, passou à produção mantendo todas as premissas e extravagâncias dessa criação nascida para abrilhantar salões automóveis. Não conseguindo passar despercebido, a verdade é que a escultura meio monolítica do conjunto pode provocar estranheza para alguns, contudo, ela facilmente acabará por cativar com o arrojo e audácia que lhe são intrínsecos. No interior, o refinado habitáculo é um reflexo daquilo que o exterior promete ao primeiro olhar.

FORD MONDEO HYBRID MODELO DISTINTO

O Ford Mondeo Hybrid está disponível, em Portugal, apenas na versão mais equipada, Titanium, e na carroçaria de quatro portas. Este modelo combina um propulsor de 2 litros a gasolina com um motor elétrico e uma bateria de iões de lítio com 1,4 kWh. O consumo anunciado é de 4,2 litros aos cem e as emissões de CO2 de 99 g/ km. Destaque para o renovado motor 2.0 TDCi, agora equipado com dois turbos sequenciais, controlados eletronicamente, capaz de debitar 210 cv e 450 Nm. O novo Mondeo estreou ainda um dispositivo opcional Pre-Collision Assist com deteção de peões, que aplica uma travagem automática caso o condutor não reaja. Este sistema funciona a velocidades até 80 km/h, processa informação recolhida através uma câmara e radar colocada no para-choques, cruzando de seguida com uma “base de dados” com formas de seres humanos – para que os possa distinguir de outros elementos da via.

RENAULT ESPACE

DESIGN ROBUSTO E FLUIDO O carácter crossover do Renault Espace afirma-se para reinventar a elegância de um veículo sem igual. A emoção estética revela-se em cada detalhe: uma linha de cintura sobrelevada, altura reduzida e face dianteira imponente, numa combinação perfeita que antecipa as emoções que esperam por si no interior. A juntar a tudo isto, destaque para as luzes LED pure vision, para as jantes e elementos em cromado que realçam o carácter de um grande crossover elegante e inovador. Cada trajeto a bordo deste automóvel revela-se uma viagem única, durante a qual é possível desfrutar de uma vista panorâmica através do para-brisas de 7 metros quadrados. Redescubra o prazer de conduzir e reduza o seu consumo de combustível, graças ao aerodinamismo, ao peso equilibrado e aos motores eficientes do Espace. As suas prestações são possíveis graças aos 35 anos de experiência da Renault nas pistas de competição, aos especialistas mecânicos da marca e ao absoluto domínio das tecnologias de redução do consumo que a Renault alcançou.

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SOCIAL | Festa Branca

ESPECIAL Férias na neve

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Festa Branca | SOCIAL

ESPECIAL Férias na neve

CELEBRAÇÃO AGUARDADA

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ornou-se uma tradição para o Belmond Reid’s Palace comemorar o verão, e a cor branca é uma das favoritas e facilmente associada a esta época do ano. A já famosa Festa Branca desta unidade, que teve lugar no restaurante da piscina, foi marcada por um ambiente descontraído, com vistas fantásticas. A noite teve início com um cocktail, seguindo-se um delicioso buffet frio e quente, onde se descobria uma grande variedade de saladas, entradas, pratos principais e sobremesas, tudo acompanhado por vinhos selecionados. A festa contou também com a animação de um DJ e da orquestra residente Swing Feel Band, que tocou música emblemática, numa homenagem especial aos anos 1980.

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SOCIAL | International Club of Portugal

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“PORTUGAL NO NOVO CICLO: EMPREGO E INCLUSÃO SOCIAL” 14

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ministro da Solidariedade, Pedro Mota Soares, falou no mais recente debate no International Club of Portugal sobre “Portugal no Novo Ciclo: Emprego e Inclusão Social”. O ministro anunciou que cerca de 50 milhões de euros de verbas da ação social vão ficar disponíveis para 200 respostas sociais na área das creches, apoio a idosos e outras vertentes de inclusão social. Outra área de investimento prende-se com a demografia e, nessa ótica, Pedro Mota Soares sublinhou um incentivo à empregabilidade dos pais, ou seja, irá haver fundos para permitir que os pais trabalhem algumas horas, possam estar com os filhos e não percam rendimentos. Dentro da lógica da coesão da sociedade portuguesa, o governante disse já terem sido apoiados 50 mil cidadãos no regresso ao mercado de trabalho, reafirmando a continuação do programa “Garantia jovem”, a par do programa “Reativar” para desempregados de longa duração, com estágios para cidadãos com mais de 31 anos.

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1| José Gomes Alves e João Luís de Sousa 2| Nuno Loureiro e César Vasconcelos Navio 3| Filipe Santos 4| Vera Rodrigues 5| Pedro van Zeller 6| Pedro Mota Soares e Manuel Ramalho 7| Filipe Sousa Campos 8| Geraldine Dussaubat 9| José Silva 10| José Soares 11| Miguel Moreira 12 | Natália Costa 13| Paulo Sousa 14| Pedro Mota Soares e Manuel Ramalho 15| Alexandra Vaz e Geraldine Dussaubat 16| Pedro Mota Soares 17| João Marcelino, Manuel Ramalho e Pedro Mota Soares


International Club of Portugal | SOCIAL

“FUTURO DA SAÚDE”

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ministro da Saúde, Paulo Macedo, voltou ao International Club of Portugal para uma intervenção subordinada ao tema “Futuro da Saúde”. No almoço-debate Paulo Macedo revelou um futuro desafiador mas promissor para a saúde portuguesa. O ministro começou por apresentar o objetivo principal de qualquer país para o setor da Saúde: “termos uma população saudável”. E esse objetivo macro traduz-se em dois objetivos concretos para o nosso país: a redução da mortalidade prematura e uma melhor qualidade de vida. Durante a sua intervenção Paulo Macedo abordou também os pontos fortes do setor, tendo posteriormente mencionado os sucessos alcançados durante os últimos quatro anos. 1| António Saraiva, Teresa Caeiro e Luís Queiró 2| António Salavessa 3| Manuel Cardoso e Manuel Ramalho 4| António Cardoso, Luís Flores e António Vilar 5| Raquel Pereira e Teresa Caeiro 6| António Gonçalves, Alberto Inez e Paulo Freitas Lopes 7| Ricardo Pimenta 8| Sandra Silva 9| Henrique Serrano 10| Isadora Martins 11| António Mira e Pedro Dinis 12| Manuela Miguel Martins 13| Maria Duarte Bello 14| Paulo Macedo e Manuel Ramalho 15| Virgínia Gerardo e Flávio Carmelo 16| Teresa Gameiro 17| Jorge Soares e Miguel Morgado Ribeiro 18| Alberto Inez

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SOCIAL | Perrier-Jouët

ESPECIAL Férias na neve

FIM DE TARDE DIFERENTE

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Perrier-Jouët, uma das maisons de champagne mais antigas e prestigiadas do mundo, reuniu, nos jardins da Embaixada de França, em Lisboa, cerca de 500 distintas personalidades das áreas da arte, moda e cultura, numa garden party, proporcionando aos seus convidados uma verdadeira experiência de champanhe de luxo. Num ambiente elegante, com vista privilegiada sobre o rio Tejo, uma extensa equipa de 30 bartenders formados e especializados garantiu durante todo o evento um serviço de champanhe perfeito, com Perrier-Jouët Grand Brut e Belle Époque. A Garden Party Perrier-Jouët proporcionou igualmente aos seus convidados uma memorável viagem musical, liderada pela fantástica voz de Sofia Escobar, acompanhada pela orquestra sinfónica da PSP, constituída por 60 músicos, numa atuação com o Tejo como cenário de fundo. Animação e atividades lúdicas foram uma constante durante toda a festa, com atuações circenses, mágicos, pistas de comboios e carrinhos telecomandados. A festa terminou com um espetáculo da banda revelação Mimicat. Acompanhando o serviço de champanhe, o chef executivo do Four Seasons Hotel Ritz Lisboa, Pascal Maynard, preparou um requintado menu exclusivo para o evento, conduzindo os convidados numa autêntica viagem gastronómica com live cooking. Destaque para os cachorros de lavagante, para os brioches com sementes de sésamo ou para a sapateira e aioli. Esteve também à disposição dos convidados uma carving station de fois gras. Os variados éclairs temáticos foram a cereja no topo do bolo. Um dos objetivos deste evento foi o relançamento da Perrier-Jouët no mercado nacional, marca que representa o luxo na categoria de champagne e beneficia de um elevado reconhecimento a nível internacional.

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ESPETÁCULO | Diana Krall

UMA NOITE ESPECIAL Num concerto integrado na digressão mundial de Wallflower, o novo disco, o Meo Arena recebeu Diana Krall, que levou a palco temas do passado, canções do mais recente registo discográfico e outras que vão fazer parte de uma reedição prevista para breve.

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ão 20 os anos de carreira da pianista e cantora Diana Krall, a canadiana que é um dos nomes maiores do jazz no feminino dos nossos dias. Quinze milhões de discos vendidos, cinco Grammys e um estatuto que lhe dá o direito (por mérito próprio) de fazer o que bem lhe apetecer levaram Diana Krall ao novo disco, Wallflower, onde revisita temas que marcaram a sua adolescência, todos eles das áreas da pop e da folk, e aos quais deu aquele toque jazzy que tão bem a caracteriza.

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Editado no início deste ano, depois de vários adiamentos devidos a motivos de saúde, Wallflower (com o título baseado num tema de Bob Dylan) leva-nos, através de versões, aos gostos pessoais de uma cantora e pianista de jazz. Mas como se os 12 temas da edição inicial de Wallflower não bastassem, Diana Krall vai reeditar muito em breve este CD com a mais-valia de dois temas gravados “ao vivo” em Paris (durante a presente digressão) e quatro novas canções:

“A Case Of You” (de Joni Mitchell), “If You Could Read My Mind” (de Gordon Lightfoot), “Everybody’s Talkin’” (original de Fred Neil em 1966, mais tarde cantado por Harry Nilsson e parte da BSO do filme O Cowboy da Meia-Noite) e, ainda, “Heart Of Gold” (de Neil Young). No Meo Arena, os muitos fãs puderam desfrutar de um alinhamento espantoso, numa noite que ficará para sempre gravada nas suas memórias.



MUSEU | Museu do Design e da Moda

A CASA DO DESIGN Um espaço que permite o encontro e o debate em torno do design, mas que também permite experimentação e criatividade, para apresentar as propostas de novos criadores, promovendo novas pesquisas e gerando diálogos com as artes visuais e a arquitetura, o cinema e a dança, a música e a ciência. É assim o Museu do Design e da Moda.

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Museu do Design e da Moda, ou MUDE, é uma casa para todos os tipos de design. Apresentando uma programação temporária e atividades educativas, o museu desenvolve-se com uma obra em progresso. Longe da ideia clássica de um museu, a sua arquitetura singular – um cubo branco –

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afirma uma identidade muito própria. Nos próximos anos, o museu será um lugar em permanente mutação, com as atividades a ocupar e mudar os oito andares, de acordo com as obras arquitetónicas. Por outras palavras, o museu foi concebido como um projeto dinâmico, experi-


Museu do Design e da Moda | MUSEU

mental, aberto e inovador, que visitantes locais e estrangeiros podem seguir. Este museu representou um impulso relevante para a reinvenção da zona em que se insere, uma força ativa pulsando pela artéria principal da cidade, no coração da Baixa Pombalina, contribuindo para o seu muito desejado e tão necessário trabalho de requalificação, bem como para a cultura de criatividade e inovação que cada vez mais caracteriza as nossas cidades. Estamos a falar de um museu que está a gerar uma rede com instituições de cultura, universidades, empresas, ateliers, lojas e museus, integrando a comunidade de designers, artistas, arquitetos e curadores no desenvolvimento de um novo centro urbano de cultura. É por este motivo que tem o nome MUDE, aludindo à “transformação” em português, realçando o desejo do museu de redesenhar o conceito de um museu de design e procurando novas formas de gestão, comunicação e desenvolvimento urbano. C oleção Francisco C apelo A coleção Francisco Capelo é um espólio de excelência pelos criadores representados e pela qualidade e importância dos objetos reunidos, possuindo uma singular coerência e unidade intrínseca resultante da estreita relação e complementaridade em que foram pensados os dois acervos (moda e design). Mobiliário e pequenos objetos utilitários refletem os principais movimentos e tendências do design, enquanto o vestuário, calçado e acessórios tecem a história da moda durante o mesmo período. A 18 de dezembro de 2002, a coleção Francisco Capelo foi adquirida pela Câmara Municipal de Lisboa com a obrigação de constituir um novo equipamento museológico dedicado ao design, salvaguardando este património de excelência. A aquisição pública deste importante acervo foi possível graças ao tratamento especial e ao gosto que o colecionador sempre manifestou em que a coleção permanecesse nesta cidade. O MUDE pode assim mostrar o seu rico acervo de mais de 2500 objetos e fê-lo sem esperar pelas obras de adaptação definitiva do espaço às novas funções museológicas.

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Style

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KNOT ANNE-MÖLLER Creme Preço: €35

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Style

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LIVROS

“O MAIOR PROBLEMA E O ÚNICO

AINDA NÃO TIVE TEMPO Gonçalo Gil Mata Porto Editora

HISTÓRIA PRODIGIOSA DE PORTUGAL Joaquim Fernandes Verso da História

ISIS - POR DENTRO DO ESTADO DO TERROR Hassan Hassan, Michael Weis Texto Editores

No seu dia a dia é bombardeado por uma quantidade avassaladora de informação, tarefas e urgências? Vive com a sensação permanente de que falta fazer qualquer coisa? No meio de tanta correria, sente a vida passar-lhe ao lado? Ainda não tive tempo mostra, num registo simples e descontraído, e com a ajuda de truques e dicas práticas, que muitos dos obstáculos à produtividade podem ser evitados se compreendermos melhor como funciona a mente humana. Com uma metodologia acessível, este livro vai ajudá-lo a implementar – com menos disciplina do que imagina – um sistema de organização pessoal eficiente que lhe permitirá recuperar a tranquilidade e que o fará sentir-se mais realizado.

Depois de História Prodigiosa de Portugal – Mitos & Maravilhas, ilustrativo de uma história “extraordinária” de Portugal, das origens ao século XVIII, Joaquim Fernandes dá continuidade a uma narrativa de crenças e lendas, em regra desprezada e minimizada pela historiografia comum. Neste segundo volume prosseguimos a viagem ao imaginário onírico e mítico português, agora nos séculos XIX e XX, quando os antigos feiticeiros e profetas se transformam em magnetizadores e magos. As primeiras práticas do Espiritismo em Portugal, fenómeno marcante de Oitocentos, são aqui pela primeira vez historiadas, com revelações inéditas que ajudam a retratar a identidade essencial da “alma portuguesa”.

Como é que um grupo de fanáticos religiosos vestidos de negro e armados até aos dentes conseguiu levar a cabo um “Estado Islâmico” violento e fundamentalista na Síria e no Iraque? Como é que a revolução contra o ditador sírio Bashar al-Assad degenerou num movimento liderado por um grupo violento, dedicado à destruição da América? E quem são estes islamitas brutais, muitos deles portadores de passaportes europeus, que degolam reféns ocidentais frente às câmaras de vídeo? O jornalista sírio Hassan Hassan e o analista norte-americano Michael Weiss, que já estiveram na linha da frente da revolução síria, decidiram tentar responder a estas e outras questões.

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LIVROS

QUE NOS DEVE PREOCUPAR É VIVERMOS FELIZES” Voltaire (1694-1778, Filósofo, escritor, poeta, dramaturgo e historiador)

DO OUTRO LADO DO MAR João Pedro Marques Porto Editora

OLHARES SOBRE A HISTÓRIA DA MÚSICA EM PORTUGAL Jorge Alexandre da Costa Verso da História

O ÚLTIMO DOS COLONOS João Afonso dos Santos Sextante Editora

Tudo começa na primavera de 1833. Profundamente abalado por um desgosto de amor, o doutor Vasco Lacerda decide abandonar Lisboa para tentar curar o coração ao sol de uma nova vida, nos trópicos. Contudo, no decurso da sua viagem, vê-se arrastado, contra vontade, para o mundo da escravatura e toma contacto direto com realidades de que já ouvira falar, mas que nunca tinha sentido e percebido na sua verdadeira natureza. E trava, também, conhecimento com a gente que, para o melhor e o pior, povoa esse bárbaro mundo: Tarquínio Torcato, o cruel negreiro; Gaspar, o negro que odeia negros; Sara, a escrava que acende o desejo em todos os homens; Quisama, a pretinha que tudo quer aprender; Januário Paraíso, o velho cocheiro que canta canções de amor; e muitos outros e outras.

O presente livro pretende proporcionar ao público uma leitura abrangente pelas diferentes épocas da história da música erudita produzida e rececionada em Portugal ao longo da sua história. Olhares Sobre a História da Música em Portugal é uma obra exemplar, escrita por cinco personalidades incontornáveis no campo de estudo das Ciências Musicais na atualidade, que preenche uma espécie de lugar vazio do saber neste domínio. Um contributo há muito esperado tanto por profissionais como por meros amantes da música. Doutorado em Sociologia da Educação e Cultura, pela Universidade do Porto, Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, Jorge Alexandre Costa é professor adjunto na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto.

Memórias de infância e adolescência, retrato de uma família mas também de uma sociedade: a ditadura, o regime colonial e a ilusória eternidade de tudo isso, inscrita no catecismo oficial e nos costumes de então. A dada altura, a família divide-se entre Portugal e Timor. Cá, em Portugal, para onde o autor e o irmão, Zeca Afonso, depois de uma infância africana se mudam, ainda crianças; lá, em Timor, onde aportam os pais e a irmã Mariazinha no mesmo dia em que deflagra a guerra, que rapidamente arrebatará a ilha no seu vórtice. Ao contrário do que anunciou ao tempo a propaganda oficial, a neutralidade portuguesa na II Guerra Mundial não foi respeitada. Portugal entrou na guerra, com Timor-Leste.

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EXPOSIÇÃO NACIONAL | PerCurso

ARTE E MÚSICA

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AXA apresenta a exposição PerCurso, de Arlindo Abreu. Esta é uma mostra de trabalhos insólitos e encantatórios, realizados com recurso a corte e colagem, sobre pautas e livros, em intricados motivos de caprichosa precisão, resultando em obras cheias de movimento e profundidade. Professor de Educação Musical profissionalizado, Arlindo Abreu iniciou, em 2006, o seu percurso nas artes plásticas, que se encontra intimamente ligado à música. Este início foi marcado por uma preciosa herança: um baú cheio de partituras para piano, de edições antigas, prontas para serem recicladas e ganharem vida sobre outra forma de arte, numa tentativa de recriar a música ou as ideias dos compositores, dando-lhes formas, texturas, cor, sentido e alma. A ideia geral da obra está sempre na base dos seus trabalhos, focando-se umas vezes na forma musical, outras na linguagem ou no colorido tímbrico, outras ainda na mensagem, transpondo a essência da música para a intensa plasticidade das suas obras. Licenciado em Ciências Musicais pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Arlindo Abreu tem ainda uma pós-graduação em Música y Teoria pela Universidade de Salamanca e é consultor dos manuais 100% Música da Texto Editora.

ESPAÇO CULTURA AXA ATÉ 9 OUTUBRO 94/FRONTLINE


Arte Transparente | EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL

VALOR ARTÍSTICO NOTÁVEL

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Museu do Prado apresenta a exposição Arte Transparente, uma mostra que propõe uma abordagem para a expressão artística da utilização do cristal de rocha ou do quartzo hialino. Dos 20 trabalhos em vidro esculpido que compõem a mostra, 14 deles pertencem ao conjunto “Treasure of the Dolphin”, que é preservado no Museu do Prado; seis são das coleções dos Médici de Florença e de Luís XIV de França, o avô de Filipe V de Espanha.Todos eles constituem uma coleção excecional, exibida para que os visitantes possam apreciar visualmente o valor artístico de cada peça, numa experiência única que é enriquecida pela colaboração da tecnologia Samsung. Com a intenção de dar a esta arte o reconhecimento que ela merece, é de referir que todas as peças expostas são de grande qualidade e de relevância particular.

MUSEU DO PRADO ATÉ 10 JANEIRO 2016

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MÚSICA

“A MÚSICA

EXPRIME A MAIS ALTA FILOSOFIA NUMA LINGUAGEM QUE A RAZÃO NÃO COMPREENDE”

BUDDY GUY Born to Play Guitar Buddy Guy, o lendário intérprete de blues e vencedor de sete Grammy Awards, está de regresso com novo álbum intitulado Born to Play Guitar. Produzido por Tom Hambridge, o novo trabalho conta com as participações de Kim Wilson,Van Morrison e Joss Stone, entre outros, num total de 14 temas.

ROGER WATERS Amused To Death A edição de 2015 de Amused To Death inclui uma nova remistura em áudio Blu-ray 5.1 Surround com uma nova capa e artwork. Amused To Death fez soar o alarme sobre uma sociedade cada vez mais dominada, de forma irrefletida, pelos seus ecrãs de televisão. Passados 23 anos, Amused To Death fala sobre o nosso presente, de formas que dificilmente poderiam ter sido antecipadas há duas décadas atrás.

Arthur Schopenhauer

DAVID GILMOUR Rattle That Lock Rattle That Lock é o quarto álbum a solo de David Gilmour e surge após o seu disco de 2006, que chegou a n.º 1 em Portugal, intitulado On An Island. Polly Samson, principal letrista do disco, é parceira de composição de longa data de Gilmour. O disco foi coproduzido por David Gilmour e Phil Manzanera, dos Roxy Music. A extraordinária capa de Rattle That Lock esteve a cargo de Dave Stansbie (The Creative Corporation), sob a directoria artística de Aubrey Powell, da empresa de design Hipgnosis. “Rattle That Lock” é também o primeiro single de avanço.

GILBERTO GIL Gilbertos Samba

Depois de percorrer parte do Brasil com o seu novo trabalho, Gilbertos Samba, Gilberto Gil teve o concerto que decorreu no Teatro Municipal de Niterói registado em CD e DVD. O espetáculo apresenta o repertório que passeia por canções que fizeram sucesso na voz de João Gilberto, de autores como Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Caetano Veloso, canções que de alguma forma dialogam com João e com aquilo que ele representa. Inclui ainda sucessos da carreira de Gil, mais “Gilbertos”, nome da canção composta por Gil especialmente para o projeto, e a inédita “Rio, Eu Te Amo”, música da banda sonora do filme homónimo. São oito novas canções que chegam ao projeto ao vivo, tornando-o ainda mais especial.

JOE SATRIANI

Shockwave Supernova

O lendário e virtuoso guitarrista Joe Satriani está de regresso com o seu 15.º álbum de estúdio e primeiro para a Legacy Records. Composto por 15 faixas originais, Shockwave Supernova traz-nos um disco mais conceptual onde Satriani espelha todo o seu virtuosismo em temas intensos e complexos como “A Phase I’m Going Through” ou “Crazy Joe”, mas também em momentos melódicos e mais introspetivos como “Butterfly and Zebra”, “Goodbye Supernova” e “All of My Life”. Uma certeza fica: com Shockwave, gravado nos estúdios Skywalker Sound, Supernova, Satriani volta a proporcionar a todos os seus fãs momentos de absoluto êxtase com um disco sublime. 96/FRONTLINE



AGENDA

BLACK STAR RIDERS 13 de novembro Paradise Garage

RUI VELOSO 6 de novembro MEO Arena O cantor, compositor e guitarrista Rui Veloso vai subir ao palco do MEO Arena, dia 6 de novembro, para um concerto único que tem como objetivo comemorar os 35 anos de carreira do músico português. Rui Veloso irá revisitar, numa noite memorável, os mais importantes temas da sua carreira. “Chico Fininho”, “Não há estrelas no céu”, “A paixão (segundo Nicolau da viola)”, “Jura”, “Porto Covo” e “Nunca me esqueci de ti”, são algumas das canções que cruzam gerações e que se vão poder ouvir neste concerto muito especial. O artista, que se iniciou na música com apenas seis anos de idade, lançou o seu disco de estreia, Ar de Rock, aos 23 anos. Temas como “Chico Fininho”, um dos maiores sucessos da obra de Rui Veloso e do letrista Carlos Tê, foram algumas das razões para este ter sido considerado um dos melhores 50 álbuns portugueses das últimas quatro décadas, pela reconhecida revista de música Blitz.

BELLE AND SEBASTIAN 12 de novembro Coliseu de Lisboa A banda escocesa Belle and Sebastian vai subir ao palco do Coliseu de Lisboa dia 12 de novembro com um concerto em nome próprio. O grupo liderado por Stuart Murdoch irá apresentar o mais recente disco de originais, Girls in Peacetime Want to Dance, editado no passado mês de janeiro. Mestres na composição de canções e considerados por muitos como “a melhor banda indie pop dos últimos anos”, os Belle and Sebastian contam hoje com 19 anos de carreira e uma fiel legião de fãs espalhada pelo mundo. 98/FRONTLINE

Os Black Star Riders vão passar por Lisboa para um concerto único dia 13 de novembro no Paradise Garage. A banda irá apresentar o mais recente álbum, The Killer Instinct, lançado em fevereiro de 2015. Em 2010 Scott Gorham anunciou o regresso dos Thin Lizzy com alguns dos elementos que fizeram parte da banda. Contudo, após um período de digressões entre 2011 e 2012, o grupo anuncia que o disco não seria lançado em nome dos Thin Lizzy e que um novo nome ia surgir. Black Stars Riders, foi assim que se apresentaram aos fãs e lançaram o seu primeiro álbum, All Hell Breaks Loose, em maio de 2013.

CARMINHO 27 de novembro Campo Pequeno O Campo Pequeno vai receber no próximo dia 27 de novembro o fado na sua mais pura essência com um concerto da fadista Carminho. A artista irá subir, em nome próprio pela primeira vez, ao palco desta que é uma das mais prestigiadas salas de espetáculos de Lisboa, para apresentar o seu terceiro álbum de estúdio, Canto.

TIAGO BETTENCOURT 14 de novembro Coliseu de Lisboa Tiago Bettencourt vai subir ao palco do Coliseu de Lisboa no próximo mês de novembro. Autor de várias composições de referência da nova música portuguesa, foi há mais de 10 anos que embarcou naquela que seria a sua primeira aventura em estúdio, com Toranja, marcando para sempre o panorama musical português. O ano de 2015 tem sido dedicado à apresentação ao vivo do mais recente álbum, Do Princípio, em concertos onde não faltarão todos os grandes sucessos da sua carreira.

VODAFONE MEXEFEST 27 e 28 de novembro Avenida da Liberdade O Vodafone Mexefest volta com mais uma edição, depois de no ano passado o festival ter esgotado por completo os palcos da Avenida da Liberdade. Sabendo, como sempre, dar nota distinta aos projetos que inovam, surpreendem e que, nas bocas do mundo alternativo, ocupam os lugares mais altos da competência, o Vodafone Mexefest, durante duas noites, apresentará o melhor da música independente, numa amplitude larga de géneros e ritmos capazes de chegar a todos – e aos mais exigentes.


No meio do mar e em plena tempestade resistem melhor os navios solidamente construídos, com madeiras e cordames de primeira qualidade. Acreditamos que a segurança é mais importante que a rapidez das viagens. A nossa missão é proteger o seu património. É também no compromisso entre pessoas que se constroem os vínculos duradouros e firmes que mantêm a confiança no rumo traçado. Desenvolvemos conceitos de relacionamento baseados no saber antigo, testado pelos séculos de prática bancária. Para nós, a tradição deve ser o que era. Ser é mais importante do que ter. Por isso é mais difícil e mais valioso. Mas ter é um passo fundamental para os melhores. Porque ter comprova que ser vale a pena.

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