Ebook Ecocidadão - Resíduos

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RESíDUOS Iniciativa:

Conceção e desenvolvimento:

O CIEJD enquanto Organismo Intermediário no quadro da Parceria de Gestão estabelecida entre o Governo Português e Comissão Europeia, através da Representação em Portugal.

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Índice O circuito dos resíduos Lixo, não: matéria-prima Poluido-pagador Reduzir O excesso de embalagem Reutilizar Reciclar O vidrão O papelão O rolinhas O oleão O pilhão O ecocentro Compostagem

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A produção de resíduos urbanos em Portugal tem aumentado nas últimas décadas, sempre a uma taxa superior à do desenvolvimento económico (PIB). O objetivo de produzir pelo menos a mesma riqueza com menor utilização de recursos e menos resíduos não foi até agora alcançado. Em 2011, cada português produziu 487 quilos de resíduos urbanos, um pouco menos do que a média europeia de 502 quilos por pessoa, em 2010. Apesar da diminuição face aos valores europeus, os 4894 milhões de toneladas de resíduos produzidos em 2011 no país ultrapassaram em cerca de 126 mil toneladas a meta estabelecida no Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos. Até 2016, o Programa de Prevenção de Resíduos Urbanos 2009-2016 prevê ainda reduzir em dez por cento a capitação média diária, relativamente aos valores de 2007. Embora a evolução do tratamento de resíduos seja, ainda assim, positiva, é evidente que, tendo em conta as metas exigidas por lei, precisamos de passos mais largos do que os registados. Neste Ebook, mostramos como cada cidadão pode, individualmente, contribuir para este propósito.

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O circuito dos resíduos Todos os anos são produzidas quantidades impressionantes de resíduos: por ordem de volume, primeiro estão os agrícolas, depois os produzidos pelas atividades mineiras, os derivados da indústria, os urbanos e em último lugar os derivados da produção de energia. Todas estas toneladas representam também um desperdício enorme de recursos naturais. No que diz respeito aos resíduos urbanos, durante muito tempo estes foram depositados em lixeiras, no mar ou em cursos de água doce, e isto aconteceu mesmo com substâncias tóxicas! Até que se começou a reparar nas graves repercussões destes atos na saúde das pessoas, além dos impactos negativos sobre o meio ambiente.

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SABIAS QUE? Cada português produz oito a dez vezes o seu peso em resíduos por ano (cerca de 487 quilos). Quase tudo é passível de ser reciclado, compostado ou valorizado energeticamente. Separar o plástico, o papel e o vidro reduz em mais de um terço os resíduos enviados para aterro ou incinerados.

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Lixo, não: matéria-prima Os resíduos produzidos diariamente nos lares portugueses são compostos por uma fração maioritária de resíduos orgânicos que podem ser compostados, isto é, submetidos a valorização orgânica com posterior obtenção de composto. Cerca de 38 por cento são materiais recicláveis. Atualmente, já existem alternativas à deposição em aterro para quase todo o tipo de resíduos produzidos, tais como: • a maioria das embalagens: garrafas de plástico, latas de metal, embalagens de cartão para alimentos líquidos, esferovite, papel, cartão, garrafas e frascos de vidro, etc.; • os resíduos verdes e outros resíduos orgânicos; • equipamentos elétricos e eletrónicos: frigoríficos, máquinas de lavar loiça, televisores, computadores, aparelhagens hi-fi, aspiradores, torradeiras, lâmpadas, telemóveis, etc.; • mobiliário e outras madeiras; • resíduos de construção e de demolição; • resíduos perigosos (pilhas e baterias, óleos usados, medicamentos, etc.) ; • rolhas de cortiça; • cápsulas de café; • tinteiros e tonners.

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SABIAS QUE? Mais de metade dos resíduos urbanos produzidos em Portugal (cerca de 2620 milhões de toneladas) são biodegradáveis. Contudo, apenas dez por cento são tratados por valorização orgânica e seis por cento são reciclados (papel e cartão).

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Poluidor-pagador Além dos resíduos biodegradáveis, os camiões do lixo indiferenciado só deveriam conter aqueles resíduos que ainda não têm soluções específicas de reciclagem: fraldas usadas, cassetes, CD e DVD, tachos, panelas, talheres, pratos, copos e chávenas, janelas e espelhos, papel e cartão com gordura, papel de cozinha, guardanapos e lenços de papel sujos, entre outros. Contudo, esta não é ainda a realidade, e poderíamos comprová-lo se tivéssemos acesso à maioria dos sacos de lixo que vemos depositados nos contentores existentes na via pública. Na verdade, há muitos materiais que não são separados seletivamente pelo consumidor com vista à reciclagem ou à compostagem. É sabido que o melhor resíduo é aquele que não se produz. De facto, de cada vez que colocamos resíduos no lixo estamos a lançar um boomerang: a sua eliminação pode ser responsável por emissões perigosas, sobretudo se não for tratado convenientemente, o seu transporte para os locais de tratamento ou reciclagem significa emissões de gases com efeito de estufa, e a própria reciclagem obriga a gastos energéticos e de água consideráveis, além de inevitáveis emissões gasosas ou de líquidos. Por fim, todos estes custos acabam por ser, direta ou indiretamente, pagos pela saúde e pela carteira dos consumidores. É a isto que se chama o princípio do ˝poluidor-pagador˝ na sua aceção mais simples.

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Reduzir Deitar fora sai caro, para o ambiente e para o consumidor. Por isso, porquê escolher produtos de usar e deitar fora se existem equivalentes em versão duradoura? Porquê consumir de forma exagerada quando pode consumir de forma criteriosa? Por outras palavras, para quê desperdiçar quando pode perfeitamente poupar dinheiro contribuindo, sem esforço, para o desenvolvimento sustentável do planeta? Na verdade, à partida, aumentar o tempo de vida de um bem significa evitar gastos de recursos para o fabrico de outro de substituição. É preciso, assim, evitar os produtos com um tempo de vida curto, sempre que existirem alternativas mais duradouras. Aliás, os que duram mais tempo acabam, muitas vezes, por se revelar mais baratos a longo prazo. Vejamos alguns exemplos: • Usar o rolo de papel de cozinha apenas para absorver sujidade que custaria muito a limpar, como é caso das gorduras. • Não usar máquinas de barbear descartáveis. Aquelas em que se substitui simplesmente a lâmina são igualmente práticas. • Não usar toalhas de papel para as refeições. Além do mais, outros materiais, como o tecido, ornamentam bem melhor a mesa, mesmo em lanches ou festas de aniversário. • Não utilizar pratos e copos descartáveis (de cartão, plástico, etc.). Optar por loiça inquebrável e reutilizável. Para as merendas fora de casa, usar caixas de plástico em vez de sacos de plástico ou folhas de alumínio.

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Os frascos de doces e compotas, de maionese, de legumes em conserva, etc., podem ser reutilizados para arrumar pequenos objetos, como pregos e parafusos, botões ou clipes. Um balde partido pode ser enterrado no jardim, para aí semear plantas que cresçam facilmente (salsa, por exemplo. Uma velha câmara de ar de bicicleta furada pode ser cortada em tiras e usada para segurar os ramos de uma árvore recentemente plantada.

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SABIAS QUE? Os sacos reutilizáveis (de pano, lona ou plástico reforçado, por exemplo) são a opção mais ecológica para transportar as compras, pois são muito duráveis. Se recorrermos aos tradicionais sacos de plástico, devemos usálos o maior número de vezes possível. Em fim de vida, não devem ser encarados encare como um resíduo sem valor mas como ponto de partida para fabricar novos produtos. Devemos portanto colocá-los no ecoponto amarelo (embalão).

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O excesso de embalagem A embalagem tem um papel vital ao proteger e preservar o seu conteúdo, por exemplo, os alimentos. Mas a sua utilidade acaba aí. Depois, é mais um resíduo a tratar. Excesso de embalagem e vários tipos de material por embalagem são, infelizmente, muito comuns. Além de dificultarem a separação e a reciclagem de resíduos, consomem muitas matérias-prima. Como reduzir? • Em igualdade de circunstâncias, preferir os artigos embrulhados num só tipo de material. • Verifique se existem recargas para os sabonetes líquidos e outros produtos de limpeza. • Comprar em maiores quantidades somente os alimentos com prazo de validade mais longo. • Escolher porções normais em vez de doses demasiado pequenas. • Deixar na loja as embalagens supérfluas. Se o fabricante decide usá-las e se o consumidor considerar que não precisa delas, a sua renúncia constitui um sinal evidente de que não concorda.

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SABIAS QUE? O preço da embalagem representa cerca de 20 por cento do preço do produto, ou mais, se pensarmos nos cosméticos e em produtos de luxo. Na verdade, o consumidor paga a produção, o transporte e a eliminação da embalagem.

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IDEIA PARA POUPAR E PARTILHAR! Usa pilhas somente quando forem de necessidade absoluta. Se precisares mesmo delas, opta por modelos recarregáveis, sobretudo indicados para brinquedos, leitores portáteis de música, etc. As pilhas recarregáveis podem ser reutilizadas até mil vezes! Desta forma, estarás também a dividir por mil a quantidade de pilhas a produzir e a tratar após a utilização.

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Reutilizar Cabe ao cidadão pensar sistematicamente se aquela coisa que está a pensar deitar fora não poderá ser usada novamente com este ou aquele fim – o que, por vezes, requer alguma criatividade. Assim, antes de deitarmos ao lixo algo que possa ser usado novamente, devemos pensar duas vezes. Por outro lado, roupa e calçado, malas e mochilas, móveis, eletrodomésticos, material de informática (impressoras, monitores), brinquedos, livros, CD, loiça, bicicletas, corta-relvas, etc. serão seguramente bemvindos a muitas pessoas ou instituições, particularmente se estiverem em bom estado. O material escolar e a roupa podem passar de uns irmãos para os outros, o papel da impressora pode ser usado também no verso e os tinteiros podem ser recarregados! Ao dar-mos uso a um artigo que, de outro modo, não iria ter mais utilidade, acabamos por prescindir de um novo e, assim, estamos a contribuir para reduzir o consumo de matéria-prima necessária ao fabrico dos bens de consumo.

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IDEIA PARA POUPAR E PARTILHAR! Em casa ou na escola, imprime dos dois lados da folha ou, se tal não for possível, recorre ao verso, por exemplo, para apontamentos. Este comportamento permite poupar metade do papel que utilizarias e limita também a metade a emissão de poluentes.

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Reciclar A quantidade anual de resíduos domésticos não pára de aumentar. Uma família média (um casal com dois filhos, por exemplo) é responsável por duas toneladas de resíduos por ano! Ora, metade destes resíduos pode ser reciclada! Mas, para tal, é preciso que sejam entregues ou depositados no local certo e que não “escapem” para o lixo indiferenciado. Felizmente, a reciclagem tem entrado cada vez mais nos hábitos das populações, e o número de cidadãos empenhados na triagem tem aumentado. Para que possam ser valorizados ou corretamente eliminados, é preciso que separemos corretamente os resíduos que produzimos. Os serviços de recolha seletiva permitem que muitos materiais que entram na composição dos resíduos possam regressar ao ciclo de produção de produtos novos.

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IDEIA PARA POUPAR E PARTILHAR! Não laves as embalagens antes de as colocares no ecoponto. Escorre bem o conteúdo, mas não gastes água para lavar lixo!

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SABIAS QUE? Os veículos de recolha de resíduos têm muitas vezes o interior bipartido ou tripartido, mas, lá dentro, o lixo não se mistura. Daí que muitas vezes se vejam camiões a recolher dois ou três tipos de resíduos, mas que permanecem separados até ao tratamento final ou até serem reciclados

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O vidrão O vidro depositado no ecoponto verde (ou vidrão) é recolhido e encaminhado para um local de armazenamento temporário, sendo posteriormente entregue a entidades que fazem uma triagem adicional. O vidro é cem por cento reciclável: um quilo de vidro recolhido pode transformar-se num quilo de novos materiais. Além de poupar o uso de recursos naturais, este processo envolve menor consumo de energia e menores emissões de gases poluentes do que a produção de vidro novo. Podemos depositar no vidrão todo o tipo embalagens de vidro (garrafas, frascos, garrafões, boiões) para água, vinho, cerveja, sumo, néctar e refrigerante, azeite, vinagre, molhos, produtos de conserva, mel e compota, leite e iogurte. NÃO depositar: • pratos, copos, chávenas e jarras de material cerâmico; • azulejos, tijolos, pedra brita ou da calçada, materiais de construção, etc.; • vidro farmacêutico, proveniente de hospitais e laboratórios de análises clínicas; • vidros planos de janelas, vidraças e para-brisas, etc.; • vidros armados, de ecrãs de televisão, lâmpadas, espelhos, pirex, cristais, vidros corados, cerâmicos, opacos, não transparentes; • embalagens de cosmética e perfumes; • tampas e rolhas das embalagens de vidro.

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O papelão Depois de depositados no ecoponto azul (ou papelão) ou ainda no saco específico para a recolha porta a porta de resíduos recicláveis, o papel e o cartão são enviados para locais de armazenamento temporário, onde são enfardados e encaminhados para uma primeira triagem. Aí, os agrafos, os clipes, os cordéis e outros contaminantes do processo de reciclagem são removidos, dando origem a lotes de papel com maior potencial de reciclagem. Segue-se a venda aos recicladores, que utilizam as fibras de celulose existentes no papel usado. Podemos depositar no ecoponto azul jornais e revistas, papel de escrita, listas telefónicas, cadernos e livros, caixas de ovos (limpas), embalagens de cartão liso, compacto e canelado (como as de cereais e os invólucros), embalagens de papel e papel de embalagem (sacos e papel de embrulho). NÃO depositar: • papéis metalizados e plastificados ou sujeitos a tratamento especial (lustro, celofane, vegetal, químico, autocolante, alumínio e fax); • embalagens de resíduos orgânicos ou gorduras (papel de cozinha, guardanapos, lenços de papel, loiça de papel, toalhetes e fraldas, pacotes de batatas fritas e de aperitivos); • embalagens de resíduos tóxicos e perigosos.

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O embalão A produção de materiais plásticos constitui quatro por cento do total de petróleo e gás consumido na Europa. Estima-se que, para obter um quilo de plástico, sejam necessários dois quilos de petróleo. De todas as formas de tratamento de resíduos de plástico, a reciclagem é a componente com maior potencial de redução de emissões de dióxido de carbono: 0,41 toneladas de dióxido de carbono equivalente por tonelada reciclada. É no ecoponto amarelo (ou embalão) que devem ser depositadas as embalagens de plástico e de metal. Depois de recolhidas, são encaminhadas para centros de triagem, onde se separam e enfardam os diferentes tipos e de metal. Posteriormente, os fardos com os diferentes tipos de plástico são enviados aos recicladores, que os transformam em granulado apto para produzir novos produtos. O plástico reciclado pode ser usado no fabrico de têxteis, de sinais de trânsito, mobiliário de jardim ou para as vias públicas, de canalizações, caixas, componentes de carros, vedações, etc. Ao usarmos produtos feitos com plástico reciclado, estamos assim a contribuir para uma redução do nível total de emissões de gases com efeito de estufa e do consumo de petróleo.

Já o metal que segue para reciclagem é fundido com vista à obtenção de novos lingotes, que são transformados em chapas de composições diferentes. O aço e o alumínio são materiais cem por cento recicláveis, repetidamente, e sem perderem qualidade.

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SABIAS QUE? • • • •

Com cinco garrafas de água faz-se uma T-shirt; Com 25 garrafas, uma camisola polar; O forro de um anoraque pode ser fabricado com fibras de garrafas de água; Com 35 garrafas, obtém-se a quantidade suficiente de fibras para o recheio de um saco-cama.

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ATENÇÃO! É importante espalmar as embalagens vazias. As embalagens não espalmadas deixam menos espaço para os resíduos a depositar pelos outros munícipes e tornam o sistema de recolha pouco eficiente.

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Podemos colocar no ecoponto amarelo: • garrafas e garrafões para água, sumo, néctar, óleo alimentar, refrigerante, vinagre, detergente ou produtos de higiene; • filmes e sacos de plástico; • esferovite; • pacotes de massa e arroz, plástico que envolve os pacotes de leite; • embalagens de cartão para alimentos líquidos (ECAL), do tipo Tetra Pak, como pacotes de sumo e leite. • embalagens de margarina, manteiga ou banha; • sacos de ráfia (para transporte de batatas e cebolas); • embalagens de iogurte líquido e sólido; • cabides de plástico; • caixas de plástico para alimentos; • latas de conserva de alimentos e bebidas; • embalagens take-away de alumínio; • sprays vazios; • sacos metalizados de batatas fritas e bolachas; • cápsulas de café, caso não tenha possibilidade de as entregar nos locais específicos para a sua recolha seletiva; • cassetes, CD e DVD, pois poderão ser armazenados até existir uma entidade que os receba para tratamento adequado. NÃO depositar: • embalagens de plástico de produtos tóxicos ou perigosos (exemplo: combustíveis e óleo de motor); • eletrodomésticos; • pilhas e baterias; • outros objetos de metal que não sejam embalagens, como tachos e panelas, talheres e ferramentas, etc.

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O rolhinhas As rolhas de cortiça podem ser recicladas se devidamente depositadas no rolhinhas. Estes depósitos surgiram no âmbito do programa de reciclagem de rolhas de cortiça Green Cork, desenvolvido com o propósito de reaproveitar este material para outros fins, como a produção de material isolante, por exemplo.

O oleão O óleo alimentar usado deve ser depositado em pontos de recolha designados por “oleões”. Estes contentores encontram-se na via pública, em ecocentros, em grandes superfícies comerciais, supermercados, restaurantes, escolas e juntas de freguesia. Depois de recolhido por entidades devidamente licenciadas, o óleo usado é filtrado, decantado e entregue a empresas que o valorizam, transformando-o em biodiesel ou em sabão. É importante não misturar o óleo alimentar com outros óleos e nunca despejá-lo no sistema de saneamento. Uma pequena gota de óleo contamina cerca de mil litros de água! Mesmo que se garanta o tratamento das águas residuais, este fica seriamente comprometido.

O pilhão As pilhas contêm produtos nocivos e requerem um tratamento específico no fim de vida. As que são depositadas no caixote do lixo ou acabam no meio dos outros resíduos por negligência poluem o ar, os solos e os cursos de água. Devemos guardar as pilhas em fim de vida num recipiente de plástico ou de cartão e, quando cheio, colocá-las no pilhão.

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O ecocentro Os ecocentros recolhem uma grande variedade de resíduos para posterior valorização. Podemos entregar no ecocentro das nossa área: • pequenos e grandes eletrodomésticos e outros aparelhos elétricos e eletrónicos; • ferramentas de plástico ou de metal danificadas; • resíduos verdes. Pode também combinar com a autarquia a recolha; • pequenos entulhos. Pode também combinar com a autarquia (o serviço é gratuito para quantidades até um metro cúbico); • óleos minerais; • madeiras e móveis, monos (sofás velhos ou outros). Pode também solicitar a recolha junto da autarquia. Nunca se devem abandonar eletrodomésticos na via pública. Se estiverem em bom estado, devemos entregálos a uma instituição de solidariedade. Se não, o correto será depositá-los no ecocentro.

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Compostagem Dos resíduos que produzimos diariamente, 43 por cento são materiais orgânicos. Ora, colocar estes resíduos em aterros contribui para o rápido esgotamento da capacidade destes espaços, além de que os aterros podem ser uma fonte de contaminação dos solos e das águas subterrâneas e emitem gases com efeito de estufa. A compostagem caseira, que permite reaproveitar os resíduos biodegradáveis para a produção de fertilizante, pode ser um importante contributo por parte do cidadão, caso tenha condições para o fazer (por exemplo, em zonas rurais ou em hortas urbanas). Existe também uma vantagem para a carteira: a compostagem permite gastar menos na compra de sacos do lixo. Como proceder? • Para fazer composto, pode-se recorrer a: - resíduos verdes, como cascas e restos de fruta e legumes, restos de pão e de legumes cozidos, (saquetas de) chá, borras de café (mesmo com o filtro), cascas de ovos trituradas, resíduos de jardim (flores secas, ervas daninhas sem as sementes), relva cortada (em pequena quantidade); - resíduos castanhos, como ramagens e resíduos resultantes de cortes de podas, folhas secas, palha, serradura e lascas de madeira não tratadas e cortadas em pequenos pedaços. • O composto deve ser diretamente disposto sobre o solo, para facilitar a decomposição por contacto com organismos (insetos, vermes, fungos, etc.).

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O composto deve ter uma certa humidade, mas não excessiva. Quando se comprime o composto nas mãos, deve sentir-se uma certa humidade, mas não pode escorrer líquido. Se isso acontecer, devem ser adicionados resíduos secos (folhas secas, ramos triturados, lascas de madeira, palha, etc.). Se estiver demasiado seco, podemos regá-lo. Para isso, é importante respeitar um certo equilíbrio entre resíduos verdes (húmidos e ricos em azoto) e castanhos (secos e ricos em carbono). Caso recuperemos a relva cortada do jardim, mais vale adicionar pequenas quantidades de cada vez no composto, tendo o cuidado de a misturar com as matérias castanhas. Poderemos, eventualmente, deixar secar a relva primeiro. Nunca deitar todas as aparas de relva de uma só vez no composto. No caso de resíduos volumosos (resultantes da poda), devemos reduzi-los primeiro em pequenos pedaços de um ou dois centímetros. A decomposição dos ingredientes dura cerca de seis meses, em média. O composto terá o belo aspeto da terra castanha. Deve peneirar-se o composto (com uma rede com furos de cerca de um centímetro) para eliminar os pedaços maiores (como ramos). Estes podem servir para iniciar a ração seguinte ou acelerar a sua decomposição.

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ATENÇÃO! Não utilizar restos de pão, de carne, de peixe e produtos no composto. São muito atrativos para os ratos e outros pequenos animais nocivos. Os excrementos dos cães e dos gatos (e também a areia do gato) podem também conter germes patogénicos. O mesmo é válido para plantas contaminadas com doenças. Além disso, a madeira tratada, as cinzas e o papel impresso podem conter substâncias tóxicas, independentemente daquilo que foi queimado e da tinta utilizada. O conteúdo dos sacos do aspirador também não deve ser usado. A casca de limão, por sua vez, não se decompõe facilmente e é, muitas vezes, tratada com pesticidas.

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Onde compostar? Em silos, caixas ou em pilha? Independentemente da solução escolhida, é importante reservar um local para armazenar matérias secas, para depois ir introduzindo, progressivamente, no composto. • Nos pequenos jardins, os caixotes para compostagem são simultaneamente mais práticos e têm uma aparência mais agradável. • Num jardim de tamanho médio, uma caixa com vários compartimentos (eventualmente construída com paletes de madeira) acaba por ser a solução mais prática. Começa-se por colocar as matérias orgânicas no primeiro compartimento. Uma vez cheio, remexe-se o conteúdo no segundo compartimento. O terceiro pode servir para armazenar as matérias secas, que incorporará aos poucos nas matérias frescas. Este procedimento pode também ser usado nos silos feitos de rede, de preferência revestidos com um plástico preto perfurado.

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Faz a tua cena e concorre. Podes ganhar uma viagem a COPENHAGA, a Capital Verde da Europa!

CONTEÚDOS ADAPTADOS DA PUBLICAÇÃO: CONSUMO ECOLÓGICO Poupar o ambiente e a carteira © 2013 DECO PROTESTE, Editores, Lda.

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