1ª Edição - Jornal Descubra Minas

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UEMG Divinópolis – Curso de Jornalismo - Jornal produzido pelo 2º período - Ano 1 – nº 1 -

2º semestre de 2016

Esporte em destaque

Arena Olímpica em São Sebastião do Paraíso/Reprodução.

São Sebastião do Paraíso, João Monlevade e Contagem: investimento em infraestrutura e incentivo a competições fazem com que cidades se diferenciem no cenário esportivo.p. 3 e 4

Economia

Meio ambiente

Conselheiro Lafaiete e Divinópolis: a situação econômica em cidades mineiras. p. 6 e 7.

Eucaliptos avançam no cerrado mineiro. p. 5. Kelvin William

Educação

Carlos Eduardo Maia

Sáude

João Rodrigues

Cultura Cineasta divinopolitano produz curta-metragem, com criatividade e baixo investimento. p.10.

Google Imagens

Divinóplis e Nova Serrana: iniciativas, probleCássia Xavier mas, soluções – olhares sobre como é - ou pode- Pitangui: prática de atividades físicas promove a meria ser - o ensino. p. 8 e 9 lhoria da saúde e da qualidade de vida. p.2.

Divulgação


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Bem viver

Editorial

Os benefícios da atividade física para a melhor idade ...Cássia Xavier

Cássia Xavier

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nome deste jornal não é por acaso. Descubra Minas foi proposto pela turma do 2º período de Jornalismo da UEMG - unidade Divinópolis exatamente porque a publicação objetiva descobrir Minas Gerais por meio das vários olhares e vozes que podem tecê-lo nas narrativas que aqui se apresentam. Como a turma é composta por estudantes de várias regiões do estado e do Brasil, foi possível propor e elaborar reportagens que trouxessem um pouco das diversas realidades mineiras para as páginas do primeiro jornal produzido por toda a turma, na graduação. A atividade, desenvolvida e orientada na disciplina de Design de Jornalismo, abrangeu desde a elaboração da pauta, produção das matérias e edição, até o projeto gráfico e editoração eletrônica. A proposta é que os estudantes pudessem vivenciar todo o processo produtivo de um jornal e, assim, conseguissem elaborar uma publicação conhecendo todo o processo, do início ao fim. Os assuntos pautados giram em torno de saúde, esporte, meio ambiente, economia, educação e cultura e discutem realidades de diversas cidades mineiras, entre elas Divinópolis, Nova Serrana, Pitangui, João Monlevade, Contagem, São Sebastião do Paraíso e Conselheiro Lafaiete. Mas, as reflexões que cada matéria desperta podem surgir em quaisquer outras localidades. Afinal, o incentivo à prática de atividades físicas, os problemas ambientais e educacionais, as questões econômicas e socioculturais são assuntos comuns a muitas realidades e fazem parte do nosso cotidiano. Assim, saber olhar para tais fatos e, com eles, tecer histórias é também uma aprendizagem... aprendizagem essa que o jornalista pratica todos os dias e que se renova a cada edição de um jornal.

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á 11 anos, a Secretaria Municipal de Saúde de Pitangui criou o projeto “Viver Melhor” com o objetivo de proporcionar bem estar às pessoas da terceira idade por meio de atividades físicas. Urdilei Silva é professor de Educação Física e ministra aulas de musculação pelo projeto. As atividades são realizadas em quadras esportivas e praças de cada bairro da cidade e são feitas em grupos, o que estimula o convívio social. A atividade física proporciona uma série de benefícios para os idosos, entre elas, o combate à depressão e ao mal-estar, e, ainda, cria uma nova rotina. Segundo Silva, “quando o idoso sente o mal- estar psicológico e físico, e procura atividade, tende a melhorar; melhora o quadro psicológico. A melhora física vem e a pessoa sente-se melhor.

São muitos os relatos que as pessoas contam, de como a atividade física as beneficiou. Isso é muito gratificante’’. A aposentada Delía Araújo, completa: “É muito bom fazer atividade física. Aqui temos um grupo de parceria, no qual interagimos, compartilhamos alegrias. Com certeza, levo esta energia de bem-estar para o meu dia a dia.” O professor relata que atividade física feita correta e regularmente é um importante agente a favor do fortalecimento muscular, do combate a osteoporose, do controle da hipertensão arterial diabetes, além de contribuir com a memória. “Trabalho tentando priorizar o fortalecimento muscular, mas sempre fazendo atividades que trabalham a função cognitiva, para estimula-los a memorizar’’, explica o professor.

Um dos vários relatos sobre os benefícios da atividade física foi da aposentada Aparecida Ribeiro. “Eu acho ótimo a atividade física. No começo, eu pensava que poderia não ser capaz de fazer a atividade, mas hoje sou outra pessoa. Minha saúde melhorou 100%’’, avalia. Silva destaca o lamentável erro das pessoas pensarem que o idoso é frágil como “uma bonequinha de porcelana”. “Isso é um paradigma que deve ser quebrado”, disse. “Estava presente em um seminário no qual havia estudos sobre os benefícios dos exercícios de força e um dos casos apresentados foi o de uma mulher de 65 anos com osteoporose reverteu seu quadro fazendo musculação”, contou. A atividadade física é, pois, um caminho para a vida saudável que pode ser percorrido em qualquer idade. Cássia Xavier

Daniela Couto, professora da disciplina de Design de Jornalismo

Expediente Jornal Descubra Minas – ano 1 – nº 1 – 2º semestre de 2016 – Realização: 2º período de Jornalismo da UEMG - unidade Divinópolis – Disciplina: Design de Jornalismo – Cabeçalho: Thaís Simão - 2º período de Jornalismo – Fechamento da edição: outubro de 2016 – Jornalista, professora responsável e arte-finalista: Daniela Couto (MG9.994JP).

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Estrutura e competições colocam cidade mineira no mapa esportivo brasileiro Município do interior entra na rota de atletas e treinadores de alto nível ...Diego Souza Arena Olímpica/Reprodução.

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ma estrutura com capacidade para receber 4.000 pessoas. Essa é a Arena Olímpica João Mambrini, em São Sebastião do Paraíso, cidade com aproximadamente 70.000 habitantes segundo estimativa populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Sudoeste de Minas. Inaugurada em 2010, após duas décadas de obras, a Arena projeta a cidade para o mundo. Palco de duas finais da Liga Futsal (2012 e

2013), Copa América de Basquete Sub-18 (2012) e núcleo de formação de base da Confederação Brasileira de Basketball, as competições movimentam a economia da cidade. Em 2012, a final inédita da Liga Nacional entre Corinthians X Intelli/Orlândia foi assistida por 26 milhões de pessoas em mais de 140 países, através dos canais SporTV e Globo Internacional. O secretário de esportes, Tomás Martins, ressalta a

importância da Arena para o município, que serve como espelho para as novas gerações. “O legado é o espelho que os grandes eventos trazem. O jovem vê atletas de alto nível e se espelha, começando a gostar de esportes” afirmou. No último ano, o Ginásio acabou interditado por determinação do Ministério Público e teve sua capacidade reduzida para 50%. No entanto, as obras de acessibilidade foram

concluídas e o projeto de incêndio aprovado pelo Corpo de Bombeiros. Com isso, o local está apto para receber grandes eventos esportivos. A agenda está lotada neste ano. Todos os jogos da Intelli/Orlândia pela Liga Futsal estão sendo realizados em São Sebastião do Paraíso. Além disso, a Liga de Desenvolvimento de Basquete (LDB) escolheu a cidade como sede da chave B. O torneio foi realizado durante o mês de setembro.

JEMG é sensação esportiva em João Monlevade

Maior competição esportiva de Minas Gerais faz sucesso pela terceira vez seguida ...Luciano Vidal Tiago Ciccarini/Reprodução.

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idade conhecida por ser muito receptiva, João Monlevade recebeu pela terceira vez seguida os Jogos Estudantis de Minas Gerais (JEMG), e foi um sucesso. Contando com a participação de 160 mil alunos, distribuidos em 27 modalidades, o torneio é considerado o maior de Minas Gerais incluindo escolas. A cidade foi escolhida por viver o clima esportivo acentuado em eventos como esse. Jovens e adultos vão aos locais das provas prestigiar os atletas, causando grande impacto na relação cultural do monlevadense com o esporte. Os jogos foram um sucesso! Realizados entre os dias 1 e 7 de agosto, contaram com a par-

ticipação do prefeito local Teófilo Torres na inauguração que definiu o evento como “divisor de águas para um mundo melhor”. O JEMG é o maior e o mais importante programa esportivo-social de Minas Gerais. Podem participar da competição as escolas públicas e particulares com alunos-atletas do Ensino Fundamental e Médio dos 853 municípios mineiros. Os Jogos acontecem em quatro etapas (municipal, microrregional, regional e estadual), em dois módulos: módulo I, com alunos de 12 a 14 anos (nascidos em 2004, 2003 e 2002); e módulo II, do qual participam estudantes de 15 a 17 anos (nascidos em 2001, 2000 e 1999).

Atleta da natação, João Vitor Pereira, 19 anos, ganhou ouro nos 100 metros livres, e garantiu vaga para os Jogos da Juventude. Sobre o evento, João disse: “É um prazer enorme estar novamente na cidade. O clima é muito bacana, e o envolvimento do público conosco é sensacional. Estou muito feliz, pelo ouro e o melhor tempo da minha vida.” O prodígio nadador fez o tempo de 59:02s, a onze segundos do recorde mundial júnior. Os campeões do JEMG representam Minas Gerais nos Jogos Escolares da Juventude e Paralimpíadas Escolares, etapas nacionais. O Secretário do Esporte da cidade sede,

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Douglas Oliveira, disse o que pensa a respeito do evento: “É uma grande satisfação receber pela terceira vez consecutiva o JEMG na nossa cidade. Se estamos sediando novamente, é sinal que fizemos a organização bacana nos anteriores, e fico muito satisfeito por isso. O esporte é primordial para uma sociedade com menos disparidades sociais, e por isso tenho em mente que estou dando uma ajuda para cada um dos atletas envolvidos na competição.” O JEMG contou com cerca de cinco mil visitas diárias aos locais de competição, recorde para o evento, mostrando que o povo local realmente respira esporte.

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A receita do sucesso: Sada/Cruzeiro é hoje referência no vôlei mundial ...Guilherme Azevedo Fotos: Divulgação/Reprodução.

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eferência de sucesso e um dos melhores times do mundo no vôlei, o SADA/Cruzeiro tem colocado hoje Contagem nos holofotes do mundo. O ginásio onde a equipe manda seus jogos, no bairro Riacho, tem capacidade para oito mil pessoas e é movido pela paixão dos cruzeirenses que acompanham o time celeste na modalidade. O time conta com alguns dos melhores jogadores do mundo, como os cubanos Simon e Leal, o levantador campeão olímpico pelo Brasil Willian entre outros inúmeros jogadores de talento.

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Campeão do mundo, duas vezes, o time celeste conta com um aproveitamento espantoso. Em um total de 27 campeonatos jogados desde 2010, o clube chegou em 25 finais e conquistou incríveis 21 títulos. A fórmula do sucesso é, além de manter a base, apostar na base. Nomes revelados pela raposa como os jovens Alan, Fernando Cachopa, Éder Levi, Pedrão e Vanderson estão no plantel principal desta temporada. Brendon Washington, levantador das categorias de base, da uma ideia de como o time celeste man-

tem o sucesso mesmo após anos no mais alto nível. ‘’O clube, apostando sempre em nomes conhecidos e que já ganharam tudo mesclando com a base consegue motivar os jogadores a sempre buscar mais e passar experiência aos mais novos. Willian está sempre observando os treinos e dando dicas, o Marcelo (Mendez, técnico do time celeste) também chama a gente pra treinar como sparing, isso acrescenta muito pra todos.’’ O jogador de 19 anos conta ainda que a estrutura que o time tem

é das melhores possíveis e desde a parceria com o Cruzeiro, houve um crescimento estrondoso de torcedores no ginásio. ‘’Estou treinando aqui desde 2011, o time começou a fazer sucesso em 2010, deu pra assistir o início de tudo de dentro. A torcida comprou o time, mesmo em um esporte que mesmo tendo um público muito bom, não é o principal do Brasil e poucos clubes mantem um time de Vôlei e Futebol. Essa parceria fez nossa casa no Riacho encher e o bairro gira em torno de nós agora”.

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Eucaliptos dominam Centro-Oeste mineiro Fazendeiros investem nas plantações e outros tipos de cultivo perdem espaço ...João Victor da Silva

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oi no início de 2015 que agricultores, em especial dos municípios de Divinópolis e Itapecerica, decidiram investir no cultivo de eucalipto na região Centro-Oeste de Minas. No início, a ideia era garantir rotatividade de culturas e ter foco na preservação ambiental, além de gerar reservas do cultivo, pois o eucalipto não possui uma data certa para ser comercializado. Para o diretor da empresa Madeiras Mata Verde, Luiz Norberto Morais, apesar dos fatores econômicos e da diversificação de cultivos na região, bem como do clima propício para as plantações e da fácil comercialização do eucalipto, o cenário econômico atual não contribui para as plantações da commodity. “Estamos passando por tempos não tão favoráveis ao cultivo de eucalipto”, observa. Em respeito a esse fato, o diretor conta que quando o excesso de oferta baixar, a comercialização do eucalipto ficará mais interessante. O eucalipto tem como principais destinos o carvão, a lenha e a madei-

Kelvin William

ra para construção. Segundo Morais, as plantações não afetam ou causam dano ao solo onde são plantadas, e que o desmatamento provocado por seu cultivo é o mesmo de qualquer outra atividade agrária. Nesse caso, o eucalipto conta como substituto de madeira nativa da região. Já para o educador ambiental Ri-

cardo Luis de Oliveira, o eucalipto, por ser uma monocultura, tem tem a fama de causar o ressecamento do solo devido a sua grande transpiração. Ele cita que uma medida alternativa a esse cultivo seria o mogno africano, porém, o mogno demora mais tempo para o amadurecimento. Oliveira observa também que

Queimadas em Divinópolis preocupam e provocam problemas respiratórios ...Júlia Sbampato

rios como bronquite, sinusite e asma triplicaram desde o começo do ano e, ao que tudo indica, além do tempo seco, um dos principais fatores causadores desses problemas são as queimadas frequentes.

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número de queimadas aumentou significativamente desde o início do inverno na cidade de Divinópolis. A baixa umidade do ar devido à falta de chuvas é um fator que colabora para a prática de queimadas em lotes vagos e vegetações na cidade. Bairros como Jusa Fonseca, Nossa Senhora das Graças e Manoel Valinhas são uns dos que mais recebem queixas no Corpo de Bombeiros com fumaça todos os dias. Segundo dados do Corpo de Bombeiros, só em julho foram registrados 209 pontos de queimadas, que equivalem a mais da metade registrada desde o início do ano, contabilizando 405 queimadas. Na maioria dos casos, a população ateia fogo em lotes para fazer a limpeza, mas acabam perdendo o controle do fogo, que costuma se alastrar rapidamente. Problemas na saúde A moradora do bairro Manoel Valinhas, Luzia Fonseca, reclama da falta de respeito com as pessoas que vivem perto de lugares que sofrem com as queimadas. “Moro

ao lado de um pasto aberto e colocam fogo nele todos os dias. Como passam pessoas nele o dia inteiro, é complicado descobrir quem foi, mas tenho certeza de que quem faz esse tipo de coisa, é de má fé.” A moradora diz ainda que possui três filhas em casa e um neto, que tiveram que ir no hospital mais de três vezes no mês devido a problemas respiratórios. Recepcionista em um hospital de Divinópolis, Gabriela conta que a procura por consultas médicas de pessoas com problemas respirató-

Medidas preventivas e multas A prefeitura de Divinópolis é quem realiza a fiscalização. De acordo com o Código de Posturas do Município que propõe, a partir da Lei 6.907, de 2008, os lotes deverão receber a capina com periodicidade de até quatro meses por contra do proprietário e que é terminantemente proibida a utilização de queimadas nesse processo. Em caso de infração, o sujeito poderá, a partir do Código, receber multa de R$571 a R$11.980 pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente (CODEMA) de acordo com a gravidade do incêndio. A multa será aplicada caso o autor seja identificado e denunciado com nome completo e endereço. Em caso de não identificação, o proprietário do lote é notificado e tem 15 dias para realizar a limpeza do local, podendo ainda estar sujeito a multa caso não cumpra a notificação.

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o cultivo de eucalipto é benéfico economicamente na região devido ao número de indústrias siderúrgicas presentes nessa área, pois evita a degradação de áreas de cerrado, porém, o grande número de plantações não deixa espaço para outras formas de cultivo, como milho, arroz e soja. Ele observa que é mais proveitoso cultivar a commodity em áreas já degradadas para evitar, incluvise, o desmatamento de vegetação nativa. O educador ainda afirma que diminuir a quantidade do cultivo de eucalipto na região é “uma faca de dois gumes”, pois as indústrias siderúrgicas precisariam encontrar formas alternativas de adquirir carvão que não fosse proveniente do eucalipto. De toda forma, torna-se necessário encontrar o equilíbrio entre fatores econômicos e preservação ambiental, o que passa, também, por uma conscientização sobre a importância do meio ambiente para a melhoria da qualidade de vida.

Coleta Seletiva X Conscientização ...Maira Lima Em Divinópolis, a Coleta seletiva está presente em cerca de 70% dos bairros. A coleta seletiva começou em novembro de 2011. A Associação de Catadores de Divinópolis (ASCADI) atua na cidade e alerta sobre o desconhecimento da população em relação ao descarte do lixo reciclável ou não. O recolhimento do material reciclável acontece duas vezes por semana, geralmente um dia após o recolhimento do lixo úmido. A psicóloga ambiental Hélcia Viriato é uma das fundadoras da ONG Lixo e Cidadania, criada há 15 anos em Divinópolis. Hélcia conscientiza seus vizinhos e outras regiões da cidade. A maior preocupação é que entre as 150 toneladas de lixo recolhido por dia, apenas duas toneladas são reaproveitadas e isso gera um problema aos catadores pois é misturado lixo comum com recicláveis. Quem desejar mais informações sobre a coleta seletiva, basta ligar no 0800-073-8380.

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Divinópolis atinge maior índice de demissões de 2016 Dados divulgados pelo Caged no primeiro semestre apontam a situação no município ...Lucas Rodrigues Fotografias: João Rodrigues

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ivinópolis registrou, em julho, o pior índice de demissões de 2016. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), só em 2016 foram 1821 contratações contra 2076 demissões. Estes dados são ainda piores quando levados em consideração os anos de 2013 e 2015. Em 2013, a cidade de Divinópolis registrou uma queda de 82,3% na geração de empregos. Em 2015, esses números chegaram à 26.458 demissões contra 24.948 contratações. O setor que mais demitiu foi o

de serviços, com saldo negativo de 99 postos de emprego. Aparece na sequência a indústria da transformação com saldo negativo de 77; Logo em seguida a construção civil (-45) e depois o comércio (-29). No ano a variação entre contratados e demitidos chega a -780. Foram 13.706 admissões contra 14.486 demissões. Apontar a principal causa do declínio na geração de empregos em Divinópolis é algo extremamente complexo, já que é necessário avaliar a real situação do país que, já no segundo semestre de 2016, obteve

uma queda de 11,3% na geração total de empregos, a maior desde 2012. Allan Gabriel Soares tem 19 anos e está desempregado há sete meses. Ele contou que tem várias cópias impressas do currículo e já distribuiu o documento em várias empresas. A experiência dele é nas áreas de auxiliar administrativo e produção em fábrica de calçados. “Já fui a mais de 40 empresas e continuo correndo atrás, deixando currículos em muitos lugares. É o que tenho feito nos últimos meses”, acrescentou. O empresário e economista Luiz

Ângelo Gonçalves é especialista em finanças. Ele alerta para o risco que a demora em se recolocar no mercado representa. “Quanto mais tempo desempregado é exigido da família mais ajuste do orçamento e uma atenção maior, porque o tempo de se realocar no mercado é menor. As empresas, quando demitem, reduzem o poder de compra e sofrem redução nas vendas. É uma questão cíclica. Menos vendas geram mais desemprego e vice-versa. É uma consequência para toda a economia”, concluiu.

Crise econômica fecha comércios em Divinópolis ...Camila Almeida

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esmo buscando oferecer preços mais favoráveis que visam se adequar dentro do orçamento da população, empresas de todo o país já vêm sentindo as causas da crise econômica brasileira. Em Divinópolis, tem-se tornado cada vez mais comum deparar-se com comércios fechados na cidade causado pela falta de movimento, resultante da queda de vendas. “É muito triste ver locais de referência e tradição na cidade fecharem as portas por causa da atual crise do país”, diz Adriana Campos, 23 anos, auxiliar administrativo. Entre os estabelecimentos fechados, estão empresas tradicionais de Divinópolis, como a Sorveteria Slep, reconhecida pelos seus saborosos sorvetes que atraíam crianças, adolescentes, adultos e idosos ao local diariamente. O comércio funcionou por, pelo menos,

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30 anos alegrando as pessoas que vinham para se refrescar. “Eu e minha família sempre que podíamos estávamos lá. Era um local muito agradável, familiar, que agradava pessoas de todas as idades”, comenta Roberto Machado, 46 anos, engenheiro civil. Outro exemplo que encerrou suas atividades após cinco anos é a boate Lux Lounge, localizada no bairro Bom Pastor, bastante conhecida pela população não só divinópolitana como pessoas de outros municípios que vinham para a cidade em busca de diversão. Agora, para tristeza dos que frequentavam o local, a boate está de portas seladas. O mesmo aconteceu com o Bar do Gelu, que já foi muito concorrido e movimentado. Localizado no centro da cidade, teve suas atividades encerradas também pela falta de clientes.

Fotografias: Camila Almeida

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Comércio: a base da economia lafaietense Em Conselheiro Lafaiete, comércio é o grande empregador do município ...Luísa Henriques

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cidade de Conselheiro Lafaiete tem um grande polo comercial que atende toda a região próxima do município, hoje com cerca de mais de três mil empresas dos mais variados tipos de serviços como bares, padarias, açougues, sapatarias, vestuário, distribuidoras, comércio e indústria de materiais de construção, móveis, concessionárias, produtos agrícolas, lubrificantes, papelaria, tecidos em geral, serviços em geral, eletrodomésticos, informática, bancas de revistas, artigos religiosos, entre outros. O comércio também traz grande influência para o Produto Interno Bruto (PIB) do município. Em 2013, segundo o IBGE, o comércio rendeu quase um milhão de re-

Inauguração das Lojas “Rede”, na Avenida Telesforo Cândido de Resende, em 2014. Fotografia de Carlos Eduardo Maia.

ais (R$991.367,63), a segunda maior arrecadação, perdendo apenas para a indústria. Além disso, o comércio emprega certa de 6.862 pessoas, um

número obtido pela mesma pesquisa. Por ser um grande ponto na economia da cidade, os comerciantes têm grande poder nas decisões re-

lacionadas à mesma, como o barramento de um shopping center que iria ser construído na BR-040. Os comerciantes se viram ameaçados com a possibilidade de um grande centro comercial fora da zona central e o poder aquisitivo que o mesmo poderia fazer. O atual prefeito da cidade, Ivar Cerqueira, ainda luta para trazer o shopping alegando que seria um grande investimento para a cidade e região. O prefeito também trouxe melhorias para os consumidores ao transformar os estacionamentos do centro em rotativos, para não só aumentar a receita como também, para garantir uma maior mobilidade nas ruas. Conselheiro Lafaiete tem um grande potencial de crescimento, basta ter vias apropriadas para e realização de uma futura metrópole.

A saúde mental e a vida do estudante universitário Como lidar com a vida estudantil e os sentimentos adversos ...Regiane Borges Regiane Borges

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hiago*, 26 anos, sofria com depressão antes de começar o curso de Direito na Universidade Pitágoras. Ele acredita que a faculdade não tenha contribuído para aumentar suas crises, mas decidiu trancar o curso pois, segundo ele, “meu rendimento diminuiu e eu estava meio agressivo, então podia ficar com os outros e tal”. A escolha de cursar uma faculdade e ter uma profissão é um passo importante que traz para os universitários uma série de responsabilidades que podem ocasionar frustrações, acúmulo de afazeres, sobrecargas emocionais e preocupações. Quando não bem administrados, tais sentimentos, podem acabar agravando os sintomas de algumas das doenças mais conhecidas deste século, como depressão, stress e ansiedade, fazendo com que cada vez mais alunos optem por aban-

donar a graduação, ou, então, ficar sem consiguir alcançar o desempenho almejado durante o curso. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é a primeira causa de incapacitação entre todas as doenças médicas. Ela corresponde a 4,4% dos anos de vida vividos com incapacitação. Para os indivíduos que estão com idade entre 15 e 44 anos, a depressão é responsável por 8,6% dos anos vividos com incapacitação, o que ilustra o fato de muitos alunos, assim como Thiago, optarem pela difícil decisão de interromper o curso. Mas será que suspender o andameto da graduação, nessa situação, seria a melhor opção? Segundo o professor e doutor em Psicologia da Educação, Marcio Pereira, o aluno deve procurar uma ajuda profissional antes de tomar uma decisão,

pois a depressão, a ansiedade, bem como o stress, são transtornos manifestados devido ao acúmulo de situações que não foram devidamente revolvidas anteriormente. A fim de que o aluno enfrente qualquer situação ou decisão subsequente de maneira fluida, é necessário que seus incômodos sejam elaborados, isto é, trabalhados pelo indivíduo com o auxílio de um profissional . Contudo, levando em consideração que os custos socioeconômicos diretos e indiretos que trata desses distúrbios são altos (por exemplo, custos com médicos, medicamentos e custos decorrentes da incapacidade ocupacional ), o sujeito que sofre com algum desses males deve procurar, no primeiro momento, uma ajuda gratuita, muitas delas, oferecidas largamente por profissionais e alunos dentro das universidades que oferecem o cur-

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so de Psicologia. Na UEMG, em Divinópolis, os alunos podem contar com o Proap, que é o Programa de Apoio ao Aluno e ao Funcionário. Trata-se de um programa gratuito destinado a todos os alunos e funcionários da instituição, mesmo os que não foram previamente diagnosticados com nenhum tipo de desequilíbrio emocional, pois a finalidade do Proap é adaptar o aluno ou funcionário ao ambiente universitário. Lá eles oferecem subsídios importante como plantão universitário, guia cultural e aconselhamento, bem como direcionamento para uma das clínicas parceiras. Já para aqueles que não estão vinculados à UEMG, está previsto para o ano que vem (2017), o Serviço Escola de Atendimento Psicológico que auxiliara gratuitamente toda a comunidade, na universidade.

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Música: instrumento de ensino Utilização de métodos alternativos torna o ambiente escolar divertido e eficiente ...Matheus Augusto

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ue a educação brasileira sofre com o planejamento ruim e o investimento escasso e/ou feito de maneira sem eficácia, não é surpresa, principalmente, quando se trata do ensino público. O que sobra são reclamações referentes à precariedade – seja por parte dos funcionários ou dos alunos. Aliás, outro fator que corrobora para a carência da qualidade de ensino é o conflito existente entre o aluno e o sistema. Não há uma relação harmônica entre as duas partes o que, consequentemente, acaba por causar uma falta de interesse no aluno para com os estudos.

Os professores passam a ter, então, duas funções: não apenas de ensinar e gerar uma relação de troca de conhecimento, mas também de despertar o desejo do aluno de aprender e participar dessa relação de troca. Há diversos projetos que buscam criar uma relação mais próxima entre aluno e escola, como a implementação de teatro, de feiras de ciências e também trazendo a música para dentro das salas de aula. Música é quase uma unanimidade: todos gostam, variando apenas o gosto de pessoa para pessoa. Por que, então, não trazer essa fer-

ramnta para ajudar no ensino e na compreensão do aluno? Essa foi a ideia de um grupo de professores do colégio Integral, em Divinópolis, que formaram uma banda com intuito de promover uma melhora no aprendizado. A banda “Pod Giz” leva músicas com conteúdo escolar às escolas públicas e estaduais da cidade através do projeto Intervalo Cultural. A musicalidade, além de mais fácil, torna o aprendizado mais divertido. A inciativa começou dentro das escolas em que são professores e, depois, foi crescendo gradativamente. Hoje, eles continuam com o

projeto e fazem show e covers em bares. Projetos como esses quebram a tradição do quadro e giz e da formalidade da relação entre professor e aluno. Cria-se então uma melhor relação, que os aproxima. Bandas são apenas um dos vários exemplos que podem incluir também grupos de teatros e outras formas de criar uma relação mais harmoniosa entre as partes, que quebre com o formato de aprendiz e aprendizado. Ser professor é ir além e abrir as perspectivas dos alunos para que eles também possam ir. E tudo com um pouco de música é bem melhor.

Imagem: Rogério Bond Bond/Divulgação)

Semana de Artes da UEMG, em Divinópolis ...Ana Luiza Avelar

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Semana de Artes da UEMG - unidade Divinópolis tem o intuito de homenagear o Dia Internacional das Artes, comemorado no dia 12 de Agosto, e, assim, promover diferentes formas de expressões artísticas entre os alunos da unidade e a população divinopolitana. Além de um evento cultural, a Semana de Artes UEMG propõe um espaço social e democrático de acesso à arte, onde pessoas que não têm contato com museus, teatros ou escolas de arte podem circular livremente e conhecer um pouco mais sobre os artistas locais do centro-oeste mineiro. “O resultado da primeira experiência foi muito satisfatório e nossa intenção é fazer com que a Semana se transforme a cada ano, abran-

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Exposição da primeira Semana de Artes da UEMG Divinópolis. Fonte: divulgação do evento no Facebook.

gendo outras unidades da UEMG e se tornando um evento de grandes proporções. O projeto consiste em realizar durante uma semana várias atividades culturais, como apresen-

tações artísticas, oficinas e exposições voltadas tanto para os alunos da UEMG quanto para a população de Divinópolis e região”, declarou a organização do evento por meio de

sua página no Facebook. O tema abordado esse ano é “A arte e o ofício” e se refere à concretização e à interpretação dessas obras. O objetivo principal do evento é fomentar a produção cultural da região e incentivar o trabalho dos artistas locais que têm na Semana de Artes um grande destaque na cena cultural de Divinópolis, além de oferecer um ambiente diferenciado e dinâmico à rotina acadêmica da UEMG. Devido a paralisação da Universidade, organizada pelos alunos com o propósito de reivindicar melhorias necessárias para a instituição, a Semana de Artes que aconteceria entre os dias 17 e 21 de outubro teve sua programação adiada e ainda não há uma data nova marcada.

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ALÉM DO QUADR

Além do quadro e do giz ...Giovanna A. Cabral

Giovanna A. Cabral

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oltar aos anos de escola é praticamente impossível, porem estar de volta ao local físico o qual você esteve durante uma rotina extensa durante anos representa uma tonelada de lembranças boas, ruins e um tanto quando confusas. São dois anos desde que sai da Escola Estadual Antônio Martins do Espírito Santo. Sair de lá foi como um corte com toda a bolha social em que eu estava acostumada, uma zona de conforto imensa a qual estava estabelecida a mim, aos meus amigos, aos meus colegas e a todos os alunos que entram e saem todos os dias durante anos de sua adolescência. Depois que você conclui o Ensino Médio e resolve fazer uma faculdade, escolhe um determinado curso e começa a graduação, a visão de escola se torna um tanto quanto vaga, talvez. No meu caso, percebi que a escola é muito mais do que fazer várias anotações no caderno para, depois, decorá-las e fazer uma prova que irá fazer de você uma pessoa boa ou ruim de acordo com alguns números. A escola é um local de preparação para uma vida adulta confusa e cheia de perspectivas que temos que compreender. É na escola que devemos aprender a conviver com as diferenças, entender o mundo como uma casa comum repleta de acontecimentos que devemos estar por dentro. Na escola, devemos aprender porque meus pelos levantam quando passo na frente da televisão, porque o carro fica absurdamente quente quando paro no sol ou porque o sal de fruta em pó é um efervescente mais rápido do que o inteiro. E isso não entendemos por completo lendo um livro. Então voltei à escola em que es-

tudei para relatar esse problema: a falta das aulas práticas em laboratórios de Ciências Naturais. A escola possui um equipamento enorme para aulas práticas. O laboratório que o material merece iria abrigar Biologia, Química, Física com todas suas vertentes. Mas todo esse material está guardado em caixas, em três escaninhos, no depósito da escola. Talvez, nem os próprios professores saibam da existência de todo esse material. Talvez, eles apenas não tenham o tempo necessário para utilizá-los dentro da sala de aula. Talvez, esse material precise de um espaço adequado para ser utilizado. A questão é que não se tem mais um espaço físico propício para que se monte um laboratório na escola. Há alguns anos, havia uma sala em que se projetava um possível laboratório. Foi colocada uma mesa, construída uma pia, porém, a media de alunos por sala desta escola é de 40 pessoas. E não se coloca 40 pessoas em um laboratório do tamanho da sala que estava sendo destinada. Nova Serrana é uma cidade com quase 100 mil habitantes e possui apenas três escolas públicas destinadas ao Ensino Médio. A “Antônio Martins” tem uma alta taxa de matrícula e precisa, cada vez mais, comportar mais e mais alunos. Por isso, todo espaço vira sala de aula. Como foi o caso da sala de vídeo que, com um espaço bem utilizado, precisou virar sala de quadro e giz. O vídeo então foi para o possível laboratório e todo o material de ciências foi encaixotado e só é utilizado quando um professor o leva para a sala tradicional para alguma demonstração. Conversei com a diretora e a vice-diretora da escola sobre o pro-

oltar aos anos de escola é praticamente impossível, porem estar de volta ao local físico o qual você esteve durante uma rotina extensa durante anos representa uma tonelada de lembranças boas, ruins e um tanto quando confusas. São dois anos dês de que sai da Escola Estadual Antônio Martins do Espirito Santo, sair de lá foi como um corte com toda a bolha social em que eu estava acostumada, uma zona de conforto imensa a qual esAntiga sala em que o laboratorio era intava estabelecida a mim, aos meus talado, hoje como sala de video. “Eu não julgo os professo- a vice-diretora, a cidade precisa de amigos aos meus colegas, e a todos blema. res por não adotarem os métodos mais escolas destinadas ao Ensino Giovanna A. Cabral- Setembro de 2016 práticos na aula deles”, defendeu a Médio. E com razão: a infraestrutodos saem e os alunos que entram diretora L.F.. “As matérias de Ciên- tura das escolas públicas atualmente cias Naturais são apenas duas por o nãosal compete as exigências do sol ou porque decomfruta em os dias durante anos de sua ado- no semana, tem todo um currículo bá- mundo real. A sociedade está sendo sico que professor deve acompa- defasada pela falta de oportunidades pó é oum efervescente mais rápido lescência. nhar. Imagine só atender 40 alunos dos jovens em se desenvolverem no com dificuldades diferentes e, ainda, E aprendizado. É como entense as possibique o inteiro. isso não Depois que você conclui o en- do apresentar uma aula pratica....”. Se- lidades de aprendizado que o aluno por além completo lendo li-a gundo ela, o professor de não tem fossem sufoacadas,um tornando sino médio, resolve que vai fazer demos possuir o espaço adequado para esse escola apenas uma obrigação. Teuma faculdade, escolhe um deter- vro. tipo de aula, é sobrecarregado com mos que desenvolver um olhar sob provas e recuperações isso, uma boa escola desenvolve a Então escola emdesenvolve que minado curso e começa a gradua- matérias, que devem apresentarvoltei em um pe- àsociedade e a sociedade ríodo determinado de tempo. Para a escola. para relatar esse probleção a visão de escola se torna um estudei tanto quanto vaga, talvez. No meu ma: a falta das aulas práticas em laboratórios de é muito que a escola caso, percebiEscolas lotadas e o problema noCiências ensinoNaturais. mais do que fazer varias anotações A escola possui um equipamento Excesso de alunos nas salas de aula: quais as consequências na educação? para depois decora-las enorme para a ocorrência de aulas no caderno ...Lucas Assis uma prova que irá fazer de práticas. O laboratório que o mae fazer Brasil passou por uma os jovens na escola. A idéia é boa, maior de pessoas em uma sala, fica precisa acontecer também no amboa ou ruim de terial merece iria abrigar biologia, pessoa uma vocêO etapa de colocar todos mas o empecilho para essa campa- difícil a concentração para enten- biente escolar. O governo precisa nha é o fato de que química, der o que é passado em sala e com como está funcionando física comanalisar todas suas ver-o acordo com alguns números. nem todas as esco- uma grande quantidade de alunos ensino brasileiro, o que é preciso las estão prepara- tentes. fica complicadoPorem para o professor(a) alterar esse antes de começar a mandar todo material A escola é um local de preparadas estruturalmente atender seus alunos, o que ocasiona jovens para escolas despreparadas. para receber tantos esta uma queda no rendimento dos em es- Aumentar a quantidade escolas guardado caixas emde três confusa adulta ção para uma vida jovens. Várias esco- tudantes, que não conseguem parti- e melhorar a infraestrutura é um no abrir deposito dalevaescola. públicas brasi- escaninhos cipar das aulas. Não é possível bom início, o que à ampliação e cheia de perspectivas quelastemos leiras não recebem um diálogo e isso ocasiona uma do números de salas para receber que osentrepróprios professoque compreender. É na escola uma verba necessá- Talvez dificuldade na nem comunicação os alunos. ria para a melhoria alunos e professores. Com esse aumento seria possaibam existência devemos aprender a conviver do seucom espaço e da res A idéia de colocar da os jovens sível também a de criação todo de salas condição para os es- nas escolas e melhorar a vida dos especializadas para determinadas esse material, talvez eles apenas mundo as diferenças, entender o tudantes. A falta de futuros brasileiros é ótima, mas o matérias como, por exemplo, laboé prejudicial não problematenham está em como colocar ratórios para necessário as aulas de Química e o tempo repleta como uma casa comum espaço para o aprendizado. essa idéia em prática. As escolas Biologia e salas de Informática para Com um número para não estão utilizados preparadas e a mudança os aluuos fazerem dentro da pesquisas sala online. de de acontecimentos que devemos estar por dentro. Na escola deve- aula, talvez esse material precise de mos aprender porque meus pelos um espaço adequado para ser uti-9 te Antiga sala onde o laboratório era instalado. Hoje, como sala de video. Fotografia de: Giovanna A. Cabral/Setembro de 2016.

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Minas

DESCUBRA

Curta-metragem é produzido em Divinópolis Com o tema carona, tendo produção, roteiro e filmagem feitos na cidade, a equipe contou sobre a expectativa para o lançamento ...Júlia Serra

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m outubro, o cineasta Alisson Resende, de Divinópolis, se prepara para lançar o curta-metragem "Carona" e nos contou que, além do local das gravações, o filme foi produzido por pessoas da cidade. Além disso, o curta foi feito com recursos próprios, no valor de R$ 50. Segundo Alisson, a história trata de um romance contemporâneo, baseado nas caronas oferecidas por meio das redes sociais e que o tema foi inspirado em uma experiência dele em compartilhar caronas. Entretanto, a produção foi feita seguindo um roteiro de ficção, onde a carona dada por um motorista a uma das “caroneiras” gera um amor não correspondido. Além disso, o cineasta afirma que todas as cenas foram gravadas em Divinópolis. Tudo ficou pronto em 10 horas, apesar de o trabalho se muito delicado, e que contou com apoio de amigos para a idealização do projeto. "O tema do curta surgiu justamente porque eu já utilizei esse método de caronas compartilhadas. E, do nada, eu pensei: Por que não

escrever um roteiro sobre algo tão coletivo e real? Toda equipe é formada por amigos de longa data, a maioria amante do cinema. São amigos da época da faculdade, amigos de profissão e da vida", destacou. Alisson contou que a jornalista Isabella Marques também fez parte do projeto e que mesmo com vasta experiência em filmagens de casamentos e aniversários, o convite de filmar o curta foi um desafio. Afinal, o curta foi feito em uma cidade do interior de Minas, sem recurso, apenas com a coragem, vontade e dedicação de seus participantes. Quanto aos atores, o cineasta disse que precisava de pessoas que se enquadrassem no perfil do projeto e que demonstrassem nas filmagens posturas mais realistas possíveis, de um cotidiano simples e marcante ao mesmo tempo. "Sobre a escolha dos atores, a atriz é minha amiga. Eu precisava de uma protagonista que tivesse um olhar desafiador e logo lembrei dela. A protagonista troca olhares com o ‘caroneiro’ durante todo o tempo. E ela tem o olhar for-

te”, explicou. “Já o ator, Guilherme, eu encontrei por meio da fotógrafa da equipe, a Cristiane Silva. Ele já fazia alguns trabalhos como modelo. Eu aceitei a indicação e ele aceitou o desafio", explicou. Daniela Guimarães que é atriz protagonista das cenas, nunca atuou e mesmo assim aceitou o convite do amigo. E como tudo neste projeto se apresenta surpreendente, ao revelar o gasto feito com o curta, Alisson surpreende mais uma vez: "O valor investido no curta-metragem foi R$ 50. Dinheiro investido em gasolina e na alimentação da equipe. Nas gravações utilizamos ambientes públicos, abertos à comunidade. Por isso foi possível investir pouco financeiramente". Alisson também afirmou que a produção também contou com a participação de Adriano Reis, que é cinéfilo, editor de vídeo e já produziu um documentário. Além disso, apóia e se orgulha de produções feitas em Divinópolis. O cineasta disse que tem encarado bem a ansiedade que, às vezes, se camufla no sentimento de dever

cumprido. Satisfeito com o resultado, ele agradece à equipe pelo resultado final. "Faltam poucas semanas para o lançamento. A minha sensação é de agradecimento. Muita alegria, satisfação. O curta está lindo e eu tenho certeza que todos vão amar. Eu amo o cinema e me sentir realizado nesse momento é algo muito satisfatório. As expectativas são as melhores para o lançamento. Eu espero ver todos no lançamento, afinal, é uma história que retrata a realidade de muita gente". Em relação ao futuro, o cineasta destaca que o cinema para ele ainda é uma paixão e que grande parte de sua vida é dedicada à sétima arte. Por isso, ele busca reconhecimento na área. "Sou publicitário e tenho formação livre em cinema pela Academia Internacional de Cinema do Rio. Atualmente, trabalho com assessoria e futuramente pretendo ganhar reconhecimento com o cinema. Dinheiro é uma consequência. Amo o cinema e qualquer reconhecimento é um mérito". O lançamento do curta foi no dia 6 de outubro, às 19h no Centro Universitário UNA, que fica na Rua Coronel João Notini, 151, no Centro. A entrada foi gratuita.

Fotografias: Divulgação - curta-metragem Carona

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UE MG Di vi n óp oli s – Cu rso d e J orn ali sm o - J orn al p rod u zi d o pel o 2º perío do - Ano 1 – nº 1 - 2º s emes tre de 2016


Minas

DESCUBRA

Festa da Cerveja, em Divinópolis, leva música, cerveja artesanal e food trucks ao Centro-Oeste mineiro ...Thais Teixeira Simão

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os dias 23 e 24 do mês de setembro aconteceu a Festa Nacional da Cerveja de Divinópolis –FENACER, com muita animação. Entre as atrações confirmadas, estão nomes de destaque do cenário nacional como Capital Inicial, Onze:20, Skank, Titãs e Projota. Bandas e artistas regionais também se apresentaram, entre eles Dias de Truta, Tyzzora Cega, Tekillas, O Clown e The Best Sext Position. A festa aconteceu no Parque de Exposições e contou com um total de mais de 14 mil presentes. Com mais de 20 rótulos de cerveja e praça de alimentação extensa com diversos food trucks para todos os gostos, o festival contou com a satisfação da garotada. Com dois palcos, destinados a muito música durante todo o evento, o público teve a oportunidade de ouvir alguns dos clássicos do rock nacional. FENACER, que teve início em 1992 e por muitos anos foi tradição na cidade, teve uma interrupção de dois anos e mostrou que voltou para se firmar no calendário divinopolitano. Com organização da Bezerro.com, os 25 anos de festa foram comemorados como uma celebração à música, com seu estilo próprio. “O Sertanejo é o que está domado, é o que leva a massa. Mas exis-

te a demanda para este tipo de público. A festa estava um pouco desacreditada, mas acho que o trabalho que fizemos deu uma resgatada. A qualidade da festa fez a diferença. Tudo que foi proposto tinha, e com fartura, só elogios”, disse Bezerro, dono e produtor da Festa. Bem utilizado, o festival cumpriu o que propôs: dois palcos com bom alcance ao público e artistas se revezando. As bandas escolhidas para o line-up estão em alta no cenário do rock atual e algumas delas já consagradas, como é o caso dos mineiros do Skank, que contam com um integrante divinopolitano para compor seu corpo de músicos. Além do palco Mundo Melhor, há também o Divino Rock; menor, que recebeu as bandas regionais como Tekillas e The Best Sex Position. Por volta das 19h30, os portões foram abertos e, aos poucos, os espaços dos palcos foram preenchidos pelos fãs das bandas convidadas. Devido a problemas técnicos no Parque, no dia 23, houve atraso na passagem de som e, consequentemente, no horário dos shows. Onze:20 entrou as 22h45, abrindo o palco Mundo Melhor para os dois dias de festa. Teve uma boa resposta do público e tocaram seus sucessos como “Meu lugar”, “Pra você” e “Querendo te encontrar”. Seguindo a

programação, veio Capital Inicial. Dinho Ouro Preto e cia conseguiram animar toda plateia que estava presente para uma noite de muito rock e cerveja. Com duas horas e meia de apresentação, a banda apresentou o show da turnê do DVD Acústico NYC. Setlist repleta de sucessos, a banda fez um show impecável. Um repertório com os últimos grandes sucessos do grupo inclui ainda as emocionantes “Me encontra” e “Tempo perdido”, numa homenagem à Charlie Brown Jr e Legião Urbana. No dia seguinte, 24, quem abriu a noite foram os Titãs. Com uma nova configuração, subiram ao palco sem Paulo Miklos, um dos integrantes que ajudou a moldar o som da banda desde o início, que se desligou do grupo para se dedicar a projetos individuais. Com os veteranos Branco Mello, Sergio Britto e Tony Bellotto à frente, a nova configuração conta com Beto Lee, e o baterista Mário Fabre. O show começou às 21h, porém, o espaço não estava cheio ainda. Devido a contrato, o show seguiu com o horário previsto mesmo que para um público reduzido. Com muita chuva nas primeiras músicas, as poucas pessoas presentes foram à loucura com os sucessos da banda. Logo após, o Skank subiu ao palco. A banda mineira fez um

show intimista, alto astral e recheado de cumplicidade com os fãs. O sucesso é tanto que o público já decorou todas as músicas do setlist. “Jackie Tequila” foi aquela sintonia da banda com o público em todos os setores da festa. E completando a lista o que não pode faltar no show do Skank’: “É proibido fumar”, “Garota nacional” e “Saideira”. Às 1h, Projota tomou o palco e deu ao público uma amostra da sua trajetória musical com os sucessos “Foco, força e fé”,“Rezadeira”, “O homem que não tinha nada”, “Mulher” e “Cobertor”, e ainda “Elas gostam assim”. Quem também fez bonito foram os divinopolitanos Dias de Truta, que arrancaram o fôlego do público cantando os maiores sucessos da banda que estavam na ponta da língua da galera. Com a quantia de ingressos vendidos e a satisfação do público, a FENACER terminou assim. A próxima edição já foi confirmada e voltará para sua data original no feriado de 1º de maio. Torcemos para que dê certo, porque essa edição marcou o retorno do festival com muito estilo, fugindo das tradicionais festas de sertanejo da região. Os fãs de rock também merecem ter um evento que os contemplem, e a equipe realizadora da Festa da Cerveja parece estar empenhada em entregar isso.

Divulgação: bezerro.com

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