Orquestra da Academia Nacional de Santa Cecilia

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Orquestra da Academia Nacional de Santa Cecilia

2016 REGÊNCIA

PIANO

Sir Antonio Pappano Beatrice Rana


Qual o som do compromisso com a música?

O Credit Suisse também ouve atentamente, quando se trata de música clássica. É por isso que somos, com muito orgulho, patrocinadores da Sociedade de Cultura Artística.

credit-suisse.com/sponsoring


O MINISTÉRIO DA CULTURA E A CULTURA ARTÍSTICA APRESENTAM

2016

Orquestra da Academia Nacional de Santa Cecilia REGÊNCIA PIANO

Sir Antonio Pappano Beatrice Rana

patrocínio

realização

Ministério da

Cultura

gioconda bordon

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programa

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notas sobre o programa

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biografias

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Stéfano Paschoal


SOCIEDADE DE CULTURA ARTÍSTICA DIRETORIA PRESIDENTE Pedro Herz DIRETORES Antonio Hermann D. Menezes de Azevedo, Carlos Mendes Pinheiro Júnior, Fernando Carramaschi,

Fernando Lohmann, Gioconda Bordon, Ricardo Becker, Rodolfo Villela Marino SUPERINTENDENTE Frederico Lohmann CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

PRESIDENTE Claudio Sonder VICE-PRESIDENTE Roberto Crissiuma Mesquita CONSELHEIROS Carlos José Rauscher, Francisco Mesquita Neto, Gérard Loeb, Henri Philippe Reichstul, Henrique Meirelles, Jayme Sverner, Marcelo Kayath, Milú Villela, Pedro Herz, Pedro Parente, Plínio José Marafon

CONSELHO CONSULTIVO

Alberto Jacobsberg, Alfredo Rizkallah, George Zausner, João Lara Mesquita, José Zaragoza, Mário Arthur Adler, Patrícia Moraes, Roberto Baumgart, Salim Taufic Schahin, Stefano Bridelli, Sylvia Pinho de Almeida, Thomas Michael Lanz PROGRAMA DE SALA — EXPEDIENTE COORDENAÇÃO EDITORIAL

Gioconda Bordon

Silvia Pedrosa

SUPERVISÃO GERAL

EDIÇÃO

PROJETO GRÁFICO

EDITORAÇÃO ELETRÔNICA

ASSESSORIA DE IMPRENSA

Paulo Humberto L. de Almeida

Ludovico Desenho Gráfico

Floter & Schauff

Marta Garcia

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO — OSESP DIRETORA MUSICAL E REGENTE TITULAR Marin Alsop REGENTE ASSOCIADO Celso Antunes DIRETOR ARTÍSTICO Arthur Nestrovski FUNDAÇÃO ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO — ORGANIZAÇÃO SOCIAL DE CULTURA PRESIDENTE DE HONRA Fernando Henrique Cardoso PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Fábio Colletti Barbosa VICE-PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Antonio Carlos Quintella DIRETOR EXECUTIVO Marcelo Lopes SUPERINTENDENTE Fausto Augusto Marcucci Arruda APOIO A EVENTOS Felipe Lapa DIVISÃO OPERACIONAL Analia Verônica Belli gerente DEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES Mônica Cássia Ferreira gerente, Cristiano Gesualdo, Fabiane de Oliveira Araújo, Guilherme Vieira, Mariana de Almeida Neves, Regiane Sampaio Bezerra DEPARTAMENTO TÉCNICO Karina Del Papa gerente, Angela da Silva Sardinha, Bianca Pereira dos Santos, Eliezio Ferreira de Araújo, Erik Klaus Lima Gomides ILUMINAÇÃO Edivaldo José da Silva, Gabriel Barone SONORIZAÇÃO Andre Vitor de Andrade, Fernando Vieira da Silva, Renato Faria Firmino MONTAGEM Rodrigo Batista Ferreira CONTROLADOR DE ACESSO Adailson de Andrade INDICADOR Reginaldo dos Santos Almeida encarregado realização Ministério da

Cultura


Gioconda Bordon

gioconda@culturaartistica.com.br

A vitalidade das tradições acadêmicas Neste segundo concerto da Temporada de 2016 apresentamos a orquestra que integra uma das mais antigas instituições musicais da Europa, a Academia Nacional de Santa Cecilia. A bula papal publicada por Sisto V, em maio de 1585, Ratione congruit, instituía a fundação de uma congregação que abrigasse músicos e compositores de Roma. O papa invocou para o recém-criado grupo a proteção de São Gregório e de Santa Cecilia, padroeiros da música: ele, o patrono do canto; ela, a da música instrumental. Assim nasceu a tradicional e prestigiadíssima academia italiana, que hoje ocupa um dos mais belos e interessantes complexos artísticos e educacionais da Europa. A orquestra que ouviremos hoje é seu principal cartão de visita. A Itália medieval e renascentista sempre nos forneceu admiráveis modelos de ensino das artes. Portanto, uma associação como essa, criada há tantos séculos e que reúne tantos músicos e compositores em harmoniosa cooperação, nos mostra claramente o poder que a arte e a música exercem sobre o espírito humano. Mas tão fundamentais quanto professores, intérpretes e produtores somos nós, ouvintes atentos, que, num gesto simples, incentivamos a família e os amigos a nos acompanhar a um concerto ou recital. A Academia Nacional de Santa Cecilia é exemplo encantador da longevidade e da vitalidade de certas instituições. É com muita satisfação que apresentamos um de seus inigualáveis produtos musicais. Bom concerto a todos! 3


SÉRIE BRANCA Sala São Paulo, 7 de maio, sábado, 21h

Orquestra da Academia Nacional de Santa Cecilia Sir Antonio Pappano REGÊNCIA Beatrice Rana PIANO

Giuseppe Verdi (1813-1901)

c. 8’

c. 42’

Abertura de La Forza del Destino

Piotr Ilitch Tchaikóvski (1840-1893) Concerto para piano n. 1 em si bemol menor op. 23

I. Allegro non troppo e molto maestoso II. Andantino semplice III. Allegro con fuoco

intervalo

Piotr Ilitch Tchaikóvski (1840-1893) Sinfonia n.5 em mi menor op. 64

c. 45’

I. Andante-Allegro con anima II. Andante cantabile con alcuna licenza III. Valse. Allegro moderato IV. Finale. Andante maestoso-Allegro vivace

Os concertos serão precedidos do Momento Musical, palestra de Irineu Franco Perpetuo sobre os compositores, peças e intérpretes da noite que acontece às 20 horas no auditório do primeiro andar da Sala São Paulo. O conteúdo editorial dos programas da Temporada 2016 encontra-se disponível em nosso site uma semana antes dos respectivos concertos.

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SÉRIE AZUL Sala São Paulo, 8 de maio, domingo, 21h

Orquestra da Academia Nacional de Santa Cecilia Sir Antonio Pappano REGÊNCIA Beatrice Rana PIANO

Giuseppe Verdi (1813-1901)

c. 8’

c. 42’

Abertura de La Forza del Destino

Piotr Ilitch Tchaikóvski (1840-1893) Concerto para piano n. 1 em si bemol menor op. 23

I. Allegro non troppo e molto maestoso II. Andantino semplice III. Allegro con fuoco

intervalo

Camille Saint-Saëns (1835-1921)

Sinfonia n. 3 em dó menor op. 78

c. 37’

I. Adagio-Allegro moderato-Poco adagio II. Allegro moderato-Presto-Maestoso-Allegro

Programação sujeita a alterações. facebook.com/culturartistica Instagram: @culturaartistica www.culturaartistica.com.br

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Notas sobre o programa Stéfano Paschoal

Giuseppe Verdi (1813-1901) Abertura de La Forza del Destino A abertura da ópera La Forza del Destino (A Força do Destino), estreada no Teatro Imperial de São Petersburgo no dia 10 de novembro de 1862, foi composta originalmente como um pequeno prelúdio, tendo sido desenvolvida em revisões posteriores. Tem-se notícia de uma versão ampliada já em 1863, quando a ópera, cujo libreto é de Francesco Maria Piave, foi apresentada em Nova York e em Viena, no ano de 1865, e em Londres, no ano de 1867. A estreia no Teatro alla Scala de Milão ocorreu apenas em 1869, quando então a abertura parece ter alcançado, de fato, sua forma definitiva. Este interessante gênero musical — a abertura de ópera — por não conter as partes do canto, era muitas vezes chamado sinfonia, e frequentemente executado antes mesmo de se abrirem as cortinas, com o intuito de chamar a atenção do público ou apenas como um sinal de que o espetáculo iria começar. Com o desenvolvimento da ópera, essa forma de composição passou a receber mais atenção e, por conseguinte, a relacionar-se mais estreitamente com a narrativa da história que precedia. As aberturas geralmente contêm uma síntese dos motivos da ópera. Das grandes aberturas de Verdi, como as das óperas Nabucco (1841) e I Vespri Siciliani (1855), a abertura de La Forza del Destino parece ser a preferida pelas grandes orquestras, e uma das mais famosas peças do gênero no repertório orquestral. Os três acordes iniciais desta abertura não parecem soar como um convite ao espetáculo, mas, antes, como uma advertência de que não se pode escapar ao inevitável. Logo depois desses três acordes, na seção de sopros, as cordas, num tom grave, anunciam o tema do destino, lembrando o prenúncio às súplicas de Donna Leonnora na ária Pace, pace mio Dio! Num crescendo, entram em conflito com a seção de sopros para que retornem os mesmos acordes iniciais. Desta vez, no lugar das cordas, as clarinetas cantam um tema lírico, que reaparece na ópera num dos encontros entre Don Carlo de Vargas e Don Alvaro. A orquestração das cordas parece impor 6


inevitavelmente ao homem o seu fardo. Uma pausa dramática é seguida dos primeiros e segundos violinos com um tema apoiado no vibrato das cordas mais graves, evocando uma atmosfera etérea semelhante àquela da morte de Violeta no último ato de La Traviata. Os contornos do tema do destino logo aparecem nos tons mais graves da orquestra, e vão se intensificando de forma tão inevitável, em massa sonora e volume, que provocam uma disputa entre o próprio tema e as linhas do destino: inicia-se então uma sessão trágica, com ritmo bem marcado, que se encerra com um movimento quase frenético das cordas. Depois de uma expressiva pausa, retorna o tema do encontro entre Don Carlo de Vargas e Don Alvaro, executado pela clarineta, repetido pelo oboé e, finalmente, pela flauta, numa atmosfera amena, quase de oração, seguido por um tema pitoresco, narrado pela clarineta, que culmina numa nova disputa entre cordas e sopros. As cordas anunciam o tema do destino, e a seção de metais introduz um tema majestoso. Paulatinamente são apresentadas variações do tema do destino nas cordas e, como numa disputa, o tema introduzido anteriormente de forma etérea pelos violinos reaparece com força expressiva na seção de sopros. Este tema e aquele do destino parecem fundir-se, e a atmosfera conflitante parece acirrar-se na figuração dos instrumentos de corda mais graves e nos de sopro. No final, prevalece o tema do destino, que se impõe, mesmo contra sua própria vontade: uma atmosfera dramática que encerra esta abertura fulminante.

Piotr Ilitch Tchaikóvski (1840-1893) Concerto para piano n. 1 em si bemol menor op. 23 Sinfonia n. 5 em mi menor op. 64 O concerto para piano e orquestra remete-nos, inicialmente, a seus predecessores formais: os concerti grossi barrocos, dos quais herdou a estrutura de três movimentos, Allegro-Lento-Allegro. A valorização dos instrumentos em partes solo, com acompanhamento orquestral e, inclusive, em diálogo com a orquestra, parece ocorrer já na música do século XVII. Tchaikóvski compôs o Concerto n. 1 em si bemol menor op. 23 entre novembro e dezembro de 1874, vindo a completar a parte orquestral em 7


fevereiro de 1875. O concerto foi revisado em 1876 e em 1889: esta última revisão certamente incorporou as principais mudanças ocorridas na versão de 1888, em que o terceiro movimento sofreu uma redução de dez compassos em relação às versões anteriores. No início, Tchaikóvski sofreu uma grande decepção, quando mostrou a obra para o pianista Nikolai Rubinstein, a quem gostaria de dedicá-la: Rubinstein, seu grande mentor, fez críticas duras e extremamente negativas em relação ao concerto, algo que Tchaikóvski narrou em correspondência trocada com sua amiga e mecenas Nadezhda von Meck (1831-1894). Rubinstein dizia que o concerto deveria ser completamente revisado, e que pouquíssima coisa poderia se aproveitar. Tchaikóvski não fez nenhuma alteração e o enviou ao pianista e maestro Hans von Bülow, que o incluiu no programa dos concertos que faria em fevereiro de 1875, em Boston, quando a obra estreou. Em seguida, Hans von Bülow incluiu a peça no repertório de seus concertos na Europa, divulgando-a em grandes centros musicais. Contribuiu também para a difusão e o sucesso do concerto o fato de Rubinstein — depois de mudar sua opinião em relação à obra — tê-lo executado em Paris, em 1878. O primeiro movimento deste concerto, um Allegro non troppo e molto maestoso afasta-se um pouco da forma-sonata rígida do classicismo vienense: a peça é composta em si bemol menor, mas se inicia em ré bemol maior. A introdução, conhecida e popularizada em aberturas de programas de TV e de rádio, poderia aqui ser considerada um tema: sua melodia marcante, executada pelas cordas depois dos chamados da trompa, dá a impressão de que a tonalidade da peça é ré bemol maior. O piano complementa a melodia na seção de cordas com acordes que abrangem quase toda a sua extensão e, em seguida, repete com algumas variações a mesma melodia, numa passagem semelhante a uma cadência. O tema da introdução retorna então con tutta forza, dando ao ouvinte a impressão de presenciar uma disputa de força sonora entre piano e orquestra. À grande introdução seguem-se dois temas: um dinâmico, em si bemol, uníssono ao piano, e um segundo, lírico, que se mistura a um terceiro. A reprise ocorre de forma surpreendente, pois retoma o primeiro tema do movimento, dinâmico. A cadência, em piano solo, retoma o terceiro e o 8


segundo temas. Em seguida, orquestra e piano colocam em primeiro plano o terceiro tema, com o qual se encerra o movimento na tonalidade principal (si bemol menor). O segundo movimento, em ré bemol maior, inicia-se com uma melodia na flauta transversal, logo assumida pelo piano. Como um contraste ao tema lírico com que o movimento é aberto, há, em seguida, uma parte breve baseada na canção Il faut s’amuser, danser et rire (É preciso divertir-se, dançar e rir). O tema do início deste movimento é então retomado e conduzido ao final pelo piano e pelo oboé. O terceiro movimento, em forma de rondó, deriva-se de canções populares ucranianas. O primeiro tema é apresentado num jogo de alternância entre piano e orquestra. As passagens da orquestra, festivas e vigorosas, lembram a Abertura solene 1812, do próprio Tchaikóvski, e o diálogo desenvolvido pelo piano exige grande virtuosismo do intérprete. O clímax temático ocorrido aí confere brilho ao final: uma característica comum de concertos românticos imbuída das peculiaridades da linguagem musical deste compositor. Tchaikóvski escreveu a Sinfonia n.5 em mi menor op. 64, dedicada a Theodor Avé-Lallemant — um músico de Hamburgo — entre maio e agosto de 1888, depois de um intervalo de quase dez anos em relação à Sinfonia n. 4, pois temia não conseguir compor, no mesmo gênero, uma obra que se equiparasse à anterior. A sinfonia, de quatro movimentos, estreou em 17 de novembro de 1888, em São Petersburgo, regida pelo próprio compositor. Esta sinfonia possui caráter programático e extrema narratividade. Para o primeiro movimento, Tchaikóvski sugere uma “submissão completa ao destino”. Trata-se de uma obra cíclica, ou seja, o tema principal aparece em cada um dos quatro movimentos, um artifício que o compositor usara pela primeira vez na sinfonia Manfred, de 1886. O primeiro movimento começa com o motivo do destino nas clarinetas. A melodia conduz ao tema principal, iniciado pelas flautas e pelas clarinetas e assumido, posteriormente, pela seção de cordas. O segundo tema se desenvolve com reminiscências do Leitmotiv, perceptíveis na seção de madeiras. 9


O segundo movimento (Andante cantabile com alcuna licenza), de caráter extremamente lírico e o mais conhecido desta sinfonia, inicia-se com uma preparação grave das cordas para que o tema seja introduzido por um solo de trompa: um cantabile posteriormente reforçado pela clarineta e pelo oboé. O desenvolvimento do tema conta com breves interrupções — feitas pelo tema do destino — e é marcado, sobretudo, pela gradação: timbres diferentes se incorporam e se complementam até que o tema alcança sua plenitude. Não obstante o seu lirismo, o movimento possui — o que parece ser típico nas composições de Tchaikóvski — um tom de inquietação que se desdobra em antíteses e conflitos sonoros. O terceiro movimento (Valse. Allegro moderato), também interrompido apenas brevemente pelo tema do destino, é escrito no estilo de uma valsa amena: soa, depois da apaixonada e dolorida súplica do segundo movimento, como uma mistura de bálsamo e de quimeras. É o movimento mais breve da sinfonia, e demonstra extraordinária elegância com um tema lírico dotado de grande sensibilidade, remetendo-nos, inevitavelmente, à perfeição musical das valsas de seus ballets. O quarto movimento (Andante maestoso — Allegro vivace), assim como o primeiro, inicia-se com o tema do destino. A tonalidade maior deste movimento imprime a ele um tom majestoso e triunfal, explorado numa impetuosa explosão festiva da orquestra.

Camille Saint-Saëns (1835-1921) Sinfonia n. 3 em dó menor op. 78 Charles Camille Saint-Saëns nasceu em 1835, em Paris, e faleceu em 1921, na Argélia. Era pianista, organista, pedagogo musical e compositor. Conservador em termos de estilo, trouxe para o século XX as estruturas musicais do romantismo. Começou suas composições aos seis anos de idade e, aos 11, apresentou-se em público na Sala Pleyel, em Paris. “Fiz tudo o que poderia ter feito. O que consegui aqui, nunca mais conseguirei novamente”: essas são as palavras de Saint-Saëns em relação à sua Sinfonia n. 3, que é, na verdade, a quinta, uma vez que o compositor numerou apenas três de suas sinfonias. É conhecida também como “Sinfonia com órgão” (avec orgue). Sua première ocorreu no St. James Hall, em 10


Londres, em 1886, regida pelo próprio compositor e seu tema principal é o Dies irae (Dia da ira), parte da antiga missa de Requiem. A sinfonia havia-lhe sido encomendada pela Royal Philharmonic Society (outrora Philharmonic Society of London), que se impressionara com sua ópera Henry VIII. A Sinfonia n. 3 possui instrumentação marcada por imagens sonoras singulares, como uma parte de piano a quatro mãos no segundo movimento (Finale), que é também o último, já que, aqui, indicam-se apenas dois movimentos: o primeiro movimento serve como introdução ao Adagio e, de igual modo, o Adagio serve como introdução ao Finale, mantendo-se assim a estrutura clássica do gênero. A obra deve sua alcunha — “Sinfonia com órgão” — ao último movimento, no qual, depois de uma pausa dramática, um acorde do órgão — instrumento que, assim como o piano, havia recebido um tratamento sinfônico — faz o ouvinte ter a sensação de estar no interior de uma catedral gótica. O tema seguinte, ouvido primeiramente nas cordas com o piano no plano de fundo, evolui rapidamente para uma marcha majestosa com órgão, metais e percussão. Pode-se considerar o uso de instrumentos de teclado com tratamento sinfônico uma inovação da linguagem musical, aqui proposta por Saint-Saëns: o órgão, que se destaca no movimento final, tem sua primeira entrada de forma discreta no início do Adagio, e a figuração virtuosística destinada ao piano exige dois instrumentistas para produzir os efeitos desejados pelo compositor. As ideias progressivas da transformação temática — talvez um dos objetivos mais claros do compositor — evocam-nos a figura de Franz Liszt, que Saint-Saëns conhecera pessoalmente e a quem dedicou a Sinfonia n. 3. Essas ideias não parecem servir a uma narrativa programática, lembrando, antes, pequenas engrenagens que conduzem ao mesmo fim apoteótico: as notas graves do órgão, no Finale, com sua majestade e força expressiva, estremecem a sala de concerto, parecendo uma jubilosa ascensão ao céu. Doutor em língua e literatura alemã pela USP, Stéfano Paschoal é professor do curso de Tradução da Universidade Federal de Uberlândia. Tendo também formação pianística, sua tese de mestrado consiste na tradução comentada e anotada de uma obra da literatura técnica musical (Die Kunst das Clavier zu spielen, de Friedrich W.Marpurg, 1762). Traduziu recentemente, com Claudia S. Dornbusch, as Cantatas de Bach, de Alfred Dürr.

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Orquestra da Academia Nacional Santa Cecilia A Orquestra da Academia Nacional de Santa Cecilia, fundada em 1908, foi o primeiro conjunto italiano dedicado exclusivamente ao repertório sinfônico. Em sua história há registros memoráveis da vida musical europeia do século XX. Duas obras fundamentais de Ottorino Respighi (1879-1936), Fontes de Roma e Pinos de Roma, foram estreadas por essa notável orquestra, integrante de uma das mais antigas instituições da Itália. Compositores como Gustav Mahler, Richard Strauss, Stravinski e Sibelius, e os mais destacados maestros, como Arturo Toscanini, Georg Solti e Carlos Kleiber, já estiveram à frente dessa fabulosa orquestra. Leonard Bernstein ocupou o cargo de presidente honorário de 1983 a 1990. Hoje, entre os regentes convidados que atuam regularmente com a orquestra, destacam-se Christian Thielemann, Valery Gergiev e Riccardo Muti. Com Sir Antonio Pappano na direção musical desde 2005, o grupo participa dos mais importantes eventos europeus de música erudita: o Proms, em Londres; os festivais de Lucerna e de Salzburg, e o Festival das Noites Brancas, em São Petersburgo. Também está presente nas temporadas sinfônicas das grandes salas de concertos mundiais, tais como a Musikverein, de Viena; a Philharmonie, de Berlim; o Royal Albert Hall, de Londres; o Concertgebouw, de Amsterdã, e o Suntory Hall, de Tóquio. Recentemente a orquestra gravou Aida de Verdi com um elenco espetacular (Anja Harteros, Jonas Kaufmann, Erwin Schrott) e recebeu inúmeros prêmios. Comandada por Pappano, a orquestra lançou, pelo selo EMI Classics/Warner Classics, diversos álbuns que já são considerados gravações fundamentais de peças importantes tais como as três últimas sinfonias de Tchaikóvski; o Requiem, de Verdi; a Petite messe solenelle, de Rossini, e o War requiem, de Britten. Também sob a batuta de Pappano, gravou em 2015 pela Sony Classical Nessun Dorma, The Puccini Album com o tenor Jonas Kaufmann, considerado pelo New York Times um dos melhores CDs de música clássica do ano.


MUSACCHIO&IANNIELLO

Saiba mais A Academia Nacional de Santa Cecilia ocupa hoje, em Roma, um dos maiores complexos musicais e artísticos da Europa, projeto do arquiteto Renzo Piano. Abriga quatro salas e um espaço aberto para espetáculos ao ar livre.

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Sir Antonio Pappano Um dos grandes regentes da atualidade, Sir Antonio Pappano assumiu a direção musical da Orquestra da Academia Nacional de Santa Cecilia em 2005, e desde 2003 ocupa o mesmo posto no Covent Garden, de Londres, uma das mais prestigiadas salas de ópera do mundo. Por mais de dez anos, entre 1991 e 2002, foi também diretor do Teatro de La Monnaie, em Bruxelas. Nascido em Londres, em 1959, de pais italianos, Pappano fez seus estudos de piano, regência e composição nos Estados Unidos. Estreou como maestro em 1993, na Staatsoper, de Viena; em 1997, no Metropolitan, de Nova York, e em 1999, em Bayreuth. Sempre muito bem recebido pela crítica e pelo público, esteve, como convidado, à frente das grandes orquestras internacionais, tais como a Filarmônica de Berlim, a Orquestra Real do Concertgebouw, de Amsterdã, e as filarmônicas de Viena e de Nova York. Em 2014, estreou no Teatro alla Scala de Milão, numa impressionante produção da ópera As troianas, de Berlioz, pela qual recebeu o prêmio Abbiati della Critica Musicale Italiana de melhor ópera do ano. Foi também nomeado Maestro do Ano, pela Royal Philharmonic Society, em 2005. Recebeu ainda grandes honrarias como o título de Sir por seu notável trabalho na área musical e o título de Cavaliere di Gran Croce dell’Ordine al Merito della Repubblica Italiana. Sir Antonio Pappano acaba de lançar, pela Decca Records, o Concerto para violino de Brahms, com a Orquestra da Academia de Santa Cecilia; o Concerto para violino n. 1 de Bartók, com a London Symphony Orchestra, bem como o Concerto para piano de Schumann, com Jan Lisiecki. Em fevereiro passado foi agraciado com o Grammy pela melhor gravação clássica de vocal solo, trabalho feito em parceria com a mezzo-soprano Joyce DiDonato. Em maio de 2015, Pappano recebeu a Medalha de Ouro RPS, da Royal Philharmonic Society, e se tornou o centésimo medalhista desde que a importante honraria surgiu, em 1870. Sir Antonio Pappano se juntou a um grupo seleto de músicos que inclui Brahms, Elgar, Strauss, Stravinski e Britten. 14


MUSACCHIO&IANNIELLO

Saiba mais Sir Antonio Pappano lançou recentemente uma nova gravação de Aída, de Verdi, com a Orquestra da Academia Nacional de Santa Cecilia. Anja Harteros e Jonas Kaufmann são os destaques do elenco. De acordo com a crítica especializada, trata-se de uma gravação extraordinária.


Beatrice Rana Beatrice Rana nasceu no ano de 1993, em Copertino, região da Puglia, na Itália. Com o estímulo da família, formada por músicos profissionais, começou seus estudos de piano aos quatro anos. Formou-se no Conservatório de Música Nino Rota, em Monopoli, onde também foi aluna de Marco della Sciucca. Aos nove anos, estreou precocemente como solista ao lado de uma orquestra, interpretando o Concerto em fá menor, de Bach. O compositor alemão é uma de suas paixões. Na coluna Rising Star, publicada na revista BBC Music em novembro do ano passado, Beatrice declara que até os dez anos só tocava Bach. Aos dezoito anos, venceu o Concurso Internacional de Montreal e dois anos mais tarde, em 2013, recebeu a medalha de prata do prestigiado Concurso Van Cliburn de piano. Atualmente, desfruta das atenções e privilégios de uma artista em ascensão, com uma agenda de concertos em que estão previstas apresentações nas salas mais renomadas do mundo. Em 2014 foi escolhida para se apresentar no Festival Internacional da Fundação Orpheum para jovens solistas, com a Orquestra Maggio Musicale Fiorentino, sob regência de Zubin Mehta. Em setembro de 2015 foi selecionada para integrar o seleto grupo de músicos da BBC New Generation Artists, da qual já fizeram parte a violinista Nicola Benedetti e o pianista Benjamin Grosvenor. Na temporada de 2014/2015, Beatrice tocou com grandes orquestras norte-americanas, tais quais a Filarmônica de Los Angeles, a Sinfônica de Detroit e a Orquestra da Filadélfia. Também se apresentou ao lado dos maestros mais célebres da atualidade, como Yannick-Nézet-Séguin, Fabio Luisi, Susanna Mälkki e Sir Antonio Pappano. Em álbum lançado em dezembro do ano passado pela Warner Classics, com a Orquestra da Academia Nacional de Santa Cecilia, sob direção de Sir Antonio Pappano, Rana toca uma das obras que interpreta nestas duas noites: o Concerto para piano e orquestra n. 1 de Tchaikóvski. É seu CD de estreia com orquestra, no qual também interpreta o Concerto n. 2 de Prokófiev, gravação altamente elogiada pela crítica especializada. Rana divide seu tempo entre Roma e Hannover. Na Itália, seu mentor é Benedetto Lupo e, na Alemanha, continua seus estudos com Arie Vardi.


NEDA NAVAEE

Saiba mais Beatrice Rana gravou dois CDs com peças para piano solo. O primeiro, em 2012, com os Prelúdios, de Chopin, e a Sonata n. 3, de Scriabin; no ano seguinte, gravou ao vivo peças de Schumann, Ravel e Bartók.


Orquestra da Academia Nacional de Santa Cecilia Sir Antonio Pappano REGÊNCIA E DIREÇÃO MUSICAL Michele dall’Ongaro PRESIDENTE-SUPERINTENDENTE E DIRETOR ARTÍSTICO Yuri Temirkanov DIRETOR HONORÁRIO Carlo Rizzari DIRETOR ASSISTENTE PRIMEIROS VIOLINOS

Carlo Maria Parazzoli Roberto González-Monjas Ruggiero Sfregola Marlene Prodigo Elena La Montagna Margherita Ceccarelli Roberto Saluzzi Fiorenza Ginanneschi Roberto Granci Paolo Piomboni Barbara Castelli Kaoru Kanda Silvana Dolce Jalle Feest Daria Leuzinger William E. Chiquito Henao Soyeon Kim Ylenia Montaruli Olga Zakharova Roberto Baldinelli SEGUNDOS VIOLINOS

Alberto Mina David Romano Ingrid Belli Rosario Genovese Leonardo Micucci Lavinia Morelli Pierluigi Capicchioni Riccardo Piccirilli Daniele Ciccolini Andrea Vicari Maria Tomasella Papais Cristina Puca Giovanni Bruno Galvani Brunella Zanti Svetlana Norkina Annamaria Salvatori Olesya Emelianenko Cristiano Giuseppetti VIOLAS

Raffaele Mallozzi Simone Briatore Stefano Trevisan Sara Simoncini Carla Santini Fabio Catania

Ilona Balint Andrea Alpestre Lorenzo Falconi David Bursack Luca Manfredi Federico Marchetti Marco Venturi Federico Carraro Stefania Pisanu VIOLONCELOS

Luigi Piovano Gabriele Geminiani Carlo Onori Diego Romano Francesco Storino Bernardino Penazzi Francesco Di Donna Matteo Michele Bettinelli Sara Gentile Giacomo Menna Danilo Squitieri Roberto Mansueto Giuseppe Scaglione Nasim Saad Lorenzo Ceriani CONTRABAIXOS

Antonio Sciancalepore Libero Lanzilotta Anita Mazzantini Paolo Marzo Andrea Pighi Piero Franco Cardarelli Enrico Rosini Paolo Cocchi Nicola Cascelli Simona Iemmolo FLAUTAS

Carlo Tamponi Andrea Oliva Nicola Protani FLAUTIM

CORNE INGLÊS

PIANO

Maria Irsara Gabriele Cutrona

Andrea Rebaudengo Roberto Galfione

CLARINETES

HARPA

Stefano Novelli Alessandro Carbonare Simone Sirugo

Cinzia Maurizio

CLARINETE BAIXO

Dario Goracci FAGOTES

Francesco Bossone Andrea Zucco Fabio Angeletti CONTRAFAGOTE

a academia nacional de santa cecilia agradece seus parceiros

Alessandro Ghibaudo TROMPAS

Alessio Allegrini Guglielmo Pellarin Marco Bellucci Arcangelo Losavio Luca Agus Fabio Frapparelli Giuseppe Accardi Sabino Allegrini Loris Antiga TROMPETES

Andrea Lucchi Alfonso González Barquín Antonio Ruggeri Ermanno Ottaviani Alex Cesare Elia TROMBONES

Andrea Conti Enzo Turriziani Agostino Spera Maurizio Persia trombone basso TUBA

Gianluca Grosso

tour presenter: ccm classic concerts management www.ccm-international.de

realização

TÍMPANOS

Davide Ferrario

Enrico Calini Antonio Catone

OBOÉS

PERCUSSÃO

Paolo Pollastri Francesco Di Rosa Anna Rita Argentieri

ÓRGÃO

Daniele Rossi

Marco Bugarini Edoardo Albino Giachino Andrea Santarsiere

Ministério da

Cultura


o ministério da cultura e a cultura artística apresentam

SÉRIE DE VIOLÃO 2016 MAIO

EDSON LOPES

JUNHO

DUO SIQUEIRA LIMA

SETEMBRO

VENCEDOR DO CONCURSO KOBLENZ

OUTUBRO

ANDREY LEBEDEV

NOVEMBRO

LUKASZ KUROPACZEWSKI

FOTO HAUSER EDUARDO SARDINHA

patrocínio

realização

Ministério da

Cultura

os recitais acontecem no espaço promon – sala são luiz acesse www.culturaartistica.com.br para mais informações


2016 patrocinadores master

patrocinadores platina

patrocinadores ouro


patrocinadores prata

patrocinadores bronze

apoio

realização


AMIGOS DA CULTURA ARTÍSTICA Agradecemos a todos que contribuem para tornar realidade os espetáculos e projetos educativos promovidos pela Cultura Artística. MECENAS Adolpho Leirner Álvaro Luiz Fleury Malheiros Ana Lucia e Sergio Comolatti Ana Maria Igel e Mario Higino Leonel Ane Katrine e Rodolfo Villela Marino Anna Helena Americano de Araújo Antonio Corrêa Meyer Antonio Hermann D. M. Azevedo Arsenio Negro Jr. Beatriz Baumgart Tadini Carmo e Jovelino Mineiro Claudio Thomaz Lobo Sonder Cristian Baumgart Stroczynski Cristina Baumgart Daniel Feffer Denise Pauli Pavarina Flávio e Sylvia Pinho de Almeida Frédéric de Mariz Gioconda Bordon Giovanni Guido Cerri Hélio Seibel Henri Slezynger e Dora Rosset Israel Vainboim Jacques Caradec Jean Claude Ramirez João e Odila Rabello Jorge José Proushan z”l Jorge Sidney e Nadia Atalla José Carlos Evangelista José E. Queiroz Guimarães José Luiz e Sandra Setúbal José Roberto Opice Karin Baumgart Srougi Lázaro de Mello Brandão Marcelo Kayath Marcos Baumgart Stroczynski Marcos Braga Rosalino Marisa e Jan Eichbaum Michael e Alina Perlman Milú Villela Minidi Pedroso Nelson Nery Junior Olavo Setúbal Jr. Orlandia Otto Baumgart Paulo Bruna

Calçados Casa Eurico Carla e Jaime Pinsky Carlos Chagas Rodrigues Carlos P. Rauscher Claudia Annunziata G. Musto Claudio Alberto Cury Claudio e Selma Cernea Dario Chebel Labaki Neto Dario e Regina Guarita MANTENEDORES Edith Ranzini Eduardo Secchi Munhoz Alexandre e Silvia Fix Eduardo Simplicio da Silva Antonio Ailton Caseiro Edward Launberg Antonio Kanji Elias e Elizabeth Rocha Barros Cleide e Luiz Rodrigues Corvo Elisa Wolynec Edy Gomes Cassemiro Evangelina Lobato Uchoa Erwin e Marie Kaufmann Fernando de Azevedo Corrêa Fernando Eckhardt Luzio Francisco J. de Oliveira Jr. Francisco Humberto de Abreu Maffei Francisco Montano Filho Henri Philippe Reichstul Gerard Loeb Lea Regina Caffaro Terra Gustavo e Cida Reis Teixeira Livio De Vivo Heinz Jorg Gruber Marcelo Pereira Lopes de Medeiros Henrique Lindenberg Neto Maria Zilda Oliveira de Araújo Isaac Popoutchi Michael Haradom Israel Sancovski Neli Aparecida de Faria Issei e Marcia Abe Nelson Pereira dos Reis Izabel Sobral Regina e Gerald Reiss Jayme Sverner Ricard Takeshi Akagawa José e Priscila Goldenberg Ruy e Celia Korbivcher José Thales S. Rebouças Ruy Souza e Silva e Fátima Zorzato Junia Borges Botelho Silvia e Fernando Carramaschi Katalin Borger Stela e Jayme Blay Leo Kupfer Tamas Makray Lúcia Lohmann e Nemer Rahal Thomas Frank Tichauer Valeria e Antonio Carlos Barbosa de Oliveira Luiz Diederichsen Villares Luiz Franco Brandão Wolfgang Knapp Luiz Henrique Martins Castro 3 Mantenedores Anônimos Luiz Marcello M. de Azevedo Filho Malú Pereira de Almeida BENFEITORES Marco Tullio Bottino Marcos de Mattos Pimenta Abram e Clarice Topczewski Maria Adelaide Amaral Alberto Whitaker Maria Bonomi Alfredo Rizkallah Maria Helena Peres Oliveira Andrea Sandro Calabi Maria Teresa Igel Antonio Carlos Marcondes Machado Marta D. Grostein Arnaldo Malheiros MV Pratini de Moraes Bruno Alois Nowak Nelson Vieira Barreira Paulo Proushan Regis Edouard Alain Dubrule Roberto Baumgart Rosa Maria de Andrade Nery Ursula Baumgart 6 Mecenas Anônimos


Oscar Lafer Oswaldo Henrique Silveira Patricia de Moraes Paula e Hitoshi Castro Paulo Cezar Aragão Paulo Guilherme Leser Paulo Roberto Pereira da Costa Percival Lafer Raphael Pereira Crizantho Renata e Sergio Simon Ricardo Bohn Gonçalves Roberto e Luizila Calvo Rosa Maria Graziano Ruben Halaban Sergio Luiz Macera Thyrso Martins Ulysses de Paula Eduardo Jr. Vavy Pacheco Borges Vivian Abdalla Hannud Walter Ceneviva Wilma Kövesi (i. m.) 11 Benfeitores Anônimos APOIADORES Alberto M.R. Barros Neto Alessandro e Dora Ventura Aluízio Guimarães Cupertino Ana Elisa e Eugenio Staub Filho Ana Maria Malik Anna Veronica Mautner Arnoldo Wald Beatriz e Numa Valle Beatriz Garcez Lohmann Blue Travel Agência de Viagens Carlos Mendes Pinheiro Junior Carmen Guarini Cássio Augusto Macedo da Silva Charles e Sandra Cambur Ciça Callegari e Luiz Eugenio Mello Daniela e Frederico Carramaschi Edson Eidi Kumagai Eduardo e Rafaela Queiros Eliana Regina Marques Zlochevsky Elizabete e Mauro Guiotoku Eric Alexander Klug Flavio e M. Lucia de Oliveira Francisco, Mariana e Gabriela Turra Galícia Empreend. e Participações Ltda Geraldo Medeiros-Neto Guilherme Ary Plonski Gustavo Henrique Machado de Carvalho Helio e Livia Elkis Horacio Mario Kleinman Humberto de Andrade Soares Irente Kantor

João Baptista Raimo Jr. José Carlos Dias José Francisco Kerr Saraiva José Rubens Pirani Karen Macknow Lisboa Lilia Katri Moritz Schwarcz Luci Banks Leite Lucila Pires Evangelista Luiz Roberto de Andrade Novaes Luiz Schwarcz M. Luiza Santari M. Porto Marcello D. Bronstein Marcos Pires Campos Maria da Graça e Mario Luiz Rocco Maria Ines Galli Maria Joaquina Marques Dias Maria Tereza e Rodolfo Antonio de Lara Campos Marilene Melo Mario Roberto Rizkallah Mathias Eggers Gorab Mauro André Mendes Finatti Omar Fernandes Aly Patrícia Upton e Nelson Ascher Paulo Emilio Pinto Paulo Mordehachvili Pedro Spyridion Yannoulis Plinio J. Marafon Raquel Szterling Nelken Raul Antonio Correa da Silva Regina Celidonio e Luiz Fernando Caiuby L. da Silva Ricardo Hering Roberto Falzoni Teli Penteado Cardoso Walter Jacob Curi 24 Apoiadores Anônimos

Lista atualizada em 19 de abril de 2016

Para mais informações, ligue para (11) 3256 0223, escreva para amigos@culturaartistica.com.br ou visite www.culturaartistica.com.br/amigos


Agradecemos a todos que têm contribuído, de diversas maneiras, para o esforço de construção do novo Teatro Cultura Artística. PATROCINADORES

PRINCIPAIS DOADORES (R$ 5.000,00 ou mais) Adolpho Leirner Affonso Celso Pastore Agência Estado Aggrego Consultores Airton Bobrow Alexandre e Silvia Fix Alfredo Egydio Setúbal Alfredo Rizkallah Álvaro Luís Fleury Malheiros Ana Maria Levy Villela Igel Antonio Carlos Barbosa de Oliveira Antonio Carlos de Araújo Cintra Antonio Corrêa Meyer Arnaldo Malheiros Arsenio Negro Jr. Aurora Bebidas e Alimentos Finos Banco Pine Banco Safra Bicbanco Bruno Alois Nowak Calçados Casa Eurico Camargo Correa Camilla Telles Ferreira Santos Carlos Nehring Netto CCE Center Norte Cláudio e Rose Sonder Cleõmenes Mário Dias Baptista (i.m.) Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração Daniela Cerri Seibel e Helio Seibel Danielle Leão e Fernando Lohmann Dario Chebel Labaki Neto Dora Rosset Editora Pinsky Ltda. Elias Victor Nigri Elisa Wolynec EMS

Erwin e Marie Kaufmann Eurofarma Fabio de Campos Lilla Fanny Ribenboin Fix Fernando Eckhardt Luzio Fernão Carlos Botelho Bracher Festival de Salzburgo Flávio e Sylvia Pinho de Almeida Francisca Nelida Ostrowicz Francisco H. de Abreu Maffei Frédéric de Mariz Frederico Lohmann Fundação Filantrópica Arymax Gerard Loeb Gioconda Bordon Giovanni Guido Cerri Heinz J. Gruber Helga Verena Maffei Henri Philippe Reichstul Henri Slezynger Henrique Meirelles Idort/SP Israel Vainboim Jacques Caradec Jairo Cupertino Jayme Bobrow Jayme Sverner Joaquim de Alcântara Machado de Oliveira Jorge Diamant José Carlos e Lucila Evangelista José E. Queiroz Guimarães José Ephim Mindlin Jose Luiz Egydio Setúbal José M. Martinez Zaragoza José Roberto Mendonça de Barros José Roberto Opice Jovelino Carvalho Mineiro Filho


Theodoro Jorge Flank Katalin Borger Thomas Kunze Lea Regina Caffaro Terra Thyrso Martins Leo Madeiras Unigel Livio De Vivo Ursula Baumgart Luís Stuhlberger Vale Luiz Diederichsen Villares Vavy Pacheco Borges Luiz Gonzaga Marinho Brandão Vitor Maiorino Netto Luiz Rodrigues Corvo Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados Vivian Abdalla Hannud Volkswagen do Brasil Ind. de Veículos Automotores Ltda. Mahle Metal Leve Wolfgang Knapp Maria Adelaide Amaral Yara Baumgart Maria Alice Setúbal 3 Doadores Anônimos Maria Bonomi Maria Helena de Albuquerque Lins Marina Lafer Mário Arthur Adler Marisa e Jan Eichbaum Gostaríamos de agradecer também as doações de mais Martha Diederichsen Stickel de 200 empresas e indivíduos que contribuíram com até Michael e Alina Perlman R$ 5.000,00. Lamentamos não poder, por limitação de Milú Villela espaço, citá-los nominalmente. Minidi Pedroso Moshe Sendacz Natura Neli Aparecida de Faria Nelson Reis Nelson Vieira Barreira Oi Futuro Oswaldo Henrique Silveira Otto Baumgart Indústria e Comércio Paulo Bruna Paulo Setúbal Neto Pedro Herz Pedro Pullen Parente Pinheiro Neto Advogados Polierg Tubos e Conexões Polimold Industrial S.A. Porto Seguro Raphael Pereira Crizantho Ricard Takeshi Akagawa Ricardo Egydio Setúbal Ricardo Feltre Ricardo Ramenzoni Richard Barczinski Roberto Baumgart Roberto Egydio Setúbal Roberto e Luizila Calvo Ruth Lahoz Mendonça de Barros Ruy e Celia Korbivcher Salim Taufic Schahin Samy Katz realização Sandor e Mariane Szego Santander São José Construções e Comércio (Construtora São José) Silvia Dias Alcântara Machado Stela e Jayme Blay Suzano Tamas Makray


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Santa Cecilia’s Orchestra has a sound that travels: an Italian sound par excellence, rich and special, its fullness and timbres reaching every corner of the globe. South America Tour, São Paulo, May 2016.

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9393.2 km 9394.9 km 9390.3km 9393.0 km


2016 8 E 9 DE MARÇO REGÊNCIA

Orquestra Filarmônica de Viena Valery Gergiev

7 E 8 DE MAIO

Orquestra da Academia Nacional Santa Cecilia Sir Antonio Pappano PIANO Beatrice Rana

REGÊNCIA

17 E 18 DE MAIO

Quarteto Ebène

4 E 5 DE JUNHO VIOLONCELO

Jean-Guihen Queyras

18 E 19 DE JUNHO PIANO 23 E 24 DE AGOSTO PIANO

Jerusalem Festival Chamber Ensemble Elena Bashkirova Leif Ove Andsnes

10 E 11 DE SETEMBRO

Trondheim Soloists Øyvind Gimse TROMPETE Tine Thing Helseth

DIREÇÃO ARTÍSTICA

26 E 27 DE SETEMBRO

Orquestra Filarmônica de Hamburgo Kent Nagano VIOLONCELO Gautier Capuçon MEZZOSOPRANO Mihoko Fujimura REGÊNCIA

16 E 18 DE OUTUBRO

Orquestra Tonhalle de Zurique Lionel Bringuier PIANO Nelson Freire

REGÊNCIA

7 E 8 DE NOVEMBRO

Orquestra Gulbenkian Lawrence Foster VIOLONCELO Antonio Meneses REGÊNCIA

Programação e datas sujeitas a alterações.


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