Caracteristicas clinicas de pacientes atendidos em uma enfermaria psicogeriatrica

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Artigo Original

Características clínicas de pacientes atendidos em uma enfermaria psicogeriátrica na cidade de São Paulo - Brasil Clinical features of psychogeriatric in-patients in the city of São Paulo - Brazil Sérgio Tamai M.D1, Stevin Parreira Zung2, Décio Gilberto Natrieli Filho2, Elie L. B. Calfat2, Glauce Euduvale Torres2, Erika Sayuri Ishii2 1 - Doutor em Psiquiatria – Diretor do Departamento de Saúde Mental da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. 2 - Médicos Residentes em Psiquiatria – Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Instituição: Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - CAISM - Centro de Atenção Integrada a Saúde Mental - UNID - Unidade de Idosos. Endereço de correspondência: Rua Major Maragliano 241 - CEP 04017-030 - São Paulo – SP - Fone: 11 - 5087-7083/ Fax: 11 - 5087-7083 - E-mail: unidsc@uol.com.br

RESUMO

ABSTRACT

Introdução: O aumento da população idosa e as especificidades na abordagem dos transtornos psiquiátricos nesta faixa etária têm estimulado o surgimento de serviços voltados para a saúde mental na terceira idade no Brasil. Descrever as características clínicas e sócio-demográficas dos pacientes acompanhados na enfermaria da UNID entre 01 de janeiro de 1999 e 01 de janeiro de 2000. Métodos: Foram revisados os prontuários de todos os pacientes internados na enfermaria da Unidade de Idosos do Centro de Atenção Integrada em Saúde Mental. Para cada paciente foram obtidos dados sócio-demográficos, origem de encaminhamento, diagnósticos clínicos e psiquiátricos segundo o Código Internacional de Doenças em sua décima versão, tempo de permanência, procedimentos e intervenções durante a internação e destino após a alta. Resultados: Foram analisados os 39,7% of the patients, it was the first admission. Emergency prontuários de 78 pacientes, com média de idade de 68,5 anos. Destes, 30,8% eram homens. Para 39,7% dos pacientes era a primeira internação psiquiátrica. O pronto socorro psiquiátrico foi responsável por 60% das admissões na enfermaria. A maioria dos pacientes morava com familiares (82,10%). Eram casados 39,7% dos pacientes, 12,8% eram solteiros e 7,7% divorciados. Os diagnósticos psiquiátricos mais freqüentes firam transtorno depressivo 39,7% e transtorno afetivo bipolar 23,1%. Em 70,5% dos pacientes havia pelo menos um diagnóstico clínico associado. O tempo médio de internação foi de 36,4 dias. Conclusão: A população idosa portadora de transtornos mentais apresenta características e necessidades que são lhe são peculiares, demandando programas terapêuticos específicos.

Introduction: The increase of the old age population and the particularities in the approach of the psychiatric disorders in this age group have been stimulating the appearance of psychogeriatric services in Brazil. To describe the demographic and clinical features of in-patients admitted at psychogeriatric ward of Centro de Atenção Integrada Saúde Mental between January 1st 1999 to January 1st 2000.Methods: For all in-patients who attended the UNID program at Department of Mental Health of Santa Casa de São Paulo between were obtained demographic data, clinical and psychiatric diagnoses according to the International Code of Diseases in your tenth version, time of permanence, procedures and interventions. Results: The total sample comprised 78 patients. Mean age was 68,5, 30,8% was men. For psychiatric of the patients lived with relatives (82,10%). 39,7% of the patients was married, 12,8% were single and 7,7% divorced. The more frequent psychiatric diagnoses were depressive disorder (39,7%) and bipolar affective disorder (23,1%). In 70,5% of the patients, there was at least an associated clinical diagnosis. The average time of permanence was of 36,4 days. Conclusion: The old age population presents peculiar characteristics and needs, demanding specific therapeutic programs. Keywords: Psychogeriatrics, Inpatients, Elderly.

Descritores: Psiquiatria Geriátrica, Enfermaria, Idosos. ENVELHECIMENTO E SAÚDE 12(4) - 2006

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INTRODUÇÃO

RESULTADOS

O último recenseamento brasileiro revela que cerca de 14,5 milhões de pessoas têm idade acima de 60 anos, o que coloca o Brasil entre os países com maior contigente de idosos no mundo1. Além disso, o processo de envelhecimento populacional brasileiro tem sido mais intenso desde o final da década de 602. O aumento da população idosa e as especificidades na abordagem dos transtornos psiquiátricos nesta faixa etária têm estimulado o surgimento de serviços voltados para a saúde mental na terceira idade no Brasil. Entretanto, relatos sistemáticos sobre o perfil de pacientes atendidos nestes serviços são escassos em nosso meio. A Unidade de Idosos – UNID – do Departamento de Saúde Mental da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo foi criada no início de 1997 com o objetivo de atender aos idosos com transtornos psiquiátricos através de uma equipe multiprofissional constituída por 3 médicos psiquiatras, 2 enfermeiras, 2 psicólogas, 2 terapeutas ocupacionais e 1 assistente social. Além da atividade assistencial, a UNID também desenvolve atividades de ensino para residentes de 2° ano de psiquiatria (4 médicos residentes por semestre), estagiários de geriatria (1 residente por mês) e estagiários em psiquia tria geriátrica (4 médicos por ano). Atualmente a UNID conta com 13 leitos de internação, 30 vagas em hospital-dia, 3 ambulatórios semanais, além de prestar consultoria para um Hospital Geriátrico – D. Pedro II – com 650 leitos, proporcionando atendimento em psiquiatria geriátrica através do Sistema Único de Saúde (SUS) em todos os níveis: da internação ao ambulatório. Os pacientes são admitidos no serviço através de procura espontânea do paciente ou de seu cuidador, ou ainda, encaminhamento de outro serviço de saúde. O pré-requisito básico para admissão é idade igual ou superior a 60 anos.

Durante o período de estudo foram admitidos 78 pacientes com idade variando de 59 a 89 anos, com média de idade de 68,5 anos. Destes, 30,8% eram homens e 69,2% mulheres. Para 39,7% dos pacientes era a primeira internação psiquiátrica enquanto 60,3% já tinham sido internados 2 ou mais vezes. Apenas 7,7% dos pacientes necessitaram de uma nova internação em nosso serviço durante o período de estudo O pronto socorro psiquiátrico foi responsável por 60% das admissões na enfermaria, o ambulatório por 16,7%, 12,8 % foram encaminhados por outros serviços e 9% pelo pronto socorro clínico da Santa Casa de São Paulo. A maioria dos pacientes morava com familiares (82,10%), apenas 14,1% morava sozinho, 1,3% em casa de repouso, 1,3% em acomodação protegida e 1,3% morava em hospital de longa permanência. A Tabela 1 mostra a distribuição dos pacientes em relação a sexo, condições de moradia e estado civil. Eram casados 39,7% dos pacientes (a mesma porcentagem de viúvos), 12,8% eram solteiros e 7,7% divorciados.

OBJETIVOS

Este estudo tem como objetivo descrever as características clínicas e sócio-demográficas dos pacientes acompanhados na enfermaria da UNID entre 01 de janeiro de 1999 e 01 de janeiro de 2000, além de discutir alguns dos achados deste levantamento, comparando-os com dados de literatura. MÉTODOS

Foram colhidas informações através da revisão dos prontuários de todos os pacientes internados na enfermaria da Unidade de Idosos do Centro de Atenção Integrada em Saúde Mental entre 01 de janeiro de 1999 e 01 de janeiro de 2000. Assim, para cada paciente internado no período foram obtidos dados sócio-demográficos, origem de encaminhamento, diagnósticos clínicos e psiquiátricos segundo o Código Internacional de Doenças em sua décima versão3, tempo de permanência, procedimentos e intervenções durante a internação e destino após a alta. 8

Tabela 1 – Características sócio-demográficas. n

%

Masculino

24

30,8

Feminino

54

69,2

Casado

31

39,7

Viúvo

31

39,7

Solteiro

10

12,8

6

7,7

Familiares

64

82,1

Sozinho

11

14,1

Sexo

Estado Civil

Divorciados Moradia

Casa de repouso

1

1,3

Acomodação protegida

1

1,3

Hospital de longa permanência

1

1,3

A distribuição dos diagnósticos psiquiátricos no momento da alta dos pacientes é mostrada na Tabela 2. Os transtornos afetivos foram responsáveis pela maior parte das admissões, sendo que 39,7% dos pacientes apresentaram transtorno depressivo e 23,1% transtorno afetivo bipolar. Os transtornos psicóticos foram o terceiro diagnóstico mais freqüente com 15,4% seguido pelos quadros demenciais com 12,8%. Transtorno mental orgânico foi diagnosticado em 7,7% dos pacientes e transtorno de ansiedade em 1,3%. Em 70,5% dos pacientes havia pelo menos um diagnóstico clínico associado, 35,9% apresentavam 2 ou mais patologias clínicas e 16,7% mais de 3 diagnósticos clínicos. As doenças do aparelho circulatório estavam presentes em 47,3% de todos os pacientes com diagnóstico clínico, seguido por doenças endocrinológicas (18,2%), infecciosas (7,3%) e doenças neurológicas, respiratórias, osteomusculares, cutâneas e vestibulares com 3,6% cada uma. ENVELHECIMENTO E SAÚDE 12(4) - 2006


Tabela 2 – Distribuição diagnóstica. Diagnóstico

n

%

Transtorno Depressivo

31

39,7

Transtorno Afetivo Bipolar

18

23,1

Transtorno Psicótico

12

15,4

Demência

10

12,8

Transtorno Mental Orgânico

6

7,7

Transtorno de Ansiedade

1

1,3

Durante o período de internação em nossa enfermaria foram solicitadas avaliações para outras especialidades médicas da Santa Casa de São Paulo, dentre elas as mais solicitadas foram: a clínica médica, cirurgia, neurologia e geriatria, nesta ordem de freqüência. Além da equipe médica e de enfermagem, os serviços de psicologia, terapia ocupacional e serviço social também participavam ativamente na terapêutica dos pacientes que apresentavam indicação para cada uma das abordagens. Dos 78 pacientes admitidos neste período de um ano, 50 foram avaliados por pelo menos um dos três serviços (psicologia, terapia ocupacional e serviço social), representando 64,1% de todos os pacientes. Destes, 62% estavam em acompanhamento com a terapia ocupacional, 54% com o serviço de psicologia e 40% com o serviço social. O tempo de permanência em nossa enfermaria variou de 3 a 120 dias, com uma média de permanência de 36,4 dias. No momento da alta, 70,5% dos pacientes foi encaminhado para o nosso ambulatório, 11,5% para outros serviços, 7,7% para o nosso hospital-dia, 3,8% para asilos, a mesma porcentagem para outras especialidades médicas e em 2,6% o destino foi ignorado. Se considerarmos ambulatório e hospital-dia, 78,2% dos pacientes mantiveram acompanhamento na UNID após a alta. DISCUSSÃO

As características sócio-demográficas da amostra são semelhantes quanto à idade, sexo e estado civil em relação a dados de literatura4,5. Na amostra pesquisada observamos uma tendência dos idosos morarem com familiares ao contrário do encontrado em outros estudos em países desenvolvidos, onde trabalhos mostram que até cerca de 60% dos idosos admitidos em enfermaria psicogeriátrica moram sozinhos5,6. Entre os fatores responsáveis por estes achados podemos citar diferenças culturais e situação econômica. Segundo Sakauye7, nos Estados Unidos, os idosos de origem hispânica e os afro-americanos são institucionalizados com uma freqüência menor pelas famílias se comparados com a população branca. É mais comum entre os hispânicos e afro-americanos a existência de famílias multigeracionais ao passo que na população branca predominam as famílias nucleares. Estas características parecem determinadas por um lado pela cultura de cada povo e de outro, pelas condições econômicas onde os hispânicos e afro-americanos são geralmente menos favorecidos. A maior parte dos pacientes admitidos na enfermaria veio do ENVELHECIMENTO E SAÚDE 12(4) - 2006

pronto-socorro psiquiátrico, indicando quadros clínicos mais graves naquele momento. O tempo médio de internação foi de pouco mais de um mês (36,4 dias), muito semelhante ao encontrado nos estudos de Gilchrist et al.8 e Harrison et al.9 na Austrália. A taxa de reinternação foi de 7% no período avaliado. Quase oitenta por cento dos pacientes mantiveram acompanhamento em nosso serviço após a alta se considerarmos Hospital-dia (7,7% dos pacientes) e ambulatório (70,5% dos pacientes). Este dado vai ao encontro da proposta do nosso serviço em manter o seguimento dos pacientes nos vários níveis de atendimento, permitindo intervenções terapêuticas mais precoces e, assim diminuindo as reinternações. O baixo número de encaminhamentos para o hospital-dia deve-se ao fato deste ser um serviço que foi implantado somente nos últimos 2 meses do período de avaliação (novembro de 1999). Os reflexos da implantação do hospital-dia na duração média da internação e taxa de reinternação em enfermaria serão avaliados após a conclusão de um outro estudo a ser publicado proximamente. Transtornos afetivos foram responsáveis por uma parcela significativa das internações, sendo que transtornos depressivos representaram cerca de 40% dos casos. Várias possíveis explicações para este achado podem ser consideradas. Primeiramente a depressão é uma doença de grande prevalência na população. O fato de haver um predomínio de mulheres na amostra, as quais apresentam risco duas vezes maior de desenvolverem depressão em relação aos homens10, é um fator importante para que encontrássemos um grande número de pacientes com transtorno depressivo. Também deve ser considerada a associação de doenças cardiovasculares, que aconteceu em cerca de 47% dos casos, onde a prevalência de depressão também é maior do que na população geral11. Na literatura, a porcentagem de pacientes internados em enfermarias psicogeriátricas com diagnóstico de transtorno depressivo varia muito, desde 22% (4) a 71,1% (2). O transtorno afetivo bipolar foi reponsável por grande parte das admissões (23,1%) em nossa enfermaria, mas tal resultado não é encontrado na maioria dos estudos pesquisados4,9,12,13. O que poderia explicar esse achado é que a maioria dos pacientes admitidos provém do nosso pronto-socorro que atende a pacientes onde o controle de comportamento em outro ambiente não é possível, que é o caso dos quadros maniformes. Houve um número relativamente baixo de internação de pacientes portadores de demência. Isto pode ter ocorrido pelo fato de quadros iniciais de demência serem avaliados e tratados por outras especialidades médicas tais como a neurologia ou geriatria por um lado, e por outro lado, nos casos de demência mais graves os pacientes serem institucionalizados. Assim, poucos pacientes portadores de demência chegam ao nosso serviço. Ao contrário, em alguns serviços, os quadros demenciais são responsáveis por grande parte das internações chegando a ser o diagnóstico mais comum nas enfermarias psicogeriátricas13,14. 9


A concomitância de outras patologias clínicas foi freqüente. Em mais de 70% dos casos havia pelo menos um diagnóstico clínico associado, sendo que em aproximadamente um terço dos pacientes este número subia para dois. As doenças cardiovasculares surgem como a principal doença asssociada seguida das patologias endocrinológicas. A geriatria foi a especialidade menos solicitada para avaliações externas porque contamos com a presença do geriatra em nossa equipe, somente em casos de transferências para enfermaria geriátrica é que um geriatra externo foi contactado. A equipe multidisciplinar interveio na maior parte dos casos, sendo que o serviço social atuou em 40% dos casos, refletindo a necessidade que esta parcela da população tem de orientação em relação ao exercício de sua cidadania. Uma vez que o transtorno depressivo foi o diagnóstico mais encontrado e a maioria dos idosos moravam com familiares, há um grande número de pessoas em contato com pacientes geriátricos portadores de transtorno depressivo. O impacto sobre esses cuidadores ainda é muito pouco discutido e estudado, ao

contrário do impacto sobre os cuidadores de pacientes demenciados, onde há um grande interesse e vários estudos. CONCLUSÃO

A depressão foi o diagnóstico mais freqüente entre os pacientes internados no período avaliado. Houve uma grande associação entre os pacientes admitidos com outras condições médicas gerais, particularmente as doenças cardiovasculares. A sobrecarga sobre os cuidadores de pacientes idosos depressivos deve ser considerado e estudos devem ser desenvolvidos para uma maior orientação e apoio a estes familiares. A população idosa portadora de transtornos mentais apresenta características e necessidades que são lhe são peculiares, demandando programas terapêuticos específicos. AGRADECIMENTOS

Agradecemos ao Núcleo de Apoio à Publicação da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo - NAP-SC o suporte técnico-científico à publicação deste manuscrito.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1.

2. 3.

4. 5. 6. 7.

10

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