CRVIS3R Skateboarding #10

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O long é a base do skate que tem como característica a fluidez.

arquivo pessoal

billy argel

Do bowl, do coping e do bowlzão, um buraco imenso onde passei a fazer laybacks, carvings e aéreos com o long, era pura adrenalina! Quais outros picos você andou com seus longs? Andava mesmo na Wave e bem pouco nas ruas. Quem mais andava de long naquela época? Lembro de você, tchap-tchura e do Pastel... Refresca a minha memória! O pastel andava de long, o Tchap eu não lembro, mas na época quem mais andava mesmo era o pastel. Quando foi que você começou a mexer com arte? Comecei desenhando a caricatura dos skatistas na parede da Wave. Eu já desenhava nas aulas e nos cadernos, o desenho sempre me fascinou. Já tinham trabalhos seus pra marcas de skate em meados dos anos 80. Qual foi o seu primeiro desenho escolhido por uma marca? O primeiro trabalho foi pro por Quê (primeiro pro model do país pela Urgh), fiz em papel vegetal umas caveiras e, desde então, nunca mais parei de desenhar. Por favor, dê a sua opinião sobre alguns artistas fundamentais nas artes gráficas do skate: Pushead, Jim Phillips, Rick Griffin e V. C. Johnson. Mouse and Kelley também são os papas do estilo que aprecio, são uma puta escola assim como o Crumb. Quais artistas brasileiros e estrangeiros que te influenciaram, e quais são os que você mais gosta? De gringos, os que citei acima, e brasileiros tem o Laerte, o Negreiros e um monte de quadrinistas que não me vêm à cabeça agora. outra paixão sua são as fontes que você cria, liberando a maioria pra uso pessoal. Você sempre curtiu tipografia ou isso pintou mais tarde? Pra mim, a tipografia é a base do design. Se você tem uma arte e a fonte for manjada, a arte perde um tanto de impacto. A tipografia é a base de tudo, é ela que diferencia o trabalho. Falando nisso, quantas fontes você já criou? Umas 200... Como você conciliava seus trampos com arte, os roles de skate e os shows com o Lobotomia? Na época era natural, o trampo era gostoso de fazer nos anos 80. Eu quase não andava mais de skate, eram mais os ensaios e, como eu era recém-casado, ficava em casa à noite. O dia rendia como ele só! e a guitarra, Billy, anda tocando um bocado por aí? Toco uns blues de vez em quando, nada de fazer umas firulas muito complicadas, é uma coisa mais roots. Se você tivesse de apontar três coisas por aí que te inspiram, quais seriam? O mato e as montanhas, os grafites de meus amigos e o sossego de uma praia.

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No alto: Três momentos de Billy Argel nos anos 80: Descendo uma ladeira de hang ten; Junto com a “diretoria” (Fabio Bolota, Alvaro Porquê, André Skylo, Juninho, Antonio Thronn e Billy); Tocando guitarra na banda Lobotomia. Embaixo: algumas das artes do Billy em alguns dos primeiros pro models lançados no Brasil.


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