Curvas com falhas causam acidentes, aponta estudo

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“Curvas com falhas causam acidentes, aponta estudo. ’’ Folha de São Paulo – Caderno “Cotidiano”

Maria Luíza Bengel de Paula Claudia Moulatlet Fanfa João Pedro Neumann

Resumo Crítico “Curvas Mortais Brasileiras” Curvas Mortais Brasileiras As estradas brasileiras, muitas delas de grande importância por serem utilizadas no transporte de produtos, – como as interestaduais – foram construídas de tal maneira que comprometeu milhares de veículos de grande porte causando tombamentos laterais acarretando prejuízos e o mais preocupante, a integridade física dos que dirigem. O grande número de acidentes com caminhões nas rodovias intrigou o mestre em engenharia de transportes pela USP, Sergio Ejzenberg, que realizou pesquisas nas principais avenidas e estradas durante seis anos para tentar descobrir o motivo de tantos acidentes em várias estradas do Brasil com mínimos intervalos de tempo. Ejzenberg concluiu com seu trabalho que a razão do tombamento de caminhões de carga e ônibus estava na curva das rodovias, onde os acidentes aconteciam em sua maioria. “Será que a culpa vai cair, novamente, sobre o motorista?” perguntava-se Ejzenberg. A construção e trajetória da curva eram as culpadas por tantos acidentes. As curvas fechadas de velocidade de até 60 km/h são ainda mais perigosas e cujos raios deveriam dobrar de tamanho para que os riscos de tombamento e derrapagem fossem diminuídos. São exemplos de curvas “mortais” como as que foram projetadas na Avenida dos Bandeirantes, na Avenida do Estado e nas alças de acesso às pontes das marginais Pinheiros e Tietê, todas localizadas somente na cidade de São Paulo. A péssima construção das curvas é resultado de projetos encontrados principalmente nos manuais que o governo Municipal e Estadual disponibiliza para os engenheiros cujos conteúdos apresentam apenas informações e modelos de curvas projetadas para veículos de porte médio e que sigam estritamente a linha da estrada (o que é um absurdo, já que na execução de uma curva, o motorista sempre realizará uma curva mais fechada), além de prever limites de velocidade muito maiores do que poderiam ser aceitáveis para a prevenção de acidentes. Outros fatores que fazem com que as curvas má projetadas sejam iminentemente fatais para veículos pesados são que os cálculos nas construções das curvas foram pensados somente em um ponto de massa semelhante ao de um veiculo


pequeno de passeio, a menor aderência dos pneus de ônibus e caminhões foi desconsiderada, não foram pensados em veículos que carregassem cargas líquidas ou vivas que comprometem a estabilidade, e foram também ignorados os efeitos que a gravidade exerce nos veículos em descidas aumentando-lhes suas velocidades. É de fato perturbador pegar um carro e saber o quanto pode ser perigoso ao sinal de uma simples curva na estrada ou mesmo nas ruas. Devem ser repensados os manuais de projetos, porque são eles que estruturarão as curvas e fornecerão mais segurança aos motoristas, além de implantar um novo sistema de sinalização que oriente adequadamente os motoristas. Somente através de manuais atualizados e também da reforma dessas curvas é que alguns dos problemas que comprometem vidas podem ser solucionados.

Referência Bibliográfica: IZIDORO, “Curvas com falhas causam acidentes, aponta estudo Folha de São Paulo – Caderno “Cotidiano”. Publicado em 12 de fevereiro de 2010.


Colégio Nossa Senhora Aparecida

Grupo:

Turma: 3º B

Maria Luíza Bengel de Paula Claudia Moulatlet Fanfa João Pedro Silveira Neumann

RESUMO CRÍTICO ’Curvas Mortais Brasileiras'

São Paulo Março, 2011


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