Revista CREFITO-8 ed. 59 Terapia Ocupacional

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Revista Digital - Terapia Ocupacional

DEZ11/JAN/FEV12 Edição Nº 59

Terapeuta Ocupacional atua na reabilitação de pacientes

Antes de abrir sua empresa faça um

BUSINESS PLAN

com Hanseníase

Conheça melhor essa importante Conheça essa importante ferramenta quemelhor pode (e deve) ser utilizada ferramenta que pode (e deve) ser utilizada por todos os profissionais da saúde. por todos os profissionais da saúde.


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Destaque - 4 CIF - questão de cidadania

Profissão - Terapeuta Ocupacional atua na reabilitação de pacientes com Hanseníase

13 Antes de abrir sua empresa faça um Business Plan

ÍNDICE

ÍNDICE


EXPEDIENTE Dr. Abdo Augusto Zeghbi Presidente do CREFITO-8 Gestão 2010-2014

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hegou ao fim 2012. Foi um ano de muito trabalho e ao longo dos 12 meses tivemos desafios nas nossas profissões, cumprimos grande parte das metas estabelecidas. O nosso papel quanto autarquia federal não se limitou ao de fiscalizar e autuar como fórum de ética. Entre as conquistas deste ano, conseguimos a adequação de 8 municípios paranaenses e 3 entidades estaduais à Lei da Jornada de 30 horas, algumas por interpelação administrativa do CREFITO-8 e outras por via judicial. Bem como ainda temos 28 ações judiciais em trâmite e outras aguardando ajuizamento. Nossas ações referentes ao Plano de Gestão de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, entre elas em Dermatofuncional, resultaram na contratação de fisioterapeutas em diversas clínicas de Curitiba. As nomenclaturas Fisioterapia e Terapia Ocupacional foram oficialmente inseridas na Terminologia Unificada da Saúde Suplementar (TUSS), isto significa que todos os procedimentos fisioterapêuticos e terapêuticos ocupacionais do Referencial de Honorários passam a fazer parte da padronização da codificação e descrição dos procedimentos de saúde. Destacamos como importante o comportamento da população para com os especialistas em Fisioterapia e Terapia Ocupacional que reconhece em ambos sua competência científica, não só do saber, mas da prática profissional padronizada, segura e resolutiva conferindo a estes especialistas atributos de profissionalização, autonomia e valorização. Além disso, defendemos nossos profissionais com intervenções diretas contra tentativas de restrições às nossas prerrogativas legais. O CREFITO-8 juntamente com o COFFITO participou de Fóruns, manifestações públicas e do movimento nacional contra a aprovação do Ato Médico, atuando em todas as sessões no Senado Federal. Sabemos que muitos desafios nos aguardam em 2013, com a sua participação conquistaremos juntos a valorização profissional e o respeito que os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais merecem. Isto é o que o CREFITO8 faz por você: trabalhar para que a sociedade se conscientize da importância das nossas profissões para a saúde da população.

Crefito-8 Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 8ª Região Serviço Público Federal Área de jurisdição: Paraná Rua Jaime Balão, 580, bairro Hugo Lange. Curitiba. CEP: 80040-340 Telefone: 0800 645 2009 www.crefito8.org.br Gestão 2010-2014 Diretoria diretoria@crefito8.org.br Conselho Editorial: Presidente Dr. Abdo Augusto Zeghbi Vice-Presidente Dr. Ruy Moreira da Costa Filho Diretor-Tesoureiro Dr. Milton Carlos Mariotti Diretora-Secretária Dra. Maria Luiza Vautier Teixeira Conselheiros Efetivos Dra. Marlene Izidro Vieira Dra. Isabela Álvares dos Santos Dra. Naudimar di Pietro Simões Dr. Cleverson Fragoso Dra. Deborah Toledo Martins Conselheiros Suplentes Dra. Sonia Maria Marques Bertolini Dra. Marcia Kozelinski Dra. Daniele Bernardi Dr. Laudelino Risso Dra. Rúbia Marcia Benatti Dr. Francisco Hamilton Sens Junior Dra. Fernanda Cândido F. Monteiro Dr. Cristiano P. de Jesus Fagundes Dra. Vera Lucia Presendo Bet Produção: Crefito-8 Jornalista responsável: Marina Domingues (Assessora de Comunicação do Crefito-8, DRT 5234/SP). comunicacao@crefito8.org.br Projeto Gráfico e diagramação: Paloma Castro (Assistente de Comunicação do Crefito-8)

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DESTAQUE

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Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) é uma importante ferramenta da Política Nacional de Saúde Funcional (PNSF) e deve ser utilizada por todos os profissionais da área da saúde. O objetivo geral da classificação é unificar e padronizar uma linguagem que descreva a saúde e os estados a ela relacionados.

A classificação foi desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) após ter passado por vários testes extensivos realizados no mundo todo e ter sido aprovada por uma Assembleia Mundial de Saúde, em 2001. Para discutir a PNSF e difundir a utilização da CIF nas práticas profissionais, assim como prestar apoio técnico para a implantação de projetos pilotos, o CREFITO-8 instituiu um Grupo de Trabalho (GT

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de Saúde Funcional) que hoje conta também com a participação do Conselho Regional de Fonoaudiologia. Nessa matéria entrevistamos o fisioterapeuta Dr. Cleverson Fragoso, membro do CREFITO-8 e integrante do GT de Saúde Funcional para explicar melhor qual a finalidade da CIF que abrange vários setores e disciplinas. Vamos abordar quais os objetivos da classificação e como aplicá-la.


DESTAQUE Para que serve a CIF? De acordo com Dr. Cleverson Fragoso, a CIF é um sistema de classificação multiuso, projetado para atender as diversas disciplinas e setores como educação, saúde, transporte, entre outros. Os fatores ambientais influenciam na CIF, sendo inclusive uma ferramenta para o gestor avaliar a acessibilidade e as barreiras arquitetônicas que o município apresenta. Os fatores ambientais constituem o ambiente físico, social e de atitudes em que as pessoas estão inseridas e levam suas vidas. “Uma rampa é um acesso para um usuário de cadeira de rodas, porém pode ser uma barreira para uma pessoa cega, isto é, os fatores ambientais devem ser qualificados conforme a situação em que a pessoa está vivenciando”, explica Dr. Cleverson.

CID e CIF De acordo com Dr. Cleverson, a CIF é considerada uma classificação de funcionalidade humana, uma vez que identifica tudo o que a constitui. Nas classificações internacionais da OMS, as condições de saúde (doenças, distúrbios, lesões, etc) são classificados principalmente na CID, enquanto a funcionalidade e a incapacidade associados aos estados são classificados na CIF. “A CID e a CIF são complementares e as informações resultantes das duas classificações podem ser combinadas traduzindo o estado da saúde da população e revelando avaliações capazes de identificar e até mesmo evitar a mortalidade e morbidade.

Objetivos da CIF Proporcionar uma base científica para a compreensão e o estudo da saúde e das condições relacionadas à saúde, de seus determinantes e efeitos; Estabelecer uma linguagem comum para a descrição da saúde e dos estados relacionados à saúde, para melhorar a comunicação entre diferentes usuários; como profissionais da saúde, pesquisadores, elaboradores das políticas públicas e o público e, inclusive, pessoas com incapacidades; Permitir comparação de dados entre países, entre disciplinas relacionadas à saúde, entre os serviços e em diferentes momentos ao longo do tempo; Fornecer um esquema de codificação para sistemas de informação de saúde. A classificação pode ser útil em várias aplicações diferentes. Dr. Cleverson explica que por ser utilizada em vários setores, como uma das Classificações Sociais das Nações Unidas é considerada um instrumento adequado para implantação dos mandatos e declarações internacionais de direitos humanos como a legislação nacional.

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DESTAQUE Aplicações da CIF Como uma ferramenta estatística – na coleta de dados (e.g., em estudos populacionais e pesquisas ou em sistemas de gerenciamentos de informações); Como uma ferramenta de pesquisa - para medir resultados, qualidade de vida ou fatores ambientais; Como uma ferramenta clínica – na avaliação de necessidades, na compatibilidade dos tratamentos com condições específicas, avaliação vocacional, reabilitação e avaliação de resultados; Como uma ferramenta de política social – no planejamento dos sistemas de previdência social, sistemas de compensação e projeto e implementação de políticas públicas; Como uma ferramenta pedagógica – na elaboração de programas educativos, para aumentar a conscientização e realizar ações sociais; entre outras.

GT da Saúde Funcional O CREFITO-8 instituiu um Grupo de Trabalho de Saúde Funcional (GT da Saúde Funcional) que tem como objetivo principal difundir o uso da CIF. Dentre algumas das ações realizadas pelo GT de Saúde Funcional do Crefito8 destacam-se: - Treinamento da equipe multidisciplinar das Escolas de Educação Especial da Prefeitura Municipal de Curitiba, para utilização da CIF; - Treinamento da equipe multidisciplinar do setor de internamento do Centro Hospitalar de Reabilitação Ana Carolina Moura Xavier, para implantação de projeto piloto utilizando a CIF como ferramenta para Classificação; - Treinamento da equipe multidisciplinar do Serviço de Atendimento Domiciliar - SAD, do Hospital Zilda Arns (Hospital do Idoso), para utilização da CIF e implantação de Projeto Piloto; - Palestra sobre o uso da CIF em várias faculdades; -Apoio para implantação de Grupo de Trabalho de Saúde Funcional do Crefito07;-

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Apresentação em Seminário da Federação Nacional dos Trabalhadores da Saúde - FENTAS de algumas das experiências do GT de Saúde Funcional do Crefito8; -Atuação em parceria com o GT de Saúde Funcional do Coffito, entre outras ações.

Os integrantes do GT da Saúde Funcional (da esq. para a dir): Dr. Renato Niquel (Terapeuta Ocupacional) Dr. Joari Stahlschmidt (Fisioterapeuta) Dr. Cleverson Fragoso (Fisioterapeuta) Dra. Ana Paula Fernandes (Terapeuta Ocupacional) Dra. Claudia Schenek (Fisioterapeura)


PROFISSÃO

Terapeuta Ocupacional atua na reabilitação de pacientes com Hanseníase

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ma das mais antigas doenças que acomete o homem, a hanseníase é infecciosa, crônica e de grande importância para a saúde pública devido à sua magnitude e seu alto poder incapacitante. Atinge principalmente as pessoas em faixa etária economicamente ativa comprometendo seu desenvolvimento profissional e/ou social. A terapeuta ocupacional da Extensão do Hospital São Roque, Dra. Dione Maria Kowalski dos Santos, explica a doença e como se dá a intervenção terapêutica ocupacional nesses casos.

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PROFISSÃO As referências mais remotas da hanseníase datam de 600 anos Antes de Cristo e procedem da Ásia, que, juntamente com a África, podem ser consideradas o berço da doença. Ela é causada pelo Mycobacterium leprae, bacilo descoberto em 1873 pelo médico Amaneur Hansen, na Noruega. Em homenagem ao seu descobridor, o bacilo é também chamado de Bacilo de Hansen – micróbio que apresenta afinidade pela pele e nervos periféricos. Tem alto potencial incapacitante, diretamente relacionado a capacidade do bacilo penetrar na célula nervosa e também ao seu poder imunogênico. Atualmente a hanseníase tem tratamento e cura. Fonte: Portal da Saúde (Ministério da Saúde)

Entenda mais sobre essa doença com a entrevista da terapeuta ocupacional da Extensão do Hospital São Roque, em Piraquara, Dra. Dione Maria Kowalski dos Santos: CREFITO-8: Como pode ser classificada a Hanseníase e quais os sinais e sintomas? Dra. Dione: A hanseníase, para fins de tratamento, pode ser classificada em: Paucibacilar – poucos bacilos, até 5 lesões de pele e Multibacilar – muitos bacilos, mais de 5 lesões de pele. Os sintomas e sinais são manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com perda ou alteração de sensibilidade; área de pele seca e com falta de suor; área da pele com queda de pelos, especialmente nas sobrancelhas; área da pele com perda ou ausência de sensibilidade ao calor, dor e tato. A pessoa apresenta sensação de formigamento (Parestesias); dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e pernas; inchaço nas mãos e pés; diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos; úlceras de pernas e pés; caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos

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avermelhados e dolorosos; febre, edemas e dor nas articulações; entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz e nos olhos, além de se queimar ou machucar sem perceber. Os locais do corpo que apresentam maiores predisposição para surgimento das manchas são as mãos, pés, face, costas, nádegas e pernas. Em alguns casos, a hanseníase pode ocorrer sem manchas. CREFITO-8: Como se transmite e quais são fatores de risco para a hanseníase? Dra. Dione: A transmissão se dá entre pessoas, o qual o doente que apresenta a forma infectante da doença (multibacilar – MB), estando sem tratamento, elimina o bacilo pelas vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), podendo assim transmiti-lo para outras pessoas suscetíveis. O bacilo de Hansen tem capacidade de infectar grande número de pessoas, mas poucas adoecem porque a maioria tem capacidade de auto defesa. O contato direto e prolongado com o doente em ambiente fechado, com pouca ventilação e

NERVOS QUE PODEM SER ACOMETIDOS PELA HANSENÍASE: Os sintomas da Hanseníase são manchas na pele, secura, ausência de pelos, perda ou ausência de sensibilidade ao calor, dor e tato.


PROFISSÃO nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas.

Trabalho em grupo para confeccionar adaptações para autocuidado.

ausência de luz solar, aumenta a chance de infecção. É importante salientar que assim que a pessoa doente começa o tratamento ela deixa de ser transmissor, não precisando ser afastada do trabalho, nem do convívio familiar e pode manter relações sexuais com seu parceiro ou parceira. As situações de pobreza como precárias condições de vida, desnutrição, alto índice de ocupação das moradias e outras infecções simultâneas, podem favorecer o d e s e n v o l v i m e n t o e a p r o pa g a ç ã o d a hanseníase. Esta doença pode atingir pessoas de ambos os sexos em qualquer idade em áreas endêmicas. Entretanto, é necessário um longo período de exposição e apenas uma pequena parcela da população infectada, adoece. CREFITO-8: Qual o período de incubação e como as pessoas podem suspeitar que estão com hanseníase ? Dra. Dione: Em média de 2 a 5 anos. Os sinais e sintomas mais frequentes são manchas e áreas da pele com diminuição de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que podem estar em qualquer parte do corpo, principalmente

CREFITO-8: Como confirmar o diagnóstico e como é o tratamento da hanseníase? Dra. Dione: A confirmação do diagnóstico é feita pelo médico por meio de exame clínico, baseado nos sinais e sintomas detectados na observação de toda a pele, olhos, palpação dos nervos, avaliação da sensibilidade superficial e da força muscular dos membros superiores e inferiores. Em raros

casos será necessário solicitar exames c o m p l e m e n ta r e s pa r a a c o n f i r m a ç ã o diagnóstica. O tratamento específico é encontrado nos serviços públicos de saúde e é chamado de poliquimioterapia (PQT), porque utiliza a combinação de três medicamentos. O paciente vai ao serviço mensalmente tomar a dose supervisionada pela equipe de saúde e pegar a medicação para as doses que ele toma diariamente em casa. A regularidade do tratamento e o início mais precoce levam à cura da hanseníase mais rápida e segura.

A regularidade do tratamento e o início mais precoce levam à cura da hanseníase mais rápida e segura.

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PROFISSÃO

Cadeira de autocuidado confeccionada por pacientes

Teste de sensibilidade

Adaptações com palmilhas a fim de melhorar a qualidade de vida do paciente

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Gravidez e Aleitamento: A gravidez e o aleitamento materno não contraindicam o tratamento poliquimioterápico da hanseníase, que são seguros tanto para a mãe como para a criança. Alguns dos medicamentos podem ser eliminados pelo leite, mas não causam efeitos adversos importantes. Os lactentes, porém, podem apresentar a pele hiperpigmentada por um dos medicamentos, ocorrendo a regressão gradual da pigmentação, após a interrupção do tratamento. CREFITO-8: Como prevenir e realizar a prevenção de incapacidades? Dra. Dione: Apesar de não haver uma forma de prevenção especifica, existem medidas que podem evitar novos casos e as formas multibacilares, tais como: -Diagnóstico e tratamento precoces; -Exame das pessoas que residem ou residiram nos últimos cinco anos com o paciente; -Aplicação da BCG. A prevenção de incapacidades (PI) é uma atividade que se inicia com o diagnóstico precoce, tratamento com PQT, exame dos contatos e BCG, identificação e tratamento adequado das reações e neurites e a orientação de autocuidado, bem como apoio emocional e social. A Prevenção de Incapacidades se faz necessária também em alguns casos após a alta de PQT (reações, neurites e deformidades em olhos, mãos e pés). A avaliação neurológica, classificação do grau de incapacidade, aplicação de técnicas de prevenção e a orientação para o autocuidado são procedimentos que precisam ser realizados nas unidades de saúde. Estas medidas são necessárias para evitar sequelas, tais como: úlceras, perda da força muscular e deformidades (mãos em garra, pé equino,


PROFISSÃO

O paciente tem que aprender sobre a sua doença e aprender como melhorar sua qualidade de vida por meio do tratamento.

lagoftalmo – incapacidade parcial ou total de fechar as pálpebras). Recomenda-se o encaminhamento às unidades de referência os casos que não puderem ser resolvidos nas unidades básicas. CREFITO-8: Como seria a intervenção terapêutica ocupacional nesses casos? Dra. Dione: Os pacientes diagnosticados tardiamente e com deformidades físicas deverão ser encaminhados para unidades de referência onde poderão se beneficiar de tratamento adequado, como a cirurgia, exercícios pré e pósoperatórios e o autocuidado, bem como da indicação de próteses e/ou órteses. O objetivo é proporcionar uma melhor qualidade de vida às pessoas com hanseníase e/ou suas sequelas. O trabalho do Terapeuta Ocupacional se inicia com o diagnóstico terapêutico ocupacional e após é realizado o acompanhamento em conjunto com toda equipe. Caso seja necessário é realizado o

Dra. Dione mostra fotos de trabalhos com os pacientes.

atendimento domiciliar. Após a alta o paciente e seus familiares são acompanhados pelo menos uma vez ao ano. O paciente, por exemplo, tem que aprender a usar a mão, o que é possível com a intervenção do terapeuta ocupacional, bem como qualquer região do corpo; é necessário avaliar para propor as adaptações com aparelhos, palmilhas, etc. O paciente tem que aprender sobre a sua doença e aprender como melhorar sua qualidade de vida por meio do tratamento.

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ORIENTAÇÃO EMPRESARIAL

Antes de abrir sua empresa

faça um

BUSINESS PLAN O

que nos faz procurar uma clínica ou hospital para um check-up? Como fazer com que uma clínica ou consultório de Fisioterapia ou Terapia Ocupacional faça o mesmo sucesso de outros setores do mercado? Trabalhar técnicas de marketing e de comunicação para empresas de Fisioterapia e Terapia Ocupacional pode ser a principal diferença para chegar ao sucesso e isso requer, antes, um “Plano de Negócios”.

O professor e consultor Edélcio Jacomassi explica como viabilizar um futuro empreendimento para trabalhar com prestação de serviços de saúde: CREFITO-8: Por que a viabilidade e o sucesso de um empreendimento como uma Clínica de Fisioterapia ou de Terapia Ocupacional depende de um "Business Plan" (plano de negócios) para dar certo no mercado de prestação de serviços de saúde? A elaboração de BP – Business Plan serve primeiramente, para avaliar as estratégias que uma empresa prestadora de serviços em saúde deseja adotar de forma mensurada e com resultados financeiros e retorno sobre o capital

investido. Isto proporciona uma otimização na utilização de recursos e evita desperdícios em ações que não agregam valor. Segundo, que passa ser um guia norteador das atividades planejadas e com possibilidade de correções evitando planos de ações que não proporcionam o resultado desejado, tanto mercadológico como operacional. CREFITO-8: Por que trabalhar o Planejamento Estratégico de um empreendimento na área de prestação de serviços de saúde como Fisioterapia e Terapia Ocupacional é fundamental? Atualmente, qualquer atividade empresarial, em destaque a prestação de serviços de saúde, apresenta um número crescente de novas

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ORIENTAÇÃO EMPRESARIAL

Edélcio Jacomassi

Tendo um planejamento estratégico como norteador das decisões fundamentais da organização, a gestão fica mais fácil.

empresas entrantes no mercado, mas que muitas vezes não estão preparadas para gerenciamento da atividade, apesar de contar com excelentes profissionais qualificados na atividade fim. Por mais que o profissional tenha sua qualificação técnica, quando a empresa inicia um processo de crescimento a demanda de conhecimentos de gestão aumenta gradativamente, ao ponto de se contratarem profissionais especializados em gestão. No entanto, existem poucos profissionais de gestão que conhecem as estratégias em serviços de saúde e utilizam a gestão de forma estratégica, ética e com êxito. Tendo um planejamento estratégico como norteador das decisões fundamentais da organização, a gestão fica mais fácil. CREFITO-8: A partir do Planejamento Estratégico, quais outras ações o Sr. sugere para que o empreendedor tenha sucesso no mercado de prestação de serviços de saúde em Fisioterapia e Terapia Ocupacional? Os serviços de saúde são demandados pelo grau de confiança e resultados que apresenta. No entanto, apesar de existirem muitas empresas concorrendo neste mercado, ainda existem muitos potenciais pacientes e clientes que não conseguem diferenciar qual a melhor em função de sua necessidade. Um plano estruturado de comunicação e uma correta formação de profissionais que estejam dispostos

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a “vestirem a camisa” da organização e ajudarem a formar uma imagem que proporcione confiança ao paciente/cliente são fundamentais. Neste sentido, o planejamento estratégico proporciona o desdobramento de ações mais importantes para a formação de uma cultura única, com padrões de excelência no atendimento e uma melhor adaptação de serviços em função das necessidades de um determinado segmento de mercado. “Fazer as coisas certas para as pessoas certas” tanto em atendimento como no tratamento de seu público.

Como os empreendedores podem avaliar seu próprio negócio: Existem várias metodologias de avaliação de qualidade de serviços e da própria viabilidade de negócio: - BSC – Balanced Scorecard: é uma avaliação das estratégias adotadas pelas empresas; - Diagnóstico estratégico: é de grande valia para mensurar as decisões tomadas e direcionar ações mais eficazes para garantir o sucesso de um negócio; - Diagnóstico operacional: avalia a percepção do cliente em relação à qualidade e formatação de serviços em função de suas necessidades. Representa quase que uma obrigação para uma prestadora de serviços de saúde adotar, pois garante que a prospecção e o atendimento a clientes / pacientes se transforme em um negócio cada vez mais lucrativo, sem entrar em concorrência de preços, que somente depreciam algumas empresas e profissionais.


ORIENTAÇÃO EMPRESARIAL

CREFITO-8: As franquias têm sido uma boa opção de investimento para muitos empreendedores. Para um empreendimento de prestação de serviços de saúde de Fisioterapia ou Terapia Ocupacional se tornar uma franquia, o que é necessário? A forma de trabalhar em franquia é uma das alternativas mais rentáveis para quem já possui um know how de mercado ou alto grau de inovação. Para poder formatar uma franquia, a organização deve ter experiência no negócio, conseguir atingir um estágio de lucratividade bom e possuir uma sistemática de trabalho bem definida e estruturada, com padrões de excelência em qualidade. Deve-se pensar que quando se formata uma franquia, praticamente se está montando uma nova unidade de negócio que deve ser gerenciada por um terceiro que talvez não tenha o know how de quem formata e precisa também de uma marca reconhecida no mercado. Novamente o plano de negócios é fundamental para orientar o empreendedor de franquias, ensinando o “o que” e “como” fazer. CREFITO-8: Como as franquias nesta área podem ter sucesso? É indispensável que a franquia para que tenha sucesso, o franqueador seja modelo de sucesso, com a aplicação das metodologias já citadas, ou seja, possuir um planejamento estratégico, com plano de negócios, marca reconhecida, serviços de excelência, resultados financeiros favoráveis e um ótimo plano de comunicação. A partir do momento que a empresa franqueadora possa mostrar a sua empresa como sendo um modelo de sucesso e saiba analisar a viabilidade de uma nova unidade de serviços, poderá franquear a diversos novos investidores que hoje buscam oportunidades para investir, mas que não

O grande segredo deste sucesso é o acompanhamento de perto da franqueadora no sentido de orientar as ações da franqueada para que sejam bem sucedidas.

possuem o know how necessário para estruturarem um novo negócio (start up) do ponto zero. O grande segredo deste sucesso é o acompanhamento de perto da franqueadora no sentido de orientar as ações da franqueada para que sejam bem sucedidas. CREFITO-8: Em quais bases e m p r e e n d e d o r a s a c r e d i ta - s e q u e o profissional deixe de ser empregado e passe a ter sua própria Clínica ou Consultório de sucesso? Existe sempre um perfil de pessoas que gostariam de ter seu próprio negócio. Aliás, um número muito expressivo mesmo! Mas o que os impede de abrir um negócio nesta área é muitas vezes a falta de conhecimento de gestão e o medo de entrar sozinho em um mercado extremamente competitivo. Com a segurança de uma franqueadora de experiência e com técnicas de gestão bem claras, transparentes e uma segurança para atuar com excelência na área de saúde, com respaldo de uma área jurídica-legal, administrativo-financeira; comunicação de marketing e mercadológica, o novo empreendedor sente a segurança de aplicar seus recursos no negócio. O mercado de franquias está em pleno crescimento no Brasil e pode ser um investimento muito lucrativo no médio prazo, sem imobilizar os recursos da própria clínica que detém a experiência de mercado.

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