Monografia 10 anos após o sismo de 1 01 1980 volume ii red

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PARTE IV FAROL DO TOPO IV.l -

SÃO JORGE

Descrição sumária da estrutura

As instalações d o farol do Top o, loca lizadas na extremidade SE da ilha de São Jorge, no alto de uma arriba com m ais d e 50 m d e altura, Fig. lV.l, sofreram danos muito graves em diversas das suas estruturas, tendo sido atribuído à zona uma intensidade Mercalli Modificada de VIII. Consistiam es tas estruturas nos edifícios do farol e da casa d e habitação, no farol propriamente dito, e no edifício da central de geração de energia eléctrica. Os edifícios do farol e d a casa d e habitação eram construções de 1 piso em alvenaria de blocos, placas e alguns outros elementos de betão armado. Haviam sido construíd os em finai s dos anos 50 (Faróis de Portugal, 1988), de acordo com a tecnologia da época. O farol, ligado ao edifício por um "corredor", apresenta uma casca espessa tronco-cónica com escada interior em espiral , Figs. 4.2 e 4.3, formando um fuste (torre) com cerca de 12m de altura. No topo superior assenta a lanterna com a óptica de iluminação, Fig. IV.4. A casa da central de geraçã o era uma constru ção d e pequenas dimensões, d e um piso térreo, feita de alvenaria d e blocos. IV.2- Comportamento durante o sismo Todas as estruturas sofreram d anos muito importantes, conforme se esquematiza na Fig. TV.S. O edifício do farol sofreu d anos d e pequena monta, com o derrubamento de uma das chaminés. O farol propriamente dito (Direcção de Faróis, 1980) apresentou danos na óptica e respectivo mecanismo d e ro tação, com rotura, sem possibilidades de recuperação. Os vidros da lanterna partiram e o mercúrio d a cuba d erramou em grandes quantidades (90 kg de um total de 128 kg existentes), d e tal forma que ao fim de 12 dias os vapores ainda se encontravam com concentração suficiente para oxidar facilmente objectos de ouro. Houve ainda danos ex tensos no corred or d e ligação do fuste ao edifício. A casa de habita ção apresentou colapso total d a ex tremidade virada a leste, Fig. IV.6, tendo havido colapsos generali zados também na central eléctrica, Fig. IV.7, oficina e gara gens. A cisterna perd eu apreciá vel q uanti d ade de água, presumindo-se que tenha fracturado . IV.3 -

Discussão

Com vista à defin ição da acção sísmica que possa ter actuado na zona das instalações d o farol, procedeu-se a u ma a nálise qua litativa simplificada do seu comportamento es trutural, recorrend o aos segu intes e lemento : 1. Da nos na óp tica e meca ni m o de rotação. Es tes danos que consistiram no impacto d a ópti ca contra a e tru tura metáli ca ex teri or "passerelle" (vencendo uma distância d e 10 cm), Fig. TV.4 fo ram provenientes da rotura de todos os 6 parafusos (03/4"

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