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Jornal do Externato Infante D. Henrique Número 31 Dezembro 2008 Director José da Silva Ferreira

Boas Festas A Alfacoop celebra, neste ano lectivo de 2008/09, 25 anos ao serviço do ensino, de educação e formação. 25 anos ao serviço da comunidade. Efectivamente, foi em 20 de Setembro de 1983 que encetámos um percurso colectivo que conduziu esta Escola, da situação insustentável que vivia nessa época, aos tempos de hoje em que claramente se afirma como uma alternativa de indiscutível qualidade nas suas diferentes áreas de intervenção. Esta caminhada fez-se na unidade dos professores, dos funcionários, dos alunos, dos pais e dos diversos agentes da comunidade local. Soubemos sempre fixar-nos nas metas essenciais e definir objectivos comuns, estabelecendo uma rede de parcerias em que se fortaleceu a Cooperativa e se robusteceu a Escola. E é por isso que este 25º aniversário da Alfacoop extravasa os muros da escola e envolve toda a comunidade educativa local nas múltiplas acções que vão ser concretizadas ao longo do ano lectivo. Por feliz coincidência, o Externato Infante D. Henrique comemora, também neste ano 40 anos de existência. Somos orgulhosos herdeiros deste passado. Mas somos, sobretudo, os fieis depositários de um projecto que temos a obrigação de manter vivo, bem vivo, para que, daqui a 25 anos, seja possível reeditar a comemoração, provavelmente em moldes diferentes mas com o mesmo sentimento que hoje nos anima. Está a Alfacoop, está a Escola e estamos todos de parabéns.

com a escritora Isabel Alçada

Pag. 22

Pag. 19 A ESCOLA EM ACÇÃO

Dia do Diploma

Pag. 20 ENTREVISTA

Presidente da Junta de Cambeses

Pag. 13 SUPLEMENTO

Cursos EFA - Educação e Formação de Adultos


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dossier

parabéns!

> Ranking do Ensino Secundário coloca a nossa escola entre as melhores do distrito

Os nossos alunos estão de O assunto não foi muito falado, é verdade, mas o Externato Infante D. Henrique deu um grande salto no Ranking dos exames nacionais do Ensino Secundário (ENSEC)). Os dados são claros: em 2004 a nossa escola ocupava o lugar nº 320 no Ranking nacional do JN, em 2005 ficamos em 214º, em 2006 em 321º e em 2007, no 281º lugar. No corrente ano, a nossa escola subiu ao lugar 146º num total de 608 escolas públicas e privadas de todo o país, que realizaram exames nacionais do Ensino Secundário. Se olharmos para o Ranking da SIC, verificamos que o salto foi ainda maior. Na análise desta estação televisiva, a nossa escola ocupa a 104ª posição. No entanto, no ranking publicado pela SIC em 2007, o Externato ocupava a posição 265ª, saltando, por isso, de 2007 para 2008, nada mais nada menos, que 161 lugares. Este ano, o Jornal Público colocou a nossa escola no 115º posto, num Ranking das escolas ordenadas da melhor para a pior média. Segundo este jornal, de um total de 117 escolas Privadas com ENSEC, a nossa escola ocupa a 53ª posição mas, no distrito de Braga, apenas é ultrapassada pelo Colégio D. Diogo de Sousa, de Braga e pelo Instituto Sezim, de Guimarães, ficando atrás da nossa escola o Colégio La Salle (Barce-

los - 55º), Colégio 7 Fontes (Braga - 56º), o Externato Delfim Ferreira (Famalicão - 57º), o Externato Carvalho Araújo (Braga - 71º), a Didaxis S. Cosme (Famalicão - 82º), a Didáxis de Riba d’Ave (Famalicão - 97º) e o Externato de S. Miguel de Refojos (Cab. Basto – 111º). Ao nível das disciplinas, segundo dados do jornal Público, a disciplina com melhor média obtida pelos nossos alunos foi Matemática (13,4) logo seguida por Biologia e Geologia (12,5). Foi também nesta disciplina em que se verificou menor discrepância entre a Classificação Interna Final (CIF) e a classificação de exame (CE) – 0,85, e onde os nossos alunos obtiveram média superior à média nacional que foi de 10,75, a exemplo de Física e Química, em que os nossos alunos obtiveram nos exames mais um valor que a média nacional que foi de 9,58. Na disciplina de Português, a nossa escola obteve a média de 10,8, superior à média nacional que foi de 10,38. O mesmo acontecendo na disciplina de Geografia, cuja média nacional foi de 11,42 tendo a nossa escola obtido uma média de 12,2.

RANKING DAS ESCOLAS PRIVADAS DO DISTRITO DE BRAGA* Posição

Escola

Média Exames

Colégio D. Diogo de Sousa - Braga

13,37

Instituto de SEZIM - Guimarães

11,95

Externato Infante D. Henrique

11,71

Colégio La Salle - Barcelos

11,55

Colégio 7 Fontes - Braga

11,50

Externato Delfim Ferreira - Famalicão

11,47

DIDALVI - Barcelos

11,23

Externato Carvalho Araújo - Braga

11,10

Didáxis Vale S. Cosme – VN Famalicão

10,86

10º

Didáxis – Riba d’Ave – VN Famalicão

10,28

11º

Ext. S. Miguel de Refojos-Cab. Basto

9,18 *Segundo o Jornal Público

Primeira fase do programa Aves De 10 a 15 de Novembro, decorreu na nossa Escola a primeira fase de aplicação das provas do Programa AVES, no sentido de se dar continuidade a um projecto de melhoria iniciado em colaboração com a Fundação Manuel Leão, no ano lectivo transacto. São de salientar, no entanto, algumas alterações efectuadas neste processo. Assim, neste ano lectivo, realiza-se uma nova prova de conhecimento, à disciplina de Inglês; a prova de Ciências de 7º ano foi alterada em resposta ao feedback das escolas e a testes de fiabilidade; o diagnóstico de saída do terceiro ciclo é agora feito no início

do 10º ano, nas áreas de Português, Matemática e Inglês; o diagnóstico de saída do ensino secundário tem lugar no final do 12º ano, nas áreas de Português, Matemática e Inglês; os alunos dos cursos profissionais realizam no início do primeiro ano do curso o mesmo diagnóstico de saída do terceiro ciclo que é feito no início do 10º ano no ensino regular. Todavia, estes alunos que optaram pelo ensino profissional realizam o diagnóstico de saída do curso no final do terceiro ano do mesmo, nas áreas de Português, Matemática e Inglês, de acordo com as horas de formação de cada área.

MEP coloca a nossa escola em 7º lugar O Movimento Esperança Portugal – MEP (http://www.mep.pt/) (que adoptou o lema “Melhor é Possível”) tem elaborado rankings das escolas, não na perspectiva dos resultados obtidos por cada escola num dado ano de escolaridade, mas sim na perspectiva da melhoria que cada escola regista em cada ano, quando comparada com o ano anterior. Trata-se de uma visão alternativa e complementar em que se sublinham as escolas que registam uma melhoria ao longo dos anos,

aquelas que mais sobem as suas médias e que, em muitos casos, se vencem a si próprias. No ranking organizado pelo MEP com base neste critério, a nossa Escola fica em 7º lugar a nível nacional, no ano lectivo de 2007/08. Com base nestes resultados de que legitimamente nos sentimos orgulhosos, a nossa Escola vai receber um DIPLOMA atribuído pelo Movimento Esperança Portugal em sessão a promover brevemente.


a escola em acção

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> Comemorações iniciaram-se em Setembro

Comemora 25 anos A Alfacoop - Cooperativa de Ensino, CRL, iniciou, numa sessão solene organizada para o efeito, no dia 20 de Setembro, as comemorações do 25º aniversário da sua fundação. Esta sessão contou com a presença de todos os colaboradores desta instituição – pessoal docente e não docente – e dos Presidentes de Junta das Freguesias de Arentim e Ruílhe, num jantar que pretendeu assinalar o arranque das comemorações. O destaque nesta sessão vai para a homenagem a colaboradores (professores e funcionários) que, até este momento, completaram 25 ou mais anos, ao serviço desta Cooperativa de Ensino. A cada um dos homenageados a escola ofereceu um diploma e um objecto em ouro. A sessão foi abrilhantada com um quar-

teto de cordas e com a exibição de pequenos filmes produzidos propositada e simbolicamente para esta sessão. Nos discursos, o Presidente da Assembleia Geral da Alfacoop, Dr. Manuel Augusto Araújo, e o Presidente da Direcção da Cooperativa, Dr. José Ferreira, lembraram o contexto em que foi fundada a Alfacoop, entidade proprietária do Externato Infante D. Henrique, e apontaram linhas orientadoras para o futuro. Esta foi apenas a primeira de um conjunto de iniciativas que serão levadas a cabo para assinalar a efeméride (ver caixa).

Um ano recheado de actividades culturais As comemorações dos 25 anos da Cooperativa Alfacoop realizar-se-ão ao longo do ano lectivo. Ainda em Dezembro, será organizada uma conferência sobre o tema “A Responsabilidade Social das Cooperativas”, e lançado um Torneio de Futebol de Salão para alunos, professores e Encarregados de Educação e será também promovido o con-

curso de fotografia “O Património Cultural na Construção da Identidade da Comunidade Local”. Em 2009, no dia 25 de Abril, será organizado o “Ciclopaper da Primavera” e em Maio uma exposição intitulada “25 anos da Alfacoop em Retrospectiva”. Neste mês será ainda inaugurado um painel artístico comemorativo dos 25 anos e haverá um

jantar de antigos alunos da nossa escola. Mas o ponto alto destas comemorações terá lugar de 12 a 19 de Junho. Nesta semana, uma exposição mostrará as “Potencialidades Endógenas da Região”, a Tuna Académica do Externato Infante D. Henrique, que comemora 20 anos, organizará um Encontro de Tunas Académicas,

sendo organizada também uma caminhada. No programa das comemorações para esta semana, conta-se ainda um sarau artístico, uma exposição de artes plásticas intitulada “Sent’Arte”, a publicação de uma edição especial do Jornal Infante e a edição de uma medalha e de um azulejo alusivo à efeméride.


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a escola e o meio

> Magusto ADESTE-ALFACOOP

Uma verdadeira FESTA POPULAR!

O magusto ADESTE-ALFACOOP, realizado na freguesia de Cunha, foi uma verdadeira festa popular, a que aderiram algumas centenas de pessoas provenientes de várias freguesias da região. A iniciativa teve lugar no dia 15 de Novembro, no Largo da Senhora do Carmo, onde as Associações de Pais da EB1 de Cunha, EB1 de Ruílhe, EB1 de Arentim, EB1 e JI de Cambeses e EB1 e JI de Nine, instalaram tasquinhas para servir vinhos e petiscos, (ou vender rifas em tômbola, como fez a Associação de Pais de Cunha), e assim arrecadar algum dinheiro para financiar as suas actividades. A associação CATEL de Cunha, e duas turmas de Educação e Formação de Adultos da Alfacoop também estiveram presentes no certame, bem como os Presidentes da Junta de Freguesia de Cunha e de Ruílhe.

Também não faltaram actividades de animação musical e cultural. O concurso de Rusgas foi um dos pontos altos, com a Rusga da Associação de Pais de Cunha a arrecadar o primeiro prémio (500 euros), seguindo-se a Rusga da Associação de Pais de Ruílhe (400 euros), o Rancho Folclórico de Nine (400 euros) e o Agrupamento de Escuteiros, também de Nine (200 euros). Antes do concurso de Rusgas, já a Tuna Académica do Externato Infante D. Henrique tinha subido ao palco para apresentar o seu reportório que animou todos os presentes. A festa aqueceu com actuação do Grupo de Tamborileiros do Externato Infante D. Henrique, que desfilou desde a Igreja Paroquial de Cunha até ao recinto do magusto. No belíssimo e requalificado Largo da Senhora do Carmo, de Cunha, assistiu-se

também à demonstração do fabrico de pão caseiro e à organização de jogos tradicionais, havendo ainda espaço para o jogo da sueca, ao som da música popular. Não faltaram, claro, as castanhas assadas, acompanhadas de um bom tinto da região, como manda a tradição. Uma referência ainda para o concurso de quadras populares associado a esta actividade, organizado pelo jornal on line “Infante Magazine”, do Externato Infante D. Henrique. Participaram 46 alunos, tendo o primeiro prémio sido atribuído a Catarina Pereira, do 6º G, o segundo prémio a Inês Duarte, do 6º E, o terceiro prémio a Alex Vilaça, do 6ºE, o quarto prémio a Ana Costa, do 5ºG e o 5º prémio foi entregue a Nuno Machado, do 6ºE.

A ADESTE é uma Associação de Desenvolvimento Local constituída por Juntas de Freguesia, Estabelecimentos de Educação, Ensino e Formação das Redes Pública, Cooperativa e Solidária, Associações de Pais, Professores e Educadores e outras Pessoas e Instituições comprometidas com o desenvolvimento educativo, social e cultural das freguesias de Nine (Concelho de Vila Nova de Famalicão), Cambeses, Sequeade, Bastuço-S. João, Bastuço-Santo Estêvão (Concelho de Barcelos), Arentim, Cunha, Tebosa e Ruílhe (Concelho de Braga).

> Eleições na Associação de Pais da nossa escola

Francisco Pinto continua a Presidente Francisco Pinto foi reconduzido no cargo de Presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação do Externato Infante D. Henrique, numa Assembleia Geral que teve lugar na nossa escola a 27 de Setembro. De um total de 535 votantes, a única lista apresentada a sufrágio obteve 463 votos a favor, tendo registado 47 votos brancos e 25 nulos. Os órgãos sociais eleitos têm como Presidente da Assembleia Geral o Cónego Narciso Carneiro Fernandes e Presidente do Conselho Fiscal Ilídio Augusto Silva Vilaça.

Nesta Assembleia Geral foi aprovado o Relatório de Actividade referente ao ano 2007/08 e ainda o Programa de Acção para o ano 2008/09. No Relatório de Actividade saliente-se a participação da Associação de Pais na ADESTE (Francisco Pinto será o representante desta associação no Conselho Geral Transitório do Agrupamento Trigal Sta. Maria, de Tadim), a participação na Comissão Social Inter-freguesias Varandas do Este, a participação na Federação de Associações de Pais do Concelho de Braga, entre outras.

A Associação de Pais desenvolveu também vários contactos com as empresas de transportes escolares, no sentido de melhorar este serviço prestado aos alunos. Na Assembleia Geral esteve também presente o Director Pedagógico do Externato Infante D. Henrique que abordou vários assuntos, tais como a organização dos horários dos alunos, as actividades de complemento curricular, a participação no Conselho Municipal de Educação, entre outros.


a escola em acção

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Dia Mundial da Alimentação na nossa escola O dia 16 de Outubro é o Dia Mundial da Alimentação. Para além de celebrar o aniversário da Fundação da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) esta comemoração, que envolve actualmente cerca de 150 países e que teve o seu início em 1981, tem por finalidade consciencializar a opinião pública para as questões da nutrição e da alimentação. Na nossa escola, a comemoração do Dia Mundial da Alimentação, para além de pretender promover a consciência crítica dos membros da comunidade educativa para

os problemas globais da nutrição e da alimentação, teve por finalidade incentivar os alunos, os professores e os funcionários a adoptarem hábitos de vida saudáveis, principalmente ao nível da alimentação. Ao longo de todo o dia, esteve patente no auditório uma exposição de trabalhos de alunos alusivos ao tema, com destaque especial para a RODA DOS ALIMENTOS. Foram montadas barraquinhas para a divulgação e venda de alimentos saudáveis, revertendo o produto das vendas para o Banco Alimentar Contra a Fome.

Para além disso, estudantes do Curso de Enfermagem da Universidade do Minho (três dos quais antigas alunas da nossa escola) colaboraram com esta iniciativa informando e aconselhando sobre questões ligadas à saúde individual. Foram muitas as pessoas que aproveitaram para medir o IMC, o índice de Glicemia, a Tensão Arterial e o Colesterol. Os formandos dos Cursos de Educação e Formação de Adultos participaram também activamente nesta comemoração.

Entre 1980 e 2006, os investimentos na agricultura caíram de 17% para 3%. Por outro lado, os biocombustíveis privaram o mundo de 100 milhões de toneladas de cereais como o milho e o trigo que poderiam servir para alimentar seres humanos.

In Infante Maganize

> Trabalhos produzidos pelos alunos do 9º Ano renderam 445 euros

Escola promove venda de arte a favor do

PROJECTO HOMEM O Departamento de Educação Artística e Tecnológica do Externato Infante D. Henrique promoveu, no dia 28 de Novembro, pelas 21 horas, uma exposição /venda de telas, cuja verba reverteu a favor do Projecto Homem, instituição que se dedica à prevenção e tratamento da toxicodepen-

dência. Esta actividade, que se realizou pelo segundo ano consecutivo, decorreu no Centro de Recursos Educativos deste estabelecimento de ensino e foi orientada pela professora Lurdes Rodrigues. Estão envolvidos neste projecto artístico os alunos do 9º ano do Ensino Básico, que foram

sensibilizados a participar nesta iniciativa, no âmbito da disciplina de Educação Visual. Antes da venda das telas, técnicos do Projecto Homem, de Braga, fizeram uma sessão de esclarecimento sobre a toxicodependência e as consequências do consumo de droga. Após a palestra foi efectuada

a venda dos quadros produzidos pelos alunos e a receita apurada – 445 euros - entregue ao Projecto Homem. Participaram nesta iniciativa pais e encarregados de educação, professores, alunos, e o Director Pedagógico do Externato Infante D. Henrique.


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destaque cef em acção

Cef1 pratica… Cef apoia AMI

Os formandos do curso de Electricista de Instalações vão evidenciar na prática aquilo que têm vindo a aprender. Desta vez, foi um exercício de medição do valor da resistência da terra de protecção, em que os formandos puderam compreender alguns dos ensinamentos já abordados. O formador e director de curso, Carvalho Oliveira, foi ao pormenor e parece que tem obtido resultados positivos. …e visita bloco habitacional Numa visita a um bloco habitacional, os formandos puderam conhecer a realidade do profissional de electricista de instalações. Esta foi uma actividade que além de servir para evidenciar a importância das aprendizagens na formação, serviu também para (re)lembrar que o tempo de aplicar esses conhecimentos está perto. A formação em contexto de trabalho é muito em breve. E como estamos a falar de electricidade: já se vê uma “luzinha”.

A partir do desafio do formador de Cidadania e Mundo Actual, todos os grupos de trabalho participaram na campanha de angariação de fundo para a AMI. Durante dois dias vestiram a camisola (neste caso o colete) e estiveram por toda a escola a

Cef5 visitou Cáritas

recolher fundos para esta instituição portuguesa que tem vindo a desenvolver um trabalho notável em todo o mundo. A cidadania pratica-se. Aqui ficam alguns dos voluntários.

O curso de empregado comercial já tem o logótipo e o slogan para este ano: CEF5 o ponto obrigatório. Este foi um trabalho desenvolvido em parceria com o curso de multimédia (11ºF) que, a partir de um conjunto de ideias lançadas pelos formandos de empregado comercial, desenvolveram o logótipo para este ano. Mais uma vez, o trabalho em parceria deu bons resultados. Esperemos que todos gostem.

O primeiro pão… O grupo de formandos de pastelaria e panificação mal iniciou o ano já começou a surpreender toda a gente com o seu dinamismo e vontade de trabalhar.

No domínio de Cidadania e Mundo Actual, o grupo de empregado comercial aprofundou conhecimentos sobre a temática da exclusão social. Para isso, visitaram a Cáritas que, como sempre, se mostrou muito solícita a colaborar. A actividade teve como principais propósitos sensibilizar os formandos para o flagelo da exclusão social e os motivos que originam este problema. Esperamos que todos tenham aprendido com os exemplos abordados. É que em tempos de insegurança, preparar o futuro começa já hoje.

Logótipo Cef5

Os primeiros resultados estão à vista… e não só. Parece que quem provou…gostou. Um bom início de ano que se espera prometedor. A formação em contexto de

trabalho está próxima e estamos confiantes que vai ser um sucesso. É para continuar.

Empregado comercial empreendedor Este ano lectivo, a directora de curso e formadora de práticas administrativas em contexto comercial já começou a desenvolver no grupo de trabalho do Curso de Assistente/ Empregado Comercial, uma das componentes do perfil profissional: capacidade empreendedora. Neste sentido, começou por visitar o Centro de Formalidades Empresariais de Braga, onde os formandos puderam aprender os principais passos de criação de uma empresa, assim como aspectos relacionados com organismos do Estado. A visita foi orientada pelo Dr. Francisco Pinto da Costa, director daquele organismo. Esperamos que a visita tenha contribuído para criar um espírito empreendedor nos formandos.


a escola em destaque acção

Alunos viram cinema 3D

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Cerca de 200 alunos do 7º ano de escolaridade e 40 alunos do Curso Profissional de Multimédia (10 ºE e 11ºE) viram, a três dimensões, o filme Viagem ao Centro da Terra, no Cinemax, Braga Shopping, no dia 14 de Novembro. A actividade foi organizada pelos Directores de Turma do 7º ano, em colaboração com os professores Ricardo Ferreira, Sérgio Dias e Pedro Monteiro. Por apenas um euro, os alunos viveram uma experiência única de ver cinema a três dimensões, sendo que muitos dos conteúdos programáticos do 7º ano de escolaridade estão relacionados com o tema do filme, adequando-se também ao Curso de Multimédia. Entre outros, esta actividade teve por objectivo despertar a curiosidade acerca do mundo natural e criar um sentimento de admiração, entusiasmo e interesse pela Ciência.

> Curso Profissional Multimédia

Fotografia imaginação, memória e visão A turma 10ºF do Ensino Profissional - Técnico Multimédia, fez uma visita de estudo ao Museu da Imagem, em Braga, no dia 24 de Outubro, para ver e analisar uma exposição de fotografia intitulada “Blind Spot” de Mayanna von Ledebur. A autora explora o caminho escorregadio entre a imaginação, memória e visão, utilizando um corpo de trabalho em vários suportes visuais: fotografia, vídeo e desenho. Esta visita esteve enquadrada no Módulo de Fotografia Digital. Mais uma vez, os nossos alunos do 11ºano realizaram, no dia 19 de Novembro, uma visita de estudo ao Mosteiro de Tibães, no âmbito da disciplina de Português e integrada no estudo do Barroco e na Comemoração do IV Centenário do Nascimento do Padre António Vieira, autor do século XVII. Esta visita , guiada e preparada para alunos do 11ºano, permitiu um contacto com a vida das ordens religiosas no nosso país e com o poder que essas ordens representavam na comunidade, em que estavam inseridas. Para se cumprir o principal objectivo da visita, os alunos puderam constatar as diferenças mais

> Visita de estudo ao Mosteiro de Tibães

significativas entre os vários estilos arquitectónicos da Igreja do Mosteiro, nomeadamente: o maneirismo, o barroco português, o barroco joanino, o rococó e o neoclássico. Neste espaço, compreenderam a exuberância do Barroco e os objectivos da Igreja na sua utilização, sobretudo a tentativa de impressionar os fiéis. Dentro do estudo da Oratória, foi também possível explicar aos alunos a importância, a posição e a função de um púlpito dentro de uma igreja, sobretudo na época a que nos reportamos. Os alunos tiveram, ainda, a oportunidade de conhecer a biodiversidade presente na cerca que foi ao longo dos séculos propriedade do Mosteiro.

> Alfacoop no Rádio Clube Português do Minho A nossa Escola marcou presença, a 18 de Novembro, no Rádio Clube Português - Emissor de Braga. Foi uma emissão em directo, em que os professores Pedro Monteiro e Sérgio Cortinhas, bem como o Director Pedagógico, foram entrevistados

a propósito da atribuição do Prémio de Design ao Jornal Infante, no Concurso Nacional de Jornais Escolares promovido pelo jornal “Público”. Na entrevista, além de terem explicado como é elaborado, sob o ponto de vista gráfico e jornalístico,

o Jornal Infante, os professores e o Director Pedagógico da nossa escola partilharam com o auditório do Rádio Clube Português, informações sobre o funcionamento da nossa escola.


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destaque em movimento secundário

> Testes Intermédios já começaram a ser aplicados

> Parlamento Jovem

Para quê e porquê?

Voltamos a concorrer!

O Externato Infante D. Henrique participa novamente no Projecto Testes Intermédios, promovido pelo GAVE (Gabinete de Avaliação Educacional). Os testes intermédios, cuja adesão à sua realização é facultativa, têm como principais finalidades permitir a cada professor aferir o desempenho dos seus alunos por referência a padrões de âmbito nacional e ajudar os alunos a uma melhor consciencialização da progressão da sua aprendizagem, tendo em conta esses padrões. Estes testes são instrumentos de avaliação disponibilizados ao longo do ano lectivo, que não constituem, contudo, um modelo de prova de exame nacional. A duração dos testes intermédios (uma aula de 90 minutos) e a quantidade de conteúdos avaliados (os leccio-

nados até à altura em que é aplicado o teste intermédio) inviabilizam a apresentação de uma estrutura totalmente fiel à de um exame nacional. Nem sempre é assegurado que, para um mesmo tipo de item, a cotação a atribuir no teste intermédio seja igual à que, no final do ano lectivo de 2009, irá surgir nos referidos exames. Já no que se refere à tipologia dos itens e aos respectivos critérios de classificação, os testes intermédios ilustram, com elevado grau de fidelidade, o modelo de prova de exame a apresentar no corrente ano lectivo. No entanto, o teste de uma mesma disciplina/ano de escolaridade é aplicado em simultâneo em todo o território nacional. Cada teste é elaborado tendo em conta uma duração de 90 minutos, devendo ser realizado durante uma

aula com esta duração. Os testes são corrigidos e classificados pelo professor da turma. Os critérios de classificação serão discutidos com os alunos, na aula de correcção do teste, para que estes fiquem familiarizados com critérios semelhantes aos que irão ser adoptados nos exames nacionais. A classificação dos testes tem, na nossa escola, implicações na avaliação interna, sendo considerado como um teste, em todas as disciplinas, na avaliação sumativa. A adesão da escola a um projecto destes visa uma preparação dos alunos para a realização de exames nacionais e contribui, tal como as aulas de apoio e de preparação para exame, para uma mais-valia no processo ensino-aprendizagem dos alunos.

no concurso do Parlamento dos Jovens, (fomos à sessão nacional), a nossa escola está outra vez inscrita para mais uma aventura pela política. Em todo o país, estão inscritas 319 escolas e, no distrito de Braga, concorrem este ano, 21 escolas, mais seis do que em 2007/08. Este concurso desenvolve-se em várias etapas, iniciandose com o debate do tema na Escola (a campanha eleitoral e eleições em que grupos de alunos se organizam por listas para a sessão escolar). Na sessão escolar, será aprovado o projecto de Recomendação da Escola e eleger-se-ão os representantes do Externato para a Sessão Distrital. Nesta sessão, serão escolhidas três escolas para representar o Círculo Eleitoral de Braga, na Sessão Nacional.

CALENDÁRIO DAS APLICAÇÕES Matemática − 3.º Ciclo 8.º ano - 30 de Abril 9.º ano - 9 de Fevereiro e 11 Maio

Depois da excelente participação no ano lectivo passado,

Matemática A 10.º ano - 28 de Janeiro e 6 de Maio 11.º ano - 29 Janeiro e 7 Maio 12.º ano - 10 de Dezembro, 11 de Março e 27 de Maio

Física e Química A 10.º - 3 de Junho 11.º - 17 de Março e 26 Maio Biologia e Geologia 10º - 28 de Maio 11º- 3 de Março e 19 de Maio

Associação Juvenil de Ciência Dois membros da nossa comunidade escolar, Sílvia Vieira e Lília Cunha - aluna do 12ºA e Técnica de Laboratório, res-

> Associação de Estudantes

João Figueira é o novo presidente

pectivamente - participam na direcção do Núcleo de Braga

A lista B, liderada por João Luís Barroso Figueira, do 11º E, foi a vencedora das eleições para a Associação de Estudantes da nossa escola. A disputa foi renhida desde o início até ao fim do acto eleitoral, tendo a lista B derrotado a lista C na segunda volta das eleições, que se realizou a 27 de Novembro. A lista vencedora obteve 594 votos (54%) e a lista C obteve 483 votos (44%), tendo votado um total de 1105 alunos. Na primeira volta, a lista mais votada foi a lista C, com 453 votos, seguindo-se a lista B, com 352 votos, e depois a lista A, com 232 votos. A campanha eleitoral decorreu nos dias 20 e 21 de Novembro e foi marcada por estratégias de afixação de mensagens em vários suportes na escola e pela animação musical, às vezes ruidosa, nos espaços de recreio, nos intervalos das aulas. Organizar diversos torneios desportivos, criar um site para a associação de estudantes, organizar um fim-de-semana radical, festas e um intercâmbio com outras escolas são alguns dos objectivos da lista vencedora. Os novos órgãos sociais da Associação de Estudantes são liderados, na Assembleia Geral, por Ana Gomes, do 12ºD e, no Conselho Fiscal, por Rui Rodrigues, do 12ºA. A tomada de posse realizou-se a 3 de Dezembro.

Esta associação, que existe desde 1987, é constituída por

da Associação Juvenil de Ciência (AJC), juntamente com mais cinco jovens do distrito. jovens de todo o país até aos 30 anos e tem como objectivo promover e divulgar a ciência entre os jovens em geral e os sócios em particular. A AJC está dividida em sete núcleos: Lisboa, Porto/Gaia, Coimbra, Aveiro, Covilhã, Odemira e Braga. O Núcleo da nossa região tem programado para o ano lectivo de 2008/2009 actividades muito interessantes no âmbito da ciência, entre as quais algumas a ser desenvolvidas na nossa escola. Se gostas de Ciência e de conhecer outros jovens, junta-te à AJC! Fala com a Sílvia ou com a Lília, para saberes mais sobre esta associação e, quem sabe, juntares-te a elas neste projecto. In Infante Magazine


secundário em movimento

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> Área de Projecto do 12º ano A Área de Projecto do 12º ano tem uma natureza interdisciplinar e transdisciplinar e visa a realização de projectos concretos por parte dos alunos, com o fim de desenvolver nestes uma visão

integradora do saber, promover a sua orientação escolar e profissional e facilitar a sua aproximação ao mundo do trabalho. É na prossecução destes objectivos que os alunos de diferentes

turmas e áreas de estudo trabaO Infante foi dar uma espreilharam ao longo do 1º período tadela nos projectos dos nossos lectivo, concentrando atenções alunos, a desenvolver no 2º perína planificação e preparação de odo lectivo. múltiplos projectos que pressupõem actividades diversificadas.

IDEIAS, PROJECTOS E ACÇÕES No 12º A, os temas são diversificados. Um grupo vai estudar e divulgar as doenças psiquiátricas e a forma como são encaradas pelas pessoas e também esclarecer alguns mitos que a opinião pública tem face a este tema. Outro grupo organizará uma campanha de sensibilização para doação de medula óssea, tentando convencer as pessoas a inscreverem-se como dadores de medula óssea, no sentido de ajudar a tratar as pessoas com leucemia. Para isso, pretendem realizar um filme com entrevistas a doentes e pessoal médico do IPO do Porto e trazer à escola uma unidade móvel do centro de Histocompatibilidade do Norte, para recolher amostras de sangue das pessoas que pretendam ser dadoras. “O Comércio Justo” é o tema de um outro grupo nesta turma, cujo objectivo é divulgar este tipo de comércio e mostrar a origem dos produtos (biológicos), o seu fundador, as vantagens para os produtores, permitindo-lhes melhores condições de vida e incentivando as pessoas a procurar este tipo de produtos. O produto final será a organização de uma feira com produtos do comércio justo. Nesta turma, um grupo de alunos tenciona conhecer melhor as técnicas de investigação criminal. O principal objectivo deste trabalho é desmistificar e compreender os métodos utilizados na criminologia, tendo em conta o binómio ciência/ investigação. Para o efeito, realizarão várias entrevistas a instituições ligadas ao tema, assim como um conjunto de palestras e actividades que visam informar e esclarecer toda a comunidade escolar. Há ainda um grupo que desenvolverá o tema “Feromonas” - substâncias químicas que desempenham um papel importante no comportamento social de certas espécies animais. Um simples exemplo da acção destas substâncias é o “carreirinho das formigas”, no qual as mesmas se seguem umas às outras, ordenadamente. O principal objectivo deste projecto é a divulgação deste tema. No 12º B, os temas são a Cruz Vermelha, Medicinas Alternativas, Produção Animal e Higiene de Consumo, Voluntariado, Promoção da Saúde e Investigação Criminal. Os alunos que estudarão a Cruz Vermelha pretendem compreender o funcionamento desta instituição e divulgar a

sua história e as diferentes vertentes do trabalho desenvolvido. Para tal, organizarão uma palestra com a participação de elementos ligados à Cruz Vermelha, uma demonstração de Primeiros Socorros e como produto final um documentário. Ao nível das medicinas alternativas, os alunos querem conhecer e dar a conhecer o que é a Medicina Alternativa e recolher informação para divulgar possíveis potencialidades associadas a este tipo de medicina. Este grupo irá também organizar uma mostra para divulgar exemplos de Medicinas Alternativas, procurando, dessa forma, informar a comunidade sobre as suas vantagens e desvantagens. Ao nível do tema “Produção Animal e Higiene de Consumo”, os alunos dizem que pretendem “gerar polémica!”. Isto porque querem abordar a desvalorização dos direitos dos animais, as condições em que são criados, mortos, comercializados e confeccionados. Devido ao facto de uma parte das doenças, nos seres humanos, serem provocadas pelo consumo de produtos de origem animal, o grupo decidiu também investigar a higienização dos alimentos para sensibilizar a comunidade, no sentido de alterar a sua atitude em relação a alguns hábitos alimentares. O tema “Voluntariado” despertou noutros alunos um grande interesse porque, dizem, “tem sido pouco divulgado” pela sociedade em geral. Por isso, o objectivo é sensibilizar e mobilizar a comunidade para a participação em possíveis acções de voluntariado. Estes alunos pretendem, como grupo UPUS (“Unidos Por Um Sorriso”), participar em acções de solidariedade. Como produto final realizarão um documentário. O estudo do tema “Promoção da Saúde” tem como principal objectivo melhorar os conhecimentos dos alunos e informar/ esclarecer a comunidade sobre alguns comportamentos/medidas a ter em conta de modo a promover a saúde individual e comunitária. Estes alunos pretendem realizar uma palestra para a qual vão convidar especialistas de diferentes áreas da saúde e dinamizar uma Feira da Saúde, onde serão realizados diferentes tipos de rastreios. No tema “ Investigação Criminal”, os alunos referem que “têm curiosidade em saber como é que é desenvolvido o trabalho de investigação criminal no nosso

país”, principalmente, ao nível da actuação da Polícia Judiciária. Como produto final pretendem realizar um documentário onde sejam divulgadas todas as etapas de investigação de um crime.

Finalmente, no 12ºC, a Nanotecnologia será outro dos temas a desenvolver com o objectivo de dar a conhecer esta moderna área de investigação e conhecimento. Para tal, pretendem elaborar um livro.

Na turma C, também há um leque de temas diversificados. Começando por um grupo que escolheu como tema “Animais Sem Fronteiras”, que se propõe criar uma associação de recolha de animais vadios. Este grupo deseja também elaborar uma revista que englobe todo o tipo de notícias e curiosidades sobre o mundo animal e ainda um documentário para sensibilização da população local. Outro grupo, sob o tema “Todos iguais, todos diferentes”, debruçar-se-á sobre a deficiência. Este projecto consiste na produção de um filme, sobre as instituições que visitarão, a fim de sensibilizar a comunidade escolar para o problema da deficiência. “A Morte Cerebral” será o tema a desenvolver por outro grupo nesta turma. Estes alunos pretendem, desta forma, especificar o conceito de morte cerebral, mostrar as suas principais causas, conhecer a constituição do cérebro e conhecer de perto o tema em causa. Os produtos finais apresentados por este grupo serão a elaboração de um molde do cérebro e uma palestra ou um painel. A exemplo de outras turmas, também a Criminalidade é um tema escolhido por um dos grupos do 12ºC. Estes alunos pretendem trazer à nossa escola alguns profissionais que trabalhem em estabelecimentos prisionais e que tenham experiências interessantes para contar. Pretendem entrevistar um recluso, um psicólogo, um médico, uma professora e o jornalista de televisão, Hernâni Carvalho, para o mesmo fim. Nesta turma, outro grupo quer conhecer melhor o “Mundo dos desportos electrónicos em Portugal”. O principal objectivo é realizar um mapa virtual para o jogo Counter Strike, com um cenário da nossa Escola, nomeadamente a zona do bloco D. Pretendem também realizar inquéritos aos alunos para saber a sua opinião acerca dos videojogos e, possivelmente, fazer uma entrevista a uma pessoa que esteja ligada a este tipo de jogos.

No 12ºD, um dos grupos está a desenvolver um trabalho subordinado ao tema “Galaico-Portuguesa – Uma Identidade que Atravessa a História”. Este grupo pretende abordar o tema segundo uma perspectiva histórica, geográfica, económica e cultural, fazendo uma recolha de elementos típicos e identificativos de cada uma das regiões. Como produtos finais e com os elementos recolhidos, realizarão uma exposição na Semana Aberta promovida pela Escola, com o objectivo de sensibilizar a comunidade educativa para a existência da EuroRegião Minho-Galiza. Numa fase posterior, organizarão um colóquio com participação de elementos das duas regiões para discutir as implicações deste novo instrumento de cooperação europeu. Outro grupo tem um projecto sobre os idosos intitulado “Idosos - sentir a Vida”. Com este trabalho, pretendem perceber a relação dos idosos com as famílias e as instituições e visitar serviços e valências de apoio a idosos. Como produto final vão editar uma publicação sobre os idosos. A “Sobredotação” é o tema escolhido por outro grupo que quer apresentar um pequeno filme, onde mostre o dia-a-dia dos sobredotados. Este grupo tenciona também organizar um colóquio, em colaboração com a associação ANEIS, Associação Nacional para o Estudo e Intervenção na Sobredotação. “Sem Abrigo - o frio é a minha morada”, é o tema de outro projecto desta turma cujos produtos finais serão um “Guia do Sem Abrigo”, um filme, bem como apoio material aos “sem abrigo”. O filme será feito com imagens e pequenos videos que serão produzidos nas ruas da cidade de Braga. O livro “ Guia do Sem Abrigo” será entregue aos sem-abrigo. Finalmente, outro grupo irá estudar o Instituto Português de Oncologia, nomeadamente a ala pediátrica. Este grupo quer sensibilizar a comunidade para o papel do I.P.O., através de um filme, acompanhado por uma Palestra, fazer voluntariado e promover uma acção de doação de sangue aqui na Escola.


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adestaque escola em acção

O cre recomenda O Mês Internacional das Bibliotecas Escolares

O Centro de Recursos Educativos prossegue, neste ano lectivo, com a dinamização de actividades que fomentem práticas de leitura e elevem os níveis de literacia dos alunos da nossa escola. Assim sendo, e entendendo que o acto de ler deve ultrapassar os limites da sala de aula, serão desenvolvidas várias actividades, entre as quais se destacam “O Livro da Semana”e “As Nossas Escolhas”. Semana a semana, o CRE, o Clube de Leitura, as turmas do Ensino Secundário e os diversos Departamentos Curriculares irão sugerir um livro que será colocado à disposição de toda a comunidade escolar. Novidades literárias serão mensalmente divulgadas tendo como finalidade desenvolver o gosto pela leitura e formar, entre os nossos alunos, leitores atentos e críticos.

O Dia Internacional da Biblioteca Escolar foi substituído pelo Mês Internacional da Biblioteca Escolar, comemorado no mês de Outubro. Neste ano, o tema escolhido pela IASL (Internacional Association of Scholl Librarianship) foi “Literacia e aprendizagem na Biblioteca Escolar”. Para além de muitas outras iniciativas que assinalaram a data, destacamos a elaboração de “slogans” alusivos ao Livro e à Leitura pelos alunos dos 2º e 3º ciclos, nas aulas de Formação Cívica. Dos “slogans” seleccionados foram feitos “Marcadores de Livros” que foram distribuídos pelos novos sócios leitores da Biblioteca Domiciliária. No dia 27 de Outubro, foi lançado o concurso “Como Estamos de Cultura Geral?”, cujos vencedores foram cinco alunos do 11º F – Curso Profissional de Multimédia e o funcionário Alberto Antunes. Os vencedores receberam um cheque da Fnac. Parabéns!

É preciso descobrir o prazer de ler, é preciso (re)descobrir o gosto pela leitura.

> Halloween sangrento À semelhança dos anos lectivos anteriores, o Departamento de Línguas Estrangeiras organizou, a 31 de Outubro, a celebração do Halloween. Sendo uma tradição de raízes Anglófonas e Francófonas, este departamento procurou proporcionar a toda a comunidade educativa

o contacto, de uma forma lúdica, com cultura, costumes e tradições diferentes, promovendo assim, uma aprendizagem diversificada, integradora e socializadora. Assim, ao longo de toda a manhã, os alunos e professores tiveram a oportunidade de participar em diversas actividades. O espaço escolhido foi o auditório da escola, que se transformou de forma “arrepiante”. Uma gruta devidamente decorada foi o espaço favorito dos alunos. Cavei-

ras, esqueletos, morcegos, fantasmas, teias e aranhas, um caixão, um morto-vivo e um caldeirão com uma “receita muito especial” proporcionaram gritos estridentes e muita diversão. O jogo da glória gigante foi também muito participado e, curiosamente, foram os alunos mais velhos, do ensino secundário, que mais se divertiram a lançar os dados e a percorrer todas aquelas casas assustadoras. Uma docente de Educação Tecnológica divertia-se e divertia os alunos com as pinturas de rosto. Não faltavam miúdos com olhos, lábios e unhas pintadas de preto e com figuras pouco simpáticas pintadas no rosto.

A nossa técnica de laboratório transformou-se numa bruxa malvada e na sua banca deliciou os presentes com magias fantasmagóricas que faziam os alunos, ora rir, ora gritar, ora ficar de boca aberta a observar as experiências. Os jogos de Halloween virtuais também tiveram adeptos muito assíduos, assim o canto da informática teve os seus lugares sempre ocupados. Paralelamente, decorria uma exposição de desenhos alusivos ao Hallween e abóboras. Estas últimas foram espalhadas por todo o recinto e deram um ar muito festivo à nossa escola. Os melhores trabalhos irão ser premiados com uma ida ao cinema, com direito a pipocas e bebida. O momento mais delicioso desta manhã foi, sem dúvida, o momento “Candy Apples” e “Bobbing Apples”. As professoras não tinham mãos a medir para atender a tantos alunos que queriam provar estas iguarias. Todas estas actividades foram acompanhadas por música característica desta época. O entusiasmo e dedicação de todos os envolvidos nesta actividade proporcionaram mais uma vez o seu sucesso. In Infante Magazine


a escola em destaque acção > Corta-Mato

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> Reconhecimento das boas práticas ambientais.

Realizou-se, no dia 26 de Novembro, no Campo de Jogos do Talegre, na freguesia de Ruílhe, a já tradicional Prova de Corta-Mato, integrada nas actividades do Projecto de Desporto Escolar do Externato Infante D. Henrique. A prova, que se realizou num dia bastante agradável, contou com a participação de quase três centenas de alunos, distribuídos pelos escalões de Infantis A, até Juniores, tanto masculinos como femininos. Os três primeiros classificados de cada escalão foram premiados com uma medalha e a todos os participantes foi entregue um pequeno lanche para compensar a energia dispendida. Para além dos professores do Departamento de Educação Física e Desportiva, dos funcionários do Polidesportivo envolvidos na organização da actividade, estiveram ainda envolvidos diversos meios dos quais gostaríamos de salientar a habitual e sempre preciosa colaboração dos Bombeiros Voluntários de Viatodos, que disponibilizaram uma ambulância para o acompanhamento de todas as provas. A Direcção da nossa escola também disponibilizou os autocarros escolares para o transporte dos alunos.

6º ANO CONSECUTIVO DE BANDEIRA

participaram VERDE 300 alunos Vencedores: Infantis A masculinos: 1º-João Cardoso, 5ºD 2º-Cassiano Martins, 5ºF 3º-Bruno Carreiras, 5ºA Infantis A femininos: 1º-Inês Freitas, 5ºG 2ª-Filipa Serino, 5ºD 3ª-Maria Silva, 5ºC Infantis B masculinos: 1º-Sérgio Campos, 7ºG 2º-Carlos Serino, 7ºE 3º-Fernando Azevedo, 7ºE Infantis B femininos: 1º-Daniela Soares, 6ºC 2º-Carina Dantas, 6ºA 3º-Paula Ferreira, 7ºD Iniciados masculinos: 1º-Fábio Carvalho, 7ºB 2º-Hugo Pinheiro, 8ºC 3º-Hélder Durães, 7ºF Iniciados femininos: 1º-Rita Costa, 8ºE 2º-Daniela Santos, 9ºA 3º-Ana Martins, 9ºG. Juvenis masculinos: (prova adiada) Juvenis femininos: 1º- Vanda Pinto, 10ºC 2º-Lúcia Machado, 9ºC 3º-Anabela Barbosa, 10ºD Juniores masculinos: (prova adiada) Juniores femininos: 1º-Rosa Arantes, 10ºG 2º-Carla Araújo, 12ºC 3º-Rafaela Araújo, 10ºG.

A prova dos Juvenis e Juniores masculinos teve de ser interrompida por motivo justificável (queda de uma fita que sinalizava o percurso tendo induzido os participantes em erro) e, como tal, vai ser repetida mais tarde.

Pelo sexto ano consecutivo, o Externato Infante D. Henrique foi galardoado com a Bandeira Verde. A cerimónia de entrega da Bandeira Verde que decorreu, este ano, em Torres Vedras, no passado dia vinte e seis de Setembro, na sequência do Dia das Bandeiras Verdes, foi como é habitual organizada pela ABAE, Associação Bandeira Azul da Europa, responsável pela dinamização do Programa EcoEscolas em Portugal. Com o objectivo de receber a Bandeira Verde e participar nas actividades dinamizadas nesse Encontro deslocaram-se a Torres Vedras alguns alunos e professores do Externato Infante D. Henrique. Durante a manhã, alunos e professores, assistiram e participaram em diversas actividades, nomeadamente, a corrida realizada com carros movidos a energia solar, as provas de cicloturismo e prevenção rodoviária, pintura de painéis e reciclagem de materiais, entre outras. No espaço Expotorres foi possível visitar diversas exposições relacionadas com a temática da Educação Ambiental, como por exemplo, jogos, ateliês sobre moinhos, pegadas e reciclagem, Estiveram também expostos os Eco-Códigos desenvolvidos, ao longo do ano lectivo, pelas escolas participantes com mensagens e ilustrações alusivas a temas de sensibilização ambiental. Por volta das 14.30 iniciou-se a cerimónia de entrega dos galardões que este ano lectivo contou com a presença de André Sardet a animar o espectáculo. Em representação da Escola, um grupo de alunos foi receber a Bandeira Verde que será hasteada na Escola numa cerimónia que se pretende possa contar com a colaboração de toda a Comunidade Educativa. O tema do ano lectivo 2007/2008, Alterações Climáticas, foi abordado em actividades dinamizadas pelo Conselho EcoEscolas, Departamentos Escolares, Coordenação de Directores de Turma, Núcleos Escolares e Direcção Pedagógica.

Um projecto certificado Durante o ano lectivo 2007/2008 o trabalho que a nossa escola tem desenvolvido ao longo dos últimos seis anos no âmbito da Educação Ambiental, e que nos tem permitido a conquista da Bandeira Verde, foi objecto de uma Auditoria Externa, realizada pela Comissão Nacional do Programa Eco-Escolas em colaboração com Direcção Regional de Educação do Norte. Esta auditoria foi realizada em todas as escolas que receberam o galardão nos últimos três anos. A atribuição do galardão 2007/2008 foi a prova de que o trabalho que o Externato Infante D. Henrique tem desenvolvido corresponde ao esperado pela Comissão Nacional do Programa. Lançamos, para o ano lectivo 2008/2009, um novo desafio a toda a comunidade educativa e também à comunidade envolvente, para que seja dada continuidade a este Projecto com novas actividades. O Plano de Acção que temos desenvolvido e apresentado à Comissão Nacional, e que nos tem permitido a conquista do galardão, é muito mais enriquecido se contar com actividades propostas e desenvolvidas por diferentes estruturas da escola, Direcção Pedagógica, Departamentos Curriculares, Clubes Escolares, Coordenação dos Directores de Turma. Por isso é que somos uma ECOESCOLA!


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adestaque escola em acção

> Externato Infante D. Henrique

Jornal Infante ganha 1º prémio no Concurso Nacional de Jornais Escolares do Público O Jornal Infante, do Externato Infante D. Henrique, arrecadou o 1º Prémio no Escalão de “Design”, do Concurso Nacional de Jornais Escolares, promovido pelo Jornal Público, com o apoio do Ministério da Educação. Este prémio pretende premiar a qualidade e a originalidade do grafismo como elemento de valorização do jornal escolar. Nesta categoria receberam menções honrosas os jornais “001 Ordem para ler”, da Escola Secundária da Trofa e “Na Maior”, da Escola Secundária Pluricurricular Santa Maria Maior, de Viana do Castelo. O Jornal Infante, do Externato Infante D. Henrique, receberá um prémio monetário de 600 euros. O INFANTE já é editado no Externato Infante D. Henrique desde o início da década de 90, tendo, a partir dessa altura, com a aber-

tura do Curso Tecnológico de Comunicação, sido um importante instrumento de comunicação e informação da escola e também um importante instrumento pedagógico. Constituíram, neste ano lectivo, o corpo redactorial do INFANTE seis professores e quinze alunos, bem como o Director Pedagógico da escola, como Director do jornal, equipa que contribuiu para a publicação de cinco números, editados em Outubro de 2007, Dezembro de 2007, Março de 2008, Maio de 20008 e Julho de 2008. O grafismo foi coordenado pelo Professor Pedro Monteiro. O júri desta iniciativa, que este ano foi subordinada ao tema “Que fazer com as novas Tecnologias?” foi constituído por Teresa Calçada, coordenadora do Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares do Ministério da Educação; Cristina Ponte, professora da Universidade Nova de Lisboa e coordenadora da equipa portuguesa do Projecto EU Kids Online; Felisbela Lopes e Luís António Santos, professores da Universidade do Minho; Paula Gris, do Centro Português de Design; e Eduardo Jorge Madureira, director pedagógico do Projecto PÚBLICO na Escola. Mais informações sobre prémios e premiados deste concurso podem ser obtidas em http://publico.pt/pubnaesc

Concurso “Repórter Alfa” 1. O Jornal Infante organiza, neste ano lectivo, o concurso “Repórter Alfa” que tem por objectivos: - Promover a Educação para o uso crítico dos Media; - Desenvolver capacidades comunicativas e, nomeadamente, o correcto uso da língua portuguesa; - Desenvolver capacidades de expressão escrita; - Fomentar as capacidades criativas do aluno; 2. Podem participar neste concurso todas as turmas do Externato Infante D. Henrique. 3. O concurso deverá ser divulgado e orientado nas turmas, pelo Director de Turma e pelo professor de Língua Portuguesa. 4. Para a participação neste concurso, cada turma nomeará dois alunos para representar a turma. Serão estes os

“Repórteres Alfa” da turma. 5. Os “Repórteres-Alfa” da turma enviarão para o jornal Infante textos elaborados sobre actividades desenvolvidas pela turma (visitas de estudo, actividades …), no âmbito da escola ou da comunidade local. 6. Os textos devem preferencialmente ser enviados para o e-mail jornal.infante@alfacoop.pt ou entregues pessoalmente a qualquer elemento do Clube de Jornalismo, com a indicação do nome do “Repórter-Alfa”, ano e turma. 7. Os textos devem ser apresentados em língua portuguesa e podem ser apresentados sob a forma de notícia, reportagem, entrevista, artigo de opinião ou crónica. 8. A ilustração dos textos realizada por alunos é um elemento de valorização do texto.

9. Os textos deverão ser revistos pelo professor(a) de Língua Portuguesa da turma, antes de enviados para o jornal. 10. Cabe à equipa redactora do Jornal Infante decidir a sua publicação no jornal da escola. 11. Em cada edição do Jornal Infante será publicada a lista dos textos admitidos a concurso, estando a publicação dos mesmos dependente da agenda do jornal. 12. Serão objecto de apreciação pelo júri todos os textos recebidos até 31 de Maio de 2009. 13. O Júri é constituído pelos elementos do Clube de Jornalismo do Externato Infante D. Henrique. 14. No final do ano serão atribuídos prémios para os 3 melhores “Repórter-Alfa”, que tenham apresentado os 3 melhores trabalhos.


suplento - 1º ciclo > Cursos EFA – Educação e Formação de Adultos

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Cursos EFA na ALFACOOP têm sido um sucesso

O saber não escolhe idades

Inicialmente eram 80 formandos. Neste momento já há 136 estudantes adultos a frequentar os cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) do Centro de Formação Alfacoop, que arrancaram em Outubro deste ano lectivo. O Centro de Formação Alfacoop tem em funcionamento seis cursos que permitem adquirir habilitações escolares e/ou competências profissionais com vista a uma (re) inserção ou progressão no mercado de trabalho: Certificação Escolar 9ºAno; Operador de Infor-

Vida mática; Certificação Escolar do 12ºano; Animador Sócio-cultural; Técnico Comercial e Técnico de Informática. E é caso para dizer que o saber não escolhe idades. A frequentar estes cursos encontram-se formandos com idades compreendidas entre os 18 e os 72 anos de idade, provenientes não só das freguesias da área de influência da Alfacoop (com muitos formandos oriundos do concelho de Famalicão) mas de outras zonas mais afastadas, tais como Póvoa de Lanhoso ou Guimarães.


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educação e formação de adultos - reportagem

Manuel Joaquim Gomes 58 anos Arentim Reformado da C.P. O relógio da torre da Igreja já deixou cair 7 horas. É noite. Está frio neste começo de Novembro. Ao parque de estacionamento da Escola começam a chegar carros de várias proveniências. A luz dos faróis traça de amarelo uma chuva miudinha. Em pouco tempo o parque fica cheio. Um transeunte que passa pergunta se haverá reuniões de professores ou de pais. Foi-lhe dito que não. Que são formandos que estão a frequentar os Cursos de Educação e Formação de Adultos, em regime pós-laboral. “Uma grande coisa. Se eu pudesse também vinha. Trabalho por turnos. Mas um dia, sabe-se lá…” E lá continuou deixando ficar um “então, boa noite”. São quase sete horas e meia. Cento e trinta e tal formandos, homens e mulheres de meia-idade, trabalhadores, desempregados, jovens com mais de 18 anos, à procura do primeiro emprego, entram com passo firme e apressado na Escola. Para trás ficou um dia de trabalho na fábrica, na oficina ou no escritório. Ou ficaria mais um dia de desemprego, mas também mais um dia com esperança na procura e encontro de novas oportunidades. Para Manuel Gomes, 58 anos, casado e avô, residente em Arentim, aposentado da C.P., será uma forma e uns momentos para “avivar a memória e testar as minhas capacidades e competências” depois de uma vida de trabalho duro. Às sete e trinta em ponto, todos já estão nas salas de formação. A Escola, até às onze da noite, será uma oficina ou uma feira de saberes e de experiências. Um espaço de conhecimento e de aprendizagens aberto, dinâmico, flexível, integrado, interactivo, participativo e crítico. No desenho curricular e nas vá-

João Carlos Pinto 39 anos Ruílhe Empresário rias áreas de competências estão metodologias e dinâmicas pedagógicas e didácticas que traduzem soluções educativas diferentes, centradas nas pessoas, nos seus percursos de vida, em experiências vividas, conhecimentos adquiridos e amadurecidos, expectativas e no futuro que se espera fazer frente. ESPAÇO PORTA ABERTA Enquanto decorre a formação, Ricardo Ferreira, Coordenador dos Cursos EFA, e que já conhece todos os formandos pelo nome e os seus percursos de vida, interesses e aspirações, recebe-nos numa ampla e multi-funcional sala de trabalho, centro coordenador e polivalente de todo este processo e de toda esta dinâmica sistematicamente acompanhada e monitorizada pela capacidade técnica de Sandra Santos. De forma rápida, objectiva e conhecedor da filosofia e política do Programa Novas Oportunidades, foi-nos dizendo que com esta oferta educativa e formativa “a Escola não só respondeu de forma pronta e eficaz aos desígnios e políticas do Ministério da Educação no sentido de elevar os níveis de qualificação escolar e profissional da população adulta” como também “abriu as portas à população, aos parceiros e actores do desenvolvimento local, às empresas e a toda a comunidade” obedecendo ao princípio da “Escola Aberta”, aproveitando e rentabilizando toda uma experiência e “capacidade instalada” em termos de recursos técnicos e humanos. Assim, e após um trabalho de “diagnóstico de necessidades de formação”,

Domingos Miguel Vaz 30 anos Vimieiro Metalúrgico divulgação de cursos, entrevistas, preparação de dossiers técnico-pedagógicos e financeiros, apresentação e aprovação de candidaturas, constituição de equipas educativas, no início deste ano entraram em funcionamento 6 cursos de nível básico e secundário, tendo a maior parte deles dupla certificação – escolar e profissional. INTERESSES E OBJECTIVOS São vários os motivos que trazem de novo as pessoas à Escola. Para além de melhorarem as qualificações, de gostarem de desafios, de quererem testar capacidades e aptidões, está, na maior parte dos casos, a necessidade de obterem mais formação, como resposta a uma sociedade em mudança, às exigências do mercado de trabalho, aos medos e desafios. Razões profissionais. Realização pessoal, também. Aumentar a auto-estima, porque não? João Carlos Pinto, 39 anos, residente em Ruílhe, empresário no ramo das artes decorativas, frequenta o EFA – Escolar – 12º ano, associando o querer saber mais e o ir “mais além” a uma “perspectiva pragmática”. Com uma empresa, com 16 empregados, quer que esta se “afirme no mercado internacional com uma imagem de marca e inovação”. Com “marca registada” em Portugal e na Europa, com 98% da produção destinada à exportação, João Pinto, que desde muito novo ficou com o gosto pelas “manualidades e ideias” tem um fascínio incontornável pelas cores, formas e materiais. Depois de concluir o 12º ano, deseja tirar o Curso de Belas Artes. Quer


educação e formação de adultos suplento - reportagem - 1º ciclo

Manuel Martinho Machado 44 anos Aveleda Afinador Têxtil ser empresário e artista como “forma de afirmação e maisvalia”, nas Feiras Internacionais em que participa à procura de novas oportunidades de negócio. É por isso que cá está. Ele mais 3 dos seus empregados. “Patrão de dia, colega à noite”, rematou a conversa com um sorriso. “Aprender mais, para subir na vida” foi o que levou Domingos Vaz, 30 anos, metalúrgico, residente em Vimieiro, a terminar o 9º ano, “para depois fazer o 12º”. Com ele veio a esposa frequentar o Curso Técnico Comercial – 12º ano. Para além do estudo, surgem sempre “novas ideias e novos amigos”. Mas, muitas vezes, mais do que o simples querer, é a necessidade e a obrigação. É o medo de perder o emprego e a dificuldade em encontrar outro, que leva muitos adultos a voltar à escola, como Manuel Machado, 44 anos, afinador têxtil, de Aveleda, que frequenta o Curso Técnico de Informática – 12º ano. “ O problema do têxtil é complicado, nunca sabemos o que pode acontecer amanhã”, vai-nos dizendo. Por isso, procura, através da formação, “novas oportunidades”. Com um filho a frequentar esta Escola, no 6º ano, a coisa até se torna engraçada. Agora “é ele que me ajuda no Inglês, quando lhe peço” faz questão de vincar esta relação pai-filho-colega. Até pode acontecer que o filho, durante o dia, pergunte a um professor como se vai portando o Pai, na Escola, à noite. Interessante! Em todo este processo e dinâmica quem não quer “ficar para trás” é Paulo Gonçalves, 36 anos, casado, gestor de empresas na área dos serviços, a frequentar o Curso Técnico Comercial - 12º ano. Apesar de empresário e há muito tempo

Paulo Gonçalves 36 anos Póvoa de Lanhoso Gestor com a empresa detentora de Alvará, a formação tem estado sempre presente no percurso da sua vida. Se agora se exige o 12º ano para se obter um Alvará para uma empresa sentiu a obrigação de estar habilitado com o 12º ano. “Fui à Internet, sítio Novas Oportunidades, encontrei o curso que queria e escolhi a Escola”. Tudo muito rápido. NOVOS MÉTODOS Nos Cursos EFA tudo é diferente. O currículo, as programações, os recursos utilizados, as metodologias, a organização do espaço, as vivências, os interesses, os ritmos de aprendizagem e a avaliação. Filipe Pereira, professor de dia e formador à noite, diz-nos que para si, como profissional da educação, está a ser uma “experiência muito diferente e exigente” mas também “um desafio enriquecedor como professor e pessoa”. Há a figura e a acção do técnico mediador e das equipas educativas/ formativas. Aprendizagem colaborativa. Transversalidade de saberes. Debate. Acção. Estudo de caso. Crítica. Construção permanente. São soluções educativas diferentes com “Vida no currículo e currículo na vida”, expressão retirada de um título de uma publicação recente, sobre Educação de Adultos da ANQ – Agência Nacional para a Qualificação – Quintas, H. (Lisboa, 2008) onde se faz referência, logo no início, a duas condições básicas que, segundo Canário (2001), deverão estar presentes em todo este processo: pertinência e democratização. Na

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Maria José Vilaça 49 anos Arentim Funcionária da Alfacoop primeira, formandos e formador têm o estatuto de produtores de saberes. Na segunda, todos os intervenientes no processo educativo e formativo deverão ser sujeitos em aprendizagem, embora em formas e níveis diferentes. ATÉ AMANHÃ São 23 horas. Terminaram as aulas/sessões formativas. Foi mais um dia. De trabalho e de estudo. Duro. Maria José Vilaça, 49 anos, casada, 2 filhos, residente em Arentim e funcionária na Escola durante o dia, espera que “valha a pena o sacrifício”. Para ela que, mal terminou o 9º ano em RVCC/ Novas Oportunidades, iniciou logo o ensino secundário. Para muitos, quando chegarem a casa, ainda há umas tarefas para fazer. A noite e o descanso chegam tarde. Às vezes já é outro dia. “Não te esqueças daquilo, para amanhã” – diz Maria ao sair para uma colega. “Não, boa-noite e até amanhã”, respondeu a amiga. Lá fora continua a chuva miudinha, que volta a ser traçada pelo amarelo da luz. O parque está vazio. Na Escola ficou o silêncio. A adormecer as palavras. A embalar os sonhos…

M.A.


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educação e formação de adultos - reportagem

> discurso directo* …nem sei o que me parece. Nunca imaginei voltar à Escola que está no sítio onde, era eu um rapaz, sulfatava as ramadas e árvores de fruto com o meu avô. Era uma vida dura. Passei fome. Antigamente a lavoura era uma miséria. Depois veio a tropa. De 72 a 74 estive na guerra na Guiné, onde fui radiotelegrafista. Coloque à frente, por favor, STM. Entrei nos Caminhos de Ferro. Comecei como mandarete, servente, limpador até que cheguei a condutor. Sabe o que é um condutor? (Disse-lhe que sim). Ajudante de maquinista. De modo que, quando me reformei, nunca me esqueci das palavras do meu chefe: “Gomes, quando fores para casa não pares, homem! Exercita a mente, aviva a memória!” Vim para casa e durante o dia entretinha-me numa pequena lavoura. Chegava à noite, punha-me à frente da televisão e pensava cá comigo: Isto não é vida. E voltava a lembrarme das palavras do meu chefe que tinha uma cabeça como um computador: “não pares, Gomes!” E eu que fui sempre uma pessoa de muito movimento e de convívio. Até que comecei mesmo a ficar fraco da memória. Disse para mim: Isto não é vida. Quero testar

PARA SER FRANCO…

* Excertos de uma conversa. O repórter não é uma pessoa seca de palavras. Mas, por vezes, as perguntas estragam a fluidez e a genuinidade de quem fala. Durante a conversa foram abordados outros assuntos que tocaram no sentimento e na emoção do escriva e que este arquivou na memória.

as minhas competências e capacidades. Vou para a Escola fazer o 9º ano (B2+B3). A minha mulher animou-me, de maneira que aqui estou, eu e a minha filha Elisabete Gomes que trabalha na Gabor e quer terminar o 12º ano. Conhece-a? (Disse-lhe que sim). Sabe uma coisa? Tenho duas paixões: os computadores e a informática e a cultura popular portuguesa. Sou tocador de concertina há muitos anos no Rancho de S. Miguel-oAnjo, em Calendário, Famalicão. Já o viu? (Disse-lhe que sim). A propósito de concertina, numa ocasião, veio uma fotografia minha na primeira página do Jornal de Notícias, por causa de uma reportagem. De resto cá estou eu. Mudei de agulha aos 58 anos. Gosto das aulas, das Tecnologias, da Matemática, do Português e da Cidadania. A cidadania é muito importante, não acha? (Disse-lhe que sim, muito.) E é tudo. Precisa de mais alguma coisa? (Disse-lhe que não, que muito obrigado). M.A.


a escola em acção

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> Natal na nossa escola

> Projecto LabMat

Mini-Cursos de Matemática

As Proporções sem Confusões As Equações não são um Problema Durante o 1º período, a equipa coordenadora do projecto LabMat solicitou aos professores de Matemática dos 7º e 8º anos que diagnosticassem os alunos que estavam a revelar grandes dificuldades no acompanhamento da disciplina. Após este diagnóstico, a equipa responsável pelo projecto convidouos a frequentar, na sala Eurek@, Mini – Cursos de Matemática. Os Mini – Cursos dinamizados intitularam-se “As Equações não são um problema” e “As Proporções Sem Confusões” e tiveram como principal objectivo fazer com que os alunos tivessem a possibilidade de adquirir conhecimentos relativos a conteúdos programáticos de anos de escolaridade anteriores, necessários para a aprendizagem de conteúdos do ano de escolaridade que

frequentam. Deste modo, pretendia-se que os discentes conseguissem acompanhar o ritmo de aprendizagem das respectivas turmas e, consequentemente, melhorassem os resultados à disciplina. As actividades realizadas no desenvolvimento destes Mini - Cursos permitiram-lhes adquirir e consolidar conhecimentos e, por outro lado, possibilitaram o desenvolvimento de uma maior autoconfiança e motivação para o estudo da disciplina de Matemática. Os alunos manifestaram-se muito interessados e empenhados na realização das tarefas propostas. Para os próximos períodos lectivos, está agendada a dinamização de outros Mini – Cursos, inclusive para o ensino secundário. As coordenadoras do projecto LabMat: Ana Rita Silva, Elsa Pereira e Emiliana Costa

Presépio ao Vivo é novidade A Festa de Natal do Ensino Básico - que se realizará na manhã de 18 de Dezembro - terá, pela primeira vez, um presépio ao vivo no espaço coberto do bloco A. Os actores protagonistas desta actividade serão alunos do Ensino Especial da nossa escola e de escolas do 1º Ciclo do nosso território educativo. Mas outras actividades fazem parte da Festa do Básico, tais como um Espectáculo de Natal para os alunos do 5º, 6º e 7º ano, com apresentações multimédia, canções de Natal, dramatizações e danças. Ainda da parte da manhã os alunos do 8º e 9º ano assistirão a actividades desportivas no Pavilhão Gimnodesportivo. A Festa de Natal do Ensino Secundário realizar-se-á no dia anterior, contando-se com a animação organizada por turmas, com música, poesia, teatro e muitas surpresas que as turmas vêm preparando desde há algum tempo. No final os alunos participarão num lanche-convívio. Refira-se ainda a campanha de solidariedade que a nossa escola está a organizar em colaboração com as escolas do 1º Ciclo. Os alunos estão a recolher algum dinheiro para comprar bacalhau, e têm trazido alimentos para constituir cabazes que depois serão entregues a famílias carenciadas da região.


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a ciência na escola

> Mundo das Ciências

Aberto à comunidade escolar

Com o objectivo de motivar os alunos para o estudo das ciências, partindo de experiências que envolvam fenómenos naturais do quotidiano, um grupo de professores do Departamento de Ciências Físicas e Naturais está a dinamizar, no Externato Infante D. Henrique, um espaço complementar às aulas de Ciências da Natureza, onde os alunos possam, por indicação do próprio professor ou por iniciativa própria, deslocar-se a fim de realizarem actividades experimentais. Este espaço está aberto à segunda e à

terça-feira, durante o último bloco de 90 minutos da tarde, ou seja, das 16.10h às 17.40h, com a supervisão de dois professores. Convém salientar que o objectivo não é somente a realização de actividades científicas práticas, mas também o desenvolvimento do método científico e elaboração de um relatório final simples, devidamente estruturado, onde estejam descritos os seguintes aspectos: a questão colocada pelo aluno, o material utilizado, o que fizeram e as conclusões a que chegaram.

> Ciência em Acção

Continua a deslumbrar Mais uma vez, este projecto, que visa dinamizar e enriquecer os conteúdos programáticos de Estudo do Meio, planificou um conjunto de actividades lúdico-pedagógicas para os alunos do terceiro e quarto anos de escolaridade. Neste primeiro período lectivo, foi desenvolvido o tema “À Descoberta de Si Mesmo” que compreende dois subtemas: “O Seu Corpo” e “A Segurança do Seu Corpo”. Na exploração do primeiro subtema, realizouse um conjunto de actividades experimentais e interactivas, nomeadamente a “Caixa das Sensações”, a “Memória Muscular”, “ As Impressões Digitais”, “O Coração por Dentro” e o não menos fantástico “Bingo do Esqueleto”. As actividades foram realizadas com a pretensão de alargar e consolidar as aprendizagens previamente efectuadas, o que ficou bem patente através das intervenções assertivas e entusiastas dos alunos das Escolas do 1º Ciclo de Nine, Sequeade, Bastuço Stº. Estêvão, Bastuço S. João e Couto de Cambeses.

Ainda durante este período lectivo, o projecto Ciência em Acção dinamizará uma nova sessão relacionada com o subtema “A Segurança do Seu Corpo”, onde se tratarão questões como, Primeiro Socorros, Prevenção de Incêndios e os Sismos. O Grupo Ciência em Acção Ana Fangueiro, Carla Estêvão, José António Martins, Liliana Gomes, Manuela Rei e Sérgio Gomes

O Mundo das Ciências é um espaço de descoberta e experimentação da actividade científica, que pode ser frequentado por qualquer aluno da nossa escola.

Pretendemos que este seja um espaço que permita motivar os alunos para o estudo das ciências, partindo de experiências que envolvam fenómenos naturais do quotidiano; que promova o sucesso dos alunos nas disciplinas de ciências; proporciona aos alunos experiências que permitam criar hábitos positivos, no âmbito de uma intervenção consciente na sociedade em que se inserem. Os professores coordenadores do projecto Fernanda Oliveira, Isaura Leite, José Alberto e Rui Leite

Se és aluno dos 5º/6º anos de escolaridade e gostas de experimentar, de explorar e descobrir o que te rodeia, aparece na Laboratório de Ciências da Natureza (B8) e vem descobrir connosco o Mundo das Ciências…Traz a curiosidade e as dúvidas que nós ajudamos-te a descobrir o porquê das coisas!


a escola em acção

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Luísa Santos e Tiago Ferreira, receberam, em Setembro, o “Prémio de Mérito do Ministério da Educação”, que distinguiu os dois melhores alunos do Ensino Secundário, respectivamente nos Cursos CientíficoHumanísticos e nos Cursos Tecnológicos. O Infante quis conhecer um pouco melhor estes dois ex-alunos da nossa escola.

> Dia do Diploma

QUADRO DE EXCELÊNCIA O Quadro de Excelência do Externato Infante D. Henrique “engrossou”, este ano, cerca de vinte por cento, com mais 35 alunos a receberem o prémio, comparativamente com o ano transacto.

Este ano, o Quadro de Excelência do Externato Infante D. Henrique é constituído por 178 alunos, sendo que no ano lectivo passado eram apenas 143 alunos. Integram este quadro os alunos que, no Ensino Secundário, obtiveram uma média final de 16 valores ou superior e uma média de 4,5 ou superior, no Ensino Básico. A cerimónia deste ano realizou-se no dia 12 de Setembro, dia instituído pelo Ministério da Educação como “Dia do Diploma”. Por isso, o ponto alto desta cerimónia foi a entrega, aos alunos Luísa Santos e Tiago Ferreira, do “Prémio de Mérito do Ministério da Educação”, que premiou os dois melhores alunos do Ensino Secundário, respectivamente nos Cursos Científico-Humanísticos e nos Cursos Tecnológicos. Estes alunos receberam, então, um cheque no valor de 500 euros, das mãos do Dr. José Rocha, em representação da Direcção Regional de Educação do Norte. Por seu lado, a Cooperativa Alfacoop entregou também, pelas mãos do Director Pedagógico, Dr. José Ferreira, o Prémio Escolar Infante D. Henrique aos alunos Gabriela Silva Pereira e Luísa Santos. O Prémio Escolar Infante D. Henrique destina-se a distinguir os

alunos que conseguiram no 12º ano média de acesso ao ensino superior igual ou superior a 18 valores. Estes alunos receberam, por isso, além de um diploma, também um cheque no valor de 500 euros. A cerimónia deste ano foi abrilhantada pela Tuna da escola – Tuna Académica do Externato Infante D. Henrique - que interpretou ao longo da sessão diversas músicas, entre as quais vários originais do seu novo álbum. Nesta sessão, destacou-se também a entrega de diplomas no âmbito do Quadro de Valor. Este prémio destina-se a reconhecer publicamente alunos que em cada ano lectivo se evidenciam em áreas da actividade educativa não directamente relacionadas com o aproveitamento escolar. Receberam este diploma alunos que estiveram em evidência a nível desportivo, alcançando resultados excelentes em diferentes modalidades: Campeão Distrital de Salto em Altura, Salto em Comprimento e Lançamento de Peso, Campeão Distrital de 1000m, Campeão Distrital de Corta-Mato, Campeão Distrital de 100m, entre outros. No final, foi entregue o diploma a todos os alunos que concluíram o Ensino Secundário.

Tiago André da Cruz Ferreira Idade: 18 Engenharia Informática

Luísa Alexandra Teixeira Santos Idade: 18 anos Ciências Farmacêuticas/U. Porto.

1. Maior Sonho na vida: Acabar o curso e ir viver com a minha namorada. 2. Pessoa que mais admiras: A minha namorada. 3. O que mais gostas de fazer nos tempos livres? Estar com a minha namorada. 4. Prato preferido: Arroz de pato 5. Livro e filme de que mais gostaste: Não há nenhum livro em especial. Quanto a filme gosto muito do “007 - Quantum of Solace”. 6. O que mais te marcou (positiva e negativamente) até ao momento? Positivamente foi ter começado a namorar com a pessoa de quem mais gosto, sem dúvida. Penso que, para já, nada me marcou negativamente. 7. O que fizeste aos 500 euros do prémio escolar? Comprei um portátil. 8. Estudar é chato ou interessante? Porquê? É bastante interessante. Aliás, incentivo toda a gente a estudar, pois as dificuldades vão ser maiores e é preciso manter um estudo diário e gerir bem o tempo. 9. Como estudar bem? Em silêncio, com o máximo de concentração, evitando tudo o que nos distraia. 10. Conselho que nunca darias a ninguém: Deixar os estudos. 11. Numa frase caracteriza o Externato Infante D. Henrique. É um grupo, uma família que nos ajuda a projectar o futuro. 12. Aquilo que te deixou mais saudades da escola. Todo o ambiente, os professores, as óptimas instalações, tudo.

1. Maior Sonho na vida:Sentir-me realizada, pessoal e profissionalmente. 2. Pessoa que mais admiras: Admiro várias pessoas, prefiro não salientar nenhuma. 3. O que mais gostas de fazer nos tempos livres? O normal: sair com os amigos, ouvir música, ir ao cinema, ler, conhecer novos lugares… 4. Prato preferido: Nenhum em particular… 5. Livro e filme de que mais gostaste: Gosto muito de ler e de ver filmes, mas não consigo destacar nenhum (embora possa referir, claro, os filmes vistos nas aulas de Moral!). 6. O que mais te marcou (positiva e negativamente) até ao momento? São várias as coisas que nos marcam, tanto positiva como negativamente, ao longo da vida. 7. O que fizeste aos 500 euros do prémio escolar: Estão guardados. 8. Estudar é chato ou interessante? Porquê? É interessante quando se está a estudar algo de que gostamos e que nos suscita curiosidade. Como é óbvio, há matérias mais aborrecidas para cada pessoa. 9. Como estudar bem? Mais importante do que estudar muito, é estudar bem. No entanto, penso que cada um deve descobrir o que melhor funciona consigo e assim construir o seu próprio método de estudo. 10. Conselho que nunca darias a ninguém. Nunca diria a ninguém para não lutar pelos seus objectivos! Nunca aconselharia ninguém a desistir do que quer ao primeiro obstáculo! 11. Numa frase caracteriza o Externato Infante D. Henrique: É uma escola que proporciona aos alunos todas as condições para que possamos aprender, enquanto estudantes e enquanto pessoas. 12. Aquilo que te deixou mais saudades da escola: Deixou-me saudades todo o mundo no qual vivi durante os oito anos que lá passei, desde os espaços, os professores e, claro, os amigos que fiz e com quem cresci.


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adestaque escola e o meio - entrevista

> Entrevista ao Presidente daFinalistas Junta de Freguesia de Cambeses > Festa de

Tenho uma óptima

imagem da escola

Na sequência das entrevistas que o Jornal Infante tem feito aos presidentes das Juntas de Freguesia, fomos a Cambeses para conhecermos melhor o actual presidente da Junta, recentemente eleito, e os projectos que tem para a freguesia. O Sr. Manuel Maia contou-nos as ambições que alimenta para a sua terra. INFANTE - Recentemente a Assembleia de Freguesia de Cambeses passou por um período de alguma instabilidade, na sequência da qual o Sr. Manuel Maia foi eleito para dirigir os destinos da Junta neste próximo ano. Na sua opinião, o que foi fundamental para a sua eleição? MANUEL MAIA (MM) - Efectivamente, eu vinha de uma Junta de Freguesia com alguma instabilidade, mas como me considerava imune a essa mesma instabilidade, decidi candidatar-me. As pessoas escolheram-me e isso foi motivo de grande orgulho para mim, não obstante as dificuldades por que passei. INFANTE - Sentiu que realmente as pessoas confiaram no seu projecto? MM - Exactamente. Isso ainda me dá mais força para trabalhar em prol da freguesia. O ter saído de uma situação difícil reforça ainda mais esse entusiasmo. INFANTE - Visto que o senhor era um elemento da junta anterior, quais são os projectos que foram iniciados a que vai dar continuidade? MM - O projecto principal, como é do conhecimento geral, é a realização da obra do cemitério. É fundamental para a freguesia. É uma obra de todos, que a freguesia ansiava já há alguns anos e que agora está prestes a concretizar-se. Dentro de duas ou três semanas, espero que esteja concluída. INFANTE - Que outros projectos fazem parte do seu plano de acção para a freguesia de Cambeses? MM - Daqui a um ano há novamente eleições. O tempo é curto.

Voltando a falar no cemitério, este projecto tem dado bastante trabalho. Há a necessidade de fazer um regulamento para a concessão de sepulturas, também para o funcionamento do mesmo e para aplicação de taxas nessas concessões. Isto dá trabalho. Temos, também, alguma falta de luz pública que urge instalar e a promessa do sr. Presidente da Câmara para o arranjo do pavimento de um troço de estrada de cerca de 400 metros, na estrada municipal nº 562, que faz extrema com Arentim. Esta obra será feita já este ano, quando muito no início do próximo. INFANTE - Porque referiu que o tempo neste mandato é pouco, tenciona, naturalmente, candidatar-se ao próximo mandato? MM - Sim, tenciono candidatarme ao próximo mandato. Já manifestei essa intenção a vários órgãos da comunicação social. Quero dar continuidade a estes projectos. INFANTE - E da parte da Câmara Municipal, sente que a Câmara o apoia nestes projectos que tem em vista? MM - Creio que sim. Creio que, ao apoiar-me, está a beneficiar a freguesia. Repetindo o que disse, vim de uma situação difícil e senti o apoio da Câmara para que eu possa apoiar, dentro do que for possível, as pessoas da freguesia. INFANTE - Considera que Cambeses tem evoluído ao ritmo das freguesias vizinhas (Arentim, Cunha, Nine…) ou pensa que ainda há muito que fazer para igualar o desenvolvimento destas? MM - Se olharmos para trás, houve uma grande evolução. Mas nunca estamos satisfeitos. A

nossa freguesia tem efectivamente evoluído e esperemos que continue para se aproximar doutras que já estão num patamar mais alto. INFANTE - Falando um pouco no capítulo da educação, acha que o Presidente da Junta deve desempenhar algum papel junto da escola primária? Ou deve alhearse deste sector? MM - Acho que não se deve alhear e eu não me tenho alheado. Tive conhecimento de que anteriormente haveria um protocolo com a Junta e que esse protocolo teria acabado ou estaria menos activo. No entanto, eu tenho estado junto dos professores procurando as carências. Já providenciei para que fossem instaladas cerca de vinte lâmpadas que não funcionavam e tenho-me preocupado para que as limpezas exteriores sejam feitas. INFANTE - Que pensa do trabalho desenvolvido pelo Externato Infante D. Henrique com as escolas primárias? Tem alguma percepção desse trabalho? MM - Para lhes ser franco não tenho uma percepção muito alargada, mas conheço bem o trabalho desenvolvido pelo Externato Infante D. Henrique, na medida em que tenho quatro filhas que passaram por lá e tenho uma óptima imagem da escola. O que tenho ouvido sobre a escola tem sido no sentido do empenho e do bem-fazer em prol da sociedade. A vossa escola faz um trabalho muito positivo na comunidade. INFANTE - Sabe, certamente, da existência da ADESTE e da actividade que esta associação está a desenvolver na comunidade? MM - Como tesoureiro da ante-

rior Junta, soube da fundação da ADESTE e tenho conhecimento de algumas actividades. De qualquer maneira, empenhar-me-ei num maior conhecimento e acompanhamento dessas actividades. INFANTE - Mas acha que a ADESTE pode criar iniciativas para desenvolver e unir estas freguesias que têm muito em comum, apesar de serem de concelhos diferentes? MM - Penso que sim. Aliás a ADESTE tem esses objectivos. Pode, por isso, ter um papel importante nesta área. INFANTE - Relativamente aos jovens, nota que se interessam pela política? MM - Acompanho a política há muito tempo. A nível geral há um afastamento dos jovens e também dos menos jovens. Há vários factores que poderão estar na origem deste afastamento. Eu notei isso durante a minha campanha para a Junta, notei que havia um certo desinteresse na participação activa na política. INFANTE - Porque pensa que eles não participam? MM - Penso que deriva, até a nível nacional, um pouco da desacreditação da própria política e que isso se reflecte na sociedade. INFANTE - No caso concreto de Cambeses, não participam na política, mas têm associativismo? MM - Associativismo, apenas temos, a nível desportivo, a A.C.D.R. Também existe o Escutismo, mas é mais ligado à igreja, não tanto de intervenção na comunidade. não existe. Há realizações culturais pontuais que se fazem na freguesia.

“As pessoas escolheram-me e isso foi motivo de grande orgulho para mim”. “Conheço bem o trabalho desenvolvido pelo Externato Infante D. Henrique, na medida em que tenho quatro filhas que passaram por lá e tenho uma óptima imagem da escola”. “Tenciono candidatar-me ao próximo mandato. Quero dar continuidade a estes projectos.”


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> Olhares cruzados

Couto Cambeses Os Passos da Paixão.

1 - Ainda não tinha nascido, já minha Mãe prometera levar-me de anjinho ao Senhor dos Passos. E a promessa foi por eu ter nascido, depois de muitos anos ter desejado e esperado o seu filho primogénito, condição em que humildemente vivi, durante meia dúzia de anos, até nascer a minha única irmã. Daí que, mal comecei a andar, lá fui cumprir a promessa, no primeiro Domingo da Quaresma. Subi o Calvário. Deixei-me oferecer ao Senhor dos Santos Passos. Do Couto. Para além do que me disse minha Mãe, que me tinha portado muito bem, que o meu Pai nem precisou de me levar ao colo - ele que me amparou pela mão -, imagino a importância desse dia que ficou perpetuado na pequena fotografia, tirada uma semana depois, sozinho, no meio de um terreiro, vestido de anjinho. Lá estou eu. Com um vestidinho de branco cingido à cintura, feito pela Lúcia Armadeira, sobrinha do celibatário e seco Manuel do Custódio. Tinha uma silvinha na testa, asinhas com penas brancas meias abertas ao ombro, cabelo aos caracóis e com

os olhos e os lábios a começarem a desenhar um breve sorriso. Enfim, um anjinho perfeito. Porque, mesmo depois da Procissão e durante muito tempo, continuei a levar muito a sério os conselhos de religiosidade profunda da minha Mãe. - Nelinho, meu filho, um anjinho não se ri, um anjinho não chora, um anjinho deve ter bons modos…, dizia-me ela de mansinho. Tirando o facto de ter nascido no fim de Fevereiro, com os Passos à porta, nunca percebi por que, para celebrar um desejo e satisfazer uma alegria da minha Mãe, fui levado de anjinho na Procissão dos Sermões, do Sofrimento, do Sacrifício, da Cruz de Espinhos, da Dor e da Morte. Muito provavelmente, a subida ao “monte sacro” seria um rito iniciático. Uma oblação a Deus e aos Deuses do Vale de Alister. Disse-me meu Pai que, apesar de ter feito uma boa figura na Procissão, ia com medo. Que me sentia a tremer na sua mão. Tristezinho. Com um medo de morrer. Medo. Das palavras do pregador, dos silêncios, das vi-

sões, das cores, dos rostos e do ar. Os Passos, na sua dramaturgia, são a anti-festa elevada às alturas no estridente cantar chorado da Verónica. Mas quando o pregador, agora orador sacro, extasiado e aos berros rasgava o silêncio e os corações com o habitual: - Flagelaram-n´O! Escarraram-n´O na face! Apedrejaram-n´O! Ladrões! Assassinos! Mataram Nosso Senhor! - O tempo parava. O silêncio era de morte. Durante muito tempo pensei que o início do fim do mundo seria no Couto. Foi meu Pai que interpretou os meus medos e tranquilizou-me, dizendo que não, que nunca, que o mundo seria sempre mundo. Pior ou melhor só dependia dos Homens. 2 - Passados alguns anos, mais crescido e encorpado, já estava minha Mãe a convencer-me para ir de figurado nos Passos, mas meu Pai rematou logo a conversa. - De figurado, nos Passos?! Nem pensar. - E lá foi dizendo que já tinha bastado ter ido de anjinho, que os Passos não eram festa, que não me queria ver a fazer de soldado, de judeu ou de Cristo. E continuou. - Quando

fores, irás de S. José, mesmo sem promessa e será numa festa a valer. Com música de bem se ouvir e foguetório. E está tudo dito – Sentenciou com voz de quem manda. 3 - Este é o Couto da minha inocente infância, ao que acrescento ainda um pequeno e amarelo chapeuzinho de palha entrançada, com penas multicolores no dobrar da aba. O outro Couto secular e profundo, do tempo de Afonso Henriques, privilégio da Sé de Braga, Concelho, com Câmara, Juiz Ordinário, Vereador, Meirinho, Jurados, Procurador, Escrivão, Tribunal, Alcaide-mor e terra de asilo de homiziados que encontravam a salvação na Casa do Paço, está esquecido nos tombos e nos arquivos, mas pode ser revisitado no livro de Maria do Pilar Figueiredo – Cambeses e o seu Couto – Apontamentos para uma Monografia. Depois, ainda há outro Couto, mais recente, relatado, sentido e vivido nos ditos e escritos das memórias do bom velho Camilo Sá. Mas perdi-me a falar dos Passos. Por causa de uma promessa. M.A.


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a escola em acção > No Externato Infante D. Henrique

Entusiasmo no encontro

com a escritora Isabel Alçada Foi uma verdadeira aventura, aquela em que participaram cerca de 300 alunos do 2º Ciclo, no dia 26 de Novembro. A “aventura” aconteceu no grande auditório da nossa escola, onde estiveram em contacto com a escritora Isabel Alçada, autora (em parceria com Ana Maria Magalhães) dos livros da colecção “ Uma Aventura”.

O entusiasmo foi evidente do primeiro ao último minuto, nos diferentes momentos do encontro com esta escritora, organizado pelo CRE, Clube de Leitura e Departamento de Língua Portuguesa. A sessão iniciou-se com a apresentação da escritora, pela professora Regina Castro, seguindo-se um momento informal de autoapresentação de Isabel Alçada aos alunos. Um dos momentos mais emocionantes foi, sem dúvida, a colocação de questões à escritora. Os alunos quiseram saber tudo sobre os livros e a vida desta autora, que também é professora. Quiseram saber se a escritora

escreve mais à noite ou de dia, se gostaria de mudar de profissão, se estava a gostar de estar na escola, qual a diferença entre as gémeas Luísa e Teresa, entre outras. A todas as questões Isabel Alçada respondeu com simpatia e clareza, como só uma boa escritora e comunicadora sabe fazer. Seguiu-se a apresentação de uma peça de teatro preparada pelos membros do Clube de Leitura e do Clube de Teatro da Escola, na qual os alunos representaram partes do livro “Uma Aventura na Quinta das Lágrimas” e discutiram, em fórum, a totalidade desta obra que integra o Plano Nacional de Leitura.

E porque um dos objectivos desta iniciativa é a motivação para a leitura, a melhor leitora da biblioteca domiciliária da escola - aluna que leu vinte e três livros desta colecção no último ano lectivo 2007/08 – recebeu das mãos de Isabel Alçada o merecido prémio. A sessão terminou com uma sessão de autógrafos que colocou os alunos em alvoroço para obter a preciosa dedicatória nos livros que têm lido e que contam histórias educativas, com enredos entrepidantes e cheios de emoção.

A colecção Uma Aventura vendeu já mais de seis milhões de exemplares, constituindo um sucesso ímpar em Portugal. Nestas obras Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães contam as aventuras das gémeas Teresa e Luísa, Chico, Pedro, João e o cão Faial sendo, por isso, a colecção mais popular entre crianças e adolescentes portugueses.


a escola em acção - entrevista

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> Entrevista com a escritora Isabel Alçada

“Ler é tão bom como comer bolos”

Os alunos do Clube de Leitura aproveitaram a vinda da escritora Isabel Alçada à nossa escola para lhe colocar algumas questões relacionadas com a sua actividade de comissária do Plano Nacional de Leitura e, como não podia deixar de ser, do sucesso imparável da colecção “Uma Aventura”.

Alunos do Clube de Leitura (ACL) – Boa tarde, Dra. Isabel. Gostaríamos de saber quando sentiu despertar em si o gosto pela escrita? Isabel Alçada (IA) – Quando eu era pequena e lia, até ao fim, um livro que me agradava, eu apeteciame também ser capaz de escrever histórias assim. Eu gostava muito de contar histórias e, um dia, a minha irmã mais nova ficou doente, a minha mãe disse para eu ir entretê-la e comecei a contar-lhe histórias inventadas por mim. Depois, ela queria que eu lhe contasse outra vez as mesmas histórias e eu comecei a escrevê-las para não me esquecer. Nessa altura tinha doze anos e depois fui sempre treinando, mas só comecei a escrever mesmo livros, quando já era professora e, como os meus alunos gostavam das histórias, pensei em escrever histórias para publicar. ACL – Que razões a levaram a iniciar a sua actividade como escritora? IA – Despertar o prazer de ler entre o maior número possível de pessoas. Ler é muito importante e faz bem a tudo. As pessoas conseguem viver muito mais felizes se gostarem de ler, se lerem rapidamente e se lerem bem e, por isso, como sou professora, pensei que poderia contribuir escrevendo histórias. Esse foi o meu primeiro objectivo: que as pessoas gostassem de ler, que lessem bem para que o nosso país fosse um país de leitores. ACL – Para além de ser escritora desempenha outra função? IA- Sim. Sou a comissária do Plano Nacional de Leitura, que é um trabalho que eu faço com muito

gosto, mas além disso estou a dar aulas na Escola Superior de Educação, a trabalhar com os professores, a tentar encontrar maneiras boas de ensinar, a tentar ajudá-los a dar o seu melhor, a ensinar-lhes não só as matérias como a melhor maneira de ensinar cada assunto. Mas antes disso, fui professora de Português e História, no segundo ciclo, e também gostei muito. Como vêem tive sempre sorte, porque todas a s minhas profissões me agradaram bastante. ACL - Como Comissária do PNL, considera que o projecto tem contribuído para o desenvolvimento dos hábitos de leitura dos jovens no nosso país? IA – Não tenho dúvidas que tem, porque as pessoas só gostam de ler se conhecerem mais livros. Cada um gosta de ler coisas diferentes. As pessoas não são todas iguais e, quando as pessoas têm oportunidade de conhecer mais livros, de ouvir ler nas aulas, descobrem os seus gostos. Se uma pessoa não tem oportunidade de tentar, não descobre se gosta ou não de ler. É muito importante que as crianças e os jovens contactem com muitos livros, que conheçam uma variedade de livros, porque uns vão gostar mais de ler coisas científicas, sobre o corpo humano ou sobre astronomia ou sobre geologia, outros vão gostar mais de histórias com humor ou de histórias com aventuras e acção, outros gostarão mais de poesia. Então o que é que o PNL tem feito? Tem chamado a atenção das pessoas, em geral, e dos professores, em particular, para a importância de ler muito com os alunos para que possam ter contacto com

os livros, ler cada vez melhor e ter a oportunidade de conhecer aquilo que lhes interessa. ACL – O que aconselha aos alunos que não têm gosto pela leitura? IA – Aconselho que procurem livros fininhos, porque se começam à procura de livros muito grossos desanimam. Se calhar aqueles alunos que não gostam de ler são aqueles que nunca tiveram a oportunidade de ler um livro até ao fim e dizer: “gostei”, são aqueles que tiveram uma ou duas experiências negativas e concluíram que a leitura não era para eles. Recomendo também que não desistam da ideia de ler, tentem sempre. No entanto, é importante que não se sintam culpados, toda a gente é diferente. Há pessoas que mal começam a aprender a ler, adoram logo ler, há outras que não e não têm culpa disso. Acontece, é um azar. Eu acho que é um azar, porque eu acho ler delicioso. Para mim, ler é tão bom como comer bolos ou talvez mais, já que comer bolos faz a pessoa enjoar e ler não. Eu acho que é uma pena a pessoa não fazer essa descoberta. ACL – Acha que cabe ao professor um papel importante na promoção da leitura nos jovens? IA - Muito importante. Os professores têm um papel essencial. Primeiro, porque são eles que ensinam a ler, no primeiro ciclo, mas mesmo antes, no jardim-deinfância, já é importante que se estabeleça o contacto da criança com os livros. A partir dos seis meses de idade, a criança já pode interessarse pelos livros. Se os professores levarem livros para a aula, se começarem a ler com os alunos, mui-

to mais gente vai formar-se leitor no nosso país. Os pais podem ter uma influência positiva e os irmãos também, os amigos podem ter uma influência relativa. Se aqueles que gostam de ler, mostrarem aos outros como ler é bom, isso vaise propagar, porque às vezes nos sentimos tentados a experimentar aquilo que deu uma experiência positiva aos nossos amigos. ACL – “Uma Aventura” são os livros mais conhecidos entre os jovens leitores portugueses, podemos considerar que são estes livros que lhe dão mais prazer escrever? IA – Eu tenho prazer em escrever todos os livros. Quando estou a escrever, estou com uma concentração total. Isso é outra coisa muito importante nas pessoas: ter auto-domínio para se concentrar totalmente. Quando estou a trabalhar numa coisa, tento fazê-la o melhor possível. A colecção “Uma Aventura” dá muito gosto. Eu e a Ana Maria Magalhães esforçámo-nos imenso para fazer livros que agradassem e levassem as pessoas a gostar de ler. Mas, quando começámos a escrever as Aventuras, não podíamos imaginar que íamos ter esta quantidade de gente a gostar. Ninguém lhes impõe os livros, elas querem mesmo ler, então nós achámos que aqueles livros têm uma magia qualquer que nos escapa. ACL – Muito obrigada. Foi um prazer fazer-lhe esta entrevista. IA – Obrigada eu pela oportunidade que me deram de dizer algumas palavras sobre aquilo que realmente gosto de fazer.

“Eu gostava muito de contar histórias e, um dia, a minha irmã mais nova ficou doente, a minha mãe disse para eu ir entretê-la e comecei a contar-lhe histórias inventadas por mim.” Se calhar aqueles alunos que não gostam de ler são aqueles que nunca tiveram a oportunidade de ler um livro até ao fim e dizer: “gostei” “Eu tenho prazer em escrever todos os livros. Quando estou a escrever, estou com uma concentração total. Isso é outra coisa muito importante nas pessoas: ter auto-domínio...”


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escrita criativa

Se o Natal fosse todos os dias... ... não haveria tristezas nem desilusões. Sara Ramoa, 5ºD

... o mundo seria bem melhor, pois é nesta altura do ano que as pessoas se lembram de ser solidárias. Mariana Silva, 5ºD

... viveríamos num mundo melhor, porque neste dia as pessoas são mais amigas umas das outras.

... veríamos as casas sempre iluminadas, as pessoas felizes e eu estaria com a minha família, que me dá muito amor e carinho!

... Jesus nascia …e o mal morria.

... eu gritaria de alegria!

Henrique Lima, 6ºA

Cidália Pereira, 5ºE

Inês Martins, 6ºF

... mais cartas teria de escrever, para que o Pai Natal, ao anoitecer, os nossos presentes pudesse trazer. Inês Martins, 6ºF

... muita alegria o mundo iria ter. Sara Lopes, 6ºF

... o nosso mundo seria diferente, era um mundo de paz e harmonia, com a família reunida cheia de alegria. José Filipe da Costa Carvalho, 5ºF

... o Mundo ficaria diferente, haveria paz, amor, felicidade e harmonia e deixara de haver guerras e confusões. Enfim, o Mundo ficaria muito, muito melhor.

... eu aproveitaria ao máximo todos esses momentos de felicidade com a minha família. Márcia Costa, 8ºD

... o Mundo seria perfeito com paz, amor e alegria. João Gomes, 8ºD

... talvez as pessoas fossem mais solidárias. Vanessa Oliveira, 8ºE

... não haveria mais guerra no Mundo, porque o Natal é a época do amor e da família. Adriana Sousa, 8ºE

... haveria menos mal no Mundo e mais alegria e solidariedade. Isabel Pereira, 8ºF

... o Mundo seria melhor para todos, pois o Natal é um dia de paz e amor e não um feriado comercial. Fábio Crasto, 8ºF

... as pessoas eram muito mais felizes, haveria menos maldade e arrogância no Mundo e as famílias estariam mais unidas.

Daniela Castro, 5º F

Cláudia Loureiro, 8ºF

... o mundo seria um local muito melhor, não haveria guerras, porque o Natal é um dia de paz e harmonia em que estamos todos em sintonia.

... todos os dias haveria felicidade.

Tiago Oliveira, 5ºF

... o espírito natalício não desapareceria, as crianças brincariam alegremente, as famílias conviveriam em paz, as guerras desapareceriam e o Mundo ficaria em paz, cheio de amor e alegria, daquela que é muito intensa, que é própria do Natal. Ana Francisca Costa, 5º G

... as pessoas seriam muito mais felizes! Soraia Oliveira, 5ºA

... prendas não iriam faltar, todos os dias acordado até tarde, até o Pai Natal chegar! Ricardo Ferros, 5ºA

... o pinheiro estaria luminoso, o Menino a sorrir, os presentes com o papel colorido... Todos cheios de paz, amor e alegria! E tudo de bom aconteceria! Joana Pinto, 5ºE

... os conflitos iriam acabar e o amor e a amizade iriam pairar no ar.

Nélson Diogo Teles, 5ºE

Filipa Serino, 5ºD

... o mundo seria um paraíso e as crianças pobrezinhas iriam no rosto ganhar um sorriso.

Nuno Vale, 6ºA

Lara, 9ºA

... o Mundo seria melhor um bocadinho. Sónia, 9ºA

... seria um dia mágico, pois as casas estariam enfeitadas, as famílias todas reunidas, a alegria andaria no ar. Vera Fernandes, 9ºD

... haveria mais paz, mais amor e mais felicidade entre todas as pessoas do Mundo! Ana Francisca, 5ºB

... os sem-abrigo não teriam fome nem frio! Catarina Miranda, 5ºB

... eu olharia todas as noites para o céu para ver se havia uma estrela a brilhar. Daniela Martins, 5ºC

... seria mais feliz do que já sou, pois estaria sempre com a minha família reunida, com paz e amor!

... todos os dias iria desejar Feliz Natal bem alto e com um enorme sorriso estampado na cara aos que me são especiais. Pois Natal não é só prendas, mas também afecto. Inês Carolina, 8ºB

... eu seria muito mais feliz, porque veria o meu pai todos os dias. Lara Francisca, 7ºB

... talvez houvesse paz no Mundo. Eduardo, 7ºB

... eu corria o mundo à procura de quem me amasse, rezava ao meu pai e pedia-lhe que me apoiasse em todas as minhas decisões ou talvez ficasse sempre juntinho do meu irmão e da minha mãe, porque esses sim me amam de verdade. Juliana, 7ºB

... a alegria estaria sempre no ar e a família sempre reunida. Ana Rita, 7ºD

... haveria paz no mundo, amor, alegria e consideração pelos mais fracos. Rosa, 7ºD

... o mundo estaria mais preocupado com aqueles que nada têm. Joana Moreira, 11ºB

... os sinos do nosso coração tocariam e despertariam a alegria, o amor e a compaixão. João Oliveira, 11ºB

... haveria muitos mais sorrisos estampados nos rostos das crianças do mundo inteiro. Cristiana Barbosa, 11ºB

... não haveria tantas pessoas carenciadas, nem tanta tristeza no mundo. Sara Machado, 11ºB

5 dicas

PARA ESCREVER MELHOR 1 - Ler, ler, ler… e ler! Lê. Lê muito. Lê jornais, revistas, livros, sobretudo livros. Quanto mais se lê, melhor se escreve! 2 - Frases mais curtas que o teu dedo mindinho! Frases demasiado longas e complicadas não “pegam”. A maioria das pessoas chegará ao fim sem se lembrar de como a frase começou! 3 - Quando escreves, a pontuação é sempre tua! Vírgulas mal colocadas são como barreiras numa corrida: quebram o ritmo e podem fazer-te tropeçar. Só lendo em voz alta te apercebes que a escrita não é diferente da música: “a melodia é a ideia que pretendes expressar; as palavras, os instrumentos através dos quais expressas a tua ideia”. Da combinação desses instrumentos resulta o “arranjo” e “harmonia” do teu texto! 4 - Tu tens qualidades, só falta seres capaz de as reconhecer. Melhorar a escrita exige trabalho! Descobre as tuas próprias qualidades e investe o teu tempo e esforço a desenvolvê-las! Escolher as palavras certas é como escolher “uma peça de roupa”! 5 - A escrita não é para preguiçosos. Para melhorar a tua escrita tudo depende da tua capacidade de trabalho. Estuda gramática. Consulta o Prontuário Ortográfico. Aprende com os erros que dás! Revê os teus textos. Revê-os em voz alta. Escrever é um processo de descoberta de ti próprio e dos teus limites.

Marta Vilela, 5ºC

Atenção: Nunca te atrevas a quebrar a regra número 1!


escrita criativa

25

Por que chove? Um dia, estavam o João e o Miguel a jogar a bola. O João era um menino que tinha pavor da água. Não tomava banho e não ia à piscina no Verão. Não gostava de brincar com a água... E nesse dia, enquanto jogavam, o João ouviu o som de um trovão e saiu dali a correr sem se despedir do amigo. Quando chegou a casa, foi logo para debaixo da cama cheiinho de medo. A mãe, quando o ouviu a chegar, perguntou-lhe: - És tu, João? - S...sim - disse ele a gaguejar. - Por que estás aí debaixo? - Não ouviste o trovão? Era tão alto... -Ó João, não precisas de te assustar. É só o S. Pedro a arrastar os móveis da casa dele - inventou a mãe. - Mas então e o barulho da chuva? - Isso é quando ele rega as flores do seu jardim, que molha tudo cá em baixo. O João, já todo chateado com S. Pedro, foi escrever uma carta. - Que estás a escrever? - pergunta a mãe. - Isto é uma carta para o sr. S. Pedro por fazer chover tanto! - Que tótó... E na carta dizia o seguinte: "Querido S. Pedro, eu nunca fui a sua casa, mas tenho a certeza que os móveis estão bem arrumados e não precisam mais de ser mudados. O jardim, esse, já deve estar muito bem regado! Ou o senhor pára de regar as nuvens ou então tem de arranjar uns impermeáveis, pois aqui em baixo cai muita água. Um abraço do João!" Mal parou de chover, o João foi a correr aos correios. Depois de pôr a carta na caixa do correio, encontrou o seu amiguinho que era um menino muito inteligente. - Mal parou de chover e tu já estás aqui fora?! - perguntou o Nelson. - Sim! Estou a tratar de um assunto muito sério, e se tudo correr bem vai parar de chover durante algum tempo! - Ah... e porquê? Após a explicação, o Nelson riu-se: -Ah, ah, ah! És mesmo tonto, João! - Olha, tonto és tu! - Não é S. Pedro que faz chover. A tua mãe só estava a brincar contigo. - Então porque é que os trovões fazem tanto barulho?

- Esse barulho é causado quando duas nuvens carregadas de água batem uma contra a outra. - Por que não põem sinalização no céu? - Porque isso não ia adiantar nada. As nuvens são inanimadas. - Oh! - E depois desse encontrão sai uma faísca, que tem o nome de relâmpago e o barulho só vem depois. - E a chuva? - Acontece quando as nuvens estão cheias de água. Como não aguentam mais deixam-na cair. - Bolas! Gostei mais da história da minha mãe! - Oh! João. Vai continuar a chover normalmente. - Pois eu acho que a minha carta vai dar resultado! Os dias foram passando, e nada de chuva! As pessoas no princípio gostaram. Assim podiam ir para a praia, brincar na rua... Mas, uns meses depois, as pessoas começaram a preocupar-se, pois o nível da represa começou a baixar. As plantações começaram a secar, os animais a morrer e a ficarem doentes e estava cada vez mais calor... Mas, no meio de tanta desgraça, havia uma pessoa muito satisfeita. - Eu sabia que ia funcionar! Agora não tenho que ter mais medo da chuva! Na casa do João, estavam os seus pais a ouvir um jornalista a dizer: - A seca prossegue sem dar tréguas! Os nossos cientistas estão a tentar descobrir a causa do problema... e a solução! - Só espero que consigam - diz a mãe, muito preocupada. - Eu, o professor Einstein, tenho uma teoria! A poluição está a impedir a passagem da chuva! A única solução é fazer um furo na atmosfera! - disse o professor convencido que tinha razão. - Não seja parvo! A culpa disto tudo é interferência das partículas cósmicas que impedem a precipitação! Temos de mandar um foguete e...- comenta outro professor, até ser interrompido. - Que tolice! Isso nunca poderia acontecer! E assim começa uma discussão entre os dois cientistas. Mas, os pais do João continuavam preocupados. -Será que ninguém vai conseguir fazer chover? - interroga-se

a mãe. -Calma, querida, tudo se resolverá - consola-a o pai. - Mas eu sei a causa disso! - diz o João. - SABES?! - gritaram os pais, surpreendidos. - Claro! Fui eu que mandei uma carta para o S. Pedro para ele parar de arrastar os móveis e... - Filhinho, estamos a falar de coisas sérias, vai brincar e deixa estas coisas para os adultos! - diz a mãe, carinhosamente. O João, muito triste por não acreditarem nele, foi a correr ter com o Nelson, pois ele sabia toda a verdade. - Nelson! - Que é? Agora estou a tentar descobrir uma fórmula química que faça chover. - Tu também?! Mas eu não te disse que fui eu o causador disto tudo? Eu escrevi para o S. Pedro e... - Ó João, já te disse que aquilo é tudo uma lenda! Agora deixa-me trabalhar! -Até tu...Adeus! -Adeus! - Agora ninguém acredita em mim. Eu nem devia ajudá-los, mas esta situação está a piorar. Não posso ser tão egoísta! Afinal, já estou habituado a fugir da chuva. Depois de muito ter pensado, o João decidiu escrever outra carta ao S. Pedro a pedir para a chuva voltar. Dizia assim: "Querido S. Pedro, esqueça aquilo que eu disse! Pode continuar a mudar os móveis! Eu não ligo mais ao barulho, e quanto à chuva...pode regar o seu jardim à vontade! Tem é que ter cuidado para não deixar cair água em cima de mim! Um abraço, João" E assim ele lá foi meter a sua carta na caixa do correio. Passados alguns dias, choveu, choveu e choveu! As pessoas estavam todas felizes até o João, que mal viu aquilo foi logo contar aos pais como fez que chovesse. - Pai! Mãe! Já viram? Está a chover. - Pois é! Afinal os cientistas tinham a razão! - disse o pai. - Tinham nada! Fui eu que pedi ao S. Pedro para chover outra vez. - Outra vez essa história?! Bem, mas quem sabe? Afinal ainda há coisas que não compreendemos... - disse a mãe. - Sim até podes ter razão... confirmou o pai enquanto abraçava a família. Joana Ferreira 7ºA

O Outono é assim! No Outono,

O Outono tem início no final de Setembro e dura três meses. Os dias ficam mais curtos e anoitece mais cedo. A natureza envelhece, perde o brilho e acaba por morrer. Há uma grande mudança nas cores das folhas das árvores. Começam a pintar-se de amarelo, castanho e vermelho. Vão cair até Dezembro e cobrir o chão do meu jardim, com um manto fofo onde o “Miau” gosta de se esconder. As andorinhas vão embora, procuram lugares mais quentes e os animais da floresta preparam os seus ninhos para o Inverno que há-de vir. O chão cobre-se de cogumelos, venenosos uns, deliciosos outros, procuro…mas não encontro debaixo deles, nenhum anão! O Sol brilha, mas já não é tão forte como o de Verão e a chuva, que vejo da minha janela, põe a tarde tão triste!! É também a época das castanhas, que apanho do chão junto do grande castanheiro do meu avô. São para fazer um magusto no dia de S.Martinho. Ai! Adoro o calor da fogueira, o brilho das chamas e as sombras no chão. Já cheira a Natal, mas na Escola ainda há tanto para fazer! Volto já…o meu pai chama-me para o ajudar a varrer as folhas do plátano, que esvoaçam ao vento, para lá do muro do meu Outono.

As árvores despem-se, a paisagem triunfa num misto de cores, numa sinfonia de emoções, numa explosão de sentimentos, onde o olhar se perde no infinito. As folhas amarelecem, envelhecem e, finalmente, caem. O Outono é assim. Frio, prepara-nos para uma estação ainda mais rebelde, o Inverno. Mesmo assim, ninguém disse que frio era sinónimo de tristeza. Muito pelo contrário, as ruas enchem-se de azáfama e jovialidade, notando-se alegria e um agradável cheirinho a castanhas assadas. O Outono é assim. Frio, monótono, mas nem por isso menos feliz. Chega a altura dos cachecóis, das luvas, das botas, do chocolate quente, das conversas à lareira e dos abraços numa vã tentativa de calor. As folhas caem sem uma única hipótese de mudarem o seu destino: é a lei da Natureza. O Outono. Frio, monótono e alegre. Três palavras bem diferentes, e bem iguais. É altura de calçar umas meias mais quentinhas e conviver, porque a escola começa precisamente no Outono. É tempo de nos despedirmos do Verão, contarmos e recontarmos as nossas histórias e revermos os nossos amigos. É altura de seguir em frente, começar um novo ano escolar com grande confiança, grandes objectivos e, sobretudo, grandes desafios. É tempo do frio, mas também é tempo de ser-se feliz.

Mª Matilde Gomes Silva - 7ºC

Diana Sofia Costa; 8ºB

a Natureza Envelhece


26

clube de leitura

Clube de Leitura

As minhas sugestões de LEITURA

Para alunos do Secundário, encarregados de educação, professores e funcionários

Para alunos do 3ºciclo

Para alunos do 2º ciclo “Uma Aventura no Alto Mar” Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães Editorial Caminho

“História de um Gaivota e do Gato que a ensinou a voar” Luís Sepúlveda Edições ASA

“Como Água para Chocolate” Laura Esquível Edições ASA

Mais uma vez os cinco amigos envolvem-se numa das suas misteriosas aventuras. Desta vez, em alto mar, vêem-se em trabalhos com um naufrágio, que os conduz à Antárctida. Não percas mais uma fascinante aventura destas escritoras.

Um livro que não te vai deixar indiferente aos problemas ecológicos do nosso planeta e que te vai fazer compreender que existe uma linguagem universal entendida por todos os seres. Trata-se da linguagem da amizade e do amor. Com a graça de uma fábula e a força de uma parábola, o grande escritor chileno oferece-nos neste seu livro uma mensagem de esperança de altíssimo valor literário e poético.

Surpreendente e admirável é como posso descrever a abertura de cada capítulo deste magnífico livro da escritora mexicana Laura Esquível. Uma receita fora do comum, que mexe com os nossos sentidos e que faz crescer água na boca, é o pretexto para as mais interessantes conversas, para se enredarem amores e desamores e para se desfiar uma relação de amor proibida no México rural dos princípios do século XX. Um livro que é um hino ao prazer dos sentidos e à liberdade criativa da mulher. Imperdível.

NOTÍCIAS do nosso Clube Agora já temos um espaço privilegiado de divulgação de informação sobre leituras efectuadas, de troca de impressões, de apresentação de sugestões de leitura e, sobretudo, de partilha de experiências literárias.

Esperamos que este blog (http://professores.alfacoop.co.pt/leituras)constitua uma oportunidade para que professores, alunos e encarregados de educação registem os seus comentários e apresentem as suas sugestões de leitura. Pretendemos

que este blog contribua de modo significativo para aumentar o número de leitores activos na nossa escola. Temos como objectivo fazer com que este blog seja um forte contributo para uma maior e melhor dinamização da biblioteca domiciliária da

nossa escola. Queremos fomentar, através deste blog, na comunidade escolar, o gosto pela leitura. Em suma, desejamos que este blog funcione como um meio de divulgação das actividades que vamos desenvolver, ao longo do ano lectivo, e

uma forma de cumprirmos os objectivos definidos para o Clube de Leitura. Participe no nosso blog, que está disponível na Intranet, deixe as suas sugestões, troque impressões, partilhe os seus gostos literários.

Inês Ferreira 8ºB

Joana Martins 7ºG

Bruna Pereira 7ºG

Título: “As Esquinas do Tempo” Autora: Rosa Lobato de Faria Editora: Porto Editora

Título: “O Bosque dos Pigmeus” Autora: Isabel Allende Editora: Círculo de Leitores

Título: “Balzac e a Costureirinha chinesa” Autora: Dai Sijiee Editora: Terramar Editora

Título: “A Filha dos Mundos” Autora: Inês Botelho Editora: Gailivro

Este livro trata a história de Tomás Noronha,

“As Esquinas do tempo”, o primeiro livro que

Aconselho vivamente que leiam “O Bosque dos

“Balzac e a Costureirinha Chinesa” foi o

Adorei ler este livro. Nunca tinha lido nada

professor de História da Universidade Nova de

leio de Rosa Lobato de Faria fascinou-me de tal

Pigmeus”, de Isabel Allende.

último livro que li. Achei este livro muito

desta escritora, mas fiquei fascinada com a

Lisboa, perito em criptanálise e línguas antigas,

modo que aconselho vivamente a sua leitura

Desta vez, a aventura decorre em África, onde

interessante e excitante e, por isso, aconselho

escrita dela e com a história que conta.

foi contratado para descodificar um estranha ci-

aos jovens. Este livro, lido em quatro dias, é um

Nadia e Alexander acompanham a avó Kate em

a sua leitura a todos os meus colegas.

Neste livro contactamos com um mundo

fra, MOLOC NINUNDIA OMASTOOS, encontrada

universo ficcional onde o fantástico e o real se

mais uma expedição da International Geogra-

O livro fala de dois jovens muito aventureiros e

do sonho e da fantasia, da magia e do

entre papéis de um velho historiador deixados

entrelaçam. Uma jovem professora de Matemá-

phic. As suas peripécias e os ciúmes de um

curiosos acerca do mundo, que se apaixonam

maravilhoso.

no Rio de Janeiro, antes de falecer. No entanto,

tica, um dia vai a Vila Real proferir uma palestra

elefante vão animar imenso a expedição, mas

por uma costureirinha... Queres saber mais?

Ailura, a protagonista do livro, é uma rapariga

o mistério que ela encerrava revelou-se estar

e fica hospedada num turismo de habitação. No

o aparecimento de um padre espanhol alterou

Gostas de romance e aventura? Então não

de quem tu vais gostar se te aventurares a

para além da imaginação deste, lançando-o

seu quarto , está dependurado o retrato de um

os planos iniciais para a reportagem e a maneira

hesites em ler este livro.

ler este magnífico livro. Não desperdices a

inesperadamente na pista mais bem guardada

homem que se parece muito com Miguel, a sua

de voltar para a capital, arrastando todo o grupo

da época dos Descobrimentos: a verdadeira

recente paixão. Por um inexplicável mistério,

consigo para o misterioso bosque dos pigmeus.

identidade e missão de Cristóvão Colombo.

na manhã seguinte acorda cem anos atrás, no

funcionária

Jacinta Bacelo

Título: “Codex 632” Autor: José Rodrigues dos Santos Editora: Gradiva

Encarregado de Educação

AVelino Ferreira

Sugestões de LEITURA

seio de uma antiga família.

oportunidade de a conheceres.


intervalo

“Cruzadas”escolares

Se conseguiste completar as “Cruzadas” Escolares ou identificar “Quem sou eu?”, envia um email com as soluções para: jornal.infante@alfacoop.pt (com o teu nome e turma). Temos prémios para quem acertar.

Quem sou eu?

27

IV Centenário do nascimento do

Padre António Vieira HORIZONTAIS: 1 - Rio do Brasil que banha a maior floresta do mundo, onde Vieira pregou, de 1653 a 1661; Nome carinhoso que os Índios davam ao Jesuíta e que significava “Pai Grande”. 2 - Enraivecer. 3 - Nome que o escravo dava ao seu senhor, seu dono; Pequeno barco que transportava os viajantes dos grandes navios para terra. 4 - Nome dado aos mitos e lendas do regresso d’el Rei D. Sebastião e que Vieira também tratou na História do Futuro. 5 - País onde o Padre diplomata foi, em 1650, tratar do casamento do príncipe herdeiro, D. Teodósio; Reis (abrev.); Raça importada, como mercadoria, dos países africanos. 6 - Vogal (pl.); Pretérito imperfeito de ir; Rei que protegeu e admirou Vieira. 7 - Nome egípcio do Deus Sol; Pelo das ovelhas; Aquilo que era sagrado para os índios; Divindade indígena da Natureza. 8 - Oferecem; Honoris Causa (abrev.); O Filho de Deus, que dava o nome à Ordem religiosa a que pertencia Vieira. 9 - Tribunal eclesiástico, criado para inquirir e punir crimes contra a fé católica; Pronome possessivo (fem. sing.); Vogal (pl.). 10 - Nome (pl.) de divindade africana levada de Angola para o Brasil, pelos escravos negros; Instrumento musical que acompanhou, mundo fora, a saudade triste do português. 11 - Imperfeito do conjuntivo de soer (arcaísmo); Peça de teatro cantado, que veio para Portugal no séquito de Sabóia, séc XVII. 12 - Continente Oriental onde os Holandeses atacaram as colónias portuguesas, no tempo de António Vieira; Doutor (abrev.); Pronome pessoal (1ª pes.); Deslocar-se. 13 - Aquele que pregou aos peixes e foi tema de um sermão de Vieira (2 palavras); Feroz. 14 - O que sentia o Jesuíta, ao voltar para o Brasil, em 1681, desprezado pela Corte e pelo Rei. 15 - Discurso cristão que se pronuncia no púlpito; Arte de discorrer ou falar em público. 16 - Local público onde se vendia vinho; Advérbio de lugar. 17 - Roça e fábrica de moer cana, a que os escravos chamavam “O Doce Inferno” (3 palavras). 18 - Proclamação; País europeu que declarou guerra às colónias portuguesas; Nota musical; Pressa. 19 - Ditongo oral; Presente do conjuntivo de haver; Reis espanhóis que foram a 3ª dinastia portuguesa. 20 - Pronome demonstrativo; Grande igreja; Governador holandês no Brasil; Carta de jogar. VERTICAIS: 1 - População autóctone do Brasil que Vieira se empenhou em cristianizar e libertar da escravatura; Lugares incultos ou florestas no interior do Brasil, longe da costa. 2 - Terra descoberta por Pedro Álvares Cabral (pl.); País africano de onde saíam muitos escravos para o Brasil. 3 - E (em latim); Igreja de Lisboa onde se lançava tapete para ouvir os sermões de Vieira; Contracção da preposição em com o artigo definido; Rochas, nas minas, onde se achava ouro ou prata. 4 - O que respiramos; Cidade brasileira onde Vieira professou; Artigo indefinido (pl.); Experimentais. 5 - O Padre Vieira era célebre por essa sua capacidade oral; Comunidade cristã de índios fundada pelo Missionário, no Maranhão, em 1653; Levanto. 6 - Nota musical; Presente do indicativo do verbo ser; Presente do conjuntivo do verbo ornar. 7 - Ave pernalta brasileira, do tamanho da cegonha; Quatro em numeração romana; Imperfeito do indicativo de ir; Os ardis dos colonos para enganarem os índios. 8 - Ordem para orar que Vieira dava, na igreja, aos colonos pecadores; Cento e um em romano; Carta Anual da Companhia que Vieira escreveu, em 1626; Advérbio de tempo. 9 - Estado do Brasil onde Vieira teve a sua Missão mais importante; Folha de papel feito de palmeira. 10 - Rei destronado pelo irmão, morre, prisioneiro, no Palácio de Sintra; Os que colonizaram o Brasil. 11 - Consoantes de onde (invertidas). 12 - Padres da Companhia de Jesus; Antónimo de amar; Antigo magistrado (pl.). 13 - Sua Majestade (abrev.); Cidade da Itália onde Vieira frequentou a “corte” de Cristina da Suécia. 14 - Cidade onde Vieira sofreu os interrogatórios da Inquisição; Preposição; Nota musical. 15 - O que sentiam os irados colonos quando o pregador os comparou com os peixes, no Sermão de Santo António; Príncipe que, para ser Rei, destronou e prendeu o irmão, casando com a cunhada; Pretérito perfeito do verbo asir (segurar), 3ª pes. sing. 16 - Laçada; O grupo mais perseguido pela Inquisição; Graciosa. 17 - O papa que Vieira visitou em Roma; Pretérito perfeito de ser. 18 - Avareza e empréstimos de usurários; Época; Espécie de casaco sem mangas. 19 - Pretérito perfeito de pôr, 1ª pes. sing.; Futuro do verbo ir; Plantas cultivadas em grandes plantações e que dão uns grãos que se torram e moem para fazer uma bebida. 20 - Seres humanos vendidos e usados como animais (fem.); Metal precioso do Brasil; Pedras de altar.

Estava sentada numa das velhas carteiras daquela escola de aldeia, onde o frio entrava pelas frinchas das portas e assobiava ameaçadoramente. Naquele local existia apenas uma sala de aulas e o recreio era um espaço sem conforto, sem beleza. Apesar de tudo, tenho ainda boas recordações daquele lugar, da professora e dos colegas. Era na altura muito boa aluna, apesar de ser um pouco maria-rapaz. Lembro-me perfeitamente do dia em que me tiraram esta fotografia e da alegria que senti em ficar com um livro na mão, talvez já adivinhasse que o meu futuro estaria para sempre ligado aos livros. É que, então, já dizia a todos que queria ser professora. Propriedade: Alfacoop - Cooperativa de Ensino CRL - Externato Infante D. Henrique - 4709-008 RUILHE - Braga - Tel. 253 959 000 - fax 253 951 701 - email: alfacoop@mail.telepac.pt - www.alfacoop.pt - Director: Dr. José da Silva Ferreira Redacção de Textos: Clube de Jornalismo e Rádio - Prof. Sérgio Cortinhas (coordenador), Prof. Manuel José (sub-coordenador), Profª Isabel Ferreira, Profª Patrícia Almeida, Prof. Manuel Augusto e alunos do Clube de Jornalismo e Rádio Paginação: Prof. Pedro Monteiro Fotografia: Clube de Fotografia e Vídeo - Prof. Rui Leite (coordenador) e Prof. Pedro Monteiro Impressão: Tipografia Tadinense Tiragem: 2000 exemplares


28

última

Queridas, mudamos a sala de professores!

Não foi tão rápido como na televisão, mas não andou longe! No final do mês de Outubro, em apenas dois dias (e noites…), a sala de professores da nossa escola foi totalmente, repito, totalmente remodelada! Os protagonistas da

mudança “relâmpago” foram as professoras de Educação Artística e Tecnológica, a saber: Cristina Alves, Marisa Carvalho e Cândida Paredes, que puseram mãos à obra, com o apoio da Direcção Pedagógica e Administrativa e do

funcionário, Sr. Manuel Vieira. Evidentemente que foi necessário fazer estudos e projectos, discutir com os colegas as soluções mais adequadas aos objectivos daquele espaço e submeter orçamentos para aprovação.

A capacidade criativa e o bom gosto das nossas professoras fica bem visível no resultado final que nos mostra uma sala de professores com um design moderno, requintado e muito funcional, como se pode ver nas fotos.

CURSO

de FOTOGRAFIA e VÍDEO para PROFESSORES O que é o diafragma? Qual a diferença entre a fotografia analógica e digital? O que é a profundidade de campo? Como se faz um grande plano? Foram estas, entre muitas outras, algumas das questões às quais os formandos do Curso de Fotografia e Vídeo procuraram responder na acção de formação que se realizou logo no início deste ano lectivo. A acção de Formação inseriu-se no módulo “Comunicação Visual”, com saída profissional de Animador Sócio-Cultural e contou com 32 profes-

sores inscritos. Os formadores – prof. Pedro Monteiro e prof. Luís Pereira – deram um cariz muito prático e, por isso, esclarecedor e motivador à acção. Para tal, os formandos deslocaram-se às cidades de Guimarães e Barcelos para aí porem em prática alguns dos conhecimentos adquiridos nas sessões, tais como a “profundidade de campo”, a “velocidade” ou diferentes movimentos com a câmara de filmar. No final, cada formando apresentou as suas fotografias “denotativas”

ou “conotativas” e, em grupo, foram produzidos pequenos filmes, posteriormente reunidos num portefólio do curso. Esta acção de formação teve como objectivos Identificar os elementos básicos da linguagem audiovisual - fotografia e vídeo, analisar a especificidade e a importância da linguagem audiovisual e aplicar a linguagem audiovisual ao trabalho de animação sociocultural.

REPÚBLICA PORTUGUESA


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