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Pix automático chega em abril de 2024

O Pix Automático está previsto para ser lançado em abril de 2024, segundo divulgou o Banco Central, após a 19ª reunião plenária do Fórum Pix. O Pix Automático viabilizará pagamentos recorrentes de forma automática, mediante autorização prévia do usuário pagador. De acordo com o BC, o desenvolvimento do produto é pautado em três pilares: segurança; praticidade para usuários (pagadores e recebedores); e flexibilidade, de forma a permitir seu uso em múltiplos modelos de negócios, sejam digitais ou por estabelecimentos físicos.

O BC destacou que a novidade irá ampliar o leque de alternativas disponíveis para que empresas de todos os tipos e segmentos recebam seus pagamentos recorrentes. Atual- mente, o débito automático depende de convênios bilaterais com múltiplas instituições, gerando complexidade operacional e custos elevados, o que restringe o serviço a grandes empresas, geralmente prestadoras de serviços públicos. Por outro lado, os pagamentos recorrentes no cartão de crédito não são acessíveis a parte relevante da população. mos como aplicar casos de uso para o dia a dia dos consumidores. A tokenizacao dos depósitos é um passo super relevante. Mas temos que sair da discussão de tecnologia para ver os casos de uso e como isso vai beneficiar o consumidor na ponta. Identificar para que serve. A ferramenta é muito poderosa e tem uma diversidade muito grande. Então, será importante identificar prioridades”, ponderou.

Assim como os Pix tradicionais, o Pix Automático será gratuito para o pagador e poderá ser tarifado no recebimento pelas empresas. O usuário pagador terá à sua disposição uma série de funcionalidades para gerir os pagamentos recorrentes como, por exemplo, estabelecer um limite máximo do valor da parcela a ser debitada, podendo cancelar a qualquer momento a autorização.

A proposta em si das moedas digitais oficiais já ganhou o mundo, lembrou a sócia líder de Blockchain e Cripto da EY Brasil, Thamilla Talarico. Ela destacou que “as CBDCs são essenciais para a nova estrutura do mercado financeiro, para a economia tokenizada regulada. Temos mais de 95% do PIB mundial estudando adoção de CBDCs em diferentes estágios de implementação, e em cada país temos visto o uso para resolver um problema diferente.” E complementou: “O Brasil representa um modelo que olha para a CBDC como fomento a novos modelos de negócio, que vão incorporar a programabilidade do dinheiro e o que isso pode gerar [em termos] de novos produtos e serviços financeiros e inclusão financeira.”

E essa inclusão é o objetivo final, como destacado pelo coordenador do projeto do Real Digital no Banco Central, Fabio Araujo. “Conseguimos colocar o PIX de pé em 18 meses porque temos muita expertise nisso. Mas quando se vai para o ambiente de registros descentralizados e o potencial nos serviços financeiros, muda a forma de pensar. Não basta conhecer o sistema financeiro, conhecer programação ou a teoria da DLT [Distributed Ledger Technology]”, destacou. “Precisa entender como criar vantagens a partir dessa tecnologia. Isso é um passo que precisa de gente que entenda blockchain, não só para programar, mas para o que se pode fazer com isso. É um processo de feedback. A gente dá um passo, o mercado aprende, o regulador aprende, dá mais um passo. E o que a gente quer não é o mundo de hoje com tecnologia nova, mas sim o mundo da tecnologia nova. Isso exige aprendizado de quem cria, regula e oferece produtos.” •