RevistaSelig@!

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Ano I - Edição 01 - Novembro de 2013.

Revista

Por C LO OU U O COS

SeLig@!

É tempo de construir o futuro

´ Series

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S A febre das séries americanas invade a cabeça dos jovens brasileiros com muita cultura pop Pág. 14

DIÁRIO DE BORDO Experiências interculturais que acrescentam muito à bagagem de alunos em intercâmbio.

E ASSIM VOU LENDO O MUNDO Blogs e vlogs literários ocupam o espaço virtual e a mente dos web leitores.

SPOTTED O Cupido virtual que ataca universitários de modo engraçado e criativo.

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Editorial

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roduzida por alunos do primeiro semestre de Jornalismo da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), A Revista SE LIG@! tem o compromisso de levar até você, estudante do ensino médio, notícias, reportagens e entrevistas, com os mais variados assuntos da atualidade, fornecendo conteúdo atrativo e abrindo um leque de informações que contribuirão para a sua futura escolha acadêmica. Nossa primeira edição vem repleta de informações e entretenimento, apresentando assuntos relacionados à vida urbana, situações como o primeiro emprego,intercâmbio,cultura, lazer e conversas com jovens que estão correndo atrás de seus sonhos. SE LIG@! quer convidar você, jovem leitor, a descobrir inúmeras possibilidades, caminhos que levarão a uma construção alegre e prazerosa de seu futuro. #Vem com a gente!

A Redação

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Sumário Artigo Retrato e Orgulho de ser Nordestino 03 Cotidiano Longe de casa 04

Intercâmbio Diário de Bordo Profissão Meu Primeiro Emprego Perfil Denise Delmiro Bastidores Caminhos da notícia Vida Urbana No aperto do busão Capa Loucos por séries Cultura Digital E assim vou lendo o mundo Aúdiovisual Comunicurtas Sociedade Maconha legal Teatro A expressão da liberdade Comportamento Casamento mágico Juventude Spotted: o cupido virtual Entrevista As estrelas direto da fábrica Cultura No frio do inverno, a cultura que aquece Resenha Vida sem rumo Expediente

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Retrato e Orgulho de ser Nordeste

Por Eloyna Alves

Fotos : Face book

Com um Armaria, nãan, o meme ganhou destaque nas redes sociais e caiu no gosto popular. Sucesso no Facebook, a Fan Page “Bode Gaiato”, que já tem 2,3 milhões de curtidas conquistou os internautas ressaltando a cultura oral nordestina com muito humor e criatividade. Aquilo que no início era uma brincadeira se transformou em uma das mais acessadas páginas da internet, virou comentário entre as rodinhas de conversas, e mais que isso, uma identificação cultural dos nordestinos, que veem nas piadas do “Bode Gaiato” uma representação de sua vida cotidiana.

Artigo

Bode Gaiato

Criada pelo Estudante de Engenharia elétrica da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), o pernambucano Breno Melo, no tédio de suas férias de 2013, teve a ideia de jogar na internet o caricato bode de nome Junin que falasse usando expressões tipicamente nordestinas como: armaria, passe pá dentu, deixe de pantin, entre outras, que revelam o modo que grande parte dos nordestinos usa para se comunicar em uma conversa informal e descontraída com seus amigos e familiares. O “Bode Gaiato” escreve conforme a pronúncia nordestina das palavras (hômi, dinhêro, aperrianu) é uma maneira de dar ênfase a cultura local. Não é por que não se fala conforme os livros de gramática pedem que uma pessoa deva ter mais ou menos valor, afinal, essa não é uma realidade apenas do Nordeste. Outras regiões também pronunciam as palavras conforme a cultura que vivenciam. O Carioca coloca ‘x’ onde não tem, o paulista enfatiza o ‘r’ sem necessidade e ninguém vê isso com preconceito. O Bode que vez por outra dá uma escorregada na gramática também não precisa ser alvo de discriminação. Disseminar os falares nordestinos é, portanto, uma maneira de não negar a cultura que é própria do povo no Nordeste, de dizer um NÃO, em alto e bom som ao preconceito e aos olhares tortos que são lançados sempre que o sotaque “arrastado” do nordestino se faz perceber. O bode da página da internet é apenas um símbolo que revela, com bom-humor, como as pessoas falam e agem. Ele é a expressão de uma região rica culturalmente, cheia de boas histórias para contarde gente arretada.

Publicações da página no Facebook

Se Liga!

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Longe de Casa

Estudantes relatam como é a experiência de morar distantes da família e amigos em prol do curso universitário.

Por Thaíse Ariadne e Letícia Galdino

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odos os anos muitos estudantes precisam sair de suas casas, ao receberem a notícia de aprovação no vestibular quando o curso é em uma cidade diferente da sua. Essa realidade pode ser dura, e até mesmo um choque, mas se bem administrada, será um grande passo ao amadurecimento e aprendizado. É importante para o jovem ter novas experiências, como a de viver sozinho, ou acompanhado de outros, e fazer novas amizades. Lavar, passar, cozinhar, limpar a casa, ter responsabilidades são atividades que geralmente não fazem parte da vida da maioria dos adolescentes. Pensando nisso, a Se Liga! Preparou uma matéria com experiências de estudantes que nos relataram como é a vida do “se vira sozinho!”.

Vida de república

Algumas universidades disponibilizam repúblicas estudantis para alunos menos favorecidos que saem de suas cidades para cursarem nos campi que ficam localizados na cidade grande. Segundo o edital da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) consta que “As Residências Universitárias da UFCG integram o programa permanente de apoio ao estudante, mantido por esta universidade, estão situadas nos campi da UFCG e têm administração vinculada à Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários – PRAC.” Enivaldo Pereira é um dos que mora nessas residências, localizada no bairro da Prata – CG. O estudante cursa engenharia civil e teve que sair de sua cidade natal, Olivedos (interior da Paraíba) para poder ter uma formação superior, pois contou, em entrevista a Se Liga! que em seu lugar de origem não há universidades. “Eu resolvi morar fora de casa por conta da universidade. Além de ter o curso que eu pretendia, a cidade tem o centro urbano um

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Se Liga!

pouco maior, mais opções de lazer e etc”. Ele diz, “É uma experiência de muito aprendizado, visto que vim morar em uma residência universitária. O desafio é a questão de se virar sozinho. Sem depender de pai nem de mãe, de ter que encarar sua própria responsabilidade, e também a questão de se tornar independente”. O jovem tem 23 anos, e mora fora de casa há seis. Ele divide o quarto com um colega, e a residência tem, ao todo, cerca de 40 pessoas. “Não dividimos gastos entre nós porque é tudo, basicamente, mantido pela universidade. Contudo, compramos produtos de higiene pessoal e coisas de interesse individual, por exemplo.” Disse. E, para ele “o fato de conviver com muitas pessoas facilita o trabalho em grupo. Você aprende a ter responsabilidade, e lidar com outras pessoas e outras situações, por isso que acho importante essa experiência.” Pegando o caminho do interior Há também os que fazem o percurso contrário: da cidade grande para o interior. Como o estudante Rafael Vasconcelos. Ele tem 18 anos e saiu de Campina Grande para cursar farmácia pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) na cidade de Cuité, interior da Paraíba. Rafael tomou a decisão de morar fora de casa quando recebeu o resultado do vestibular. “O desafio é se acostumar. No começo é mais difícil, por estar longe da minha família. Mas você consegue depois que faz amizade com os seus colegas... e a convivência é tranquila, eu moro com outras doze pessoas, mas viramos amigos de cara!” comenta. Rafael mora no Pensionato Morada da Serra – Cuité (encontrou o lugar ao ir fazer sua matrícula no curso) e diz que gasta, em média, R$500 de moradia e R$70 para usar durante semana. Ironicamente, no caso de Rafael, morar no interior custou mais caro.


Perto do Sucesso

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Cotidiano

Longe de casa…

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Sensação no Youtube, Os Carai-BA relatam a vida do estudante fora de casa

Por Geovanna Teixeira Os Carai-BA é sucesso no You tube com os jovens que passam pela mesma situação. Estudar fora agrega outras responsabilidades, como ter contas para pagar, cuidar da própria casa, da alimentação e as saias justas que o dinheiro curto proporciona. O grupo é formado por Helber Durães, o Helbinho, que tem 22 anos e é o protagonista dos vídeos; Fabricio Barreto, de também 22 anos, é recém-formado em enfermagem e interpreta a mãe em diversos capítulos; Hebert Vieira é mestre em direito, e fica responsável pela produção e acessória jurídica do vlog; Por fim, Icaro Almeida, que é o cara responsável pela parte de mídia do grupo. Helbinho que cursa o 5º período de Arquitetura, concedeu a entrevista abaixo. SL: Como surgiu o canal no You tube? Helbinho: Surgiu numa tarde em que o grupo estava ouvindo a música Reggae do Manêro – Raimundos. A música descreve muito da vida do estudante fora de casa, daí surgiu à ideia de gravar um vídeo para os amigos, família e depois de uma semana ser excluído. Sem nenhuma pretensão de ficar famoso, era apenas uma resenha de república. Depois que eu falei no final do vídeo “Lembrando que toda essa sua vida de estudante tem uma complicação maior, um agravamento se for baiano e do interior” foi conquistada uma expectativa para um segundo vídeo. SL: Os temas para os vídeos surgem aleatoriamente ou existe um planejamento prévio? Helbinho: Os temas vêm durante a semana mesmo, tipo ‘vamos falar de tal coisa?’ aí essa tal coisa já ficava predeterminada que será gravada, eu escrevo o texto e começo a planejar as cenas. Mas principalmente os nossos temas são sugestões do publico.

SL: Como é saber que as pessoas se identificam com o canal? Helbinho: Não foi surpresa que as pessoas se identifiquem, que tenham gostado tanto, o humor é um jeito engraçado de ver a si mesmo, para mim é muito gratificante saber que as pessoas passam a mesma coisa que eu. SL: Recentemente o canal chegou a 3 milhões de visualizações, esperava tamanha repercussão? Helbinho: Nunca esperava tamanha repercussão, pensava que seria algo apenas em Campina Grande. 3 milhões foi perfeito, não esperava! Hoje somos o 8º canal mais visitado do Nordeste, e o 2º na Bahia. SL: Como foi a divulgação no começo? Helbinho: No primeiro vídeo, divulgamos nos nossos perfis no Facebook. O segundo tivemos o apoio de páginas no facebook relacionadas à Bahia, por causa da grande divulgação, foi criada uma expectativa para que existissem próximos vídeos. SL: Qual foi a melhor experiência que o canal proporcionou a você? Helbinho: Por causa do canal, começamos a fazer apresentações de Stand-up, uma experiência muito bacana foi que pela primeira vez na minha cidade um evento conseguiu vender todos os seus ingressos com uma semana de antecedência da apresentação, em geral o pessoal lá em Irecê só compra ingresso na hora do evento. Foi histórico e o grupo ficou muito contente por os filhos de a terra chegar a esse recorde de vendas.

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Diário de Bordo Intercâmbio

Por Ademar Trigueiro, Alfredo Albuquerque e Aline Calisto

Uma viagem ao conhecimento

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Camila: A primeira coisa que vocês faz é a inscrição no site do programa, despois é requerido vários documentos pela Universidade, várias coisas com protocolo da Universidade para registrar todo o processo juntamente com a inscrição no site. Depois disso, os alunos que foram selecionados pela universidade, com documentação aprovada, são encaminhados para o CAPES, lá eles selecionam os alunos que estão aptos a posteriormente fazer sua candidatura às universidades a qual deseja, são selecionados por país. No meu caso, eu escolhi a Itália. Depois disso, você recebe um login e senha para entrar no site das Universidades do País que escolheu e você se candidata a três que estão oferecendo vagas para intercâmbio. Você escreve uma carta endereçada à Universidade que é sua opção pedindo e dizendo por que quer estudar lá, quais são seus objetivos, o que você busca.

Intercâmbio

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iver uma experiência de viajar é ótimo e quando ela é internacional, melhor ainda! O intercâmbio tem essa proposta. Esta categoria de viagem proporciona ao viajante a chance de agregar-se a vida cotidiana do país visitado, aprender novas culturas, vivenciar experiências inusitadas. Geralmente, este tipo de turismo é escolhido por quem quer estudar no exterior; Os turistas são hospedados por “host families” (famílias que recebem os viajantes em suas casas e oferecem condições necessárias para adaptar-se ao país) e já vão, na maioria das vezes, vinculadas a uma universidade afim de “turbinar” o currículo acadêmico. É o caso da estudante de Design da Universidade Federal da Paraíba, Camila Kellen, 22. Ela foi uma das estudantes escolhidas pelo Programa Ciência Sem Fronteiras, que permite que alunos estudem em outras Universidades de países distintos. A estudante fez em Florença – Itália, onde complementará o currículo cursando na Universidade de Firenze disciplinas complementares a grade curricular do curso de Design. Camila, que é natural de Campina Grande – PB, diz-se ansiosa para viver o intercâmbio e aposta na vivência no exterior como chave para escolha da linha de pesquisa do TCC. Abaixo segue a entrevista feita com Camila, a estudante fala sobre previsões, ansiedade e intenções acerca do intercâmbio. SL: Você sempre teve vontade de fazer intercâmbio? Camila: Sempre tive vontade de fazer um mestrado fora do país, mas durante a graduação não tinha pensado. Uma das minhas opções eram Lisboa – Portugal ou Milão, na Itália. SL: Mas, em algum momento pensou em ir à Florença? Como vais agora? Camila: Não. Queria Itália, não Florença exatamente, mas por causa do meu curso lá é uma área muito grande de atuação. SL: Como foram os exames do programa?

7 Foto: Arquivo Pessoal


Piazza della Signoria, praça central de Florença (em Italiano, Firenze).

SL: E qual a reação da tua família? Principalmente da tua mãe, porque sabemos que mãe e filha geralmente são muito amigas. Camila: Desde o início, minha mãe e meu pai sempre me apoiaram. Essa semana um pouco mais tristes porque tá chegando o dia, mas alegres. É tanto que dizem para todo mundo “Ahhh, minha filha vai passar um ano estudando fora” e ficam orgulhosos, dizendo que vai ser bom e uma experiência única. E o coração? Tá apertado demais.

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Basílica (Cadedral Duomo) de Santa Maria del Fiore.

Visão geral de Florença. Ponte Veccio. Fotos: Arquivo Pessoal.

SL: Qual a tua expectativa com a Itália? Camila: Muitas. Todo mundo diz que a Itália é um país muito bonito, muito cheio de encantos e tudo mais. É uma cidade muito linda, super tranquila, então espero muitas coisas... Inexplicável!


Foto: André Americo

Profissão

Meu Primeiro Emprego

Trabalhar e conquistar uma independência financeira tem sido um desafio para grande parte dos jovens brasileiros na busca pelo primeiro emprego.

Por Priscila Guimarães e Ana Carolina O primeiro emprego pode parecer assustador para muitos jovens. Segundo o Censo 2010 a média de desemprego no Brasil é 7,6% , e a maioria dos jovens fazem parte desse número. A falta de experiência tem contribuído para essa taxa de desempregados já que a maioria das empresas exigem algum tempo de experiência. Na paraíba esse número cresce para 8,6% mas as dificuldades para a conquista do primeiro emprego podem ser amenizadas a partir de ONG's que auxiliam os jovens com capacitação e em parceria com empresas facilitam o seu ingresso no mercado de trabalho. O gerente de integração do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) de Campina GrandePB, Ricardo Campos que esclarece como funciona a inclusão do jovem no mercado de trabalho através da instituição. Ele relata que o CIEE disponibiliza de vários programas que preparam os jovens, como por o exemplo o Aprendiz Legal com parceria da Fundação Roberto Marinho,que seleciona e capacita jovens entre 14 e 24 anos para o ambiente de trabalho. A estudante Jéssica Gomes de 18 anos que conseguiu seu primeiro emprego através do programa, está bastante entusiasmada com a oportunidade. Além de trabalhar, Jéssica também cursa História na UEPB (Universidade Estadual da Paraíba), um desafio a parte, conseguir conciliar o emprego, os estudos e a vida social é um esforço que com certeza valerá a pena. Para o futuro, a estudante espera, além de melhores condições financeiras, se formar, exercer a profissão de professora de História, sempre buscando ainda mais conhecimento e sendo o orgulho de seus pais e familiares. Outros programas oferecidos pela instituição do CIEE são os de estágio e de pessoas com deficiências. No programa de estágio o jovem tem a oportunidade de por em prática o que é ensinado na sala de aula, com acompanhamento de profissionais. “Um estudante de jornalismo, será encaminhado para uma empresa de Comunicação, de nenhum modo um estudante de jornalismo seria encaminhado para um empresa de administração, por exemplo”, afirma Ricardo, gerente de integração do CIEE.

A ONG facilita também a colocação de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, apesar das mais de cem vagas oferecidas, nenhum cadastro foi realizado. Segundo Ricardo, muitos jovens omitem a deficiência quando vão fazer o seu cadastro e acabam perdendo a oportunidade.

Se liga! As inscrições para participar dos programas oferecidos podem ser feitas pelo site do CIEE www.ciee.org.br ou na própria instituição, você precisa apenas do RG e CPF, e preencher um formulário. “ É fundamental que, ao completar 14 anos, o jovem retire seus documentos, inclusive a carteira de trabalho. Faça seu cadastro em instituições que direcione-o para seu primeiro emprego”. (Ricardo Campos, gerente de integração do CIEE)

“Determinação e vontade, aprender e renovar sempre diante das necessidades exigidas pelo mercado de trabalho, enfim faça a diferença.” (Fernanda Araújo, atendente de telemarketing)

Não perca a chance, as oportunidades estão esperando por você. Se liga! Se Liga!

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Perfil

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uem imaginaria que aquela garotinha de Taquaritinga do Norte, PE, que amava a profissão de repórter televisivo, se tornaria mais tarde um dos grandes nomes da Comunicação paraibana? Denise Helena Delmiro de Souza, (26), formada em Comunicação Social pela UEPB, (Universidade Estadual da Paraíba), é figura certa no horário jornalístico televisivo da TV Paraíba. Ela entra nas casas dos telespectadores da TV Paraíba de segunda à sábado, como repórter e, mais precisamente, como apresentadora do JPB 1ª edição. Com expereriências anteriores que vão desde sua colaboração no jornal impesso de sua cidade, Jornal Atitude, passando pelo radiojornalismo nas Emissoras Taquaritinga FM e Farol FM e ,também pela Coluna Celino Neto do Jornal da Paraíba, Denise recebe a repórter Daise Oliveira, pela Revista SE LIGA, e fala de sua carreira com toques de nostalgia e vivacidade.

O relógio é nosso chefe e sempre nos rendemos a ele

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Um hobby: Ler livros e assistir filmes Um sonho: Formar minha família Uma realidade: Nossas crianças sem comida e sem estudo Tira sua paciência: irresponsabilidade Uma inspiração profissional: Sandra Annenberg


SL: Por que Jornalismo? Denise: Amei a profissão de repórter de TV desde a infância. Através dos trabalhos na escola e do envolvimento com os trabalhos na Igreja descobri minha paixão por comunicação. SL: Quais as maiores dificuldades no início de carreira? Denise: Minha cidade é pequena e só tinha uma rádio na época. No primeiro ano de faculdade tinha muita vontade de fazer algum trabalho na área. Surgiu a oportunidade de me unir a mais outros 3 estudantes de Jornalismo da minha cidade e criar o Jornal Atitude. Foram dois anos de edições mensais. Experência maravilhosa, mas complicada demais, não conseguíamos angariar recursos com o comércio pra bancar as despesas e eu ia de porta em porta tentar vender o jornal. Descobri que não tenho espírito empreendedor!

nino Davison em 2011 quando foi levado por uma enxurrada no bairro Mutirão em Campina Grande. O volume de água foi grande, casas foram derrubadas, a comunidade ficou dividida por um grande riacho. Durante três dias acompanhei a agonia dos pais e familiares até encontrar o corpo boiando no açude. Fui até o enterro do garoto e me emocionei muito. Existe um curta da UEPB que conta a história do garoto.(Quando eu crescer) SL: Jornalista conceituada também “leva toco”? Comente. Denise: Demais. Sempre perguntamos o que o outro não quer ouvir. O que mais lembro foi uma entrevista com Elba Ramalho no Garden Hotel.... conversei muito e no fim da entrevista..dá pra dar uma “palinha”? E ela... “não me faça cantar agora” (risos). Acontece. SL: A tv traz uma grande exposição. Como você lê a reação do público ao te encontrar no dia a dia? Algum fato interessante que possa compar-

Fotos: Arquivo Pessoal

tilhar? Denise: Eu entro na casa das pessoas todos os dias e elas pensam mesmo que faço parte da vida delas. O que eu mais gosto é que em todo lugar na hora da feira do supermercado ou nas ruas do comércio – o povo me para e vem me pedir reportagens, principalmente de comunidade, da falta de assistência do poder público. Um fato engraçado foi um abraço emocionado de uma senhora durante o JPB SÃO JOÃO que fiz este ano. Ela me pediu que eu fizesse poses pra ela tirar fotos minhas...claro que atendi. SL: E sua opinião, existe parcialidade do profissional de comunicação para com a notícia? Explique. Denise: Existe sim, temos nossa opção na religião, política, futebol, etc. E isso meio que fica nas entrelinhas de cada telejornal e de casa expressão de um jornalista. Só que jornalista bom é aquele que tenta atender aos anseios da sociedade, independente da sua opinião própria. SL: Quais os maiores desafios do jornalismo diário? Denise: Ele ainda é pouco explorado por causa do imediatismo. O relógio é nosso chefe e sempre nos rendemos a ele. SL: Algumas experiências marcam a nossa vida profissional. Você pode destacar algumas delas? Por quê? Denise: Acompanhei de perto as buscas do me-

SL: Se não fosse jornalista seria... Por quê? Denise: Professora. Aprendi a profissão com minha mãe e quero sim um dia repassar para outras gerações o que eu aprendi e aprendo. SL: Qual a mensagem para quem está começando na profissão? O que fazer e o que não fazer? Denise: Coragem! Não basta querer ser jornalista, tem que ir em busca. A academia ajuda muito e é necessária até demais, mas os ensinamentos só ganham mais proporção na mente quando é atrelado a prática. Procurem estágios na área, se for complicado crie um jornal, um blog, site, webradio ou webtv. Não percam tempo! Ler muito e ser uma pessoa atualizada. A maior qualidade de um jornalista é saber ouvir. Aprenda a ouvir as pessoas.

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O telejornal que é exibido no mesmo horário do seu nome possui um caráter que, embora mostre fatos do dia a dia, dá um viés educativo às notícias. Debates, opiniões, entrevistas e entradas ao vivo dos repórteres caracterizam esse programa jornalístico que se fundamenta em transmitir para o telespectador uma abordagem mais aprofundada da notícia para que ele tenha acesso a uma informação de qualidade. Às 6h da manhã a produtora chega à redação do telejornal, em busca de informações (através de programas de rádio, portais de internet, central de polícia e hospitais), fica por dentro de tudo o que está acontecendo em Campina Grande e região a fim de selecionar os fatos mais importantes para saber se eles rendem matérias ou não. As repórteres chegam à redação às 7h30, leem o relatório que contém as informações do que já foi feito e do que está para ser realizado no dia. Esse relatório, porém, está sujeito a alterações ao longo do expediente. O editor que, chega à redação às 8h faz uma breve reunião e discute o que será feito. Por volta das 8h30, as repórteres vão a campo para cumprirem suas pautas e o clima na redação ainda é de calmaria. Às 8h45 a produção está elaborando as pautas, para o jornal da noite e já para a próxima edição do “Meio Dia”, tentando marcar entrevistas com uma psicóloga e com uma ginecologista para um debate sobre a liberação da pílula do dia seguinte proposta pela presidenta Dilma. A repórter, Lívia Moraes, chega às 9h53 e descobre que a sua matéria não vai ser exibida pelo fato do tempo do telejornal ter sido estourado. Já a repórter Júlia Oliveira enquanto cumpria sua pauta de cobrir a greve de servidores da saúde, ao chegar no local previsto, percebeu que todos os funcionários trabalhavam normalmente, e tudo funcionava no Posto. Vendo a situação, Júlia logo afirmou que não ia render uma matéria, mas já que o entrevistado estava espe-

TV

Por Eloyna Alves, Sandra Regina e Thaliton Ritallo

o - Assis tente de

Para você que quer seguir a carreira de jornalista, a equipe do Se Liga acompanhou tudo o que rola por trás e em frente às câmeras na TV Itararé. Saiba como são os bastidores do jornal Meio Dia na Itararé, nessa matéria exclusiva.

Júlia Oliveira esentadora Repórter e Apr

Reginald

Bastidores

Caminhos da Notícia

rando, ela não podia desconsiderá-lo. Para quem não é jornalista, poderia pensar que Júlia acabou perdendo a viagem, mas, como o jornalista, além de conhecer de tudo um pouco, tem que ser bastante criativo, ela não perdeu a oportunidade da entrevista, e nem o cinegrafista de registrar cada cena que acompanhou no posto de saúde. Repórteres, produtores, editores e assistentes começam a fazer os últimos ajustes. Os assistentes vão fazendo os testes de sinais e os editores fazem as revisões das matérias. Agora, a contagem é regressiva e às 11h56 o jornal está prestes a ser exibido. O editor acompanha e revisa as matérias antes delas irem ao ar. Isso é regra. Câmeras, teleprompter, iluminação, cenário, tudo deve está devidamente em seu lugar. Faltando segundos, a apresentadora se posiciona e... “Bom dia! Está no ar mais um Meio Dia na Itararé”. Um resumo das notícias do dia abre o jornal. Logo em seguida as matérias começam a ser exibidas, geralmente, de acordo com o grau de importância. Após 30min de informação, é hora de encerrar mais um programa. Desligam-se as câmeras, agradecimentos à Deus, despedem-se. “Todo dia dá aquele nervosinho, frio na barriga...” diz Julia, “Mas no final a sensação é de alívio, dever cumprido”, completa.

Redação Meio dia na Itararé

Fotos: Bruna Duarte


Vida Urbana

NO APERTO DO BUSÃO

As dificuldadesdosestudantesquedependemdotransportecoletivoeenfrentam ônibus lotado diariamente Por Eloyna Alves e Sandra Regina

Transitar de um lugar a outro está longe de ser confortável ou seguro se tratando dos transportes públicos de Campina Grande. A jornada cotidiana dos campinenses se transforma em um pesadelo quando milhares de pessoas têm de enfrentar diariamente ônibus superlotados, atrasados e ainda sob a constante ameaça de um assalto à mão armada. Esta é a realidade de grande parte das cidades brasileiras e, em Campina Grande, muitos são os cidadãos que gastam cerca de R$ 132,00 por mês em passagens e, ainda assim, vivem situações bastante inconvenientes e desnecessárias, tendo em vista que transporte público de qualidade é um direito do povo. Sabendo da grande complicação com ônibus na Universidade Estadual da Paraíba, fomos lá fazer uma pesquisa sobre o que as pessoas pensam acerca do transporte público campinense e, em sua maioria, as posições não foram muito favoráveis.

Enquanto esperam pelos ônibus, em pontos como o da UEPB, por volta das 12h, as pessoas têm de ficar debaixo de sol ou de chuva tendo que lidar ainda, com a falta de cumprimento dos horários das frotas. O jovem Eduardo Lucas (19), estudante de ciências contábeis, que pega duas lotações por dia, aguardava há 30 minutos o ônibus 303 e afirmou que a qualidade do serviço dos transportes públicos em Campina Grande é ruim já que os ônibus estavam, e algumas vezes, superlotados e correndo o risco de ser assaltado a qualquer instante. Ao ver o 303 se aproximar do ponto de ônibus, dezenas de pessoas se dirigiram a ele tentando entrar o mais rápido possível na esperança de conseguir sentar nas poucas cadeiras vagas que ainda restavam, mas muitas delas tiveram que ir em pé até o seu destino final. Situação que se repetiu com a chegada da lotação de número 333 e, quando a equipe da Se Liga, enfim, entrou em um ônibus, sequer conseguiu ultrapassar a roleta.

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Capa

Loucos por séries

A febre das séries americanas invade a cabeça dos jovens brasileiros Por Amanda Sousa e Thaliton Ritallo

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indústria cinematográfica tem ganhado muito espaço com suas novas e caríssimas superproduções. Os efeitos especiais têm dominado as telonas do mundo com filmes de heróis, que conquistaram milhares de fãs. Mas não é apenas o cinema que passa por uma de suas melhores fases. Hoje, o mundo vive um frenesi com as novas séries americanas, que fazem um sucesso estrondoso por onde passam. Existem diversos tipos de séries, tem para todos os gostos e estilos, desde estórias de humor até grandes suspenses policiais. O acesso que antes era restrito à TV fechada, hoje é liberado e totalmente gratuito através da internet. Essa evolução fez com que crescesse o número de pessoas que acompanham, na maioria dos casos, mais de um seriado, online. Desse modo, virar madrugadas assistindo os episódios favoritos, ouvir músicas e automaticamente se lembrar de personagens e usar no dia a dia frases ouvidas nas séries são hábitos de um “viciado”, assim intitulados os grandes apreciadores desse tipo de programa.

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OS LOUCOS POR SÉRIES Muitos fãs dedicam todo o seu amor a um único seriado como é o caso da estudante paraense Taynara Silva de 16 anos que se diz obcecada pela série Glee, “Meu amor por Glee é algo surreal, simplesmente amo, contemplo. Amo os personagens, as músicas. Gosto há uns anos já, e cada episódio que passa eu amo mais!” afirma a estudante. Há também aqueles que sabem dividir o afeto com mais de um título. Anna Medeiros, professora de inglês de Belo Horizonte, entende bem do assunto. A jovem de 18 anos tem como passatempo preferido acompanhar as temporadas dos mais variados tipos de séries. “Vai soar estranho, mas eu me identifico muito com o Dexter. Ele é meio frio, observa as situações ‘de fora’ e pensa muito antes de tomar uma decisão. Apesar de ser considerado um psicopata a vida toda, ele acabou descobrindo que sente algo, do jeito dele... Sempre fui assim.” Explica Anna, e confessa seu encantamento por Joey Tribbiani (da série Friends): “E eu simplesmente o amo (Joey), meu sonho de homem rs. Sou apaixonada, não só pela aparência, mas pelo jeitinho doce dele, apesar de no exterior passar uma imagem de mulherengo, ele é um fofo”. A mineira realizou o sonho de conhecer parte do elenco de Supernatural durante uma convenção no Rio de Janeiro e garante que quando

tiver oportunidade de encontrar seus outros ídolos provenientes desses programas irá repetir a dose. Foto: Arquivo Pessoal

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ã é alguém dedicado a expressar sua admiração por uma pessoa, grupo, idéia, esporte ou até um objeto inanimado. Com as séries não é diferente, elas carregam milhares de apreciadores por todo o mundo, de sexo, idade e classes sociais distintas. Porém, existem aquelas pessoas que além de gostar, admirar ou mesmo amar uma série, fazem loucuras e tornam essas histórias fictícias parte de suas vidas. São as chamadas “loucas por séries”.

Anna com Misha Collins e Jared Padalecki

Ela acompanha atualmente dezessete seriados online, entre eles estão Two and a halfmen, Chuck, Fringe e American Horror Story. Das suas series favoritas, ela coleciona os boxes, como os de Supernatural, The Big Bang Theory, Dexter e Friends.

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Alguns fãs são mais ousados, como Amanda Oliveira, estudante de 17 anos que mora em Curitiba-PR. Ela fez a mesma tatuagem que protege os irmãos Winchester de possessões demoníacas em Supernatural, o pentagrama. A paranaense é daquelas que escuta ‘Eyeofthetiger’ da banda Survivors, e lembra imediatamente da famosa coreografia do intérprete de Dean, Jensen Ackles, em um especial da série, que foi ao ar na terceira temporada. Amanda também já tentou encontrar com os ídolos: “Tem uma competição que o Misha Collins (Castiel) promove todo ano, conhecida como GISHWHES. Eu participei ano passado pra ver ele. Fiz algumas provas, mas o nosso time não venceu infelizmente.” Lamenta a jovem.

Fonte: Arquivo Pessoal

Amanda Oliveira

A também estudante Mayara Mendonça, de 18 anos, fez uma loucura ao saber que o seu ator preferido, Ian Somerhalder, que interpreta o papel de Damon Salvatore na sua série favorita, Diários de um Vampiro, criou um email para que os fãs pudessem ter mais contato direto com ele. A jovem enviou mais de uma centena de emails, esperando a resposta de seu ídolo. “Mandei 110 emails no total, fiquei com os dedos doloridos de tanto teclar, confesso que bateu um desânimo, pois eu já tinha mandado tantos emails e nada, enquanto outros fãs mandaram cerca de 20 e ele respondeu”. Mesmo desanimada, a estudante dormiu esperançosa, e no dia seguinte teve a surpresa. “Não acreditei, enquanto lia eu não conseguia conter as lágrimas, me tremia muito. Eu paralisei em frente ao PC”, diz

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Mayara afirmando que tamanha felicidade não cabia dentro de si. E-mail: “Thank you SO much for taking the time to reach to out to me! Look, forward to connecting with as many of you as possible. Until then, I can’t tell you how much I appreciate you!” Tradução: “Muito obrigado por gastar tanto tempo só pra falar comigo! No futuro pretendo me conectar com o maior número de fãs como você que for possível. Até lá, não tenho palavras para dizer o quanto eu gosto de vocês!”

Mudança de Roteiro Recentemente, os fãs do seriado Glee foram surpreendidos pela notícia do falecimento do ator Cory Monteith, que interpretava o protagonista Finn na trama. O Canadense, de 31 anos, foi encontrado morto num quarto do hotel Fairmont, no dia 13 de julho deste ano, na cidade de Vancouver — Canadá. Segundo o laudo dos legistas, a causa da morte foi a inalação de mistura de tóxicos, dentre eles, álcool e heroína. Em Abril, Cory havia se internado numa clínica de reabilitação, para tratamento contra a dependência das drogas e, segundo ele tinha sorte por ainda está vivo. Chocados com os boatos iniciais, muitos fãs não acreditaram de imediato que esse fato fosse verdade. Um dos fanáticos que preferiram não aceitar a notícia foi a estudante Ariane Costa, e conta como soube do ocorrido “Existe um grupo de gleeks, e uma garota comentou sobre o ocorrido, é claro que ninguém acreditou”. A jovem disse que o grupo começou a ficar preocupado quando viu a notícia tomar proporções maiores.


A jovem disse que o grupo começou a ficar preocupado quando viu a notícia tomar proporções maiores. Até que às 2h da manhã, a socialite, Paris Hilton, postou no seu twitter que o ator tinha realmente falecido. “Entramos em choque por que logo em seguida a polícia canadense entrou no ar falando que sim, Cory havia morrido, foi horrível aquela madrugada, comecei a chorar” e completa a paulistana de 16 anos “Cory era nosso ponto central em Glee, todas as histórias sempre acabava parando de alguma forma no Finn, agora como poderia imaginar minha vida sem ele?”. Triste e decepcionada com a tragédia, a paulistana de 16 anos deixa um recado para todos os gleeks, e fãs da série “Acho que tanto Finn, quanto o Cory ensinou a todos os gleeks que não importa qual for seu problema sempre seremos especiais, e podemos superar todos eles”.

SE LIGA NA SAÚDE Fazer tatuagens, enviar centena de emails, assistir dezessete séries diariamente, etc. parece cada vez mais comum entre os jovens, mas até que ponto ser “Louco por Série” pode ser saudável? Enquanto não prejudicar o indivíduo, não há problema algum. Como é o caso do jovem, de 16 anos, Marcos de Sousa que mora na cidade de Campina Grande. Embora ame assistir suas séries favoritas, ele sabe dividir bem o tempo, entre estudos, atividades de casa e lazer. O oposto ocorreu com a estudante de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Hellem Monyelle de 19 anos. Embora não assista diariamente os seriados preferidos, por causa do curso, a garota admite ter tirado nota baixa devido as séries que assiste todas no final de semana “Cheguei a tirar nota baixa numa prova, por que não conseguia estudar pensando num episódio, e porque fiquei na internet procurando spoilers sobre o mesmo”, desabafa.

Spoilers são fragmentos de textos, vídeos, frases que trazem a revelação de fatos importantes, ou desfechos das tramas, tais como filmes, animações, desenhos, livros, e no caso de Monyelle, séries.

Arrependida, Hellem promete não fazer mais isso e diz “Muita Loucura”. Um caso parecido com o dela, porém mais grave é o da estudante Natália Carolinny. A jovem de 16 anos afirma que além de ter tirado notas baixas em provas, deixou de fazer atividades e o pior, chegou a não se alimentar direito “Eu queria assistir tudo logo, porque é tudo muito atrativo e acabava não estudando pra uma prova, não fazendo atividade, não comendo direito” disse a jovem. Nessa época, a estudante assistia mais de sete séries diariamente, e mal tinha tempo para “viver”. Hoje, mais consciente, Natália procura dividir seu tempo e suas atividades, para não ter problemas futuros.

Alguns jovens se arrependem e tomam consciência do que estão fazendo, como foi o caso de Hellem e Natália. Mas e aqueles que não têm a mesma atitude das meninas, o que fazer? A psicóloga formada pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Renally Xavier, 27 anos, afirma que o problema não está nas séries em si “A questão se dá no tipo de relacionamento que cada sujeito estabelece com o objeto, nesse caso as séries”, esclarece. Em relação aos pais, a psicóloga diz que eles devem compreender que essa geração é uma geração que vive dentro das novidades tecnológicas, logo há uma diferença entre a relação das pessoas de hoje, com as outras gerações parentais e alerta “Faz necessário a compreensão, mas cabe aos pais colocar os limites necessários para que a vida bio-psíquico-social do jovem não seja posta em risco”. Porém, se mesmo com os pais em alerta, perceberem que os filhos permanecem com problemas sociais, psicológicos e físicos devido ao vício nas séries, é aconselhável procurar a ajuda de um profissional de saúde. Então jovens, não deixem um meio de diversão, alegria e até distração se tornarem um problema.

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E assim vou lendo o mundo A experiência dos blogs e vlogs literários que habitam o espaço virtual Por Bruna Gomes e Fábio Siebra

A cultura de que "brasileiro não gosta de ler" pode estar com dias contados. Embora uma pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada em 2011, pelo Instituto pró - livro revelou que 30% dos brasileiros não gostam de ler e, desse total, cerca de 70% afirma não ter interesse pela leitura, a web e redes sociais têm se mostrado um importante meio de combate aos “inimigos dos livros” e tanto os blogs quanto os vlogs literários ganharam destaque nos últimos anos. Leonardo Oliveira , 17, radialista e estudante de jornalismo possui uma vida corrida: mora em Espumoso (RS), estuda em Passo Fundo (RS) e trabalha em Tapera (RS). Amante da literatura, criou seu blog Um leitor a mais em 2010, com o intuito de compartilhar textos que escrevia. Na época conta ele que “a blogosfera era um local de pouco dinamismo e presença de leitores, era raro encontrar um blog que se dedicasse totalmente a literatura, por isso tomei a iniciativa que mudou a minha vida”. O “boom” ocorreu em 2010 quando editoras brasileiras começaram a se tornar parceiras dos blogs literários com o objetivo de divulgar seus livros e aumentar as vendas. Através dessa plataforma, pessoas de todas as idades, anônimos ou especialistas tiveram a oportunidade de expor suas opiniões sobre o que leram, o que estavam lendo e, até, o que pretendiam ler unindo-se, assim, numa discussão coletiva acerca do universo literário. Além dos blogs, outra ferramenta de crítica literária são os vlogs (o termo utilizado para identificar produtores de vídeo pessoais para internet, similar ao termo videomaker, com o diferencial que suas produções tem como objetivo principal a exibição via web). Apesar de, em sua maioria, ter surgido com uma temática humorística, essa ferramenta não demorou a ser descoberta pelos leitores de todo o mundo, os quais passaram a usá-la para compartilhar opiniões sobre seus livros favoritos. Verônica Valadares (Vevs), 21, estudante de Letras e é outro

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exemplo de jovem que se empenha em disseminar o prazer pela leitura. Ela tem um vlog literário no YouTube onde costuma resenhar os livros que lê e responder a TAGs (palavras que servem para agrupar informações). Quando questionada sobre a preferência por vídeos ao invés de posts, afirmou “se eu quero compartilhar algo sobre livros, uma das minhas obsessões, é mais fácil ganhar as pessoas pela fala do que pela leitura, por mais contraditório que pareça.” O sucesso dos vlogs literários foi tão grande que até o autor do best-seller A culpa é das Estrelas, John Green, resolveu usar o YouTube na divulgação de seus livros. Os blogs/vlogs contribuem para a consolidação desses hábitos literários. Léo contou que lia dois livros por mês, depois do blog esse número subiu para seis ou sete livros mensais, os quais são frutos de parcerias com editoras, escritores e compras pelas livrarias on-line. O contato inicial foi, sem dúvida, muito importante nos hábitos de leitura dos entrevistados que, hoje, são exceções ao quadro geral de leitores brasileiros: Caleb encara a leitura como hobby, e gaba-se de ter lido mais de 150 livros em um ano. Ele mantém parcerias com as principais editoras juvenis do país, tais como a Farol, a Gutenberg, a Intrínseca, a Novo Conceito, a Subtitulo, entre outras. Expondo suas ideias por meio de textos próprios e de resenhas criticas acerca dos livros que leem, os blogueiros e vlogueiros literários têm conquistando a cada dia um público fiel, influenciando novos leitores e até determinando na hora da compra deste ou daquele livro. São vários os relatos que chegam através de e-mails ou comentários em posts, tantos que surpreendem: “Eu acho que não faço nada demais, me enrolo pra caramba, mas esse meu jeito já ajudou algumas pessoas!”, admite Léo. É pensando nisso que as editoras e os autores costumam agir e, algumas delas, realizam


Cultura Digital

até duas seleções por ano em busca de firmar novas parcerias para divulgação de seu catálogo. Geralmente eles buscam blogs com grande número de seguidores e/ou comentários, mas o que costuma pesar de verdade é a coerência na escrita. “Eu sempre deixo explícito para editoras e autores parceiros que minha resenha será honesta e justa com o meu próprio ponto vista, mas com a garantia de fazer somente criticas construtivas, afinal, as destrutivas não acrescentam em nada”. declara Caleb. Quer ser um blogueiro ou vlogueiro literário? Se você ama livros e gostaria de fazer como eles. Saiba que é necessário compromisso, autenticidade e muita dedicação para construir um blog (ou um vlog) de sucesso. Léo, do Um Leitor a Mais, dar algumas dicas para que deseja iniciar nesse universo. “é preciso amar o que está fazendo e para quem está fazendo, ser apaixonado pelos livros e não ter medo de ouvir uma crítica quando se está errado”. e acrescenta que ”competição é desnecessária, falar demais ou agredir outro blogueiro não te fará melhor do que ele”. Para o criador do blog Viajante Literário, o problema é que “muita gente cria blog literário para ganhar livro”, este não deve ser o foco, o ideal é “cativar e ser cativado”. Independente de você escolher escrever ou falar sobre livros é importante que você saiba que “é você que vai aparecer no vídeo, são os seus livros e a sua interpretação, ninguém pode tirar isso de você. Consiga um equipamento que dê um som e imagem legais, crie seu canal e... se joga!”, incentiva Vevs.

Verônica Valadares (Vevs), 21 anos, estudante de Letras. Seu vlog possui mais de 5 mil assinantes.

Caleb Henrique, 21 anos, designer gráfico (Sapé, PB). Possui mais de mil seguidores na página do blog no Facebook.

Leio de tudo um pouco, mas os repletos de drama, suspense e alto teor psicológico e estruturação de personagens tendem a encabeçar minha lista de favoritos, embora eu também seja um grande amante da literatura fantástica,romances,thrillers. Caleb

Leonardo Oliveira (Léo), 17 anos, estudante de jornalismo. Possui mais de mil seguidores no blog.

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Audiovisual

Comunicurtas

Por Marcos Morais e Lorena Brito

O oscar do audiovisual paraibano Foto: Divulgação Facebook

Q

uando se fala em cinema paraibano é impossível não se referir ao Comunicurtas, que teve início com sua primeira edição em 2006, no município de Campina Grande. Idealizado por quatro estudantes do curso de Comunicação Social (UEPB) André da Costa Pinto, Alberto Simplício, Felipe Augusto e Henrique Neto, com o intuito de incentivar e valorizar as produções locais, o festival surgiu para democratizar a produção cinematográfica no estado, muitas vezes realizada com o uso de poucos recursos. A maioria dos filmes são produzidos por estudantes do curso de Arte e Mídia (UFCG) e Comunicação Social (UEPB), que produzem em média 40 filmes por ano incluindo, animações e no curso de Comunicação Social é visível o aumento de produções de documentários que inclusive são

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aceitos como trabalho de conclusão de curso. Considerado um dos mais importantes festivais do Nordeste 49 trabalhos que fizeram parte das diversas Mostras Competitivas - Tropeiros da Borborema e Tropeiros do Jornalismo, Estalo (para vídeos com no máximo um minuto de duração) e A Ideia É…, para a área publicitária -, além dos 12 curtas que estarão na Mostra Competitiva de Curtas-Metragens. Outro ponto importante do festival é por que ele não se resume apenas a exibição de filmes, ele também oferece oficinas para iniciação, atualização e para profissionais do cinema. Então é uma oportunidade para quem mexe com cinema de ter contato com profissionais da área que vem de fora oferecer essas oficinas e cursos que o festival oferece na sua programação.


Sociedade

MACONHA LEGAL O “bagulho” com qualidade e garantia Por Eloyna Alves e Amanda Sousa

O consumo de drogas é uma questão que causa polêmica e preocupa a sociedade desde os seus primórdios. A legalização da maconha, especificamente, é um assunto que se transforma em pauta mundial, por ser uma das substâncias psicoativas mais populares que não tem a sua comercialização e consumo liberado em todos os países e, por representar uma quebra de paradigmas da sociedade. Sua descriminalização ainda é algo que divide opiniões entre correntes liberais, que apoiam a ideia, e outras mais conservadoras que não querem que a erva saia da ilegalidade. O primeiro país a permitir o uso da maconha foi a Holanda em 1976. Em seguida, outros países da Europa como Inglaterra e Alemanha passaram a ter uma postura mais flexível com relação à droga, tratando o seu consumo mais como uma questão de saúde do que um crime. Recentemente, em agosto de 2013, o Uruguai aprovou a lei que permite o cultivo a venda e o consumo da maconha, mesmo com 65% da população contrária à legalização. No Brasil, comercializar e consumir drogas são consideradas atitudes criminosas, mas a pena varia para cada uma delas. “O traficante é submetido a pena de 5 a 15 anos de reclusão. Já o usuário quando pego com menos de 300 gramas de maconha é conduzido à central de polícia, onde é registrado o TCO”, segundo o Cabo Ivan do Segundo Batalhão de Polícia Militar de Campina Grande. Muitos não concordam com a descriminalização, como o estudante de ciências contábeis, Emanoel Bomfim “A liberação da maconha não é solução para os problemas decorrentes do tráfico de drogas; pois a legalização tanto do consumo como da comercialização da mesma, poderá fomentar a formação de uma ‘sociedade depende e doente’, onde a vida de muitos jovens poderia ser vítima de uma droga que abre caminho para as demais drogas ilícitas.” Segundo ele, com a aceitação do uso da substância, a sociedade é quem vai arcar com os custos de tratamentos para os usuários.

Por outro lado, há quem discorde e afirme que já está mais do que na hora de liberar o consumo. “Estudos que fizeram em cima da droga demonstram que ela não traz malefícios significativos, apenas alguns danos com o uso a longo prazo, como por exemplo, a memória afetada.” Emanuel Martins, estudante de filosofia acredita na liberdade da escolha de cada um. “Desde que não afetem a vida de outrem, qualquer um pode fazer o que bem entender, seja comer uma coxinha ou fumar um cigarro de maconha”, completa. Segundo dados da ONU, a maconha é a principal porta de entrada para outros vícios. 95% dos viciados em crack e heroína começaram com um “baseado”. O seu preço acessível (abaixo de R$ 2, no Brasil) facilita o consumo e possibilita que pessoas de classes sociais variadas experimentem a substância. Dados como esses circundam a sociedade brasileira e fazem com que ela discuta e posicione-se a favor ou contra a liberação da erva. Tendo em vista que ela representaria um rompimento nos valores da sociedade, esse ainda é um assunto que vai dar o que falar.

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A LIBERDADE EM SE EXPRESS AR Por Sil Chagas

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XXXVIII Festival de Inverno de Campina Grande, contou com uma atração peculiar em sua programação: a apresentação do projeto Cultura no Presídio que aconteceu no dia 29 de julho no Teatro Severino Cabral. O projeto, coordenado pela professora Eneida Maracajá e autorizado pela Vara de Execuções Penais, consiste numa prática de ressocialização que existe desde 1995 e, hoje, beneficia internos do presídio de segurança máxima “O Serrotão” em Campina Grande. No espetáculo trinta e dois internos do regime fechado e três do regime semiaberto se revezaram em números diversos. Para isso, contaram com as aulas dos professores de dança de salão Daniel Araújo e Roberta Soares, de cultura popular com Mauro Araújo, de dança contemporânea com Myrna Maracajá e de teatro com Chico Oliveira. A direção geral ficou por conta da professora Eneida Agra Maracajá e a direção administrativa foi de Adriana Moura. O espetáculo foi considerado o ponto principal dessa edição do festival. Nos últimos oito anos, as apresentações ocorriam no espaço interno do presídio. Para garantir a segurança dos próprios internos e do público, foi organizada uma forte operação de segurança que contou com o apoio de orgãos como o GPOE (Grupo Penitenciário de Operações Especiais), a Polícia Militar e a SEMOB (Secretaria de Mobilidade Urbana).

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O agente do GPOE Auceny Gonçalves contou alguns detalhes de como foi organizada a operação: SL: Como foi organizada a operação de hoje? Auceny: Há mais de cinco anos que esse evento não era realizado. A Professora Eneida Maracajá que é a idealizadora do projeto solicitou ao Judiciário, este por sua vez acionou as secretarias envolvidas, resultando no desfecho dessa ação. SL: Quantos agentes foram mobilizados? Quais os setores que fizeram dessa operação? Auceny: Foram mobilizados 30 agentes do GPOE, 40 agentes da força tática penitenciária, efetivo da policia militar (Choque, GATE, ROTAM) além dos agentes da SEMOB. Essa operação é um conjunto de ações de diversos órgãos: Judiciário, Ministério Público, Secretaria de Administração Penitenciária e Secretaria de Defesa Social com a Polícia Militar. SL: Tem alguma dificuldade em especial nesse tipo de operação? Qual? Auceny: Esse evento contou com um numero muito alto de internos, entre eles homicidas, latrocidas assaltantes de banco e traficantes. Tudo isso requer uma atenção grande, não só visando uma possível tentativa de fuga, como também algum acerto de contas.


Teatro

SL: Quais as medidas tomadas para garantir a segurança do público? Auceny: Foram colocados agentes do GPOE no controle da entrada com detectores de metal e outros à paisana em meio a platéia. Na área externa a responsabilidade era da Policia Militar que disponibilizou inclusive atiradores de elite do GATE. SL: O que vocês acham desse tipo de iniciativa? Auceny: Para os internos é uma oportunidade de mostrar à sociedade o interesse em sair do mundo crime, nas mais diversas formas, nesse caso recorrendo à cultura. Para o Sistema Penitenciário, uma forma de mostrar à sociedade que o sistema mudou e que agora não apenas abrimos e fechamos cadeados, temos dois grupos especializados que juntamente com os agentes dos plantões são responsáveis pela segurança dos presídios, dos internos e todos aqueles que entram lá. Seja professor, médico, visitas... Somos nós quem garantimos a realização de qualquer projeto aplicado dentro do sistema carcerário] Após os esclarecimentos do agente do GPOE Auceny Gonçalves, nada melhor do que eu perguntar diretamente ao público, quais suas expectativas para a apresentação do espetáculo, Regina Lima (43) empresária, era uma das ansiosas expectadoras que aguardavam o início da apresentação SL: O que você acha desse tipo de iniciativa? Regina: Nossa, eu considero mais do que válida, você doar dinheiro é fácil, agora a doação de corpo, de alma, é a mais difícil e também a mais louvável, você estar junto dessas pessoas, de querer ver elas sem ser marginalizadas, acho que essa doação de corpo e alma é a melhor que se pode fazer, você doar seu tempo, seu corpo para a dança com esses internos, é muito importante, pois, eles já são tão marginalizados pela sociedade, que nós sabemos que a maioria dos que se encontram lá não se ressocializam. E esse trabalho vem quebrando esse preconceito, pois, essas pessoas podem sim, ser ressocializadas, por que depende da oportunidade que é dada para elas.

SL: Você acha que deveria acontecer mais vezes? Por quê? Regina: Milhares de vezes se tivessem outros milhares que pudessem fazer esse tipo de trabalho, acredito que nós poderíamos ter um mundo melhor, eu acredito numa mudança geral das pessoas, mas, isso também depende de nós, se não fizermos nossa parte, nós não conseguiremos mudar, porque, eu fazendo a minha parte, eu não vou mudar o mundo, mas, estou contribuindo com algo. SL: Qual a importância desse tipo de espetáculo, para um evento tão tradicional como o Festival de Inverno de Campina Grande? Regina: O Festival De Inverno de Campina Grande é um dos mais antigos do Nordeste e é uma pena que ele venha sendo massacrado pelo poder público e o setor privado não vê que investindo nele, você doa um pouco, para receber muito mais, porque, uma cultura voltada para o social é muito bem vista pelo povo, porque a cultura pode ajudar em inúmeras vertentes, crianças carentews, jovens infratores, internos, entre outros. SL: Houve algum receio em vir assistir o espetáculo? Regina: Nenhum, ao contrário eu sempre senti muito, pois, nos outros anos eu não pude assistir ao espetáculo por conta do trabalho, mas dessa vez consegui vir prestigiar a apresentação do grupo.

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Por Aline Calisto

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amor está no ar... Vamos conhecer a história de Layane e André. Eles não tiveram no início uma história de cinema, linda, perfeita, trocas de olhares e corações voando em redor.“As pessoas acham que temos uma história bem bonitinha, sabe? Debaixo da torre Eiffel que a gente se olhou e foi amor à primeira vista, mas não foi nada disso”. Mas tudo foi suficiente para que permanecessem juntos até hoje. As dificuldades que passaram fizeram com que o sentimento e a vontade de estar com o outro só aumentasse. Os dois são evangélicos e foi através de orações que tiveram suas respostas e iniciaram o namoro. Um ano depois, o André fez um mix de vários vídeos que ele gravou durante o namoro com momentos que passaram juntos e a pediu em casamento. Claro que Layane aceitou. O diferencial deles vem agora: Eles são loucos (sim, looooucos) pelo grupo O Teatro mágico. Você deve estar pensando: “Sim, e daí? O que tem de mais nisto?” E daí, que eles são tão loucos por OTM que decidiram fazer o casamento inspirado em O Teatro mágico, estilo circense. Inusitado não é? As famílias deles também acharam e queriam que eles fizessem algo mais comum. Contudo, o tradicional não tem nada a ver com eles. Sem muito apoio financeiro, surgiu a ideia de vender trufas na integração de ônibus de Campina Grande, Paraíba. E fazer um blog e canal no Youtube contando a história deles.

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Comportamenmento

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O plano para conseguir dinheiro vem dando certo e a força de vontade deles para chegar ao propósito vem chamando a atenção de muitas pessoas.Como não reparar em pessoas com maquiagem de palhaços, narizes vermelhos e um cartaz enorme: “Compre um trufa e ajude nosso casamento”? Impossível ! Mas, não parou por aí, eles não mediram esforços quando souberam que Luciano Huck , apresentador do “Caldeirão”, estaria aqui para gravar o quadro “Lar, doce lar”. Não pensaram duas vezes e foram atrás do Luciano para conseguir ajuda para realizar o casamento. Conseguiram entregar a carta pra ele e algumas semanas depois a produção entrou em contato. Eles viajaram para participar do quadro “Desencana”, e conseguiram ganhar um prêmio em dinheiro para alavancar a “Missão Casamento Mágico”, encantando todo o Brasil. O fato é, quando se ama alguém e se quer realizar um sonho não se deve medir esforços, não se deeve desistir. Eles poderiam ter parado tudo no primeiro “não”, na primeira queda, mas permaneceram firmes e batalhando pelo seu sonho. Vendo as fotos deles, dá para sentir de longe o clima de carinho e cuidado que um transmite para o outro. E sim, o amor é lindo e dá asas à imaginação para conseguir seus resultados. No caso deles a realização do sonho já tem data certa: 20 de outubro de 2013. Inspirese vendo as fotos do ensaio Pré-Wedding.

Quer saber mais detalhes? Acesse o blog: http://ocasamentomagico.blogspot.com.br/

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SPOTTED

O Cupido Virtual [ Criadas por universitários, páginas no facebook são um espaço para azaração ] Por Alfredo Alburquerque

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á algum tempo, os alunos da Universidade Estadual da Paraíba contam com um auxílio para a paquera: o Spotted UEPB. O Spotted é uma página no Facebook que expõe as “cantadas” enviadas de um estudante para outro, isso de forma anônima. O objetivo da página é ser o canal de acesso de um estudante que viu – e se agradou – de outro na lanchonete, no Centro Acadêmico, ou em outra localidade da instituição. A página funciona como um “cupido virtual”, os alunos mandam mensagens de forma anônima – via Ask (rede social criada com o objetivo de seus usuários, ou até anônimos, fazerem perguntas a outros usuários) – contendo o nome do “alvo”, o curso, às vezes há o período e o turno, e a “cantada”. O mais divertido, segundo os seguidores e administradores da página, é as “cantadas” que, na maioria das vezes, adotam um caráter cômico. As paginas do tipo Spotted tem origem desconhecida, ou na verdade, conhecida demais, pois alguns atribuem a autoria aos alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, outros aos alunos da Universidade Federal do Ceará; isso causa confusão acerca do pioneirismo do “mural do amor”. Aqui no estado da Paraíba, a primeira instituição a fazer o Spotted foi a Universidade Federal de Campina Grande, no dia 5 de abril do ano corrente. A ideia foi disseminada, pois é divertido ver como os alunos “flertam” com o desconhecido, e essa ideia chegou a alguns alunos da Universidade Estadual da Paraíba, no dia 20 do mesmo

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mês, alguns estudantes da UEPB decidiram criar o “mural da paquera” para os alunos da instituição. No começo eram três páginas com o mesmo objetivo, mas tendo em vista que a competição não renderia nada, dois desses autores resolveram fundir as páginas originando a fanpage em circulação. O terceiro, segundo os administradores da página Spotted UEPB, desistiu da ideia. Segue a entrevista feita com um dos administradores da fanpage Spotted UEPB, o ele/ela apresenta dados estatísticos, fala sobre a diversão de administrar uma página dessa natureza, mas não deixa revelar a sua identidade. SL: Onde surgiu a ideia do Spotted UEPB? Spotted: A ideia surgiu “diante” das páginas já existentes nas demais universidades do país, inclusive nossa vizinha UFCG. Então decidi criar a página. SL: Qual a proporção que a página tomou? Quais as estatísticas oficiais? Spotted: Bom, para ter noção, na mesma semana que criamos este, houve a criação de mais duas páginas do mesmo estilo dentro da UEPB. Juntei-me com a criadora de uma delas e decidimos administrar uma só, que é essa. O da terceira desistiu de continuar com a ideia. Depois da união, tudo fluiu “de vez”. SL: Quais os dados concretos? Quantos acessos? Spotted: Já temos 2.000 seguidores, e as estatísticas disponibilizadas pelo Facebook mostram o quanto o novo Spotted deu certo. SL: Quem mais manda mensagem, solta “cantada”, por assim dizer? Homem ou mulher? Spotted: Sobre quem manda mais cantada, o número é bastante parecido entre homens e mulheres. E cerca de 1500 pessoas veem diariamente nossas publicações. SL: Qual o curso que mais “bomba”? Qual o aluno que sempre está em foco?


Juventude

Spotted: A questão de curso que mais bomba vai muito por momento. Já tivemos biologia no auge, administração, odontologia, e quanto ao aluno, também vai muito por momento. Às vezes, um estudante recebe uma “cantada”, e seus amigos mandam mais. Ora para “fazer zoeira”, ora para encher a da popularidade. Percebemos que há pessoas que mandam para si mesmo! Isso é o momento de humor para nós administradores. SL: Quando há o ápice de acesso da página? Spotted: Os ápices de acesso acontecem quando postamos fotos ou comentários que descrevem grande maioria dos curtidores da página, imagens como essa:

SL: Vocês já perceberam alguma cantada para vocês? Spotted: Sim, e mais de uma vez, mas sempre vieram via ASK (anonimato), nunca tivemos a sorte de receber por inbox.

Atualmente, vários estudantes criam o Spotted de sua Universidade para ampliar os laços de amizade. Algo cada vez mais in no mundo virtual.

SL: Qual a cantada mais engraçada? Spotted: Com certeza, as “sem noção” geral, tipo: Gata você não é cocô de pombo, mas caiu do céu. Ou, Gata você é tão linda que não caga, lança bombom. Este estilo de página tem por objetivo satirizar as situações amorosas das pessoas nos seus mais diversos contextos, sejam eles de solteirice, caritó, relacionamento enrolado entre outros. Percebemos que a página consegue cumprir bem o seu papel, tornando o meio acadêmico mais divertido e transformando todos os seus alunos, e até professores, alvos de flerte.

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As estrelas direto da fábrica Por Thaliton Ritallo

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m dos programas que mais fez sucesso em 2013 foi o “Fábrica de Estrelas”, reality show musical que era exibido pelo canal multishow, toda segunda-feira às 21h 30min. Protagonizado pelo produtor musical, Rick Bonadio, e a equipe do Midas (estúdio de gravação e produção de artistas como Nx Zero, Manu Gavassi, etc.) o programa tinha como um dos seus principais desafios criar uma nova “girlband” brasileira. Cinco conseguiram lugar na banda. Poucos dias antes do anúncio das vencedoras, nossa equipe conseguiu uma entrevista exclusiva com três, das últimas dez finalistas, a paulistana Jeniffer Nascimento (20), A sorocabana Nathalia Bacci (19), e a carioca Caroline Ferreira (19). Confira aqui a entrevista com as belas e talentosas garotas! SL: Com quantos anos vocês começaram a cantar? Sempre foi esse o sonho de vocês? Jeniffer: Canto desde pequenina, mas profissionalmente há 8 anos , comecei a fazer aula de canto aos 12, mas sempre cantei . Minha primeira formação foi como atriz, mas a música me roubou. Nathalia: Comecei a cantar com 6 anos. Sempre foi meu sonho. Desde pequenininha já sabia o que queria fazer. Caroline: Comecei a cantar mesmo, com uns 9 anos, onde eu fazia apresentações em casa para minha família, também gostava muito de cantar em Karaokê com o meu pai, minha mãe também ia, não cantava, mas nos acompanhava. Aos meus 15 anos perdi a vergonha de cantar em público, mesmo sendo meu sonho ser cantora, desde muito nova, eu era muito tímida. Comecei a cantar na igreja onde canto até hoje na verdade. Esse sempre foi meu sonho, porém tive pouca experiência de vida como cantora, fiz apenas participações com grupos musicais e apresentações em barzinhos (voz e violão).


Entrevista

SL: Jeniffer, o produtor, Bonadio, foi pesem comum, isso nos torna mais próximas, e por soalmente à sua casa entregar o resultamais que seja uma competição, não rola rivalidade, do da seleção. O que sentiu ao vê-lo pesuma ajuda a outra, o que é mais importante. soalmente, para avisar que você era uma Nathalia: Me sinto vitoriosa! Dou o meu melhor a das selecionadas do programa? cada fase, a cada etapa. Estou muito feliz! A nossa Jeniffer: Não acreditei. Sempre admirei muito ele, relação é de amigas, umas ajudam a outra, choranunca pensei que um dia ele fosse bater na porta mos, vibramos, todas juntas... Amizade mesmo! da minha casa, fiquei extremamente emocionada. Algumas levarei para a vida inteira! SL: Já se passaram várias etapas desde o SL: Pela repercussão nas redes é possíinício do programa, e o tempo todo vocês vel perceber que vocês são algumas das estão sendo avaliadas. Qual das etapas candidatas que, conseguiram chegar até foi a mais complicada e a mais simples aqui, que matem a preferência do público. pra vocês? Qual marcou mais? Jeniffer, o que você tem a dizer àquelas candidatas que não chegaram aonde você Nathalia: A etapa mais complicada pra mim foi na chegou? dança. Não sou de dançar! Jeniffer: Fico imensamente feliz que o público teJeniffer: Não acho que teve alguma etapa simnha me recebido de braços abertos, eu adoro. Leio ples. A mais puxada acho que foi a da Fátima Totudo sempre que possível, respondo ledo. Já conhecia o trabalho tudo... E quanto às meninas que não dela e ela coloca os nossos chegaram até as fases finais, Deus “monstros" pra fora, nos faz A experiência é única! coloca as oportunidades em nossas lidar com sentimentos que Aprendi muito lá denvidas sempre. Acho que nada é por deixamos de lado e não tro, e aprendi a abrir mais a acaso, se cheguei até as fases finais resolvemos. não foi por sorte e sim porque me Caroline: Olha é muito difí- cabeça para coisas novas”. preparo desde os cinco anos de idade cil responder essa pergunta, pra isso. porque ali, todos os momenSL: Nathália, como está sendo tos foram super marcantes pra mim, até porque eu essa experiência na sua vida? nunca tinha participado de programa nenhum, e não tinha experiência, porém vou citar o dia da Fátima Nathalia: A experiência é única! Aprendi muito lá Toledo, foi um dia muito marcante, pois ali mostrou dentro, e aprendi a abrir mais a cabeça para coisas um pouco mais de cada participante, sem falar que novas. fiquei muito feliz com o comentário que ela fez da SL: E qual a importância do programa minha pessoa né (risos). Quase chorei ao ver o para você Caroline? programa no ar. Caroline: O programa esta sendo muito importanSL: E se tratando do Rouge, algumas peste na minha vida, pois eu estou aprendendo muito soas comparam essa nova “girlband” que com tudo isso, vamos combinar né? Estou nas vai se formar, com o grupo Rouge, que mãos do Rick Bonadio! Ele já me deu várias dicas também era uma “girlband” composta por valiosíssimas, estou aprendendo a me soltar mais cinco meninas. Jeniffer, o que você acha na dança, aprendendo a trabalhar no estúdio, são dessa comparação? E se você conseguir várias coisas que estão me fazendo crescer mais lugar na banda tem medo que ela tenha como artista. um fim tão precoce como o Rouge? SL: Para finalizar, gostariam de acrescenJeniffer: Acho que a comparação e inevitável, tar algo? afinal as duas bandas surgiram do mesmo projeto. Jeniffer: Esse programa, sem dúvida, me marcou Mas acho que os tempos são outros e cada um tem muito. Me deu algo que eu não tinha muito resolvisua personalidade. Não tenho medo, não. Acho do, a segurança do que eu faço. que independente de quem entrar, todas terão em Nathalia: Queria agradecer todo o carinho que escomum a paixão insaciável pela música e se essa tou recebendo. A cada fã clube que aparece, a cada for a base o resto deixa com Deus. mensagem positiva dizendo que dentro ou não, eles SL: Foram cem meninas selecionadas estarão comigo! Muito obrigada seus lindos! para participar do “Fábrica de Estrelas” Caroline: Obrigada pelo carinho e um abraço! e hoje restaram apenas dez. Como vocês, se sentem sendo uma das dez finalistas? E como é relação entre vocês garotas? Acesse a página da banda Girls no facebook <htCaroline: Estou muito feliz, por ter chego entre as tps://www.facebook.com/GirlsOficial?ref=ts&fref=ts> 10, já me sinto uma vencedora, aprendi muito com e confira quem foram as selecionadas para o programa e chegar ate aqui é maravilhoso, as meparticipar da “girlband”. ninas são muito legais, todas nós temos um sonho

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No frio do inverno, a cultura que aquece ‘

Evento chega em mais uma edição e trouxe uma programação cultural à altura da importância no cenário cultural de Campina Grande Por Anne Rodrigues

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ança, arte, teatro, música. Durante sete dias, a cidade pôde, mais uma vez, respirar cultura em suas mais variadas formas. O Festival de Inverno de Campina Grande, criado em 1975, chega a sua 38o. edição com a mesma relevância que começou: põe em evidência o que há de mais pulsante na cidade neste quesito. No início, era utilizado como palco principal apenas o Teatro Municipal, porém, nas últimas edições vem se descentralizando, incluindo outros lugares da cidade, como a Praça da Bandeira, Praça Clementino Procópio, Mini teatro Paulo Pontes e no teatro do SESC-Centro. Artistas, grupos de dança e de teatro, tanto nacionais quanto locais compõem as programações do evento. Algumas apresentações são pagas enquanto outras são oferecidas gratuitamente de forma a levar a cultura abrangendo toda a população. Esse ano comemorou-se 50 anos do Teatro Municipal Severino Cabral e o jubileu de ouro em atividades culturais da professora Eneida Maracajá, o festival de inverno trouxe 09 dias de pura cultura para a cidade. O festival aconteceu do dia 23 ao dia 31 de julho com diferentes apresentações de dança, música, peças teatrais e musicais no Teatro Municipal, na Praça da Bandeira, Mini teatro Paulo Pontes, Teatro do Sesc Centro e Teatro Facisa.

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O cantor Lenine e Antônio Nóbrega, foram os grandes destaques do evento. De crianças a idosos pessoas recheavam os eventos da noite, como no show de Cabruêra, que aconteceu na Praça da Bandeira no dia 27/07 lotando a praça e estremecendo a cidade com a tradicional ciranda. O objetivo do festival é estimular a cultura da população a partir do apoio de grupos culturais e artísticos locais. Além da banda campinense Ca bruêra, outros artistas que chamaram atenção foi a Carioca Focus, Cia de dança, que foi dirigido e coreografado por Alex Neoral onde quatro casais são embalados por um grande medley com 72 canções interpretadas pelo grande cantor e compositor Roberto Carlos, levando todos a uma enorme noite de nostalgia e animação. Também em destaque, o projeto “Cultura no presídio” que se apresentou dia 29 no Teatro municipal. O projeto teve 32 apenados do regime fechado e três do regime semiaberto do Presídio do Serrotão, que fizeram apresentações de dança, teatro e música. O repertório envolve tanto canções conhecidas quanto canções autorais. Foi apresentado pelos detentos a peça “Cartas embaralhadas”, desenvolvido a partir de cartas escritas pelos próprios apenados como um grito de socorro por liberdade, respeito, amor incondicional e dignidade do ser humano. Na dança, houve o balé “Refugos Humanos”, dança de salão com o Tango e dança popular com o Maracatu.


Cultura

38 anos de contribuição à cena cultural da cidade

Conterrâneos Bandas que nasceram na cidade também se apresentaram nos palcos do Festival de Inverno. Grandphone Vancouver, Cabruêra, Maracagrande, Albatroz, Igor di Cavalcante, Gitana Pimentel, Brain Damage (Cover de Pink Floyd), Viviane Stayner entre outras. Essas bandas agitaram e aqueceram a noite de mais de mil campinenses que saíram de suas casas para ver um pouquinho do talento de cada um desses artistas. A ‘banda viral do ano’, Grandphone Vancouver, atraiu os olhares de todos presentes com suas músicas envolventes e suaves. Já a banda Albatroz sacudiu com muito rock’n roll a praça lembrarando muitas músicas dos anos 60 e 80. Segundo Arthur Pessoa, vocalista da banda Cabruêra, voltar pra os palcos de ‘casa’ é extremamente gratificante. “Todo show em Campina Grande parece um abraço acolhedor de mãe” acrescentou.

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Resenha

Vidas

Sem Rumo Um best-seller mundial transformado em filme pelo diretor Francis Ford Coppola.

Por Bruna Gomes

The Outsiders (no Brasil, Outsiders – vidas sem rumo) é o romance de estréia da autora Susan E. Hinton e também o mais vendido de sua carreira. Publicado nos anos 60, quando Susan tinha apenas 17 anos, a história surpreendeu os leitores por falar abertamente – num livro destinado a um público adolescente – sobre jovens que fumam, bebem e estão sempre envolvidos em brigas de gangues. Através de uma narrativa leve e sincera a autora faz um retrato fiel dos conflitos vividos pela juventude americana da década de 60, conflitos esses que são facilmente percebidos na sociedade atual e, por isso, possibilitam a identificação imediata por parte do leitor. Durante a leitura somos apresentados a dois grupos rivais: os Greasers, jovens de classe baixa com pouca ou nenhuma perspectiva de vida; e os Socs, os ditos “privilegiados”. As diferenças sociais entre esses grupos são tema central da trama e motivo de constantes disputas entre eles. O livro é narrado em 1ª pessoa por que faz parte dos greasers. A linguagem é simples e, apesar do clima de revolta e da violência evidentes em praticamente todo livro, a perspectiva de Ponyboy nos faz enxergar uma inocência que se encontra latente até nos personagens mais problemáticos. A história é dinâmica e os acontecimentos discorrem muito rapidamente prendendo a atenção do leitor da primeira a última palavra. No fim, o livro emociona e faz refletir sobre a realidade apresentada.

“Alguém deveria contar o lado dele da história, e talvez as pessoas então compreendessem e parassem de tirar conclusões apressadas” (Ponyboy Curtis) 32 Se Liga!


#SeLig@! Na próxima edição... É peso!

Os problemas da má postura e excesso de peso Editores Thaliton Ritallo Bruna Gomes Daise Oliveira Eloyna Alves

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Expediente

Repórteres Ademar Trigueiro Alfredo Albuquerque Aline Calisto Amanda Sousa Amy Nascimento Ana Carolina Santos Anne Rodrigues Bruna Duarte Bruna Gomes Breno Weverton Daise Oliveira Dayane Trindade Eduardo Philippe Eloyna Alves Erivaldo Laurindo Fábio Siebra Geovanna Teixeira Letícia Galdino Lorena Brito Marcos Morais Priscila Guimarães Sandra Regina Sil Chagas Thaíse Ariadne Thaliton Ritallo

Sexo Verbal

Faz o nosso estilo

A boa música

de Sócrates Gonçalves

Diagramação Aline Calisto Bruna Gomes Erivaldo Laurindo Thaliton Ritallo

Professora Orientadora Adriana Alves Revisão Geral Cléa Gurjão

contatorevistaseliga@gmail.com

A bola da Vez

Caminhos que levam a Deus

Se Liga!

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