Jornal 9º CBA - 1º dia

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A Hora do Algodão 3 de setembro | Brasília DF | Brasil | Edição nº 1

É hora de mostrar força! Presidente do 9º CBA conclama produtores a enfrentar os desafios   “Graças ao sucesso recente da cotonicultura empresarial, nosso País deixou a posição de importador de pluma para se tornar um gigante no mercado internacional”. Com essa frase o presidente do 9º CBA, Milton Garbugio, abriu o evento, que conta com mais de 2.000 participantes. “Conquistamos nosso lugar entre os cinco maiores produtores e exportadores mundiais, com muito trabalho, determinação e pesquisa”, complementou.   Em seu discurso, Garbugio acrescentou: “Nossa proposta é que todos saiam daqui mais conscientes e preparados para enfrentar os desafios atuais e os que virão. A fibra mais forte é feita em conjunto. Esperamos que a cadeia produtiva do algodão saia mais unida e fortalecida de Brasília. Os produtores de algodão são

os primeiros elos de uma cadeia que é a segunda que mais gera empregos no Brasil. Precisamos mostrar a toda população brasileira e ao mundo nossa força, nossas demandas e as conquistas do agronegócio que ajudam o Brasil a crescer. Queremos, cada vez mais, consolidar, ampliar e compartilhar esses resultados positivos com a sociedade!”

Presentes    A abertura do evento contou com a participação do governador de Mato Grosso, Silval Barbosa; do senador Blairo Maggi; do presidente da FPA, deputado federal Luis Carlos Heinze; do presidente da Abrapa, Gilson Pinesso, e do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller.


Almoço reuniu produtores e membros

Gilson Pinesso (Abrapa), deputado Luis Carlos Heinze, Milton da Frente Parlamentar da Agropecuária Garbugio (Ampa/9ºCBA) e deputado Fernando Giacobo

Combate à lagarta na pauta do Planalto Parlamentares vão cobrar de ministros a imediata liberação de defensivos agrícolas   Os estragos causados pela lagarta Helicoverpa e a imediata liberação de defensivos agrícolas para conter o avanço dessa praga são os principais assuntos que serão tratados nesta quarta-feira, às 16h30, em audiência no Palácio do Planalto que reunirá quatro ministros (Casa Civil, Agricultura, Justiça e Meio Ambiente) e representantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados. A audiência, fruto de requerimento do

deputado Oziel Oliveira (PDT-BA), foi anunciada pelo presidente da Comissão de Agricultura, Fernando Giacobo (PR-PR), em almoço que reuniu 30 parlamentares durante o 9º CBA. O presidente interino da FPA, deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), reafirmou o compromisso da Frente com o agronegócio brasileiro. Gilson Pinesso (Abrapa) e Milton Garbugio (Ampa/9º CBA) agradeceram o apoio que o setor vem recebendo dos parlamentares identificados com as lutas dos produtores.

Executivos de grandes empresas participam de talk show moderado por Alexandre Garcia


Apoio à luta da Abit para elevar crédito Indústria quer aumento do teto de financiamento para poder comprar produção   A Abrapa, em reunião da Câmara Setorial do Algodão, abraçou a luta da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), que reivindica a ampliação do teto do Financiamento de Garantia de Preço ao Produtor (FGPP) para que o setor possa comprar a produção algodoeira. A indústria quer que o volume financiado suba de R$ 2 milhões para R$ 5 milhões no caso de produtor e de R$ 40 milhões para R$ 80 milhões no caso de empresa. Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Abit, disse que a indústria está

tendo dificuldades para adquirir a safra porque os bancos não estariam liberando novos financiamentos, alegando redução dos recursos destinados pelo governo. “Isso diminui a nossa competitividade em relação às empresas estrangeiras”, reclamou. Em apoio à Abit, o presidente da Abrapa, Gilson Pinesso, anunciou que a instituição vai interceder junto ao Ministério da Fazenda para que as reivindicações da indústria sejam atendidas. “Queremos que o nosso algodão fique aqui”, garantiu.

O cenário para os próximos 15 anos Executivos acreditam que os desafios serão vencidos com tecnologia, inovação e persistência   Os próximos 15 anos do agronegócio brasileiro dependem da capacidade do setor de assimilar novas tecnologias e inovação, tornar-se mais competitivo e fazer valer suas reivindicações junto aos governos. Essas recomendações foram feitas pelos executivos Oswaldo Marques (Basf), André Kraide Monteiro (Bayer), Laércio Giampani (Syngenta), Rodrigo Santos (Monsanto) e Paulo Renato Herrmann (John Deere), durante talk show moderado pelo jornalista e analista político Alexandre Garcia.

“Precisamos mostrar a importância do agricultor”, destacou Marques. “Ninguém para o Brasil para falar de agricultura”, reclamou, referindo-se às recentes manifestações populares no país.   Já Monteiro assinalou que o produtor brasileiro tornou-se referência mundial em avanços tecnológicos, o que precisa ser aperfeiçoado sempre. “Em breve teremos robô para fazer o monitoramento das pragas”, prevê. Para Giampani, é preciso superar as adversidades para se obter ganhos.


Terry Townsend apontou ameaças das fibras sintéticas e do aumento do estoque chinês

Cenário atual é desconfortável É o que diz especialista, alertando: pior atitude é ignorar os problemas que o mercado enfrenta  O mercado brasileiro de algodão enfrenta grandes desafios: a estagnação da produtividade, a falta de logística, o peso da carga tributária, o ambiente desfavorável aos negócios, a queda no consumo, a concorrência das fibras sintéticas e o estoque chinês acumulado há três anos. O cenário “desconfortável” foi traçado por Terry Townsend, diretor -executivo do conceituado ICAC, que atua em todo o mundo. Para Townsend, a pior atitude que o setor pode ter diante desse cenário é fingir que os problemas não existem ou adotar uma “atitude fatalista”. “O futuro do algodão será determinado pelas decisões que tomarmos como uma indústria”, alertou.

Expediente: Jornalistas: Abnor Gondim, Pelágio Gondim, Joana Dantas, Renê Gardim. Projeto Gráfico: Victor L. Pontes / Diagramação: Zebrabold Fotografia: Carlos Rudiney


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