#15 - Junho 2011

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Pets pelo Mundo

Animais na Inglaterra

Pet Saúde

Pets e Diabetes

Pet Dicas

Riscos juninos à vista

Ano II – Nº 15 – 06/2011

Plantão Vet

Medicina Veterinária Preventiva

História da Proteção Animal no Brasil Foto por: Dario Sanches - Observação de Aves Fotografia de Aves - Tratamento de imagens de aves dariosan@uol.com.br


Editorial

Expediente Direção e Edição: Vivian Lemos – MTB: 26122/RJ vivian@conexaopet.com.br

Caros leitores, Nesta edição, damos destaque à história e aos desafios da proteção animal no Brasil. No mês passado fizemos um panorama dessa luta no mundo, agora é a vez de voltarmos os olhos ao nosso país e constatarmos que apesar de alguns avanços, muito ainda precisa ser feito. Outro alerta importante é sobre o diabetes, doença que também pode afetar nossos pets, mas pode ser prevenida, e caso diagnosticada há tratamento e ele é bastante eficaz. Gustavo Campelo fala sobre a violência nos treinamentos com animais. Será que você já deu um “corretivo” no seu animal achando que ia funcionar? Também vamos conhecer um pouco sobre o fantástico trabalho da ONG Amigo Animal, de Curitiba, que faz a diferença na vida de muitos animais maltratados e abandonados na capital paranaense. Você gosta de festa junina? Nada melhor do que nesse friozinho tomar um quentão e se deliciar com uma maçã do amor ou um milho... mas a animada festividade pode esconder inúmeros riscos para seu melhor amigo, descubra quais! Espero que apreciem mais uma edição preparada com muito cuidado e respeito. Grande abraço,

Vivian Lemos Editora vivian@conexaopet.com.br

Criação e Design: Rede Zumbi redezumbi@gmail.com Comercial: comercial@conexaopet.com.br Sugestões, críticas e dúvidas: faleconosco@conexaopet.com.br A revista virtual Conexão Pet é uma publicação da Múltipla Edições Ltda. Todos os direitos reservados. Para reproduzir nossas matérias contate faleconosco@conexaopet.com.br * Os artigos e anúncios veiculados na revista Conexão Pet são de responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião do veículo.

Foto da capa por: Dario Sanches dariosan@uol.com.br Agradecimentos: Carlos Leandro Henemann Deborah Zeigelboim Fabio Zeigelboim Gustavo Campelo Jacqueline Rapkiewicz Keila Regina de Godoy Lilia Rebello Luana Thais Kessler Maristela Schoenherr Ziggy Zeigelboim

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Sumário Mensagens dos Leitores 04 Pet Notas 05 Celebridades do Bem 06 Educação Pet 07 Pets pelo Mundo 08 Pet Saúde 09 10 Diários de PetSitter 11 Capa 12 Pet Dicas 13 Pet Alerta 15 Pet Ação 16 Plantão Vet

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Mensagens dos leitores

Adorei a coluna sobre toxoplasmose. A Dra. Marúcia deu valiosas informações para que o preconceito contra os gatos acabe! Luíza Reis Rio de Janeiro/RJ

Se você tem alguma dúvida, crítica ou sugestão envie sua mensagem para faleconosco@conexaopet.com.br e ela pode ser publicada aqui.

Adorei a entrevista com a Lele! Eu sempre a admirei por seu bom humor e pelo “Te dou um dado?”, e cada vez que vejo seu amor pelos animais gosto ainda mais dela! Mariana Russi São Paulo/SP

Pessoal, parabéns pela matéria sobre a Proteção Animal. Muito informativa e interessante, gostei mesmo! Paula Valente São José dos Pinhais/PR

Matéria muito interessante da @conexaopet sobre como vivem os animais no Japão. Via Twitter (@proj_viralata – Joinville/SC)

Eu me emocionei por saber a história da Proteção Animal no mundo. Obrigada por essas informações, a edição estava ótima! Kátia Freire Guraulhos/SP

A cinomose é sempre um tema que deve ser debatido, é uma doença muito séria e que faz os cachorros sofrerem muito. O alerta de vocês foi muito importante para que as pessoas vacinem seus animais e evitem sofrimento. Renato Marques Fortaleza/CE

Achei uma graça a matéria da cachorrinha que adotou a gatinha. Os nomes Hello e Kitty foram muito bem escolhidos. Parabéns à corajosa moça que as resgatou. Jose Bezerra Florianópolis/SC

Lindo trabalho! RT @ConexaoPet Você sabe os riscos e como prevenir a cinomose? Via Twitter (@PetstoreBelém – Belém/PA)

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Pet Notas Catando caquinhas ecologicamente

Em algumas cidades brasileiras, a distribuição das controversas sacolinhas plásticas por estabelecimentos comerciais está proibida. Muitos donos de cães se perguntam como vão catar os cocôs dos animais durante os passeios. Preenchendo essa lacuna, a empresa Wesco lançou o Acacabou, um dispenser que permite a retirada de saquinhos oxibiodegradáveis, que se decompõem sem deixar resíduos nocivos ao meio ambiente. O dispenser com 500 saquinhos custa R$ 170. O refil com mil saquinhos custa R$ 95. Podem ser adquiridos diretamente com a empresa pelo (11) 3578-7431.

Esconderijo para felinos

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Novidades na linha Dog Chow

A marca Dog Chow, lança um novo conceito para a linha: “Ele é mais que um cão, é parte da família”. Dog Chow Nutrição + Vida Saudável chega também com as embalagens reformuladas e novo design. Mais atrativos e modernos, os pacotes ressaltam o novo conceito da marca e destacam informações referentes à idade, porte, estilo de vida e benefícios nutricionais do alimento. As cores ajudam o consumidor na hora de escolher o produto de acordo com o perfil de cada cão. As inovações de Dog Chow visam atender ao mercado brasileiro, estimado em 32 milhões de cães, segunda maior população de animais de estimação do mundo. Os dados, divulgados pela ANFAL – Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Animais de Estimação são de 2010.

Quem convive com gatos sabe que eles adoram se esconder. Se você quer proporcionar um cantinho divertido e estiloso para seu bigodinho, uma boa pedida é o Mulholland Franklin Hideaway Pillow. Ele é um travesseiro circular, criado por um escritório de design e arquitetura de Los Angeles. Ele é feito de fibras recicladas de celulose e a cobertura é de material ecologicamente correto e pode ser fabricado em diversas cores. Custa 179 dólares e pode ser encontrado em http://www.sehorsch.com

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Ventilador seguro para pets

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O frio atinge algumas cidades do Brasil, mas em outras localidades o calor não dá trégua. Se você precisa de um ventilador, e quer que ele não ofereça riscos ao seu pet, o Neovent promete ser a solução. O produto é composto apenas por um suporte - que abriga um motor muito silencioso - e um aro por onde sai a ventilação. Como não tem pás ou grades, elimina as principais causas de acidentes com crianças, animais domésticos e até mesmo adultos. O preço sugerido é R$ 379,00. Informações: 0800 774 7042.

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Com informações de peoplepets.com

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Celebridades do bem Estrelas Animais!

Como de praxe, vamos conhecer mais alguns famosos em prol de nossos amigos animais!

Phil Klein/AP Photo

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Educação Pet A educação do filhote

Por Gustavo Campelo *

Apesar dos avanços científicos na área de comportamento animal e psicologia comportamental ainda é bem comum observar proprietários e treinadores de cães utilizando métodos baseados em violência física para treinar animais. A utilização de métodos violentos nunca trará bons resultados sem também trazer efeitos negativos. Cães que aprendem a obedecer para não receber um tranco no pescoço nunca vão ter prazer em obedecer e sempre que tiverem oportunidade fugirão das aulas de adestramento. Esses métodos são absolutamente desnecessários e geram efeitos colaterais desastrosos. Cães que sofrem esse tipo de stress podem ganhar hábitos indesejáveis como latir demasiadamente, aumentar agressividade, destruição de objetos, perambulação constante. Esses hábitos novos aparecem como uma tentativa de afastar ou diminuir o stress. Além disso, é comum que os animais que sofrem violência constante fiquem mais isolados do grupo e percam sua espontaneidade. Mas afinal, adianta bater no animal para ensinar alguma coisa? Não. Na verdade vamos ensinar o cão a ter medo do punidor ou de um ambiente específico. A repetição constante da agressão pode transformar seu cão em uma bomba relógio que pode explodir a qualquer momento. Isso é potencialmente perigoso em uma casa habitada por crianças ou idosos. Quando batemos em um cão estamos ensinando que violência é uma boa forma de mostrar liderança. Logo, quando o cão se deparar com um indivíduo mais fraco ele vai tentar impor sua dominância através da agressividade. Outro efeito colateral de difícil reversão é o medo. Bater no cão pode fazer com que ele desenvolva medo excessivo e isso o tornará um cão apático.

É possível identificar sinais de stress no cão. Fique atento:

Sinais físicos comuns: coceira excessiva, alergia, perde de apetite, respiração ofegante, aparência nervosa, tremedeira, diarreia; Sinais comportamentais comuns: caçar o próprio rabo, morder moscas imaginárias, olhar fixo no vazio por tempo prolongado, inquietação, morder e lamber a si mesmo, aumento da agressividade, latidos, uivos, dormir muito mais do que o normal.

Como podemos evitar tudo isso?

Procure sempre um treinador que utilize métodos modernos de treinamento de animais. Essas técnicas são divertidas e eficazes, não geram problemas comportamentais nos cães e ainda melhoram o relacionamento dos cães com as pessoas da casa. Basicamente o que o bom treinador fará é criar todas as chances para que o cão acerte e então elogiar esse acerto com carinho, brinquedo ou petisco. Isso faz com que o cão apresente cada vez mais aquele comportamento que está sendo recompensado.

Outros hábitos positivos para ter um cão equilibrado:

• Dedique um tempo todos os dias ao seu cão; • Socialize seu cão com outros animais, pessoas, ambientes, sons; • Exercite-o pelo menos 40 minutos por dia com caminhadas e corridas (peça ajuda ao veterinário para saber a quantidade correta de exercício para seu cão); • Faça treinos agradáveis regularmente; • Fique sempre atento para mudanças de comportamento do cão. Se for o caso, procure ajuda especializada; E o mais importante: não deixe a educação ser um processo estressante para você e para o cão. Divirtam-se!!! Se quiserem enviar perguntas sobre o comportamento de pets, mandem e-mail para: faleconosco@conexaopet.com.br *Gustavo Campelo é especialista em comportamento animal e palestrante. Ele é diretor da empresa que leva seu nome, e é especializada em educação e socialização de pets www.gustavocampelo.com.br

Quer ter um cão ideal?

Conviver com o seu melhor amigo é mais fácil do que você imagina. Consulta e terapia comportamental Socialização de filhotes Obediência Ajuda para escolha de filhotes Prevenção de problemas Segurança Passeios

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Pets pelo mundo Os ingleses são conhecidos por seu apreço a pontualidade, chá e pubs. Mais recentemente a terra da rainha voltou a figurar com destaque em diversos veículos de comunicação por causa do casamento real entre o Príncipe William, e a agora duquesa, Catherine Middleton. Mas como será que os animais vivem na terra dos double decckers? “A relação dos ingleses com os pets é muito saudável. Eles prezam muito o comportamento, alimentação e a rotina dos bichinhos”, afirma o brasileiro Fabio Zeigelboim, que vive em Londres. É natural que os ingleses tenham uma relação de amor com os animais, afinal o país é o berço da legislação em prol de nossos amigos e da proteção animal em si (pudemos ver na edição de maio, na matéria de capa). No entanto luxos exagerados estão fora do cotidiano da maioria dos súditos da Rainha Elizabeth: “Como em qualquer país de Primeiro Mundo onde a vida é corrida e o orçamento extremamente controlado, serviços de luxo para animais são utilizados apenas pela minoria que se encontra em uma posição financeira mais privilegiada”, relata Fabio. A legislação inglesa no que se refere ao combate a maus tratos contra animais é infinitamente mais rigorosa que a brasileira. É comum donos ficarem proibidos de ter cães caso se comprove crueldade contra animais. Um exemplo: uma cadela certa vez ficou presa com a cabeça em um buraco na parede, na cidade de Luton. O dono ficou proibido de ter cães por cinco anos, recebeu pena de 100 horas de trabalho comunitário, além de multa de 500 libras (cerca de R$ 1,3 mil). Quando os vizinhos chamaram os bombeiros para resgatar a cadela Nikita, descobriu-se que o apartamento de Montgomery Wandera, dono do animal, estava coberto de fezes e não havia comida ou água para o animal. Infelizmente no Brasil, a condenação não passaria nem perto disso: seria revertida em cestas básicas ou doações a

Como vivem os animais na Inglaterra? instituições de caridade. Agora, um dos principais problemas que as autoridades inglesas tentam combater é a rinha de cães: “Infelizmente ainda há grupos de que criam animais para ficarem violentos; não necessariamente para fins lucrativos, como ocorre em ringues de apostas, mas até mesmo para seguir uma moda – ficou muito conhecido no Brasil com os pit bulls e seus donos irresponsáveis”, lamenta Fabio. Para Fabio, apesar da legislação mais severa e do acesso aos mais avançados serviços de medicina veterinária, a vida dos pets ingleses não é um mar de rosas: “As pessoas têm um estilo de vida muito corrido aqui e conheço muita gente que deixa o animal na sala de um pequeno apartamento por 10, 11 horas por dia sozinho. O que convenhamos, não é o ideal. Mas mesmo assim esse bichinho ainda anda em parques pelo menos duas horas por dia, fora da coleira, se alimenta muito bem e visita o veterinário periodicamente”, observa. No entanto, Zeigelboim faz questão de ressaltar que os ingleses têm grande consciência da responsabilidade que envolve o cuidado de animais de estimação: “Existe uma conscientização muito boa no sentido da responsabilidade que o animal traz. Ou seja, antes de ter um animal, pense na responsabilidade. Nas atividades extras que esse bichinho vai lhe trazer. Você vai ter tempo, paciência em treinar, proporcionar um estilo de vida agradável ao seu pet? Sim, às vezes parece um ser humano...” De acordo com Fabio, os animais ingleses são mais calmos e introspectivos como seus donos, acompanham o ritmo mais pacato da vida social dos britânicos. O brasileiro ainda observa que a maioria dos pets da terra da realeza são castrados e treinados. Fabio tem um lindo cãozinho, o Ziggy, que é tratado como membro da família e ilustra a foto dessa

matéria! Talvez a correria da vida moderna deixe os pets ingleses um pouco solitários, mas isso ocorre na maioria das grandes cidades capitalistas. O importante é sempre reservar um tempo para os cuidados diários dos animais, e nisso os ingleses parecem caprichar!

Capital: Londres População: 51.482.105 Moeda: Libra Esterlina Língua: Inglês Clima: Temperado Há cerca de 10,3 milhões de gatos e 10,5 milhões de cães vivendo no Reino Unido, de acordo com dados da Pet Food Manufacturers Association. Os donos de cães tendem a ser mais jovens que os de gatos. Cerca de 7% das residências possuem cães e gatos.

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Pet Saúde

Sempre que pensamos em diabetes, pensamos em seres humanos e nas dificuldades de se manter “na linha”, evitando doces, massas e carboidratos em geral. No entanto, é preciso saber que nossos pets também estão sujeitos a essa perigosa doença. A obesidade é uma das principais causas do aparecimento do diabetes em animais domésticos. Por isso, manter uma alimentação adequada e uma rotina de exercícios são fundamentais para garantir a saúde de nossos companheiros: “A diabete pode ser prevenida sim, cuidando de dois principais fatores no dia-a-dia de nossos amigos pets: o primeiro deles é a alimentação, evitando doces, pães, biscoitos, massas, enfim, carboidratos (açúcares ) em geral. É por isso que veterinários sempre orientam que seja oferecido somente ração ao animal, pois ela mantém de forma equilibrada e saudável a alimentação dos animais. Outro cuidado preventivo é o exercício, pois ele previne a obesidade e assim também evita a predisposição e

Pets também podem sofrer de diabetes! A perigosa e sorrateira doença também acomete animais

aparecimento da doença”, recomenda a veterinária Maristela Schoenherr. Existem dois tipos de diabetes que podem afetar os animais, a do tipo I (Melitus) que é a mais comum, e a do tipo II (Insipidus), mais rara. No tipo I há ausência absoluta ou relativa da produção de insulina, hormônio responsável pela regulação do nível de glicose no sangue. O tipo II ocorre quando há quantidades suficientes de insulina sendo produzidas, mas por alguma interferência o corpo não consegue utilizar o hormônio. De acordo com um estudo da Universidade de Queensland, na Austrália, publicado em 2006, de 80 a 95% dos gatos diabéticos apresentam diabetes do tipo II, enquanto nos cães o tipo I é mais comum. A prevenção é muito importante, mas se o seu pet foi diagnosticado como diabético, não é preciso desespero. A doença exige sim um controle, mas é tratável e não implica, necessariamente, em óbito, quando o tratamento é seguido: “O tratamento do diabetes, na maioria dos casos, implica nas aplicações de insulina diariamente e para o resto da vida, o que em longo prazo pode se tornar oneroso ao proprietário. Mas atualmente, os animais já podem contar com outras terapias que tornem sua rotina menos estressante e para os proprietários uma forma mais prática e barata: a homeopatia. Uma aliada também a essas terapias é a acupuntura, que pode ajudar a diminuir a dosagem da insulina ou até mesmo livrar o animal das injeções. Porém, independente da forma de tratamento escolhida para regular a insulina há um ponto fundamental e sem custo, que é incluir o exercício na rotina do animal”, explica Maristela. Os primeiros sinais de um possível diabetes são uma súbita perda ou ganho peso, acompanhado ingestão excessiva de água e aumento na quantidade de urina. O apetite pode aumentar ou diminuir bastante. Se não for corretamente tratado, o diabetes pode acarretar em cães problemas visuais e catarata, enquanto que em gatos pode haver enfraquecimento dos membros traseiros (neuropatia periférica), fazendo com

que a locomoção se torne difícil. Se o seu bichinho é diabético, ele necessitará de cuidados especiais na dieta e mais visitas ao veterinário, mas isso não o impedirá de ainda ter qualidade de vida: “O animal que seguir com o tratamento de forma adequada, seja ele através das aplicações de insulina, hipoglicemiantes ou ainda pelas terapias alternativas poderá ter uma vida normal e com muita qualidade como qualquer outro bicho de estimação. O diferencial é que este animal precisará de visitas mais frequentes ao veterinário para check-ups e controle de sua doença”, afirma Maristela. Exercícios e alimentação adequada são a chave para uma vida saudável, tanto para nós quanto para nossos pets. No caso do diabetes pode significar a própria vida de nossos companheiros. Faça consultas regulares ao veterinário e a qualquer alteração na rotina do bichinho, comunique ao profissional responsável por sua saúde. Garanta uma bela vida para seu melhor amigo!

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Diários de Pet Sitter Olá pessoal! No mês de maio tirei uns dias para descansar e visitar meus amigos e pais que moram longe, fiquei louca de saudades dos meus quatro gatões e também dos vários peludos que cuido e passeio todos os dias quando estou em plena atividade! Vocês não têm ideia do tanto de lambeijos e abraços peludos que recebi quando voltei após duas semanas fora... se tem trabalho melhor no mundo alguém me diga, pois pra um amante dos animais eu desconheço! Nestes dias que estive de folga, passei cinco dias em Manaus-AM, onde vivem meus amigos e afilhada queridos e cinco dias em Paranavaí, minha cidade natal no interior do Paraná e onde vivem meus pais amados! Tanto em Manaus como em Paranavaí (praticamente do Oiapoque ao Chuí...) minha saudade dos meus peludos foi contida pela Meg que é a cadelinha da minha família e pela Lola que é a cadelinha da família dos meus amigos... porém voltei pra Curitiba preocupada com a Lola... Vejam, a Lola é uma cachorrinha Lhasa-apso que foi comprada em Curitiba pela avó da minha afilhada, que gosta muito de bichinhos, para que quando ela viesse visitar a vovó em Curitiba tivesse a Lola para brincar, só que nestes dois anos a mãe da minha afilhada, que agora está com 12 anos, engravidou e a sua mãe que morava em Curitiba com a Lola resolveu se mudar pra Manaus, já que só tem esta filha e queria ficar perto dos netos, concluindo: minha afilhada é adolescente e apesar de adorar animais está numa fase que não preciso nem comentar, ela tem dezenas de outras prioridades acima de cuidar e brincar com um cãozinho. Para os outros membros da família, a prioridade é o bebê de oito meses, então a Lola passa

Diário de Férias da Pet Sitter

a vidinha dela entre o quarto da vovó e a sacada, não lhe falta comida de boa qualidade nem cuidados veterinários e de pet shop, mas tenho certeza de que ela precisa de mais atenção, passeios, brincadeiras... Enfim... seja um bichinho comprado ou um bichinho que mora em um abrigo dividindo seu espaço com dezenas de outros, todos precisam e merecem carinho e ATENÇÃO. Tenho a certeza que estes peludos têm muito mais a nos dar do que nós podemos imaginar, assim, antes de comprar ou adotar um bichinho,

pense muito bem nos rumos que suas vidas podem tomar, e não comprem ou adotem um bichinho para ser “brinquedo” ou “distração” para uma criança ou adolescente, apesar de ter certeza de que quando as crianças convivem com os animais desde cedo têm a oportunidade de vir a tornarem-se seres humanos bem melhores, um bichinho não é brinquedo, sente fome, frio, dor e a falta de atenção, atenção esta que eles apreciam, precisam e tanto esperam. Quando for comprar ou adotar um

Por Jacqueline Rapkiewicz *

bichinho, faça isso para você, para que você tenha um companheiro para dar e receber muito amor, se tiver um filho ou neto pra brincar e gastar a energia do bichinho, delícia! Mas tudo mais que esta vida precisa é sua responsabilidade! Aproveitando, gostaria de dize que a minha opção pela adoção é clara, meus quatro gatos são adotados e SRD (Sem Raça Definida) e os cães que tive durante toda minha vida foram SRD. Até algum tempo atrás eu era radical quanto a pessoas que compram animais, que só querem animais com raça definida, pedigree etc., mas criticando uma amiga quanto a sua postura, ela me respondeu: “Jacque, eles não têm culpa de terem raça”, e pensando bem, quando um bichinho é colocado à venda, pouquíssimos criadores irão questionar se o comprador tem condições de ter um animal e dar tudo (atendimento veterinário, carinho, espaço etc.) que ele precisa e talvez por isso, cresça a cada dia o número de animais de raça abandonados nas ruas, passando frio, fome, a mercê de doenças... então pense muito bem no que você pode dar para uma vida antes de adotar ou comprar um bichinho! *Jacqueline Rapkiewicz é pet sitter e realiza trabalhos de dog walker, em Curitiba. Ela também publica o blog: www.seligabicho.blogspot.com jacquepetsitter@gmail.com


Capa

História da Proteção Animal no Brasil Saiba como a luta pelos direitos de nossos companheiros surgiu em nosso país

Na edição passada, pudemos descobrir um pouco mais sobre como a proteção animal se estruturou no mundo. Neste mês, vamos descobrir o caminho que essa luta tem trilhado em nosso país. A primeira legislação a respeito dos direitos dos animais no Brasil foi promulgada em 1934, no governo do presidente Getúlio Vargas. De acordo com o decreto 24645, de 10 de junho de 1934, todos os animais existentes no país são tutelados pelo estado. Infelizmente não é essa a realidade que vemos em nossas ruas, onde há muitos animais abandonados e doentes, sem nenhuma proteção governamental. No entanto, muito antes de o Estado tentar se fazer presente Ignácio Wallace da Gama Cochrane fundou a União Rodrigo Pessin Internacional protetora dos Animais, em São Paulo. Ignácio Wallace da Gama Cochrane foi Senador da República, Superintendente das Obras Públicas de São Paulo, um dos fundadores do Instituto Pasteur e da Companhia Telefônica. A comoção pela criação de uma entidade que defendesse os animais começou um pouco antes, em 1893. O suíço Henri Ruegger ficou indignado ao assistir um homem quebrando tijolos na fronte de um equino, em uma Praça de São Paulo. Ruegger chocou-se por saber que no Brasil não havia uma entidade a qual pudesse denunciar maus tratos contra animais. Ele recorreu ao jornal “Diário Popular”, onde lançou a ideia uma associação protetora dos animais no Brasil. A iniciativa teve grande repercussão em diversos periódicos, e acendeu na sociedade o desejo de proteger mais efetivamente os animais. Henri Ruegger uniu-se ao francês Jacques Vigier, e juntos pediram auxílio ao Senador da República, de descendência inglesa, Ignácio Wallace da Gama Cochrane, o que resultou na criação da UIPA. Ainda na UIPA, em 1919, foi criado o primeiro hospital direcionado ao tratamento dos animais no Brasil: o Hospital Zoófilo São Paulo, que tinha como objetivo dar assistência gratuita a animais abandonados e pertencentes à população carente e recuperar animais vitimados por maus tratos. O hospital era chefiado pelo então vice-presidente da UIPA Affonso Vidal, cuja experiência no trato com animais vítimas das mais diversas violências, possibilitou-lhe redigir o texto de um anteprojeto de lei que elencava as condutas que poderiam ser tipificadas como maus-tratos. Era o decreto aprovado por Getúlio Vargas em 1934, quando o país encontrava-se em período de excepcionalidade política, que dava ao Chefe de Governo o poder legiferante (de estabelecer leis). Com força de lei federal, surgiu o Decreto 24.645/34, principal norma protetiva que continua em vigor, além de ter servido de base a todas as leis que lhe seguiram visando a proteção dos animais. Em 1941, ainda no governo de Getúlio Vargas, editou-se a Lei das Contravenções Penais, tipificando em seu artigo 64, contravenção a prática de crueldade contra os animais. Em 1967, foi criada a Lei de Proteção à Fauna n.º 5197, e em 28.02.1967, o Decreto-Lei 221, também conhecido como Código de Pesca. Assim, a partir deste ano, a captura de animais na natureza e sua consequente manutenção em cativeiro passaram a ser consideradas crime. Em 1978 foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, pela Assembleia da Unesco, em Bruxelas. O Brasil foi um dos países signatários, porém não o ratificou para valer dentro do território nacional.

Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, os animais passaram a ser protegidos constitucionalmente no título VII, capítulo VI, artigo 225, independentemente de pertencerem a fauna brasileira ou não. Em 1998, criou-se a Lei 9.605 estabelecendo sanções administrativas, penais e condutas típicas de maus tratos a animais. Em 22 de Fevereiro de 1989 foi criado o IBAMA( Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Em teoria, é o órgão responsável pela preservação da fauna e da flora brasileira possibilitando ao Brasil o controle e a fiscalização de seus recursos naturais em busca do crescimento sustentável. Apesar de todos os esforços no sentido de elaboração de leis que punam maus tratos aos animais, na prática as penalidades muito brandas previstas em nossa legislação faz com que os crimes contra os animais continuem ocorrendo em todo o Brasil. Um desses crimes é o tráfico de animais. Um levantamento, apresentado na conferência de Doha – Catar, que reuniu 175 países, do Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e da Flora Silvestres - CITES* (em inglês), divulgou que, só em 2008, mais de seis mil espécies em extinção foram vendidas, totalizando 3,8 milhões de dólares. Em 1989 a WSPA (Sigla em inglês para Sociedade Mundial de Proteção Animal) iniciou sua atuação no Brasil, auxiliando organizações de Santa Catarina no combate à farra do boi. Em 1997 o Supremo Tribunal Federal emitiu o acórdão que considera a farra do boi inconstitucional. Em 2010 foi criada a primeira Delegacia de Proteção aos Animais em Campinas, no estado de São Paulo. A iniciativa é um importante marco para o Brasil, e deveria ser seguida por todas as cidades do país para mostrar que nossa pátria é desenvolvida e luta por seus animais. Muitas cidades contam com secretarias específicas para lidar com a demanda envolvendo animais, como é o caso da SEPDA (Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais), no Rio de Janeiro. Desde 2003 a prefeitura carioca disponibiliza castração gratuita para cães e gatos em oito centros cirúrgicos espalhados pela cidade. O programa contribuiu para a diminuição do número de animais abandonados nas ruas. Mesmo com os avanços apresentados nos últimos anos e a crescente exposição da causa animal em veículos da grande imprensa, os animais ainda sofrem muitos abusos e diversas cidades enfrentam problemas de superlotação em abrigos e nas ruas. É fundamental que as experiências positivas espalhem-se por todo o território nacional para que possamos ser uma nação que verdadeiramente ama e respeita seus animais.

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Pet Dicas Riscos juninos à vista

Período de festas juninas é muito animado, mas é preciso atenção com os pets

As festas juninas animam o Brasil: com o friozinho é muito legal curtir um quentão e todas as outras guloseimas que dão água na boca e fazem parte da tradição do período. Até aí, tudo bem, mas as inocentes festividades em homenagem a São João, Santo Antônio e São Pedro escondem alguns riscos para os animais. Um dos principais são os fogos de artifício e balões. Soltar balões é crime ambiental de acordo com a Lei Federal 9.605/98, que considera ilegal a prática de soltar balões, assim como a fabricação e o transporte. A pena varia de um a três anos de detenção, e o crime admite pagamento de fiança, de R$ 1 mil a 10 mil.

Mesmo assim, balões são vistos cortando os céus do Brasil, provocando incêndios, queima de árvores e morte de animais e pessoas. Por isso, é muito importante manter seu pet seguro, de preferência dentro de casa, em especial nesta época. Em 2008 um balão invadiu um prédio em Copacabana e provocou um princípio de incêndio, causando graves ferimentos em Flávia Regina Nunes. Não bastasse tudo isso, ainda há os fogos de artifício que vêm com ou sem os balões. Já é sabido que muitos cães têm verdadeiro pavor ao barulho provocado pelo artefato, então as mesmas recomendações que são feitas em período de Ano Novo, podem ser aplicadas aqui: se seu animal se incomoda muito com o barulho, providencie tampões com algodão para os ouvidos, dê acesso a áreas da residência onde o animal se sinta seguro, mantenha uma atitude calma e o mais importante: não faça carinho, confortando o animal. Ele pode entender a atitude como um reforço positivo ao seu comportamento. Quanto aos quitutes juninos, nem pensar! Eles podem fazer muito mal ao seu companheiro! Se você quiser incluir o pet na festividade, dê petiscos adequados ao seu amigo e, caso ele goste, providencie um traje caipira bem confortável para ele e aproveitem!

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Pet Alerta

Cuidado com a alimentação do pet após a castração É imprescindível cuidar da alimentação do animal castrado para evitar sobrepeso

Aqui, no Conexão Pet, nós sempre ressaltamos a importância da castração. Além de prevenir doenças, o procedimento evita que ninhadas indesejadas sejam jogadas à própria sorte nas ruas. Infelizmente, a castração em massa ainda não é realidade na maior parte das cidades brasileiras, mas você que ama seu animalzinho e já o submeteu à castração ou ainda vai realizar o procedimento, precisa ficar atento à alimentação do animal castrado. De acordo com a médica veterinária da Premier Pet, Keila Regina de Godoy, a principal preocupação deve ser com a manutenção do peso, pois as mudanças hormonais acarretadas pela castração geralmente resultam em um comportamento mais sedentário, facilitando a instalação da obesidade. “Diante desse fator crítico, a alimentação passa a ter um papel central e deve visar o controle de

já ter retirado os pontos e estar liberado para suas atividades normais”, ressalta Keila. Para animais que estão no peso ideal no momento da castração a veterinária indica uma alimentação com calorias moderadas e fornecida em quantidades adequadas para manutenção do peso. Além disso, uma rotina de exercícios físicos deve ser estabelecida e é preciso cuidado para não oferecer petiscos em excesso. Os pets que já estão acima do peso, por sua vez, necessitam de uma dieta especial com baixo teor calórico e exercícios visando o emagrecimento, com acompanhamento veterinário. O sobrepeso é um alerta importante para que a alimentação do bicho seja revista. “A obesidade deve ser seriamente combatida, pois acarreta doenças como osteoartrites, diabetes, problemas cardíacos e dermatológicos”, conclui Keila. calorias”, explica Keila, reforçando que não é necessário qualquer tipo de suplementação. O controle do peso do animal pode ser feito das seguintes formas: “Ajustar a quantidade diária fornecida para o nível de atividade do cão (verificar na embalagem do alimento em uso as recomendações para nível de atividade baixo ou entrar em contato com o SAC do fabricante) ou mudar para um alimento Light e fornecer as quantidades recomendadas para manutenção do peso (caso haja sobrepeso. Também é importante contar com a orientação de um veterinário)”, informa Keila. Logo no período após a cirurgia, o mais importante é manter o animal longe de qualquer estresse: “Como o pósoperatório imediato é um momento de grande estresse não se deve proceder nenhuma alteração na alimentação antes de o animal estar totalmente recuperado da cirurgia, ou seja, 13


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ESPECIALIDADES Anestesiologia Bem Estar

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PRESIDENTE

Ney Luís Pippi

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Antonio F. P. de Figueiredo Wouk

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27 DE JULHO (QUARTA-FEIRA) HORÁRIO 08h30 às 09h30 09h30 às 10h30 10h30 às 11h00 11h00 às 12h00 12h00 às 12h45 12h45 às 14h00 14h00 às 18h00

TEMA Mercado Pet Atualidades e Perspectivas a confirmar palestrante - ANFAPET

Associativismo no mercado PET Será uma tendência? a confirmar palestrante - SEBRAE

Intervalo Atitudes inovadoras para ser bem sucedido a confirmar palestrante - SEBRAE

Paradigmas a serem vencidos no século XXI a confirmar palestrante - SEBRAE

28 DE JULHO (QUINTA-FEIRA) HORÁRIO 08h30 às 10h30 10h30 às 11h00 11h00 às 12h30 12h45 às 14h00 14h00 às 18h00

TEMA Empreendedorismo: você tem essa atitude? Prof. Gioso - USP

Intervalo O que impede a maioria das pessoas de ganhar dinheiro - seja um vencedor Prof. Gioso - USP

Intervalo Workshop República dos cães Sergio Villasanti

Sergio Villasanti

HORÁRIO 08h30 às 09h15 09h15 às 10h30 10h30 às 11h00 11h00 às 11h45 12h00 às 12h45 12h45 às 14h00

Intervalo Workshop República dos cães

29 DE JULHO (SEXTA-FEIRA)

CARGA HORÁRIA: 32 horas INVESTIMENTO: R$ 300,00 VAGAS: limitadas em 180

14h00 às 18h00

TEMA Organizando meu estabelecimento pet para um fluxo competitivo

30 DE JULHO (SÁBADO) HORÁRIO

Sergio Lobato - PET MARKETING

08h30 às 09h45

Sergio Lobato - PET MARKETING

09h45 às 10h30

O que posso entender como qualidade no atendimento veterinário e pet?

Intervalo Motivando minha equipe de trabalho de forma produtiva

10h30 às 11h00

Sergio Lobato - PET MARKETING

11h00 às 12h45

Sergio Lobato - PET MARKETING

12h45 às 14h00

Diferenciais em estabelecimentos veterinários: um desafio surpreendente

Intervalo

14h00 às 18h00

TEMA Aspectos jurídicos e legais inerentes a responsabilidade técnica

Dr. Sergio Eko - DELEGADO CRMV

Conflitos éticos e ação da CRMV junto aos estabelecimentos veterinários

Dr. Massaru Sugau - PRES. CRMV-PR

Intervalo Importância da responsabilidade técnica Sergio Lobato - PET MARKETING

Intervalo Workshop Animal Pet Story Val Santarem

*Eventuais palestrantes e temas poderão sofrer alteração ate o dia do evento, porém mantendo-se sempre o objetivo central do modulo.

Acupuntura

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Workshop Animal Pet Story Val Santarem

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PREMIAÇÃO PARA OS CINCOS MELHORES TRABALHOS 01 Bolsa Integral* para o Curso de Fisioterapia em Pequenos Animais.** 01 Bolsa Integral* para o Curso de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais.** 01 Bolsa Integral* para o Curso de Clínica Médica e Cirúrgica de Cavalos de Esporte.** 01 Bolsa Integral* para o Curso de Dermatologia em Animais de Companhia Pequenos Animais.** 01 Bolsa Integral* para o Curso de Clínica Médica de Animais Silvestres e Exóticos Mantidos como Pet.** * Menos o valor da inscrição ** Com a condição de fechamento da turma • Caso não tenha fechamento de turma, o premiado deverá escolher outro curso • Será concedida apenas uma bolsa por trabalho cabendo ao grupo de autores a decisão do membro agraciado com o prêmio. • A preferência de escolha do curso será dada aos trabalhos melhores qualificados de acordo com o julgamento da Comissão Científica do Congresso.

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Pet Ação Eles são verdadeiros amigos dos animais Associação do Amigo Animal, em Curitiba, ajuda a mudar a vida de muitos bichinhos carentes

A ideia de ajudar os animais surgiu em 1995, quando Julia Misga trabalhava como atendente em uma clínica veterinária, e se compadecia com a situação em que chegavam diversos animais: atropelados, maltratados, desnutridos, doentes, machucados. Cecília e Marcelo Misga com criança “Muitas vezes os próprios donos "donos" abandonavam os animais na clínica, ou mesmo pediam para que fosse feita "eutanásia", porque já não queriam o "peso" de um animal doente ou idoso”, afirma Luana Thais Kessler, vice-presidente da ONG. Indignada e triste, a Julia se responsabilizava por esses animais e os levava para casa, que logo já não comportava a grande quantidade de animais resgatados. Assim, em 1997, sua família, composta pela irmã Cecilia e sobrinho Marcelo, hoje presidente da Amigo Animal, teve que se mudar para uma pequena chácara na região sul de Curitiba, proporcionando aos animais espaço e bem-estar. Como acontece em casos desse tipo, pessoas mal-intencionadas descobriram a existência do abrigo improvisado e começaram a abandonar animais na porta da chácara. A família cuidava, sozinha, de cerca de 300 animais, entre cães e gatos. Como o abandono só aumentava, a família Misga mudou-se, no início do ano 2000, para a atual Chácara São Francisco de Assis, em Campo Magro, a 35 quilômetros de Curitiba. Na mudança, foram transportados mais de 500 animais. “A Associação do Amigo Animal foi fundada em sete de julho de 2000, a partir da necessidade de dar sustentação material ao trabalho já desenvolvido pela Família Misga, e com o objetivo de buscar, através da criação de legislação específica ou de implementação da já vigente, melhores condições de vida para os animais que vivem nas cidades, vítimas do abandono ou maus tratos”, explica Luana. A Amigo Animal mantém o abrigo Chácara São Francisco de Assis (de propriedade da Família Misga) com mais de 2.000 animais, priorizando o trabalho com cães e auxiliando a manutenção de outros lares temporários de gatos. Desde a sua criação, já são milhares os animais que passaram pelo abrigo, foram recuperados e encaminhados por adoção a novos lares responsáveis. “Todos os animais doados são vacinados, desverminados e esterilizados para evitar a procriação indesejada. Os animais doados são acompanhados com visitas periódicas pela Amigo Animal, para que se verifique a condição de vida que estão recebendo de seus novos donos”, afirma Luana. As dificuldades enfrentadas pela entidade são diversas: “Não contamos com nenhuma verba pública, todo valor é arrecadado em eventos beneficentes e através de doações espontâneas de pessoas físicas. Além da dificuldade de alimentar os animais abrigados - são 500 quilos de ração ao dia, cerca de 15 toneladas ao mês - e de fornecer atendimento veterinário adequado, a maior dificuldade é conscientizar a população, no sentido de que abrigo não é a solução”, apela Luana.

Ela aponta que a educação para a posse responsável é atualmente o maior desafio de todas as ONGs, para que as pessoas compreendam que seus animais devem ser tratados como membros da família, jamais abandonados à própria sorte na primeira dificuldade que encontram. “O abrigo deveria ser apenas um lar temporário, onde os cães, depois de resgatados, fossem tratados, vacinados e castrados, e então encaminhados para um lar definitivo, com o amor, atenção e cuidados individuais que todo animal precisa e merece. Infelizmente, no entanto, muitos animais são "inadotáveis", seja por causa de problemas físicos (cegos, com alguma deficiência), aparência (vira-latas ainda são muito marginalizados), idade etc., e acabam ficando no abrigo a vida toda”, lamenta a vice-presidente da ONG. Na história da ONG diversos animais marcaram o trabalho, um dos casos mais comoventes é o da cadela Esperança, que foi uma das personagens de nossa matéria de capa da edição de março deste ano. “Alguns dos casos mais emblemáticos são a Esperança, nossa mascote oficial, encontrada desfalecida e caquética; o Vitor, que levou facadas pelo corpo todo e chegou até nós desfigurado; a Angélica, a cocker paraplégica abandonada para morrer em uma rodovia (também personagem da edição de março); enfim, são vários. Alguns estão no link "fotos - antes e depois", no nosso site (www.amigoanimal.org.br)”, revela Luana. Quem quiser ajudar a Amigo Animal, tem vários caminhos: A principal forma de ajuda é a adoção virtual, criada devido às dificuldades e preconceitos em se adotar realmente um animal sem raça definida (SRD). “Como a maioria dos animais abrigados apresentam necessidades especiais, ou mesmo já estão idosos, a doação real é quase nula. Por isso criamos a adoção virtual, em que a pessoa se torna padrinho ou madrinha de um ou de vários animais abrigados na Chácara São Francisco de Assis, contribuindo financeiramente para a manutenção desse animal, com apenas R$ 5,00 por mês”, diz Luana. Outras formas de ajudar a Amigo Animal são: * tornando-se um voluntário, doando seu tempo para auxiliar em eventos, manutenção da chácara, cuidados com os cães etc; * Doações de materiais utilizados na chácara: ração para cães e gatos, medicamentos de uso humano e veterinário, materiais de limpeza (sabão em pó ou em pedra, água sanitária, desinfetante, detergente, vassouras e rodos, creolina, sapólio etc.), jornais, papelão limpo, carpetes usados, materiais de construção, latinhas de alumínio de refrigerante e cerveja (vendidos para adquirir ração); * Doações de materiais usados vendidos na lojinha-bazar Loja das Pulgas, cujos recursos são revertidos para a manutenção da chácara: roupas e sapatos usados de adultos e crianças, roupas íntimas, brinquedos, toalhas, enfeites, roupas de cama, mesa e banho, cobertores, edredons, cortinas, tapetes, louças, panelas, utensílios domésticos, aparelhos de celular, eletrodomésticos, móveis quaisquer, celulares, equipamentos de ginástica, pneus etc; * Doação de brindes para os bingos, salgados vegetarianos e doces/ bolos para o lanche do bingo e das feiras. Para conhecer mais do trabalho da Amigo Animal, acesse: www.amigoanimal.org.br


Plantão Vet

Medicina Veterinária Preventiva

*Por Carlos Leandro Henemann

Quando falamos de medicina preventiva o termo nos remete a prevenção de doenças. Fazendo uma analogia à mecânica de veículos, sabemos que para evitar que um motor sofra desgaste e acabe “fundindo” devemos trocar o óleo a cada período ou quantidade de quilômetros rodados. Da mesma forma na medicina veterinária podemos prevenir, estabilizar, regredir e até curar doenças, mas para atingir estes objetivos alguns passos são necessários. Dentre eles estão a dedicação do proprietário, a qualidade do diagnóstico, o tratamento adequado e o organismo de cada paciente. Para prevenir devemos conhecer, isto é, algumas raças têm predisposição genética ou mesmo anatômica a determinadas doenças. Esta predisposição é gerada pela intensa consanguinidade feita durante o desenvolvimento das raças modernas como as que conhecemos hoje. Como exemplo podemos citar os problemas de coluna da raça dachshund (linguicinha), a displasia coxo femoral dos labradores, a catarata nos cockers, as cardiopatias dos bulldogs, a doença do rim policístico dos gatos persas e os problemas hormonais dos poodles. Com estes exemplos não estamos desmerecendo ou denegrindo estas raças, pois as mesmas doenças tanto acontecem em outras raças, como podem estar ausentes de indivíduos destas raças citadas. A predisposição é estatisticamente maior nelas. Se sabemos de antemão que a raça que escolhemos ou temos em nossa casa tem a possibilidade de portar ou desenvolver determinada doença, o que devemos fazer é tentar diagnosticar a doença o mais precocemente quanto for possível. Para várias doenças já existem exames laboratoriais ou de imagem para fazer o diagnóstico. Com a evolução e o aumento de sensibilidade dos testes e equipamentos, já é possível mapear a presença de algumas doenças através de tecnologia ligada ao sequenciamento do DNA e suas combinações de genes. É o caso do uso de radiografias, ultrassonografias, testes hormonais, testes bioquímicos e testes genéticos (PCR). Com estas ferramentas podemos avaliar desde a anatomia quanto a funcionalidade de órgãos e sistemas. Mas pode ficar a dúvida, e se tenho um gato ou cão sem raça definida (SRD), o que podemos esperar dele? A clínica médica que tem bases fisiológicas e mais de um século de evolução já sabe que determinadas doenças tendem a iniciar a manifestação ou se instalarem em algumas faixas etárias. Por exemplo, a parvovirose, doença viral, com alto índice de morbidade e mortalidade em filhotes não causa infecções em animais adultos. Para evitar e prevenir a doença, utilizamos uma ferramenta chamada vacina, mas devemos ressaltar que mesmo animais adultos são susceptíveis a doenças como a leptospirose e a cinomose que podem causar a sua morte. O mesmo vale para gatos: panleucopenia felina, rinotraqueíte e clamidiose são evitáveis desde que os gatos sejam adequadamente imunizados com vacinas adequadas. A verminose também pode gerar problemas sérios tanto para filhotes quanto para animais adultos. Preventivamente lançamos mão de vermífugos durante toda a vida dos cães e gatos. Sabemos também que cães e gatos obesos são predispostos a problemas articulares e cardiológicos. Quando mantemos nossos animais dentro dos valores de referência e no escore corporal adequado, estamos prevenindo ou protelando a instalação destas doenças. Animais que consomem alimentos inadequados e em quantidades errôneas podem desenvolver de pancreatites a diabetes. E é neste ponto chave que entra o médico veterinário. Ele pode estabelecer cronogramas de exames, orientar no trato diário com os animais. Por isto consultas periódicas são importantes. É esta a razão de existirem vacinas. E os exames são ferramentas para que o bom clínico consiga diagnosticar precocemente, proporcionando longevidade e qualidade de vida para nossos companheiros cães, gatos e todo tipo de animal. Nossa recomendação final é que nunca medique ou utilize medicamentos indicados por leigos, pois por mais bem intencionados, eles podem estar colocando em risco a integridade física e até mesmo a vida de seus pets. * Carlos Leandro Henemann é Médico Veterinário (CRMV-Pr 4244) pela UFPR, pós-graduado em Clínica Médica e Cirúrgica pela UTP, e em medicina felina pela Qualittas, com Aperfeiçoamento em anestesia inalatória pela Unig e em Ortopedia Veterinária pela Anclivepa-PR. Atua na clínica Alles Blau, em Curitiba (www.allesvet.com.br).


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