Revista Brasil Paraolímpico Nº 35

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Entrevista: Carlos Arthur Nuzman

Daniel e Edênia: os melhores de 2010

Brasil

número

35

PARAOLÍMPICO revista do comitê paraolímpico brasileiro // março/abril 2011 // www.cpb.org.br

mundial de Atletismo Brasil brilha na Nova Zelândia e conquista inédito terceiro lugar


Editorial

Andrew Parsons presidente do comitê paraolímpico brasileiro

O Movimento Paraolímpico Brasileiro começou com tudo o ano de 2011. O Campeonato Mundial de Atletismo foi um sucesso em todos os sentidos. Primeiro pela performance espetacular de nossos atletas, que colocaram o País no terceiro lugar geral da competição, atrás apenas de China e Rússia e à frente de potências como Grâ-Bretanha, Estados Unidos e Austrália. Em segundo lugar, pelo resultado de uma gestão eficiente, planejada e executada por diversos setores do Comitê Paraolímpico Brasileiro – CPB. Entenda-se por CPB, toda a comunidade paraolímpica envolvida neste processo, desde a diretoria técnica, passando pelos diversos departamentos do CPB, até nossa comissão técnica – que é do mais alto nível – profissionais de apoio, técnicos de base, clubes e, obviamente, os próprios atletas. O resultado de 30 medalhas, sendo de 12 de ouro, 10 de prata e 8 de bronze não foi conquistado por acaso. Houve trabalho duro por trás dessas conquistas. De muitos profissionais. Aliás, essa tem que ser a palavra de ordem no meio esportivo: profissionalismo. Se por um lado atingir resultados tão expressivos é ótimo, ao mesmo tempo nos traz a certeza de que o esporte paraolímpico será muito mais cobrado daqui por diante. Não apenas a modalidade atletismo, mas todo o conjunto de modalidades paraolímpicas. A resposta está sendo dada. Se começamos 2011 com um resultado bastante expressivo, 2010 não foi diferente. As conquistas do ano passado nos dão a certeza de que o CPB e as Confederações

Um grande abraço,

Andrew Parsons

Paraolímpicas Brasileiras estão no caminho certo. Exemplos não faltam: a confirmação de títulos importantes como os obtidos nos Mundiais de Natação, Bocha, Futebol de Cegos e Judô, além da Copa América de Futebol de PCs; aliados às conquistas que mostram evolução como o inédito pódio 100% verde-amarelo do Mundial de Ciclismo, a medalha de prata no Mundial de Remo, o título Parapan-americano do Voleibol, o título Sul-Americano do Basquete; e mesmo resultados de outras modalidades que, se ainda não trouxeram medalhas, apontam para o cumprimento fiel do Planejamento Estratégico do CPB 2010-2016, com brasileiros subindo de posição de forma consistente do ranking mundial. Outro destaque já de 2011 foi a repercussão dos resultados do Mundial de Atletismo na mídia brasileira. Fruto de um investimento bem sucedido do CPB já de muitos anos, esse reconhecimento da imprensa reverbera na sociedade e faz com que o País inteiro se impressione, admire e se torne fã dos atletas brasileiros com deficiência. É nesse momento em que além de orgulhar o Brasil, o esporte paraolímpico adquire a capacidade de mudar a percepção de milhões de brasileiros em relação às pessoas com deficiência. Começamos bem, o caminho é esse, mas 2011 está só no início. Em novembro, temos os IV Jogos Parapan-americanos Guadalajara 2011. Mais uma vez, vamos brigar para ganhar. Mas a vitória será uma conseqüência de nossos esforços, disciplina, planejamento e foco. Esse é o movimento paraolímpico brasileiro hoje.


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Grandes nomes do esporte

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Paulo César Tavares

Revista Brasil Paraolímpico

Revista Brasil Paraolímpico

sumário

edição 35 // mar/abr 2011 // www.cpb.org.br

“Meu nome ficou na

história” Aos 62 anos de idade, o carioca Paulo César Tavares não tem dúvidas da importância que teve para o basquete “em cadeira de rodas” brasileiro

10 Mundial de atletismo Com 30 medalhas, sendo 12 de ouro, Brasil supera expectativas e fica em terceiro no Mundial de Atletismo da Nova Zelândia, atrás apenas de China e Rússia.

“Sou da era dos campeões”, diz, orgulhoso, o cestinha do Mundial da Inglaterra de 1977, o primeiro título conquistado pelo Brasil. Paulo César conheceu o Clube dos Paraplégicos ainda jovem, aos 13 anos, quando procurava emprego. Foi lá que começou a praticar esportes e dedicava-se a diversas modalidades. Aos 15 anos, começou a chamar a atenção no basquete: ganhou medalhas de destaque, cestinha da partida, o mais rápido em quadra. Em 1968 veio a primeira convocação para a seleção brasileira. No ano seguinte, a primeira competição internacional com a camisa verde e amarela: o Panamericano de basquete na Argentina. A seleção ficou em terceiro lugar.

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Daniel Dias e Edênia Garcia

Circuito Caixa

Congresso Paraolímpico

Nadadores brilham do Mundial e são escolhidos os melhores do ano no Prêmio Brasil Olímpico.

Etapas regionais ajudam a descobrir novos talentos. Jonathan Santos brilha.

Encontro reúne principais nomes do Esporte paraolímpico do Brasil e do mundo.

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Colunista Convidado

entrevista

promessa 2016

workshops

novas ferramentas

Renato Peters

Carlos Arthur Nuzman

Natália Mayara

Qualificação das entidades

Seja bem-vindo ao novo site do cpb

Paulo César ainda defendeu o Brasil na Jamaica e Lima. No primeiro Mundial na Inglaterra, em 1974, não foi. Mas foi no de 1977, em comemoração aos 25 anos de Stoke Mandeville – cidade inglesa onde o Esporte Paraolímpico nasceu e que recebeu o primeiro campeonato para pessoas com deficiência. Foi a principal competição de sua carreira: na Inglaterra, Paulo César fez parte da conquista do primeiro título mundial do Brasil, contra a Itália. “Foi a competição de maior brilho. Eu lembro até hoje daquela final. Marcamos por pressão. Quando pegávamos a

bola, eu saía em velocidade, enfiava para o Cláudio, ele para mim, e, ali, ganhamos o jogo. Chego a me arrepiar. A bola do campeonato terminou na minha mão, eu vendo o cronômetro passar”, recorda. Paulo César foi também o cestinha do Mundial. O segredo, segundo ele, sempre foi a dedicação. “A gente treinava muito, insistia, errava. Quando colocava a camisa da seleção brasileira, parecia que eu estava defendendo minha família”, diz. Além do trabalho pesado na quadra de basquete, Paulo César também praticava outra modalidade: era velocista no atletismo. Ganhou diversas medalhas em competições nacionais. Mas o forte era mesmo a bola ao cesto. Os treinos na pista, no entanto, ajudavam dentro de quadra, garante. Paulo César defendeu a seleção até 83. Foram 15 anos vestindo a camisa verde e amarela.

Eu era muito veloz, então comandava os contraataques das minhas equipes e por isso fazia tantos pontos, de 25 a 28 por partida


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Os melhores atletas de 2010

Revista Brasil Paraolímpico

Daniel e Edênia

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Ano Dourado

Revista Brasil Paraolímpico

O caminho é de muito trabalho: entrega total, foco, dedicação e, acima de tudo, acreditar que é possível

O melhor técnico Paraolímpico do ano

Daniel Dias subiu no lugar mais alto do pódio 25 vezes em 2010 e se destaca como um dos maiores nomes do esporte paraolímpico mundial

Vinte e cinco ouros, uma prata, cinco recordes mundiais e um recorde das Américas. Esse foi o desempenho de Daniel Dias no ano de 2010, o mais vitorioso de sua carreira. Além das medalhas e recordes, Daniel ganhou também o Prêmio Brasil Olímpico pela quarta vez e foi indicado ao Laureus 2011, o Oscar do esporte mundial. No prêmio máximo do esporte, Daniel não conseguiu repetir a conquista de 2009. Dessa vez, Verona Benteler, que conquistou cinco ouros no Mundial de Esqui, foi quem recebeu a honraria. Sobre a conquista do Prêmio Brasil Olímpico 2010,

na categoria atleta paraolímpico masculino , Daniel foi sucinto: “Já levei esse prêmio outras três vezes, mas a cada ano sinto uma emoção diferente. Estou muito feliz. É um reconhecimento do meu trabalho”. O Mundial Paraolímpico de Natação de 2010, realizado em Eindhoven, na Holanda, é o principal motivo de tamanho sucesso. Daniel foi o grande nome da competição e, com seus oito ouros (sendo um deles em prova de revezamento) e uma prata (também em revezamento), ajudou o Brasil a alcançar a quinta colocação geral. “Foi um feito inédito para a minha carreira, o que mostra como o ano foi incrível”, lembra.

Foi um feito inédito para a minha carreira, o que mostra como o ano foi incrível

Com tanto sucesso , como manter a motivação, de onde tirar forças para tantos treinos? “Da vontade de divulgar o esporte paraolímpico e ajudar as pessoas com deficiência. Acho que o bom trabalho dos últimos anos gerou mais reconhecimento. A ideia é continuar nesse caminho e deixar o Movimento Paraolímpico cada vez maior.”

ouro paraolímpico Em busca do

Depois de ano vitorioso, Edênia sonha com o degrau mais alto do pódio em Londres 2012

Em 2010, Edênia Nogueira Garcia tornou-se a primeira mulher brasileira tricampeã mundial de natação paraolímpica. A conquista dos 50m costas, na Holanda, mostra que a cearense está no caminho certo e injeta dose extra de ânimo e confiança para os Jogos Parapan-americanos deste ano, em Guadalajara, e a Paraolimpíada de Londres, em 2012. “O ouro paraolímpico é o maior objetivo de todos os atletas. Já tenho a prata e o bronze. Quem sabe se ano que vem não é a vez de a dourada fazer parte da família também?”, diz. No Mundial, Edênia ganhou mais duas medalhas: prata no revezamento 4x50m livre e bronze nos 50m livre. Os resultados lhe garantiram o Prêmio Brasil Olímpico.

Ainda faltam quase dois anos para os Jogos Paraolímpicos de Londres, mas Daniel sabe muito bem o que deseja:

“Quando fiquei sabendo, não acreditei! Foi inesperado! É um prêmio que representa muito na carreira de qualquer atleta”, declarou.

“Meu sonho é conquistar oito medalhas de ouro numa única Paraolimpíada”, diz.

Agora, os planos são continuar treinando forte para baixar ainda mais seus tem-

pos e subir no topo do pódio nos Jogos de Guadalajara. “Quero muito ser tricampeã (dos 50m costas) também nos Jogos Parapanamericanos. Para isso, pretendo nadar no tempo do meu recorde (51s51). No Mundial, a equipe brasileira enviada à Holanda conquistou 14 medalhas de ouro, três de prata e nove de bronze, alcançando o quinto lugar no quadro de medalhas e ficando à frente, por exemplo, da gigante China. Para Edênia, isso fortalece o Movimento Paraolímpico. “Juntos, Daniel Dias e André Brasil conquistaram mais medalhas do que muitos países. Isso ajuda o Movimento a se tornar mais profissional e ganhar a confiança da sociedade. Temos um longo caminho para chegar ao ideal, mas hoje o Brasil tem os melhores atletas do mundo em várias modalidades, e o trabalho do CPB está sendo muito profissional. O esporte paraolímpico está perdendo a fama de reabilitação e já é visto como profissão”, finaliza.

O italiano Romolo Lazzaretti fez boa campanha com a equipe de ciclismo no Mundial e foi homenageado no Prêmio Brasil Olímpico, recebendo o prêmio de melhor técnico paraolímpico de 2010. “Este prêmio coroa a modalidade e os atletas. O trabalho vem sendo feito e o esporte começa a ter uma visibilidade maior. Em nível pessoal, é um prazer. Ainda mais por eu não ser brasileiro. Ressalto a conquista como uma melhora geral no desempenho coletivo”, declarou Lazzaretti. Dez atletas representaram o Brasil no Mundial que aconteceu em Baie-Comeau, no Canadá, em agosto. O resultado foi o melhor da história: um ouro, uma prata e dois bronzes.


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Judô Paraolímpico. Um esporte que, antes de a luta começar, já tem dois vencedores.

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Renato Peters

Revista Brasil Paraolímpico

A primeira vez, deu medo

E

ra 2004. A pauta, confesso, deixou-me um tanto quanto preocupado. Na época, eu era repórter de esporte da TV Globo em Brasília e fui cobrir a reunião dos atletas paraolímpicos que estavam na Capital Federal, preparando-se para uma competição internacional.

anúncio infraero

Colunista convidado

Era a primeira vez que eu faria uma reportagem com eles. Estava aflito porque não sabia como conduzir a matéria. Meus conflitos eram: e se eu falo algo que não é adequado? Como cumprimentar alguém que não tem mão? Pergunto o por quê de tal deficiência? As dúvidas eram muitas quando desembarquei no local da gravação da matéria. Lá fui recebido por um coordenador e logo depois pelos atletas. Sim, havia muitas deficiências, muitas limitações, mas também encontrei um alto astral de dar inveja a muitos que se consideram “normais ”.

Outra coisa que me fez ficar mais a vontade foi o fato de eles mesmos brincarem com as próprias deficiências. “Ei, ceguinho, senta aqui!”, dizia um. “Corre, manquinho!”, gritava outro, tudo seguido de muitas risadas. Saí de lá com uma bela reportagem e com a certeza de que nós temos uma visão muito distorcida do mundo das pessoas com deficiência, que no Brasil somam 25 milhões. Gente que vive inúmeras difi­

O que vem a seguir mudou minha vida para sempre: nada de tristeza, frustrações, choro. Os atletas eram as pessoas mais felizes da pista

culdades e enfrenta olhares atravessados. O meu já foi assim. Depois daquele primeiro encontro não consegui mais esquecer os sorrisos e as brincadeiras e resolvi arregaçar as mangas para doar um pouco do meu tempo em prol do esporte paraolímpico. Em 2008, criei o programa SEM BARREIRAS no canal SPORTV, ao lado da jornalista e mesatenista cadeirante Carla Maia. Estamos no ar mostrando para o Brasil do que esses brasileiros tão especiais são capazes. O trabalho é voluntário e a maior recompensa vem dos e-mails que recebemos de telespectadores admirados com a força de vontade e, acima de tudo, com os resultados de nossos atletas. E tudo isso começou com aquela pauta, lá em Brasília, em 2004. E eu com medo dela. * Renato Peters é repórter da TV Globo de São Paulo, editor e apresentador do programa SEM BARREIRAS do SPORTV

Renato Peters e Carla Maia, do Sem Barreiras Através do judô, deficientes visuais provam que o esporte tem poder de superação e que impossível é uma palavra que não deveria existir.

Infraero. Patrocinadora oficial do Judô Paraolímpico Brasileiro.


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Mundial de atletismo

Mundial de atletismo

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Brasil Top 3

Revista Brasil Paraolímpico

Revista Brasil Paraolímpico

andré oliveira

Alan Fonteles

Odair dos Santos e Carlos Antônio Santos

O melhor de todos os tempos Com 30 medalhas, Brasil conquista o terceiro lugar na classificação geral do Mundial, disputado na Nova Zelândia, ficando atrás apenas de China e Rússia

Shirlene Coelho

Carlos Bartô e Cássio Henrique Damião

Lucas Prado e Justino Barbosa Santos

A fotos beto monteiro

Terezinha Guilhermina e Guilherme Santana

Yohansson do nascimento

Ádria dos Santos e Luiz Rafael Krub

seleção brasileira deu um show no Campeonato Mundial de Atletismo, na Nova Zelândia. Os 25 atletas que representaram o Brasil em nove dias de competição conquistaram 30 medalhas e o histórico terceiro lugar geral, atrás apenas de China e Rússia. Com 12 medalhas de ouro, 10 de prata e oito de bronze, o Brasil terminou a competição à frente da Grã-Bretanha que teve o mesmo número de ouros, mas uma prata a menos. “Disputamos a terceira posição com a Grã-Bretanha, que receberá as Paraolimpíadas ano que vem

e tem tido investimento. Isso significa que estamos fortes. Temos que aproveitar essa oportunidade de sediar uma Paraolimpíada para investir também. Existem áreas que ainda estão descobertas”, ressaltou o presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons. O resultado em Christchurch foi acima da meta estabelecida pela comissão técnica, que era de pelo menos igualar ao resultado das Paraolimpíadas de Pequim 2008, quando o País ficou em 10º, com 15 medalhas, quatro delas de ouro. Uma evolução grande: no Mundial

de Assen, em 2006, o Brasil ficou em 17º no quadro geral de medalhas. “Não foi por acaso. O Brasil Paraolímpico cresceu com bastante planejamento e uma gestão séria”, explicou o presidente do CPB. A seleção brasileira se preparou por mais de um ano para o Mundial. Além do acompanhamento constante da comissão técnica e das competições nacionais e internacionais, os atletas tiveram quatro encontros durante 2010 para avaliações físicas, treinamento, orientação técnica e testes fisiológicos.


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Revista Brasil Paraolímpico

Mundial de atletismo

Mundial de atletismo

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Brasil Top 3

Revista Brasil Paraolímpico

Brasil Top 3

“Isso é uma coroação especial porque trabalhei muito para chegar aqui. Eu prometi que neste Mundial não erraria. Fechar com as quatro medalhas de ouro mostrou que consegui chegar ao meu 100% e, mais importante, que consegui fazer o meu melhor em cada prova”, comemorou Terezinha.

Os medalhistas do Brasil Ouro Terezinha Guilhermina

100m T11 200m T11

Além disso, em Christchurch as mulheres brasileiras foram responsáveis por nove medalhas, o maior número até aqui. Em Pequim 2006 elas subiram ao pódio oito vezes e no Mundial de Assen, no mesmo ano, apenas cinco. A evolução é resultado de um trabalho constante desenvolvido pelo CPB. "O Comitê Paraolímpico Internacional (IPC) tem por meta desenvolver o esporte para pessoas com deficiência severa, os casos mais graves, e o esporte para mulher. No CPB não é diferente. O Circuito está sendo uma ferramenta muito importante para o surgimento de novas atletas. Agora elas têm competições o ano todo para se manter treinando e motivadas", explicou o diretor técnico do CPB, Edílson Rocha Tubiba. "Chegamos a ter cotas de convocação de mulheres em nossas delegações. Dos 30 nomes, por exemplo, 12 tinham que ser do sexo feminino. Em algumas modalidades ainda precisamos desse incentivo, mas o atletismo mostrou sua rápida evolução. Todas as atletas que vieram ao Mundial foram por índice próprio. E os resultados mostram a qualidade delas", justificou o diretor técnico.

400m T11 Terezinha Guilhermina

4x100m T11-13

Ádria dos Santos Jerusa dos Santos e Ana Tércia Soares Odair dos Santos

1.500m T11 5.000m T11 10.000m T11

Lucas Prado

100m T11 200m T11 400m T11

Yohansson do Nascimento

100m T46

Shirlene Coelho

Lançamento de dardo F37

prata Paulo Douglas

Lançamento de dardo F35

Jerusa dos Santos

100m T11 200m T11

Mais de dois terços dos atletas da seleção brasileira estão entre os três primeiros do mundo Andrew Parsons

“O Brasil é hoje uma das potências do Esporte Paraolímpico. Agora, todo mundo quer nos superar. Por isso precisamos aumentar a base de medalhistas. Temos que consolidar algumas provas e investir na renovação”, destacou o diretor técnico do CPB, Edílson Rocha Tubiba. Qualidade concentrada “O crescimento técnico em relação ao último Mundial e às Paraolimpíadas foi grande. Isso é fruto da nossa estratégia de trazer um número menor de atletas. Assim conseguiríamos prepará-los melhor e teríamos maior qualidade”, explicou Tubiba. Dos 24 atletas brasileiros que entraram em ação (Delfino se contundiu na véspera

da competição e não pôde participar), 19 conquistaram medalha na Nova Zelândia. Um aproveitamento de quase 80%. “Essa posição mostra a força do atletismo paraolímpico brasileiro. Mais de dois terços dos atletas da seleção brasileira estão entre os três primeiros do mundo”, destacou o presidente do CPB, Andrew Parsons. Terezinha é a melhor do Brasil e mulheres evoluem As mulheres também se destacaram na delegação brasileira neste mundial. Terezinha Guilhermina conquistou quatro medalhas douradas e foi a maior campeã da competição ao lado da norteamericana Tatyana McFadden.

Yohansson do Nascimento

200m T46

Jonathan Santos

Lançamento de disco F40

André de Oliveira

Salto em Distância F44

Daniel Silva

200m T11 400m T11

Carlos Bartô

800m T11

Tito Sena

Maratona T46

bronze Daniel Silva

100m T11

Edson Pinheiro

100m T38

Shirlene Coelho

Lançamento de disco F37

João dos Santos

Lançamento de disco F46


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Revista Brasil Paraolímpico

Mundial de atletismo

Mundial de atletismo

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Brasil Top 3

Revista Brasil Paraolímpico

Brasil Top 3

Quadro geral de medalhas

lucas prado e Laércio Martins

Ouro

Prata

Bronze

Total

1o

China

21

22

15

58

2o

Rússia

18

11

6

35

3o

BRASIL

12

10

8

30

4o

Grã-Bretanha

12

9

17

38

5o

Polônia

12

7

6

25

6o

EUA

9

10

15

34

7o

África do Sul

9

7

9

25

8o

Ucrânia

8

10

9

27

9o

Alemanha

8

8

8

24

10o

Austrália

8

8

7

23

A evolução do Brasil no quadro de medalhas foi impressionante. No Mundial de Assen, em 2006, o país terminou na décima-sétima colocação, com 15 medalhas. Na Nova Zelândia, foram trinta medalhas e o terceiro lugar geral, à frente de países com muito mais investimento, como Grã-Bretanha, Estados Unidos e Alemanha

Operação de mídia do CPB impressiona o IPC Não foi apenas dentro das quadras, piscinas e pistas que o Movimento Paraolímpico do Brasil deu provas de sua excelência. O CPB foi o protagonista de uma ação de imprensa exemplar, que rendeu elogios do Comitê Paraolímpico Internacional, mereceu reportagem no jornal ThePress, da Nova Zelândia, e deixou os gestores de comunicação dos Comitês Paraolímpicos de Estados Unidos, Grã Bretanha e Austrália impressionados. “O nível de profissionalismo do Brasil nesse sentido é incrível. Vocês realmente sabem o que estão fazendo”, elogiou o chefe de imprensa do IPC, Craig Spencer. Nos Mundiais de Natação, em Eidhoven, Fut 5 para Cegos, em Hereford, e também no de Atletismo o contingente de jornalistas brasileiros era o maior entre os cre-

denciados. Na Holanda, acompanhando as medalhas dentro d’agua, estavam jornalistas de TV Globo/SporTV, O Estado de SP, O Globo, Correio Braziliense e Terra. Estes veículos, desta vez ainda com a presença da Record/RecordNews, foram à Nova Zelândia noticiar o show da equipe verde-amarela no atletismo. Em Hereford, com o Fut 5, estiveram presentes a TV Brasil e a Revista FUT do LANCE!. Sempre acompanhados da equipe de comunicação do CPB, com jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas. Ao todo, foram dezenas de horas de transmissão e milhares de centímetros na mídia impressa. Contando Eidhoven e Christchurch, as medalhas do Brasil renderam 12 inserções no Jornal Nacional, o que significa dizer um retorno de visibilidade espontânea equivalente a mais de

R$ 5,5 milhões no principal telejornal da televisão brasileira. Em ambos os campeonatos, o CPB investiu ainda na aquisição dos direitos de transmissão de TV, o que possibilitou ao canal SporTV mostrar, diariamente, provas ao vivo e os melhores momentos dos atletas brasileiros, bem como permitiu ao CPB enviar imagens de provas para emissoras de todo o país sem qualquer custo. “Os feitos dos atletas paraolímpicos brasileiros, ao serem retratados pela imprensa, têm papel decisivo na mudança de percepção da sociedade brasileira em relação às pessoas com deficiência”, diz o presidente do CPB, Andrew Parsons.

Dilma: “um orgulho para cada cidadão desse país” O reconhecimento da conquista dos atletas brasileiros veio logo que chegaram ao Brasil. No dia seguinte ao desembarque no país, eles foram recebidos em Brasília pela Presidenta da República, Dilma Rousseff. No encontro no gabinete presidencial, os atletas receberam um a um o cumprimento da presidenta, que elogiou as conquistas e brincou com o peso das medalhas. “Fiquei muito feliz em recebê-los. Acho que devo a vocês um agradecimento, porque demonstram que o trabalho de equipe pode fazer com que cheguemos lá. Qualquer preconceito cai por terra ao ver as medalhas e a superação dos atletas paraolímpicos. É um imenso orgulho ver vocês competindo e um orgulho especial quando vocês sobem ao pódio. É um or-

gulho que vocês dão não só a cada pessoa com deficiência, mas a cada cidadão desse país”, ressaltou a Presidenta da República. Terezinha Guilhermina aproveitou a oportunidade e mais uma vez quebrou o protocolo: presenteou Dilma Rousseff com um Kiwi – animal símbolo da Nova Zelândia. “Espero que ele me dê a mesma sorte que lhe deu”, agradeceu Dilma. Abraçada pela presidenta, a atleta ainda deu-lhe as medalhas de ouro conquistadas em Christchurch. Dilma agradeceu a gentileza, mas devolveu o símbolo da conquista de Terezinha. “Estamos aqui hoje simplesmente para agradecer o apoio do Governo Fede-

ral. Gostaríamos de dividir com o Brasil a alegria dessa conquista”, disse o presidente do CPB, Andrew Parsons. “O Brasil Paraolímpico é um Brasil que dá certo. O apoio da CAIXA foi fundamental para essa profissionalização”, destacou o presidente do CPB. O Ministro do Esporte, Orlando Silva, elogiou o planejamento do Comitê Paraolímpico Brasileiro, que começa a apresentar seus primeiros frutos. “O CPB foi exemplar ao apresentar, ano passado, um planejamento detalhado até 2016. Isso com certeza trará resultados de sucesso. Se conseguimos ter esse resultado fantástico no Mundial, na Nova Zelândia, nas Paraolimpíadas de Londres será melhor ainda.”


caixa.gov.br

SAC CAIXA 0800 726 0101 (informações, reclamações, sugestões e elogios) 0800 726 2492 (atendimento a pessoas com deficiência auditiva e de fala) OUVIDORIA CAIXA 0800 725 7474

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anúncio Caixa

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Alan Fonteles Atleta patrocinado pelas Loterias CAIXA

Quase metade do que é arrecadado pelas Loterias CAIXA é destinado a áreas sociais do nosso país, como o esporte. Em 2010, só o Comitê Paraolímpico Brasileiro recebeu mais de R$ 25 milhões. Para as Loterias CAIXA, apostar no nosso esporte é ver o Brasil inteiro tirar a sorte.


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Circuito Loterias CAIXA

Revista Brasil Paraolímpico

Evolução

*

Seis recordes mundiais foram quebrados no Circuito, três por Jonathan Santos

Circuito cresce e se consolida

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Evolução

Revista Brasil Paraolímpico

O sucesso em números Mais de 1800 atletas, de todas as regiões do País, disputaram as três fases regionais. As etapas nacionais, em média, contaram com cerca de 500 atletas. Entre os principais nomes da temporada do Circuito ficou o alagoano Jonathan Santos, que quebrou três recordes mundiais, no arremesso de peso e lançamento de disco F40, durante o ano. As outras marcas mundiais foram quebradas por Yohansson do Nascimento, nos 200m T45, e Paulo Douglas, no lançamento de dardo F36, ambos em Fortaleza, em maio. Durante a etapa de São Paulo, em agosto, foi a vez da venezuelana Tatiana Briceño derrubar a marca do lançamento de dardo classe F12 (para pessoas com baixa visão).

Comitê amplia o número de etapas, criando eventos regionais para ajudar a detectar novos talentos para o esporte brasileiro. Cerca de 2 mil atletas participaram das competições do Circuito Loterias CAIXA Brasil Paraolímpico de Atletismo, Natação e Halterofilismo na temporada 2010

m 2010, o Circuito Loterias CAIXA Brasil Paraolímpico de Atletismo, Halterofilismo e Natação cresceu. Foram realizadas três etapas regionais, classificatórias para as três etapas nacionais. Desta forma, as etapas regionais tiveram como foco a revelação de novos talentos. Para tanto, os atletas que tinham índice equivalente a, em média, 80% do recorde mundial, se classificaram automaticamente para as três etapas nacionais do Circuito.

Circuito Loterias CAIXA

Os atletas brasileiros ainda superaram 219 recordes nacionais e 83 marcas do Circuito. Novos talentos Daniel Dias e Andre Brasil confirmaram, durante todo o ano, por que são os melhores nadadores do Brasil e do mundo

em suas classes e venceram todas as provas que disputaram no Circuito Loterias CAIXA Brasil Paraolímpico 2010. Ao mesmo tempo, novos nomes não pararam de surgir a cada etapa do Circuito. Em Fortaleza, São Paulo e Porto Alegre, cada cidade teve um atleta diferente como destaque da competição. “Posso ressaltar que os jovens atletas estão crescendo muito. Essa nova geração, de atletas com até os 17 anos, vem evoluindo tecnicamente, o que nos deixa muito animados”, afirmou o técnico chefe nacional da modalidade, Rui Menslin, após a etapa de Porto Alegre, em dezembro. Força feminina As mulheres foram o grande destaque das provas de halterofilismo. Elas foram responsáveis pela quebra de 11 recordes brasileiros durante a temporada. René Belcasse, (até 48kg), Cleide Inês Campos (até 40kg), Edilândia Araújo (acima de 82,5Kg), Dádila do Carmo Rodrigues (até 52kg), e Josilene Ferreira, a Josi, da classe até 75kg, foram as estrelas.

O Circuito Brasil Paraolímpico de Atletismo, Halterofilismo e Natação em 2011

A fórmula deu certo. Tanto que, em 2011, será mantida com apenas uma alteração: São Paulo deixa de fazer parte da Centro /Sul e ganha uma regional exclusiva, por ser o estado com maior número de atletas do País. “Com esse novo formato conseguimos oferecer o atendimento específico que cada grupo necessita”, justifica Andrew Parsons, presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB).

O presidente do CPB destaca ainda que, com esse formato de 2010, as fases regionais se transformaram em momentos de observação e detecção de talentos para o Esporte Paraolímpico, enquanto as nacionais passaram a ser dedicadas à elite das modalidades. “O caminho a ser percorrido pelo atleta no Esporte Paraolímpico brasileiro fica cada vez mais claro”, ressalta o presidente do CPB.

1 Daniel Dias e Andre Brasil, dupla de ouro 2 Jonathan Sanos, três recordes mundiais 3 Josilene Ferreira, destaque no halterofilismo

18 a 20 de mar

Etapa Regional Norte/Nordeste

Fortaleza/CE

15 a 17 de abr

Etapa Regional Rio/Sul

Curitiba/PR

27 a 29 de mai

Etapa Regional Centro Leste

Brasília/DF

24 a 26 de jun

Etapa Regional São Paulo

Campinas/SP

05 a 07 de ago

1ª Etapa Nacional

Fortaleza/CE

02 a 04 de set

2ª Etapa Nacional

São Paulo/SP

02 a 04 de dez

3ª Etapa Nacional

Porto Alegre/RS


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Entrevista

Revista Brasil Paraolímpico

Rio 2016

As instalações construídas para os Jogos também deixarão um legado para o país e para a juventude. O Parque Olímpico e Paraolímpico vai se transformar em um Centro Olímpico de Treinamento após o evento, com estrutura para receber atletas olímpicos e paraolímpicos de todo o Brasil. E o Parque Radical, em Deodoro, área com a mais alta concentração de jovens abaixo dos 18 anos do Rio de Janeiro, será aberto à população. A indústria do esporte neste novo século é uma das que mais vão crescer no mundo e já se percebe isso no Brasil e em vários países do mundo. Os Jogos de Londres lançaram vários pólos de treinamento para as Delegações. Isso movimenta as cidades social e economicamente. Faremos isso no Brasil também. As cidades brasileiras devem crescer como indústrias do esporte.

Carlos ARTHUR Nuzman

“COB e CPB estão em

perfeita sintonia”

RBP // O Sr. acredita que o Rio de Janeiro sofrerá intervenções necessárias para deixar um legado de acessibilidade? RBP // Em visita no final do ano passado, os inspetores do COI gostaram muito do que encontraram. Quais pontos deixaram os representantes internacionais mais impressionados? Nuzman // Impressionou o início em tempo recorde de uma série de obras relacionadas ao Projeto Olímpico e Paraolímpico, principalmente a Vila Olímpica e Paraolímpica e a linha quatro do metrô. Impressionaram também os esforços para despoluição das lagoas da Barra; e os projetos a cargo da administração do Prefeito Eduardo Paes, como a Transoeste, a Transcarioca, a Transolímpica, o BRT da Avenida Brasil, o Parque dos Atletas e o Centro Olímpico de Treinamento. A política de Segurança do Governador Sérgio Cabral, as UPPs, também foi reconhecida como referência e legado que a Rio 2016 já está entregando à cidade e ao país. RBP // O

comprometimento dos três níveis de governo, municipal, estadual e federal, foram fundamentais para a vitória da candidatura do Rio. E agora, como estão este envolvimento e comprometimento para a realização do megaevento?

Nuzman // A união dos três níveis de Governo continua sendo primordial para que o cronograma estipulado com o COI esteja sendo cumprido à risca e, em muitos casos, adiantado. Os Governos Municipal, Estadual e Federal também estão trabalhando em co­ ope­ração absoluta com o Comitê Rio 2016, através de uma série de Comitês Temáticos, que são compostos por integrantes dos entes governamentais e do Comitê Organizador e tratam dos temas Instalações, Transporte, Acomodações, Infraestrutura, Garantias, Comunicação, Coordenação e Integração. O comprometimento do Prefeito Eduardo Paes e do Governador Sérgio Cabral têm sido essencial e a Presidente Dilma Rousseff reiterou ao Presidente do COI, Jacques Rogge, todas as garantias que haviam sido dadas pelo Presidente Lula – de que o Brasil realizará um grande evento.

responsável pelo planejamento e pela organização dos Jogos. As obras e os investimentos em infraestrutura, construções e segurança são de atribuição dos três níveis de Governo. Acompanhamos os projetos com os Governos, através dos Comitês Temáticos e sabemos que os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos vão trazer para o Brasil uma série de benefícios para a população. A vitória da candidatura do Rio teve uma repercussão recorde do Brasil no mundo inteiro. A realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016 promoverá ainda mais a imagem do país no cenário internacional por muitos e muitos anos. Essa projeção internacional já está trazendo e atrairá ainda mais investimentos privados e negócios para o Brasil, gerando, como uma de suas consequências, uma qualificação profissional enorme da população brasileira.

RBP // A palavra legado passou a ser uma das mais importantes no vocabulário olímpico e paraolímpico. Na opinião do Sr, quais serão os principais legados para o Brasil?

RBP // E

Inicialmente, é preciso um esclarecimento. O Comitê Organizador Rio 2016 é o

Nuzman //

no campo esportivo?

Nuzman // A

conquista da candidatura do Rio é um marco para o país como fator de transformação. A população e todos nós vamos sentir o grande interesse que hoje há na evolução do esporte no Brasil, no oferecimento do esporte à juventude do país.

Nuzman // Com certeza as instalações esportivas

e não esportivas dos Jogos Rio 2016 incorporarão os padrões mais altos de acessibilidade. Como disse o Governador Sérgio Cabral no lançamento da pedra fundamental da Vila Olímpica e Paraolímpica, esse será um pro­jeto que servirá de modelo de acessibilidade para a arquitetura brasileira. RBP // Como está hoje em dia a integração entre o Comitê Organizador e o Comitê Paraolímpico Brasileiro para o planejamento e realização dos Jogos Paraolímpicos de 2016? Nuzman // Esta integração acontece desde o início do processo de candidatura. O CPB participou ativamente da construção do Dossiê de Candidatura, trazendo sua expertise em Jogos Paraolímpicos. e o Presidente Andrew Parsons tem assento no Conselho Executivo Rio 2016. O Departamento Técnico do CPB constantemente é consultado pelo Departamento de Esportes do Rio 2016, sempre ajudando com questões técnicas específicas dos esportes paraolímpicos. O Rio 2016 tem uma área de Integração dos Jogos Paraolímpicos, responsável

por garantir que cada departamento e cada área funcional planeje suas operações para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de forma paralela e no mesmo nível de serviço. Os Jogos Paraolímpicos tem o mesmo tratamento e atenção. Entre COB e CPB a relação é de perfeita sintonia e cooperação constante. Os dois Comitês trabalham sempre em parceria e estão alinhados em todas as questões comuns, tanto sobre o desenvolvimento do esporte no Brasil quanto no que diz respeito aos Jogos Rio 2016. As instalações que serão construídas estão sendo planejadas levando em consideração as necessidades dos esportes olímpicos e paraolímpicos em relação ao legado. Em especial o Parque Olímpico e Paraolímpico, que sediará períodos de treinamento para atletas dos dois Comitês, antes e após os Jogos. RBP // O esporte hoje movimenta valores altíssimos em patrocínio. Quais parceiros já estão fechados para 2016? Como funciona esta questão em relação aos Jogos Paraolímpicos?

Fechamos o primeiro contrato de patrocínio oficial no fim do ano passado, na mesma época do lançamento do projeto comercial olímpico. Assinamos com Bradesco e Bradesco Seguros nas categorias Serviços Financeiros e Seguros por um valor recorde, um resultado que reflete o reconhecimento do mercado brasileiro da oportunidade única que os Jogos Rio 2016 representam. A equipe comercial do Comitê Rio 2016 trabalha atualmente no desenvolvimento do plano comercial para os Jogos Paraolímpicos, e estamos confiantes que os resultados deste plano demonstrarão que o mercado também valoriza as possibilidades que se abrem com a associação a um evento de tamanha importância.

Nuzman //

RBP // O Sr. acompanha o desempenho dos atletas paraolímpicos brasileiros? Nuzman // O Esporte Paraolímpico brasileiro vive um momento fantástico, e o trabalho do CPB e seu Presidente, Andrew Parsons, é excelente. A posição final do Brasil na úl-

Entrevista

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Rio 2016

Revista Brasil Paraolímpico

tima edição dos Jogos Paraolímpicos, entre os 10 primeiros do quadro de medalhas, foi marcante e o recente desempenho dos atletas brasileiros no Campeonato Mundial Paraolímpico de atletismo, na Nova Zelândia, conquistando 30 medalhas e terminando na inédita terceira colocação geral, só veio comprovar essa evolução.

Com certeza as instalações esportivas e não esportivas dos Jogos Rio 2016 incorporarão os padrões mais altos de acessibilidade.

RBP // Como o Sr. vê o desenvolvimento do Movimento Paraolímpico no mundo e no Brasil? Nuzman // O Movimento Paraolímpico está passando por um desenvolvimento mundial muito grande. Os Jogos Paraolímpicos crescem em cada edição, tanto no que diz respeito ao número de atletas quanto ao interesse e participação do público e da mídia. No Brasil, desde Atenas 2004 o movimento vem crescendo. Os Jogos Parapan-americanos Rio 2007 foram o primeiro evento paraolímpico continental a ser realizado no mesmo formato dos Jogos Paraolímpicos, organizado pelo mesmo Comitê Organizador e utilizando as mesmas instalações. Foi um grande impulso para o movimento no Brasil, aumentando o conhecimento do público sobre os esportes paraolímpicos. Hoje o público em geral reco­nhece alguns dos nossos principais atletas paraolímpicos. Temos a certeza de que realizaremos os Jogos Paraolímpicos de maior sucesso da história em 2016 e levaremos essa mensagem de superação para o Brasil e o mundo, transformando a vida de milhões de pessoas.


Promessa 2016

Revista Brasil Paraolímpico

Natalia Mayara

Joia rara

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23 Revista Brasil Paraolímpico

Segundo Natália, o objetivo de todo esse esforço é alcançar o seu maior sonho: “Hoje o tênis significa boa parte da minha vida, porque foi através dele que eu tive minhas maiores conquistas e realizações. Meu sonho é o mesmo de todo atleta: estar no topo, ser a número um do ranking mundial adulto feminino e ser reconhecida por isso”. Em 2010, a tenista trouxe para o país o vice-campeonato do Masters Cup Juvenil, torneio que reuniu apenas os quatro melhores tenistas em cadeira de rodas do mundo. Foi a primeira vez que o Brasil teve representante na competição. A garota repetiu a façanha em janeiro de 2011 e novamente sagrou-se vice-campeã. No torneio de duplas foi campeã, ao lado colombiana Maria Angélica.

O ditado de que meninas são café-comleite quando jogam contra meninos não é de todo verdade. Pelo menos para a mineira radicada em Brasília Natalia Mayara. Principal atleta brasileira do tênis em cadeira de rodas júnior, a menina de 16 anos perdeu as contas de quantas vezes venceu meninos

Segunda colocada no ranking mundial júnior de tênis, Natalia Mayara coleciona títulos em seu currículo: quatro de simples e oito de duplas em competições válidas pela NEC Wheelchair Tennis Tour (Circuito Mundial de Tênis em Cadeira de Rodas).

“O reconhecimento internacional é muito gratificante. Quando eu estava aprendendo a jogar, já tinha na cabeça que queria ser uma atleta paraolímpica internacional, então é muito bom ver que tudo isso vem dando certo”, comentou Natalia. A qualidade técnica de Natalia surpreende. Há apenas quatro anos na modalidade, a tenista tem como principais habilidades o saque e a batida fortes. “O Wanderson tem trabalhado muito comigo, se dedica mesmo, e eu me esforço para retribuir com a mesma dedicação nos jogos. Ainda pretendo melhorar muita coisa, como as trocas de bola e o condicionamento físico”, comentou a atleta. ACIDENTE EM RECIFE No dia 26 de setembro de 1996, Natália, com três anos, estava com a mãe em uma das paradas de ônibus da Avenida Agamenon Magalhães, em Recife, quando um ônibus subiu na calçada e atropelou a menina. O acidente foi tão grave que ela sofreu edema cerebral, diversas escoriações e teve as pernas amputadas. Internada por 95 dias, Natalia foi operada 12 vezes. Em busca de tratamento na Rede Sarah Kubitschek, Natalia e a família se mudaram para Brasília quando a garota tinha oito anos. o Esporte Paraolímpico no Brasil,” avaliou Wanderson Cavalcante, técnico de Natalia e da seleção masculina brasileira de tênis em cadeira de rodas.

Concentração e agilidade são algumas das qualidades da bela jovem. Campeã das Paraolimpíadas Escolares 2010, Natalia demonstrou força ao vencer o paulista Pedro Rocha no tie break (6-2/1-6/10-8).

RECONHECIMENTO INTERNACIONAL A rotina de treinos da atleta não é das mais fáceis. Atualmente são duas horas de treinos nas quadras, além de trabalho muscular reforçado, em dois dias da semana. No segundo ano do ensino médio, a atleta divide as atenções entre o esporte e os estudos.

“Ela é uma menina de muito talento. Se bem trabalhada, pode obter grandes conquistas na carreira, como o almejado ouro nos Jogos de 2016. Essa geração será responsável também por desenvolver e divulgar

“É complicado dividir os estudos e o tênis, mas graças a Deus eu tenho aprendido a manter os dois na linha (risos). As minhas amigas também sempre me ajudam a repor os conteúdos das aulas”.

O primeiro contato com o esporte foi aos 12, com a natação. Aos 13 conheceu o tênis e se apaixonou pela modalidade.

Ela é uma aposta da Federação Internacional de Tênis, que a apoia em eventos esportivos fora do país, o que demonstra o interesse na jovem revelação Wanderson Cavalcante, técnico

Categorias do tênis em cadeira de rodas

Quad Comprometimento funcional em três ou mais extremidades. Open Comprometimento dos membros inferiores.


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Congresso Paraolímpico

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Profissionalismo

Congresso Paraolímpico

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Profissionalismo

Revista Brasil Paraolímpico

O 1º Congresso Paraolímpico Brasileiro marca uma nova era, uma era de profissionalismo

1º Congresso Paraolímpico Brasileiro foi um sucesso

Andrew Parsons

universidades federais para a realização do Congresso – ele foi realizado pelo CPB em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e a Universidade Federal de Uberlândia (UFU). “O Brasil é uma potência paraolímpica, ficou em nono em Pequim. O nosso desafio é fazê-lo avançar mais ainda. Tanto que a meta brasileira paraolímpica, de ficar em quinto em 2016, é bem ousada. Espero que as reflexões desse Congresso possam ser assimiladas pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro, para que se tornem iniciativas a serem acolhidas pelo Governo”, ressaltou o Ministro do Esporte.

Encontro realizado em Campinas reuniu profissionais e estudiosos do Esporte Paraolímpico do Brasil e do Mundo

O

1º Congresso Paraolímpico Brasileiro terminou sob aplausos. O encontro, que ocorreu em novembro de 2010, visava à aproximação entre as universidades e os profissionais que desenvolvem o Esporte Paraolímpico, fomentando a pesquisa e sistematização do conhecimento.

periências estrangeiras, profissionais do Brasil relataram suas experiências de pesquisa no Esporte Paraolímpico. Ainda foram oferecidos aos participantes minicursos de esgrima, remo, rúgbi em cadeira de rodas e vôlei sentado. Para completar, mais de 50 trabalhos de todo o país foram apresentados durante o Congresso.

Foram quatro dias de discussões. Nos dois dias de pré-Congresso, turmas reduzidas, de no máximo 50 pessoas, puderam aproveitar as palestras dos convidados estrangeiros Collin Higs, Marco Cardinale e Peter Van de Vliet. Entre os temas estavam a formação de recursos humanos para o Esporte Paraolímpico, classificação funcional e treinamento e avaliação em Esporte Paraolímpico.

“O 1º Congresso Paraolímpico Brasileiro marca uma nova era, uma era de profissionalismo”, disse ao final do evento o presidente do CPB, Andrew Parsons.

Os outros dois dias foram de discussões mais amplas, e marcaram a presença de mais de 500 estudantes e profissionais de todos os cantos do país. Além das ex-

“Com este Congresso, o Movimento Paraolímpico dá uma prova de que sabe para onde está indo. Nossas metas para Londres 2012 são bastante ousadas, ficar em 7º, e é imprescindível o apoio da ciência para que cheguemos lá”, argumentou o presidente do CPB.

De cima para baixo Colin Higgs, membro do Conselho Internacional para Ciência do Esporte e Educação Física, e um dos pioneiros na invenção da cadeira de rodas para corridas. Marco Cardinale, chefe de Ciência do Esporte e Pesquisa da Associação Olímpica Britânica Orlando Silva , Ministro dos Esportes

O Ministro do Esporte, Orlando Silva, que participou da abertura do evento, elogiou a iniciativa do CPB e das

Peter Van de Vliet, diretor científico e médico do IPC

Segunda edição com casa marcada O 1º Congresso Paraolímpico brasileiro começou já sabendo quando e onde seria sua segunda edição. Este ano será a vez de Uberlândia, outro centro de formação de referência, sediar o 2º Congresso Paraolímpico Brasileiro, de 28 a 30 de outubro de 2011. Se seguir no ritmo do primeiro, quem desejar participar deve ficar atento quando as inscrições forem lançadas, cerca de um mês antes. Na primeira edição do Congresso, em apenas dois dias, mais de 180 pessoas de todo o país já haviam garantido sua participação. As 500 vagas foram preenchidas em menos de um mês.

Estrangeiros aprovam evento Os palestrantes estrangeiros presentes deram seu depoimento sobre 1º Congresso Paraolímpico Brasileiro. E gostaram muito dos debates. “O Congresso foi uma oportunidade maravilhosa de partilhar experiências com os colegas brasileiros. Fiquei satisfeito de ver a variedade de atividades nas quais o Comitê Paraolímpico Brasileiro está engajado e, em particular, nas ligações entre as universidades e os grupos de esporte para pessoas com deficiência físicas. A qualidade das apresentações foi marcante. Aprendi bastante”, disse o canadense Colin Higgs, membro do Conselho Internacional para Ciência do Esporte e Educação Física e um dos pioneiros na invenção da cadeira de rodas para corridas. “Fiquei impressionado pelo número de pessoas interessadas no Esporte Paraolímpico e a paixão e vontade de aprender de todos organizadores e participantes. Existe um senso claro de que algo grande está sendo desenvolvido no Brasil. Considerando que isso foi só o 1º Congresso Paraolímpico Brasileiro, as coisas só podem melhorar. Quando muitas pessoas são apaixonadas por algo, coisas boas acontecem. E do que eu vi, tenho certeza que o Rio terá um evento Olímpico e Paraolímpico de sucesso!”, testemunhou Marco Cardinale, chefe de Ciência do Esporte e Pesquisa da Associação Olímpica Britânica.


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Workshops

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Formação

Revista Brasil Paraolímpico

CPB investe na

qualificação das entidades esportivas paraolímpicas Curso de Mobilização de Recursos será realizado em oito capitais

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Iniciativa de sucesso no ano passado, o Curso de Mobilização de Recursos está de volta em 2011. Desta vez, oito estados brasileiros irão receber o workshop oferecido pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB). As cidades sedes do curso serão: Goiânia/GO; Teresina/PI; Fortaleza/CE; São Paulo/SP; Porto Alegre/RS; Maceió/AL; Belém/PA e Vitória/ES O Curso de Mobilização de Recursos pretende mostrar e detalhar às entidades do esporte paraolímpico formas de captar recursos de fontes alternativas, além de ajudá-las na construção de projetos e na orientação dos recursos adquiridos. Todos os participantes vão aprender, durante dois dias, detalhes sobre arrecadação e captação de recursos de fontes alternativas. “Conseguimos cumprir uma promessa do início de nossa gestão: oferecer ferramentas para que os nossos dirigentes tenham possibilidades de pensar em projetos bons e eficientes para a área. Todos nós do CPB, em especial a diretoria executiva, comemoramos os resultados obtidos, pois temos a absoluta certeza de que conseguimos atender o apelo da sociedade, de ter o nosso comitê próximo, com um paradesporto consolidado e cada vez mais forte”, avaliou o vice-presidente do CPB, Luiz Claudio Pereira.

Confira o calendário de 2011 1- Goiânia/GO 19 e 20 de Fevereiro

“Tendo em vista o grande sucesso que foram as nove edições em 2010, que abrangeu um público de quase 350 pessoas, de várias associações e entidades ligadas ao segmento de pessoas com deficiência, o CPB resolveu reeditar o curso neste ano, em cidades que ainda não foram contempladas”, completou Luiz Claudio.

2- Teresina/PI 26 e 27 de Março 3- Fortaleza/CE 09 e 10 de Abril 4- São Paulo/SP 07 e 08 de Maio 5- Porto Alegre/RS 04 e 05 Junho

Em 2010, o workshop foi realizado em sete cidades brasileiras: Manaus/AM; Belo Horizonte/MG; Curitiba/PR; Itajaí/SC; Recife/PE, Rio de Janeiro/RJ e Brasília.

6- Maceió/AL 16 e 17 de Julho 7- Belém/PA 27 e 28 de Agosto 8- Vitória/ES 24 e 25 de Setembro


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Notícias

Novas ferramentas

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Inovação

Revista Brasil Paraolímpico

Revista Brasil Paraolímpico

Novos cargos no ipc O Comitê Paraolímpico Internacional (IPC) pretende adicionar dois novos cargos ao seu organograma: o de gestor de antidoping e o de gerente sênior de esportes. O primeiro ficará responsável por reforçar o cumprimento total do Código Mundial de Antidoping, gerir programas e projeto de educação antidoping. O segundo coordenará e supervisionará a equipe de esportes do IPC, com a missão de gerenciar todos os eventos que acontecem com apoio do Comitê, além de desenvolver planos de atividades e orçamentos para ajudar na criação de novos NPCs, com o intuito de difundir o Movimento Paraolímpico.

Guadalajara acessível Entre os dias 17 e 21 de janeiro, Bernie Clifford, especialista do Comitê Paraolímpico Internacional (IPC), esteve na cidade mexicana que sediará os Jogos Pan e Parapanamericanos desse ano. Clifford gostou do que viu e, a 295 dias do início do evento, afirmou que a cidade está pronta para receber os atletas paraolímpicos de toda a América.

Canoagem e triatlo em 2016 Após análise do Comitê Paraolímpico Internacional (IPC), a canoagem e o triatlo entraram no programa dos Jogos Paraolímpicos de 2016. Os esportes venceram a concorrência contra outras cinco modalidades: badminton, golfe, futebol em cadeira de rodas elétrica, tae­kwondo e basquete para deficientes intelectuais. Assim, a Paraolimpíada do Rio, receberá 22 modalidades, duas a mais que Londres: tiro com arco, atletismo, bocha, ciclismo, canoagem, hipismo, futebol de 5 para cegos, futebol de 7, goalball, judô, halterofilismo, remo, vela, tiro esportivo, triatlo, natação, tênis de mesa, vôlei sentado, basquete em cadeira de rodas, esgrima em cadeira de rodas, rúgbi em cadeira de rodas e tênis em cadeira de rodas.

Marcelo Collet busca novo feito histórico Primeiro paraolímpico a atravessar o Canal da Mancha, brasileiro encara o desafio de Gibraltar em 2011

Seja bem-vindo, sinta-se em casa! Conheça detalhes do novo portal do Comitê Paraolímpico Brasileiro

Depois de entrar para a história da natação mundial ao se tornar o primeiro atleta paraolímpico a fazer a temida travessia do Canal da Mancha, em setembro, o baiano Marcello Collet busca novos desafios em 2011. Collet quer ser o primeiro paraolímpico a fazer a travessia de ida e volta do Estreito de Gibraltar, entre a Europa (Espanha) e a África (Marrocos). “Foi uma emoção grande estar entre os 10% que completaram a travessia do Canal da Mancha, mas agora está na hora de olhar para frente e este ano tenho dois objetivos: Gibraltar e disputar o Parapan de Guadalajara”, disse o nadador, que pretende tentar a travessia em agosto. A travessia do Canal da Macha aconteceu justamente dia 17 de setembro de 2010, quando Collet completou 30 anos, um verdadeiro presente de aniversário. Durante o feito, o nadador contou com o auxílio de seu técnico, Murilo Barreto. “Não é um travessia simples. Alguns dizem que é o maior desafio do homem, maior até que escalar o Everest. A gente sabe que ele é um guerreiro, que não desistiria jamais”.

O

Comitê Paraolímpico Brasileiro apresentou no fim de 2010 seu novo portal, com o intuito de ampliar a visibilidade das ações desempenhadas pelo Esporte Paraolímpico no país. O site (www.cpb.org.br) estreou com o compromisso de divulgar dados, notícias, regras, classificações e instruções para atletas, treinadores, imprensa e demais interessados.

co para imprensa. Também há espaço para a agenda de eventos futuros, avisos de licitações e inscrição de clubes. À direita, um calendário interativo para acompanhar as próximas ações e eventos em que o CPB se envolve. Links levam aos nossos canais no microblog Twitter e no site de compartilhamento de vídeos Youtube e os usuários poderão baixar todos os exemplares da revista Brasil Paraolímpico em PDF.

Informação de cara nova Na página inicial, as notícias ganham destaque, bem como as competições e eventos. Os internautas podem acessar uma vasta galeria de imagens em alta resolução, produzidas por nossa equipe.

Conheça o CPB O menu Conheça o CPB abre espaço para a história, os objetivos, as missões e os princípios do Comitê, bem como sua estrutura e diretoria executiva.

Ainda na primeira página, a coluna da esquerda dá acesso a um ambiente específi-

Comunicação No menu, estão todas as notícias já publicadas, o acervo de vídeos e fotogra-

fias e um ambiente para cadastro de jornalistas. Esportes Na área de Esportes estão disponíveis descrições das modalidades, um guia sobre classificação funcional e informações sobre doping. O usuário poderá aproveitar para se informar sobre os Jogos Paraolímpicos e iniciativas como as Paraolimpíadas Escolares, o Clube Escolar Paraolímpico e a APB. Financeiro Informações sobre gestão de recursos (lei 9.615, de 1998), acesso ao sistema de licitações, o extrato de quando o CPB dispensou tais licitações e um espaço para cadastrar empresas interessadas, estão lá.


30 Revista Brasil Paraolímpico

Expediente

Presidente Andrew Parsons

Coordenação Media Guide Comunicação

Vice- Presidente Mizael Conrado

Jornalista Responsável Diogo Mourão MTB 19142/RJ

Vice-Presidente Luiz Claudio Pereira

Edição e Textos Janaína Lazzaretti Thalita Kalix

Superintendente Administrativo, Finanças , Contabilidade e Eventos Carlos José Vieira de Souza

Estagiário Rodrigo Antonelli

Diretoria Técnica Edilson Alves da Rocha

Imagens Exemplus Comunicação

Gerência de Marketing Frederico L. Motta

Projeto gráfico e diagramação Inventum design

Conselho Fiscal José Afonso da Costa Hélio dos Santos

Impressão Gráfica Clicheria Chromos

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Turma da Mônica

Brasil Paraolímpico é uma publicação bimestral do Comitê Paraolímpico Brasileiro e esta edição teve 3.500 exemplares impressos em fevereiro de 2011. Endereço Sede CPB SBN Qd- 2- Bl. F- Lt. 12 Ed. Via Capital – 14º andar Brasília/DF – CEP: 70040-020 Fone: 55 61 3031 3030 Fax: 55 61 3031 3023 www.cpb.org.br www.twitter.com/cpboficial www.youtube.com/cpboficial

Painel do Leitor Compartilhe com a equipe de imprensa do CPB dúvidas, sugestões ou críticas. Este espaço é reservado para você, leitor. Contate-nos através de cartas pelo endereço: SBN, Quadra 02, Bloco F, ED. Via Capital, 14º andar. Brasília, DF, Brasil. Cep: 70.040-020. Se preferir, mande email: contato@cpb.org.br.


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