Jovens Escritores - 8º Ano

Page 1

Célia Regina de Oliveira Possignolo (Organização)

CNEC – Capivari/SP 2015


Apresentação.

“Realidade e ficção” é uma reunião de textos produzidos pelos alunos que estão cursando o Oitavo Ano do Ensino Fundamental na CNEC, unidade de Capivari, São Paulo, neste ano de 2015. Leram “Quarto de despejo: diário de uma favelada”, escrito por Carolina Maria de Jesus, no qual retratou o dia a dia das comunidades pobres da cidade de São Paulo. Essa leitura, além de contribuir com a aprendizagem, também os orientou na construção do “Projeto Plataforma”. Explorando a reflexão, a emoção e a linguagem poética nos textos líricos, os autores se deixaram guiar por um caminho expressivo e refletiram sobre suas habilidades. Segundo Tom Clancy, “a diferença entre ficção e realidade é que a ficção tem que fazer sentido”. Embarcar nessa viagem é o convite desses adolescentes sensíveis e criativos para explorar um mundo de sonho e de realidade, de lembrança... que permite viver o mais íntimo encontro com o eu. Boa leitura!

Célia Regina de Oliveira Possignolo. (Professora da área de Língua Portuguesa).


ÍNDICE Beatriz de Lima Bonfim Quando faltar....................................................................................................p. 06 Poesia da Carolina ............................................................................................p. 07

Camila de Almeida dos Santos Realidade e felicidade .......................................................................................p. 08 A vida de Carolina de Jesus ...............................................................................p. 09 Diogo Pavan Conselvan Sempre só .........................................................................................................p. 10 Favelada............................................................................................................p. 11

Frederico Aloia Miyasaki Realidade e mundo virtual ...............................................................................p. 12 Maria Carolina de Jesus, a guerreira do Tietê ..................................................p. 13 Gabriel Pereira Bresciani Meu mundo de crime ......................................................................................p. 14 Quarto de despejo.............................................................................................p.15

Giovanna Nunes Padovani Lembrança boa ..............................................................................................p. 16 Carolina.......................................................................................................... p. 17

Gustavo Piccinin Tebom Comunicação.....................................................................................................p. 18 Carolina Maria de Jesus ....................................................................................p. 19

Heloíse Estanislau Quando... ........................................................................................................p. 20 Carolina............................................................................................................p. 21

Henrique Camargo Quagliato Naruto Uzumaki...............................................................................................p. 23 Poema de Carolina ..........................................................................................p. 24


Igor Palamartchuk Azevedo Favela na real ....................................................................................................p. 25 Maria humilde ...................................................................................................p. 26 Ingrid Oliveira Andrade Tristeza x alegria ...............................................................................................p. 27 Carolina de Jesus...............................................................................................p. 28

João Victor Galvão Canobre Futebol..............................................................................................................p. 29 A simplicidade de uma heroína ........................................................................p. 30

João Vitor Pastana A guerra ...........................................................................................................p. 31 Carolina, a heroína............................................................................................p. 32

Júlia Bresciani de Campos Amor incondicional ..........................................................................................p. 33 A vida de uma favelada.....................................................................................p. 34

Leonardo Monaro Nascimento S.A.O. ...........................................................................................................p. 35 História de Carolina ..........................................................................................p. 36

Lívia Marisa Ribeiro Bonfá Apenas a natureza ...........................................................................................p. 37 História de pobreza ..........................................................................................p. 38

Mateus Girardi Sanches A favela .............................................................................................................p. 39 A vida de Carolina..............................................................................................p. 40

Pietra Ferrari da Silva Minha mãe ......................................................................................................p. 41 Carolina............................................................................................................p. 42

Rafael Armelin Desigualdade social .........................................................................................p. 43 Carolina de Jesus..............................................................................................p. 44


Sara Almeida Moreira Nunca desista de si..............................................................................................p. 45 Carolina Maria de Jesus ......................................................................................p. 46

Stefan Assmann Movimento e tecnologia.....................................................................................p. 47 Carolina...............................................................................................................p. 48

ValĂŠria Nere Dias SolidĂŁo ................................................................................................................p. 49 A vida de Carolina ...............................................................................................p. 50

Rafael Moraes Amizade de amigo ..............................................................................................p. 51 Minha casa .........................................................................................................p. 52

5


Quando faltar Quando faltar inspiração, Lembre-se dos segredos Do coração...

Quando faltar felicidade, Lembre-se de sua melhor Amizade...

Quando faltar motivo, Lembre-se de seu melhor... Sorriso!!!

Beatriz de Lima Bonfim

6


Poesia da Carolina Carolina foi a primeira a contar como era a favela, Do ponto de vista de quem vivia nela. Morou na rua por um tempo Com três filhos a tiracolo. Escreveu o livro “Quarto de Despejo” e Fez do Brasil seu auditório. Era vaidosa, era cuidadosa, fazia os próprios Brincos que a deixavam mais charmosa. Carolina revelou a miséria da sociedade Invisível para a comunidade. Ninguém podia pegar comida lá, Mas não tinha escapatória, era comer ou Morrer sem ter sua história. Quando vendia papel, Comia bife, pão com manteiga, batata frita E salada... Que realidade amarga! Saiu de Sacramento decidida a nunca mais voltar, Mas foi surpreendida Ao ser presa. Morreu às margens da pobreza Com muita nobreza. De você vamos sentir saudade, De sua vida de simplicidade!

Beatriz de Lima Bonfim

7


Realidade x Felicidade

A música do coração Nos faz perder a noção. Sinto muito, meu amor, Se a realidade não te agradou.

“Penso, penso, logo existo”. Esse amor um pouco sinistro... Eu aqui na realidade, Você aí buscando felicidade.

Na busca do mundo perfeito, Você se esqueceu dos defeitos Que há de assombrar o povo... Algo que não é novo.

Por favor, eu lhe peço: Não crie um mundo só seu, Para que a realidade Não o deixe como eu.

Sente-se aqui do meu lado, Contarei uma história Desse mundo sem coração, Dessa realidade sem noção!!!

Camila de Almeida dos Santos

8


A vida de Carolina de Jesus “Essa negrinha inteligente sabe tudo sobre a gente”. Cochichava uma vizinha Com a sua amiguinha. “Cita naquele livro até seu pior inimigo”. Outra comentava Enquanto passava. Amava fazer poesia Tudo com muito esmero Sempre levou a educação dos filhos Muito a sério. Anos se passaram E o sucesso veio à tona. Ficou reconhecida Pela humildade de sua vida! Depois de muito abalo, Caiu no anonimato Morreu há muito tempo Com muito reconhecimento.

Camila de Almeida dos Santos

9


Sempre só Sou um empresário Muito solitário, Vivo sozinho Até no meu coração! Assim... aprendi a abraçar a solidão.

Desde então, Minha vida está entre laços e Num conjunto me embaraço.

Meu sonho não passa De um lapso. Já não sei mais o que faço, Vivendo nessa escuridão...

Diogo Pavan Conselvan

10


Favelada Carolina era linda, Mas fedia uma catinga. Era pobre, não tinha pão. Meu Deus! Que judiação! Era pobre, não tinha mansão Muito menos alfabetização. Ficou conhecida da noite para o dia E muita gente sorria. Depois de viver, se cansou e Em um caderno desabafou. O livro publicou e o mundo abalou.

Diogo Pavan Conselvan

11


Realidade e mundo virtual Um mundo diferente Que está na ficção Ele não é real, Só para a nossa imaginação.

Mesmo não existindo Há muitas coisas para se fazer Bater papo com alguém Falar e conhecê-los.

A internet, meu caro, É um lugar diferente Tudo é imaginação Mas ela nunca está ausente.

Internet é um amigo Novo a se conhecer. Mas, meus amigos, Há muitas coisas a se viver.

Não abandonem a sua vida Para ficar no mundo virtual, Internet é bom demais Mas não é ninguém real!

Frederico Aloia Miyasaki

12


Carolina Maria de Jesus, a guerreira do Tietê Carolina de Jesus Uma mulher especial Combatendo a fome, De modo fenomenal. Nas margens do rio Acontecia muita coisa Você não queira saber Era bem pesado. No rio Tietê Havia um cheiro. Não dava para aguentar. Após muita luta Ela fez sucesso Você nem está ligado Fez mais que Michael Jackson.

Frederico Aloia Miyasaki

13


Meu mundo de crime Um homem sem casa, sem trabalho, Praticamente um mendigo Conheceu um pirralho Muito metido.

Que mostrou o caminho Me ensinou a não ter piedade em meu coração Como se fosse de espinho Assim aprendi a arte de ser um ladrão...

Roubando bancos e galpões, Pegando reféns, Com a polícia fazendo negociações, Matando homens e mulheres, roubando todos os seus bens...

Sou um refém da corrupção!!!

Gabriel Pereira Bresciane

14


Quarto de Despejo Quarto de Despejo, Um livro escrito por uma favelada. Poucos acreditavam que seria bom, Mas se surpreenderam. O dia a dia de uma moradora de favela Conta esse livro de Carolina, Era vĂ­tima de abuso, Sofria racismo. Teve quatro filhos, Um abortado. Quando o livro fez sucesso, Todos a reconheceram. Foi morar numa casa luxuosa Mas ninguĂŠm gostava dela. Seus vizinhos falavam que ela fedia E seus costumes os aborrecia. EntĂŁo... foram se esquecendo de quem ela era, Para uns uma negra favelada, Para outros, Carolina Maria de Jesus...

Gabriel Pereira Bresciane

.

15


Lembrança boa

Antigo bicho de pé, Confortável. A casa aberta para todos, E os animais bem comportados.

Lá dentro, havia um cheiro bom... Havia também um homem que não era guia Mas foi bondoso.

Ele nos guiou até o local da comida, Logo fizemos a refeição e Já estava na hora da ida.

Como era criança, saí correndo, Com o sorvete na mão e comendo...

Aquele dia foi inesquecível!!!

Na semana seguinte voltamos, E o dia inteiro lá ficamos.

Giovanna Nunes Padovani

16


Carolina Carolina escreve seu primeiro livro Tão importante que foi inesquecível...

A partir de muitas vendas ficou famosa Estava ficando conhecida e “poderosa”.

Isso foi mudando a sua vida Mas chegou o seu dia.

Sua morte não foi agradável Uns sorriram, outros choraram...

Na hora, seus filhos não podiam pagar o caixão Emprestaram dinheiro da vizinha de bom coração.

Seu sucesso foi aumentando E uns invejando.

Essa foi a vida dela (Carolina Maria de Jesus) Guerreira, trabalhadora e honesta!

Giovanna Nunes Padovani

17


Comunicação A comunicação É uma espécie de informação, As diversas culturas se misturam E assim se integram.

Existe a televisão, No telejornal a previsão, à noite exibe novelas, que são muito belas.

Existe o rádio Que é transmitido do alto do prédio, Durante o dia toca música, Vai do sertanejo à clássica.

Essa é a comunicação, É um universo em expansão, Sua base é o conhecimento E necessita de discernimento.

Gustavo Piccinin Tebom

18


Carolina Maria de Jesus Carolina de Jesus, moradora da favela Não tinha comida dentro da panela Catadora de papel Vivia no fel. Escreveu “Quarto de Despejo” Com um só desejo Mostrar a realidade Com muita fidelidade. Conseguiu seu sonho realizar Em uma casa residível morar. Os vizinhos não gostavam dela, Pois negra era ela. Morreu no anonimato e na pobreza Em meio à tristeza. 2014 foi seu centenário E abalou o mundo literário.

Gustavo Piccinin Tebom

19


Quando... Quando fecho os olhos Imagino um lugar, Sem nenhum tipo de desigualdade, O local perfeito para se morar!

Onde todos tenham casa, Saúde, alimentação, Educação, E muito amor no coração!!!

Quando abro os olhos, Vejo um lugar Não muito bom para se morar...

Cheio de desigualdades, Pessoas nas ruas sem oportunidades, Mas com um coração cheio de vontades...

Heloíse Estanislau

20


Carolina Uma mulher muito sofrida Que batalhou por sua vida O nome dela é Carolina. Vivia na favela do Canindé Ela tinha três filhos Eles andavam a pé. Cansada de tudo o que acontecia Resolveu contar para o mundo que A favela não era o que parecia. A dura realidade Dói mais que a verdade. Imagina não ter o que comer... Mas que crueldade! Quando lançou seu livro Se surpreendeu. Quem diria que uma semianalfabeta Conseguiria escrever uma obra daquela! O livro tão interessante Vendeu onze mil cópias Somente em uma semana. Finalmente alcançou seu sonho Morar numa casa residível Seu filho ficou risonho. Carolina mal sabia administrar o que ganhava. Então sua filha mais nova lhe falava: “Mamãe pare com isso, Logo não conseguiremos viver com tão pouco dinheiro, Mas que desperdício!” Acabou morrendo em anonimato Quem diria saiu do lixo direto para o estrelato 21


Foi um sucesso efêmero Mas, com certeza, mudou seu gênero. Entrou para a história Olha! Olha, Carolina! Mas que bela trajetória.

Heloíse Estanislau

22


Naruto Uzumaki

Naruto Uzumaki É um jovem ninja, Comia muito lâmen E seu amigo era um Uchiha.

Lutar por um laço De um verdadeiro amigo Vai mudar a sua vida. Se não gostou, desculpe, pois esse é seu jeito ninja.

Com o poder da raposa de nove caudas, Selado em seu corpo, Era desprezado pelo povo, Mas ele tinha um sonho De se tornar um Hokage E ser respeitado pela sociedade!

Criou seu próprio jutsu: Rasengan gigante Podia até derrotar O jutsu do tsunami.

Enfim, conquistou o seu sonho De se tornar um Hokage, Dar a sua vida pela aldeia da Folha E ser respeitado pela sociedade.

Henrique Camargo Quagliato 23


Poema de Carolina Carolina de Jesus era uma pobre, E na sua casa nem tinha luz; Quando lançou o “Quarto de Despejo”, Ficou famosa e poderosa, até um tempo. Com três filhos para cuidar, Tinha que amar, Com sua posição, Como cidadão. Foi morar em um porão, Lá ganhava pão e macarrão, Mas cansou da escuridão. Um sítio ela comprou, E sua vizinhança a criticou. O jornalista Audálio Dantas a conheceu, Pois ela mereceu. Após citar a pobreza, Ela faleceu. Como era catadora de papel, Vivia no fel.

Henrique Camargo Quagliato

24


Favela na real Na favela há muita humildade. Lá as pessoas têm muita capacidade! Mas também tem traficante.

Muitas delas não têm ostentação, Só um prato de arroz e feijão! A casa não tem couro, Mas tem coração de ouro!

Igor Palamartchuk Azevedo

25


Maria humilde Maria não tinha teto e não tinha chão Mal conseguia o pouco dinheiro pro pão Sozinha cuidou dos três filhos Com muita humildade, sofrendo desnutrição. Era pisoteada como chão Ao procurar folhas no lixo Até que um repórter a ajudou E com esforço famosa ficou. Ao sair de perto do rio Tietê Seus vizinhos a xingavam de etê Com seu dinheiro comprou um sitio no interior E acabou que morreu sem dor.

Igor Palamartchuk Azevedo

26


Tristeza x alegria Tanta tristeza para quê? Somente para sofrer! Ou para se isolar De tudo ou de todos... Até mesmo para ter a atenção Dos pais, dos amigos ou até mesmo... Daquele amor que não o enxerga.

Mas tenho a solução! Encha seu coração De amor, de paz, de vida... Para lutar e passar por todos os dias.

Me encho de tristeza, Quando tenho uma derrota. Mas a alegria toma conta de mim, Quando tenho uma vitória...

Ingrid Oliveira Andrade

27


Carolina de Jesus Carolina era pobre, Porém apesar de ter muito pouco Não passava fome. Ela era humilde, Mas não tinha alfabetização Por conta da sua pobreza. Então comprou um sítio Mas morreu na pura pobreza Com o coração cheio de nobreza!

Ingrid Oliveira Andrade

28


Futebol Futebol é a arte dentro de campo Onde a magia acontece quando se toca na bola. Emociona vendo a movimentação no meio-campo, Cheio de marcas dos cravos da sola.

Em Times de coração não se muda por nada. Elenco que mostra bravura na partida. Mesmo que a torcida seja desvalorizada, Ela nunca deixará de ser extrovertida.

A alegria de uma vitória, Que causa gritos na arquibancada. O time após sua trajetória, Vive dias de glória!!!

João Victor Galvão Canobre

29


A simplicidade de uma heroína Carolina era uma favelada Que depois de anos, ficou cansada. Decidiu, então, fazer uma autobiografia Empregando assim, erros de grafia, Já que saiu da escola antes do primário. Apesar disso, criou um livro revolucionário. Contando a história de sua vida e luta, Sem dinheiro, comida e labuta, Ignorada pela sociedade por ser negra e pobre No seu livro conta sua história nobre. Em busca de uma casa boa para morar, Viajou para São Paulo para uma procurar. Nesta cidade encontrou Audálio Dantas, Um repórter que editou suas lembranças. Após uma semana do lançamento do seu sonho, Diante desse grande mundo medonho, Conseguiu onze mil vendas. O dinheiro para pagar um sítio com suas rendas, O lugar onde acabou sua história, Mas não podemos deixar de nos lembrar de sua vitória.

João Victor Galvão Canobre

30


A guerra A guerra se faz Em base dos pecados capitais. Luxo, arrogância e inveja são seus pais. A guerra é algo destrutivo, Mata, destrói e arruína a todos que não têm abrigo.

Eu sempre me pergunto: “Por que existe a guerra?”

A Primeira Grande Guerra já não foi o suficiente... Já provocaram a Segunda... A Terceira estará pendente?

Eu acredito que a paz pode ser restaurada, Mas para isso são necessárias duas coisas: A existência do amor e da fé...

João Vítor Pastana

31


Carolina, a heroína Carolina, mulher guerreira, Lutou contra a pobreza e o preconceito, Ganhou respeito, morou num quarto de despejo, Escreveu um livro e conquistou seu maior desejo: Morar numa casa residível, onde A boa comida é cabível. Porém a luxúria durou pouco, acabou morando Num sítio na cidade de Parelheiros. Voltou para a pobreza, num barraco Sem luz nem energia, onde a única Fonte de vida eram os animais que recolhia. Os anos foram passando e Carolina foi esquecida, Morreu no anonimato, num lugar onde Ninguém dela se lembraria. Porém, a história não A esqueceu. Me ensinou a ajudar e não orar apenas pelo que é meu.

João Vitor Pastana

32


Amor incondicional Os animais são arcanjos Que sobrevivem no mundo Para orientar os humanos Sobre o que é o amor incondicional!

Estou ciente de que Quando eu necessitar Posso contar com vocês Que estarão sempre lá.

Enquanto algumas pessoas escolhem As amizades certas Eu os escolho, pois me fazem bem.

Amor é coisa para se preservar Do lado esquerdo do peito, Mesmo que alguém diga não!

Júlia Bresciani de Campos

33


A vida de uma favelada Carolina Maria de Jesus, Publicou O livro “Quarto de despejo” Em 1960. Carolina Foi a primeira Mulher Negra semianalfabeta A escrever um livro. Ela não completou O primário. Carolina Era convidada Para programas De auditório, Palestras e até Para almoçar Na casa da tradicional Família Matarazzo. “Saiu de casa para o estrelato”, Diz Audálio Dantas, que a descobriu e Escreveu o prefácio de “Quarto de Despejo”. Parte do material, virou matéria De jornal. Depois, uma edição Mais curiosa e completa.

Júlia Bresciani de Campos 34


S. A. O. Sentia que no mundo real não achava Meu lugar. Então decidi o NerveGear ligar. Nesse dia havia acabado de sair. O jogo pelo qual eu aguardava, Mas não percebi o que o destino me reservava.

Agora, estou preso nesse mundo virtual E preciso lutar para chegar ao final. Para assim voltar ao mundo real E viver uma vida normal.

Conheci muitas pessoas durante essa jornada. Dentre elas me apaixonei Por uma cujo nome é Asuna.

Fiquei preso por dois anos, até que chegou o fim. Voltei ao mundo real e me sentia perdido. Mas uma coisa não vou negar. “Após retornar, sinto que estou mais vivo”! E dos amigos feitos virtualmente Pude conhecer todos pessoalmente.

Leonardo Monaro Nascimento

35


História de Carolina Carolina de Jesus, uma mulher humilde Registrou num livro a sua vida, Pois estava cansada de tanta injustiça. Então... começou a escrever. Porque já estava cansada de sofrer, Pobre e semianalfabeta não sabia dizer, Mas não importava como ela escrevia, O editor não corrigiu sua grafia. O livro foi um sucesso total, Copiado mais de onze mil vezes E em treze línguas diferentes Começou a ficar conhecida. “Botou o pé na estrada” Com três filhos para cuidar, Até que em São Paulo ela conseguiu chegar, Onde assumiu o cargo de empregada. Infelizmente ela morreu, Mas seu legado permaneceu.

Leonardo Monaro Nascimento

36


Apenas a natureza

Um lugar enorme e colorido, Cheio de emoção e de paisagem, Apenas a natureza, Como pode ser tão bela?

Simples e agradável Apenas duas cores, um horizonte, Borboletas, animais, bichinhos e brinquedos.

Um sítio cheio de lembranças... E cheio de esperanças. Tudo isso é apenas a natureza!

Lívia Marisa Ribeiro Bonfá

37


História de pobreza Carolina de Jesus morava em um barracão, Atrás havia um lixão Em dias de chuva o rio enchia, E a lama fedia. O dinheiro mal dava para a comida, E um dia começou a escrever tudo o que lhe acontecia. Primeira mulher negra, solteira e pobre, A lançar um livro. “Saiu do lixo para o estrelato”. Em uma casa residível, Carolina viu seus filhos tendo felicidade incrível. Não morou mais às margens do rio Tietê, Porém não parava de sofrer. Comprou um pequeno sítio, Onde não tinha nem luz. “Negrinha feia e chata”. Com essas palavras Carolina registrava, Como as pessoas a nomeavam. Com essa história de pobreza, Em “Quarto de Despejo” contou sua história, Graças a ela, a periferia teve voz!

Lívia Marisa Ribeiro Bonfá

38


A favela A favela não tem outra realidade. Muito diferente da cidade, Diferente da maioria das opiniões Lá existem corações.

A favela é muito retratada Em jornais, TV, livros e é muito dilacerada, Só retratam informações ruins, Esmagamento de caráter e emoções.

Diferente da maioria dos pensamentos Lá também tem desenvolvimento Que devemos reconhecer e Parar com o preconceito.

Escrevi esse poema para demonstrar minha indignação. Esse povo sofrido, com muita preocupação... Lá existe má influência como na cidade Mas, como todo mundo, existe uma sociedade.

Mateus Girardi Sanches

39


A vida de Carolina Depois de um tempo morando na rua, Embaixo do sol quente e à noite de lua, Junto com sua família arrumou um teto para morar, Se aliviou e não precisou chorar. Carolina foi a primeira mulher negra e pobre a criar um livro. “Quarto de Despejo” era bem vivo. Ela foi um sucesso E para sua vida, um grande progresso! O lançamento dele mudou sua vida. Quando viu, tinha saída E foi morar em uma casa de alvenaria. Quase me esqueci! Passou muita dificuldade por ali, Na beira do rio Tietê, Onde falavam que vivia só ET. Com o lançamento realizou um sonho Que antes para os moradores era tristonho. Foi morar em uma casa residível Depois de um tempo ficou falível. Morreu no anonimato e na pobreza E seus filhos ficaram com despesa. Pediram dinheiro emprestado para comprar o caixão E sua família ficou muito triste e sem chão.

Mateus Girardi Sanches

40


Minha mãe É preciosa feito uma pérola, Sem ela não sou nada. Mesmo brava, não consigo Parar de amá-la.

É minha segunda razão de viver. Sem ela sou capaz de morrer! Mesmo brigando, conseguimos sair do drama.

É mais valiosa Que qualquer pedra preciosa E é mais importante que qualquer formosa.

Sem ela eu não estaria aqui, É o que me faz sorrir!!!

Pietra Ferrari da Silva

41


Carolina Escritora da favela que Morava na beira do rio Tinha um sonho de morar Em uma casa residível. Um dia cansada de Sofrer resolveu escrever Mesmo analfabeta Conseguiu vencer. Parecia invisível Mas conseguiu Aparecer. Conseguiu fama, Mas sem sair Do drama. Morreu pobre, mas Com coração Nobre!

Pietra Ferrari da Silva

42


Desigualdade social A desigualdade É uma forma de crueldade, Enquanto alguns são nobres, Outros são pobres.

Ela é necessário combater Para um mundo melhor ter, Construir, ajudar e doar, Para de boas lembranças nos recordar.

Para um mundo sem desigualdade devemos lutar, Pois muitos pobres vão parar de matar, Porque só assim eles conseguem sobreviver. Então, um mundo melhor iremos ter...

Rafael Armelin

43


Carolina de Jesus Carolina de Jesus vivia em uma favela, Era muito magrela. Por ela ser uma negra catadora de lixo, Muita gente a tratava como um bicho. Depois de um certo tempo, um livro ela escreveu Erro ortográfico aconteceu. O nome era “Quarto de Despejo” Nele escreveu seu desejo. Um sítio ela comprou E depois muita gente a criticou. Logo após, ela morreu, Todo mundo a reconheceu.

Rafael Armelin

44


Nunca desista de si Se você quer chegar onde a maioria não chega, faça o que a maioria não faz.

Porque amador treina Até que tenha certeza de que vai dar certo. Nós treinamos até que seja impossível dar errado.

Quer? Então faça acontecer, Porque a única coisa que cai do céu é a chuva.

Tente uma, duas, três vezes e Se possível tente a quarta, a quinta e Quantas vezes for necessário.

Para ser campeão, você tem que acreditar em si mesmo, Quando ninguém mais acreditar.

Só não desista nas primeiras tentativas, A persistência é amiga da conquista!!!

Sara Almeida Moreira

45


Carolina Maria de Jesus O dinheiro mal dava para comprar a comida, Cansada, começou a escrever Tudo o que lhe acontecia. Assim nasceu “Quarto de Despejo”, escrevendo Todos os seus desejos... Audálio Dantas, que descobriu Carolina, Fez dela uma heroína. Catadora de papel e escritora mineira, que não Tinha dinheiro na carteira. Duvidaram que uma mulher Com tão pouca instrução fosse capaz de escrever Um livro, e agora virou uma mulher Conhecida pelo seu serviço.

Sara Almeida Moreira

46


Movimento x Tecnologia Inicio com um pensamento, Nosso corpo foi feito para ficar em movimento, Mas com tanta tecnologia, Mudou nosso dia a dia.

Criança e adolescente, Cada vez mais dependentes, De botões e videogames, Tornam-se mais inteligentes.

Porém, o corpo permanece parado. O movimento é descartado, E a saúde é comprometida. Mas existe uma saída: A prática de atividade física.

Stefan Assmann

47


Carolina Esse livro retrata muito preconceito Só por causa da cor pensavam que não tinha direito. Duvidaram do seu potencial, Devido a sua classe social. S, ss ou cedilha, Não importa a forma da escrita. O sucesso foi total, Porque contou a vida real. Com fome e dificuldade, Superou a realidade. Tornou-se mundialmente conhecida, Mostrando sua melhor qualidade. Mulher guerreira e lutadora, Com sua escrita libertadora, Nos deixou uma lição: Que a verdade é sempre a melhor opção!

Stefan Assmann

48


Solidão A solidão é algo obscuro, Abstrato, sem sentido. Faz mal à pessoa, sem razão, E fere o coração.

A solidão é um sentimento ruim, Acaba com qualquer um, Chega sem avisar Tentando te abalar.

Só os mais fortes Conseguem escapar E os fracos Nelas têm que ficar.

Tente fugir dela, Pois se entrar Sua vida estará acabada. Ela te destruirá.

Valéria Nere Dias

49


A vida de Carolina Carolina Maria de Jesus Foi vítima de preconceito e abuso Sempre procurou uma luz Para poder sair dessa miséria. Cansada dessa vida de pobreza Começou a escrever “Quarto de Despejo”. Ali contava sua vida inteira, Mas tudo em cada tempo. Dantas descobriu Carolina E assim publicou seu “diário”. Foi chamada para várias palestras, Sempre se lembrando do que sofreu. Muitos duvidavam de seu potencial, Pensavam “como uma mulher como ela Fez uma obra assim?” Mas ela calou a boca do povo com uma fama sem fim! Assim era Carolina Maria de Jesus, Que com três filhos na rua não deixou de lutar. Sempre batalhadora e poderosa Procurando o melhor para colocar em sua história!

Valéria Nere Dias

50


Amizade de amigo Pra você que não sabe o que É amigo... Amigo é aquele que sempre Está contigo.

Amigo é aquele que te dá carinho, Como os pais que te chamam De filhinho.

Amigo é também seu irmão. Que mesmo distante, Está sempre no coração.

Amigo de infância E também de colégio Tínhamos em abundância Isso era um privilégio.

Amigo é aquela pessoa importante, Com quem se pode contar. Com atenção abundante sempre Que precisar.

Rafael Aparecido Tomazin Morais

51


Minha casa

Na minha casa Foi onde nasci, Foi onde cresci.

Nela há muito amor e carinho... Lá é um grande ninho.

Na minha casa, Há pessoas que eu amo Do fundo do meu coração...

Rafael Aparecido Tomazin Morais

52


53


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.