Paulo Laender

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TRABALHANDO COM AÇO

UM MONUMENTO 4 ESCULTURAS 20 GRAVURAS

PAULO LAENDER



TRABALHANDO COM Aร O UM MONUMENTO 4 ESCULTURAS 20 GRAVURAS

PAULO LAENDER

Espaรงo Cultural Vallourec 18 de setembro a 18 de outubro de 2014

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Um experimento que deu certo! Como introduzir “ideias de arte” numa empresa e ao mesmo tempo conseguir com que os empregados se envolvam, participem e contribuam? Isso só foi possível em conjunto com o multitalento, arquiteto, escultor e designer Paulo Laender. A criação de esculturas, tendo como base principalmente tubos de aço sem costura da empresa Vallourec e utilizando-se das habilidades técnicas e artesanais dos seus empregados especializados, foi um enorme desafio. Durante um período de dois anos e sob a orientação do Paulo Laender foram criadas as cinco esculturas que compõem essa exposição. São obras excepcionais que, com certeza, marcarão a lembrança dos empregados participantes desta empresa. Ideia, arte e habilidade se fundiram de forma extraordinária, trazendo resultados surpreendentes. A comunidade Vallourec está grata ao Paulo Laender por esta caminhada em conjunto, que enriqueceu a experiência dos participantes diretos que atuaram na feitura dessas obras, como também aos demais colaboradores da Vallourec presenteados com “O Tubolaço”, marcando a entrada da empresa para toda a cidade de Belo Horizonte. Manfred Leyerer

A PORTA DO SOL / TUBOLAÇO Monumento em aço carbono - Dim -15 metro Alt. x Diâmetro de 8 metros - Aprox. 9 toneladas 2


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Há cerca de dois anos atrás, durante uma visita ao meu atelier conduzido por Miguel Gontijo, Manfred Leyerer me convidou a realizar uma exposição no Espaço Cultural da Vallourec. Propus-lhe então, ao invés de uma simples mostra de trabalhos, um projeto de permuta no qual realizaríamos, dentro das oficinas da empresa, 5 esculturas em aço a partir do seu produto principal: os tubos sem costura. Na permuta 4 dessas obras ficariam comigo e uma, à escolha, seria da Vallourec. Manfred me disse que pensaria no assunto. Dois ou três dias depois ele me respondeu indagando se a escultura, com a qual a empresa ficaria, poderia ser projetada e executada para ser um monumento com suas proporções adequadas para tal. Respondi-lhe que era possível e que estava de acordo com a idéia e que, num espaço de um mês criaria em aço, as 5 maquetes dessas obras das quais uma seria escolhida para ser executada em escala monumental. Ao fim do prazo, e muito trabalho no meu atelier, comuniquei-lhe que as maquetes estavam prontas. Marcamos então um almoço na Vallourec com os membros do Conselho Cultural e outros participantes de setores operacionais e institucionais da empresa para a apresentação das 5 maquetes que, aí aprovadas, entraram imediatamente em processo de realização, inclusive a escolhida para se tornar o monumento. Esse conjunto de esculturas, que agora apresentamos, foi realizado, com o nosso acompanhamento e supervisão, nas oficinas de manutenção da empresa com o pessoal técnico e operacional da mesma. Utilizamos tubos escolhidos dentro das bitolas da produção industrial e anexamos chapas de aço como elemento de união e ligação entre os espaços das estruturas criadas. O monumento, que chamei a princípio de “Porta do Sol”, ganhou dentro da empresa o nome de “Tubolaço”, e tem um significado especial para o grupo Vallourec pois contém todos os produtos de sua usina e subsidiárias industriais : bloco de aço da aciaria, tubos laminados a quente da Laminação Contínua e da Laminação Automática, tubos da Trefilaria e um tubo com costura helicoidal da subsidiária TSA. O “Tubolaço” e mais duas outras esculturas, denominadas “Balanço” e “Ondas”, receberam pintura de alta resistência, própria para a sua permanência ao ar livre. Outras duas, “A Torre” e “Máquina Imaginária”, estão finalizadas em jateamento de areia e oxidação natural.

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Completando o conjunto dessas obras criei uma coleção de 20 gravuras em chapas de aço de grande formato ( tamanhos médios de 80 x 100 cm) realizadas no meu atelier. Em algumas dessas imagens parti de chapas encontradas em refugos industriais, e ou ferros-velhos, que apresentavam marcas, perfurações ou recortes de uma utilização anterior, enfim, marcas da ação do homem sobre elas. Outras vezes me deparei com lâminas tão corroídas e trabalhadas pela ação do tempo que me induziram a experimentar uma variação da tradicional técnica da “maneira negra” a qual apelidei de “maneira negra bruta”, pela rudeza dos negros e pela obtenção dos brancos através do esmerilamento e lixamento, com máquinas industriais, sobre a superfície corroída do aço. Trabalhando nessa escala, às vezes em função do achado, com lâminas de até 1/8 de polegada de espessura , buscando um resultado frequentemente pictórico, realizei imagens de até 7 cores impressas sobre a folha inteira do papel artesanal alemão “ Hahnemühle” ou do italiano “Fabrianno”. Não hesito em dizer que foi um trabalho pesado, exaustivo que demandou cerca de 10 meses e cujo resultado me satisfez e superou todas as dificuldades.

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Em resumo essa é a história desse “desafio” que nos tomou quase dois anos de idas e vindas, paralisações e arranques, enfim superações. Me sinto gratificado ao alcançar o resultado final e agradeço o apoio incondicional que recebi, por parte da Vallourec, desde a sua direção na pessoa de Manfred Leyerer; passando pela Gerência Cultural com Robson Soares, me apoiando incansavelmente em todas as etapas; pelo operacional com a performance positiva e contundente de Lucio Fagundes, cuja energia foi fundamental no arranque inicial e determinação do padrão executivo das obras; pela ação de Mario Schuster, imprescindível na montagem final do monumento; pelo apoio discreto mas constante de Angelo Issa; pela presença, desde o início desse projeto, de Miguel Gontijo, meu “padrinho artístico” nessa empreitada; pelo empenho de Romero Silva na gerência das

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Oficinas Centrais e do Supervisor Paulo Cesar ; quero lembrar ainda de Leonardo Ratton que, numa caminhada matinal de domingo no Belvedere, sugeriu apresentar meu nome ao conselho cultural da Vallourec e, por último mas não menos fundamental, o trabalho constante e construtivo dos caldeireiros e soldadores André Luis da Costa, José Luz da Silva, Carlos de Freitas e da equipe de pintura nas pessoas de Paulo Henrique da Silva Ramos (líder), Rafael Jesus Silva (pintor), Evandro Martim Barbosa (pintor), Kennio Roger (jatista), Fabricio Macul (jatista); que foram os que “botaram a mão na massa”. A todos meu muito obrigado. Foi um belo trabalho de equipe. Paulo Laender Agosto de 2014

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MÁQUINA IMAGINÁRIA” 150 cms. Alt. x 210 cms. Larg. x 345 cms. Comp.

A TORRE 500 cms Alt. 220 cms. Larg. x 220 cms. Comp. 8


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BALANÇO 150 cms. Alt. x 130 cms. Larg. x 370 cms. Comp. 10


ONDAS 165 cms. Alt. x 215 cms. Larg. x 700 cms. comp. 11


A POÉTICA DO AÇO Ao longo de cinquenta anos de atividade artística, Paulo Laender fez aflorar e consolidou uma escrita própria, uma fala muito pessoal que, tocando com pertinência conceitos atuais, permaneceu naquele plano que não se submete às imposições do mercado e das tendências sazonais. Embora sempre atualizado e atento ao mundo em volta, tem preferido construir sua obra em profundidade, assentada em ideias que entrecruzam sensibilidades, conceitos artísticos e de religiosidade, extraídas de culturas orientais, africanas e ocidentais. Carrega-se de acentuada afluência do que é primitivo, fundador, dos sentidos que alinham o telúrico e o mágico, intuição e razão, concentrados na transformação poética dos materiais, buscando nas formas arquetípicas as projeções daqueles impulsos primais que movem o homem no tempo e repercutem como ecos dos desejos e das inquietações fundamentais da humanidade: matéria fluida que irriga o espírito. Laender é um multiartista com domínio de vasto campo de criação: pintor, desenhista, escultor, gravador, ourives. Todas essas atividades são apoiadas por uma segura formação de arquiteto, que o levou a se tornar também um pensador – qualificando-o para a discussão da arte –, e a influir com suas reflexões no ambiente artístico de Minas. Em cada setor de atuação, inscreve sua marca de pensador que assume o caráter mineiro, e, sem ser provinciano, estende o olhar (e sua criação) para o mundo. Impregnada desse caráter de Minas, sua extensa obra se conforma e confirma esse part-pris, e se carrega, em justa medida, da herança barroca com que abastece a construção do contemporâneo. Esta exposição pronuncia contemporaneidade pela diversidade de manobras técnicas e linguagens, uma poética pulsante que se traduz em surpresa e beleza. Em seu ateliê, Paulo Laender expõe com admirável eloquência sua disposição criativa, a intensa procura, suas investigações técnicas e conceituais em vários campos expressivos; mesmo assim, na amplitude de sua produção, mantém a marca – diria, o estilo – que o identifica. Escultura, objeto, pintura, gravura em diferentes processos, joalheria – cada técnica tem seu espaço específico, mas esses espaços não são estanques, conectam-se organicamente, e uma área provê outra com o que tem de específico, mas contribuindo mutuamente para a ampliação de repertório e soluções. A exposição que a Vallourec patrocina é uma variante poética de sua atividade produtiva e nos oferece um raro momento de síntese indústria/ arte. Nas gigantescas oficinas de produção de aço – chapas, tubulações, perfis, grades –, iluminada por alta tecnologia, que irá abastecer a indústria em nível internacional, abriu-se um nicho especial, em microescala, para que o artista pudesse extrair daquele macrossistema industrial matéria para suas construções, as quais, realizadas com a contribuição de técnicos da empresa, ganham expressivo significado. Esse acontecimento inusual em uma indústria do porte da Vallourec poderia ser um “ruído” estranho no processo global da empresa; contudo, pela forma como foi conduzido o projeto de Paulo Laender, tornou-se celebração, pelo visível sentido humanizante com que a arte contamina a técnica. 12


Com efeito, a escultura em escala física monumental, implantada na praça à entrada da empresa, conspira com a beleza em suas articulações formais e cromáticas, no diálogo com a natureza que a circunda. Ao mesmo tempo, expõe de maneira precisa a força e a qualidade da matéria produzida pela indústria. Essas formas geométricas articuladas de maneira criativa, em composição rigorosa, mas que se abre para a fantasia, mesmo que revestida de cores, ainda são percebidas como material da indústria. E o artista não se intimidou com o peso e a complexidade da operação que propôs: a desconstrução do aparato funcional do material produzido em série, desviando uma ou outra forma de sua função original; e, mais ainda, ao escolher determinados materiais, propõe que sejam modificados, cortados, dobrados, dando-lhes organicidade, quebrando o rigor geométrico com que são feitos. Ainda assim, a matéria como elemento da composição escultural informa sua origem e os processos industriais e operativos que as constituíram originalmente. Essa adulteração do destino e mesmo do ser da matéria industrial, esse desvio de função e, portanto, de comportamento, em um complexo sistema produtivo, gera um efeito revitalizador, porque mostra objetivamente condições outras de subjugar o sistema à instância mais profunda, onde reside e opera a arte. Assim, o artista, com sua obra, não problematiza o projeto industrial, apenas o poetiza indicando as possibilidades desse diálogo que o fecunda e humaniza. Essas esculturas em diferentes escalas têm, assim, vocação para convívio em espaço aberto com a natureza e com os homens. Reivindicam espaços de parques e de praças para se transformarem em marcos, em ícones ou totens identificadores de um estado de espírito revigorante como elemento de fixação de território que renova com sua presença o prazer da caminhada, como conforto (visual) em meio à turbulência e à aridez dos tempos. Desde o início da década de 1960, Paulo Laender demonstra interesse pela gravura em suas diferentes técnicas. Integrando o Grupo Oficina, sediado na Escola Guignard – ao lado de Lotus Lobo, Klara Kaiser, Roberto Vieira, Nívea Bracher, Lúcio Weick –, procurou fazer da gravura um de seus meios mais eficientes de expressão. Na litografia, e especialmente na gravura em metal, utilizava os recursos específicos para ir mais além do comportamento usual dessas técnicas aprendidas na escola. Como na escultura, pesquisando e inventando, criou obras híbridas, com soluções que poderiam causar estranhamento, não fosse o equilíbrio com que eram manipulados novos materiais e técnicas em justas medidas e soluções convincentes. O conjunto de gravuras que Paulo Laender apresenta nesta exposição ecoa, em alta voltagem, aquelas antigas manifestações, pois o artista radicaliza suas pesquisas e seus comportamentos técnicos em função de um resultado artístico de impacto. O termo genérico “gravura em metal” aplicado a diversas técnicas – maneira-negra, água-forte, água-tinta, ponta-seca, impressão de registros cromáticos – é perfeitamente aplicável a essas obras, embora elas sejam realizadas de forma diferenciada que afronta a ortodoxia das técnicas seculares. O artista não se intimida em correr o risco de contrariar os esquemas técnicos estabelecidos, de desrespeitar a “vocação camerística” da gravura – como tem sido apontado desde sempre – e torná-la sinfônica, explosiva, tirando-a da zona de conforto do silêncio, como arte tradicionalmente reflexiva. 13


Assim, despreza as chapas planas, de pouca espessura, preparadas com cuidado para receber a ação do artista aliado de uma certa alquimia, com seus breus, ácidos e instrumentos delicados de incisão, e vai garimpar nos ferros-velhos da cidade fragmentos de máquinas, chapas de ferro e aço rechaçados pelo sistema de uso como detrito, lixo, já absolutamente infuncionais. Para o artista, são esses materiais que interessam, elegendo o tempo como seu parceiro, o tempo contingencial, que, em suas variações infinitas, vai corroendo a vida, desfazendo a utilidade das coisas que se deterioram e desaparecem do mundo funcional. É com essa corrosão brutal que o tempo grava a sua história. Destituídas de qualquer “graça”, recusadas, exiladas nos cantos do ferrovelho, humilhadas na sua compulsória inutilidade...são exatamente essas matérias que interessam a Paulo Laender. Na verdade, na aparência desprezível desses materiais encontram-se as qualidades que lhe servem. O furor da devastação da superfície, a corrosão pela água de chuva, pela poeira, pela fuligem, as constantes mudanças de lugar, o peso de outros materiais sobre eles, constituem a etapa inicial de uma gravação que o tempo generosamente oferece ao artista. É como uma antecipação enriquecedora dos procedimentos convencionais da gravura em metal. A escolha de cada elemento é para Laender um ato de criação. Há o olhar sensível, acuidade, raciocínio, intuição. Estabelecendo “diálogo” com o fragmento ali exposto, percebe sua potencialidade, faz a leitura de sua história, do uso, do descaso e ainda do que pode carregar de expressão e vida. Mas o artista não se deixa seduzir pelos apelos ou estado da chapa anunciando efeitos fáceis. Em sua apreensão do potencial expressivo há um raciocínio lógico, uma previsão do que a matéria pode lhe oferecer. No final de cada jornada exploratória, resulta um acervo significativo, variado, que será trabalhado no ateliê. É aí que cada elemento recolhido será manipulado, limpo, separado e avaliado como possibilidade de composição. O artista decide sobre que forma tomará a chapa, faz cortes, raspagens, usa os componentes ácidos para acentuar ou suavizar corrosões, lixa, fresa, faz novas incisões e, finalmente, cria suas composições, considerando as possíveis combinações de formas, as cores de fundo, as sequências de cores dos registros, os relevos, antevendo um resultado final. A prensa construída especialmente para o artista comporta esse tipo de impressão, embora exija imenso esforço físico, mas, do alto dos seus 70 anos, Paulo Laender não se intimida com o desafio. É tão fascinante a operação (da composição rigorosa – embora carregada de lirismo eloquente –, da preparação do papel especial, importado, com suas grandes dimensões) que a finalização da obra será a celebração de um longo processo de prospecção, exploração e produção poética. O componente lúdico das associações de formas, matérias e texturas, o prazer de vivenciar cada etapa e o resultado impregnado de beleza e inteligência plástica – como poderá ser aferido nesta mostra – constitui, junto com as esculturas, um momento de epifania. Esta exposição traduz o reconhecimento de que a tecnologia e suas geometrias de precisão e rigor podem contracenar com a arte e assimilar suas intuições humanizadoras. A obra de Paulo Laender confirma e celebra.

Márcio Sampaio - 2014 14


CONVERSANDO COM LE CORBUSIER (2014) Gravura em metal - maneira negra bruta, tinta, água-forte e água tinta dimensões: 46 x 84 cm 15


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GRA VU RAS

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CONVERSANDO COM HENRY MOORE (2014) Gravura em metal - água-forte e água-tinta dimensões: 84 x 56 cm


CARRETÉIS PARA IBERÊ (2014) Gravura em metal - maneira negra bruta , água-forte e água-tinta dimensões: 56 x 84 cm 20


ROCHEDO SOBRE O MAR (2014) Gravura em metal - maneira negra bruta dimens천es: 56 x 84 cm 21


IDEOGRAMA (2014) Gravura em metal - água tinta - água-forte - dimensões: 79 x 104 cm


RUPESTRE II (2014) Gravura em metal - água-forte e tinta- dimensões: 104 x 79 cm

GRAFITTI (2014) Gravura em metal - água tinta - água-forte - dimensões: 104 x 79 cm

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MENSAGEM (2014) Gravura em metal - água tinta - água-forte - dimensões: 60 x 87cm


RECORTE VERMELHO SOBRE FUNDO AZUL (2014) Gravura em metal - água-forte - maneira negra - dimensões: 104 x 79 cm

NEGRO SOBRE VERDE (2014) Gravura em metal - água-forte - maneira negra - dimensões: 104 x 79 cm

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TAUROMAQUIA (2014) Gravura em metal - água-forte - maneira negra - dimensões: 104 x 79 cm

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VERMELHO SOBRE SÉPIA (2014) Gravura em metal - água-forte - maneira negra - dimensões: 104 x 79 cm

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DOIS SOIS (2014) Gravura em metal - água-forte e água tinta - dimensões: 104 x 79 cm


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POLICROMIA MODERNISTA (2014) Gravura em metal - água tinta - maneira negra - dimensões: 79 x 104 cm


POLICROMIA MODERNISTA II(2014) Gravura em metal - água tinta - maneira negra - dimensões: 104 x 79 cm

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GRAFITTI PARA MIRÓ (2014) Gravura em metal - água-forte e água-tinta dimensões: 35 x 104 cm

ÁFRICA (2014) Gravura em metal - verniz mole, água-forte e água-tinta dimensões: 35 x 104 cm


TRESPASSE (2014) Gravura em metal - água tinta - água-forte - dimensões: 79 x 104 cm


CATAVENTO PARA PAUL KLEE (2014) Gravura em metal - maneira negra bruta dimens천es: 60 x 80 cm


LABIRINTO (2014) Gravura em metal - maneira negra bruta dimens천es: 75 x 75 cm

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Curadoria: Robson Soares Texto: Márcio Sampaio Revisão: Maria Beatriz Sampaio Silva Projeto gráfico: Ideiário design Fotografias: Thiago Fernandes e Bruno Lavorato (esculturas - obras e “making of” ) Cristiano Laender (gravuras - obras e making of gravuras). Contato do artista: paulo@laender.com.br

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