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Portugal e a Energia (2.Âş documento IPES) RESOLUĂ‡ĂƒO DO CONSELHO DE MINISTROS (10/03/2013): PNAEE E PNAER
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# $ $ % & % ' passo de espera, comentando-a.
Manuel Collares Pereira collarespereira@uevora.pt
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Na realidade, o que a carateriza ĂŠ um ponto de partida desculpabilizante, o da situação reativa que referimos no documento anterior, mas sem ser equivalente a uma escolha dessa natureza jĂĄ que, como explicĂĄmos, optar por desenvolver prioritariamente outras ĂĄreas e conviver com os custos que a energia tiver no futuro tinha a sua lĂłgica na geração de riqueza associada a essas ĂĄreas e na expetativa de que essa riqueza ajudasse a cobrir esses custos. Ora, como explicĂĄmos, o ponto de partida de uma postura ativa nesta ĂĄrea tem um sentido oposto e pretende ver, nesta questĂŁo da energia, uma oportunidade e nĂŁo um fardo com custos. Mais precisamente, uma contribuição para nos ajudar a sair da situação de crise em que estamos. Na realidade, ao explorarmos as Energias RenovĂĄveis estaremos a reduzir importaçþes por explorarmos um recurso prĂłprio, a investir, dentro da nossa prĂłpria economia, a gerar atividade econĂłmica, a criar emprego, a criar know-how, no limite a gerar oportunidades para exportar tecnologia, engenharia, equipamentos. Esta atitude ĂŠ bem diferente do que a Resolução propĂľe. Começa logo por secunda ! "# sĂł e invoca um argumento de necessidade de investimento para estabelecer prioridades que deixam as RenovĂĄveis, claramente, em segundo plano. $ ! "# # "# % fontes convencionais (que importamos e, por isso, queremos manter sob controlo) quer % " & ! "# (hĂĄ tanto para fazer e as verbas que o Governo quer disponibilizar sĂŁo tĂŁo poucasâ&#x20AC;Ś) e Ă s RenovĂĄveis nĂŁo se chegaâ&#x20AC;Ś Parece que hĂĄ aqui uma opção ideolĂłgica anti-renovĂĄvel, apesar do discurso ser, aqui e ali, em contrĂĄrio. Uma forma prĂĄtica de diminuir o potencial da sua contribuição, sem o % # ' "% *+*45 que existe uma relação entre o investimento nas FER (Fontes de Energia RenovĂĄveis) e a ' " 675 "# 89; < " & % = >â&#x20AC;ŚNa realidade, o elevado investimento feito por Portugal em tecnologias que exploram FER e o reduzido consumo energĂŠtico no setor residencial, comparativamente com o resto da Europa, encobrem uma intensidade energĂŠtica da economia produtiva 27% superior Ă mĂŠdia da UniĂŁo Europeiaâ&#x20AC;?. Nunca tivemos acesso a
! ? ! cia do investimento nas FER. A Figura 1 reproduz os dados do EUROSTAT sobre esta matĂŠria e nada aponta para que, daqueles dados, se possa vir a extrair qualquer conclu % @ "# PIB que aumenta ou diminui de 1995 a 2010, independentemente do investimento muito desigual que houve em FER ao longo de todos estes anos! Na pĂĄgina 2026, Ponto 2.2, pode ler-se que a principal linha adotada na revisĂŁo dos 8 ' &5 >eliminação de medidas de difĂcil implementação ção ou com impacto reduzido e sua substituição por novas medidas ou por um reforço de medidas jĂĄ existentes de menor custo e maior facilidade de implementaçãoâ&#x20AC;?. Para alĂŠm da grande margem de subjetividade que se consagra nesta formulação, a questĂŁo do
Na realidade, ao explorarmos as Energias Renovåveis, estaremos a reduzir importaçþes por explorarmos um recurso próprio, a investir, dentro da nossa própria economia, a gerar atividade económica, a criar emprego, a criar know-how, no limite a gerar oportunidades para exportar tecnologia, engenharia, equipamentos.