editorial
a necessidade de uma estratÊgia de inovação Clåudio Monteiro Diretor
As Universidades e Institutos de I&D têm um papel essencial de orientação, levando atÊ ao tecido empresarial a vanguarda da tecnologia e a criatividade.
Neste número da revista decidimos abordar o tema da competitividade e inovação das empresas portuguesas e o seu impacto na internacionalização. O setor das energias renovåveis parecia ser um dos raros setores com potencial para Portugal explorar a competitividade internacional. Hoje, a situação moribunda em que se encontra o setor, deixa muitas Quando a dimensão e o historial tecnológico não nos favorece, parece ser a inovação e a !
a ter ideias criativas. A inovação Ê um processo que requer investimento elevado, um inves
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risco. Mas o mais importante ĂŠ que a inovação pouco vale por si sĂł, ĂŠ essencial ter uma visĂŁo e estratĂŠgia clara de como esta inovação servirĂĄ a competitividade. Claramente, a inovação ĂŠ uma “sementeâ€? que surge de iniciativas criativas das empresas, mas ĂŠ um processo “cultivado$
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As Universidades e Institutos de I&D têm um papel essencial de orientação, levando atÊ ao tecido empresarial a vanguarda da tecnologia e a criatividade. Os programas de I&D nacio % '
demonstração, mas sĂŁo tambĂŠm essenciais para orientar a investigação de forma objetiva para as potencialidades do tecido empresarial e para o aproveitamento dos recursos do paĂs. (
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em produtos e em vantagem competitiva. Em muitos casos Ê tambÊm necessårio suportar pequenos nichos de mercado nacionais, para consolidar a maturidade dos produtos. Consolidados os produtos num mercado incubador, de âmbito nacional, poderemos passar à competitividade internacional. Para tal, são necessårios canais de suporte à projeção dos produtos )
! poral do ciclo de desenvolvimento dos produtos. ! % ! * !
componentes do processo de inovação. As nossas empresas atĂŠ sĂŁo criativas mas a governação coordenada e objetiva desta criatividade ĂŠ pouco competente. As empresas portuguesas estĂŁo atualmente muito atentas Ă s oportunidades de investigação, existem programas de apoio interessantes, ainda com uma forte linha orientadora para as tecnologias do ambiente e da energia. Mas, no caso das energias renovĂĄveis, falta uma estratĂŠgica e uma polĂtica ener
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dos mercados internos e do tecido empresarial do setor renovĂĄvel. O despacho de 26 de 0131 % 445789
um exemplo claro, uma polĂtica energĂŠtica de destruição. De que serve a inovação se ao mesmo tempo destruĂmos os mercados incubadores onde essa inovação ĂŠ aplicada? De que servem milhĂľes em investigação em smartgrids
enquadramento legal de netmetering ou de autoconsumo, adequado aos produtos do futuro? Com uma polĂtica energĂŠtica incoerente, como a que temos, ĂŠ inconsequente falar em ino
nossa capacidade criativa, com esperança que com ela seja criada inovação produtiva em paà ) % *
ClĂĄudio Monteiro, Diretor
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