José Lopes dos Santos Eng. Mecânico IST . Executive MBA - AESE
Artigo Técnico
ODC – Optimização da Disponibilidade e Custos RESUMO Pretende-se evidenciar a necessidade da Manutenção evoluir no seu paradigma de gestão: › Da Eficácia (Output ) para a Eficiência (Output/Input ); › Do Empirismo para a utilização de Critérios Científicos e de Rigor; › Da lógica dos custos de aquisição para a Análise ao Longo do Ciclo de Vida. Resumidamente, de uma lógica de Centro de Custos, para uma lógica de Centro de Resultados (Proveitos menos Custos)
INTRODUÇÃO A Engenharia da Manutenção é uma componente importante do Sistema de Organização da Gestão da Manutenção, cabendo-lhe o papel de desenvolver e aplicar ferramentas e metodologias, visando a Optimização da Disponibilidade e dos Custos, dos Activos em geral e dos Equipamentos em particular. O Desempenho da Manutenção é cada vez mais avaliado por critérios de Eficiência em substituição dos critérios de Eficácia, que foram correntes até há bem poucos anos. Já não é suficiente a Manutenção ser Eficaz, isto é, realizar o trabalho duma forma tecnicamente correcta, o que significa colocar os activos Disponíveis ( Fiabilidade e Manutenibilidade ), a trabalhar em Segurança, a produzirem produtos de Qualidade, preservando o Meio Ambiente e com baixos Consumos Energéticos. Agora exige-se, que para além disso, a Manutenção garanta que os Custos de Manutenção e os Custos de Exploração com ela relacionados são os mais Baixos possível, isto é, que seja Eficiente. O Gestor da Manutenção é permanentemente colocado na posição de ter de conseguir a Optimização entre os Custos e a Disponibilidade; duas variáveis cujas curvas evoluem em sentido contrário.
Esta opção é naturalmente influenciada por situações conjunturais ou estruturais que aconselham a que a incidência na redução dos custos seja prioritária em épocas de baixa de produção, e que a incidência na disponibilidade seja prioritária nos períodos de forte procura. O importante é que os Dados Existam, estejam Tratados e o Sistema Controlado, de modo a permitir que, em cada momento, se possa decidir pelas Melhores Opções. Esta gestão inicia-se logo na Fase de Projecto quando, face às condições processuais requeridas, são definidas as características de performance dos equipamentos. Esta gestão mantém-se ao longo do Ciclo de Vida do Equipamento, sendo de realçar os aspectos, cada vez mais exigentes, relacionados com o Abate ou a Desactivação dos equipamentos, de que poderemos destacar: › Cumprimento da legislação, nomeadamente nas questões ambientais; › Valores de retoma.
COMPETÊNCIAS REQUERIDAS As competências em: Análise Estatística; › Apoio à Decisão em Gestão da Manutenção; › Apoio à Decisão em Gestão de Stocks ; › Apoio à Decisão em Análise Económica; › Análise Multicritério. abaixo referidas (nos 13 pontos) constituem o conhecimento necessário para desenvolver a ODC. As técnicas de Fiabilidade, Manutenibilidade e Análise Financeira, vão permitir concretizar os 13 pontos mencionados
‘4 · MANUTENÇÃO