Um modelo de bateria para cálculo do estado de descarga

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investigação e tecnologia

um modelo de bateria para cålculo do estado de descarga Este artigo apresenta um modelo de bateria capaz de calcular com precisão o seu estado de descarga. O modelo Ê obtido a partir da solução, a uma dimensão, da equação de difusão. Os parâmetros associados ao modelo são estimados recorrendo a um algoritmo de arrefecimento simulado. O bom desempenho do modelo Ê comprovado por comparação entre os resultados de simulação e os resultados experimentais associados a uma descarga total da bateria em teste. A simulação Ê realizada com recurso ao programa PSIM. O ensaio experimental usa uma cÊlula de bateria de Lítio-Polímero de 11 000 mAh e efetua a descarga com correntes constantes e com correntes pulsadas. Armando S. Araújo FEUP

Introdução A estimação, em tempo real, do estado de descarga de uma bateria ĂŠ uma tarefa importante na medida em que permite, quando associado a um sis extrair da bateria ĂŠ uma função, nĂŁo linear, nĂŁo apenas do consumo mĂŠdio da corrente mas, de facto, da forma de onda desta. É sabido que, por um lado, a energia que se consegue retirar diminui Ă medida que a corrente de descarga aumenta e, por outro lado, durante o tempo de repouso a bateria recupera alguma da capacidade perdida. Acresce que as baterias de IĂľes de LĂ­tio impĂľem o uso de sistemas que impeçam a sua descarga/carga abaixo/ Assim, tem-se, no passado recente, procurado o desenvolvimento de implementação em sistemas de tempo real, baseados em microproces operação da bateria quando inseridos em sistemas associados Ă gestĂŁo da mesma. Este artigo apresenta um modelo, derivado da fĂ­sica associada Ă bateria, que a representa como uma sĂŠrie de malhas de resistĂŞncias e condensadores. O modelo permite saber, em tempo real, o estado de descarga com precisĂŁo jĂĄ que modela os referidos efeitos associados quer Ă recuperação, quer Ă taxa de corrente de descarga.

Modelação Partindo de uma bateria elementar, constituída por um ånodo, um cåtodo e um eletrólito, durante a sua descarga hå uma migração de aniþes para o ånodo e catiþes para o cåtodo, que se traduz na extração/injeção de eletrþes que constituem a corrente elÊtrica na carga. Assim, admite-se que no funcionamento normal da bateria esta fornece corrente gra ! "trica, por simplicidade de anålise, e usando uma anålise unidimensional, a concentração de material ativo em t (t>0) à distância x (0<x<w) Ê dada por:

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– J(x, t) = D

(1)

= D 2C(x, t) 2

(2)

J(x, t) D " # são e C(x, t) a concentração. Nos extremos (0 e w) as condiçþes são: i(t) = D | x=0 eFA

(3)

0 = D | x = w

( )

Sendo A a ĂĄrea do elĂŠtrodo, e a carga do eletrĂŁo e F Faraday.

Solução A solução das equaçþes (1) e (2), sujeitas às condiçþes limite (3) e (4), Ê realizada com uma formulação variacional e respetiva solução com ele $ % &'* + 5 LE e AE.

AE LE

1 -1 -1 2 ... ... ... ...

C1 C2 + 2 -1 Cn-1 -1 1 Cn

w2 AE LE D 6

2 1

C1 C2

i(t)

wA ... ... + E =0 (5) ... ... D C n-1 0 1 2 0 Cn


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