Iluminação eficiente - o objectivo final?

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FICHA FORMATIVA DE ILUMINAÇÃO

revista técnico-profissional

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o electricista Henrique Luís Barata Mota Engº Electrotécnico . Director geral da Lledo Iluminação Portugal Presidente do Conselho Cientifico do Centro Português de Iluminação

iluminação eficiente – o objectivo final?

No princípio da década de 80 do século passado, o petróleo estava a cerca de 10 dólares o barril. Mesmo com a actual recessão o petróleo está cerca de quatro vezes mais caro e já se transaccionou perto dos 150 dólares. Por muito que nos custe, e se não se verificar uma mudança tecnológica que altere significativamente a situação actual, o tempo da energia barata chegou ao fim. Em 150 anos consumimos metade das reservas de petróleo e a outra metade está menos acessível e é de pior qualidade. Se mantivéssemos o ritmo de crescimento do consumo teríamos petróleo para cerca de mais 30 anos. Claro que existem outras formas de energia, mas ou contribuem pouco para as necessidades actuais e futuras e/ ou a sua utilização é mais cara. A tomada de consciência desta realidade levou os responsáveis pelas políticas energéticas a tentar implementar uma serie de medidas tendentes a utilizar mais eficientemente os recursos disponíveis. A iluminação, assunto que nos ocupa neste artigo, é responsável por cerca de 20% do consumo de energia eléctrica e este valor aumenta substancialmente quando nos referimos ao sector terciário, chegando a

representar mais de 50% do consumo de um edifício. Mas enquanto noutras áreas já se realizaram muitos melhoramentos no sentido de criar sistemas mais eficientes, na iluminação ainda há bem pouco tempo a lâmpada incandescente (só 5% do seu consumo é utilizado para obter luz) era a mais vendida em todo o mundo – em 2003 venderam-se cerca de 13 mil milhões de lâmpadas incandescentes (cerca de 72% de todas as lâmpadas vendidas). Neste momento está em curso uma medida para eliminar progressivamente o uso de lâmpadas incandescentes na iluminação geral. Mas existem muitas outras medidas a implementar, que neste artigo nos escusamos de enumerar por não ser esse o seu objectivo principal. Acresce o facto de que a iluminação, além de constituir uma carga importante, contribui para aumentar a carga térmica de um edifício e portanto a obrigar o sistema de refrigeração a funcionar mais tempo e com mais intensidade. A Agencia Internacional de Energia está a desenvolver uma serie de medidas tendentes a tornar os edifícios mais eficientes. É assim que surge › ECBCS – Energy Conservation in Buildings and Community Systems

E no que respeita à iluminação › Annex 45 – Destinado a implementer a “Energy-Efficient Future Electric Lighting for Buildings“ No que concerne à legislação europeia aquelas orientações tomam forma através de › Directive 2002/91/EC › EPBD – European Energy Performance Building Directive › CEN/TC 169 Light and lighting Muita legislação foi produzida neste âmbito. Neste artigo interessa-nos especialmente a EN 15 193 que introduzindo o LENI – Light Energy Numeric Indicator – permite determinar e comparar com as melhores práticas a energia consumida por um edifício ao utilizar iluminação artificial. Em Portugal a legislação é essencialmente concentrada nos DL 78, 79, 80/2006 que englobam a certificação dos edifícios, os seus elementos passivos (comportamento térmico) e os activos (sistemas energéticos). Infelizmente a legislação não inclui todas as recomendações da norma supracitada, limitando-se a definir os perfis de consumo de cada local. Em particular não tem em atenção as condições de exploração –


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