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8. ANĂ LISE DE CIRCUITOS EM CORRENTE CONTĂ?NUA
8.1.1. Circuitos sÊrie – Divisor de tensão
Dependendo do objetivo pretendido os circuitos elĂŠtricos
Um caso particular do circuito sĂŠrie ĂŠ o circuito divisor de
podem assumir diversas tipologias, nomeadamente circui-
tensão. A aplicação da expressão matemåtica que o carate-
tos em sĂŠrie, circuitos em paralelo ou circuitos mistos (sĂŠrie
riza facilita o cĂĄlculo da queda de tensĂŁo nas resistĂŞncias do
e paralelo). As caraterĂsticas associadas a cada circuito serĂŁo
divisor de tensĂŁo.
analisadas detalhadamente nos pontos que se seguirĂŁo.
8.1. Circuitos sĂŠrie Num circuito sĂŠrie a corrente elĂŠtrica, movimento dos eletrĂľes, tem apenas um caminho para percorrer. Assim, todos os elementos do circuito serĂŁo percorridos pelo mesmo valor desta grandeza. A Figura 51 apresenta um circuito sĂŠrie utilizado para acender um dĂodo emissor de luz (LED) e que ĂŠ percorrido pela intensidade de corrente elĂŠtrica de 20 mA.
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Paulo Peixoto ATEC – Academia de Formação paulo.peixoto@atec.pt
espaço de formação
Figura 53. Divisor de tensĂŁo.
Assim, para calcular a tensĂŁo na resistĂŞncia R2 teremos: UR2 =
R2 R1 + R2
¡ U
A tensĂŁo UR2 ĂŠ proporcional Ă tensĂŁo U . O fator de proporFigura 51. Circuito sĂŠrie composto por uma resistĂŞncia e um LED.
cionalidade ĂŠ dado pelo quociente entre a resistĂŞncia R2 e a resistĂŞncia total do circuito (R1 + R2). Para calcular
A Figura 52 ĂŠ composta por uma fonte de tensĂŁo e 3 resistĂŞncias ligadas em sĂŠrie. SerĂŁo analisadas as seguintes gran-
8.2. Circuitos paralelos
dezas: resistĂŞncia equivalente, tensĂŁo e intensidade de cor-
Num circuito paralelo a corrente elĂŠtrica percorre o circuito
rente elĂŠtrica.
por diferentes caminhos ou ramos disponĂveis. Teremos para uma mesma diferença de potencial, uma corrente elĂŠtrica que depende do elemento resistivo integrado nessa ramo.
Figura 52. Circuito sĂŠrie.
1. A resistĂŞncia equivalente serĂĄ dada pela soma das vĂĄrias que formam o circuito: R = R1 + R2 +R3
Figura 54. Circuito paralelo.
Analisando o circuito paralelo representado na Figura 54 teremos:
2. Como referido anteriormente, a corrente elĂŠtrica sĂł
1. A
terĂĄ um caminho para percorrer, logo serĂĄ sempre
no circuito e dada pela expressĂŁo:
a mesma ao longo de todo o circuito. Esta grandeza ĂŠ constante num circuito sĂŠrie. I = I1 = I2 = I3
1 R
=
1 R1
+
1 R2
+
1 R3
+ ... +
1 Rn
Para circuitos que sejam constituĂdos apenas por 2 resistĂŞncias poder-se-ĂĄ utilizar a seguinte expressĂŁo
3. A d.d.p. ou R1, R2 e
matemĂĄtica:
R3, assim a tensĂŁo total serĂĄ a soma da tensĂŁo nas vĂĄrias resistĂŞncias existentes no circuito. A maior resistĂŞncia irĂĄ reter a maior tensĂŁo e, por conseguinte, a menor resistĂŞncia a menor tensĂŁo.
R =
R1 ¡ R2 R1 + R2
2. A corrente elĂŠtrica apresenta 2 ramos por onde seguir, atravĂŠs da resistĂŞncia R1 ou atravĂŠs da resistĂŞncia R2.
U = UR1 + UR2 +UR3
A intensidade total serĂĄ a soma da intensidade de