A evolução da operacao das Centrais Hidroelétricas na EDP Produção

Page 1

dossier sobre grandes hĂ­dricas

a evolução da operação das Centrais na EDP Produção O telecomando dos aproveitamentos hidroelĂŠtricos na EDP Produção iniciou-se em 1972, e todo o processo desenrolou-se ao longo de trĂŞs dĂŠcadas demarcado por vĂĄrios ciclos de automatização e renovação tecnolĂłgica. Culmina, atĂŠ ao estado atual, no ano de 2000 com a criação do Centro de Telecomando Ăšnico das Centrais HidroelĂŠtricas (CTCH), situado em BagaĂşste, responsĂĄvel pela operação de 99,2% das centrais hĂ­dricas da EDP Produção, num total de 83 centrais e 172 grupos geradores. HĂŠlder Teixeira EDP Produção

como força motriz, inicia-se a nĂ­vel mundial em meados do sĂŠculo XIX. Em Portugal começou a eclodir a hidroeletricidade na Ăşltima dĂŠcada desse sĂŠculo, mais concretamente a 31 de março de 1894 com a entrada em operação da primeira central hidroelĂŠtrica instalada no Rio Corgo, no municĂ­pio de Vila Real, com uma potĂŞncia de 120 kW. AtĂŠ ao inĂ­cio dos anos 30 a hidroeletricidade limitava-se a suprir as necessidades dos consumos locais, como alimentação de pequenas insta ! " # $ com o cenĂĄrio existente do desenvolvimento econĂłmico e industrial, dĂĄ-se um incremento no aproveitamento da ĂĄgua dos rios para a produção de eletricidade. É, no entanto, a partir do inĂ­cio da dĂŠcada de 50 que se assiste a um forte desenvolvimento da produção hidroelĂŠtrica, fundamentalmente baseado na construção dos aproveitamentos hidroelĂŠtricos nas bacias dos rios CĂĄvado (Venda Nova, Caniçada), ZĂŞzere (Castelo de Bode, Cabril), Tejo (Belver) e dos aproveitamentos no troço internacional do rio Douro (Picote e Miranda), fruto do grande impulso dado pelo Prof. Ferreira Dias, atravĂŠs da publicação da Lei n.Âş 2020, de 26 de dezembro %&'' " * ! " “a produção de energia elĂŠtrica serĂĄ principalmente de origem hidrĂĄulica. As centrais tĂŠrmicas desempenharĂŁo as funçþes de reserva e apoio consumindo os combustĂ­veis pobres na proporção mais econĂłmica e convenienteâ€?. Com a promoção da produção hidroelĂŠtrica a partir da dĂŠcada de 50 torna-se imperativo a necessidade de coordenação, operação e manutenção dos aproveitamentos em exploração.

na sala de comando, outros na sala de måquinas (turbina e alternador) e ainda uma outra equipa na barragem para os aproveitamentos em que a barragem era distante da central (exemplo: caso de Venda Nova/Vila Nova na Bacia do Cåvado). Para alÊm das equipas de operadores existiam ainda outros colaboradores, nomeadamente, staff tÊcnico e especializado de engenharia, apoio administrativo, vigilantes, entre outros. Na sala de comando encontravam-se habitualmente dois operadores recaindo sobre estes as funçþes de vigilância, comando e diålogo com o despacho. Nesta sala alÊm da informação dos grupos geradores, existiam tambÊm equipamentos de comando e proteção, assim como informação de algumas medidas da årea hidrológica, nomeadamente valores de cotas. Na sala de måquinas estavam residentes duas pessoas cuja missão era, utilizando os painÊis disponíveis e distintos para a turbina, alternador e serviços auxiliares, efetuar o arranque dos grupos geradores atÊ atingirem a velocidade de sincronismo bem como, de forma inversa, procederem à paragem completa dos geradores, após os operadores da sala de comando retirarem o grupo da rede. Globalmente as manobras eram efetuadas de forma separada.

Operação Local Com a entrada em funcionamento dos grandes aproveitamentos hidroelÊtricos surge a necessidade de efetuar a sua operação, realizada atravÊs de um

" + * / # Os trabalhadores encontravam-se repartidos e distribuídos pela instalação, com a função de promover a operação da Central. Uns localizados 38

Figura 1 Sala de comando de Bemposta dĂŠcada de 60.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.
A evolução da operacao das Centrais Hidroelétricas na EDP Produção by cie - Issuu