dossier sobre biomassa
ANPEB e o setor nacional de pellets A primeira fåbrica de pellets instalada em Portugal data do ano de 2006 com o objetivo de responder à procura evidenciada no centro da Europa e Reino Unido. AtÊ ao ano de 2010, a capacidade produtiva aumentou de 75 000 toneladas/ano para cerca de 850 000 toneladas/ano, suportada na instalação de 15 novas fåbricas.
Atualmente, com cerca de 26 unidades de produção a laborar, a capacidade produtiva estimada ĂŠ de 1400 000 toneladas/ano, sendo que a produção efetiva se cifra nas 1100 000 toneladas anuais. Cerca de 20% da produção ĂŠ direcionada para o consumo interno, sendo que os restantes 80% sĂŁo exportados para mercados diversos como Espanha, Reino Unido e Benelux, tendo um peso exportador em torno dos 116 milhĂľes de euros. A Associação Nacional de Pellets EnergĂŠticos de Biomassa (ANPEB) foi fundada em fevereiro de 2010 com o objetivo de promover o desenvolvimento do setor das pellets de madeira em Portugal. Esta associação pretende representar todo o setor dos pellets, desde o fabrico atĂŠ Ă utilização. Na ĂĄrea da produção, a associação representa jĂĄ a maioria dos fabricantes nacionais com uma produção anual de aproximadamente 1000 000 toneladas. Os principais objetivos da ANPEB sĂŁo: promover os benefĂcios do uso de pellets de madeira como fonte energĂŠtica endĂłgena e ambientalmente responsĂĄvel; representar e participar no desenvolvimento da indĂşstria dos pellets de madeira nacional; formar e informar sobre tecnologias, equipamentos e melhores prĂĄticas aplicadas aos pellets, clarificando dĂşvidas comuns, quer do pĂşblico geral, quer de entidades legisladoras e reguladoras. A ANPEB ĂŠ membro da AEBIOM – Associação Europeia para a Biomassa e do EPC – Conselho Europeu dos Pellets. A primeira ĂŠ a principal dinamizadora do setor da bioenergia em geral, no contexto europeu, e o segundo representa os interesses do mercado dos pellets, agregando na sua composição 16 associaçþes nacionais de pellets de toda a Europa. As duas peu em Bruxelas contribuindo, positivamente, para o desenvolvimento do setor dos pellets, quer em decisĂľes legislativas, quer na criação de projetos de investigação ligados Ă bioenergia.
Nova Diretiva Europeia para as energias renovåveis – para alÊm de 2020 A consulta pública promovida pela Comissão Europeia, no sentido de auscultar opiniþes e pareceres de atores no setor energÊtico, relativamente ao modo e conteúdo que irå suportar a definição da nova Diretiva Europeia 30
para as energias renovåveis apresenta-se, de momento, como uma oportunidade clara de refletir sobre as conquistas e erros cometidos na implementação da denominada Diretiva 20-20-20. Como consta no último relatório de acompanhamento das medidas implementadas, num estudo levado a cabo pela Comissão Europeia [1], Ê declarado que Portugal estå em linha com os objetivos definidos no Plano Nacional para as Energias Renovåveis, com um contributo significativo da produção de energia elÊtrica renovåvel. É salutar o esforço efetuado neste sentido, não estando, no entanto, os procedimentos e medidas adotados isentos de falhas na abordagem e implementação, nomeadamente na produção de energia elÊtrica, setor domÊstico, serviços e indústria.
Produção de energia elĂŠtrica NĂŁo terĂĄ sido dada a devida importância Ă necessidade de diversificação de fontes energĂŠticas na consolidação da segurança de fornecimento de ener A aposta na energia eĂłlica foi considerada a melhor opção para a redu ! instalada atual de 5 GW. Neste caso nĂŁo foram consideradas caraterĂsticas intrĂnsecas Ă produção de energia atravĂŠs do vento como: " " # $ reduzida garantia de abastecimento; elevado custo de produção de energia. Na prĂĄtica, o custo de produção ronda os 100 ₏/MWh [2], sendo necessĂĄrio, para efeitos de segurança de abastecimento, pagar subsĂdios de disponibilidade a centrais termoelĂŠtricas de modo a garantir a demanda de energia. As turbinas eĂłlicas funcionam, Ă capacidade mĂĄxima, apenas 26% do tempo. Para tornar a sua instalação viĂĄvel economicamente, o estado tem que suportar o custo extra da produção de energia. & '
* * # ! + ! 3 ! 7 ! atualmente, com um cenĂĄrio de investimento urgente no aumento da capacidade hĂdrica, com vista ao aproveitamento da energia elĂŠtrica, proveniente das eĂłlicas, para efeitos de bombagem de ĂĄgua a jusante das albufeiras de novo para montante (barragens revertĂveis). Esta energia, produzida