renovĂĄveis no Brasil
geração distribuĂda, uma realidade brasileira O mundo vem passando por um processo intenso de plena expansĂŁo da produção de energia da prĂłpria energia. Thereza Neumann Santos de Freitas
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Fonte: Satrix Energias RenovĂĄveis.
Em alguns casos, como na Alemanha, a energia, em escala tradicional de produção, tornou-se competitiva com relação Ă gerada com combustĂveis fĂłsseis e do tipo eĂłlica em terra, segundo Fraunhofer ISE, Instituto de Pesquisa em Energia Solar da Europa. No Brasil um grande diferencial de competitividade pode ser identificado na conjunção do alto preço das tarifas de energia elĂŠtrica com o bom nĂvel de insolação, pois sĂŁo fatores que contribuem com o processo de anĂĄlise e avaliação relacionado ao investimento inicial do empreendimento para produção de energia solar fotovoltaica e o tempo de retorno do mesmo para o consumidor-produtor. Atualmente, a geração de energia elĂŠtrica a partir de fontes renovĂĄveis, principalmente a solar fotovoltaica, vem sendo adotada com objetivos econĂ´micos e tambĂŠm ambientais, como forma de mitigação e proteção do meio ambiente e do planeta. E nesta linha, constata-se a implementação de mecanismos, inclusive com concessĂŁo de incentivos, geralmente localizada prĂłximo aos centros de carga, que trazem potenciais vantagens que se refletem nos sistemas elĂŠtricos, como: diversificação da matriz energĂŠtica; redução de carga nas redes e diminuição da
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necessidade de investimento em expansĂŁo a curto prazo nos sistemas de distribuição e transmissĂŁo, entre outros. Diante dos inĂşmeros benefĂcios proporcionados pela energia solar pela escassez de chuvas, no paĂs, este tipo de produção vem ganhando espaço no mercado como opção viĂĄvel para redução de custo de energia, principalmente residencial e do setor produtivo, visto a grande elevação da tarifa de energia gerada pela ativação em 2013 de todas as termoelĂŠtricas existentes no Brasil, ajuda governamental e emprĂŠstimos para concessionĂĄrias de energia elĂŠtrica, como medidas necessĂĄrias para minimizar maiores prejuĂzos para a economia do paĂs. O Brasil tem um potencial de geração de energia solar fotovoltaica que supera a soma do potencial de todas as outras fontes de energias renovĂĄveis disponĂveis no paĂs, a saber o hĂdrico de 280 gigawatts (GW) e eĂłlico de 300 gigawatts (GW). Com Ăndice de radiação solar considerado um dos mais altos do mundo, por ter grande parte do seu territĂłrio localizado relativamente prĂłximo Ă linha do Equador, nĂŁo poderia continuar desprezando esta energia renovĂĄvel como primordial para o equilĂbrio energĂŠtico de sua matriz. Portanto, tambĂŠm outros fatores como a evolução demogrĂĄfica, o crescimento da atividade econĂ´mica que vinha ocorrendo, o constante aumento do consumo de energia elĂŠtrica no paĂs e a necessidade de alternativas para expansĂŁo e diversificação do parque gerador elĂŠtrico brasileiro abriram espaço para uma legislação inovadora que ĂŠ a Resolução Normativa n.Âş 482, ! " trica que estabelece as condiçþes gerais para o acesso de microgeração e minigeração distribuĂda aos sistemas de distribuição de energia elĂŠtrica e introduz o Sistema de Compensação de Energia ElĂŠtrica, criando a opção para o consumidor gerar a sua prĂłpria energia a partir de fontes renovĂĄveis. Em termos de potencialidades brasileiras ainda podemos levar em consideração que a geração distribuĂda fotovoltaica estĂĄ na infância, em relação ao seu desenvolvimento e oportunidades para toda uma cadeia produtiva, que abrange diversas atividades comerciais e industriais, dando opçþes para abertura de novas empresas, formação de profissionais da ĂĄrea tecnolĂłgica, especĂficos para o mercado e para concessionĂĄrias, alĂŠm da capacitação de mĂŁo de obra tĂŠcnica