Cia Brasil Magazine - September 2020

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Ano 13. Nº 162

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SETEMBRO AMARELO

MÊS DA CONSCIENTIZAÇÃO DO CÂNCER INFANTIL

TRIBUTO À

MELISSA


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Expediente DIREÇÃO EXECUTIVA Cristiane Pope

COORDENAÇÃO DE EVENTOS Marisa Andrade EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO Cia Brasil Denny Guimarães - Editora Kiron Paulo de Tarso Silva - Editora Kiron COORDENAÇÃO DE CONTEÚDO Cristiane Pope Marisa Andrade Juliana D. Silva COLUNISTAS Marisa Nascimento Fernanda Noronha Mario Borges Thaynara Pope Dra. Érica Carretero Dr. Carlos Hanzani John Kunihiro Beatriz Kelly Wanessa Moore Hector Espinoza Richard Moore Rejane Guerreiro Terezinha Ribeiro Katcha Mochitta & The Mitchell Law Group Pastor Marcos Muniz - ADRV Alexandra Tsouroutsoglou REVISÃO Denny Guimarães Marcelo Rio Gabriela Rabelo COLABORADORES Consulado Geral do Brasil em Atlanta Ministério das Relações Exteriores Brazilian-American Chamber of Commerce of the Southeast MEG - Mulheres Empreendedoras na Geórgia The English Island Rotary Club Atlanta Brasil Dr. Kamran Abolbaali - Plastic Surgeon Andrea Franco FOTOGRAFIAS Ana Nobre Photography Cia Brasil Magazine - Thaynara Pope Manoel Oliveira TIRAGEM 5 Mil exemplares DISTRIBUIÇÃO Distribuida na grande Atlanta Distribuição Gratuita PARA ANUNCIAR (770) 256-4524 Email: magazine@ciabrasilatlanta.com A Cia Brasil é uma publicação mensal da Empresa Cia Brasil, LLC. Todo material nela veiculado, sejam fotografias, textos ou anuncios são protegidos por Leis de Direitos Autorais, com reprodução proibida ou autorizada mediante permissão prévia por escrito, assinada pela Diretoria da Empresa CIa Brasil. Os anúncios comerciais são de propriedade das empresas anunciantes e a elas cabe a responsabilidade pelo conteúdo dos mesmos. As matérias assinadas são de total responsabilidade de seus autores e não expressam necessariamente os pensamentos que norteiam esta empresa, que exerce seu papel de informadora, resguardando a liberdade de expressão pertinente à imprensa. Follow us:

EDITORIAL

SETEMBRO AMARELO

O

mês de setembro é muito importante para os profissionais da saúde, pois ocorrem inúmeras campanhas sobre a conscientização e prevenção ao suicídio, bem como outros distúrbios mentais como a depressão e transtornos psiquiátricos. As campanhas receberam o título de “Setembro Amarelo” e tem o intuito de informar as pessoas sobre o suicídio, uma prática normalmente motivada pela depressão. Mesmo com tantos casos, crescentes a cada ano, ainda existe uma expressiva barreira para falar sobre o problema. Atualmente, o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idades entre 15 e 29 anos. No Brasil, todos os dias pelo menos 32 brasileiros tiram suas próprias vidas. Em 2020, 40% da população mundial experimenta sintomas leves de ansiedade e 23% de depressão como consequência do isolamento social durante a pandemia. A Organização Mundial da Saúde projetou que em 2030, a depressão será a principal causa de incapacidade que afetará as pessoas em todo o planeta. Todos esses números poderiam ser evitados ou reduzidos consideravelmente se existissem políticas eficazes de prevenção do suicídio. A Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP) estimula a divulgação da causa em todo o mundo durante todo o mês de setembro, tendo o seu dia 10 como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Com a pandemia do COVID-19, psicólogos e psiquiatras alertam sobre os cuidados com a saúde mental das pessoas. Notou-se um grande aumento da ansiedade, insegurança, tristeza e outros sentimentos diante do distanciamento social e das incertezas ante à atual situação. Nesta edição da Cia Brasil Magazine, o médico, homeopata e psicanalista brasileiro Dr. Carlos Ranzani para falar sobre o assunto em nossa coluna “Saúde”. Durante o mês de setembro acontece também as campanhas de conscientização sobre o câncer infantil. Aqui nos Estados Unidos a campanha é conhecida como “Yellow September – Childhood Cancer Awarenes Month” (no Brasil, “Setembro Dourado”). Nesta edição vamos contar a história da brasileira Melissa Depa, que aos dois anos de idade foi diagnosticada com um tipo raro

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de leucemia: AML - Acute Myeloid Leukemia. Chocados com o diagnóstico, sua família não conseguia entender como uma criança tão saudável e cheia de vida poderia ter a doença, sem histórico em nenhum dos lados da família. Devastados, seus pais, a brasileira Erika e o americano Joe Depa, buscaram tratamentos nos quatro cantos do país para a cura da filha. Mesmo com todos os tratamentos e depois de passar por vários especialistas e hospitais em três estados americanos, infelizmente a doença retornou e a pequena Melissa veio a falecer no dia 13 de julho de 2015. Hoje, seus pais e toda a família honram a vida de Melissa por meio da campanha “United for the Cure” que criaram em seu nome para gerar conscientização do câncer infantil e arrecadar fundos para serem usados na pesquisa da Leucemia do tipo AML. A campanha é parte do programa “CURE Childhood Cancer - Kids Conquer Cancer One Day”. O objetivo desse programa é homenagear e lembrar os heróis mais jovens do câncer. Ao compartilhar essas histórias inspiradoras, busca-se aumentar a conscientização sobre as questões que envolvem o câncer pediátrico, ao mesmo tempo em que arrecadam dinheiro para financiar pesquisas que irão superá-lo. Para conhecer um pouco sobre a história desta família tão especial, confira nossa entrevista com Erika Kaupert Depa, mãe de Melissa, em nossa matéria de capa. Tenha uma excelente leitura e ajude a divulgar o setembro amarelo!

Editora-Chefe magazine@ciabrasilatlanta.com


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CONTEUDO

Capa - - - - - - - - - - - - - - 32 SETEMBRO AMARELO - MÊS DA CONSCIENTIZAÇÃO DO CÂNCER INFANTIL. TRIBUTO À MELISSA Nesta edição vamos contar a história da brasileira Melissa, que aos dois anos de idade foi diagnosticada com Leucemia do tipo AML (Acute Myeloid Leukemia).

►CAPA:

Melissa Depa Foto: Arquivo da Família

Saúde - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 14

Espaço do Empreendedor - - - - - - - - 20

Dr. Carlos Hanzani fala sobre o suicídio e o mês da campanha de sua prevenção, o setembro amarelo.

Confira a história da Empresária Beatriz Kelly CEO da Beatriz Kelly Skin Care & Wellness.

Diário de Pandemia - - - - - - - - - - - - - - 38

Bate Papo - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -48

Terezinha Ribeiro fala sobre o tema: Racismo estrutural e pandemia: A mortalidade tem raça e cor.

Confira o bate-papo com Ana Nobre contando sobre seus dez anos de trabalho com a fotografia em Atlanta.

Pergunte ao Doutor - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Espaço Mulher - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Cia Fashion - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Cantinho da Aprendizagem - - - - - - - - - - - - - - -

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Beleza - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Mercado & Investimento - - - - - - - -- - - - - - - - - Culturalizando - - - - - - - -- - - - - - - - - - - - - - - - - Celebridade - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

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AGENDA

Setembro - Outubro de 2020

Around the Town

Marisa Andrade - Coordenação de Eventos

Comunidade

►Festival: A comissão organizadora do Brazilian Festival Weekend realizou a sua 2ª reunião, com a participação dos expositores e apoiadores do evento, no dia 2 de setembro. O Festival acontecerá nos dias 10 e 11 de outubro em Marietta.

►Parabéns em dose dupla: Para o casal Yara Santiago e Rhenie Alves pelo nascimento da baby girl Alana no dia 11 de agosto e pelo niver de 3 aninhos da big sister Emily no dia 22 de agosto.

►Happy Anniversary: Para Eva e Scott Cunningham pelas Bodas de Turquesa - 18 anos de casados. Desejamos que Deus continue abençoando a vida de vocês. Dia 5 de setembro - Woodstook.

►Happy B- Day: O jovem Moacir Filho celebrou seu aniversário, com jantar junto com a família. Moacir é filho do casal Adriana e Moacir Dias. Dia 23 de agosto – Marietta.

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Escreva para a Agenda Around the Town e nos conte sobre o seu evento! ciabrasil@live.com. Visite o nosso site www.ciabrasilatlanta.com Follow us: @ciabrasilmagazineatlanta em nossas mídias sociais.

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►América News: O jornal da Globo nos Estados Unidos ganha um novo nome e identidade visual. A novidade acompanha movimentos recentes do noticiário, que tem apresentação e edição da jornalista Mila Burns. Dia 5 de setembro - New York.


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AGENDA

Setembro - Outubro de 2020

Happy B-Day!

Parabéns para todos os nossos leitores aniversariantes de SETEMBRO e OUTUBRO. Muita paz, amor, saúde, bençãos e alegrias!

Maria Lewis Dia 19 de Setembro

ADELMO LEITE Dia 22 de de Setembro

Próximos Eventos

1º ANIVERSÁRIO

MEG-MULHERES EMPREENDEDORAS DA GEORGIA

A associação de mulheres empreendedoras da Geórgia estão de parabéns! Em setembro a MEG está completando 1 ano e durante este período já realizou uma série de atividades e eventos na nossa comunidade.

►Steve Martin& Martin Short - The Funniest Show In Town At The Moment in Atlanta::

Dia 19 de setembro às 8:00pm no Cadence Bank Amphitheatre at Chastain Park (4469 Stella Dr. NW Atlanta, Georgia 30342).

►Ladies Night Out: MORGANA TEIXEIRA Dia 27 de Setembro

PEU PEREIRA Dia 2 de Outubro

Dias 3 e 10 de outubro às 8:00pm no Cobb Energy Performing Arts Centre (2800 Cobb Galleria Pkwy, Atlanta, GA 30339).

►Culto Online Igreja AD Restaurando Vidas

Os Pastores Marcos e Luciane Muniz convidam toda a comunidade brasileira para assistir o culto ao vivo da igreja todos os domingos a partir das 7:00pm. Para assistir o culto live acesse a página da igreja no Facebook: @AD Restaurando Vidas.

JANAINA MARTINS Dia 8 de Outubro

MANOEL OLIVEIRA Dia 12 de Outubro

Para anunciar sua empresa ou evento no espaço para publicidade da nossa AGENDA AROUND THE TOWN, envie um email para: ciabrasil@live.com ou ligue 770.256.4524. Este espaço também está disponível para Homenagens, Avisos, Promoções e Agradecimentos. 12 - Cia Brasil Magazine - Setembro de 2020 - www.ciabrasilatlanta.com

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SAÚDE

Setembro Amarelo: PREVENÇÃO DO SUICÍDIO

S

etembro amarelo é o mês de prevenção do suicídio. A meu ver, mais do que nunca é o momento para valorizar a vida. A vida é uma eterna gangorra, entre os momentos de alegria, prazeres, ganhos, sucessos, mesclados com infelicidade, dores, perdas, frustações. Frequentemente, quando alguém pensa em suicídio, ela quer eliminar a dor e não a vida, não quer mais sofrer o que está vivendo, não quer mais viver a sua dor. Trata-se de um processo multifatorial, não há uma causa única, mas sem dúvida existe um sofrimento interno intenso, intolerável, sobre a qual é pode ter havido tentativas de comunicação, de expressão dessa dor psíquica. O suicídio é um ato de desespero, não é historinha, um ato filosófico, um ato de protesto ou uma demonstração sociológica. Não se trata de um assunto secundário, para ficar escondido, intocável, repleto de preconceitos, como um tabu. No mundo, a cada 40 segundos uma pessoa comente suicídio. Nos Estados Unidos a cada 11 minutos e no Brasil

a cada 40 minutos. Para cada pessoa que é levada a um pronto socorro por tentativa de suicídio, outras 17 estão pensando em cometê-lo de forma desapercebida aos olhos não treinados. Suicídio é a décima causa de morte no mundo, portanto deve ser analisado e discutido de forma clara, honesta e com muito respeito, e nos ambientes apropriados. Para que as medidas de proteção contra o suicídio sejam tomadas, o risco de sua ocorrência deve ser reconhecido. Essa tarefa cabe a todos nós. Estudos sérios mostram que 90% dos suicídios são evitáveis. Geralmente esse assunto vem à tona apenas quando alguma celebridade comete suicídio, com o sequente foco efêmero da mídia e de forma sensacionalista; ou quando somos tocados pelo drama de alguma família amiga. E logo em seguida, esquecemos (ou ocultamos) o assunto. Mas convido os leitores a estarem atentos: pessoas em sofrimento e risco estão à nossa volta, ao nosso alcance. Podemos ajudar a salvá-las, mas para isso precisamos estar minimamente preparados.

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Para que haja prevenção, é preciso que a sociedade conheça o problema e as ferramentas para enfrentá-lo. A cartilha da Sociedade Brasileira de Psiquiatria aponta os “3 D” do comportamento suicida: desamparo, desespero e desesperança. No entanto, também são características importante de um comportamento suicida: a ambivalência (por exemplo não quer morrer, mas aniquilar o sofrimento); impulsividade (o sujeito atua ao invés de colocar em palavras); pensamento rígido e inflexível (não consegue ver alternativa, não consegue ver seu problema sobre outro prisma, se vê num beco sem saída emocional, com intolerância de aceitar as situações tais como elas acontecem). Em algumas situações há um sentimento de culpa ou impotência perante a algo que a pessoa sente como muito problemático, errado ou monstruoso na sua personalidade ou na sua vida. O suicídio seria a busca de apagar, acabar com o que ela carrega dentro de si.


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FATORES DE RISCO

São fatores de risco: transtornos mentais (de humor, principalmente bipolaridade, de personalidade e a esquizofrenia), abuso de substâncias como álcool e drogas (que distorcem o mecanismo de pensamento da pessoa, e tira pessoa de sua consciência), doenças terminais, desemprego, declínio social, término traumático de relacionamentos importantes, estresse continuado e grandes crises (sejam individuais e/ou coletivas, existenciais, de identidade, traumáticas ou financeiras)

mente, e não trocando mais com as outras pessoas, nem buscando, nem oferecendo nada. Ocorrem distúrbios do sono, descaso com a aparência e piora da autoestima. Também aparecem alteração do humor, mudanças abruptas de comportamento, às vezes com picos de euforia sem muita relação com o cenário e às vezes com apatia. Momentos com manifestação de sentimentos de ódio ou raiva descontrolados que antes não aconteciam, que não eram característicos da pessoa. Algumas vezes são demonstrados sentimentos de vergonha, culpa e raiva de si mesmo por situações ou atitudes que ela acha inadequado. Envolve-se em situações de perigo contra a própria integridade física, às vezes em casa, às vezes na rua, como se estivesse desconectada do senso de proteção. Comete automutilação e apresenta sensação de medo constante, com perda de controle do comportamento, das emoções, da vida como um todo.

SINAIS DE ALERTA

Os sinais de alerta vão surgindo e se manifestando geralmente fora do contexto do momento, da conversa, do padrão habitual daquela pessoa. Nota-se que o brilho nos olhos diminui, os prazeres que antes eram parte da vida daquela pessoa vão sendo deixados de lado e que o desejo de lutar, reformular e construir não se manifestam. Além disso, aparecem a desesperança e a falta de sentido de vida, o indivíduo sente-se isolado dentro da sua própria dor, e de forma constante. Há perda de interesse e a pessoa vai se desconectando do mundo. Vai se fechando cada vez mais no seu espaço restrito, seja no seu quarto ou na sua

Outros finais são a preparação financeira, de contas, documentos, de forma diferente do que sempre fez, ou que nunca fez; e começa a se desfazer de objetos até então valiosos e a realizar telefonemas do tipo despedida. Frequentemente quando a decisão é tomada internamente, a pessoa tem um alívio súbito, uma sensação aparente de bem-estar, pois o conflito interno de continuar a viver ou renunciar a vida já foi resolvido. A velocidade e o ritmo em que esses fatos vão acontecendo é individual, podendo ocorrer por um período longo, mas também de forma rápida. Portanto, atenção! Sobre esse tema, há várias visões e

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ideias muito equivocadas, que só atrapalham e dificultam. Veja algumas delas: 1) Quem ameaça não faz - Não é verdade, pois quem avisa mostra sinais (mesmo de forma sutil) e já está pedindo ajuda e a um nível já crítico de sofrimento interno. 2) Suicidas não procuram ajuda - Estudos mostram que em torno de 75% das pessoas que cometem suicídio buscaram antes algum tipo de ajuda. 3) Pessoas mentalmente saudáveis não se suicidam - Não é verdade, pois algumas vezes o que se vê é apenas a superfície da pessoa. Um olhar mais atento pode mostrar que aquela pessoa não é mais a mesma. 4) Quem sobrevive não tenta novamente - Não é verdade, pois estudos mostram que depois de uma tentativa, aumenta em 100% a chance de ela tentar novamente. 5) Não se deve falar sobre suicídio com quem fala sobre ou tentou porque você poderia provocar - Não é verdade, porque no fundo a pessoa está pedindo ajuda e não conversar sobre só aumenta o desamparo e a solidão interna. 6) Não há como impedir - Não é verdade, pois onde há vida, há esperança, há por que lutar, ajudar. Tem como aprender a escolher como viver bem. 7) Só ricos se suicidam - Não é verdade. Sofrimento, perdas, sensação de falta de expectativa existem em qualquer classe social. 8) Suicida é um fraco - Não é correto. São pessoas num sofrimento intenso e que sozinhas não conseguem vislumbrar saídas, formas de viver diferente. 9) Melhora de humor não significa desistir do suicídio.

O QUE FAZER AO IDENTIFICAR PESSOAS EM RISCO 1) OUÇA A PESSOA - Ao perceber/ identificar uma pessoa em sofrimento, sobretudo em risco de suicídio, tenha muito respeito e procure entender seus sentimentos. Busque ver o mundo como ela está vendo, foque nesses sentimentos e não em dar “conselhos animadores”. Não a interrompa frequentemente, deixei fluir os seus pensamentos, seus sentimentos e evite indignação, julgamentos, “sermões”. Demostre solida-


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riedade e não seja superficial e dramático; seja sereno, sério e comprometido. 2) CONVERSAR SOBRE O SOFRIMENTO - Se perceber grande sofrimento, procure conversar e trazer pessoas próximas, se for possível. Escolha um lugar adequado, reserve um tempo e estabeleça um diálogo de confiança. Isso também vai ajudar a fortalecer os vínculos da pessoa e isso protege contra suicídio. 3) CONVERSE SOBRE SUICÍDIO - Quando uma pessoa diz que “a vida não vale à pena”, especialmente acompanhada por sofrimento interior ou afirmações semelhantes, não subestime o risco. Havendo abertura, questione sobre intenções suicidas. Pode-se chegar ao tema gradativamente e com calma. Não existe momento certo para perguntar sobre isso, mas deve ser num em que a pessoa está mais à vontade, falando de seus sentimentos. Perguntar sobre suicídio previne suicídio. Há uma falsa crença que conversar sobre suicídio pode induzir essa ideia na pessoa em sofrimento. 5) RAZÕES PARA VIVER - Sempre há razões que alimentam a esperança e redobram o ânimo do doente. Um paciente em depressão, por exemplo, tem a visão distorcida para interpretar de forma negativa os fatos de sua vida. Crie condições para a pessoa citar as razões atuais ou que já existiram, do prazer, das razões para viver. Ajude a relembrar os

seus sonhos, não fazendo você a lista, mas a ajude fazer a dela. Ajude-a a identificar, a relembrar os sabores da vida. A família e amigos são importantíssimos, sempre bem lembrados nessa hora. 6) PROTEJA A PESSOA - Se a pessoa está enfastiada de viver, acha a vida sem sentido e apenas isso, ela pode ter um risco baixo. Esteja atento! Se o paciente considera que morrer seria um alívio, o risco pode ser maior. Contudo, se o paciente tem planos claros de suicídio, preparou os meios para realizar, parece estar se despedindo, estamos diante de uma emergência. Nunca o deixe sozinho. Afaste armas, veneno, facas ou cordas. Estimule a pessoa a buscar ajuda imediatamente. Caso ela se recuse, avise a família e os profissionais de saúde mental. Resista à tentação de fazer “acordo” com o paciente e deixá-lo sozinho para que depois ele busque ajuda. Depois pode ser tarde. Os vínculos são fatores protetores ao suicídio: boa estrutura familiar, emprego, realizações, metas e objetivos de vida, valorização da pessoa pelo seu interior, boa rede de apoio e de amizade. Melhor remédio para o sofrimento é o acolhimento, o respeito, o não julgamento.

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Dr. Carlos Hanzani

Médico Homeopata e Psicanalista na Art Of Healing Atlanta-Clinic


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ESPAÇO DO EMPREENDEDOR

BEATRIZ KELLY

N

osso Espaço do Empreendedor desta edição traz a história da brasileira Beatriz Kelly, que vive nos Estados Unidos há 15 anos e mora em Atlanta há 6. A empresária é CEO e proprietária do SPA Beatriz Kelly Skincare & Wellness.

Fotos por Ana Nobre Photography

BELEZA É ESTAR CONFIANTE EM SUA PRÓPRIA PELE

Beatriz nasceu em Sacramento, no estado de Minas Gerais, em uma família de empreendedores rurais, sendo a caçula de oito irmãos, o que acredita que a fez querer trabalhar por sua própria conta, ter seu próprio negócio. Logo que chegou nos Estados Unidos, Beatriz diz que se identificou bastante com a cultura. “Falo que encontrei o meu lugar! Adorei a educação dos americanos. De início, tive dificuldades com a língua, mas

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conseguia me comunicar por escrito. Logo já conheci aquele que se tornaria meu marido, que fazia tudo pra mim e me ajudou bastante. Dificuldade sempre tenho, mas procuro agradecer as pequenas coisas e ver que tudo que parece ruim e apenas um aprendizado para podermos evoluir na vida”, conta a brasileira. Beatriz é casada com o americano Charlie Kelly e tem uma filha, Sophia Kelly de 13 anos, que considera o seu maior orgulho e sonho realiza-


do. Hoje, Beatriz é especializada em tratamentos da pele, rejuvenescimento, acne, manchas e outras imperfeições da pele, e se destaca na área.

O INÍCIO NO MUNDO DA ESTÉTICA

“A estética é a minha paixão. Minha curiosidade sobre a pele começou quando eu era criança. Percebi que minha mãe aparentava ser mais velha do que as mães das minhas amigas. Isso me incomodava, especialmente quando as pessoas se referiam a ela como minha avó. Quando criança, não sabia que ela já era mãe de oito filhos e que me teve aos 40 anos de idade. Eu também comecei a notar que algumas de minhas irmãs adolescentes tinham acne, o que me preocupava. Isso me fez despertar a vontade de buscar uma solução que pudesse ajudá-las”, recorda ela. Assim que começou a entrar na adolescência, Beatriz relembra que começaram a aparecer as espinhas em si, e se sentia constrangida com sua aparência e acreditava que era a garota mais feia de todos os tempos (com base nos padrões da sociedade), pois, além das espinhas, tinha problemas ortopédicos nos pés e nas pernas, problemas de visão e estrabismo, que a obrigou a usar óculos de graus fortes, o chamado “fundo de garrafa”, e com tudo isso sofreu bullying por outras crianças. Isso a fez muito tímida, eu me fechei, não falava com ninguém. Beatriz lembra que “foi o maior desafio para meus pais me levarem a consultas médicas porque eu nem mesmo respondia a perguntas tão simples com um sim ou não.” Mas mesmo depois de “superar” seus problemas de saúde, Beatriz conta que cresceu com baixa autoestima, pois “no Brasil a indústria da estética vende para você o sonho de corpo e rosto perfeitos. Foi quando pensei que se usasse cosméticos faciais, isso faria com que eu fosse magicamente parecida com as garotas dos comerciais”, conta. Aos onze anos de idade, Beatriz começou a vender uma popular marca de cosméticos. Suas cinco irmãs eram suas melhores clientes e com a comissão comprava seus produtos: “Fiquei empolgada, me fez sentir que dirigia meu próprio negócio e eu tinha uma satisfação quando entregava os produtos para as pessoas. Elas se sentiam felizes”, lembra. Durante sua adolescência, a brasileira pesquisava revistas e livros para aprender tudo o que pudesse sobre ingredientes naturais e como realizar seus próprios cuidados

com a pele em casa, fazendo experimentos no próprio rosto com a máscara que criava. Mas Beatriz diz que foi um aprendizado e não recomenda, pois danificou mais a sua pele do que ajudou. Mais tarde, aos 21 anos, teve a oportunidade de trabalhar como representante de uma distribuidora de cosméticos, vendia para supermercados, lojas de cosméticos, farmácias e salões de beleza. Apesar da timidez, e não falar muito, sentia um frio na barriga toda vez que precisava entrar em um escritório para negociar. Mesmo assim conseguiu ter destaque nesse trabalho. Beatriz não se sentia confortável com a sua aparência, conheceu uma esteticista, com quem não só mudou a sua própria aparência, mas aprendeu que ser esteticista não era apenas ter os melhores equipamentos e produtos estéticos, e sim como fazer as pessoas se sentirem bem e autoconfiantes: “Ela não apenas mudou a aparência da minha pele, mas me fez acreditar que eu era bonita e me ensinou que reclamar da própria aparência não traz melhoras.” Nessa época Beatriz cursava Gerenciamento em Turismo. Seu sonho era viajar e conhecer outras culturas. Depois que concluiu seus estudos, sua professora de inglês a colocou em contato com uma agência de cursos nos Estados Unidos, onde, mais tarde, foi passar um ano para aprender a cultura e melhorar seu inglês. www.ciabrasilatlanta.com - Setembrode 2020 - Cia Brasil Magazine - 21


A VIDA PROFISSIONAL NOS ESTADOS UNIDOS

Beatriz veio para os Estados Unidos em 2005, morando inicialmente em Saint Louis - MO, onde conheceu Charlie, com quem se casou em 2007 e tive a filha Sophia. Naquela época, ela acreditava que sua missão era ser a melhor mãe e esposa que poderia. Mas logo quando a filha começou a ir para escola, Beatriz também começou a frequentar a escola de estética em STL, Skin Institute. Em 2014, mudaram-se para Atlanta. Durante seu primeiro ano nessa cidade, frequentou a escola Elaine Sterling Institute, e se dedicou aos estudos para adquirir sua licença de estética da Geórgia, e assim fazer cursos de pós-graduação em tratamentos avançados para a pele na DerMed College of Advanced Aesthetics, bem como pós-graduação da IDI - The International Dermal Institute. Desde então, ela continua fazendo cursos on-line e fora da Geórgia para mais conhecimentos sobre pele. Em janeiro de 2016, Beatriz começou a trabalhar em um spa médico sofisticado em Buckhead, onde teve bastante destaque, recebendo a proposta de ser a esteticista-líder do local. Mas foi quando pediu para sair e investir seu tempo e suas habilidades para ajudar a comunidade brasileira. Em agosto desse mesmo ano, iniciou sua própria prática, em que poderia criar seus próprios protocolos, deixando de seguir um menu pronto de serviços como a maioria dos spas fazem. “Tive minha primeira sala dentro do Angel Hair Salon. A minha maior dificuldade foi iniciar sem dinheiro algum, mas apenas com um Amazon credit store de 800 dólares, com 6 meses para pagar, valor com o qual comprei o essencial para montar uma sala. O que me ajudou muito foi ter um treinamento com o top dermatologista e cientista de pele dos Estados Unidos, Dr. Carl Thornfeldt, ainda em Saint Louis. Assim, logo de início consegui ter o apoio de sua empresa de cosméticos de nível médico, onde tive acesso a excelentes treinamentos para dermatologistas. Em 2017, a empreendedora mudou seu consultório

para o Zeze Hair Salon. No ano seguinte conseguiu realizar um pequeno sonho em ter sua prática em uma suíte de escritório num prédio médico prestigiado de East Cobb. Em 2018 e 2019 foi convidada para representar Geórgia com uma das cinco juradas de estética na competição Skills USA. Também em 2019 participou de vários congressos de estéticas na Geórgia e outros estados, fazendo conexão com os melhores profissionais da área dentro dos Estados Unidos.

2020 E O FUTURO

Beatriz conta que o ano de 2020, apesar de ter sido um ano de grandes dificuldades para muitos, tem sido o melhor ano para a sua carreira: “Tive a oportunidade de estudar muito fazendo cursos on-line e investi bastante tempo na minha educação durante a quarentena. Tenho oferecido suporte a outras esteticistas e tenho trabalhado em projetos para o futuro, para ajudar ainda mais as minhas clientes e outras esteticistas”, relata. “Graças a Deus tenho sido valorizada pelas minhas clientes e tendo destaque na comunidade brasileira como especialista em cuidados de pele. O que penso que tem me ajudado a melhorar cada vez mais e ter a humildade em pedir ajuda quando tenho dificuldades. Já tive clientes para quem agendei consultas com dermatologista e as acompanhei na consulta, pois isso sempre me ajuda a aprender muito sobre pele”, ressalta Beatriz. Além disso, a esteticista fala que sempre manteve contato com suas professoras, que são suas mentoras até hoje, pois acredita que mexer com a pele é algo muito complexo. E o sucesso não é à toa. Beatriz Kelly sempre buscou excelência no que faz. “O segredo para sucesso na carreira de estética compreende: não tentar ser tudo para todos; não tentar fazer todos os serviços de estética; focar no que você mais gosta e faz melhor; não se preocupar em aprender tudo de novo que aparece no mercado antes de ser expert no que já faz; fazer conexão com outros profissionais; ser criativa; e focar em si própria, esquecendo a “competição”, pois isso apenas nos distrai. da Redação

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Samara Evelly inaugurou a sua loja de roupas brasileiras com a nova coleção. O animado coquetel contou com a participação de muitos convidados que compareceram para prestigiar a jovem empreendedora e fazerem suas compras! Fotos por Jane Vargas - @janevargasfotografa

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LIFT FACIAL NATURAL

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ma plástica facial ou um lifting e alisamento da pele facial é um procedimento cirúrgico para reverter os efeitos do envelhecimento, do ambiente e da gravidade no rosto. Com o passar dos anos, devido à gravidade e à exposição ambiental adversa, os tecidos mais finos da face, incluindo a pele, começam a ficar flácidos e enrugar. Muitas vezes, cria-se um efeito em que a pessoa parece cansada ou triste. Esse efeito também está associado à perda de volume em certas áreas de depósito de gordura, como bochechas e têmporas. Como resultado, começamos a observar o achatamento das bochechas, o estreitamento das têmporas, o aparecimento de papadas, o aprofundamento das dobras na lateral da boca e a pele solta na região do pescoço. O objetivo de um lifting e lifting de pescoço é reposicionar os tecidos flácidos em suas posições relativas anteriores, com levantamento suave da pele para aliviar rugas e vincos de uma forma natural. O corte dessa cirurgia é mínimo e fica escondido na linha do cabelo e ao redor da orelha. O resultado é, na maioria das pessoas, uma aparência de anos mais jovem e descansada logo após a cirurgia. O Dr. Abolmaali avalia o rosto como um todo e pode aconselhá-lo(a) sobre outros aspectos do rejuvenescimento facial, como adicionar volume às bochechas, têmporas e possivelmente queixo, junto com a otimização da pele para restaurar a aparência mais extraordinária, jovem e natural de seu rosto.

REJUVENESCIMENTO FACIAL

O rejuvenescimento facial é a restauração da juventude e a vitalidade do rosto usando uma abordagem holística. O processo inclui uma infinidade de intervenções cirúrgicas e não cirúrgicas para combater os efeitos do envelhecimento, exposição ambiental adversa e a gravidade. No dia da consulta, o Dr. Abolmaali realiza um exame completo de sua cabeça e pescoço, incluindo uma avaliação de seu tom de pele e sinais de envelhecimento. Em seguida, ele fornece sua avaliação profissional para

ajudá-lo a escolher o plano de tratamento certo, individualizado para você. O plano individualizado pode incluir recapeamento facial com laser ou peeling químico, o uso de modalidades não invasivas, como neuromoduladores (por exemplo, BOTOX®) e preenchimentos. As opções cirúrgicas, como lifting facial e lifting de pescoço, geralmente são reservadas para casos mais avançados. Existem também procedimentos menos invasivos, como enxerto de gordura, a serem considerados.

QUEM É CANDIDATO A UM LIFTING FACIAL?

Qualquer pessoa com sinais de envelhecimento facial pode considerar uma consulta para avaliação de rejuvenescimento facial. Os sinais de envelhecimento facial incluem: • Perda da elasticidade e tom de pele normais; • Pele flácida e muitas rugas e vincos; • Achatamento das bochechas e cavidade das têmporas; • Rugas finas ao redor dos olhos e boca; • Proeminência das dobras ao redor da boca; • Aparência de papada, pele flácida na linha da mandíbula; • Excesso de pele e rugas sob o queixo e na área do pescoço; • Separação de fibras musculares no pescoço. Se você estiver preocupado com qualquer sinal de envelhecimento facial, o Dr. Abolmaali pode lhe dar conselhos profissionais sobre o melhor caminho para atingir seus objetivos. Quanto mais cedo as pessoas procurarem aconselhamento e

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QUAIS SÃO OS DIFERENTES TIPOS DE LIFTING FACIAL?

A cirurgia plástica evoluiu significativamente na última década. As técnicas de lifting facial estão na vanguarda dessas mudanças. Os tipos mais comuns de lifting facial incluem: • Mini facelift (MACS lift) • Facelift tradicional (SMAS lift) • Facelift de cicatriz curta • Lift isolado do pescoço

tratamento, maior será a probabilidade de evitar a intervenção cirúrgica. Você é um candidato ao rejuvenescimento facial se: • Se preocupar com sua aparência facial e tem alguns sinais de envelhecimento facial; • Não é fumante; • Não tem problemas de sangramento e não toma anticoagulantes; • Não tem problemas sérios de saúde; • Tem expectativas realistas e quer reverter os sinais de envelhecimento.

COMO UM LIFTING DE ROSTO E PESCOÇO PODE ME AJUDAR?

A maioria dos sinais do envelhecimento facial pode ser revertida por cirurgias de lifting e pescoço. Em nossas mãos experientes, podemos aliviar seus elementos mais preocupantes do processo de envelhecimento e devolver a juventude e a confiança a você. Os resultados incluem: • Restaurar os tecidos para onde eles pertencem. Isso irá restaurar naturalmente a plenitude e melhorar a aparência das bochechas; • Levantar suavemente a pele irá suavizar as rugas e restaurar a elasticidade da pele; • Remover o excesso de pele na área do pescoço irá restaurar um belo contorno de perfil. • O aperto dos músculos do pescoço (espartilho de platisma) proporciona um efeito duradouro. Com base no exame inicial e em seus objetivos, o Dr. Abolmaali pode recomendar outros procedimentos para melhorar o lifting facial, como os procedimentos menos invasivos: • Enxerto de gordura nas têmporas, bochecha e queixo; • Lipoaspiração do pescoço e rosto; • Implantes para restaurar os componentes estruturais das bochechas e queixo; • Injeção de neuromoduladores (por exemplo, BOTOX® e Dysport®); • Remodelação da pele com laser ou peelings químicos; • Outros procedimentos cirúrgicos, como levantamento da sobrancelha e blefaroplastia (reparo de pálpebras encapuzadas / caídas). 28 - Cia Brasil Magazine - Setembro de 2020 - www.ciabrasilatlanta.com

O Dr. Abolmaali acompanhou essas mudanças da tecnologia e novas técnicas. Além de sua prática na área de Atlanta, teve a oportunidade de treinar com mais de 40 especialistas na área de cirurgia plástica estética em Manhattan e Long Island, NY. Ele tem experiência em cada uma dessas técnicas de lifting. Tendo experimentado os pontos fortes e fracos de cada tipo de cirurgia, o Dr. Abolmaali pode ajudá-lo a escolher a cirurgia apropriada para você.

O QUE ESPERAR APÓS A CIRURGIA DE LIFTING FACIAL?

Todos os procedimentos de lifting são realizados como cirurgia ambulatorial. O Dr. Abolmaali tem privilégios em vários centros de cirurgia no norte de Atlanta, incluindo as regiões de Alpharetta, Marietta, Roswel, Dunwoody e Sandy Spring. Ele também opera em uma sala de cirurgia totalmente credenciada com um anestesiologista credenciado em seu consultório. A maioria das cirurgias de lifting é realizada sob anestesia geral; no entanto, dependendo de suas preferências, pode ser realizada com sedação crepuscular e anestesia local. No pós-operatório, a dor é geralmente muito tolerável, e até mesmo mínima de acordo com as experiências das pessoas. A maioria dos indivíduos não necessita de medicamentos narcóticos para a dor. Pode-se esperar inchaço e hematomas por sete a dez dias. Se possível, é recomendado descansar/dormir em uma cadeira reclinável com a cabeça elevada. Aconselha-se a ir com calma por uma a duas semanas após a cirurgia; no entanto, você pode sair de casa assim que puder. Aconselhamos evitar exercícios ou curvar-se por duas a três semanas.


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Em um mês, você percebe a maioria dos benefícios e efeitos duradouros do lifting facial; no entanto, pode demorar alguns meses para ver o resultado.

O QUE POSSO ESPERAR DURANTE A RECUPERAÇÃO APÓS O LIFTING FACIAL? O Dr. Abolmaali usa técnicas de minimização de cicatrizes para esconder evidências da cirurgia nos fios do cabelo e vincos naturais da pele (por exemplo, ao redor da orelha). As incisões geralmente cicatrizam muito bem, sem complicações. É extremamente importante que você evite fumar e/ou qualquer produto que contenha nicotina, pois eles afetam negativamente o processo de cicatrização e causam cicatrizes duradouras após a cirurgia. Agende uma consulta gratuita para uma avaliação para melhorar a aparência do rosto e seu contorno. E se tiver alguma dúvida sobre os tratamentos disponíveis, procedimentos de cirurgia plástica ou procedimentos cosméticos, envie suas perguntas para nosso e-mail magazine@ciabrasilatlanta.com e o Dr. Kamran Abolmaali responderá em suas próximas matérias do “Pergunte ao Doutor”. Os seus dados são confidenciais e não serão publicados. A NAPSG oferece consulta grátis para aconselhamento e avaliação de todos os procedimentos de cirurgia plástica e cirurgia e procedimentos cosméticos.

CONHEÇA O DR. KAMRAN ABOLMAALI O médico cirurgião plástico Dr. Kamran Abolmaali, fundador da Clínica North Atlanta Plastic Surgery Group LLC, é altamente qualificado, com mais de doze anos de treinamento nos principais programas de cirurgia plástica de Nova York e Londres. Ele frequentou o estimado programa de residência do Grupo de Cirurgia Plástica de Long Island, em Long Island, New York e Manhattan, após concluir a residência em cirurgia-geral na Universidade Marshall. Atualmente, é certificado em cirurgia-geral pela American Board of Surgery. Ele também é certificado pelo prestigiado Royal College of Surgeons of England.

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Dr. Kamran Abolmaali Plastic & Reconstructive Surgeon Fundador da North Atlanta Plastic Surgery Group LLC. Board certified in General Surgery Trained in esteemed programs nationally and internationally. WWW.NAPSG.COM


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CAPA

SETEMBRO AMARELO: MÊS DA CONSCIENTIZAÇÃO DO CÂNCER INFANTIL TRIBUTO À

D

urante o mês de setembro acontece a conscientização sobre o câncer infantil. Aqui nos Estados Unidos, a campanha é conhecida como “Setembro Amarelo” (no Brasil, “Setembro Dourado”). Nesta edição vamos contar a história da brasileira Melissa, que aos dois anos de idade foi diagnosticada com Leucemia do tipo AML (Acute Myeloid Leukemia). Melissa era uma criança apaixonada por borboletas, princesas, cantar e dançar, mas o diagnóstico da doença devastou sua família. Seus pais, a brasileira Erika e o americano Joe Depa, buscaram tratamentos nos quatro cantos do país para a cura, no entanto e infelizmente, a doença retornou e a pequena Melissa veio a falecer. Hoje seus pais honram a vida de Melissa por meio da campanha “United for the Cure”, que criaram em seu nome para gerar conscientização do câncer infantil e arrecadar fundos para serem usados na pesquisa da leucemia do tipo AML. A campanha é parte do programa “CURE Childhood Cancer - Kids Conquer Cancer One Day”. O objetivo desse programa é homenagear e lembrar os heróis mais jovens do câncer. Ao compartilhar essas histórias inspiradoras, busca-se aumentar a conscientização sobre as questões que envolvem o câncer pediátrico, ao mesmo tempo em que arrecadam dinheiro para financiar pesquisas que irão superá-lo. Desde o seu início, o programa arrecadou mais de US$ 2,3 milhões para combater o câncer infantil. Para conhecer um pouco sobre a história dessa família tão especial, confira nossa entrevista com Erika Kaupert Depa, mãe de Melissa.

MELISSA

CIA BRASIL: ERIKA, FALE UM POUCO SOBRE VOCÊ, DE ONDE É NO BRASIL E POR QUE VEIO PARA OS ESTADOS UNIDOS. Erika: Meu nome é Erika M Kaupert Depa, tenho 36 anos, sou de Campinas-SP. Conheci meu marido Joe numa viagem a trabalho que fiz para Atlanta em 2008. Quando nos conhecemos foi um momento de encontro de almas gêmeas, sabíamos que ficaríamos juntos. Aplicamos para o visto K1 (visto de noiva) e me mudei para Atlanta em maio 2009. Moramos em Atlanta, Buckhead, por um ano, até que compramos nossa casa em Cumming, em 2010. Adoro Atlanta e não temos planos de sair daqui. Atualmente moramos em Suwanee/Johns Creek.

CIA BRASIL: FALE UM POUCO SOBRE A SUA FAMÍLIA. Erika: Sou casada há 11 anos com Joe Depa, de 38 anos de idade atualmente. Em abril de 2012 nasceu nossa primeira filha, Melissa Depa. Tenho mais dois filhos, Anthony de 5 anos e Nicholas de 2 anos. Meus pais Antonio e Sueli Kaupert moram aqui também. Em 2013/2014 apliquei o green card para eles, que vieram para me ajudar num momento muito difícil da minha vida. CIA BRASIL: NOS CONTE UM POUCO COMO FOI A SUA GRAVIDEZ DA MELISSA, DESDE QUANDO SOUBE DA GESTAÇÃO ATÉ O NASCIMENTO. Erika: Após anos de casados, decidimos que era a hora de aumentar a família. Tudo estava planejado nos mínimos detalhes, até que em 20 abril de 2012 Melissa nasceu. Foi nossa primeira filha

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e a primeira neta da família. Estávamos no “mundo cor de rosa”! A gravidez foi tranquila, parto tranquilo… ela nasceu grande e saudável.

CIA BRASIL: NOS CONTE UM POUCO SOBRE A MELISSA ANTES DO DIAGNÓSTICO. Erika: Melissa era um amor de bebê. Não passávamos por nenhum sufoco, tudo era perfeito. Fomos em todas as consultas com a pediatra, até que na consulta de 18 meses, ela pediu um exame de sangue padrão (CBC), que sempre é feito em todos os pacientes a cada 6 meses a 1 ano para ver se as células do sangue estão todas ok. Foi nessa consulta dos 18 meses e consequente exame que, por um acaso, descobrimos que o número de plaquetas estava baixo. Repetimos o exame e assim a pediatra achou melhor procurarmos um médico hematologista para ter mais respostas. Foi aí que conhecemos o CHOA (Childrens Healthcare of Atlanta). Toda semana, por seis meses, fomos a consultas e exames e mais exames para tentar descobrir o que estava acontecendo, o porquê de as plaquetas estarem baixas e não aumentarem. Até que depois desses seis meses fizeram um exame de biopsia da medula e encontraram o começo de células cancerígenas, que era o que estava provocando a queda no número das plaquetas. O próximo passo foi descobrir que tipo de câncer era. Depois de mais exames, finalmente tivemos a resposta que era um tipo “raro” de leucemia: AML (Acute Myeloid Leukemia). Isso foi em junho 2014, ela tinha acabado de fazer 2 anos.


CIA BRASIL: HAVIA OUTROS CASOS DA DOENÇA EM SUA FAMÍLIA OU DE SEU ESPOSO? Erika: Não existe nenhum caso de câncer na nossa família; nem na minha, nem na do meu marido. Estávamos todos chocados e aflitos. CIA BRASIL: NOS CONTE COMO FOI O CHOQUE PARA VOCÊ E SUA FAMÍLIA DE DESCOBRIR SOBRE A LEUCEMIA DA MELISSA. Erika: Na época que descobrimos o problema das plaquetas, eu nem sabia o que era isso, nunca tinha ouvido falar em doenças de sangue. Começamos a pesquisar cada detalhe, cada teste, entrar em contato com diversos médicos do mundo todo, para ter certeza de qual seria o melhor tratamento... Mas, na verdade, não tinha muitas opções. E nesse meio tempo, descobrimos que eu estava grávida novamente. CIA BRASIL: COMO FORAM OS PRIMEIROS MESES APÓS O DIAGNÓSTICO E QUAIS FORAM OS TRATAMENTOS? Erika: Em julho de 2014, começamos o tratamento de quimioterapia no CHOA - Egleston. Como disse acima, eu estava gravida do Anthony. Ficamos de julho a dezembro internados no hospital. O tratamento e quimioterapia para a leucemia AML são tão agressivos e fortes, que a criança não é liberada para voltar para a casa. Então, nós moramos no hospital por todo esse tempo. CIA BRASIL: CONTE COMO FOI A VIDA NO HOSPITAL PARA A MELISSA E COMO FOI A SUA ROTINA? Erika: Melissa tinha 2 anos e não entendia muito sobre esse mundo louco em que vivemos. A vida dela era morar lá no quarto do hospital, visitar os cachorros de serviço, biblioteca do hospital, fazer parte das atividades que o hospital proporciona, visitar o jardim… essa era nossa vida

Os Irmãos de Melissa, Anthony e Nicholas posam para foto com o retrato da irmã

normal. Eu não trabalhava, então ficava as 24 horas do dia com ela. Meu marido trabalhava em Atlanta; então, às vezes ele ia para o trabalho e voltava para passar a noite com a gente. O tratamento estava indo bem, o câncer diminuindo, estávamos com esperança de que isso ia passar e iríamos voltar para a casa todos saudáveis para esperar a chegada do irmãozinho. Nessa época, conhecemos tantos voluntários, organizações que ajudam as famílias, recebíamos comidas praticamente todo dia, presentes para Melissa… Eu não tinha ideia de quanta gente boa existia nesse mundo.

conhecemos nossos vizinhos de quarto que também estavam lá há meses. Pode-se dizer que eles ficaram sendo parte da nossa família. Nossa primeira vizinha do quarto da frente era Mary Elizabeth Paris, uma doce menina de 11 anos. Outro vizinho era Lake Bozman, de 8 anos. Todas as três crianças estavam com a mesma doença, AML, considerada “rara”, e lá estavam as três lutando contra a mesma doença. Não era sempre que eles podiam sair do quarto, mas sempre que tinha a oportunidade, tentávamos ir ao playroom com eles para fazer alguma atividade.

CIA BRASIL: DURANTE ESSES TRATAMENTOS VOCÊS CONHECERAM OUTRAS FAMÍLIAS QUE ESTAVAM PASSANDO PELO MESMO PROCESSO. COMO FOI ESSE PERÍODO? Erika: Como estávamos numa área mais restrita do hospital, porque casos mais agressivos precisam ser isolados,

CIA BRASIL: COMO FOI O INÍCIO DO TRATAMENTO DA MELISSA? RESPOSTA: O início do tratamento aqui em Atlanta foi super bem. Ela respondeu bem à quimioterapia, tudo estava melhorando, até que o tratamento acabou em novembro. Voltamos para casa, na esperança dela estar curada. Tínhamos mar-

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cado um dia para a cirurgia para retirada do port/iv que ficava no peito dela (de onde retiravam sangue, davam remédio, para não ter que furar com agulha toda hora). Nesse dia marcado para a retirada, antes de retirar, eles fizeram outro exame de sangue para ter certeza de que estava tudo ok, de que o câncer não tinha voltado. Para nossa surpresa, lá estavam as células cancerígenas de novo. Ou seja, a cirurgia de retirada do port não aconteceu e voltamos para o hospital para mais um tratamento. Ficamos mais um mês, até dezembro, mas esse tratamento não estava fazendo efeito. Tivemos que procurar outro hospital e médico que pudesse nos ajudar. CIA BRASIL: MELISSA FOI TRATADA SOMENTE NO HOSPITAL OU PODE TER UM TRATAMENTO EM CASA TAMBÉM? COMO FOI A VIDA DE VOCÊS NESSE PERÍODO? RESPOSTA: Foi aí que o St Jude Children’s Research Hospital, em Memphis-TN, aceitou a ida da Melissa, para um tratamento experimental, que talvez pudesse ajudá-la. No dia 24 de dezembro 2014, meu marido, minha sogra e Melissa foram com um avião privado que contratamos (ela não podia ficar em aeroportos por estar sem imunidade, podendo se infectar por algum germe e ficar doente) para Memphis. Eu tive que ficar, porque meu filho nasceria de cesárea em 2 de janeiro, de última hora não tinha como eu viajar para outro estado, procurar médicos e hospitais. Foi nesse momento que meus pais largaram tudo no Brasil e vieram para cá me ajudar, ficando comigo aqui enquanto meu marido estava no St Jude em Memphis com Melissa. O Anthony nasceu e na mesma semana já fui liberada para ir a Memphis ficar com Melissa. Meus pais ficaram com meu bebê nesse tempo todo enquanto eu fiquei com Melissa no hospital.

Erika: A segunda parte do tratamento no St Jude foi quando ela conseguiu fazer o transplante de medula. Com isso, era para ela ter novas células no sistema, que iriam eliminar as células cancerígenas. Mas isso também não deu certo. Ficamos no St Jude de dezembro até junho de 2015. O hospital é maravilhoso e oferece um apartamento para as famílias. Então meus pais ficaram nesse apartamento com o bebê Anthony, e sempre que dava tempo, eu ou Joe íamos vê-lo e voltávamos para o hospital. Tenho uma foto que mostra meus pais levando Anthony no vidro para a Melissa ver o irmãozinho, já que não era permitido visitantes na área de transplantes. CIA BRASIL: CONTE-NOS COMO FOI A SITUAÇÃO DO NASCIMENTO DO SEU FILHO EM MEIO AO TRATAMENTO DE MELISSA. COMO VOCÊ CONSEGUIU LIDAR? Erika: Esse momento do nascimento e crescimento passou tão rápido... eu não estive muito presente. Lógico que passamos tempo juntos, mas ele estava o dia todo com meus pais e não comigo. Quando ele estava com duas semanas de vida, teve que fazer uma cirurgia no estômago (pyloric stenosis), e nesse caso minha mãe e eu ficamos com ele em outro hospital, e meu marido ficou com Melissa no St Jude. Tudo isso foi como um flash,

CIA BRASIL: COMO FOI A SEGUNDA PARTE DO TRATAMENTO DELA? 34 - Cia Brasil Magazine - Setembro de 2020 - www.ciabrasilatlanta.com

não tenho muitas memórias; meu foco era estar com Melissa. CIA BRASIL: É MUITO DIFÍCIL ENTENDERMOS A EXPERIÊNCIA DE PERDER UM FILHO. SÓ QUEM JÁ PASSOU POR ESSE TRAUMA PODE FALAR SOBRE A DOR. CONTE-NOS COMO MELISSA FALECEU, EM QUAL HOSPITAL E ESTÁGIO DO TRATAMENTO ELA ESTAVA. Erika: Como o tratamento e o transplante no St Jude também não deram certo, o câncer sempre voltava. Tivemos que procurar outro médico e hospital que pudesse ajudar. Não existe opções, existem pesquisas que, se você se encaixar no perfil que os médicos estão procurando, eles lhe aceitam como paciente para fazer parte da pesquisa de novos tratamentos. Fomos para o MD Anderson, em Houston-TX, em junho 2015. Mas nesse tempo Melissa tinha piorado, já estava bem fraquinha; mas não desistimos nunca, e fomos atrás de tudo que podia ser feito. Ficamos praticamente um mês com ela na UTI, e no dia 13 de julho de 2015 ela faleceu; foi cremada e está aqui em casa conosco. CIA BRASIL: OS IRMÃOS DE MELISSA COMPREENDERAM O QUE HAVIA ACONTECIDO? COMO FALAM DA IRMÃO PARA ELES? Erika: Nicholas, de 2 anos ainda, é pequeno, mas ele sabe quem é Melissa quando mostramos as fotos. Anthony tinha apenas 6 meses, mas ele cresceu com a memória da irmã; todo dia ele pergunta dela ou faz algum comentário. É um assunto que somos confortáveis para conversar. Anthony entende bem, é maduro por ter somente 5 anos. Ele tem uma visão de vida/morte diferente de muitas crianças, e até de adultos. Em datas especiais fazemos a comida preferida de Melissa – steak – e soltamos bexigas para que o vento leve para ela no céu. E às vezes, pessoas que conhecemos


fazem perguntas como “quantos filhos você tem?”... Vem aquele nó na garganta... O que responder? Ou em trabalhos da escola, quando a professora pede para fazer desenho ou levar fotos da família, o que fazer quando sua irmã não está nas fotos com você? São assuntos delicados e difíceis de responder. CIA BRASIL: AGORA CONTE-NOS UM POUCO COMO VOCÊ SE JUNTOU A OUTRAS FAMÍLIAS PARA CRIAREM O FUNDO “UNITED FOR THE CURE”? Erika: Com meses de diferença, as três crianças – Melissa, Mary Elizabeth e Lake – faleceram. Nenhum tratamento funcionou. Mas não poderíamos parar ali. Com as três famílias, resolvemos criar um fundo de doações por meio da Cure Childhood Cancer, aqui de Atlanta. Todas as doações que recebemos com fundraisings mandamos para médicos e hospitais dos Estados Unidos, tudo para o desenvolvimento de novas pesquisas, focando a cura do câncer infantil. CIA BRASIL: FALE UM POUCO SOBRE O PROJETO E A CAMPANHA. QUAIS AS ATIVIDADES VOCÊS REALIZAM DURANTE O ANO. Erika: Há cinco anos, para celebrar e não passar em branco o aniversário de Melissa, recolhemos doações de brinquedos para meninos, meninas, bebês e adolescentes. Todos os anos essa campanha

cresce cada vez mais. Juntamos em média mais de mil brinquedos por ano. No dia 20 de abril, data do aniversário, alugamos um caminhão e fazemos a entrega no Childrens Healthcare of Atlanta (Egleston e Scottish Rite). Esses brinquedos e materiais de arte entre outras coisas são usados em todo o hospital, em bingos que eles fazem para os pacientes e outras atividades. Eles têm um galpão onde tudo fica guardado, organizado, e sempre que alguma criança precisa ou pede algum item especial, eles conseguem ter lá. Já se tornou uma tradição a comemoração do aniversário de Melissa. Já que não podemos celebrar com ela aqui, levamos a alegria para as crianças que estão internadas no hospital. Fazemos vários eventos com parcerias com restaurantes e lojas, que doam porcentagem das vendas ao nosso fundo. Também fazemos campanha de doação de sangue. Uma criança internada fazendo quimioterapia recebe várias transfusões de sangue e plaquetas. Assim, tentamos mostrar à nossa comunidade a importância de se doar sangue, algo tão fácil e sem custo. Também tem campanha do Be the Match, organização responsável para as pessoas se registrarem para poderem ser doadoras de medula. É muito difícil achar alguém que seja compatível; Melissa não teve nenhum match. Meu marido era match 50% e doou as células dele para o transplante. A família do Lake promove todo ano um Carwash, mas neste ano será virtual. E no mês de setembro fazemos o laço dourado para as caixas de correios de vários condomínios de Atlanta e região. É uma campanha que cresce todo ano também. Cada laço tem o valor simbólico de US$25, que se torna doação para a Cure. Instalamos o laço nas caixas de correios, simbolizando que aquela família apoia a causa. É tão bonito dirigir pelos condomínios e ver casa por casa, tudo dourado! Também em setembro a Cure faz uma página no website para cada criança. Melissa tem uma página específica e nossa meta é juntar US$ 20 mil em setembro.

CIA BRASIL: COMO CAMPANHAS DO TIPO DAS QUE SÃO REALIZADAS DURANTE O MÊS DO “SETEMBRO AMARELO” TÊM IMPACTO NA CONSCIENTIZAÇÃO DO CÂNCER INFANTIL? Erika: Setembro é o mês que tentamos fazer mais atividades e posts sobre o câncer infantil. Infelizmente, neste ano as coisas estão mais difíceis, não podemos fazer nenhum evento pessoalmente. Então, espero que as pessoas, mesmo que virtualmente, continuem ajudando. O Fundo existe desde 2015. Até hoje já conseguimos cerca de US$700 mil, que estão sendo usados em pesquisas por todo os Estados Unidos. Como curiosidade, menos de 4% de pesquisa federal do câncer é alocada para o câncer infantil. Isso é pouquíssimo. É por isso que organizações como a Cure aparecem e trabalham para conseguirmos melhorar o cenário e promover mais pesquisar relacionadas ao câncer infantil. Além de pesquisas, eles também ajudam financeiramente as famílias que precisam, oferecem refeições a toda a família no hospital. No website curechildhoodcancer. org tem bastante informação também. Meu marido faz parte do Board of Directors da Cure e está sempre ajudando nas decisões da organização, trazendo sua expertise do mundo business. Ele também faz parte do grupo de pais voluntários do St Jude, que ajudam famílias que estão na mesma situação com os filhos em buscas de tratamentos para a cura. E aproveito para agradecer toda a comunidade local, que está sempre pronta a ajudar no que for preciso! Todo ano eu penso que as pessoas vão esquecer ou que as doações, os brinquedos vão diminuir. Pelo contrário, todo ano aumenta. Muito obrigada!

da Redação

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ESPAÇO MULHER

GRUPO DE APOIO À MULHER

T

oda mulher, independentemente de sua idade, cor, raça, crença e status, merece o respeito e dignidade para viver uma vida feliz. Infelizmente, e ainda mais acentuada pelas restrições da atual pandemia, a mulher vem sofrendo abusos não somente verbais e emocionais, mas também físicos e, na maioria das vezes, não se sente forte o suficiente para buscar suporte ou mesmo recursos que possam ajudá-la a se expressar mais livremente e sair do aprisionamento emocional que a tem, em muitos casos, levado até mesmo a depressão ou tentativa de suicídio. Precisamos acabar com todo esse descaso.

MULHERES, PREPAREM-SE! VEM AÍ O

- GAMU -

GRUPO DE APOIO À MULHER

A missão é dar suporte emocional à mulher e torná-la consciente de seu potencial para atuação mais confiante nos papéis a nível familiar, afetivo e profissional. Tem como objetivo acolher emocionalmente e dar suporte à mulher que deseja tornar-se mais autoconfiante para alavancar sua vida, sua carreira, seus relacionamentos e viver uma vida mais saudável e feliz.

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O GAMU oferecerá encontros virtuais e presenciais, nos quais, além de palestras e cursos com profissionais de diferentes áreas, a participante terá grupos de apoio privados. Toda e qualquer participante de qualquer evento ou encontro contribuirá com um alimento não perecível para a formação do food bank do GAMU. Todos os alimentos arrecadados serão revertidos a famílias e pessoas da comunidade que se encontram em dificuldade financeira devido à perda de trabalho, casos de doenças que impeçam de trabalhar e/ou deportação do mantenedor da família.

Rejane Guerreiro MSc. Graduada em Psicologia Mestre em Neuroleadership Neuroleader Trainer NBI


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DIÁRIO DE PANDEMIA

RACISMO ESTRUTURAL E PANDEMIA A MORTALIDADE TEM RAÇA E COR

A

pandemia do coronavírus nos Estados Unidos e Brasil apresenta dados importantes sobre as pessoas que têm mais chances de morrer, nos quais os negros e latinos são os mais afetados. Os Estados Unidos têm 13% da população negra com 27% de maior chance de morrer, segundo a entrevista do jornalista da New York Times, Eduardo Porter, autor do livro “O preço de todas as coisas”. O Ministério da Saúde do Brasil estima que a taxa de mortalidade para 100 mil habitantes no país e muito maior para negros (27.4%) do que para brancos (9,6%). Ou seja, os negros têm 62% mais chance de morrer que os brancos. Dados assustadores e considerados resultados do racismo estrutural como uma das questões fundamentais para esse entendimento. As desigualdades sociais e raciais também podem ser vistas nas doenças em populações de vulnerabilidade, no não acesso a atendimentos de qualidades nos sistemas de saúde, na precarização

da moradia, nos trabalhos básicos e fundamentais para o bem-estar social, entre outros fatores. Tudo isso demonstra injustiças comuns em diferentes contextos históricos, tanto no Brasil como nos Estados Unidos, segundo Eduardo Porter. Uma das formas de prevenção do coronavírus de ficar ou trabalhar em casa não é privilégio da população negra e latina. Os trabalhadores com maiores chance de contaminação e letalidade são motoristas, domésticas, entregadores e atendentes, todos exclusos de redes de solidariedades já estabelecidas antes da pandemia, redes pautadas na coletividade, na convivência e na cooperatividade. Atualmente, essas redes foram reduzidas na prevenção do coronavírus. Infelizmente, a naturalização e a banalização das mortes nos dois países são parte do racismo estrutural, como diz Silvio Almeida, autor do livro “O racismo estrutural”. Ele salienta que o racismo aniquila a potência da vida quando banaliza a morte em massa e outras demandas que a sociedade já viveu

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por muitos anos, como desaparecimento de pessoas na ditadura, o encarceramento dos jovens pretos e pobres, brutalidade policial, violência à mulher negra e, na atualidade, essa hostilidade racial nas 100 mil mortes do coronavírus no Brasil, em muitos casos sem direitos a velórios, proibidos na pandemia. A banalização das mortes – principalmente as mortes negras – criam corpos sem identidade. Uma sociedade que se desumaniza desta forma está em crise, e o racismo é uma doença que vem oprimindo a sociedade globalmente, pois é uma forma de naturalização da morte do outro. Silvio Almeida questiona: “Por que alguém pode pensar que merece viver mais que o outro?” Você tem alguma hipótese? Uma pessoa negra pode não ser a exceção em estar vivo ou por ser sinônimo de sucesso. Isso deveria ser natural, principalmente no Brasil onde a maioria da população é de origem negra; não é possível negar as necessidades dessa numerosa po-


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Brasil. É preciso reconhecer a “doença racismo”, estruturar ações com representatividade, direitos, moradia, rendas e espaços de decisão para a mudança. Utilizando uma terminologia de saúde, poderíamos dizer que as vidas negras são vírus e precisam ser controladas por um sistema em crise que não combate o que não lhe interessa. A demora da vacina como prevenção também pode ser parte desse parâmetro. Idealmente, quando se trata de racismo, as ações precisam ser muito mais que preventivas. As ações precisam ser coordenadas por toda a sociedade que está desumanizada. É preciso quebrar a curva do crescimento do racismo pandêmico. Os casos de opressão, violência, mortes e injustiças precisam cair. Nós precisamos desinfectar pensamentos que não fazem a sociedade avançar e “reinfectar” todo o povo no avanço e num futuro mais civilizado, pois os Estados que não promovam paz e humanidade estão equivocados na condução de suas instituições. Os números das mortes denunciam o racismo, necessários e fundamentais para pensarmos no futuro além da raça como fator classificatório dos seres humanos, como conclui Silvio Almeida em seu livro brilhantemente. É preciso sonhar e agir rapidamente nessa direção!

SOBRE O AUTOR SILVIO ALMEIDA Doutor em Filosofia e Teoria do Direito pela USP, Professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) e da Universidade Mackenzie, Professor Visitante da Universidade Duke, nos Estados Unidos, e Presidente da Fundação Luiz Gama. Ele também é autor de diversas obras sobre filosofia, racismo e consciência de classe, como o livro “Racismo estrutural”, que discute como o racismo está na estrutura social, política e econômica da sociedade brasileira.

pulação. Seria esse, talvez, o motivo da violência ser maior na população negra? São características típicas do racismo estrutural... A população negra vive o tempo todo experienciando situações de exclusões baseadas nas relações raciais. Os resultados do racismo estrutural e da pandemia se afinam para a sociedade continuar desejando a morte do povo negro. Segundo Silvio de Almeida, é como se a cor da pele também provocasse mais medo e pavor num contexto da pandemia. O racismo é pandêmico e a pandemia produz medo e racismo. A pandemia configura-se também como forma de injustiça e opressão que o Estado e o sistema neoliberal têm como ferramenta de controle de suas instituições, sejam estas econômicas ou políticas. São nesses segmentos que as ações precisam ser ajustadas de forma digna e decente para a população pobre e negra, adjetivos quase sinônimos no 40 - Cia Brasil Magazine - Setembro de 2020 - www.ciabrasilatlanta.com

Por Terezinha Ribeiro tmjribeiro8@gmail.com Facebook: Terezinha Ribeiro Instagram: @tmjribeiro


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AROUND THE TOWN

MAGAZINE

2ª Reunião de parceiros e expositores do Brazilian Weekend Festival A produção do Brazilian Weekwend Festival realizou um jantar onde estiveram presentes parceiros e expositores do evento. O BWF acontecerá nos dias 10 e 11 de outubro de 2020 no Antigo cinema da Delk Road em Marietta - Venue 261 (2854 Delk Rd. Marietta, GA 30067) Fotos por Manoel Oliveira

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CIA FASHION

A BASE CERTA PARA CADA TIPO DE PELE

E

scolher a base certa é o primeiro passo para uma maquiagem perfeita. Se a pele não está bem preparada, não adianta ter o blush e o batom mais perfeito do planeta. Por isso aprenda já a escolher a base ideal para a sua pele e realizar uma produção impecável. Para começar, a cobertura que a base tem pode ser classificada em leve, média e alta. A escolha irá depender da ocasião e do gosto pessoal. Também é possível encontrar no mercado bases com cobertura “leve a média” ou “média a alta”.

TIPOS DE BASE

Atualmente, é possível encontrar no mercado uma grande variedade de produtos com diversas indicações. A base líquida proporciona um efeito mais natural à maquiagem, pois sua textura geralmente adere bem à pele, sem acumular em poros ou linhas de expressão, devido à sua maleabilidade. Eu recomendo utilizar mais para aquelas pessoas que tem a pele seca já que geralmente a base líquida ajuda na hidratação da pele. Já a base com efeito mate é aquela que possui uma finalização opaca e sem brilho. Essa é uma boa opção para quem tem a pele oleosa ou “brilhosa”, já que a base traz esse efeito mais seco.

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COMO ESCOLHER A BASE IDEAL? A base mais indicada para você é aquela que combina com o seu tipo de pele. Em geral, as recomendações para os diferentes tipos de peles são: Pele oleosa e jovem: opte por produtos mais secos, como as bases com cobertura mate (contêm mais pigmentos com maior poder de cobertura).

Pele seca e madura: prefira bases mais fluidas (líquidas) de rápida absorção para não acentuar o ressecamento e as linhas de expressão, garantindo um resultado natural. Pele normal ou mista: escolha as bases líquidas ou compactas. Seguem algumas dicas de marcas de bases excelentes para o inverno. Aproveite para estocar para manter sua pele com aparência renovada, independentemente das condições climáticas:

• Giorgio Armani Lasting Silk UV Foundation • Hourglass Veil Fluid Makeup • Maybelline Fit Me Dewy + Smooth Foundation • MAC Studio Face And Body Foundation • Koh Gen Do Moisture Foundation. Espero que vocês tenham gostado destas dicas sobre o tipo de base ideal para sua pele.

Andrea Franco Professional Makeup Artist Follow me on Instagram: andreafranco.makeup

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CANTINHO DA APRENDIZAGEM

COMECE A SE ORGANIZAR JÁ!

A

organização simplifica a sua vida, e muito. Os benefícios vão além de somente ter um ambiente em ordem e facilidade de encontrar os objetos. Uma boa organização disponibiliza para você mais tempo para realizar atividades prazerosas, permitindo que se concentre nos assuntos mais importantes do seu dia a dia. Normalmente temos a tendência de resolver ”urgências” em vez de dar prioridade para as coisas relevantes, acumulando grande número de tarefas que nos sobrecarrega, dificultando o alcance das nossas metas. O ambiente organizado evita que você perca tempo buscando por objetos ou tentando lembrar onde os colocou, diminuindo o estresse do dia a dia. Um bom projeto de organização inspira autoconfiança e controle na sua vida. É por isso que para cada indivíduo há um método, uma maneira de organização, tornando assim a tarefa do profissional de organização um trabalho personalizado. Porém, independentemente de ter a ajuda de um profissional, existem algumas dicas para você se organizar

com essa nova rotina de vida se moldando, uma vez que alguns voltaram às aulas on-line, outros já estão frequentando a escola presencialmente e, aos poucos, o mercado de trabalho vai ganhando novas frentes. Eu sempre indico começar por onde a bagunça está mais caótica, pois assim desafogamos aquele espaço que tanto nos deixa exaustos só de olhar. É isso mesmo: desorganização nos tira energia. Comece a organizar sua vida com planejamento, disciplina e calma. Se precisar de uma ajudinha, tudo bem, ninguém é de ferro. Mas escolha uma pessoa que realmente possa auxiliá-lo nessa missão em dias mais críticos, alguém livre dos mesmos apegos. Avalie a necessidade de investir em material para facilitar o trabalho (pastas, arquivos, gaveteiros, caixas, divisórias para gavetas etc.), marque o dia D para dar a largada, planeje as paradas para as refeições e mãos à obra. E não se esqueça de levar em consideração três premissas básicas: a seleção, o descarte (separe o que será doado, reciclado, vendido ou jogado fora) e a organização do que ficou. Doar o que é desnecessário na nossa vida, especialmente nos períodos em que ocorrem catástrofes como enchentes, furacões, terremotos, crises econômicas, facilita o processo de desapego e ajuda a sair da estagnação. É uma ação efetiva de contribuição para uma sociedade mais

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solidária, e cá para nós, o mundo está precisando disso neste momento. Você perceberá que depois de iniciar a limpeza todos os sentimentos guardados virão à tona, mesmo os conflitantes. Ao mesmo tempo em que sentirá vontade de desistir, não vai querer parar mais. Fique atento, não fuja das metas e não esgote suas reservas de energia. Siga num ritmo que o mantenha motivado e comemore cada uma de suas vitórias. Observar os sacos cheios com a seleção do que irá para o lixo e do que será doado é uma grande motivação; é um presente para o seu processo de autoconhecimento. Você verá que quando nos desapegamos daquilo que não nos serve mais, o espaço que criamos, fisicamente, mentalmente e espiritualmente é realizador. Assim, ao criar esse espaço interno e externo, você poderá preencher com aquilo que realmente você deseja para sua vida, eu te garanto. Experimente fazer isso ficará surpreso. Se precisar de ajuda profissional é só entrar em contato. Alexandra Tsouroutsoglou Personal Organizer Consultora de Feng Shui Facilitadora de Access Consciousness© www.organizerealize.com.br


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BATE-PAPO

“A

fotografia não é arte, é um meio. Um meio através do qual poucos conseguem produzir arte”, disse o famoso fotógrafo inglês David Bailey. Falando nessa arte, a convidada para o bate-papo deste mês é a fotógrafa Ana Nobre, que vai nos contar um pouco sobre sua profissão e como tem sido sua jornada nos dez anos fazendo fotografia. Ana nasceu no estado do Ceará, em uma cidade de nome indígena Quixeramobim. Sua família mudou-se para o estado de São Paulo quando ela tinha oito meses de idade, vivendo assim toda a sua vida na cidade de São Bernardo do Campo. Mora nos Estados Unidos há um bom tempo e conta que veio passar férias aqui e se apaixonou pela Geórgia. Confira a seguir o nosso bate-papo.

CIA BRASIL: Ana, há quanto tempo você está Estados Unidos e porque escolheu vir para a Geórgia? ANA: Vivo aqui há 15 anos. Eu fui convidada para passar férias na casa da minha irmã Francisca que morava aqui. Quando cheguei, me apaixonei pela Geórgia. Que lugar lindo! Eu morava em uma grande cidade no Brasil e tive a impressão de estar no interior de São Paulo. O estado da Geórgia é muito arborizado, as casas com quintais e sem portões, e com lindos jardins; as pessoas são muito educadas... Quando cheguei, estava muito frio e eu tive o prazer de pegar dias de neve. Fiquei maravilhada, mesmo porque nunca tinha visto neve de perto; achei a paisagem rústica de inverno linda. CIA BRASIL: Como começou o seu trabalho com fotografia aqui em Atlanta?

UMA DÉCADA DE FOTOGRAFIA ANA: Eu sempre gostei de formas de me expressar. No Brasil tive uma breve oportunidade de aprender e trabalhar um pouco com a fotografia. Aqui nos Estados Unidos encontrei na fotografia um grande prazer na minha vida. Conheci o fotógrafo Manoel Oliveira, que é um dos meus best friends. Ele me abriu as portas para um mundo mágico, muito prazeroso. No Brasil eu sempre me senti realizada com o meu trabalho. Aqui me senti um pouco perdida e precisava de alguma coisa que preenchesse um espaço vazio em mim. Foi na fotografia que me encontrei novamente. A fotografia é desafiadora, você nunca sabe o que pode acontecer: num momento está em um casamento, noutro em um show do Gustavo Lima... Estou sempre preparada, ando sempre com meu equipa-

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mento pronto para entrar em ação. No início eu não era muito conhecida na cidade. Com a ajuda do Manoel, consegui fazer uns trabalhos para a Cia Brasil Magazine e com o tempo conquistei meu espaço e já comemoro uma década de trabalho com a fotografia. Tornei-me muito conhecida e respeitada pela pessoa que eu sou e pelo meu trabalho. Logo comecei meu próprio business de fotografia: criei a Ana Nobre Photography. Apostei em tecnologia também. Comprei minha primeira câmera e fiz muitos eventos particulares, coberturas de shows, fotos jornalísticas para Cia Brasil Magazine e outros trabalhos que a revista me deu oportunidade para mostrar o meu trabalho. E foi por meio da revista que conheci muitos cantores pessoalmente, fiz quase


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todos os camarins de shows; tive muitas vantagens em estar com a revista, foi meu diferencial por poder expor meu trabalho para toda cidade. CIA BRASIL: Durante esse tempo, qual o trabalho fotográfico que mais te marcou? ANA: Todos os trabalhos me marcaram de alguma forma, foram muitas emoções, mas tiveram três que me deixaram com marcas profundas. Em um deles minha câmera falhou e a segunda estava muito distante de mim; fui buscá-la e perdi a cena principal, a

qual tive que pedir para refazer, e não gostei disso. Outro momento foi um casamento; meu carro quebrou em meio a um temporal e eu cheguei toda molhada, quase no fim do evento; mas eu tinha um fotógrafo me

cobrindo no local, mas fiquei muito chateada com o acontecido. E o terceiro foi algo muito legal, um salto de paraquedas no Tennesse para uma matéria de destaque na revista. Foi sensacional, uma emoção maravilhosa, apesar do medo de altura eu consegui saltar. CIA BRASIL: Como está sendo para você desenvolver o seu trabalho durante a atual pandemia do COVID-19? Você implementou alguma medida de trabalho diferente quando faz fotografia? ANA: Durante esse período tirei férias como fotógrafa, achei melhor não investir no

esperar o melhor e eu entrego muito mais do que o prometido. CIA BRASIL: Fale sobre os seus projetos atuais e o que tem programado para o seu futuro pessoal e profissional. ANA: Meus projetos estão relacionados a um novo estúdio, que será usado para ensaio fotográficos, e em um novo projeto gourmet para uma temporada no meu canal no Youtube: Cantinho Nobre com Ana Nobre. Vocês poderão se atualizar e rever novas maneiras de fazer uma comidinha nutritiva, rápida de uma maneira fácil, usando poucos

negócio, respeitar o período da quarentena, mesmo porque o mundo todo está paralisado com essa realidade. Foi um período que tirei para estudo, para me reciclar e procurar uma direção para quando tudo se normalizar. Gosto de oferecer o meu melhor aos meus clientes, com excelência e segurança, desde em questão de equipamentos até em atualização de novas técnicas. Além disso, meu foco central está sempre no ser humano; eu não faço fotografia apenas e sim o registro de momentos que jamais serão esquecidos. Quando sou contratada, sempre tenho uma reunião para ouvir deles sobre seus desejos e a partir daí eu sei como terei que conduzir o meu trabalho para que tudo se torne uma grande e bela composição. Podem sempre

ingredientes. Então, me acompanhem nesse novo projeto que se inicia neste mês. CIA BRASIL: Você tem algum agradecimento ou mensagem especial para deixar à nossa comunidade? ANA: Eu agradeço toda a comunidade brasileira residente aqui na Geórgia, em outros estados e países, por todo o carinho de vocês. Sinto-me sempre muito feliz com os incentivos. Agradeço ao fotógrafo Manoel Oliveira, que foi meu mentor por mais de um ano e maior incentivador. Foi fazendo fotos junto dele e o ajudando na iluminação que ele me apresentou a Cia Brasil Magazine, e hoje completamos uma década de trabalho.

Fotos by Ana Nobre Photography

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Agradeço: à minha irmã Francisca e ao meu cunhado João Alberto por terem me recebido na casa deles e por terem me apoiado em todas as circunstâncias da minha vida. À minha sobrinha Thiana e ao seu marido João Paulo, que sempre que preciso é só pedir que estão sempre me apoiando. À minha sobrinha Paula e ao marido Walmir, por terem me apoiado na minha chegada aqui na Geórgia, sempre me incentivando e me ajudando. À Angela Morton, que é uma amiga-irmã, aquela que eu choro e dou risada junto, e com certeza conto com ela nas minhas dificuldades. Ao Pablo Amorim, que além de ser meu melhor amigo é um irmão querido de todas as horas; e ao Pedro, meu namorado, que está super

os lugares da cidade, com fotos na Prefeitura, na Câmera do Comércio, nos Brazilians Day, na maioria dos shows que acontecem em Atlanta, nos camarins, nas capas da revista... Foram tantas aventuras que não dá nem para enumerar todas. Cristiane Pope e Marisa Andrade, vocês são muito especiais para mim e vocês moram no meu coração para sempre. Soube e sei valorizar todas as oportunidades oferecida por vocês. Obrigada, minhas queridas! Quero Agradecer a Deus por todos os cuidados comigo. Eu creio que Ele sempre fez o melhor na minha vida. Obrigada pelos meus pais! Sem eles eu

integrado nesse novo projeto, me apoiando e me ajudando para que tudo saia perfeito, junto com meu lindo amigo Manoel Oliveira, sem os dois não teria como impulsionar essa nova etapa da minha vida. Agora, em especial, quero agradecer à toda a equipe da Cia Brasil Magazine, que me deu tantas oportunidades. Meu currículo hoje vale muito mais que equipamentos ou cursos. Nestes 10 anos eu estive por todos

não teria a educação e não seria a pessoa que sou hoje. Vocês estão sempre comigo, eu sei. A todos meus irmãos, que são meus companheiros e amigos, sei que posso contar com vocês em todos momentos, nem que for apenas por me ouvirem. Muito obrigada, meus lindos!

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da Redação FOTOS POR ANA NOBRE


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MERCADO & INVESTIMENTO

OS QUATRO MAIORES BENEFÍCIOS DE TER UMA CASA PRÓPRIA

O

desejo de ter a casa própria é um dos maiores sonhos e objetivos de vida de qualquer família. 99.99% das pessoas que me procuram, sonham e desejam um dia poder sair do aluguel e se tornar dono de casa própria. Aqui nos Estados Unidos temos uma facilidade maior de realizar esse sonho devido ao fato de termos condições financeiras melhores de renda, que estão muito acimas do que vivíamos na nossa terra natal. A facilidade de juntarmos e economizarmos a entrada para o pagamento de uma casa está bem mais acessível do que se imagina.

No artigo da edição anterior da revista Cia Brasil Magazine, Luciana Young (Loan Officer da PRMG - Paramount Residential Mortgage Group) nos citou os vários tipos de financiamentos e a facilidade de se comprar um imóvel aqui nos Estados Unidos. Seja você cidadão americano, residente legal, portadores de vistos de trabalho, religioso ou até mesmo pessoas portadoras de ITIN (Tax ID number) com seus impostos de renda em dia, você pode comprar seu imóvel próprio na América. Então, como diz o título deste artigo, quais seriam os quatro maiores benefícios de ter uma casa própria? O conceito de moradia agrega uma série de valores que precisam ser reconhecidos. Por um lado, existem as questões financeiras; por outro, há um universo simbólico que diz respeito às emoções, ao conforto e que a moradia própria proporciona.

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1. FICAR LIVRE DO ALUGUEL O primeiro grande benefício que recebe quem adquire a casa própria é o de ficar livre do pagamento do aluguel. Afinal, morar em um imóvel alugado resolve o problema da moradia, mas não agrega mais nenhum valor à vida da pessoa ou de sua família. É claro que o direito de morar tem grande valor e o custo que ele gera é justificável. No entanto, a moradia de aluguel, por maior tempo que ela dure, tem sempre algum aspecto provisório. De fato, como o imóvel não pertence aos moradores, sempre existe a possibilidade de ele ser pedido pelo proprietário.

2. A CASA PRÓPRIA É UM ÓTIMO INVESTIMENTO Baixo risco, boa rentabilidade e liquidez. Essas qualidades são apontadas pelos especialistas em finanças como os pré-requisitos ideais para o


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mos que lembrar que cada caso é um caso, e somente o seu corretor imobiliário lhe dará atenção e assistência personalizada, pois você e sua família merecem toda atenção especial nesse momento único.

bom investimento. Porém, nem sempre elas andam juntas e, em alguns casos, algumas até contrariam as outras. Por exemplo, um imóvel pode se tornar grande demais para um casal quando os filhos saem. Outro pode se tornar pequeno, porque os filhos voltaram e trouxeram com eles as próprias famílias. Não importa qual seja, cada família tem uma dinâmica própria. Com isso, é possível que, após algum tempo, uma casa deixe de ser adequada, exigindo que nova busca seja iniciada.

3. CONSTRUÇÃO DE UM PATRIMÔNIO SÓLIDO E por falar em valor patrimonial, outro aspecto que é bastante benéfico para quem adquire uma residência está exatamente na perspectiva de poder construir um sólido patrimônio; o que difere de outras aplicações, cuja materialidade é de fácil comprovação. Portanto, quando alguém adquire a casa própria, também vem uma grande estabilidade, que exerce influência direta sobre a vida do proprietário. Essa estabilidade também se estende para outros campos da vida. No campo profissional, por exemplo, quem possui uma casa própria costuma se destacar como pessoa confiável, que é capaz de obter conquistas importantes.

4. A CASA PRÓPRIA ACOMPANHA A DINÂMICA DA FAMÍLIA A moradia deve ser aquele lugar que atende às necessidades e aos desejos de uma família. É justamente essa condição que faz com que uma

pessoa que sai em busca de um imóvel para morar tenha que escolher entre tantas variáveis, que se diversificam ainda mais quando estamos falando de uma casa. No entanto, como nem sempre os imóveis prontos atendem a todas as exigências, muitas vezes as pessoas têm que abrir mão de uma ou de outra especificação. Afinal, o local da moradia é onde os planos e as relações se consolidam, onde as famílias são criadas e onde as conquistas são usufruídas. É ali também que se estruturam os laços com os lugares e com as pessoas de uma vizinhança.

Quem mora em uma casa própria encontra solidez muito maior nesses vínculos do que os moradores de um imóvel alugado. Afinal, a propriedade favorece ao extremo a construção dos laços com as pessoas e com os lugares. Quem tem casa própria cria um vínculo maior com o local, com a vizinhança e se estabelece um laço entre sua família e seu imóvel, porque tudo que é nosso cuidamos com mais carinho, temos prazer em cuidar e zelar pelo nosso patrimônio, não é mesmo? Já no aluguel cuidamos, mas não criamos vínculo nem raízes, porque, no final das contas, o objetivo é sempre o mesmo: a compra da casa própria. Mas se lembre de ter assessoria de pessoas especializadas e com experiência no mercado imobiliário da área onde você desejaria obter seu imóvel, porque te-

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Nós da Keller Williams Realty Atlanta Partners, em parceria com a PRMG, estamos de braços abertos a lhe atender. São mais de 20 anos de experiência na indústria de real estate e mortage. Estamos preparadas para isso e juntos tiraremos todas suas dúvidas, revisaremos sua documentação, impostos de renda e lhe prepararemos para que todas as etapas da compra e do financiamento sejam mais tranquilas possíveis para quando chegar a hora da aquisição de um imóvel nos Estados Unidos, especificadamente aqui na Geórgia. Para uma pesquisa mais personalizada e rápida, faça o download do nosso aplicativo no seu celular. É super simples e fácil! Digite em uma mensagem de texto com o meu código personalizado KW1PYGX6V para o número 87778 e receba o link personalizado para fazer o download do aplicativo direto no seu celular ou tablet; desta forma, você terá acesso direto ao nosso sistema atualizado diariamente, em tempo real, e todos os updates diários nas listagens dos imóveis disponíveis no mercado imobiliário. Se você preferir, acesse esse link https://app.kw.com/KW1PYGX6V no seu computador, tablet ou celular. Referência: Melício Machado

Luciana Young

Sales Team Lead PARAMOUNT RESIDENTIAL MORTGAGE GROUP INC.™

Wanessa Moore

Corretora licenciada na Geórgia pela Keller Williams Atlanta Partnes


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BELEZA

DICAS BÁSICAS PARA CUIDADOS COM A PELE

C

uidados com a pele são sempre muito importantes para se manter uma aparência jovem e saudável. Com a chegada da estação mais fria, esses cuidados devem ser dobrados. Se eu tivesse que recomendar apenas três produtos, estes seriam: um bom cleanser, um hidratante adequado para seu tipo de pele e o protetor solar.

uma toalhinha morna; e evite esfoliantes muito ásperos.

►Use protetor solar FPS 30 ou 50 todos os dias. Não há necessidade de usar protetor solar para dormir. E lembre-se de que o pescoço e o decote também fazem parte dos cuidados com a pele do rosto.

►Se você tem um produto que conhece e ama há muito tempo, e funciona para você, não é necessário que troque. Você é quem conhece melhor a sua pele. Mas quando sentir que sua pele está ficando sensível e/ ou avermelhada nas bochechas, os ácidos são a primeira coisa que você deve descartar. ►Se for lavar o cabelo no chuveiro, lave o rosto depois para eliminar os surfactantes do xampu. ►Limpe sua pele todas as noites. Faça uma limpeza dupla se estiver usando maquiagem e/ou protetor solar. Pela manhã, lave novamente, mas usando um cleanser mais suave do que o usado na noite anterior, como um milky cleanser (sem espuma) com

►Use produtos cuidados com a pele de boa qualidade. Evite produtos com óleo mineral. Evite também o uso de lenços umedecidos. Eu não os recomendo para limpar seu rosto, ao não ser que você não tenha acesso algum à água no momento. ►Evite hidratantes de farmácia ou supermercado. Meus favoritos são os medical grade, que são produtos

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recomendados por especialistas em cuidados com a pele. Estes são maravilhosos, mas você precisa usar os adequados para o seu tipo de pele. Produtos medical grade são desenvolvidos com tecnologia para penetrar mais profundamente em seus poros e realmente mudar sua pele.

►Outras dicas importantes são evitar o cigarro e beber bastante água, que é importante não apenas para o funcionamento normal da pele, mas também para a saúde em geral. Procure se alimentar bem. A saúde intestinal está ligada ao funcionamento saudável da pele. ►Evite o estresse! Eu sei que é muito mais difícil, mas faça o que for preciso para mantê-lo baixo. E durma bem, pois quando você não está descansando o suficiente, isso fica visível em seu rosto.

Beatriz Kelly Skincare Specialist


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CULTURALIZANDO

ROBERTO MENDES

“NA BASE DO CABULA”

Na Base do Cabula” é o nome que batiza o mais recente álbum de carreira do cantor, compositor instrumentista e arranjador Roberto Mendes. Trazendo 9 faixas autorais, sendo 4 inéditas e 5 regravações, é um disco dedicado aos amantes do violão brasileiro, ouvintes, mestres, colegas, violonistas e guitarristas, que sempre manifestaram o desejo de ter esse registro clarificado do sotaque de violão do Recôncavo Baiano. Lançado em 2019 de forma independente e com a produção musical assinada por seus filhos Leonardo Mendes e João Mendes, a obra mescla clássicos da carreira de Roberto e canções inéditas resultantes de décadas de pesquisa e dedicação, junto aos parceiros compositores Jorge Portugal, Nizaldo Costa e José Carlos Capinan e é, sem dúvidas, um registro precioso, o qual pode também traduzir a singularidade; leveza e força que Roberto faz no seu violão e no seu canto, de forma desnuda, crua, sem banda e sem floreios.

Para o público sequioso por conhecer o rico acervo da música popular brasileira, sobretudo a música do Recôncavo Baiano, Na Base do Cabula é uma obra portentosa e que merece toda atenção, com uma sonoridade única, somada a virtuosidade e criatividade melódica do artista e seus produtores. Portanto, vale não somente apenas ouvi-la, como também contemplá-la. Ainda sobre o álbum, o mesmo encontra-se à venda pela internet nas principais plataformas digitais.

SOBRE ROBERTO MENDES

Nascido em Santo Amaro, na Bahia, suas canções já foram gravadas por estrelas da MPB, como Maria Bethânia, Margareth Menezes e Daniela Mercury e é, sem dúvidas, a mais representativa tradução da música do Recôncavo Baiano, principalmente através de seu violão, de sotaque singularmente percussivo. Seu último álbum de carreira foi o “Cidade e Rio” e, depois de dez anos, de inúmeros shows, workshops, palestras e dois livros publicados (“Chula: comportamento traduzido em canção” e “Sotaque em Pauta”), alguns videoclipes e singles, seus filhos decidiram entrar no estúdio e realizar “Na Base do Cabula” junto a seu pai. Para obter maiores informações sobre Roberto Mendes e sobre as novidades que vêm acontecendo na sua carreira, siga o artista nas suas redes sociais (Instagram: @robertocaribemendes e Facebook: Roberto Mendes). (NOTA: Algumas informações e trechos desta matéria foram embasados ou retirados da Biografia oficial do álbum do artista, concedida por sua equipe, representada pelo Sr. Leonardo Mendes). Fernanda Noronha Cantora, Compositora e Produtora Cultural.

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