ChopperON BRASIL #17

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Sumário # 17

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Tripulação e

PADRÃO E REMADOR: Nacho Mahou COMODORO: Adriano García BRIGADEIRO: Alberto Miranda FIGURA DE PROA: Maldita Sea

04 Opinião. 06 Capacete, prancha, alambique. 08 Yamaha RSD Faster Wasp 900. 24 Ducati XDiavel. 38 LDK Bultracker 75. 46 Ducati Cafe Racer Greasy Bobber. 54 Hot Rods Brasil 2015. 78 As motos da ChopperON no Hot Rods Brasil. 118 Rota 61 Dia 6. Golfo de México. 142 Melhorando o som de fábrica.

Marinheiros de primeira viagem: Tatu Albertini, Rogerio Duarte do Pateo, Ferdi Cueto, Lebowski, Blindado, Frank Burguera, Cepas, Carlos Piqueras, Juanda Gas, Manolo Pecino, The Ronfuss, Pilar Gárgoles, Oscar Romagnoli, David Vive-Harley, Florián RS. ARTE

E CAPA:

Hay Motivo

ChopperON

É uma publicação On Line

Nacho Mahou Comunicación Creativa

info@nachomahoucc.com

PUBLICIDADE E MARKETING Alberto Miranda: chopperonbrasil@gmail.com

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Bitácora i Nacho Mahou

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“A liberdade, Sancho, é um dos mais preciosos dons que o céu deu aos homens”. Miguel de Cervantes. A ChopperON #17 é um exercício de livre criação.

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Manel Hospido ficou empolgado com uma moto “canhão”: Yamaha RSD Faster Wasp 900. Um míssil japonês nas mãos de um californiano.

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A maré italiana traz as suas primeiras derivas, a espetacular Ducati XDiavel, reportagem assinada pelo Manel Hospido.

Pelo litoral de Málaga aparece a LDK Bultracker 75, uma Harley com vontade de terras mais abruptas. Francisco Alí Manén, o papai da criança, relata a história dessa moto.

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As essências mais aromáticas surgem desse projeto de Greasy Bobber. A Ducati Cafe Racer é um compendio de componentes procedentes do país com forma de bota.

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A festa da cultura custom no Brasil tem um nome: Hot Rods Brasil. Alberto esteve nessa festa com vocês.

A “panelinha das motos” no Hot Rods Brasil foi organizada pela ChopperON e devemos ser gratos aos autênticos protagonistas da festa…

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Abandonamos Alabama após assistir os treinos de uma curiosa corrida de carros. Chegamos no litoral do Golfo de México. Já estamos na Flórida.

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Fique de olho e escute as palavras de Frank Burguera: Melhorando o Som de Fábrica. O ano termina e a vida segue, bons ventos, muitos km e boa sorte irmão!!

Foto: A. Miranda

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Opinião · cartas se tal de s e , m e g a n o s r e p Estranho Motociclista... Fernando Drummond ©

ito... mente. Muito esquis ouvi dos a possível prefecom alguns deles, sar ver con ifícil crer que sej Ao ta, r a escle nha oci “ga mot se uma de de rir o desconforto indizíveis prazeres sosação sen ado a tal re ins sob e elment da” sobre duas rodas; onde se fica instav os amigos por , tendo que fa- tra nov ulo er úsc faz min se nho de qui bre um ban o deliciosa escobera manter o equilíbri sa; da alegria da red ndente zer peripécias par na es- onde se pas epe ia ind are a ra, haj ntu não ave e torcendo para que ar ta do prazer da sibilidade de se ser achar bom transport da idade; e da pos trada. Como podem hum nen sem , upa pendo barreiras que gar rom o , dit gre o, ale o passageir o coita- livre e do çan somente em nossas for , tão nça e ura conforto ou seg sta, existem apenas cli oci mot à mediocridade. do as ça mad mentes tão acostu do a agarrar-se à pan con des de te o assunto. Musor re toda i e meditei sob sujeitando ambos a aquela “du- Vi, ouv lhoso personamo avi mes Mar ou . a.. va, vid chu o ha fortos, com ro que dei a min car o sta. pel cli ada oci jog mot a de cha” de água suj m gem, esse tal fui ao lado, ou de ficare eu tive, mas jamais os mot tas Mui passa sobre a poça em to , men que o apa err esc , so sta iro che dadeiro motocicli inalando aquele mal er. Mais que a movimenta- um ver faz nid des ave de uma ra em ago to ões tempo, tra dos caminh s sonhos. Tietê, por exemplo, o, a moto dos meu da como a marginal lizar uma nova mot pimento uti rom o se de o, mot de ida uma Mais que apenas sem falar da necess nao e o med mo o mes am , unh tes imp capace lhões que a mim capas, casacos e o. Isso tudo dos gri to e que por tanto tempo me imens int or cal de s queles dia os preconcei aventuras s numa época em que desfrutar de tantas enquanto convivemo te de pediram de perdi e sor que a po tod tem o em e rec sab e amizades. Quem automóveis nos ofe iar. con enc Arviv . de nça ura xei de seg experiências que dei as confortos e itens mo ao mes gue a, che hez ê ran e que voc es olhava-os com est dicionado, que permit o (mas não suado; “air Se ant mot e o uma end de fed rio ar etá est trabalho sem s sendo propri o-os agora com prois, cintos de trê um motociclista), vej bags”, barras latera o eir sag pas ao em ndo não estou junfer da admiração e, qua fun pontos, etc., que con a; ári ess nec ha de inveja. s do que uma deliciosa pontin uma segurança mai conversar to, com heço pessoas de e con dad que ili é sib pos nte O interessa som ambiente; es(OS passageiros. ..) ram moto,*mas que com os passageiros al . que jamais possuí ide nte o dia com por im ia ass ton e em perfeita sin sem ter que gritar gam até mesmo e tal de mo- tão che ess s m, uma age Alg son . per sta e motocicli Intrigant tas de de encontros e lis tociclista. cinvejo a participar res ma, imp a aci sej se o dis ist que que Apesar de tudo o - discussão, não é a par a e ort ho imp ran que est O um e. sempre em seus rostos não me lembro de dível ou important upa gar ha min que envolvida. Hoje, ticular sorriso, ro, mes- filosofia hos, placar son meu sos em nos ndo em qua os haver esboçado a de e eu, montad idamente, lances cad as as facilidades nejamos, ainda tim mo gozando de tod onenc a tos pos dis vez maiores, sempre que ele dispõe. gos, que certamente star um pouco mais trar novos velhos ami Passei, então, a pre has min e ant dur abertos. Talvez, , ços que i bra ceb de per rão de atenção e nte de nos acolhe nde epe ontremos algum ind enc s, te, sta sor viagens, motocicli am- com um pouco de tav men omóvel, note pri aut cum m, seu sse motorista que, em que máquinas possuí teren apa sonagem que, de per apesar e estranho aquele se uns aos outros, com o vento antes daquele e ach ta, to cle vis oci se mot em uma ter mente jamais em uma passando em ou frio, am va zar chu cru sob se que ndo no rosto, ainda fugaz momento, qua ... exibinito iz, uis fel Esq e o a. tud vid mostre-se alheio a dessas estradas da s ele sorriso que vel ri nsí cob o e des largo e incompree Prestei mais atençã niam, como se do um reu e am to. uni se ros te estampado no frequentemen s, então, mais um irga data, daqueles que Quem sabe ganharemo fossem amigos de lon to. tan os tam gos m que ... temos tão poucos e de Vi mão motociclista dade que os une. Senti a solidarie uedaq xo de muitas também que, por bai pesadas, faixas na las roupas de couro correntes e caveicabeça, luvas, botas, todos os tipos, de s soa pes ia ras, hav ta iciais, juízes, pol s, ico ra está aber incluindo méd . que, naquele etc Nossa Cartei , res ra pa advogados, milita suas cartas iam lembrar os simomento, em nada faz eensíveis profispara receber epr vão ter sudos, formais e irr ção e sempre a dia. Desda dia re seu a no m era sionais que seleção das egas, a quem jamais cobri até alguns col dos tão estranhasposta. Uma re nta portantes imaginei ver parame iginais ou im

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mais or adas. serão public

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Gasoline Brothers os Na ChopperON Brasil vam peça começar a venda de uma que, com certeza, vai ser de um sucesso: o regulador que HD a marcha lenta par oline nossos parceiros da Gas a peça Brothers criaram. Com ess cha você pode abaixar a mar e foi rpm lenta para até 800 em har projetado para trabal dos da todos os modelos injeta Delphi. a é O preço normal dessa peç de de R$250, mas como preço 5 lançamento vamos vender R$160 .. to. con unidades com des etada inj mais frete e a sua H-D ico das terá esse barulhinho típ carburadas... Vendas: m chopperonbrasil@gmail.co

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Tendências Capacete, prancha, alambique

Capacete DGR by Davida Helmets

Esses capacetes não estão à venda e estão reservados para os participantes da DGR 2015 (Distinguished Gentleman’s ride), que arrecadaram mais dinheiro nesse ano. Os mais destacados na ampla lista são: Umberto De Pretto da Genebra, Simon Whittaker da cidade de Canberra, Michael Butler de Tunbridge Wells, Donald Leonhart da cidade de Los Ángeles e Vicente Nicolai de Nueva York.

Snowboard by Burton x Neighborhood

Em parceria com a marca de roupas técnicas Neighborhood, Burton oferece uma prancha de Snowboard vintage que reproduz um modelo do ano de 1981. $320

Alambique de mesa Moonshine Still

Com ele você poderá elaborar seu próprio álcool ilícito caseiro. Você terá tudo o que precisar para destilar sua própria bebida em casa. Inclui um livro de instruções e dicas muito interessantes. $250

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Yamaha RSD Faster Wasp 900

Homenagem ao Rei Com esse projeto, Roland Sands faz uma homenagem a uma das motos mais selvagens que já foi fabricada e, ao mesmo tempo, ao seu piloto, um tal de Kenny “King” Roberts.

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Yamaha RSD Faster Wasp 900

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e Manel Hospido A Yamaha

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m 1975, após dois anos de vitorias consecutivas da combinação Roberts/Yamaha nas pistas ovais de areia do “Grand National Championships”, as XR750 da Harley-Davidson conseguiram finalmente o triunfo. Essa nova situação fez à Yamaha improvisar (um pouco) e tentar aplicar a fórmula que fez sucesso nos circuitos de asfalto: competir com motores de dois tempos. Para isso, decidiram instalar seu motor de quatro cilindros de 750 cilindradas de competição num chassi de dirt-track… O que poderia acontecer? O resultado foi uma mítica vitória, no último suspiro, quase sob a bandeira de quadros (na prestigiosa Milla de Indianápolis) e uma nova regulamentação da AMA para proibir esse tipo de “maluquices” e evitar, assim, que alguém se machucasse feio. Até o próprio Roberts falou sobre essa moto: “Eles não me pagam suficiente grana para pilotar essa coisa”. Mas como costuma acontecer com todos que curtem as duas rodas, quando escutamos palavras como selvagem, animal, bruto e outras, ficamos com um sorriso tonto e olhamos atentamente o veículo “tão” criticado. Isso é o que deve ter acontecido com o Roland Sands, que aproveitou essa nova oportunidade oferecida pela Yamaha (esse é o quinto projeto), para criar a homenagem para aquela moto doida com a sua “Faster Wasp”, uma preciosa tricilíndrica de 850 cilindradas que faz parte da nova filosofia “Faster

Sons” que a marca vai aplicar nas futuras motocicletas. Trata-se de uma folha de rota que foi apresentada durante a última “Wheels&Waves” de Biarriz, que busca manter as marcas de identidade da Yamaha, mas fusionadas com a última tecnologia, para assim conseguir motos que ofereçam melhores sensações e, ao mesmo tempo, confortáveis para o piloto. Para criar a “Faster Wasp”, Roland Sands partiu da Yamaha MT-09, uma moto supervendas, que tem 115 cavalos de potência à 10.000 rpm. O chassi, tipo diamante, e seu basculante monotubo assimétrico foram conservados, essas peças são feitas em alumínio. Partindo dessa base, o gênio da Califórnia começou a criação. Primeiro vamos falar da carroceria na qual destaca o tanque de gasolina, feito à mão em alumínio, onde estão perfeitamente integradas as entradas de ar; também devemos falar sobre a espetacular rabeta esportiva com visual de 1970. Para reforçar esse visual retro, dos dois lados da rabeta foram colocados dois dorsais quadrados com o número dois, lógico! Outros detalhes dessa moto são as tampas laterais do radiador; o paralamas dianteiro (especialmente projetado para proteger as bengalas do garfo) no qual está o logo do capacete do rei Kenny; e o dorsal dianteiro (que tem um pequeno farol led). Alem dessas peças artesanais, foram incluídas outras que logo poderão estar dentro do catálogo da RSD para a Yamaha, como, por exemplo, o protetor de corrente; os sliders; as tampas da partida, do tanque, da bomba de

freio e da distribuição; além de umas elegantes pedaleiras. Como o senhor Sands tem um passado nas pistas de corrida, ele tem prestado una especial atenção na parte do ciclo dessa moto, incluindo umas rodas feitas de alumínio forjado, modelo RSD Morris (com medidas 17x3,5 e 17x6,0 polegadas), pintadas numa espetacular cor dourada. A suspensão é totalmente regulável e está formada por um garfo invertido e um amortecedor traseiro, ambos da marca Öhlins. A moto está equipada com um efetivo sistema de freios que inclui discos RSD Custom da SBK, pinças de freio radiais Performance Machine e uma bomba também radial da RSD para a frente da moto. Para finalizar, temos que falar sobre alguns detalhes que fazem melhor a moto em conjunto, detalhes como seu sistema de escapamento, formado por uns coletores do especialista americano Two Bross Racing e um silencioso Slant da RSD; os riser da RSD Nostalgia, que seguram um guidão Renthal FAT bar com punhos RSD Traction; seu espetacular banco de couro feito pelos também californianos Bitchin Seat Co. O conjunto todo foi coroado com uma decoração em amarelo e preto, emulando assim a TZ750, um trabalho com esquema de Airtrix e Cera Kote desenhado pela Specialized Coatings. Resumindo, uma nova amostra de que a Yamaha aposta pelo mundo da transformação e que o Roland Sands tem energia para muitos, muitos anos...

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Yamaha RSD Faster Wasp 900 FICHA TÉCNICA Parte motor Tipo: Três cilindros em paralelo Cilindradas: 847 cc. Refrigeração: Líquida Potência: 115 cv nas 10.000 rpm. Torque: 87,5 Nm nas 8.500 rpm. Caixa de câmbios: 6 velocidades. Embreagem: Multidisco em banho de óleo. Transmissão: Corrente, Renthal. Coletores de escape: Two Bros Racing. Silencioso de escape: RSD Slant. Parte ciclo Chassi: Tipo diamante em alumínio. Basculante: Monotubo assimétrico em alumínio. Suspensão dianteira: Garfo invertido Öhlins, regulável. Suspensão traseira: Amortecedor Öhlins, regulável. Freio dianteiro: 2 pinças radiais Performance Machine. Discos de freio: RSD Custom Superbikes. Roda dianteira: Alumínio forjado, RSD Morris, 17 x 3,5”. Roda traseira: Alumínio forjado, RSD Morris, 17 x 6,0”. Pneus: Dunlop Q3. Carroceria Tanque gasolina: Artesanal em Alumínio, RSD. Rabeta: Artesanal em Alumínio, Roland Sands Designs. Entradas de ar: Artesanal em Alumínio, Roland Sands Designs. Tampas radiador: Artesanal em Alumínio, Roland Sands Designs. Paralamas dianteiro: Artesanal em Alumínio, RSD. Tampa distribuição: RSD, modelo Clarity. Estribeiras: RSD. Tampa tanque gasolina: RSD. Riser: RSD, modelo Nostalgia. Guidão: Renthal, modelo Fat bar. Punhos: RSD, modelo Traction. Banco: Artesanal em couro, Bitchin Seat Co. Pintura: Airtrix e Cera Kote / Specialized Coatings.

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Ducati XDiavel

Tecnocruiser de alta-costura

Durante o último Salão da Motocicleta de Milão (Eicma), Ducati nos apresentou a sua XDiavel, uma moto que junta as exigências de uma condução relaxada, típica de uma cruiser, e o espírito esportivo próprio das motos fabricadas em Borgo Panigale. Tudo graças ao prodigioso motor e uma eletrônica de altíssimo nível.

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Ducati XDiavel e Manel Hospido A Ducati

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om essa moto, a Ducati aposta pela terceira vez pelo mundo custom. A primeira foi lá nos anos sessenta, em 1963, quando os importadores para os Estados Unidos, Berliner Brothers, pediram uma moto desse estilo e foi criado um protótipo de quatro cilindros em “L” chamado de Apollo. Aquele monstro de 1.257 cilindradas e 80cv não chegou nas ruas pelos diversos problemas técnicos que gerava a gestão dessa quantidade de torque e potência naquela época. A segunda foi após a compra da Ducati pelo grupo Cagiva. O modelo chamou-se Indiana, teve três versões (350, 650 e 750cc) e esteve em produção entre 1986 e 1990. Agora, a Ducati volta nesse segmento, aproveitando o Know-How gerado pelas Diavel e as possibilidades que oferece a eletrônica atual. À primeira vista, a XDiavel é apresentada como uma cruiser elegante e musculosa que combina as virtudes do custom: pés colocados na frente, com os braços esticados e um motor com muito torque, com o desempenho e a eletrônica característica da marca Ducati. Para conseguir essa combinação, foi montado o clássico chassi multitubular, fabricado em aço, no qual o motor também é uma parte estrutural, nesse chassi também foram adicionados um pequeno subchassi de liga de alumínio e um espetacular basculante monobraço com um inovador sistema de alumínio forjado. O resultado é uma distância entre eixos de 1.615mm e uma altura do banco de 755mm, medidas próprias do cusChopperON

tom. Porém, como a parte do ciclo foi muito trabalhada (inclui um sistema de suspensão formado por um garfo Marzocchi de 50mm adonisado na cor negra e um único amortecedor Sachs), essa moto permite deitar nas curvas até 40 graus, o que está no DNA da marca de Bologna. Seguindo com a parte ciclo da moto, os freios estão assinados pelo especialista Brembo, montando na frente dois discos de 320mm e umas efetivas pinças radiais M50 (M4 32, no modelo standard) que são acionadas por uma bomba radial PR18/19. Os pneus são uns esportivos Pirelli Diablo Rosso II (120/70 e 240/45), numas rodas de liga leve de 14 ou 12 paus, dependendo do modelo (standard ou S), com um impactante acabamento mecanizado. Tudo isso pode ser customizado, coisa que nós gostamos. Graças ao catálogo da Ducati Performance, o comprador pode escolher quatro posições das estribeiras, cinco bancos diferentes e três guidões, oferecendo assim um total de 60 possibilidades de adaptação ergonômica. A XDiavel é um autêntico terno sob medida… Italiano. Tudo o que foi falado até agora não seria possível sem o grande esforço da marca na sua fábrica. Partindo do motor bicilíndrico em “L” Testastretta, já utilizado na Multistrada, Ducati criou o novo DVT 1262, que como o seu nome indica, tem 1.262 cilindradas e inclui o “Desmodromic Variable Timing”. Esse sistema que atua na sincronização das válvulas, consegue otimizar a potência e o torque ao longo de uma faixa mais am-

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Ducati XDiavel pla de revoluções, oferecendo assim 13.1Kg de torque a 5.000rpm e 156cv a 9.500 voltas... Resumindo, um torque de moto custom com uma potência de moto esportiva. Além disso, a parte estética do motor também foi trabalhada, colocando a bomba d’água entre os dois cilindros, eliminando, assim, do lateral esquerdo o clássico “encanamento” dos motores refrigerados, conseguindo assim, um propulsor digno de ser o elemento principal do conjunto. Já dissemos antes que nessa moto, a presença da eletrônica é impressionante. Em primeiro lugar, nessa Ducati está instalada a plataforma Bosch “Inertial Measurement Unit (IMU)”, que mede os ângulos de inclinação e arrancada, assim como as mudanças de velocidade, fornecendo a informação necessária para os distintos sistemas de segurança atuarem corretamente: ABS, controle de tração e assistência em curva, os quais são mais ou menos intrusivos na pilotagem dependendo do modo de direção escolhido pelo piloto. Os modos que são oferecidos na XDiavel são três: Sport, Touring e Urban, eles foram programados de fábrica e cada um deles propõe uma diferente combinação de potência e sensibilidade do acelerador, mas podem ser personalizados ao nosso gosto, modificando, assim, o caráter da moto e adaptando-a às nossas necessidades. Outro gadget do qual não podemos esquecer é o assistente de arrancadas (Ducati Power Launch), também gerenciado pelo IMU. Esse sistema faz da XDiavel uma autêntica Dragster, é ChopperON

ativado num controle na mão direita e após a sua ativação poderemos selecionar no painel uma das suas três alternativas. A número 1 é a mais “animal”, apertamos a embreagem, colocamos a primeira e aceleramos... Esse sistema é desativado automaticamente quando colocamos a terceira marcha ou ao passar dos 120Km/h. Mas como acontece com toda coisa boa, deve ser breve, para proteger a integridade da embreagem e a corrente dentada, esse assistente de arrancada apenas está ativo um número limitado de vezes. Para finalizar, queremos falar sobre alguns detalhes. Como já foi dito anteriormente nessa reportagem, a XDiavel tem dois modelos: standard e S, os dois são vendidos apenas na cor preta, o primeiro na cor preta fosca e o segundo com uma cor preta em acabamento brilhante com uma faixa central fosca ou vermelha. Além disso, a versão S inclui peças com acabamentos mecanizados, como as tampas das correias da distribuição, as placas laterais do bastidor, as rodas e os espelhos; um banco estofado com dois materiais diferentes; um farol com tecnologia DRL (Daytime Running Light); e um módulo de Bluetooth. Os dois acabamentos têm FullLED, painel de instrumentos em TFT, partida keyless e piloto automático. Sem dúvida nenhuma, detalhes, que unidos às três opções de personalização oferecidas (Sport, Touring e Urban), fazem dessa Ducati a referência entre as cruiser de alto desempenho.

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Ducati XDiavel

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GRAÇAS AO CATÁLOGO DA DUCATI PERFORMANCE, O COMPRADOR PODE ESCOLHER QUATRO POSIÇÕES DAS ESTRIBEIRAS, CINCO BANCOS DIFERENTES E TRÊS GUIDÕES.

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Ducati XDiavel

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SEM DÚVIDA NENHUMA ESSA DUCATI É UMA REFERÊNCIA ENTRE AS CRUISER DE ALTO DESEMPENHO.

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Ducati XDiavel

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FOI MONTADO O CLÁSSICO CHASSI MULTITUBULAR, FABRICADO EM AÇO, NO QUAL O MOTOR TAMBÉM É UMA PARTE ESTRUTURAL, NESSE CHASSI TAMBÉM FORAM ADICIONADOS UM PEQUENO SUBCHASSI DE LIGA DE ALUMÍNIO E UM ESPETACULAR BASCULANTE MONOBRAÇO.

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LDK Bultracker 75

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Devido ao grande sucesso de vendas que as Sportster transformadas em scrambler pela Lord Drake Kustoms estão tendo, estava na hora de fazer uma nova unidade. Dessa vez, Francisco Manén (proprietário da LDK) queria fazer alguma coisa com cores mais doidas e combinando elementos e desenhos das outras scrambler feitas na sua oficina: a Sportracker e a Bultracker.

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LDK Bultracker 75 e A Francisco Alí Manén

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resultado foi essa scrambler, que à primeira vista, lembra pela sua cor as gráficas e cores da marca de óleos Castrol: verde pérola escura, prata e detalhes em vermelho. Para que o visual fosse um pouco mais clássico, Francisco Manén optou pelos paralamas em cromo. A combinação do tanque (usado na linha Sportracker) com a roda dianteira de 21” polegadas, oferece um visual “moto de trilha clássico”. O motor é um 883 de injeção com a transmissão modificada em corrente e com um ciclo mais esportivo. Cansado de tentar achar números com algum significado para o dorsal das suas motos, o proprietário da LDK, nem pensou dessa vez, o número 75, que é o ano em que ele nasceu: “Tantos anos fazendo motos e tentando achar um número para elas e nunca fiz uma com um número que tivesse uma relação pessoal, estava na hora!”. Essa moto está nas instalações da Lord Drake Kustoms na Espanha, e já pode ser comprada; o preço inclui a homologação, documentos e o frete grátis na Espanha e Europa. Faz uns anos que a Lord Drake Kustoms é a empresa encarregada da modificação e criação de motos custom para várias concessionárias da H-D. Duas dessas concessionárias estão na Flórida (USA), onde LDK tem a sua oficina há quase oito anos. Desde a inauguração da nova oficina na Espanha (Málaga), há quase dois anos, fazem as motos custom para duas concessionárias Triumph (uma na Inglaterra e outra na Bélgica) e concessionárias da Harley na Bélgica, na Holanda, Luxemburgo e na Espanha. Há uns dias que o proprietário da LDK (Francisco Alí Manén) está cerrando um acordo com mais uma concessionária na Europa oriental. Resumindo, LDK tem oficina em Málaga, onde oferece serviços de transformação e modificação de motos para toda Espanha e o resto da Europa... Sem se importar com o estilo, a marca da moto e, lógico, com orçamentos acessíveis!!

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FICHA TÉCNICA Nome: “Bultracker 75” Estilo: Scrambler Moto: HD Sportster 883 Custom Ano: 2008 Motor: 883 cc de injeção Chassi: Original modificado Tanque: Penaut modificado Filtro de ar: Drag classic Escapamento: 2:1 V&H Tracker Guidão: Bmx 1” Transmissão: Transformada em corrente Paralamas traseiro: Fabricado em metal e cromado Dorsais: Fabricados em metal Paralamas dianteiro: Fabricado em metal e cromado Banco: Feito à mão e tapizado na LDK Suspensão dianteira: Modificada Suspensão traseira: Amortecedores de ar +3” Rodas: 21” e 18” com pneus offroad. Outros: Portaplacas, odômetro lateral, farol dianteiro com menor tamanho, punhos, plataformas, setas, etc. Cor: Verde pérola, prata e vermelho com detalhes e paralamas cromados.

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LDK Bultracker 75

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LDK Bultracker 75

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Ducati Caf茅 Racer Greasy Bobber

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Essência de café

Espresso, ristretto, macchiato, Cappuccino, Marocchino ou qualquer outro que você quisser, mas tenha certeza que essa moto é uma autêntica cafe racer italiana.

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e Nacho Mahou A José Cepas_Mad té agora a gente viu todo tipo de combinações de chassi e motores nas motos cafe racer. Com base numa estrutura britânica, americana, alemã... Desde a Tritón (Triumph/Norton), Norley (Norton/Harley) às TriBSA (Triumph/BSA), ou Norvin (Norton/Vincent). A máquina de café que temos nessa reportagem é uma combinação completamente italiana: Cagiva/ Ducati utilizando distintos modelos (Alazurra 350, Monster 750, 916 e Pantah). Diferentes aromas misturados, essa moto é o mesmo do que misturar o nosso café do Brasil, o café cítrico da Etiópia ou o café da Colômbia com sabores de frutas. A coleta desse café começa com uma Cagiva Alazurra 350 cilindradas do ano de 1985. O chassi foi alargado e reforçado para adaptar nele o motor de uma Ducati Monster 750 (1996). Desde o escritório da Greasy Bobber, Sergio, amplia a informação: “O motor foi apimentado, fabricamos um volante de inércia mais leve, em alumínio, e as polias das correias de ergal, além disso foi melhorada a compressão com uns pistões da Wiseco”. Outros componentes aperfeiçoam ainda mais o conjunto segundo Sergio: “a gente colocou uns carburadores Keihin e uns filtros de

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ar da K&N, também foi reduzido o tamanho da corrente da secundaria, fizemos mais leve a parte ciclo e colocamos um sistema de escape dos em dos Cobra Kai”. Gota a gota o café está quase pronto. A responsável dos freios da frente é uma Ducati 916 (pingas e bomba) e o sistema de freios original da Cagiva fica na parte traseira. O açúcar nesse café é inglês, os amortecedores Hagon reguláveis na traseira e molas na parte frontal. Os pneus são maiores do que os originais (130 o traseiro e 100 o dianteiro), bons sapatos, né? Uma Ducati Pantah -o exitoso modelo transalpino- foi doadora do tanque de combustível e é acompanhado por uma rabeta e uma pequena cúpula (by GB) no conjunto da carroceria. O acabamento é em ferrugem e depois foi envernizada com brillo. A única tinta nessa moto está no chassi e nas rodas (preto brilhante). Foram polidas as tampas do motor, os riser e as bengalas do garfo, também foi fabricada uma tampa de gasolina em alumínio e um semiguidão. Espresso, ristretto, macchiato, Cappuccino, Marocchino ou qualquer outro que você quisser, mas tenha certeza que essa moto é uma autêntica cafe racer italiana. Mais autêntica do que o Sant’Eustachio Il Caffè, de Roma.

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Ducati Caf茅 Racer Greasy Bobber

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Ducati Caf茅 Racer Greasy Bobber

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Hot Rods Brasil

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O parque de diversões do mundo kustom Carros, motocicletas, mobiliário, pin ups, barbearia, cerveja e rock’n roll, num festival de cores e criatividade, o verdadeiro paraíso para os fãs da ‘Kustom Kulture’

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Hot Rods Brasil e A Alberto Miranda

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á muito tempo que um maluco pensou: “Será que juntar um monte de carros e motos no mesmo local é bacana?” Assim começaram as reuniões de carros e motos, separadas por marcas, estilo de veículo, idade... Há seis anos, num pequeno local começou a história do evento kustom mais importante do ano, um evento no qual o visitante pode curtir uma grande variedade de estilos, sempre voltados para a cultura custom. No começo, poucos metros e poucos carros, agora “a brincadeira” ficou séria e é um dos maio-

res eventos desse gênero de toda América Latina. A sexta edição do Hot Rods Brasil, que aconteceu entre os dias 4 e 6 de dezembro reuniu, segundo os organizadores, mais de 250 veículos, entre automóveis, pick-ups, caminhões e motos. Mas não vamos falar apenas de quantidade, porque nesse evento a qualidade está garantida... Carros e motos dos melhores preparadores do Brasil, trabalhos espetaculares que o visitante pode ver de perto. Carros e motos exclusivas e tudo no mesmo local... A área de 12 mil metros quadrados destinada ao evento era o Centro de Convenções

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Pro Magno, em São Paulo, e na ChopperON achamos que até ficou pequena para abrigar tantos estilos: hot rods, custom, lowriders e rat rods, para os automóveis e utilitários; bobbers, cafe racers e choppers, entre as motocicletas. E um andar de 6 mil metros para abrigar “alguns” dos carros clássicos mais desejados do Brasil. Do lado dos carros, no mesmo cenário, um monte de


stands com vendas de produtos vintage como móveis, decorações, vestuário, acessórios e peças. E, ainda: uma praça de alimentação com os famosos food trucks e até uma das barbearias mais conhecidas do Brasil, a 9 de Julho. Garotas ao melhor estilo pin-up disputaram o título de “Miss Hot Rods Brasil 2015”. Tudo isso misturado com o som de bandas (de rock’n roll e roc-

kabilly) e muita de cerveja gelada. A maioria dos veículos expostos foi fabricada nos Estados Unidos, o berço dos hot rods. Mas havia também diversos nacionais, réplicas e até europeus. Em comum entre todos — não importando o estilo — o bom gosto e a criatividade dos projetos e o capricho na execução das customizações, pois esse evento, além de ser um show é o maior centro de negócios do kustom no Brasil. É também a vitrine dos trabalhos dos customizadores e o local no qual as pessoas conhecem pessoalmente aos responsáveis pelas criações. Para nós, imprensa, é um lo-

cal no que devemos estar com os olhos abertos e os ouvidos bem limpinhos e, assim, podemos ficar sabendo de possíveis eventos, colaborações e até histórias dos caras que fazem um veículo (as vezes uma lata velha e enferrujada) virar arte. No 2016 o Hot Rods Brasil novamente será, com certeza, o maior centro de diversões do mundo kustom do Brasil e a ChopperON estará lá, no Pro Magno, com Paulinho, as “bruxas” e toda sua equipe, fazendo o que sabemos, trabalhar, seja colando fita dupla face, fazendo fotos ou até organizando um Bike Show de verdade... Ano novo, ideias novas!!!

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Do mato à liberdade

Sair de uma paisagem absolutamente agrícola e chegar num destino totalmente diferente é um grande contraste. Assim foi, pois, atravessando Alabama do norte ao sul, você aprende muitas coisas sobre esse estado americano. Entrar na Flórida foi uma sensação mágica…

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Rota 61, Dia 6 e A Nacho Mahou A Dr. Infierno

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esde Leeds, uma cidade que fica bem perto de Birmingham, a gente sofreu com um nojento e chato trânsito. De manhã cedo a gente já teve um probleminha, uma chave de uma Harley não estava trabalhando. Já estávamos pensando que deveríamos usar a moto reserva que a organização tinha preparada se alguma moto tivesse uma pane, mas essa moto não foi necessária, pois um dos pilotos, simplesmente, estava tentan-

do ligar uma moto errada. Ressaca de cachaça. Depois de dar umas risadas pelo erro, o grupo saiu em direção à cidade de Montgomery, a primeira capital histórica dos Estados Confederados da América. Tem uns 200.000 habitantes aproximadamente. Essa cidade tem alguns destacados membros da história dos EUA: Martin Luther King Jr, Nat King Cole, Francis Scott Key Fitzgerald, John Denver e Eddie Floyd. Chegar até essa cidade foi um saco, chato para caramba. A rota pela estrada: nem boa, nem ruim; nem fria,

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nem quente; nem rápido, nem devagar… Mas a gente saiu da Highway 65 e entrou na 331, uma estrada gloriosa, uma estrada que todo motociclista adoraria: a estrada não é uma pista duplicada, passa perto da crua realidade do Alabama, tem algumas curvas e alguns morros, cruza bosques, vilas (já quase mortas) e outras cidades bacanas como a cidade de Brantley. Lá lemos uma placa que indicava a proximidade de “Andalusia”, una vila próxima com nome espanhol. Quase piramos. Fizemos uma parada num local


bacana. Uns galpões de madeira onde vendem placas de trânsito, placas e bombas de antigos postos de combustível, cartazes ‘vintage’ e outras relíquias. Eu comprei um boné de caipira por apenas $5. Bora! Seguimos pela maravilhosa estrada 331 e chegamos no South Alabama Speedway, onde tinha um pessoal treinando no circuito oval (de um quarto de milha) para umas corridas estaduais de velocidade de carros. Cheiro de gasolina e som que, com certeza, poderia sair da garganta do próprio Capeta (como o som da Nascar, mas menos profissional).

Pouco depois o grupo de motos entrou na Flórida, um estado cheio de liberdade. Justo depois da placa do estado tirei o capacete e curti uma paisagem muito mais verde e natural. No caminho paramos no Burger King, matamos nossa fome e a sede das motos. Quando estávamos no posto, um idoso em uma bicicleta com um adesivo da ‘Route 66’, começou a falar com a gente. Ele contou que teve um Shovel, uma FLH. Ele usa roupas de camuflagem e parece que mora na rua. Uns quilômetros mais tarde, estávamos curtindo o cheiro do

Golfo do México. Vento, neblina e salitre nos acompanharam enquanto ficávamos mais perto do litoral e nosso hotel. Quando estacionamos na garagem do hotel todos falavam sobre a estrada 331. Beati sumus. Para terminar o dia, depois de um maravilhoso por do sol, parte do grupo fez uma “queimada”, um jeito de beber no estilo galego... Depois disso chegaram as cervejas “Michelob Lager” num bar que ficava do lado do hotel. Importante, não paguei as brejas, ganhei de um cara de Kentucky jogando sinuca...

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O GRUPO SAIU EM DIREÇÃO À CIDADE DE MONTGOMERY, A PRIMEIRA CAPITAL HISTÓRICA DOS ESTADOS CONFEDERADOS DA AMÉRICA.

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ACHAMOS UMA PLACA QUE INDICAVA A PROXIMIDADE DE “ANDALUSIA”, UNA VILA PRÓXIMA COM NOME ESPANHOL. QUASE PIRAMOS.

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UM BONÉ DE CAIPIRA POR APENAS

$5?

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FIZEMOS UMA PARADA NUM LOCAL BACANA. UNS GALPÕES DE MADEIRA ONDE VENDEM PLACAS DE TRÂNSITO, PLACAS E BOMBAS DE ANTIGOS POSTOS DE COMBUSTÍVEL, CARTAZES ‘VINTAGE’ E OUTRAS RELÍQUIAS.

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A GENTE SAIU DA HIGHWAY 65 E ENTRAMOS NA 331, UMA ESTRADA GLORIOSA, UMA ESTRADA QUE TODO MOTOCICLISTA ADORARIA.

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A ESTRADA PASSA PERTO DA CRUA REALIDADE DE ALABAMA, TEM ALGUMAS CURVAS E ALGUNS MORROS, CRUZA BOSQUES, VILAS (JÁ QUASE MORTAS).

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CHEGAMOS NO SOUTH ALABAMA SPEEDWAY, ONDE TINHA UM PESSOAL TREINANDO NO CIRCUITO OVAL

(DE UM QUARTO DE MILHA) PARA UMAS CORRIDAS ESTADUAIS DE VELOCIDADE DE CARROS.

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POUCO DEPOIS ENTRAMOS FLORIDA, UM LUGAR QUE TRANSPIRA LIBERDADE. BEM ALI, EU LIBERO O CAPACETE.

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PARAMOS NO BURGER KING, MATAMOS NOSSA FOME E A SEDE DAS MOTOS.

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PARA TERMINAR O DIA, DEPOIS DE UM MARAVILHOSO POR DO SOL, PARTE DO GRUPO FEZ UMA “QUEIMADA”, UM JEITO DE BEBER NO ESTILO GALEGO...



Oficina Melhorando o som de fábrica.

Quer mais?

Este artigo poderia ser a segunda parte do já apresentado na ChopperON #13, no qual atualizávamos o sistema de radio da Harley-Davidson para obter as últimas melhoras. FIGURA 1

e A Frank Burguera

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essa vez vamos trabalhar diretamente com o sistema de som para melhorar de um jeito simples e sem ferramentas especiais nossa experiência na hora de rodar com música. O amplificador e os autofalantes Normalmente, quando pensamos em melhorar um sistema de áudio, o primeiro que vem à nossa cabeça é instalar uns autofalantes maiores e mais potentes. O som que escutamos se produz medianChopperON

te um sinal elétrico que vem do rádio até uma bobina situada na base do autofalante, criando assim um campo magnético variável que atua num ímã permanente que está no cone dos autofalantes, movendo-o ritmicamente e criando ondas sonoras e assim convertendo a eletricidade em som (Figura 1). Simplificando bastante, podemos dizer que o sinal elétrico que chega do aparelho emissor (o rádio) é bastante pequeno e se tentamos mover um sistema de autofalantes muito grande, o sinal per-

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de qualidade, produzindo-se assim distorção e saturação. Por isso é importante aumentar a potência desse sinal mediante a sua amplificação, conseguindo um sinal mais potente sem perda de qualidade. Para esse trabalho devemos usar um amplificador. É importante escolher uma boa combinação de autofalantes e amplificador, com o intuito de assegurar a sua compatibilidade e assim garantir que nosso investimento estará certo.


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Instalação do sistema Dessa vez escolhemos um kit de amplificador + autofalantes da Hogtunes, que vem pronto com todas as conexões necessárias compatíveis com o sistema de áudio original da H-D, facilitando em grande medida a sua instalação (Figura 2). Começaremos abrindo a tampa da carenagem “batwing” tirando os parafusos frontais (Figura 3) e os traseiros (Figura 4), depois disso já podemos tirar a parte frontal e ter de acesso ao rádio (Figura 5). Depois, desmontamos os autofalantes originais tirando os parafusos que os seguram no suporte (Figuras 6 e 7) e os substituímos diretamente pelos novos. Na Figura 8 podemos ver a diferença de tamanho (e de qualidade) dos autofalantes. Agora, devemos colocar o novo amplificador na parte superior da caixa do rádio. Para segurar o amplificador devemos usar a fita de velcro fornecida no kit (Figuras 9 e 10). Nesse momento vamos realizar as conexões indicadas nas instruções, basicamente o que fazemos agora é intercalar o amplificador entre a saída do rádio e a conexão nos autofalantes (Figuras 11, 12 e 13). A fonte de energia O processo de amplificação requer energia extra para ser levado a cabo, por isso devemos alimentar o amplificador diretamente desde a bateria. Para isso, passaremos o conector a partir da zona dianteira (Figura 14) sob o tanque de combustível (Figura ChopperON

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cutar nossa música favorita, subindo o som progressivamente e conferindo que tudo está certo. Para fazer um teste com a moto em funcionamento devemos fechar a carenagem (FiFinalização Nesse momento, já podemos gura 18) e verificar que nosso ligar o contato da moto e es- novo sistema não é afetado pe15) até os polos da bateria (Figura 16). Para isso vamos usar o conduto principal de fiação da moto (Figura 17).

las vibrações nem ganhou sons parasitas durante a marcha do motor. Agora apenas temos que fazer uma seleção das músicas que vão nos acompanhar na viagem, convertendo-se assim na trilha sonora do filme de nossa vida.

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